Nas notícias lá fora: Facebook, Web Summit e SMN em Espanha

  • ECO
  • 3 Dezembro 2020

EUA preparam-se para processar Facebook, enquanto Web Summit muda de palco na Ásia. E Espanha quer aumentar salário mínimo nacional para mil euros.

Nos Estados Unidos, mais de 40 Estados uniram-se para investigar o Facebook por possíveis violações de competição e preparam-se para processar a gigante tecnológica, enquanto o Congresso norte-americano aprovou esta quinta-feira legislação que pode forçar empresas chinesas a saírem dos índices bolsistas norte-americanos a menos que cumpram as regras de contabilidade nos EUA. Em Espanha, o Governo prepara decreto para aumentar salário mínimo nacional para mil euros.

Reuters

EUA preparam-se para processar Facebook

Um grupo de mais de 40 Estados norte-americanos, liderados pelas autoridades de Nova Iorque, uniram-se para investigar o Facebook por possíveis violações de competição e preparam-se para processar a gigante tecnológica na próxima semana, de acordo com quatro fontes citadas pela Reuters. A queixa poderá ser a segunda contra uma big tech este ano, depois de o Departamento de Justiça ter processado a Alphabet (empresa-mãe da Google) em outubro. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

EUA aprovam legislação que pode excluir firmas chinesas de Wall Street

O Congresso norte-americano aprovou legislação que pode forçar as empresas chinesas a saírem dos índices bolsistas norte-americanos a menos que cumpram as regras de contabilidade nos Estados Unidos. A legislação, que pode afetar dezenas de corporações chinesas, já tinha sido aprovada pelo senado, em maio, e deve ser agora assinada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Trump beneficia de um consenso bipartidário na adoção de uma política mais dura em relação à China. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

El Economist

Espanha prepara aumento do salário mínimo nacional para mil euros

O Governo espanhol está a preparar um decreto para aumentar o salário mínimo interprofissional (SMI) para mil euros no início do próximo ano, embora pretenda negociar os termos do aumento com os parceiros sociais nas próximas semanas. Tecido empresarial não concorda com a subida do salário mínimo nacional, mas o secretário de estado do emprego e da economia social, Joaquin Perez Rey, afirmou quarta-feira que o Ministério vai reunir na próxima semana ou na semana seguinte para que se estabeleçam os critérios relativamente ao aumento do salário mínimo para 2021. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Plano de Papa Francisco para finanças do Vaticano enfrenta resistência interna

O Papa Francisco quer que as instituições da Igreja Católica sejam transparentes e divulguem as suas contas, referindo que a Igreja deve ser “uma casa de vidro”. A limpeza das finanças do Vaticano tem sido uma prioridade para o pontífice argentino de 83 anos desde o início, dizem os seus conselheiros, mesmo com alguma resistência interna. Para diminuir as possibilidades de mau comportamento, o pontífice tem pressionado os monetaristas da Igreja a abrirem as suas contas ao escrutínio público. Alguns têm cumprido.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Tech Crunch

De Hong Kong para a Malásia. Web Summit vai transferir uma das maiores conferências tecnológicas da Ásia

A Web Summit vai reanimar a RISE, uma das maiores conferências tecnológicas da Ásia, em março de 2022, transferindo-a para Kuala Lumpur após cinco anos em Hong Kong. Web Summit está a planear que a edição de 2022 da RISE seja presencial, e assinou uma nova parceria com a Malaysia Digital Economy Corporation. Numa declaração à imprensa, o Web Summit e o cofundador da RISE e diretor executivo principal Paddy Cosgrave afirmou: “Isto não é um adeus a Hong Kong. Esperamos voltar à cidade no futuro com um evento totalmente novo”. Anunciou também um novo evento, chamado Web Summit Tokyo, que será lançado em 2022. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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BCP recua, mas é a Galp que pesa na bolsa de Lisboa

Banco pesa no PSI-20, que segue a recuar 0,14%. No entanto, é a Galp Energia a liderar as perdas com uma desvalorização de 2%.

Após uma reação em alta, o BCP corrige na bolsa de Lisboa. Os títulos do banco reagem ao anúncio de que o acionista Sonangol poderá estar à procura de comprador para a sua posição, que foi confirmada por ambos. Com o peso do BCP, mas também da Galp Energia, o índice PSI-20 desvaloriza.

Se a operação fizer sentido para banco e acionistas, a Sonangol poderá analisar um eventual desinvestimento no BCP ou até um processo fusão. O esclarecimento foi prestado pela administração da petrolífera angolana à instituição financeira portuguesa, no seguimento de uma entrevista à Reuters em que o CEO da Sonangol, que detém cerca de 20% do banco português, ter admitido a possibilidade.

Na última sessão, o BCP valorizou 1%, mas a tendência positiva manteve-se apenas nas primeiras negociações do dia. O banco segue a cair 0,75% para 0,1193 euros por ação. Apesar de a cotação ser quase o dobro do mínimo tocado no final de outubro, no acumulado do ano a perda é superior a 41%.

O banco pesa no PSI-20, que segue a perder 0,14% para 4.617,91 pontos. No entanto, é a Galp Energia a liderar as perdas com uma desvalorização de 2% para 8,872 euros por ação, no dia em que se decide o futuro do petróleo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reúne esta quinta-feira para decidir sobre a manutenção ou anulação dos cortes à produção de crude a partir de janeiro.

