Grupo Louis Vuitton desiste de comprar Tiffany. Negócio era de 14,7 mil milhões de euros

A empresa de joalharia vai responder à decisão do grupo LVMH ao avançar com um processo, alegando que este atrasou deliberadamente a conclusão da aquisição de forma a renegociar o acordo.

O grupo LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton e a Christian Dior, já não vai comprar a empresa de joalharia Tiffany, uma operação avaliada em 14,7 mil milhões de euros. A queda do negócio, após a pandemia de Covid-19, não será tranquila, já que a Tiffany se prepara para contestar a decisão.

A empresa de joalharia vai avançar com um processo contra a LVMH, de forma a forçar o grupo francês a concluir o negócio conforme tinha sido acordado no ano passado, adianta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). A Tiffany acusa o grupo de atrasar deliberadamente a conclusão da aquisição de forma a renegociar o acordo.

O negócio, que foi fechado antes da pandemia, teria sido o maior de sempre na indústria de luxo. A LVMH admitiu que o ministro francês dos Negócios Estrangeiros enviou uma carta à administração a pedir para atrasarem a aquisição da Tiffany até depois de 6 de janeiro de 2021, perante a ameaça de tarifas norte-americanas contra produtos franceses.

A Tiffany também terá pedido para adiar a conclusão do negócio, por uma segunda vez, de 24 de novembro até ao final deste ano, mas o grupo francês não aceitou. “Da forma como está, o grupo LVMH não será capaz de concluir a aquisição da Tiffany & Co“, disse o grupo francês, em comunicado.

Na base da desistência poderá estar na queda na receita e no lucro da empresa, devido à paragem que adveio da pandemia. No entanto, a Tiffany rebate este argumento apontando que o seu desempenho está em linha com as pares do setor, e que está bem posicionada para continuar a crescer.

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Novo Banco garante que conhece “último beneficiário das vendas de ativos”

Banco liderado por António Ramalho diz que o "relatório da auditoria confirma expressamente o cumprimento dos deveres do Novo Banco" na identificação dos beneficiários últimos dos ativos alienados.

A Deloitte diz, na auditoria especial, que apesar de o Novo Banco (NB) ter obtido informação dos investidores, nunca chegou a identificar os beneficiários finais. O banco liderado por António Ramalho diz que conhece. Garante, em comunicado, que sabe quem são os compradores dos vários ativos que tem alienado, nomeadamente os imóveis.

“O NB sempre analisou e portanto conhece o último beneficiário das operações de venda de ativos, cumprindo os procedimentos estabelecidos na legislação em vigor para este efeito, designadamente na Lei 83/2017, de 18 de agosto sobre o conhecimento de beneficiários efetivos de fundos de investimento, a qual transpõe diretivas europeias e segue as indicações do Grupo de Ação Financeira”, diz o banco.

A instituição alvo de uma auditoria especial por parte da Deloitte, que abrangeu os anos de 2000 a 2018, diz que “prestou todos os esclarecimento pedidos pela auditora Deloitte sobre este tema”.

Diz que o “relatório da auditoria confirma expressamente o cumprimento dos deveres do Novo Banco e que os beneficiários efetivos dos fundos foram determinados de acordo com a Lei”, embora reconheça que houve exceções. E são essas exceções que a auditora refere no relatório que foi agora enviado ao Parlamento, embora com informação sigilosa omitida.

“Nos casos em questão considerados últimos beneficiários efetivos os membros do órgão de administração da Sociedade Gestora, trata-se de entidades na sua maioria registadas e reguladas pela SEC (Securities Exchange Comission) nos EUA ou com registo na FCA (Financial Conduct Authority), Londres”, defende o Novo Banco.

"NB sempre analisou e portanto conhece o último beneficiário das operações de venda de ativos, cumprindo os procedimentos estabelecidos na legislação em vigor.”

Novo Banco

É neste sentido que o banco diz que não se pode dizer que não sabe quem são os beneficiários últimos dos ativos que tem alienado, entre eles imóveis. “Não é portanto apontada pelos auditores qualquer falta de informação adicional para fazer o escrutínio dos últimos beneficiários efetivos”, atira o Novo Banco, rematando que “não são aceitáveis alegações ou comentários falsos sobre o cumprimento da Lei por parte do NB”.

(Notícia atualizada às 13h20 com mais informação)

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Holding da família Queiroz Pereira incorpora Cimigest e fica com 24% da Semapa

  • Lusa
  • 9 Setembro 2020

A Cimigest foi incorporada na Sodim, holding da família Queiroz Pereira. Após a fusão por incorporação, a holding passou a deter diretamente 23,96% da Semapa.

