“Talvez a Europa possa sair mais depressa daquilo que parecia ser uma curva descendente”, diz Marcelo

O Presidente da República acredita que a subida de 0,5% da economia no início do ano pode ser sinal de que a Europa vai sair mais depressa do que o esperado do "que parecia uma curva descendente".

Os dados publicados esta quarta-feira sobre o crescimento da economia portuguesa são “boas notícias” para o Presidente da República. Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que as estatísticas sobre a evolução económica da região mostram que talvez a Europa possa sair mais depressa de uma “curva descendente”, algo que é bom para todos e, logo, para Portugal.

“Acho que há aí algumas boas notícias”, começou por afirmar o Presidente da República, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3. “Talvez a Europa possa sair mais depressa do que temíamos daquilo que parecia ser uma curva descendente e, se for assim, é bom e é bom para nós”, disse, referindo-se aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que mostram que a economia portuguesa cresceu 0,5% nos primeiros três meses do ano face ao final de 2018, o que levou a uma subida do PIB de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Marcelo falou ainda nos dados referentes ao turismo, que mostram um aumento das receitas no setor, embora este crescimento esteja a desacelerar. “Estamos realmente a aproveitar o turismo de Portugal, que está na moda, e de algumas entradas de receitas que explicam porque é que estamos acima da média europeia. E, tendo embora 12 países à nossa frente, temos mais países atrás”, comentou.

“Estamos acima da média europeia e isso é uma luzinha, que é um sinal estimulante para os próximos trimestres que, teoricamente, em termos de turismo e de outras realidades económicas, são sempre melhores do que o primeiro“, rematou.

De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, e ajustado de efeitos sazonais, “o PIB cresceu 0,4% na Zona Euro e 0,5% na UE28, no primeiro trimestre de 2019, comparado com o trimestre anterior”. Em termos homólogos, entre janeiro e março, a economia da área da moeda única avançou 1,2% e a economia da União Europeia avançou 1,5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morais Leitão assessora Deutsche Finance International no seu primeiro investimento em Portugal

A equipa envolvida foi liderada por João Torroaes Valente, Bernardo Silveira, Manuel Ponces Magalhães, Sara Ferraz Mendonça, Bruno Santiago, Filipe Lowndes Marques e Elmano Sousa Costa.

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (Morais Leitão) assessorou a casa de investimento Deutsche Finance International LLP na montagem de uma joint-venture com a FS Capital e no seu primeiro investimento no mercado imobiliário português, através da aquisição de um edifício de escritórios situado na Avenida Duque de Loulé, em Lisboa, à Dos Puntos Asset Management, e no respetivo financiamento à aquisição junto da Caixa Agrícola.

A equipa multidisciplinar envolvida nesta transação foi liderada por João Torroaes Valente, sócio coordenador da área de prática de corporate real estate, incluindo Bernardo Silveira, Manuel Ponces Magalhães e Sara Ferraz Mendonça da mesma área, Bruno Santiago, sócio da área de fiscal, e Filipe Lowndes Marques, sócio responsável pelo respetivo financiamento à aquisição juntamente com Elmano Sousa Costa, ambos da equipa de bancário e financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

David Justino acusa Berardo de ser “vampiro” e “caloteiro assumido”

  • ECO
  • 15 Maio 2019

O político considera que foi um "ataque às instituições políticas", juntando-se ao coro de críticas ao empresário madeirense. Mas o social-democrata não vê culpas apenas em Berardo.

O social-democrata David Justino considera que o comportamento de Joe Berardo no Parlamento é um retrato “de uma certa classe de empresários que são autênticos vampiros”. No programa Almoços Grátis, da TSF (acesso livre), o ex-ministro da Educação e vice-presidente do PSD, sublinhou que a classe floresceu durante o Governo de José Sócrates.

Justino condenou a atitude de Berardo, que diz que “viola tudo”, na passada sexta-feira na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. A audição do empresário, que no final de 2015 tinha uma dívida de 320 milhões à Caixa, teve vários momentos insólitos, incluindo a revelação de que a Associação Berardo, dona das 861 obras de arte que estão em exposição no Centro Cultural de Belém, terá feito um aumento de capital à revelia da banca que agora vai ter mais dificuldades em penhorar a coleção que foi dada como garantia.

O político considera que foi um “ataque às instituições políticas”, juntando-se ao coro de críticas ao empresário madeirense. É um caloteiro assumido, assume que não paga”, mas “blindou-se recorrendo aos melhores advogados de forma a não ser atingido”, acusou, em declarações à TSF.

