Imunes à pandemia, grandes tecnológicas lucram 38 mil milhões no trimestre

Alphabet, Amazon, Apple e Facebook viram os lucros do trimestre alcançarem os 38 mil milhões de dólares, num período em que a generalidade da economia enfrentou dificuldades por causa da Covid-19.

As grandes empresas de tecnologia norte-americanas mostraram ser imunes à pandemia do coronavírus. Tudo somado, Alphabet, Amazon, Apple e Facebook revelaram ter lucrado 38 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, num período em que a economia mundial enfrentou severas dificuldades económicas por causa do impacto da Covid-19, noticia o The New York Times (acesso condicionado).

À medida que cada vez mais empresas e pessoas recorrem aos serviços digitais fornecidos por estas gigantes, estes negócios têm sucessivamente dado provas da sua resiliência, estando mesmo na base da escalada das bolsas em Nova Iorque durante praticamente todo o verão. O aumento do escrutínio sobre o domínio destas empresas em diferentes mercados não teve impacto nas contas destas empresas.

Depois de ter observado a primeira queda nas receitas trimestrais no segundo trimestre deste ano, os negócios da Alphabet recuperaram e os lucros bateram mesmo um máximo histórico de 11,25 mil milhões de dólares no último trimestre. As receitas do grupo cresceram 14%, para 46,1 mil milhões de dólares.

Com o crescimento do comércio online durante a pandemia, a Amazon viu as vendas dispararem 37% no terceiro trimestre, em termos homólogos, alcançando os 96,1 mil milhões de dólares. Os lucros da companhia fundada por Jeff Bezos atingiram os 6,3 mil milhões de dólares nos mesmos três meses e a empresa contratou mais 250 mil pessoas, tendo agora mais de um milhão de funcionários.

No negócio da cloud, a Amazon Web Services cresceu 29%, na mesma semana em que a concorrente Microsoft também revelou que as receitas com a cloud dispararam 30% no trimestre.

A Apple apresentou o iPhone 12 mais tarde do que habitual e viu as vendas caírem 20% no trimestre. Mesmo assim, à medida que a marca vai focando cada vez mais o negócio nos serviços digitais, as vendas subiram 1%, para 64,7 mil milhões de dólares. Concretamente, o segmento dos serviços cresceu 16% em receitas no trimestre, para 14,5 mil milhões de dólares, enquanto as vendas de iPads dispararam 46%, as de computadores Mac aumentaram 29% e as do Apple Watch subiram 21%. Os lucros caíram 7%, para 12,7 mil milhões de euros.

As receitas do Facebook entre julho e setembro subiram 22% em termos homólogos, atingindo os 21,2 mil milhões de dólares. Os lucros do grupo liderado por Mark Zuckerberg também registaram um aumento expressivo, subindo 29%, para 7,84 mil milhões de dólares, superando as estimativas. Estes aumentos dão-se mesmo num período em que alguns dos principais anunciantes da rede social promoveram um boicote à empresa, criticando a forma como a companhia lida com o discurso de ódio nas várias plataformas que gere.

A par destas, outra empresa que também apresentou resultados esta quinta-feira, ainda que numa dimensão mais reduzida, foi o Twitter. A rede social liderada por Jack Dorsey divulgou receitas de 936 milhões de euros, bastante acima das estimativas dos analistas, que apontavam para os 777 milhões. O lucro por ação fixou-se em 19 cêntimos, enquanto os analistas esperavam apenas seis cêntimos.

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Lucros do CaixaBank encolhem 42%. BPI contribui com 101 milhões

  • Lusa
  • 30 Outubro 2020

O volume de negócios do Caixabank atingiu o valor mais elevado desde que a instituição foi criada: 646.299 milhões de euros.

O CaixaBank obteve lucros de 726 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma redução de 42,6% em relação ao mesmo período de 2019, depois de constituir provisões extraordinárias de 1.161 milhões para enfrentar a Covid-19.

Na informação que transmitiu esta sexta-feira ao mercado, o banco espanhol, dono do português BPI, revela que o seu volume de negócios, que inclui empréstimos e recursos próprios, totalizou 646.299 milhões de euros nos primeiros nove meses, o valor mais elevado desde que a instituição foi criada.

As receitas principais (core) do CaixaBank, as derivadas da sua atividade principal (margens de juros, comissões líquidas e receitas de seguros), mantêm-se quase inalteradas, tendo baixado apenas 0,7%, para 6.158 milhões de euros até setembro, de acordo com o relatório apresentado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) em Madrid.

