Banca corta dez mil empregos numa década. Vem aí nova vaga de saídas

A banca em Portugal perdeu mais de dez mil trabalhadores na última década. Pandemia trouxe uma nova vaga de saídas num setor em contínua reestruturação e consolidação, tanto cá como lá fora.

Os bancos em Portugal eliminaram mais de dez mil postos de trabalho na última década, na sequência da crise financeira mundial de 2008, da crise das dívidas soberanas e resoluções de bancos. Embora o número de bancários tenha estabilizado nos últimos anos, a crise pandémica veio acelerar de novo os planos de redução de pessoal. Vem aí uma nova vaga de saídas na banca. Que não será exclusivo nacional.

Com a pandemia a deteriorar a rentabilidade, os bancos olham para o lado de custos como forma de assegurar o futuro que ainda está encoberto por nuvens. No meio disto, há uma certeza: de que os clientes preferem cada vez mais os canais digitais a ir a um balcão.

É neste cenário que têm surgido com cada vez mais frequência notícias de fecho de balcões e de redução de pessoal. Como o próprio ECO já teve oportunidade de adiantar em primeira mão com o fecho de 20 agências do Novo Banco até final do ano e o plano (ainda sem confirmação oficial) do Banco Montepio para reduzir 800 trabalhadores, já depois de ter anunciado (oficialmente) o encerramento de 31 balcões.

Embora cada um com a sua realidade distinta, os dois bancos explicaram os motivos por detrás do fecho de agências: o salto digital que o mercado bancário deu nos meses em que os portugueses estiveram em casa e fizeram a maioria das operações bancárias através do homebanking ou app do telemóvel.

Outros bancos nacionais também já anunciaram intenções no sentido de ajustar o quadro de pessoal. “Vamos fazê-lo no início do ano”, referiu o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, na apresentação de resultados do semestre, período durante o qual os lucros caíram 55%.

Na Caixa Geral de Depósitos (CGD), que continua a cumprir o plano de reestruturação imposto por Bruxelas, também há planos de pré-reformas e de revogações por mútuo acordo. Ainda na sexta-feira passada Paulo Macedo, CEO do banco público, alertou para a magra margem financeira de 1%-2% com que está a trabalhar atualmente.

Banca em Portugal perdeu 10 mil trabalhadores desde 2010

APB

E lá fora?

Um diretor da rede comercial do Deutsche Bank explicava esta terça-feira aos seus trabalhadores, de forma crua, a razão pela qual o banco irá fechar 20% dos balcões na Alemanha. “A agência já não é o único nem o local-chave [hoje em dia] para aconselhamento ao cliente. Assim, vamos otimizar a nossa rede de agência”, comunicou Philipp Gossow, num e-mail citado pelo jornal Financial Times.

O maior banco na Alemanha vai fechar um em cada cinco balcões que tem no país. No final do processo, deixará de ter cerca de uma centena de agências e um número de trabalhadores por determinar. O Deutsche Bank tem como meta reduzir 18 mil postos de trabalho até 2022 no âmbito do seu plano de reestruturação anunciado em meados do ano passado.

O rival Commerzbank também já tinha anunciado no verão que 200 balcões não iria abrir portas depois de terem estado encerrados durante o confinamento.

É com o objetivo de obter poupanças em tempos de pandemia que a Europa assiste a uma onda de fusões entre grandes bancos. Aqui ao lado, o CaixaBank e o Bankia estão em processo de fusão e o Sabadell encontrava-se a estudar uma fusão com o Abanca ou BBVA. No primeiro caso, os sindicatos apontam para saídas de 7.500 trabalhadores, quase 14% daquele que poderá vir a ser o maior banco espanhol.

Na Suíça, os CEO do UBS e Credit Suisse também estão a explorar a viabilidade de uma possível fusão dos seus negócios. A criação do campeão europeu com origem suíça poderá resultar em cortes entre 10% e 20% no número de trabalhadores, ou 15.000 ou mais, em todo o mundo.

Outros grandes bancos mundiais também estão sob pressão para cortar. O britânico HSBC, por exemplo, está a reduzir os quadros em 35 mil trabalhadores.

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Trabalhadores em lay-off do Código do Trabalho duplicam em agosto face a julho

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

O número de empresas que aderiram ao lay-off previsto no Código do Trabalho atingiu 215 em agosto, mais 7% do que no mês anterior.