Mas o social-democrata não vê culpas apenas em Berardo. “Tanto é ladrão aquele que rouba as uvas, como aquele que fica à porta da vinha”, disse. “Este tipo de ditos empresários — especuladores, para não lhes chamar algo mais grave — teve acolhimento político com uma época que coincidiu com o Governo de José Sócrates“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

InterConnect: Portugal lidera projeto europeu de 36 milhões para digitalização do sistema elétrico

  • ECO
  • 15 Maio 2019

A Comissão Europeia aprovou o projeto InterConnect, um projeto liderado por portugueses, que pretende desenvolver e demonstrar soluções avançadas para a digitalização do setor elétrico.

A Comissão Europeia aprovou o projeto InterConnect, que pretende desenvolver e demonstrar soluções avançadas para a digitalização do setor elétrico. O projeto, considerado o maior projeto colaborativo europeu, vai contar com um financiamento de 36 milhões de euros, ao abrigo do programa Horizonte 2020, e é totalmente liderado por portugueses.

A coordenação do InterConnect vai ficar a cargo do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), um Centro de Interface (CIT) reconhecido pelo Ministério da Economia e apoiado pela ANI – Agência Nacional de Inovação. É, assim, o “maior projeto colaborativo Europeu, até ao momento, coordenado por uma entidade portuguesa no âmbito dos programas quadro de investigação e inovação”.

As soluções desenvolvidas pelo InterConnect “vão permitir uma digitalização do sistema elétrico baseada numa arquitetura “internet das coisas” (IoT) que, contemplando tecnologias digitais (Inteligência artificial, blockchain, Cloud e big data), garanta a interoperabilidade entre equipamentos, sistemas e a privacidade/cibersegurança dos dados dos utilizadores“, lê-se no comunicado enviado pela ANI.

Os utilizadores de energia em edifícios, sejam residenciais ou de serviços, os operadores da rede de distribuição e os comercializadores de energia vão poder usufruir destas soluções do InterConnect.

O concurso lançado pela Comissão Europeia, “Digitising and transforming European industry and services (DT)”, mobilizou 140 entidades europeias, tendo sido a proposta liderada pelo INESC TEC a vencedora, com 14 pontos, num máximo de 15.

O InterConnect inclui a participação de 56 entidades de 11 países europeus e terá a duração de quatro anos. Para além do INESC TEC, contará ainda com participantes como EDP Distribuição, Sonae, Domótica e a Schneider Electric Portugal que, juntas, captaram 3,6 milhões de euros de financiamento comunitário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump Tower entre os edifícios de luxo menos desejados de Nova Iorque

Nos últimos dois anos, os apartamentos da Trump Tower desvalorizaram mais de 20%, com a taxa de ocupação a cair nos últimos sete anos. É o edifício de luxo menos desejado de Nova Iorque.

Outrora foi considerada a estrela no império de Donald Trump mas, hoje, é um dos edifícios de luxo menos desejados de Manhattan. A Trump Tower foi transformada numa verdadeira fortaleza depois das eleições dos Estados Unidos mas, para quem lá tem um apartamento, os últimos dois anos foram verdadeiramente drásticos, com o edifício a desvalorizar mais de 20%, avança a Bloomberg (conteúdo em inglês).

Com 36 anos desde a sua construção, a Trump Tower foi outrora um ex-líbris no património do Presidente norte-americano. Mas desde a vitória do Republicano nas eleições de 2016, o imóvel tem vindo a desvalorizar cada vez mais.

A maior parte das vendas de apartamentos naquela torre foram realizadas com perdas superiores a 20%, um cenário bem diferente do registado no resto do mercado de Manhattan, onde se verificaram desvalorizações de apenas 0,23% nos últimos dois anos, de acordo com dados do PropertyShark, citados pela agência de notícias.

Trump Tower, Nova IorqueWikimedia Commons

Já lá vão os dias em que o imóvel atraiu nomes como Michael Jackson, Johnny Carson ou Steven Spielberg. Atualmente é apenas mais um edifício em Nova Iorque, que Donald Trump frequentou apenas 13 vezes desde que 2016. A parte comercial do imóvel está há meses à procura de inquilinos para ocupar quase 4.000 metros quadrados de espaços vazios, mesmo com as rendas a serem mais baixas do que a média daquela zona.

Nos últimos sete anos, a taxa de ocupação da Trump Tower passou de 99% para 83%. “Se eu estivesse à procura de espaço para um escritório, este é um prédio que eu iria evitar”, diz Edward Son, analista de mercado da CoStar Group, em declarações à Bloomberg.

Esta quarta-feira, Donald Trump deverá publicar dados sobre o património líquido que detém, mas sem incluir detalhes sobre as receitas da Trump Organization. No ano passado, o resultado líquido da Trump Tower aumentou ligeiramente, impulsionado, sobretudo, pelo seu comité de campanha de 2020, que gastou mais de 890 mil dólares (793 mil euros) nos últimos dois anos no aluguer de um espaço na torre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno: “o tempo das falsidades acabou”

Centeno foi ao Parlamento acusar a oposição de mentir na carga fiscal, no investimento e no emprego. E aproveitou para piscar o olho ao setor privado, que teve "um desempenho extraordinário".