Os depósitos dos clientes chegaram aos 404.422 milhões de euros (+5,2%), impulsionado pelo forte crescimento dos depósitos à ordem, e os ativos que estão a ser geridos pelo banco alcançam os 100.828 milhões.

Os ativos aplicados em fundos de investimento, carteiras e SICAVs (sociedades de investimento de capital variável) ascenderam a 67.166 milhões, menos 2,1% ano do que um ano antes, e os planos de pensões e reformas 33.662 milhões, menos 0,2%.

O CaixaBank, que sublinha ter ultrapassado os sete milhões de clientes digitais, tem uma taxa de crédito malparado de 3,5%, uma décima menos do que há um ano, e o rácio de cobertura aumentou para 65%, na sequência do reforço das provisões.

Até 30 de setembro, o banco tinha aprovado um total de 383.768 pedidos de moratórias dos seus clientes em Espanha, com uma carteira de 11.000 milhões de euros, o que significa 5% do total dos créditos.

O total dos ativos líquidos é de 110,729 milhões de euros, o valor mais elevado alguma vez alcançado pelo banco, com um crescimento de 21,302 milhões no ano, principalmente devido à geração e contribuição de garantias para a política do Banco Central Europeu (BCE).

O CaixaBank obteve no último exercício anual de 2019 lucros de 1.705 milhões de euros, uma diminuição de 14,1% em relação a 2018.

BPI contribuiu com 101 milhões para resultados do CaixaBank até setembro

Também esta sexta-feira, foi revelado que o BPI contribuiu com 101 milhões de euros para os resultados dos primeiros nove meses de 2020 do grupo espanhol CaixaBank.

“Estamos muito satisfeitos com o que está a fazer o BPI. Penso que tem umas perspetivas muito boas”, disse o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, na videoconferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo de janeiro a setembro.

Este responsável bancário voltou a negar que o BPI possa entrar nalguma operação de concentração com outras entidades em Portugal. “Não prevemos em absoluto uma alteração [da situação atual]. Não estamos a analisar nem prevemos qualquer operação corporativa em Portugal”, assegurou Gonzalo Gortázar.

O presidente executivo do CaixaBank acrescentou que a instituição, pelo menos “nos próximos dois anos”, vai estar “concentrada” na operação de fusão com o Bankia. Estes dois bancos espanhóis anunciaram em meados de setembro que se irão fundir, criando o maior banco doméstico espanhol com um ativo total de mais de 650 mil milhões de euros.

De acordo com os resultados até setembro de 2020 do CaixaBank, a filial portuguesa, o BPI contribuiu com 101 milhões de euros para o grupo, uma queda de 41,5% em relação a um ano antes.

O banco português vai apresentar em Lisboa na próxima terça-feira, 3 de novembro, os resultados dos primeiros nove meses, mas na apresentação feita esta sexta-feira em Espanha o CaixaBank já avançou com alguns dados.

O BPI reduziu a sua carteira de créditos de qualidade duvidosa (malparado) de 767 milhões de euros no final de 2019 para 720 milhões no último dia de setembro passado, uma redução de 6,1%, tendo o rácio deste tipo de ativos baixado de 3,0% para 2,7% em relação ao crédito total concedido.

Por outro lado, segundo o CaixaBank, a variação anual, até 30 de setembro, da carteira de crédito bruto do BPI teve um crescimento de 3,6% (que correspondia a uma quota de mercado de 10,5%, em agosto), o crédito às empresas aumentou 5,1% (10,3% de quota de mercado) e os depósitos dos clientes cresceram 6,1% (10,5% de quota de mercado).

O banco português também aprovou nos primeiros nove meses do ano 108.612 pedidos de moratórias, havendo 498 milhões de euros em empréstimos que têm o aval do Governo.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h28)

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Nas notícias lá fora: Facebook, presidenciais dos EUA e Juan Carlos

  • ECO
  • 30 Outubro 2020

A pandemia fez disparar a publicidade online e engordou, consequentemente, os lucros do Facebook. Investigação ao rei emérito espanhol Juan Carlos vai ser arquivada.