O número de empresas que aderiram ao lay-off previsto no Código do Trabalho atingiu 215 em agosto, mais 7% do que no mês anterior, e os trabalhadores abrangidos ascenderam a 7.789, duplicando face a julho.

De acordo com as estatísticas mensais da Segurança Social relativas a agosto, divulgadas esta terça-feira, o número de empresas que recorreram ao lay-off tradicional — e que é distinto do regime simplificado criado como forma de mitigar os efeitos da pandemiaaumentou para 215, depois de ter estabilizado nos 201 nos dois meses anteriores.

No mesmo mês de 2019, a Segurança Social tinha registo de 30 empresas em lay-off. Os dados mostram que desde maio que foi superada a barreira das duas centenas de empresas em lay-off tradicional, algo que já não sucedia desde abril de 2013.

O número de trabalhadores abrangidos pelo lay-off do Código de Trabalho ascendeu em agosto a 7.789, mais do que duplicando face ao mês anterior, em que a Segurança Social tinha registo de 3.576 trabalhadores nesta situação.

No caso dos trabalhadores em lay-off aqueles 7.789 correspondem ao número mais elevado da série longa disponibilizada pela Segurança Social, que recua até março de 2005. Apenas em setembro de 2009 há registo de um universo semelhante, mês em que havia 7.373 pessoas abrangidas.

A maior parte das situações de lay-off registadas em agosto correspondem a suspensão temporária de contrato de trabalho, com os dados a indicarem 5.329 trabalhadores nesta situação. Os restantes 2.460 estavam com redução de horário de trabalho.

Desde abril que o número de trabalhadores colocados em lay-off está a aumentar de forma consecutiva, ainda que o maior aumento tenha ocorrido entre julho e agosto, o que poderá indicar que as empresas estão a recorrer mais à figura do ‘lay-off’ prevista no Código do Trabalho, depois de terem visto o regime simplificado terminar em julho.

Recorde-se que o lay-off previsto no Código do Trabalho exige mais condições e impõe mais restrições no acesso do que o “simplificado”. Em agosto o ‘lay-off’ simplificado foi substituído pela medida de apoio à retoma progressiva e pelo incentivo financeiro extraordinário à normalização da atividade empresarial (que contempla um apoio equivalente a dois salários mínimos por trabalhador pago ao longo de seis meses ou a um salário mínimo pago de uma vez).

Dados divulgados no início de setembro pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, 22 mil empresas tinham recorrido aos novos instrumentos, tendo 12,4 mil optado pelo incentivo financeiro extraordinário à normalização da atividade empresarial contempla dois salários mínimos; 3,9 mil empresas pela modalidade de um salário mínimo pago de uma vez e seis mil pelo apoio à retoma progressiva.

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MetLife compra Versant Health por 1,67 mil milhões

  • ECO Seguros
  • 22 Setembro 2020

Com a aquisição, a MetLife acede a uma carteira com aproximadamente 35 milhões de utilizadores de serviços e marcas da Versant.

A MetLife acordou a compra da Versant Health por 1675 milhões de dólares em dinheiro, cerca de 1,42 mil milhões de euros, prevendo-se que a transação se conclua ainda em 2020, assim que obtenha aval das entidades reguladoras.

A Versant, detentora das marcas norte-americanas Davis Vision e Superior Vision (cuidados saúde e oftalmologia), era até agora propriedade de um grupo de investidores liderados pela Centerbridge Partners e a FFL Partners. No comunicado em que anuncia a transação, a MetLife salienta que mais de 90% da população empregada está interessada em beneficiar de um seguro de saúde cobrindo despesas em oftalmologia. A companhia líder em planos de proteção dirigidos a empresas (group benefits), afirma existir um potencial no mercado de gestão de cuidados da visão (óptica) nos EUA.

Com a aquisição, a compradora acede a uma carteira com aproximadamente 35 milhões de membros ligados aos serviços da Versant, enquanto os clientes de MetLife passam a beneficiar da ampla rede fornecedores das marcas Davis Visione Superior Vision.