Notícias falsas, falsidades, mentiras. Mário Centeno começou a apresentação do Programa de Estabilidade na comissão parlamentar de Orçamento com muitas críticas e acusações à oposição, a quem acusou de mentir sobre o investimento público, sobre o aumento da carga fiscal e ainda aproveitou para usar novamente a questão do tempo de contagem de serviço dos professores para deixar mais uma alfinetada.

No último dia de trabalhos parlamentares antes da paragem para a campanha eleitoral para as europeias – com exceção de algumas comissões que continuarão a fazer trabalhos -, que começou oficialmente na segunda-feira, o ministro das Finanças fez uma listagem dos resultados alcançados nesta legislatura, sempre em contraponto com o que foi feito no anterior governo e com as acusações da oposição.

Na carga fiscal houve “muitos posts e notícias falsas” com acusações ao Governo

Depois das acaloradas intervenções nesta comissão, no plenário, em muitos posts e notícias falsas acusando o Governo do PS de baixar os impostos diretos para depois aumentar os impostos indiretos, o que sabemos hoje é que quem só aumentou os impostos indiretos foi o anterior Governo”, afirmou o ministro das Finanças, depois de voltar a usar um estudo do Banco de Portugal para dizer que a receita fiscal estrutural baixou.

“As medidas de política fiscal adotadas pelo atual governo ao longo dos últimos três anos permitiram reduzir a carga fiscal estrutural. Mais, tiveram como resultado, e cito estudo do Banco de Portugal, em termos líquidos uma perda de receita. (…) O debate demagógico que a oposição fez ao longo de vários meses, por nós sempre combatido pela evidência de quem baixou taxa de imposto após taxa de imposto, foi agora desmascarado de forma cabal. Mas não me surpreenderia que a demagogia tome outras formas. Mas vamos aos números, que é como quem diz à verdade dos factos”, disse.

Segundo Mário Centeno, o Governo anterior PSD/CDS-PP aumentou os impostos indiretos em 1200 milhões de euros em 2014 e 2015, o equivalente a 0,6% do PIB.

No Investimento, “uma mentira dita muitas vezes não se transforma em verdade”

Mas o ministro das Finanças não se ficou por aqui. Sobre as poupanças que a oposição alega que o Governo tem feito através do investimento, Mário Centeno usou novamente dados que o seu Ministério das Finanças já tinha tornado públicos na terça-feira, para defender que não a consolidação das finanças públicas não foi alcançada através do investimento.

“O desempenho orçamental tem sido atingido sem colocar em causa o esforço do investimento público. Ao contrário do que tem sido dito, e uma mentira dita muitas vezes não se transforma em verdade, o financiamento do Orçamento do Estado dirigido ao investimento no período entre 2016 e 2018 aumentou 37,1% face à anterior legislatura. Passámos de 2.133 milhões de euros para 2.925 milhões de euros, um crescimento de 800 milhões de euros, repito, 800 milhões de euros por ano em média”, disse.

“O tempo das notícias falsas acabou”, disse o ministro das Finanças.

A mensagem do ministro foi novamente reforçada pelo próprio, quando, perto do fim da sua intervenção inicial, Mário Centeno decidiu citar Galileu. “Eu diria que mais do que nunca a frase de Galileu está bem viva hoje, aqui neste Parlamento, ‘a verdade é filha do tempo’. E o tempo das falsidades acabou no momento em que houve um Governo neste país que cumpriu com todas as metas com que se comprometeu”.

No emprego, “não há emigração decretada” numa economia saudável

A redução do desemprego nos últimos três anos é uma das bandeiras que o Governo mais tem usado para defender as suas políticas e Mário Centeno não deixou passar em claro, também para deixar uma nova alfinetada à direita.

Numa economia saudável, em que não há emigração decretada, o espelho do desemprego é o emprego. Os trabalhadores que recebem salário aumentaram 9% desde 2015, são mais 370 mil portugueses com emprego”, afirmou o governante.

O ministro disse ainda que o número de desempregados caiu 280 mil, dos quais 75% dizem respeito a uma diminuição do desemprego de longa duração, e que hoje “há menos 240 mil famílias que tenham no seu agregado um desempregado e menos 90 mil em que todos os seus membros ativos estão desempregados”.

Mário Centeno explicou também que, desde 2016 – o atual Governo entrou em funções no final de 2015 -, 90% do ganho do emprego em Portugal é de trabalho assalariado e que, 86% destes têm um contrato sem termo. No primeiro trimestre deste ano, garantiu ainda, “100% do ganho de emprego obtido no primeiro trimestre deste ano foi com contratos permanentes”.