A publicidade online disparou à boleia da pandemia, impulsionando os resultados do Facebook. Ainda nos Estados Unidos, 80 milhões de eleitores já votaram nas presidenciais. Do outro lado do oceano, a investigação a Juan Carlos vai ser arquivada. E o BBVA registou perdas de 15 milhões de euros até setembro. A Juul cortou a avaliação para dez mil milhões de dólares.

Business Insider

Aumento da publicidade online devido à pandemia faz disparar lucros do Facebook

O aumento da publicidade online devido à pandemia fez disparar os lucros do Facebook, que anunciou receitas de 17.927 milhões de dólares (15.354 milhões de euros) entre janeiro e setembro, mais 61% face a 2019. O grupo tecnológico liderado por Mark Zuckerberg faturou 57.893 milhões de dólares (49.606 milhões de euros) nos primeiros nove meses do atual exercício fiscal, a grande maioria provenientes do negócio de publicidade online nas redes sociais Facebook e Instagram (que também integra o portefólio da empresa). A área da publicidade é a principal fonte de receita da empresa. O dividendo distribuído pelos acionistas foi até agora de 6,29 dólares por ação, contra os 3,90 dólares por ação em outubro de 2019.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês).

El Confidencial

Arquivada investigação ao ex-rei Juan Carlos

O Ministério Público espanhol decidiu arquivar a investigação ao ex-monarca Juan Carlos. O Supremo Tribunal espanhol abriu uma investigação ao rei emérito por delito de corrupção internacional, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Em causa estão comissões alegadamente recebidas por Juan Carlos num negócio que envolve um comboio de alta velocidade entre as cidades de Medina e Meca, na Arábia Saudita.

Leia a notícia completa no El Confidencial (acesso pago, conteúdo em espanhol).

Reuters

80 milhões de norte-americanos já votaram nas presidenciais

Mais de 80 milhões de eleitores norte-americanos já votaram nas Eleições Presidenciais dos Estados Unidos, abrindo caminho para um nível recorde de participação. Esta marca histórica reflete o elevado interesse na corrida à Casa Branca, que está a ser protagonizada pelo republicano Donald Trump (atual presidente dos EUA) e pelo democrata Joe Biden (ex-vice-presidente dos EUA). Face ao risco do agravamento da pandemia no dia oficial da eleição, muitos norte-americanos escolheram enviar o seu voto por correio ou visitar uma das urnas disponíveis para votos antecipados.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

BBVA com perdas de 15 milhões de euros até setembro

O banco BBVA registou perdas de 15 milhões de euros nos três primeiros trimestres do ano, devido à deterioração do fundo de comércio da sua filial nos EUA e das provisões para a Covid-19. Sem estes dois problemas, teria ganho 2.069 milhões de euros, indicou o banco espanhol. Em comunicado enviado à CNMV, o banco salientou que só no terceiro trimestre de 2020 ganhou 1.141 milhões de euros. Este valor representa quase mais 80% do que no segundo trimestre, graças às receitas recorrentes e à contenção de custos.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Juul corta avaliação para dez mil milhões de dólares

A fabricante de cigarros eletrónicos Juul Labs reduziu para dez mil milhões de dólares a sua avaliação contra os anteriores 12 mil milhões, de acordo com um documento interno que o presidente executivo K.C. Crosthwaite enviou aos trabalhadores a que a Reuters teve acesso. A desvalorização resulta do período conturbado que a indústria tem passado, mas também das decisões recentes de abandonar alguns mercados e com os custos de reestruturação. A empresa estava avaliada em 38 mil milhões de dólares em dezembro de 2018, quando o grupo Altria, produtor da marca Marlboro, assumiu 35% da companhia.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livro, conteúdo em inglês).

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Europa regista quedas de 1%, mas família EDP dá ganhos a Lisboa

As bolsas europeias estão novamente em queda, perante os riscos dos impactos económicos dos novos confinamentos no continente. Mas a bolsa de Lisboa escapa à tendência com a ajuda da EDP e EDPR.

As bolsas europeias estão novamente em queda e o Stoxx 600 caminha para a quarta sessão no vermelho, impactadas pelas novas restrições e confinamentos que estão a ser adotados pelos governos em vários países da Europa. A praça nacional contraria a tendência e apresenta ganhos ligeiros, suportados pela valorização da família EDP.

Os principais índices do Velho Continente voltam a registar perdas expressivas. Enquanto o Stoxx 600 cai 0,6%, o francês CAC-40 e o alemão DAX recuam 1,1%, o espanhol IBEX cede 0,9% e o britânico FTSE 100 cai 0,7%. No sentido inverso, o português PSI-20 soma 0,35%, para 3.876,87 pontos, com a EDP Renováveis à cabeça.