Comentando o negócio, Michel Khalaf, presidente e CEO da MetLife, afirma que a aquisição prossegue o objetivo de alocar capital em oportunidades de elevado valor. Com a Versant, temos a solução adequada para desenvolver a estratégia na oferta de benefícios às empresas.” Além de operar em seguros e gestão de património em mais de 40 países, a MetLife tem oferta diversificada para empresas em planos proteção e benefícios sociais (vida e saúde), segmento em que assume 15% do mercado dos EUA, servindo mais de 40 milhões de empregados (e seus dependentes) nos Estados Unidos, segundo dados da companhia.

Presente em Portugal desde 1985, a seguradora americana opera em seguros Vida e Acidentes Pessoais, desenvolvendo igualmente oferta de planos de proteção privados e acordos com empresas em soluções Vida grupo.

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CIP elogia aposta do Plano de Recuperação em melhorar a Função Pública porque isso ajuda as empresas

Apesar de destacar a importância da capitalização das empresas, o presidente da CIP aponta que uma Administração Pública mais moderna traz mais facilidade à envolvente empresarial.

António Saraiva sublinha a importância de fortalecer as empresas, numa altura em que se discute o Plano de Recuperação Económica de Portugal, mas ao contrário daqueles que apontam como falha uma aposta limitada nas empresas, o patrão dos patrões frisa que “uma melhor Administração Pública, mais moderna, traz seguramente desburocratização” e isso, por sua vez, representa uma maior “facilidade” para a envolvente empresarial.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende também que a contratação pública e os seus critérios “têm de ser devidamente acautelados para que as empresas portuguesas não fiquem prejudicadas nos trabalhos que seguramente vão ter, nas oportunidades que se vão abrir”, após a reunião do Conselho Económico e Social (CES), que contou com a presença do primeiro-ministro e dos ministros da Economia e do Planeamento.

Quanto às empresas, António Saraiva sublinhou que “é fundamental promover fusões e concentrações, a capitalização e recapitalização das empresas, formação, qualificação e requalificação dos recursos humanos, como meta a atingir para sermos mais competitivos e para que o país possa ganhar a batalha da competitividade”.

Para estes objetivos, nomeadamente de forma a que as empresas estejam mais “robustas” e “fortalecidas para os desafios” que se seguem, o presidente da CIP destacou também a importância do trabalho do Banco de Fomento, que deverá arrancar em novembro, que “tem de ter uma missão nesse sentido”.

CGTP preocupada com aumento de salários

Depois da reunião do CES, onde foi discutido o Plano de Recuperação do país, a secretária geral da CGTP reitera que é ainda necessário perceber como é que os objetivos inscritos no documento se vão concretizar. Para além disso, mostrou-se preocupada com a resposta de António Costa relativamente ao aumento do salário mínimo nacional, que “terá em conta situação da economia”.

Isabel Camarinha aponta que a central sindical está de acordo com as prioridades contempladas no plano, nomeadamente relativas à administração pública e à coesão territorial, por exemplo, mas reitera que é necessário “ver como se repercute” e como “contribuem para a melhoria das condições de vida e de trabalho do país”, disse, em declarações transmitidas pela RTP3.

A secretária-geral da CGTP acrescentou também que colocaram alguns aspeto ao primeiro-ministro, como a valorização de salários, e que a resposta “não vai no sentido” que considera fundamental, de um aumento do salário mínimo “de forma significativa”. António Costa adiantou que o Governo tem “intenção e mantém o objetivo de, até ao final legislatura, o SMN atingir os 750 euros”.

No entanto, o primeiro-ministro disse à CGTP que este ano “terá que se ter em conta a situação da economia, e que o aumento este ano poderá não ser igual a 2020”.

(Notícia atualizada com mais informações às 19h35)

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Powell promete apoio da Fed para combater a crise enquanto for necessário

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

A Fed continuará a utilizar as "ferramentas" de que dispõe para fazer o possível "durante o tempo que for necessário, para assegurar que a recuperação seja o mais forte possível", disse Powell.

O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, prometeu esta terça-feira o apoio do banco central norte-americano para combater a crise causada pela pandemia “durante o tempo que for necessário”.

Numa audição na Câmara dos Representantes, Powell disse que desde que começou a crise, tem-se assistido a uma melhoria contínua das condições económicas nos Estados Unidos, mas a incerteza persiste. “A atividade económica recuperou do nível deprimido do segundo trimestre, quando grande parte da economia esteve parada para travar a propagação do vírus. Muitos indicadores económicos mostram uma melhoria notável”, afirmou.