A Navigator cede 0,5%, próximo das perdas da Mota-Engil, Corticeira Amorim e Semapa. Em sentido contrário, o ganho de 0,6% da EDP, a subida de 0,44% da Nos e de 0,43% da Jerónimo Martins travam as quedas do índice.

Lisboa acompanha assim o sentimento negativo na Europa, onde se aguardam novidades do Brexit. O europeu Stoxx 600 recua 0,08% e o britânico FTSE 100 perde 0,05%. Já o alemão DAX cede 0,09%, o francês CAC 40 desliza 0,03% e o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,06%.

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EUA aprovam legislação que pode excluir firmas chinesas de Wall Street

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Legislação também força as empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos a provarem que não são controladas por um Governo estrangeiro.

O Congresso norte-americano aprovou legislação que força as empresas chinesas a saírem dos índices bolsistas norte-americanos a menos que cumpram as regras de contabilidade nos Estados Unidos.

A legislação, que pode afetar dezenas de corporações chinesas, já tinha sido aprovada pelo senado, em maio, e deve ser agora assinada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Trump beneficia de um consenso bipartidário na adoção de uma política mais dura em relação à China.

A Lei de Responsabilidade de Empresas Estrangeiras determina que uma firma seja impedida de cotar-se numa bolsa de valores dos Estados Unidos, se não cumprir as auditorias do conselho de contabilidade norte-americano durante, pelo menos, três anos consecutivos.

As auditorias têm de ser feitas pelo Conselho de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB), o órgão sem fins lucrativos que supervisiona as empresas que querem entrar na bolsa norte-americana.

O acesso às contas auditadas pelos reguladores norte-americanos é atualmente proibido pelo Governo chinês, que cita preocupações com a segurança nacional.

A legislação também força as empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos a provarem que não são controladas por um Governo estrangeiro.

Em agosto, o Tesouro e a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos emitiram recomendações para banir as empresas chinesas das bolsas norte-americanas, a menos que cumpram com os padrões de contabilidade dos Estados Unidos.

“Estou satisfeito que o Congresso tenha agido com forte apoio bipartidário para nivelar o campo para todos os emissores [de títulos] nos nossos mercados”, disse o presidente da SEC, Jay Clayton, após a aprovação do projeto de lei.

“A votação de hoje, em combinação com o trabalho contínuo da comissão, ajudará a resolver estas questões de longa data para benefício dos investidores”, apontou.

A American Securities Association também enalteceu a legislação.

“Durante muito tempo, o Partido Comunista Chinês explorou investidores norte-americanos, para financiar o seu exército cibernético, a eliminação de liberdades civis impulsionada pela tecnologia, abusos de direitos humanos e destruição do meio ambiente”, disse Chris Iacovella, o principal executivo daquele organismo.

A nova legislação é parte de um impulso mais amplo dos EUA para adotar uma postura mais assertiva em relação a Pequim.

Os dois países travam já uma prolongada guerra comercial e tecnológica e disputas diplomáticas em tornos do estatuto de Hong Kong ou a soberania do mar do Sul da China.

No mês passado, Trump assinou uma ordem executiva que proíbe os investidores norte-americanos de deterem ações em empresas que se acredita terem ligações às forças armadas da China.

A China acusou os EUA de politizarem a regulamentação de títulos, o que pode obrigar as empresas chinesas a listarem-se fora dos EUA e, em última instância, enfraquecer a confiança nos mercados de capitais norte-americanos.

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Banco de Fomento saiu do papel, mas um mês depois não passa de um site

Grande parte das equipas ainda não sabe as funções que deve desempenhar no BPF. Departamentos financeiro e de tecnologia de informação são dos poucos que trabalham a todo o vapor.

“Contribuir para um Portugal competitivo, inspirados num futuro mais inovador e sustentável.” Esta é a visão do Banco Português de Fomento. A instituição, que levou anos a sair do papel, já existe legalmente há um mês, mas pouco mais é do que um site.

As linhas de crédito para a indústria exportadora e para as empresas de apoio a eventos, anunciadas no início de novembro, pelo ministro da Economia, vão ser operacionalizadas através do Banco Português de Fomento, mas ainda não há data para o seu lançamento. O ECO sabe que grande parte das equipas ainda não está ciente das funções que deve desempenhar na instituição e que os departamentos financeiro e de tecnologia de informação são dos poucos que trabalham presentemente a todo o vapor.

Mesmo depois da fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimentos na SPGM, as operações iniciadas por estas três instituições continuam a decorrer e os pagamentos a serem assegurados. Já a área de IT, tal como o ECO avançou, tem toda uma plataforma a desenvolver para que os clientes do Banco Português de Fomento possam apresentar candidaturas de forma ágil, simples e autónoma. Mas há muitas outras funcionalidades que a plataforma pretende oferecer.

Desde o seu “nascimento” oficial, a 3 de novembro, pouco ou nada mudou. A nova instituição, que visa apoiar empresas em dificuldades, colmatando as falhas de mercado, continua sem estrutura definida e sem uma nova gestão. De acordo com o diploma que definia as regras do BPF, a administração da SPGM vai manter-se em funções até que seja escolhida a nova equipa de gestão.