Novo Banco não é um problema para o défice mesmo que o aumente

No entender de Mário Centeno, que respondia à deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, as injeções de capital do Fundo de Resolução no Novo Banco “não interagem na execução orçamental do país”. Mário Centeno já tinha expressado este seu entendimento, na altura dizendo que assim era porque se tratava de um empréstimo do Estado que terá de ser pago pelos bancos.

O ministro, que explicou que no orçamento estava previsto gastar apenas 400 milhões de euros – a injeção de capital do Fundo de Resolução foi de 1.149 milhões de euros -, disse que o agravamento dos gastos previstos não são um problema porque a União Europeia não conta com a capitalização dos bancos nos cálculos que faz ao esforço orçamental do país.

“Eu sempre disse que as injeções de capital que o fundo de resolução tem de fazer no Novo Banco não interagem na execução orçamental do país. Nem o Governo, nem o Ministério das Finanças colocam essas injeções orçamentais no quadro dos objetivos orçamentais que definimos É por isso que se diz que esta injeção, e qualquer outra que venha a acontecer no futuro dentro o quadro que foi acordado dentro da venda, não têm impacto na execução orçamental. Aliás, na União Europeia os apoios à capitalização dos bancos não entram para a avaliação do esforço orçamental e portanto o esforço orçamental do país não é avaliado com estas verbas”, disse.

…e ainda um piscar de olhos ao setor privado

Numa intervenção marcadamente política, o ministro das Finanças aproveitou ainda para piscar o olho ao setor privado, dizendo que este setor tem tido “um desempenho extraordinário no contexto europeu” nos últimos anos.

Mário Centeno estimou que “a taxa de crescimento económico do setor privado tem-se situado em torno dos 3%”.

“Este crescimento da economia deve-se ao aumento da confiança, da credibilidade e da produtividade. Tudo resultado dos investimentos feitos pelas empresas e pelas famílias portuguesas no seu futuro”, disse.

(Notícia em atualização)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho das Ordens reúne na sexta-feira para decidir destino das comendas de Joe Berardo

Decisão sobre as comendas atribuídas a Joe Berardo nas mãos de órgão presidido por Manuela Ferreira Leite. PR não se opõe e CDS pede processo disciplinar para retirada das comendas.

O Presidente da República não se opõe a que o Conselho das Ordens Nacionais se reúna para decidir se mantém, ou não, as condecorações atribuídas por Ramalho Eanes e Jorge Sampaio. Manuela Ferreira Leite, chanceler do Conselho das Ordens Nacionais, já convocou para esta sexta-feira uma “reunião extraordinária” para rever as condecorações atribuídas a Joe Berardo.

Em causa estão as declarações do empresário aos deputados da Comissão de Inquérito à recapitalização e atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos e todas as reações que se seguiram. E Marcelo Rebelo de Sousa “não vê com maus olhos que o Conselho das Ordens se reúna, para decidir”, confirmou o ECO a informação inicialmente avançada pelo Jornal de Negócios.

Cabe ao Conselho das Ordens Nacionais pronunciar-se a propósito de “comportamento contrário ao que é suposto ter uma pessoa condecorada” e ainda que a decisão não seja de Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República já pediu “decoro” no relacionamento com as instituições.

O Conselho das Ordens pode instaurar, de acordo com o artigo n.º55 da lei das Ordens Honoríficas Portuguesas, um processo disciplinar a qualquer detentor de uma ordem sempre que “haja conhecimento da violação dos deveres” de “defender e prestigiar Portugal em todas as circunstâncias” e “regular o seu procedimento, público e privado, pelos ditames da virtude e da honra”, entre outros.

CDS pede intervenção de Ferro Rodrigues

É precisamente com base no referido artigo n.º 55 que o grupo parlamentar dos centristas pediu ao presidente da Assembleia da República que informe a Chanceler das Ordens Nacionais sobre as declarações e atuação de Berardo na Comissão de Inquérito.

Numa carta enviada esta quarta-feira a Ferro Rodrigues, o grupo parlamentar do CDS solicita que a chanceler seja informada para que “nos termos do referido artigo 55.º, possa ser instaurado processo disciplinar tendo em vista a irradiação do mesmo dos quadros da Ordem”.

De acordo com o CDS-PP, Joe Berardo “não só desprestigiou Portugal, os portugueses e as suas instituições, como também desrespeitou os ditames da virtude e da honra e não dignificou a sua Ordem, numa pública e clara violação dos deveres acima enunciados”.