No entanto, Powell advertiu que “tanto o emprego como a atividade económica se mantêm muito abaixo dos níveis anteriores à pandemia e o caminho a seguir continua a ser muito incerto”. A Fed continuará a utilizar as “ferramentas” de que dispõe para fazer o possível “durante o tempo que for necessário, para assegurar que a recuperação seja o mais forte possível e impedir que a economia sofra danos permanentes”, indicou.

Desde o início da crise causada pela pandemia de covid-19, a Fed baixou as taxas de juro de referência, que atualmente estão entre 0% e 0,25%, e recorreu a outras medidas, como injeções maciças de liquidez nos mercados financeiros e elevadas compras de dívida. Na semana passada, a Fed indicou que tenciona deixar as taxas de juro próximas de 0% até 2023, quando se espera que a inflação atinja a meta definida de 2%.

“A nossa economia vai recuperar completamente deste período difícil”, afirmou Powell, insistindo que a instituição que lidera mantém o compromisso de usar “toda a sua gama de ferramentas para apoiar a economia enquanto for necessário”. Nas últimas previsões que divulgou, o banco central espera uma contração da economia norte-americana de 3,7% no final deste ano e uma taxa de desemprego de 7,6%.

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Jóias portuguesas da marca Wonther são referência de sustentabilidade nos Estados Unidos

As peças da marca de joalharia portuguesa foram seleccionadas pela estilista Rachael Wang para um editorial da revista TeenVogue.

Chama-se Wonther, é portuguesa e está em destaque num editoiral da revista norte-americana TeenVogue. As peças de joalharia desta marca nacional foram selecionadas pela estilista Rachael Wang, considerada “a maior referência em styling inclusivo e sustentável nos Estados Unidos”.

“Para uma marca tão jovem é difícil construir-se com base em valores éticos e sustentáveis. É um grande privilégio ser selecionada pela Rachael Wang, alguém que defende diariamente os valores que nos movem”, explica Olga Kassian, fundadora da marca de joalharia portuguesa, que já tinha sido reconhecida internacional pela sua política ética e de sustentabilidade.

A sustentabilidade tem vindo a ganhar terreno e são cada vez mais as marcas que se juntam a esta nova realidade. Para a estilista Rachael Wang, a “sustentabilidade é agora uma exigência do consumidor”. “Os clientes estão a ameaçar reter os seus gastos, a menos que vejam progresso na representação e no fabrico ético. Na nossa sociedade capitalista, o nosso dinheiro conta como o nosso voto, por isso, teoricamente, se as pessoas votarem com seu dinheiro ou retiverem os gastos para o tipo de mundo em que desejam viver, então, esperançosamente, a indústria será forçada a mudar”, explica Rachael Wang no seu editorial para a revista americana TeenVogue.

A estilista Rachael Wang tem dado ênfase à inclusão, diversidade corporal e sustentabilidade na indústria da moda, onde trabalha há mais de dez anos como estilista e diretora de grandes publicações em Nova Iorque como a W Magazine, Glamour, Nylon, Style.com, Allure, entre outras.

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Reino Unido bate recorde de casos num dia e Boris Johnson admite prolongar novas restrições por 6 meses

  • Lusa e ECO
  • 22 Setembro 2020

Com o Reino Unido a registar 4.926 casos nas últimas 24 horas, o primeiro-ministro admite prolongar por seis meses novas restrições.

O Reino Unido registou nas últimas 24 horas, 37 mortes e quase cinco mil novos casos de Covid-19 (4.926), o que representa um novo recorde desde maio. Com os números a aumentar nos últimos dias, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admite prolongar por mais seis meses novas restrições.

Boris Johnson avisou esta terça-feira que um pacote de medidas mais apertadas para combater a pandemia da Covid-19, incluindo o encerramento de bares e restaurantes às 22h00, pode ficar em vigor durante pelo menos seis meses.

“Não vamos poupar esforços em desenvolver vacinas, tratamentos, novas formas de testagem em massa. Mas a não ser que façamos progressos visíveis, assumimos que as restrições que anunciei vão ficar em vigor durante pelo menos seis meses”, disse, durante uma declaração no parlamento britânico.

Boris Johnson confirmou que, a partir de quinta-feira, pubs, bares, restaurantes e outros espaços de lazer em Inglaterra são obrigados a fechar às 22h00, o atendimento só pode ser feito à mesa e os empregados vão ter de usar máscara.