A subsidiária de energia renovável controlada pela EDP está a valorizar 1,63%, para 16,18 euros, continuando a beneficiar dos resultados positivos apresentados na quinta-feira. A companhia lucrou 319 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um recuo homólogo de 7%.

Também a casa-mãe EDP apresenta ganhos, avançando 1,33%, para 4,192 euros, depois de ter apresentado lucros de 422 milhões de euros até setembro, uma quebra de 8% face ao mesmo período do ano passado. A empresa anunciou ainda que vai desistir do processo contra o Estado português por causa da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), mas vai contestar a tarifa social em Bruxelas.

O banco BCP também contribui com uma subida de 0,29%, para 6,99 cêntimos por título, enquanto as ações da Galp Energia, que na quinta-feira tocaram mínimos de mais de uma década, estão estáveis esta sexta-feira, negociando com um ganho marginal de 0,06%. Valem agora 6,824 euros cada.

Em sentido inverso, os CTT estão a perder valor e a pressionar o índice. O grupo postal desvaloriza 1,19% em bolsa, para 2,07 euros cada ação. E no dia em que se sabe que a Nos exigiu à Anacom uma indemnização de 42 milhões de euros por causa das licenças 5G detidas pela Dense Air, a operadora recua 0,20% em bolsa, para 2,922 euros.

Apesar da subida da bolsa de Lisboa, é de ressalvar as quedas observadas na generalidade da Europa esta sexta-feira, que acontecem um dia depois de o Banco Central Europeu (BCE) dar como praticamente certo um ajuste na política monetária em dezembro. Na reunião desta semana, Christine Lagarde optou por não alterar os juros nem o programa de compra de ativos, mas admitiu que o Conselho de Governadores vai recalibrar todos os instrumentos para fazer face ao impacto da pandemia.

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Hoje nas notícias: Nos, professores e estado de emergência

  • ECO
  • 30 Outubro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta sexta-feira fica marcada pela nota de que a Nos vai exigir uma indemnização de 42 milhões de euros à Anacom e de que as ajudas de custo para os professores deslocados ficaram na gaveta. O arquiteto Tiago Mota Saraiva explica que os preços dos imóveis não baixam porque há fundos a “comprarem tudo” à espera do fim da pandemia. E uma “casta organizada” alegadamente subornou membros do Fisco, da Segurança Social e do SEF. O PSD não se deverá opor a um novo estado de emergência.

Nos exige indemnização de 42 milhões de euros à Anacom

A operadora Nos exige uma indemnização de 42 milhões de euros à Anacom no âmbito de mais um processo judicial em torno das licenças 5G da Dense Air. A operadora considera que o regulador deveria ter anulado os direitos de utilização dessas frequências, adquiridas por uma empresa em 2010, pois havia um prazo em que as mesmas teriam de ser usadas para a prestação de serviços, o que nunca aconteceu. Ora, essas licenças viriam a acabar na posse da Dense Air e as frequências coincidem com uma faixa do espetro que foi escolhida para albergar o 5G, mas a Anacom decidiu não retirar essas licenças à empresa, optando apenas por uma reconfiguração das mesmas. Essa decisão tem sido altamente criticada pelo setor. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Ajudas de custo a professores deslocados ficaram na gaveta

O pagamento de ajudas de custo a professores deslocados, prevista no ano passado, desapareceu do Orçamento do Estado para 2021. A medida ficou na gaveta, apesar de existirem docentes que recusam colocações por não conseguirem pagar casa. Em Oeiras, o município criou mesmo uma solução alternativa de alojamento para salvaguardar estas situações. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

PSD não se deverá opor a novo estado de emergência

O PSD não se deverá opor se o Governo e o Presidente da República decidirem avançar para uma segunda declaração de estado de emergência, perante o evoluir da pandemia no país. Esta quinta-feira, Rui Rio reuniu a Comissão Permanente Nacional do partido, tendo ficado decidido que o partido “está preparado para debater com o Governo as iniciativas a tomar”. O partido está mesmo preparado para adotar uma postura colaborativa com o Executivo se assim for. Leia a notícia completa na TSF (acesso livre).