São vários os nomes que têm vindo a público como possibilidades para liderar o Banco Português de Fomento. O ex-secretário de Estado e adjunto do ministro das Infraestruturas, Alberto Souto Miranda, que terá abandonado o Governo para ocupar um cargo no novo Banco Português de Fomento, ou ainda José António Barros, antigo presidente da AEP, e o antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. Nomes falados, mas nunca confirmados oficialmente. O silêncio do Executivo sobre esta matéria é total, mas o ECO confirmou junto da Cresap que o Governo não pediu que fossem avaliadas as competências de qualquer nome para vir a desempenhar o cargo, de CEO do banco, que estará sujeito às regras do gestor público. Um nome que tem de ter também o aval do Banco de Portugal. O ECO sabe que o Executivo tem feito convites, mas as respostas não têm sido positivas.

O ministro da Economia anunciou aos quadros dirigentes das três instituições que se vão fundir, numa reunião em outubro, que o dia 3 de novembro seria um dia como todos os outros, porque não havia uma nova estrutura montada, nem uma nova administração para entrar em funções. Mas, um mês depois a situação não mudou.

O processo de fusão das esquipas está a ser conduzido pela Mercer, enquanto a definição da estrutura propriamente dita do banco está nas mãos da Oliver Wyman. Já a Globaz foi contratada para fazer o “estudo, definição de estratégia, design, desenvolvimento criativo e gráfico tendentes à conceção de um novo logótipo, identidade visual e branding” do BPF. O portal do BPF está a ser desenvolvida pela Unipartner It Services, a Franca Arquitetura foi o atelier escolhido fazer a remodelação das instalações da SPGM, mas as obras ainda não começaram. E, a comunicação está a cargo da Cunha Vaz e a assessoria e consultoria jurídica de Pedro Acácio Cruz e Silva.

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Avaliação está “concluída”, mas OE atrasa reprivatização da Efacec

  • ECO
  • 3 Dezembro 2020

Reprivatização da Efacec terá início com a aprovação do caderno de encargos da venda direta a fixar por Resolução de Conselho de Ministros, o que foi "condicionado" pelo OE 2021.

A avaliação da Efacec já foi terminada, mas os próximos passos não avançaram devido à discussão do Orçamento do Estado para 2021, segundo noticia o Jornal de Negócios (acesso pago). Em causa está um processo que pretende apurar o valor a pagar pelo Estado, no âmbito da nacionalização da empresa, pela posição detida por Isabel dos Santos e, logo de seguida, avançar com a reprivatização.

Fonte oficial da Parpública confirmou ao Jornal de Negócios que as avaliações “para efeito do processo de reprivatização já se encontram concluídas”, segundo fonte oficial. “O processo de reprivatização da Efacec terá início com a aprovação do caderno de encargos da venda direta a fixar por Resolução de Conselho de Ministros, cujo agendamento tem estado condicionado pela discussão do Orçamento do Estado“.

Na semana passada, o Orçamento do Estado para 2021 foi aprovado no Parlamento, podendo agora o processo retomar. A 29 de setembro, Isabel dos Santos avançou com uma ação para impugnar a nacionalização da posição de 71,73% que a Winterfell tinha no capital social da empresa, alegando não ter sido consultada previamente pelo Executivo. No entanto, “o processo de impugnação da nacionalização não tem impacto no calendário”, segundo a Parpública.

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Hoje nas notícias: Moratórias, Efacec e vacinação

  • ECO
  • 3 Dezembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) decidiu aprovar o lançamento de novas moratórias bancárias para aliviar o impacto da pandemia sobre empresas e famílias. Nas eleições presidenciais, Marcelo anuncia recandidatura no domingo, enquanto Ventura diz que “Rui Rio nunca será primeiro-ministro” sem o Chega. Nas notícias sobre a pandemia, as grávidas e as crianças estão fora da fase inicial de vacinação.

EBA aprova nova vaga de moratórias bancárias

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) decidiu, esta quarta-feira, aprovar o lançamento de novas moratórias bancárias para aliviar o impacto da pandemia sobre empresas e famílias. Podem incidir sobre créditos em dificuldade a partir do início de outubro, altura em que foi suspensa a adesão ao mecanismo criado em abril que permite que seja adiado o pagamento das prestações à banca, tanto de capital como de juros. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Ventura: “Rui Rio nunca será primeiro-ministro” sem o Chega

O líder do Chega espera que o partido se torne a maior força política à direita em Portugal já na próxima legislatura, ganhando assim poder negocial. “Não vai ser possível fazer nenhuma maioria à direita sem o Chega”, refere André Ventura. Após ter viabilizado a solução para o Governo regional dos Açores, garante que não quer lugares. “A nível nacional ouvi o dr. Rui Rio dizer: comigo o Chega não entrará no Governo. Então, se o Chega não entrará no Governo do dr. Rui Rio – eu quero dizer isto aqui, deixar muito claro – o dr. Rui Rio nunca será primeiro-ministro de Portugal”, sublinha. Sobre a candidatura à Presidência da República, André Ventura não considera “realista” que consiga derrotar o atual presidente Marcelo Rebelo de Sousa numa primeira volta, mas espera chegar à segunda volta. A adversária é, diz, Ana Gomes. Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado).