O Governo passou também a recomendar que as pessoas trabalhem a partir de casa se puderem e suspendeu o regresso de público a grandes eventos desportivos, previsto para outubro, entre outras medidas.

Boris Johnson vincou que este não é um regresso ao regime de confinamento que esteve em vigor entre março e junho, que as pessoas podem sair de casa e que as escolas e universidades vão continuar abertas.

Mas avisou que estas medidas poderão permanecer até à primavera de 2021 e ser reforçadas se for necessário.

“A não ser que façamos progressos visíveis, assumimos que as restrições que anunciei vão ficar em vigor durante pelo menos seis meses”, vincou.

Estas restrições aplicam-se em Inglaterra, pois Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para determinar as próprias regras.

Regresso do público em outubro aos estádios britânicos foi suspenso

O plano para o regresso dos espectadores aos estádios britânicos a partir de 1 de outubro foi suspenso devido ao ressurgimento da pandemia do novo coronavírus no país, disse esta terça-feira o ministro Michael Gove.

Vários eventos piloto, com capacidade limitada a mil espectadores, foram realizados nos últimos dias, na esperança de um retorno de um maior número de pessoas nos estádios a partir do início de outubro, mas o plano sofreu um revés.

O ministro britânico Michael Gove referiu que uma “reabertura em massa” dos estádios não seria adequada no momento, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela comunidade desportiva devido à crise económica causada pela pandemia.

“Um programa elaborado em várias fases estava a ser executado para permitir o regresso de mais pessoas aos estádios, sem os encher”, adiantou Michael Gove, um dos ministros mais próximos do primeiro-ministro Boris Johnson, à BBC.

Gove referiu que, neste momento, o programa está suspenso, devido ao ressurgimento da pandemia, mas que o governo britânico está empenhado, quando as circunstâncias o permitirem, a que mais pessoas possam voltar aos estádios.

Novo confinamento resultaria da incompetência do Governo, diz Partido Trabalhista

O líder do Partido Trabalhista britânico, Keir Starmer, alertou esta terça-feira que um eventual novo confinamento no Reino Unido devido à pandemia da Covid-19 será resultado da “incompetência” do Governo de Boris Johnson.

“Um segundo confinamento não deveria ser inevitável. Seria um sinal do fracasso do Governo”, afirmou esta terça-feira, num discurso durante o congresso do “Labour”, referindo o impacto de mais restrições na saúde física e mental das pessoas e na economia britânica.

Keir Starmer acusou o Executivo britânico de ter perdido o controlo no combate à pandemia, que resultou em pelo menos 41.788 mortes confirmadas no Reino Unido, embora o número real incluindo casos suspeitos seja superior a 57 mil.

“Eu tentei ser construtivo. Compreendo que estes são tempos sem precedentes e que governar é difícil. Tentei ser justo, dar ao governo o benefício da dúvida. Mas agora, com uma das maiores taxas de mortalidade do mundo, e no limiar de uma das recessões mais profundas em qualquer lugar, receio que não haja dúvidas”, disse, acusando o governo de “incompetência”.

O governo britânico registou oficialmente desde o início da pandemia 403.551 de casos de contágio confirmados e 41.825 óbitos.

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Fundo Horizon compra 50% do hospital de Loures à Mota-Engil

O fundo de Sérgio Monteiro e Pires de Lima entrou no negócio das infraestruturas de saúde. Além do Beatriz Ângelo, comprou também 40% de hospital nos Açores. Operação avaliada em 75 milhões.

O fundo Horizon Equity Partners, criado em 2017 por António Pires de Lima e Sérgio Monteiro, fechou a compra de 50% da sociedade que construiu e controla o Hospital Beatriz Ângelo (Loures) e 40% do capital do Hospital de Santos Espírito da Ilha Terceira (Açores), ao grupo Mota-Engil, um negócio da ordem dos 75 milhões de euros (dívida incluída), dos quais 21 milhões de capital (equity).

De acordo com duas fontes contactadas pelo ECO, as negociações decorreram nos últimos quatro meses e acabaram por ser fechadas no início desta semana. Em ambas as operações, os contratos de parceria daquelas duas infraestruturas prolongam-se até 2039.