A Sodim, holding da família Queiroz Pereira, e a Cimigest, que é detida a 100% pela Sodim, realizaram em 3 de setembro “uma fusão por incorporação”, de acordo com a informação divulgada em comunicado ao regulador dos mercados (CMVM).

Na operação, a Cimigest foi incorporada na Sodim, tendo a Sodim sido notificada da realização do respetivo registo comercial em 07 de setembro.

Antes da fusão, a Cimigest era titular de 3.185.019 ações da Semapa, representativas de 3,919% do respetivo capital social e inerentes direitos de voto e a Sodim titular de 16.293.884 ações da Semapa, representativas de 20,049% do respetivo capital social e inerentes direitos de voto.

Após a fusão, “o total de 19.478.903 ações da Semapa representativas de 23,968% do respetivo capital social e inerentes direitos de voto que estava distribuída pelas duas sociedades passou a ser detido diretamente pela Sodim, alterando-se assim o título de imputação de direitos de voto da Semapa a esta sociedade”.

A Semapa foi também informada pela Sodim que com a fusão, o número de ações representativas do capital social e dos direitos de voto da Semapa imputáveis à Sodim se mantém, repartindo-se pelos administradores da sociedade.

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Donald Trump nomeado para Prémio Nobel da Paz 2021 por deputado da Noruega

O presidente dos EUA foi indicado para potencial laureado com o Prémio Nobel da Paz 2021 por um deputado norueguês, avançou a Fox News. Ainda assim, a nomeação está longe de garantir o prémio.

Donald Trump foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz 2021 pelo deputado norueguês Christian Tybring-Gjedde. A nomeação é justificada com o “mérito” do presidente dos EUA nas negociações que levaram ao acordo de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos.

A notícia foi avançada pela Fox News, citando declarações do próprio deputado da Noruega: “Pelo seu mérito, creio que ele fez mais por tentar criar paz entre as nações do que muitos dos outros nomeados para o Nobel da Paz”, explicou Tybring-Gjedde, entrevistado pelo canal conversador.

A nomeação para o conceituado Nobel da Paz está longe de garantir a atribuição do prémio. Segundo informações oficiais, “a nomeação para o Prémio Nobel da Paz pode ser submetida por qualquer pessoa que preencha os critérios de nomeação”.

A lista inclui todos os chefes de Estados, membros de governos e deputados de parlamentos nacionais, bem como membros de uma panóplia de outras instituições. Qualquer pessoa ou organização pode ser nomeada para o Prémio Nobel da Paz.

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Há menos alunos da primária por cada professor português do que média da UE

Por cada professor do ensino primário português há 12,4 alunos, número que representa um recuo e fica abaixo da média da União Europeia.

menos alunos por cada professor português do ensino primário do que a média dos Estados-membros da União Europeia. Numa altura em que a dimensão das turmas está a ser considerada um fator crítico no combate à Covid-19 nas escolas, o Gabinete de Estatísticas do bloco comunitário salienta que, em média, cada professor europeu tem a seu cargo 13,6 alunos, o que representa um recuo face, pelo menos, aos dois anos anteriores.

De acordo com o Eurostat, havia 24,5 milhões de alunos no ensino primário, em 2018, em toda a União Europeia. Em contrapartida, havia 1,8 milhões de professores. “Geralmente, os alunos entram no ensino primário entre os cinco anos e os sete anos. Este nível de educação é tipicamente desenhado para dar aos alunos conhecimentos básicos de leitura, escrita, matemática, bem como uma compreensão básica de matérias como História, Geografia, Ciências Sociais e Naturais, Arte e Música”, é explicado na nota divulgada esta quarta-feira.

Tudo somado, em média, há 13,6 alunos por cada professor europeu do ensino primário, valor mais baixo do que tinha sido registado em 2017 (14,3 alunos por professor) e em 2016 (14 alunos por professores).

É na Roménia (19,5 alunos por professor), na República Checa e em França (ambos com 19,2 alunos por professor) que se registam os rácios mais elevados.

Portugal aparece mais abaixo na tabela, tendo um rácio inferior à média da União Europeia. Em média, cada professor português tem à sua conta com 12,4 alunos por professor. Em 2016, esse rácio estava nos 13,1 alunos por professor e, em 2017, nos 12,7.