Marcelo anuncia recandidatura no domingo

Depois de tentar adiar ao máximo a comunicação, Marcelo Rebelo de Sousa vai anunciar a recandidatura a Belém no domingo. O Presidente da República optou por esperar pela aprovação do Orçamento de Estado para 2021, pela renovação do estado de emergência e pelas novas medidas que entraram em vigor no Natal e na passagem do ano. Medidas que serão anunciadas pelo primeiro-ministro no próximo sábado. Leia a notícia completa no Jornal I (link indisponível).

Grávidas e crianças fora da fase inicial de vacinação

A ministra da Saúde, Marta Temido, destaca que a vacina será universal, gratuita e facultativa para todos, mas alerta para a lentidão no processo. Numa fase inicial será administrada apenas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo que as grávidas e as crianças não estão abrangidas. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso livre).

Reprivatização da Efacec foi condicionada pelo OE

A avaliação da Efacec já foi terminada, mas os próximos passos não avançaram devido à discussão do Orçamento do Estado para 2021, segundo noticia o Jornal de Negócios. Em causa está um processo que pretende apurar o valor a pagar pelo Estado, no âmbito da nacionalização da empresa, pela posição detida por Isabel dos Santos e, logo de seguida, avançar com a reprivatização. Fonte oficial da Parpública confirmou ao Negócios que as avaliações “para efeito do processo de reprivatização já se encontram concluídas”, segundo fonte oficial. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

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O que já se sabe sobre o plano de vacinação contra a Covid de Portugal

O plano nacional de vacinação contra o coronavírus vai ser conhecido esta quinta-feira, mas alguns detalhes já são conhecidos. Veja o que se sabe até agora.

O Governo vai apresentar esta quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a coronavírus, mas alguns detalhes são já conhecidos. Sabe-se que estão a caminho 22 milhões de doses de vacina e que estas devem chegar logo no início de janeiro. Mas há ainda muitas perguntas sem resposta, que só são conhecidas hoje. Veja o que já se sabe.

Nove meses depois de a pandemia ter “explodido” em todo o mundo, incluindo no país, tem sido uma corrida contra o tempo na procura por uma vacina capaz de combater a doença. Numa altura em que Portugal tem registado máximos diários de infeções e mortes, são várias as farmacêuticas que dizem já ter desenvolvido uma vacina contra o coronavírus.

O tempo passa e aumenta a pressão para trazer uma vacina e as primeiras doses chegam a Portugal dentro de um mês. Antes disso, é preciso definir os detalhes do plano nacional de vacinação, que vai ser apresentado esta quinta-feira pelo Governo. Mas Luís Marques Mendes já levantou o véu quanto a alguns detalhes, no seu comentário semanal na Sic, assim como a ministra da Saúde. Saiba quais são.

  • 22 milhões de vacinas a caminho

“Haverá vacinas para todos os portugueses”, garantiu Luís Marques Mendes este domingo, no seu espaço habitual de comentário na SIC. De acordo com o advogado, Portugal vai receber 22 milhões de doses da vacina: 4,5 milhões da Pfizer/BioNTech, 6,9 milhões da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 4,5 milhões da Johnson&Johnson, 1,9 milhões da Moderna e quatro milhões de doses da CureVac.

  • Primeiras vacinas a chegar são da Pfizer

Luís Marques Mendes garantiu que a vacina da Pfizer e da BioNTech será “a primeira a chegar a Portugal”, num “fornecimento gradual entre janeiro e setembro de 2021”. Esta quarta-feira, a própria Pfizer Portugal confirmou que as suas vacinas chegam ao país a 1 ou 2 de janeiro. “O que temos estimado nos nossos planos é que, assim que aprovada, e sabendo nós quais são os pontos de vacinação onde temos de fazer chegar as vacinas, no máximo em três dias teremos as vacinas nos locais designados”, disse Susana Castro Marques, diretora médica da Pfizer Portugal, em declarações à RTP.

A responsável notou que está a faltar a aprovação do regulador europeu, cuja reunião para esse efeito acontece a 29 de dezembro e que, se tudo correr bem, a vacina da Pfizer poderá chegar a Portugal no máximo em três dias, ou seja, a 1 ou 2 de dezembro.

Depois da Pfizer, é a vez de a Moderna trazer a sua vacina para território nacional. De acordo com Luís Marques Mendes, esta carga chegará a Portugal “entre fevereiro e o fim de 2021”. “Relativamente às demais, ainda não há calendário definido”, disse, referindo, contudo, que “quando começarem a ser distribuídas, chegarão a Portugal ao mesmo tempo do que qualquer outro país da União Europeia”.

  • Uma ou duas doses? Depende da farmacêutica

As vacinas das várias farmacêuticas diferem no preço (pago por cada país), nas formas de armazenamento e na toma. As vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca necessitam de duas doses, tomadas entre períodos de 21 a 28 dias (três a quatro semanas), enquanto a da Johnson&Johnson “será tomada, em princípio, numa só dose”.

  • Vacinas serão universais e gratuitas

“Será obviamente uma vacinação universal, gratuita, facultativa e a realizar no Serviço Nacional de Saúde”, revelou a ministra da Saúde esta quarta-feira. António Costa já tinha prometido em agosto, quando autorizou a compra de 6,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 que o processo de vacinação seria assim. “Confiamos que a DGS defina os critérios que devem obedecer à vacinação progressiva, universal e gratuita da população portuguesa para assegurar a imunização”, disse o primeiro-ministro.