O tema já foi, aliás, usado por duas vezes como tema de campanha de Nuno Melo, cabeça de lista dos centristas às eleições europeias. Terça-feira à noite, o ainda eurodeputado criticou a “ligeireza” com que os Presidentes da República concedem condecorações, acabando por defender que Joe Berardo, que “não merece ser comendador de coisa nenhuma”.

(Notícia atualizada às 16h29 com indicação de que a reunião foi convocada para sexta-feira)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas a retalho em queda. Wall Street também

As vendas a retalho nos EUA caíram inesperadamente em abril, deixando mais um sinal pouco positivo sobre a maior economia do mundo. Wall Street está em terreno negativo.

As bolsas norte-americanas estão abaixo da linha de água, com os investidores a evidenciarem pouco apetite pelo risco devido aos números económicos pouco favoráveis nos EUA e na China, as duas maiores economias mundiais que mantêm um braço-de-ferro no domínio do comércio internacional.

Neste contexto, o S&P 500 perde 0,49% para 2.820,38 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones estão a cair 0,67% e 0,52%, respetivamente.

Do lado americano, o Governo revelou que as vendas a retalho caíram inesperadamente em abril, perante uma quebra no mercado automóvel. Na China, além do surpreendente abrandamento nas vendas das retalhistas, as autoridades também mostraram uma desaceleração na produção industrial, dados que pressionam Pequim a tomar medidas a fim de promover o crescimento económico.

“As vendas a retalho nos EUA foram claramente desapontantes. Deixam implícito que o crescimento do emprego e dos salários não tem sido suficiente para impulsionar os gastos dos consumidores a um ritmo mais elevado”, explicou Scott Brown, economista da Raymond James, citado pela Reuters.

“Não estamos a olhar para números que apontem para uma recessão, mas são um alerta amarelo”, acrescentou o responsável.

O tema da guerra comercial continua na agenda dos investidores. Esta terça-feira, Donald Trump classificou-a como uma “pequena disputa” entre Washington e Pequim, tendo afirmado que iria falar com o Presidente chinês, Xi Jinping, na reunião do G20 que se realiza no Japão no final do mês. As palavras do Presidente americano aliviaram um pouco as tensões em Wall Street na sessão de ontem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regularização de precários “engorda” Estado em mais de 15 mil funcionários

O número de funcionários públicos atingiu os 690 mil, nos primeiros três meses do ano, com a entrada de 15.690 trabalhadores. Subida ficou a dever-se sobretudo ao PREVPAP.

Nos primeiros três meses do ano, entraram para a Administração Pública 15.690 funcionários, totalizando 690.079 postos de trabalho. Tal representa uma subida homóloga de 2,3%, que se explica, sobretudo, pelo processo de regularização extraordinária de vínculos precários (PREVPAP). Estes dados foram divulgados, esta quarta-feira, pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), na sua síntese estatística referente ao primeiro trimestre de 2019.

Desde 2012 que não havia tantos funcionários públicos

Fonte: DGAEP

“A 31 de março de 2019, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 690.079 postos de trabalho, continuando a tendência de variação homóloga positiva observada no ano de 2018 e apresentando um aumento de 2,3% (mais 15.690 postos de trabalho), refletido no saldo líquido dos movimentos de entradas e saídas de trabalhadores das entidades do setor das administrações públicas, no primeiro trimestre de 2019″, lê-se na nota publicada esta tarde.

De acordo com a DGAEP, o acréscimo de mais de 15 mil trabalhadores repartiu-se da seguinte forma: 7.345 postos de trabalho para a administração central e 7.229 para a administração local. Tal subida resultou, assim, “num aumento dos postos de trabalho, em particular nas carreiras de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior” e é consequência sobretudo do PREVPAP.

No final de abril, o ministro das Finanças revelou aos deputados que dos mais de 32 mil processos que já foram apreciados no âmbito do PREVPAP, 72% receberam parecer favorável. Mário Centeno garantiu, nessa ocasião, que não há qualquer atraso neste processo, fazendo um “balanço positivo” do programa. Recorde-se que o PREVPAP arrancou em junho de 2017.

Já na variação em cadeia, verificou-se um aumento de 1% (6.488 postos de trabalho) do número de funcionários públicos. “As áreas governativas da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Educação apresentaram o maior aumento, 2.862 postos de trabalho no conjunto, essencialmente docentes dos diferentes níveis de ensino e pessoal de investigação científica”, detalha a mesma nota.

E no setor empresarial do Estado, destaque para o acréscimo de 1.871 postos de trabalho nas Entidades Públicas Empresariais do Serviço Nacional de Saúde. Esses quase dois mil postos de trabalho dizem mesmo respeito, na sua maioria, a “novos contratos a termo de médicos que iniciaram o internato em centros hospitalares”.