Mais abaixo na tabela, aparece o Luxemburgo com 9 alunos por professor do ensino primário, a Grécia com 9,2 alunos por professor e 9,6 alunos por professor.

Estes dados são conhecidos numa altura em que o tamanho das turmas tem sido considerado um fator fundamental no combate à pandemia nas escolas, agora que as aulas presenciais estão de regresso.

Ainda esta terça-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) salientava que os países com turmas menores poderão ter mais facilidade em impôr medidas nesse sentido, nomeadamente de distanciamento social.

Entre os países da OCDE, Portugal fica em linha com a média, no que diz respeito ao número de alunos por turma. As turmas do ensino primário público português contam, em média com 21 alunos.

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E vão seis acordos. Comissão Europeia negoceia compra de vacinas contra a Covid-19 com a BioNTech-Pfizer

O contrato que a Comissão Europeia tem em vista com a BioNTech-Pfizer prevê a compra inicial de 200 milhões de doses da vacina.

O portefólio de vacinas para a Covid-19 da Comissão Europeia está a ficar cada vez mais completo, com o sexto acordo em vista. Bruxelas concluiu as negociações preliminares com a farmacêutica BioNTech-Pfizer para a compra inicial de 200 milhões de doses da vacina, em nome dos Estados-membros.

O negócio prevê também a opção de adquirir 100 milhões de doses adicionais, caso a vacina prove ser segura e eficaz contra a Covid-19, anunciou a Comissão Europeia, em comunicado. O contrato delineado prevê a possibilidade de os Estados-membros comprarem a vacina, bem como doar para países com menos recursos ou redirecionar para países europeus.

A BioNTech é uma empresa alemã que está a trabalhar com a norte-americana Pfizer para desenvolver uma nova vacina. “Esta é a sexta farmacêutica com a qual fechamos negociações ou firmamos acordo para potenciais vacinas, em tempo recorde“, sinalizou a presidente do Executivo comunitário, Ursula von der Leyen, citada em comunicado. “As probabilidades de desenvolver e implantar uma vacina segura e eficaz nunca foram tão altas, tanto para os europeus aqui em casa, quanto para o resto do mundo”, acrescentou.

A Comissão já negociou com a AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna. O primeiro contrato, assinado com a AstraZeneca, entrou em vigor a 27 de agosto, tendo, entretanto, a biofarmacêutica suspendido os testes da fase final da vacina que está a desenvolver contra a Covid-19, em parceria com a Universidade de Oxford, após uma suspeita de reação adversa séria num participante do estudo.

“Como parte dos testes globais controlados e randomizados em andamento da vacina de Oxford contra o coronavírus, o nosso processo de revisão padrão desencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”, indicou a companhia em comunicado.

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Turistas da Geração X são os que mais valorizam destinos domésticos

  • Lusa
  • 9 Setembro 2020

Autores do estudo que se focou no Centro de Portugal consideram que os turistas nascidos entre 1960 e 1980 devem “ser o alvo principal das organizações de turismo”.

Os turistas da Geração X (nascidos entre 1960 e 1980) são aqueles que mais valorizam os destinos domésticos, revela um estudo realizado por investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Viseu, divulgado esta quarta-feira.

Os autores do estudo que se focou no Centro de Portugal, por ser uma região muito heterogénea, consideram que os turistas da Geração X devem “ser o alvo principal das organizações de turismo”, numa altura em que o turismo doméstico pode ser uma “tábua de salvação” para um setor fragilizado devido à crise provocada pela covid-19.

“Os resultados obtidos podem ser uma ferramenta importante para os gestores dos destinos e organizações turísticas, visto que está provado que os turistas das várias gerações formam a imagem dos destinos de forma diferente, o que terá um forte impacto nos seus comportamentos em termos de planeamento e compra de viagens”, considera a investigadora principal do estudo, Cláudia Seabra.

O estudo envolveu 622 turistas domésticos que visitaram o Centro de Portugal, pertencentes a três gerações diferentes, nomeadamente Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1960), Geração X (nascidos entre 1960 e 1980) e Millennials ou Geração Y (nascidos entre 1980 e 2000).

Segundo o estudo, os Baby Boomers formam “uma imagem cognitiva de destino assente em duas dimensões, designadamente história e cultura”, e “relaxamento e socialização”.

Já os turistas nacionais da Geração X têm “uma imagem do destino mais complexa, privilegiando quatro dimensões: simplicidade e autenticidade, boas infraestruturas, relaxamento e socialização e nostalgia”.