  • Idosos incluídos nos grupos prioritários

Entre os cidadãos prioritários na toma da vacina, vão estar os idosos, os residentes e profissionais de lares. Seguem-se os profissionais de saúde, forças de segurança e agentes da proteção civil. António Costa, em entrevista ao Observador, fez questão de sublinhar que os critérios para definir as prioridades “não são políticos”. “Têm de ser critérios definidos pelos técnicos”. Ainda assim, estabeleceu limites: “A ideia que estava a ser passada de que vamos prescindir de uma parte da população e que os mais de 75 anos deixaram de ser prioritários é politicamente inaceitável”, frisou António Costa.

  • Vacinas administradas inicialmente nos centros de saúde

Segundo Luís Marques Mendes, numa primeira fase, as vacinas serão administradas exclusivamente nos centros de saúde. “Não haverá nesta fase vacinas nas farmácias”, sublinhou, referindo que, após a administração nos centros de saúde, poderá, no entanto, haver pontos de vacinação “em pavilhões de campanha”, seguindo “o modelo alemão”. Questionada sobre se seria esta a estratégia, Marta Temido frisou que a vacina será administrada no SNS. “Admitimos que no primeiro trimestre tenhamos ainda alguma escassez de vacinas, que justificaram a seleção de grupos de populações-alvo ou prioritárias, em Portugal e nos outros países. Depois, teremos cenários de maior disponibilidade de vacinas no mercado que levarão a outras soluções. Num cenário extremo, de final do ano, é equacionável que haja uma distribuição muito mais descentralizada do que num momento inicial”, disse.

Uma fonte da Direção Geral de Saúde já tinha avançado ao Público que “as vacinas vão ser enviadas para os serviços farmacêuticos das Administrações Regionais de Saúde, que depois as distribuem pelas unidades dos centros de saúde do país”. O presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, Diogo Urjais, alerta, contudo, para o facto de os centros de saúde não disporem de equipamentos para conservar as vacinas, “porque nunca foi necessário conservar nada a uma temperatura tão baixa”, e diz ser “impensável ter tantas pessoas em simultâneo nestes espaços”. Em declarações ao Expresso, o responsável sugere que a solução pode passar por deslocar enfermeiros para quartéis de bombeiros e criar brigadas móveis em localidades mais isoladas.

  • Vacinas armazenadas em local secreto e geridas pelo SNS

As vacinas serão totalmente geridas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e armazenadas em locais que não serão revelados, “por questões de segurança”, disse Marques Mendes. Haverá um “armazenamento central único”, mas também armazenamentos regionais nas administrações regionais de saúde e nos Açores e Madeira, bem como armazenamentos em agrupamentos de saúde.

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EuroBic com prejuízos de 5,3 milhões nas últimas contas assinadas por Teixeira dos Santos

Foram as últimas contas assinadas por Teixeira dos Santos, que deixou o banco na semana passada: EuroBic chegou a setembro com prejuízos de 5,3 milhões, com imparidades para crédito a pesarem.

Com a pandemia a pressionar os resultados de toda a banca, também o EuroBic não é imune ao ambiente operacional adverso que o setor enfrenta atualmente. O banco fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 5,3 milhões de euros. Foram os últimos resultados trimestrais assinados por Teixeira dos Santos, que na semana passada cedeu o lugar de CEO ao ex-diretor geral da Autoridade Tributária José Azevedo Pereira.

Este prejuízo compara com os lucros de 42 milhões de euros que o EuroBic tinha acumulado no mesmo período do ano passado. Esta inversão nos resultados é reflexo, sobretudo, das imparidades para crédito que o banco registou durante a pandemia: aumentaram para cerca de 28 milhões de euros no final de setembro, quando em março, eram de cerca de quatro milhões.

“Os resultados líquidos negativos de 5 milhões de euros registados pelo EuroBic neste período encontram-se fortemente influenciados pela resposta à pandemia COVID-19”, explica o banco ao ECO.

“Efetivamente, apesar dos indicadores de risco de crédito compararem muito positivamente com o observado no setor, nomeadamente um rácio de NPL de 6%, com cobertura por imparidades de 83,1%, por uma questão de prudência, o banco optou por um reforço preventivo das imparidades para crédito concedido de cerca de 30 milhões de euros, facto que naturalmente produz um impacto direto no resultado apurado“, acrescenta.

A tendência não é exclusiva do EuroBic. Entre os principais bancos nacionais, com imparidades e provisões, foram postos de lado a cerca de 827 milhões de euros para fazer face a uma eventual vaga de incumprimentos provocados pela crise pandémica, isto quando uma boa parte do crédito (21%, pelas contas dos reguladores europeus) continua “protegida” pelas moratórias bancárias.

No caso do EuroBic, o stock de empréstimos e adiantamentos ascendia a 4,835 mil milhões de euros no final de setembro, mais 80 milhões do que há um ano. Em relação aos depósitos, depois do período mais sensível que se seguiu ao caso Luanda Leaks, o dinheiro depositado no banco recuperou no segundo trimestre e estabilizou no terceiro: são 6,345 mil milhões. Estes dados situam o EuroBic numa espécie de segunda divisão do campeonato da banca em Portugal em termos da dimensão do negócio e, nessa medida, um alvo apetecível para processos de fusões e aquisições, até também por força das circunstâncias impostas pelo caso Luanda Leaks.