Na comparação com 31 de dezembro de 2011, ano em que chegou a Troika a Portugal, o emprego na Administração Pública recuou 5,2% (menos 37.706 postos de trabalho). A maior quebra foi registada na Administração Central, que perdeu 30.093 trabalhadores.

E como evoluíram as remunerações dos funcionários públicos?

Novas contratações travaram salário médio do Estado.Paula Nunes / ECO 23 maio, 2018

No primeiro mês do ano, o valor da remuneração base média mensal (que exclui suplementos) dos trabalhadores da Administração Pública fixou-se em cerca de 1.478,6 euros. Tal representa um aumento de 0,8% em relação a janeiro do último ano, o que ficou a dever-se ao “processo gradual de descongelamento de todos as carreiras e à atualização do valor da retribuição mínima mensal garantida e, posteriormente, do valor da base remuneratória na Administração Pública”.

O descongelamento das carreiras iniciou-se em janeiro de 2018, estando dividido em quatro fases que só terminam em dezembro deste ano. Até março deste ano (e portanto consideradas para a análise da DGAEP), já foram realizadas duas destas fases, ficando ainda por pagar duas fatias do acréscimo salarial resultante do descongelamento das carreiras. A terceira começa a ser paga já a partir deste mês.

No que diz respeito à atualização da retribuição mínima mensal garantida, note-se que o salário mínimo nacional subiu para 600 euros, este ano, e a base remuneratória da Função Pública foi puxada para o valor equivalente à quarta posição da Tabela Remuneratória Única (TRU): 635 euros mensais.

Apesar da subida geral do valor da remuneração base média mensal, a DGAEP indica que se verificou uma diminuição da “remuneração base média mensal num conjunto de carreiras por efeito dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”, nomeadamente com a entrada de novos trabalhadores em “níveis remuneratórios na base da carreira”.

A DGAEP salienta ainda que o ganho médio mensal nas administrações públicas ficou nos 1.728,30 euros, em janeiro de 2019, o que reflete um aumento de 1,2% em termos homólogos.

(Notícia atualizada às 15h40)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Quando temos um Nabeiro, não precisamos de nenhum Clooney”, diz Costa

  • ECO e Lusa
  • 15 Maio 2019

António Costa não poupa os elogios a Rui Nabeiro. Para o primeiro-ministro, empresas como o Grupo Nabeiro são essenciais para dinamizar a economia.

O primeiro-ministro, António Costa (E), conversa com o Comendador Rui Nabeiro (D), durante a apresentação da estratégia global de sustentabilidade do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, em Lisboa.Nuno Fox/Lusa 15 Maio, 2019

Para o primeiro-ministro, um país cheio de pessoas como Rui Nabeiro ia transformar Portugal e a economia. Costa elogiou o percurso do administrador do Grupo Nabeiro, destacando o papel das empresas portuguesas no dinamismo da economia. Depois de ser conhecido que o PIB nacional acelerou no arranque do ano, António Costa salientou o papel do investimento para a economia.

“Quando temos um Nabeiro, não precisamos de nenhum Clooney”, disse o primeiro-ministro na sessão de apresentação da estratégia global de sustentabilidade do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, citado pelo Dinheiro Vivo (acesso livre). Costa foi mais longe e fez as contas sobre quantos “Nabeiros” seriam necessários para dinamizar a economia portuguesa.

Se por cada 8.500 habitantes portugueses houver um Nabeiro basta-nos 1.200 Nabeiros para termos 1.200 grupos como a Delta“, apontou o líder do Executivo, numa extrapolação relativa ao número de habitantes de Campo Maior, onde nasceu o grupo, escreve a Agência Lusa.

“Se tivermos 1.200 grupos como a Delta, a nossa economia não crescerá só acima da média europeia, a nossa economia transformará mesmo este país em algo que é fundamental, extraordinário e sustentável” para a atual geração e futuras, rematou o primeiro-ministro.

O Produto Interno Bruto português aumentou 1,8% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos, acima dos 1,7% do trimestre anterior, e 0,5% em cadeia, impulsionado pela procura interna. “E o que permitiu a economia portuguesa acelerar é o investimento que as empresas estão a fazer”, prosseguiu Costa, na sua intervenção.

“Felizmente, a Delta não está só neste país, há outras empresas que também acreditam e confiam no futuro e estão a investir”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: “Se há condição essencial para que as empresas possam continuar a investir é continuar a ter confiança no presente e boas perspetivas de confiança no futuro”. “Temos muito boas razões para ter confiança”, completou.

Apoio a startups sustentáveis

António Costa aplaudiu ainda o envolvimento da Delta com startups. A empresa desenvolveu uma parceria com a startup belga Nãm, que transforma borras de café em algo comestível — neste caso, cogumelos. A Delta Cafés ficará encarregue da recolha das borras de café, aponta o grupo em comunicado.