Segundo a informação oficial que consta do site da Mota-Engil, o Hospital de Loures está em funcionamento desde 2012, levou cerca de dois a ser construído, e participa num contrato de parceria entre o Estado Português, a SGHL – Sociedade Gestora do Hospital de Loures. Além da Mota-engil, a Sociedade Gestora do Edifício tem como acionistas a Luz Saúde, o Novo Banco, a Opway e a Dalkia. Já no Hospital dos Açores, que também demorou dois anos a construir, o fundo Horizon ficará com 40%, havendo mais três acionistas, entre os quais o fundo Aberdeen, o grupo Marques e a Dalkia.

Com esta operação, o fundo Horizon já realizou quatro transações desde que foi lançado, em 2017. Entrou, primeiro, no consórcio para a compra das torres de telecomunicações da Altice, que acabaram por ser vendidas, depois, à Cellnex por 880 milhões de euros, e comprou o Campo Pequeno, também em consórcio com Álvaro Covões, ficando com a gestão do parque de estacionamento. Cada um deles corresponde, na prática, a um diferente nível de risco, sendo o dos hospitais o mais baixo.

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Naturgy prevê implementar 300 ações por ano no âmbito do Plano Ambiental Global até 2022

  • Europa Press
  • 22 Setembro 2020

A energética espanhola Naturgy espera avançar com 300 iniciativas anuais em prol da biodiversidade e o ambiente, no âmbito do seu compromisso na área da sustentabilidade.

O Plano Ambiental Global da empresa estabelece como meta a realização de 300 iniciativas el prol da biodiversidade em cada ano, até 2022, contra as 257 cumpridas em 2019.

Com as ações realizadas no ano passado, a Naturgy restaurou mais de 2.600 hectares de superfície ambiental, dos quais 60% correspondem a áreas protegidas ou habitats de espécies protegidas.

A implementação da “economia circular” é uma das chaves do compromisso da energética para com o meio ambiente. Em 2019, o grupo reduziu as suas emissões de CO2 em 16%, baixou também em 25% a utilização de água nas suas atividades, conseguiu gerar menos 66% de resíduos e revalorizou ou reciclou 57% dos resíduos produzidos.

Graças a estes números e iniciativas, a Naturgy obteve em 2019 a maior pontuação no índice CDP (Carbon Disclosure Project), tornando-se a única empresa de energia espanhola e uma das cinco no mundo a alcança-lo.

Do mesmo modo, durante 2019, a empresa realizou mais de 100 estudos, especialmente no campo das instalações de produção (centrais térmicas, hidráulicas e eólicas) e distribuição de eletricidade, com o objetivo de monitorizar o estado ambiental e ecológico. Além disso, levou a cabo 90 iniciativas para a conservação de espécies e áreas naturais protegidas.

No que diz respeito à utilização da água nas atividades da empresa, a água recolhida do mar representa 96% do total, a água reutilizada 3% e a água doce 1%.

Além disso, 98% da água recolhida é devolvida ao ambiente. Depois de a água ser utilizada, são gerados fluxos de águas residuais que são tratados para reduzir a poluição antes de serem descarregados no ambiente.

A maior quantidade de água descarregada corresponde às centrais térmicas, onde é efetuada monitorização e análise, que de acordo com os dados de Naturgy não geraram qualquer impacto nos ecossistemas aquáticos afetados.

As iniciativas do grupo na área da biodiversidade e do ambiente estão espalhadas por todo o mundo, destacando-se a recuperação ambiental das áreas afetadas pela construção do parque eólico Crookwell (Austrália), com a replantação de pastagens, a plantação de mais de três mil árvores e o controlo para evitar plantas invasoras.

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40% das empresas agravaram atraso nos pagamentos de fevereiro a agosto

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

Entre fevereiro e agosto, 40% das empresas agravaram o atraso nos pagamentos a fornecedores. A maioria das empresas continua a pagar com um atraso inferior a 30 dias, segundo estudo da Informa D&B.

Mais de um terço das empresas (40%) agravaram o atraso no pagamento a fornecedores entre fevereiro e agosto, outros 40% mantiveram o nível e as restantes melhoraram, segundo um estudo da Informa D&B divulgado esta terça-feira.

“Entre fevereiro e agosto, 40% das empresas agravaram o atraso de pagamento, 40% mantiveram o mesmo nível de atraso, tendo as restantes melhorado”, indicou, em comunicado, a Informa D&B.