Se 2020 tem sido um ano particularmente desafiante para o setor, para o EuroBic ainda mais. Ainda antes da pandemia, o banco viu a sua reputação arrastada no início do ano pela polémica com a acionista Isabel dos Santos, que colocou logo a sua posição de 42,5% à venda.

Até hoje o processo de venda do banco continua em cima da mesa. O Abanca chegou a ter negociações exclusivas, mas o negócio falhou. Já se falou no interesse de outros bancos, como o Haitong e o Banco Montepio. Neste momento é o empresário libanês Roger Tamraz surge como principal candidato, tendo já acordo com Isabel dos Santos e outro acionista. Há dúvidas, porém, se Tamraz passa no exame dos reguladores e, antes disso, se consegue convencer os outros acionistas do EuroBic, designadamente Fernando Teles (37,5%), a venderem as suas posições.

É neste quadro de pandemia e de incerteza acionista que a nova equipa liderada por José Azevedo Pereira iniciou funções na semana passada, depois de ter obtido autorização do Banco de Portugal. Com mandato até 2023, Azevedo Pereira lidera uma comissão executiva composta por mais quatro administradores: José Antunes, que transita para a nova equipa, e ainda Susana Nereu Ribeiro (que era presidente do conselho fiscal, órgão que será extinto para dar lugar à comissão de auditoria), Filipe Dias Meneses e Rui Lopes. Pedro Maia é o chairman do banco.

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Fed alerta que atividade económica diminuiu em várias regiões dos EUA

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Surgimento de casos do novo coronavírus travou a atividade económica. Quatro regiões dos EUA reportaram “pouco ou nenhum crescimento” em novembro, nota a Fed.

Um relatório da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) revela que a atividade económica diminuiu em várias regiões do país, em novembro, com o surgimento de casos do novo coronavírus.

O relatório refere que, de uma forma geral, os 12 bancos regionais da Fed caracterizaram a expansão económica como “modesta ou moderada”, mas realça que três regiões do médio oeste e a região de Filadélfia reportaram que a atividade começou a abrandar no início de novembro à medida que surgiam novos casos de Covid-19.

Quatro distritos reportaram “pouco ou nenhum crescimento” nesse mês, enquanto cinco outros referiram que a atividade permaneceu bem abaixo dos níveis anteriores à pandemia nalguns setores.

O relatório mostra ainda que a recuperação continua a ser desequilibrada entre muitos setores da economia, com a manufaturação, a construção e as vendas de imobiliário entre os que estão a obter melhores resultados, apesar de os bancos referirem que tem havido deterioração nos seus créditos, especialmente aos retalhistas e às indústrias do lazer e hotelaria.

O Livro Bege da Fed será usado pelos representantes da instituição na sua última reunião do ano, nos dias 15 e 16 de dezembro, quando discutirem as possíveis alterações às políticas das taxas de juro.

Em resposta à profunda recessão provocada pelo novo coronavírus, a partir de março, a Fed reduziu a sua taxa de juros para mínimos históricos e comprou milhares de milhões de dólares em títulos do tesouro e títulos assegurados por hipotecas para baixar as taxas a longo prazo.

Prevê-se que a Fed mantenha as taxas de juro extremamente baixas durante os próximos três anos, mas também pode decidir, já este mês, expandir o apoio que tem fornecido através dessa compra de títulos, especialmente se o Congresso norte-americano não aprovar mais leis de alívio económico.

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5 coisas que vão marcar o dia

Ministro das Finanças recebe o homólogo francês. Numa altura em que se adensam as expectativas sobre a chegada de uma vacina contra a Covid-19, é conhecido o plano nacional de vacinação.

No mesmo dia em que as altas figuras do Estado se voltam a reunir no Infarmed com especialistas da saúde para avaliar a evolução da pandemia em Portugal, o Governo apresenta o plano de vacinação contra a Covid-19. A marcar o dia está ainda o encontro do ministro das Finanças português com o homólogo francês para discutir as prioridades da Presidência Portuguesa da UE, bem como o bloqueio da Polónia e Hungria à bazuca europeia. O Eurostat vai divulgar dados sobre a evolução das vendas do comércio a retalho na Zona Euro e a OPEP vai decidir a próxima fase da produção de crude.

Governo apresenta plano de vacinação contra a Covid-19

É o dia D. O Governo vai apresentar esta quinta-feira o plano de vacinação contra o novo coronavírus. A intenção foi revelada pelo primeiro-ministro em entrevista ao Observador, sendo que aquando do anúncio António Costa rejeitou que Portugal esteja atrasado nesta matéria. “Não vale a pena estarmos a antecipar ansiedades”, disse o chefe de Governo. A apresentação do plano português acontece numa altura em que vários países europeus já anunciaram as suas estratégias de vacinação, incluindo Reino Unido, Alemanha e Espanha, e em que a vacina da Pfizer e da Moderna estão já em fase avançada de desenvolvimento.