Perante esta parceria, Costa aproveita para sublinhar que “as startups não são só apps”, em declarações citadas pelo Dinheiro Vivo. “A semente está na terra e a Delta está a ajudar a semente a nascer”, continua. Salienta ainda que este projeto é um exemplo de economia circular, ao aproveitar o que seria considerado lixo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novos aviões da TAP fazem economia descolar no início de 2019

A companhia aérea recebe este ano 30 aviões. Efeito benéfico no investimento, e no PIB, deve prolongar-se ao longo de 2019.

A chegada de novos aviões à TAP nos primeiros três meses do ano ajudou a economia portuguesa a acelerar no arranque de 2019. E este contributo pode não se ter esgotado. A companhia aérea portuguesa prevê que este ano entrem em operação um total de 30 novos aviões.

A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicada esta quarta-feira, revela que a economia cresceu 0,5% nos primeiros três meses quando comparados com o último trimestre de 2018, o que permitiu uma aceleração na taxa de variação homóloga que foi de 1,8%, acima dos 1,7% registados no final do ano passado.

Os dados do Eurostat mostram ainda que Portugal cresceu, em termos de variação homóloga, mais que a Zona Euro (1,2%) e que a União Europeia (1,5%), com a economia portuguesa a acelerar ao passo que os blocos do euro e europeu apresentaram crescimentos iguais aos registados no fim de 2018.

O INE só revela dados finais a 31 de maio, mas na informação publicada esta quarta-feira, avança algumas pistas. A procura interna deu um contributo maior para o crescimento do PIB, “refletindo uma aceleração significativa do investimento”.

Numa nota elaborada pelo Departamento de Estudos Económicos e Financeiros, o BPI avança uma explicação mais detalhada para o que se passou no investimento. “Este facto está em linha com o comportamento de vários indicadores no primeiro trimestre de 2019, nomeadamente a robustez das importações de bens de capital (incluindo transportes, reflexo da compra de aeronaves pela TAP) e a evolução positiva do volume de negócios no mercado interno dos bens intermédios e de investimento, que avançaram, respetivamente, 2% e 2,3% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2019.”

A companhia aérea tem em curso este ano um aumento da frota de aviões através de contratos de locação operacional (ou seja, não se trata de uma compra, mas sim de um investimento através do pagamento de rendas pelo uso dos aviões com reflexos no PIB). Para 2019 está prevista a entrada em operação de 30 novos aviões — 16 A330 Neo, quatro A321 Long Range, cinco A321 Neo e cinco A320 Neo –, naquela que será “a maior operação de phase-in de aeronaves da história da TAP”, segundo a empresa.

Nos contratos de locação operacional, é o locador que fica responsável pelas despesas de manutenção e no final a TAP tem opção de compra do avião pelo preço de mercado.

Não há informações nesta altura sobre a dimensão da ajuda que a TAP deu ao PIB no primeiro trimestre, mas o valor atual de mercado destes aviões permite ficar com uma ideia do que estes investimentos representam. Cada A330 Neo, de que a TAP vai ter 16, tem um preço de tabela unitário de 264 milhões de euros (tendo em conta a cotação de hoje para o dólar), segundo a informação para os preços médios de 2018 praticados pela Airbus.

A operação da TAP permite ainda perceber que este é um efeito que se deverá arrastar ao longo do ano já que os 30 aviões vão entrar de forma faseada.

Mas se, por um lado, o reforço do investimento é uma boa notícia — Mário Centeno e António Costa já a assinalaram — por outro há o reverso da medalha. Mais investimento significa mais importações. “Este maior crescimento (do investimento) reflete-se no aumento das importações, onde se destaca o crescimento expressivo da importação de bens de investimento, como é o caso de máquinas e outros bens de capital, material de transporte e produtos transformados destinados à indústria”, dizia o Ministério das Finanças em reação aos números do PIB.

E o impacto não é de somenos importância. “Com a exceção do investimento em construção, o restante investimento também pesa bastante nas importações e terá contribuído para que o contributo da procura externa líquida tenha sido mais negativo“, diz António Ascensão Costa, coordenador da Síntese de Conjuntura do ISEG.

O economista defende que, para que a meta do Governo de um crescimento de 1,9% para a totalidade de 2019 se concretize (para já o crescimento de 1,8% não chega), seria “desejável” que houvesse uma recuperação nas exportações. “Isto depende muito da resolução das tensões no comércio mundial e do crescimento da procura mundial que continua incerto”. Aos riscos que chegam de fora junta-se outro fator: “Ao aumentar o peso das exportações no PIB, como aconteceu nos anos mais recentes, a economia portuguesa também ficou mais sensível às oscilações da conjuntura económica internacional e vamos ter de aprender a viver com isso“, acrescenta o professor do ISEG.