Os Millennials constroem a imagem de destino essencialmente tendo em conta “os fatores ambiente e nostalgia”, acrescenta.

O estudo refere ainda que, no que se refere à imagem afetiva do destino, os turistas da Geração X associam sentimentos mais positivos aos lugares do que os Baby Boomers e os Millennials.

“Isso, provavelmente, ocorre porque os indivíduos da Geração X são mais flexíveis e mais curiosos e, ao mesmo tempo, porque tendem a ser mais empáticos e mais sensíveis. Por outro lado, Baby Boomers e Millennials têm preferências muito semelhantes nos aspetos excitação, autenticidade, relaxamento e novidade, quando se trata de construir a imagem de destino afetivo”, justifica Cláudia Seabra.

A docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra sublinha que, “surpreendentemente, os Millennials e os Baby Boomers, apesar de estarem mais distantes em termos de idade, compartilham uma imagem afetiva mais homogénea do que a dos turistas da Geração X”.

Ou seja, “avós e netos identificam-se mais do que filhos e pais na formação da imagem dos destinos turísticos”, realça.

No entender dos investigadores, “os Baby Boomers adotam comportamentos que são semelhantes aos adotados pelas gerações mais novas para parecerem mais jovens do que realmente são” e, por sua vez, “os Millennials são nostálgicos e mantêm uma conexão próxima com os velhos tempos”.

“Os Baby Boomers e os Millennials têm várias semelhanças. Ambos foram criados em tempos de mudança e testemunharam grandes mudanças que moldaram os seus comportamentos e mentalidades. Eles valorizam o tempo e experiências memoráveis, mas também gostam de se sentir seguros, são curiosos, indivíduos independentes e aventureiros, mas procuram ambientes protegidos”, explica Cláudia Seabra.

Na sua opinião, as organizações que pretendem atrair turistas nacionais “devem perceber que aqueles constroem a imagem cognitiva de destino com base em conceitos como simplicidade e autenticidade, ambiente, relaxamento e socialização, boas infraestruturas, nostalgia e história e cultura”.

“Esse pressuposto significa que estes seis aspetos devem ser valorizados e cuidados no destino de forma global e nas áreas que circundam os hotéis ou restaurantes”, sublinha.

A investigadora defende também que é fundamental ter em atenção a dimensão afetiva, porque é “um aspeto crucial valorizado pelos turistas nacionais”.

“O que os turistas sabem sobre os destinos domésticos irá influenciar as suas emoções e sentimentos em relação àqueles lugares”, considera.

Neste âmbito, “o desenvolvimento de campanhas de promoção de destinos nacionais com base nestas dimensões e atributos levará os turistas a escolher destinos domésticos e formular intenções de compra”.

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Banco CTT vai apoiar tesouraria das empresas com o BNP Paribas

Micro e pequenas e médias empresas (PME) passam a contar com soluções de antecipação de receitas oferecidas pelo Banco CTT, ao abrigo de uma parceria com o BNP Paribas Factor.

O Banco CTT vai passar a oferecer serviços de factoring às micro e pequenas e médias empresas (PME). A nova oferta surge ao abrigo de uma parceria estabelecida com uma subsidiária do BNP Paribas.

O factoring é uma “ferramenta de apoio à tesouraria das empresas, permitindo financiar as suas necessidades de fundos de maneio”. Por exemplo, permite que as empresas que tenham faturas de clientes por liquidar recebam essa receita de forma antecipada, assegurada pelo banco que fornece o serviço.

O mecanismo ganha relevância neste período de crise económica, que tem pressionado a tesouraria de muitas empresas e gerando um efeito em cadeia. “Esta parceria surge neste contexto económico desafiante e ainda de grandes incertezas, com a interrupção dos ciclos de exploração para muitas empresas”, destaca o BNP Paribas Factor no comunicado em que é anunciada esta parceria.

Também de acordo com a empresa, o Banco CTT “efetuará a prospeção, promoção e comercialização de produtos de factoring junto do mercado empresarial através da sua estrutura comercial, com uma unidade de negócio especializada”. É também uma parceria que vem diversificar a sua atividade no setor dos serviços financeiros.

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Trump diz estar disposto a gastar do próprio bolso para conseguir reeleição

Donald Trump defende que teve de gastar mais dinheiro da campanha para contrariar a cobertura negativa dos meios de comunicação relativamente à pandemia.