Reunião do Infarmed faz ponto de situação da pandemia

Esta quinta-feira Governo, Presidente da República, parceiros sociais e partidos voltam a encontrar-se com os especialistas da saúde no Infarmed para fazer um ponto de situação da pandemia em Portugal. No centro da discussão deste encontro estarão temas como a eventual prorrogação do estado de emergência, um balanço das medidas tomadas até agora e a evolução da Covid-19 no país. Até ao final desta semana, Marcelo Rebelo de Sousa deverá decretar a renovação do estado de emergência, o que só pode acontecer depois de um parecer favorável do Governo e da aprovação pelo Parlamento, que deverá acontecer na sexta-feira à tarde.

João Leão recebe Le Maire em Lisboa

O Ministro de Estado e das Finanças, João Leão, vai receber o homólogo francês, Bruno Le Maire, num encontro marcado para as 14h15. Entre os temas a serem debatidos nesta reunião estarão as prioridades da Presidência Portuguesa da União Europeia, bem como o bloqueio ao plano de recuperação económica e ao orçamento da União Europeia por parte da Polónia e da Hungria. Na quarta-feira, a partir de Bruxelas, o primeiro-ministro português já fez saber que não há Plano B, pelo que o Conselho Europeu da próxima semana tem mesmo de aprovar o fundo de recuperação e o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027.

Eurostat divulga dados sobre o comércio

O Eurostat vai divulgar dados sobre a evolução das vendas no comércio a retalho na Europa, relativos ao mês de outubro. Estes indicadores poderão ajudar a medir o pulso da recuperação económica no Velho Continente. Em setembro, o volume do comércio a retalho na Zona Euro sofreu, uma queda de 2% em relação ao mês anterior, quando tinha aumentado 4,2%, e permanece 2,2% abaixo do nível registado um ano antes, de acordo com dados publicados pelo gabinete de estatísticas europeu.

OPEP decide níveis de produção de petróleo em 2021

Depois do adiamento, os 13 países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vão reunir-se com um conjunto mais alargado de produtores, conhecido como OPEP+, para decidir sobre o aumento da produção de crude ou a manutenção dos cortes durante o primeiro trimestre de 2021. Segundo a Bloomberg, alguns membros do cartel consideram que o mercado ainda está muito frágil para absorver um aumento da produção, enquanto outros pretendem aproveitar a subida dos preços para aumentar a produção e, consequentemente, a receita.

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Eletrobras e Correios entre 115 privatizações anunciadas pelo Brasil para 2021

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Plano de privatizações brasileiro espera atrair 367 mil milhões de reais (58 mil milhões de euros) em investimentos privados.

A estatal Eletrobras e os Correios estão entre os 115 ativos que o Governo brasileiro pretende privatizar ou levar a leilão em 2021, visando atrair 367 mil milhões de reais (58 mil milhões de euros) em investimentos privados.

A lista de bens privatizáveis foi divulgada na quarta-feira pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e fazem parte do plano desenhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, defensor de uma política económica liberal e de uma ambiciosa redução do tamanho do Estado através da concessão de serviços públicos à iniciativa privada.

O cronograma do PPI prevê a desestatização de empresas como Eletrobras – a maior empresa de energia elétrica da América Latina e que tem o controlo direto de cerca de 220 empresas -, Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), Empresa Gestora de Ativos (Engea), CeasaMinas, Empresa de Trens (comboios) Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG), Correios, Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) ou Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep).

Figuram ainda na lista 16 portos cuja operação será oferecida em concessão, incluindo o de Santos, o maior da América Latina, e seis estradas federais, incluindo a que liga as cidades de São Paulo ao Rio de Janeiro, uma das mais importantes do país.

Também estão previstos leilões para oferecer em concessão 24 aeroportos, entre eles o de Viracopos, um dos maiores terminais de carga do Brasil, que foi devolvido pela operadora que o adjudicou.

O governo também pretende realizar pelo menos dois leilões no próximo ano para oferecer direitos de exploração de petróleo e gás em áreas marítimas, incluindo algumas no pré-sal, área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal e que o Brasil descobriu ter reservas gigantescas.

Além disso, seis parques e áreas florestais serão oferecidos a empresas interessadas em prestar serviços de turismo ecológico.

A secretária Eespecial do PPI, Martha Seillier admitiu que a oferta é “gigantesca”, mas frisou que o cronograma considera tudo o que é viável de ser leiloado em 2021.

“Todos os projetos apresentados com leilões possíveis em 2021 já estão em curso em termos de estruturação, todos os portos, aeroportos, ferrovias, projetos de energia, já estão com estudos de viabilidade em curso, muitos deles inclusive já com estudos no Tribunal de Contas da União (TCU), outros com estudos já aprovados pelo TCU e outros com editais já publicados. Então, acreditamos na viabilidade”, afirmou.

Martha Seillier frisou que muitos dos leilões que estavam previstos para 2020 precisaram de ser adiados para o próximo ano devido à crise causada pela pandemia de Covid-19.

A secretária indicou que a privatização mais esperada é a da Eletrobras, maior geradora de energia do país, pela qual o Governo espera receber até 60 mil milhões de reais (9,49 mil milhões de euros).

Contudo, o Governo necessita ainda da aprovação do Congresso Nacional para poder desenvolver alguns dos projetos, como a desestatização dos Correios e da Eletrobras.