Para já Portugal cresce acima dos parceiros graças ao dinamismo da procura interna — “nomeadamente consumo privado, ainda a recuperar da crise e a beneficiar do crescimento do rendimento disponível devido ao menor desemprego, e Investimento (neste primeiro trimestre de 2019)”. Ao mesmo tempo que Alemanha, França e Itália — pesos pesados no bloco do euro — penalizam o conjunto da Zona Euro.

Quanto ao futuro, o Ministério das Finanças acredita que Portugal construiu “bases sólidas” para continuar a crescer e a convergir com os principais parceiros comerciais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Duas ofertas de emprego em cima da mesa? Saiba o que deve ter em consideração antes de decidir

Pensar na carreira a longo prazo e analisar a conciliação entre vida pessoal profissional que cada uma das empresas oferece são alguns dos conselhos da Robert Walters.

Procurar emprego pode ser uma tarefa árdua. Apresentar uma demissão pode trazer, também, alguns constrangimentos. Mas, às vezes, ter de decidir entre duas ofertas de emprego pode causar, da mesma forma, alguma ansiedade. “É importante pensar nas opções que tem e compará-las com a situação do seu emprego atual, tanto a nível de funções e responsabilidades, como a nível de salário, benefícios, cultura e conciliação familiar”, começa por dizer a Robert Walters.

Por outro lado, é também importante “avaliar de que forma cada uma das ofertas contribui para alcançar as suas ambições de carreira a longo prazo”, explica a consultora de recrutamento em comunicado, acrescentando que, ainda assim, por mais ponderação que se faça, “aceitar uma nova oportunidade acarreta sempre riscos”.

Para, pelo menos, minimizar esses riscos, a Robert Walters reuniu um conjunto de dicas que podem ser-lhe úteis para tomar uma decisão mais ponderada:

1. Pense a longo prazo

A possibilidade de progressão de carreira é, segundo a consultora, uma das principais razões que levam as pessoas a decidir mudar de emprego. Neste sentido, o primeiro conselho da Robert Walters é que tenha em conta como quer construir a sua carreira no futuro. “As ambições a longo prazo, ainda que possam mudar ao longo da vida, devem funcionar como objetivo final. Independentemente da escolha de função que fizer agora, o seu foco deve ser sempre conseguir ficar mais próximo de atingir esse objetivo final”, afirma.

2. Evite agir por impulso

“Quando estiver a analisar cada oferta de emprego, pergunte-se em que medida aquela nova oportunidade poderia resolver os motivos que o levaram a querer mudar de trabalho”, aconselha a especialista de recrutamento. “Não mude de emprego por impulso“, alerta, acrescentando que, se o fizer, pode acabar por escolher “uma oportunidade errada”. Se tiver duas ofertas de emprego em cima da mesa, tem ainda “mais razões para pensar bem antes de escolher qualquer uma delas de forma precipitada”.

3. Analise o work-life balance

Outra das recomendações da consultora é que analise a conciliação entre trabalho e família, considerando o “impacto de cada nova função nas suas próprias necessidades e requisitos”. Se estiver interessado nessas opções, veja se há possibilidade de trabalhar a partir de casa ou de ter horários flexíveis. Além disso, “vale a pena ter em conta a localização de cada empresa e como fará a deslocação para lá desde sua casa”. Existem empresas que, para atrair talento, optam por benefícios extra como creche para os filhos dos trabalhadores ou ginásio para os colaboradores.

4. Considere a cultura corporativa das empresas

“A cultura corporativa de uma empresa é de importância crítica para decidir que oferta aceitar”, diz a Robert Walters. Por isso, durante a fase de entrevista, “deve procurar pistas e informações sobre a cultura e o ambiente de trabalho”. Além disso, a dica da consultora é que consulte amigos ou antigos profissionais que tenham trabalhado na empresa ou empresas e que pesquise críticas nas redes sociais ou em sites como o Glassdoor.

5. Não se deixe convencer apenas pelo salário

Ainda que ter um salário mais generoso possa ser, à primeira vista, apontado como o objetivo principal de uma mudança de emprego, a empresa de recrutamento aconselha que esse não seja o “único fator determinante no momento de decidir ou rejeitar uma oferta”. Com duas opções em cima da mesa, deve ter em consideração que uma função pode oferecer outros benefícios de carreira extra salariais, como “mais responsabilidade ou maior exposição”, por exemplo. “Se quiser tomar uma decisão imparcial no que diz respeito ao salário, ignore o pacote financeiro e foque-se no que lhe causa mais entusiasmo em cada uma das ofertas”, acrescenta a consultora de recrutamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.