Donald Trump está determinado a ganhar novamente as eleições presidenciais norte-americanas. O atual presidente dos Estados Unidos já gastou uma grande fatia do dinheiro que a sua campanha tinha angariado, mas mostra-se disposto a gastar “o que fosse preciso” do próprio bolso para conseguir ser reeleito para o lugar de topo.

Já em 2016, Trump teve de usar o próprio dinheiro para pagar a campanha. Questionado sobre se o faria novamente, o líder norte-americano reitera que gastará “o que for preciso”. “Temos que vencer. Esta é a eleição mais importante da história do nosso país“, disse, em declarações citadas pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A campanha de Trump e o partido arrecadaram 1,1 mil milhões de dólares desde o início de 2019 até julho, mas deste montante, já mais de 800 milhões de dólares foram gastos. O presidente explicou que, devido à pandemia, a sua campanha foi forçada a gastar mais no início deste ano para travar o que considerou uma cobertura negativa dos meios de comunicação.

Apesar disso, Trump garante que a campanha ainda tem uma quantia superior àquela que tinham em 2016, nas últimas presidenciais, apontando que duvida que seja necessário colocar mais do próprio dinheiro.

Já o adversário Joe Biden, que tem aparecido à frente de Trump na maioria das sondagens que têm sido divulgadas, em conjunto com o Comité Nacional Democrata, bateu o recorde mensal de angariação de recursos para uma campanha presidencial no mês passado, ao arrecadar 364,5 milhões de dólares.

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Aeroportos quase vazios. Metro tocou “mínimo histórico” no segundo trimestre

Os aeroportos nacionais receberam menos 97,4% de passageiros no segundo trimestre, enquanto o metro observou uma "quebra histórica" de 76,3%.

Os aeroportos nacionais receberam 434.000 passageiros no segundo trimestre, o equivalente a uma quebra de 97,4% face ao mesmo trimestre do ano passado, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A mesma tendência foi observada nos transportes públicos, principalmente no metro, que registou uma “quebra histórica” de 76,3% no número de passageiros. E tudo isto consequência da pandemia.

Desde o início do ano que o coronavírus começou a ter efeito no setor dos transportes, nomeadamente na aviação. Com o surto a alastrar-se pelo mundo, as pessoas deixaram de viajar e os aviões começaram, aos poucos, a ficar em terra. Os números mostram isso mesmo. Naqueles que foram os três meses mais “intensos” de pandemia, os aeroportos nacionais receberam menos 97,4% dos passageiros do que no ano passado.

No mesmo período, aterraram nos aeroportos nacionais 5.800 aeronaves em voos comerciais, o que representa uma descida de 90,7%. Em termos de carga e correio, o movimento ascendeu a 22.000 toneladas, uma quebra homóloga de 57,4%.

Taxa de variação homóloga (%) de aeronaves, passageiros e carga/correio nos aeroportos nacionais | Fonte: INE, 2.ºT 2020INE

O aeroporto de Lisboa foi responsável por mais de metade dos passageiros totais, com 243.900 pessoas transportadas, mas também este número mostra uma queda acentuada face ao ano passado (-97,1%). Atrás aparece o aeroporto do Porto, com 87.400 passageiros (-97,5%), seguindo-se o aeroporto de Faro, com 36.600 pessoas transportadas (-98,8%). Os aeroportos de Ponta Delgada e do Funchal perderam 96,1% e 98,8% dos passageiros, respetivamente.

Numa análise por países de origem e destino, percebe-se que “os cinco principais países de origem coincidem com os cinco principais países de destino, apesar de ocuparem diferentes posições no ranking”, refere o INE. São eles a Alemanha, França, Reino Unido, Países Baixos e Suíça. Os alemães foram os que mais viajaram para Portugal, enquanto, em sentido inverso, a maioria dos passageiros a partirem do país tinham a Alemanha como destino.

Metro com “quebra histórica”. Barco sentiu “fortemente” o impacto

A mesma tendência foi observada nos transportes públicos, que sofreram uma “paralisação”, indica o INE. Sobretudo o metro. O metropolitano transportou 16,3 milhões de pessoas, menos 76,3% do que no mesmo período do ano passado. Tratou-se de uma “quebra histórica”, de acordo com o instituto.

Concretamente, o Metro de Lisboa transportou 10,8 milhões de passageiros no segundo trimestre, o equivalente a uma descida de 76,8% face ao ano passado. Por sua vez, o Metro do Porto foi utilizado por 3,9 milhões de passageiros (-78,4%) e o Metro Sul do Tejo transportou 1,6 milhões de passageiros (-60,1%).