De acordo com o estudo “Covid-19 – Cumprimentos e Risco de Pagamento das Empresas”, em agosto, 15,4% das empresas pagaram aos fornecedores dentro do prazo, abaixo dos 16% registados em fevereiro.

Conforme explicou a consultora, os efeitos da pandemia de Covid-19 estão a refletir-se “de forma desigual” entre os vários setores, não permitindo “ainda tirar conclusões sobre este indicador”, tendo em conta que muitas empresas recorrem a medidas de apoio “que podem estar a mitigar a situação”.

Por sua vez, o número médio de dias passou de 26 em fevereiro para 27 em agosto, sendo que 7,3% das empresas pagaram com atrasos superiores a 90 dias, o que reflete uma subida de 0,2 pontos percentuais face a fevereiro.

Já a grande maioria das empresas (66%) continua a pagar com um atraso inferior a 30 dias.

“No momento crítico que atravessamos, o cumprimento dos prazos de pagamento será uma das formas mais relevantes de trazer saúde ao ciclo comercial das empresas, que teria certamente efeitos positivos na sua sustentabilidade e no ambiente económico em geral”, considerou, citada no mesmo documento, a diretora-geral da Informa D&B, Teresa Cardoso de Menezes.

Os dados da consultora revelaram ainda que o cumprimento dos prazos de pagamento em Portugal agravou-se na última década, aumentando o afastamento em relação à média europeia (44,3%), “que evoluiu positivamente neste período”.

Portugal recuou também no que se refere aos grandes atrasos, com 11,6% das empresas a atrasarem-se mais de 90 dias, face aos 3,9% da Europa.

A Informa D&B notou ainda que o risco associado ao recebimento por parte do cliente é uma das “grandes preocupações” dos gestores no que respeita ao crédito comercial.

O indicador “Risco Deliquency”, modelo que indica qual a probabilidade de, nos próximos 12 meses, uma empresa pagar aos fornecedores com atrasos superiores a 90 dias, revelou que a percentagem das empresas com risco “mínimo ou reduzido” é de 41,3%, menos 0,9 pontos percentuais do que em dezembro de 2019.

Para esta redução contribuíram as empresas de dimensão reduzida dos setores mais afetados pela covid-19, como o alojamento e restauração e retalho.

Adicionalmente, existem 52 mil empresas com risco elevado ou médio-alto, maioritariamente, microempresas.

Para a realização deste estudo a Informa D&B teve por base a informação gerada pelo programa Dun-Trade®, sendo que o ‘Paydex’ é calculado para cada empresa quando recolhido um histórico de pagamentos de, pelo menos, três experiências junto de três fornecedores, gerando um valor de 0 a 100.

Assim, as classificações entre 0 e 19 correspondem a atrasos superiores a 120 dias, de 20 a 29 entre 90 e 120 dias, de 30 a 39 entre 60 e 90 dias, de 40 a 49 entre 30 e 60 dias, de 50 a 79 até 30 dias de atraso e de 81 a 100 antes do prazo acordado.

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Abanca oferece taxa de 0,5% no primeiro ano para captar crédito da casa

O banco espanhol está a apostar na captação de clientes para as suas soluções de crédito à habitação, contas ordenado e investimentos.

O Abanca procura ganhar escala em Portugal. Está por isso a apostar na oferta de vantagens em vários segmentos da sua atividade com vista a conquistar mais clientes e recursos. O crédito da casa é um dos focos desta aposta, com a instituição financeira espanhola a oferecer uma taxa de juro fixa de 0,5% no primeiro ano do financiamento. Mas a aposta do banco também passa pelas contas ordenado e pelos investimentos.

No crédito à habitação, segmento em que outros bancos também têm vindo a melhorar as condições da sua oferta, o Abanca aposta no “T0,5”, campanha “direcionada aos clientes que valorizam um menor custo no momento da formalização”.

Assim começa por oferecer um desconto de 50% na comissão de formalização, encargo que, segundo o preçário do banco espanhol, ascende a 520 euros. Além disso, assegura uma taxa fixa única de 0,5% no primeiro ano do crédito, independentemente do cross-selling (ou seja, da subscrição de outros produtos). Para os anos seguintes, o crédito passa a estar indexado à Euribor a 12 meses, valor que é acrescido de um spread calculado em função do risco do cliente. O preçário do Abanca aponta para um leque de spreads que pode ir de um mínimo de 1,15% até um máximo de 2,25%.