No mês passado, o ministro Paulo Guedes admitiu a “frustração” por não ter conseguido privatizar até ao momento nenhum dos grandes ativos estatais prometidos pelo Governo do Presidente, Jair Bolsonaro, entre elas a Eletrobras, tendo atribuído esse cenário à falta de acordos políticos no Congresso.

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Famílias já deixaram 500 milhões de euros em prestações da casa por pagar

Há 750 mil créditos cujas prestações à banca foram adiadas. Equivalem a 45 mil milhões de euros, grande parte em crédito da casa. Só neste, famílias já deixaram por pagar 500 milhões em prestações.

As moratórias foram, para muitos portugueses, a resposta às dificuldades financeiras resultantes do forte impacto que a pandemia teve, e tem, nos seus rendimentos. A adesão foi grande, contabilizando-se mais de 750 mil créditos, entre famílias e empresas, cujas prestações à banca foram adiadas, a grande maioria destes destinados à compra de habitação. Desde o início da pandemia, já ficaram por pagar mais de 500 milhões de euros em prestações da casa.

Foi logo no final de março que surgiram as primeiras moratórias. Os bancos avançaram, numa primeira fase, com soluções próprias, mas depois chegou a moratória pública, desenhada pelo Governo. De acordo com dados do Banco de Portugal, no final de abril já havia mais de 500 mil moratórias aprovadas, número que saltou para 740 mil no fim de junho e 751.725 a 30 de setembro, correspondentes a créditos no valor de cerca de 45 mil milhões de euros. Nestas, o peso do crédito à habitação foi sempre grande, reflexo do “fardo” que esta mensalidade tem nos rendimentos das pessoas.

Considerando o total de famílias que aderiram a esta solução para o empréstimo da casa, em cada um dos momentos, mas também o valor da prestação média associada à globalidade dos contratos de crédito à habitação existentes, divulgado pelo INE, é possível dar uma noção do montante global que ficou por pagar nestes meses todos. Se nos primeiros meses a fatura que ficou por pagar rondava os 50 milhões de euros, o valor engordou com a crescente adesão às moratórias, superando os 70 milhões mensais.

No global, de acordo com cálculos do ECO, há já cerca de 511 milhões de euros de prestações do crédito à habitação que não foram pagos pelas famílias aos bancos, um montante que tenderá a “engordar” já que estas moratórias vão prolongar-se no tempo. Se inicialmente deveriam vigorar apenas até ao final de setembro, com o agudizar da pandemia foram prolongadas até março. Mais recentemente, acabaram por ver o prazo estendido até setembro de 2021, mas com a adesão a estas a ficar bloqueada desde 30 de setembro deste ano.

No Parlamento, o PSD conseguiu aprovar, com o apoio das restantes bancadas, exceto a do PS, uma proposta que permite “a adesão ao regime da moratória neste previsto até 31 de março de 2021, com as necessárias adaptações”. Ou seja, o número de moratórias poderá vir a aumentar, fazendo engordar a um ritmo mais elevado o valor que mensalmente as famílias deixam de pagar do crédito da casa, montante esse que terá de ser pago posteriormente. Estas moratórias vão fazer aumentar as mensalidades, mas também o prazo para o fim do crédito.

Fatura sobe com créditos ao consumo

A proposta do PSD é para que a adesão às moratórias seja possível até março para famílias e empresas, sendo que no caso dos agregados familiares é válida tanto para as prestações do crédito da casa como as dos empréstimos ao consumo. Foram aplicadas medidas de apoio a 217.787 contratos de crédito aos consumidores até 30 de setembro, segundo o Banco de Portugal, que contabiliza tanto as moratórias públicas como as atribuídas pelos bancos bancos e financeiras.

Se no caso da moratória pública esta aplica-se apenas nos casos em que o financiamento seja para efeitos de despesas de educação ou formação, as dos bancos (Associação Portuguesa de Bancos) e financeiras (Associação de Instituições de Crédito Especializado) chegaram a outros financiamentos, entre eles os cartões de crédito ou mesmo os financiamentos contraídos para a compra de automóvel. Neste caso, não é possível, contudo, perceber qual o valor que ficou por pagar, mas ascenderá a vários milhões de euros.

Soluções para as empresas

A somar às centenas de milhões de euros já adiados pelas famílias, haverá muitos mais milhões de euros em prestações à banca que foram “empurrados” pelas empresas. Dados do Banco de Portugal revelam que 216.332 empresas recorreram a esta facilidade para conseguirem superar este momento de maior aperto na liquidez, tendo em conta as fortes quebras de faturação. Tendo em conta o agudizar da pandemia, têm surgido apelos a que as moratórias, em vigor até setembro de 2021, possam ser prolongadas, mas o Governo afasta esse cenário.

Em vez de dar mais tempo para que as empresas não paguem os créditos, acreditando que na altura a economia estará já em recuperação da crise pandémica à conta da vacina contra a Covid-19, o Executivo promete outras soluções. Pedro Siza Vieira revelou, na “Fábrica 20.30”, conferência realizada pelo ECO, que essas soluções serão apresentadas no decorrer do primeiro semestre do próximo ano. “Isto vai passar por uma combinação de soluções desde converter dívida em capital até injeção de capital novo que precisa de robustecer o balanço das empresas, preparando-as para a retoma”, adiantou Siza Vieira.

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