Andaram de comboio 12,7 milhões de pessoas, menos 70,5% do que no mesmo trimestre de 2019, enquanto o transporte fluvial (barco) também “sentiu fortemente as medidas tomadas no combate à pandemia”, caindo 72,4% com apenas 1,5 milhões de passageiros.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Credores da Oi validam proposta que facilita venda de unidades de negócio

Reunidos em assembleia-geral, os credores da Oi aprovaram o aditamento ao plano de recuperação judicial que facilita a constituição e venda de unidades de negócio da empresa.

Os credores da Oi aprovaram o aditamento ao plano de recuperação judicial da empresa, que tinha sido proposto pela companhia em meados de junho e alterado em agosto.

Este acrescento visa facilitar a constituição e venda de unidades produtivas isoladas dentro da operadora, de forma a “aumentar a capacidade de investimentos do grupo” e “eventualmente antecipar o pagamento” das dívidas.

O resultado da votação em assembleia geral de credores foi dado a conhecer pela Oi em comunicado, no qual a empresa assegura que o referido aditamento “atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e garante a viabilidade operacional, maior flexibilidade e eficiência financeiras e a sustentabilidade” das empresas do grupo de telecomunicações brasileiro.

A versão consolidada será agora submetida à homologação do juízo da 7.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, onde têm tramitado as diversas fases do longo plano de recuperação judicial da companhia, que teve início em 2016.

Adicionalmente, a Oi tornou público esta terça-feira que concluiu as negociações com a Telefónica Brasil, Tim e Claro pela unidade que contempla o negócio móvel da companhia. Confirma-se, assim, que as três empresas estão na frente da corrida pela Oi Móvel, propondo pagar 16,5 mil milhões de reais (cerca de 2,64 mil milhões de euros) para ficarem com essa unidade.

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Exportações recuam 7% em julho, mas dão sinais de retoma

Exportações nacionais voltam a dar sinais de regresso à normalidade depois de a pandemia e o confinamento terem provocado quebras de 30% nas vendas ao exterior.

As exportações nacionais estão a recuperar da quebra de 30% registada nos três meses anteriores. As vendas de bens ao exterior voltaram a cair em julho, mas a descida de 7,3% foi menos intensa do que nos meses críticos do confinamento provocado pela pandemia, dando sinais de regresso à normalidade. Em maio e junho as exportações chegaram a afundar 40% e 10%.

Ainda que as vendas para os outros países evidenciem uma tendência de retoma, mantém-se o travão nas compras ao exterior, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As importações caíram 21,2% em julho após a queda de 22,6% registada no mês anterior.

Com estas evoluções, o défice da balança comercial de bens — diferença entre exportações e importações — diminuiu 1.147 milhões de euros em julho, atingindo os 716 milhões.

As exportações têm sido um dos principais motores de crescimento económico do país nos últimos anos, sendo que as estatísticas disponibilizadas agora pelo INE dizem respeito apenas a bens, deixando de fora os serviços como o turismo, um dos setores económicos mais penalizados pela pandemia. O gráfico das exportações de bens mostra uma recuperação em “V” após a pandemia.

No trimestre terminado em julho, as exportações e as importações de bens diminuíram respetivamente 19,2% e 28,0% face ao trimestre terminado em julho de 2019. São descidas menos intensas do que as verificadas no segundo trimestre do ano, de -30,6% e -34,2%, respetivamente.

Exportações para França já cresceram em julho

O INE revela que as exportações para os principais mercados registaram decréscimos em quase toda a linha no mês de julho. Por exemplo, as vendas de bens para Espanha contraíram 3,2%, totalizando os 1.319 milhões de euros. As exportações para a Alemanha também caíram 3,2% para 593 milhões.

Há uma exceção nestes números. França, que é o segundo maior cliente das empresas portuguesas, comprou mais 1,1% de bens a Portugal em julho, com as compras feitas ao nosso país a atingirem os 735 milhões de euros. A subida é explicada com bens de consumo.

Por outro lado, as importações provenientes França caíram 50% no mesmo mês para 395 milhões, devido aos aviões.

Em termos de categorias de bens, as exportações de combustíveis e lubrificantes registaram queda de quase 60% e as vendas de fornecimentos industriais caíram 10%. Já as importações de material de transporte (-37,5%), relacionadas sobretudo com transações de aviões com França, e de combustíveis e lubrificantes (-53%), sobretudo de Angola, registaram as maiores quebras em julho.

(Notícia atualizada às 11h38)

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