Também no âmbito do crédito à habitação de taxa fixa a um, dois, cinco e dez anos, os clientes que apresentem um Certificado Energético com classificação A+, A e B têm uma bonificação de 0,1% na taxa válida para o prazo total do empréstimo.

Mas o Abanca também está a “premiar” os clientes que adiram à conta ordenado ou transfiram investimentos para a instituição. Quem domiciliar o seu vencimento na instituição terá uma oferta de 150 euros, valor creditado na conta assim que o primeiro pagamento de ordenado/pensão seja recebido. Mas para beneficiar deste “prémio”, o cliente tem de manter essa conta ordenado durante, pelo menos, 24 meses consecutivos.

Já ao abrigo da campanha “Bom Começo Abanca”, desenhada para captar investimento dos clientes — em produtos como estruturados, fundos de investimento ou outros — o banco compromete-se a depositar na conta o equivalente a 1% do valor transferido que for investido, até um máximo de dez mil euros. Esta campanha é válida até ao final do ano e para montantes mínimos de transferência de 15 mil euros.

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Roubo de bicicletas em Bruxelas pressiona disponibilidade de seguros

  • ECO Seguros
  • 22 Setembro 2020

Como se já não bastasse terem de pedalar nas suas deslocações, os ciclistas que circulam na cidade belga, capital da UE, arriscam ficar sem cobertura de roubo no seguro das suas bicicletas.

Contrariando curva decrescente no resto da Bélgica, o furto de bicicletas na região de Bruxelas tem aumentado. Esta tendência contra a corrente leva a seguradora Aedes, subsidiária da AXA especializada em seguro dos veículos de duas rodas, a ponderar acabar com cobertura de roubo nas apólices oferecidas aos ciclistas.

De acordo com notícia do site Brussels Times, a Aedes prepara-se para deixar de proteger os ciclistas de Bruxelas pelo eventual roubo da bicicleta, a menos que a mantenham bem fechada a cadeado e chave quando não estiver a ser utilizada. Os ladrões não descansam. Seja qual for o tipo de correntes utilizadas no cadeado, o local, ou o número de pessoas presentes nas redondezas, os larápios precisam de “apenas alguns segundos para roubar uma bicicleta,” adverte fonte da companhia.

“Em toda a Bélgica, o número de furtos de bicicletas está a diminuir, exceto em Bruxelas, onde se verificou um aumento de cerca de 15%” nos furtos. “Hoje, temos de tirar esta conclusão: o roubo de bicicletas em Bruxelas está a tornar-se não segurável,” disse Benjamin Martens, porta-voz da seguradora.

Mas a exclusão da cobertura não será para todos, nem definitiva. Se o ciclista tiver um local seguro para deixar a bicicleta, seja dentro de casa ou numa das boxes distribuídas pela cidade, o seguro da Aedes poderá manter-se como alternativa real. Mas se as bicicletas forem deixadas noutros locais da via pública, por mais robusta que seja a sua fechadura, já não serão possíveis de segurar.

A Aedes tem uma carteira de 2 mil segurados titulares de apólice especial para bicicletas (“Pvèlo”). No entanto, só em 2019, 4720 bicicletas foram dadas como roubadas, e o número real está provavelmente mais próximo das 12000, de acordo com a organização ciclista Cyclo, uma vez que muitos proprietários não apresentam queixa, refere a subsidiária da AXA.

De acordo com a seguradora, a estatística de furtos corresponde a 32 bicicletas roubadas por dia, ou 20 vezes mais do que o número de carros roubados, sendo que, apenas 5% das bicicletas roubadas são alguma vez devolvidas aos seus proprietários.

A companhia posiciona-se como líder do mercado belga em seguros para bicicletas, acumulando experiência de 10 anos no negócio. Tomando posição sobre o risco crescente associado à frequência de roubos de bicicletas na região de Bruxelas, a seguradora encetou uma campanha de consciencialização afirmando a necessidade de adotar medidas duras, “mas temporárias, como tentativa de adaptar o produto ao contexto”, assinalava comunicação divulgada em agosto.

“Neste ambiente desfavorável, encontramo-nos num impasse e não temos outra escolha senão tomar medidas fortes rapidamente, para garantir que podemos continuar a cobrir o roubo de bicicletas a longo prazo,” reitera fonte da Aedes citada na imprensa local.

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