“Muitos portugueses só vão conseguir pagar casa aos 80 anos”

Em entrevista, o arquiteto Tiago Mota Saraiva salienta que muitos portugueses “só vão conseguir pagar casa aos 80 anos”, mas avisa que se estes deixarem de trabalhar poderão não conseguir fazê-lo. O arquiteto explica que o preço dos imóveis não baixa porque “há fundos imobiliários a comprarem tudo à espera do fim da pandemia”. Leia a notícia completa no Jornal I (link indisponível).

Fisco, Segurança Social e SEF subornados por “casta organizada”

Descrita pelo Ministério Público como uma “casta organizada ou clã”, uma rede familiar de imigração ilegal foi acusada no processo Rota do Cabo por alegadamente ter subornado responsáveis da Segurança Social, SEF e do Fisco para conseguir documentos oficiais como vistos de trabalho, autorizações de residência e até nacionalidade portuguesa com certidões de nascimento falsas. Há 35 arguidos. Entre eles está Sabirali Ramen Ali, considerado o cabecilha da referida “família”. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Nos exige 42 milhões de euros à Anacom por causa das licenças 5G da Dense Air

  • ECO
  • 30 Outubro 2020

Num segundo processo sobre as licenças 5G da Dense Air, a Nos exige à Anacom o pagamento de uma indemnização de 42 milhões de euros.

A Nos interpôs contra a Anacom uma segunda ação judicial por causa das licenças 5G detidas pela Dense Air. Enquanto na primeira a operadora exige a caducidade dessas licenças, nesta é exigida uma indemnização de 42 milhões de euros ao regulador por não ter recuperado o espetro radioelétrico atribuído àquela companhia, avançou o Público (acesso condicionado).

Em causa estão direitos antigos adquiridos em 2010 por uma empresa e que, em 2018, acabaram por cair nas mãos da Dense Air. Apesar de nunca terem sido usados para prestação de serviços de “acesso de banda larga via rádio”, como estava previsto, estas frequências coincidiram com parte do espetro escolhido para o 5G, que deverá ir brevemente a leilão.

A Nos argumenta que as licenças previam que a empresa prestasse serviços nessas frequências e, não se verificando a condição, este espetro deveria ter sido recuperado pela Anacom. Em contrapartida, o regulador optou apenas por reconfigurar o espetro, uma decisão altamente criticada pelo setor.

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Portugal 2020 tem taxa de execução de 53% e três anos para executar totalidade dos fundos

Portugal tem de executar a totalidade do quadro comunitário até dezembro de 2023. Agricultura, formação e empresas são as três áreas que apresentam os melhores níveis de execução.

O Portugal 2020 apresenta uma taxa de execução de 53% no terceiro trimestre de 2020. Em causa está um aumento de 671 milhões de euros de despesa executada face a junho de 2020, ou seja, um aumento de três pontos percentuais face ao trimestre anterior. Portugal tem de executar a totalidade do quadro comunitário até dezembro de 2023, já que as regras comunitárias permitem concluir a execução das verbas atribuídas até três anos depois do final do quadro comunitário (regra do N+3).

Agricultura, formação e empresas são as três áreas que apresentam os melhores níveis de execução: “desenvolvimento rural com 72%, capital humano com 60% e competitividade e internacionalização com 51%”, respetivamente, revela o mais recente boletim de monitorização do Portugal 2020. A taxa de execução mais baixa é do programa operacional do Alentejo (34%).

No entanto, apesar de a execução não exceder muito a metade do quadro comunitário, 99% dos 25,86 mil milhões de euros já estão comprometidos, de acordo com o boletim. Mas, por exemplo no Compete, o programa operacional das empresas, a taxa de compromisso já chegava a 126% no final do terceiro trimestre. No extremo oposto está o programa operacional do Algarve com uma taxa de compromisso de 82%.

Fundo aprovado, executado e pago por Domínio Temático

Em termos práticos, o Portugal 2020 já apoiou mais de 18 mil empresas através dos diversos sistemas de incentivos, financiou ações de internacionalização de 6,4 mil empresas e ações de formação em contexto empresarial de 47,5 mil trabalhadores. Por outro lado, também foram intervencionadas 648 infraestruturas escolares e 741 equipamentos sociais e de saúde; apoiados 270 mil jovens em vias profissionalizantes (básico e secundário) ou 550 quilómetros de linhas férreas intervencionadas.

No final do terceiro trimestre, foram lançados a concurso 28 mil milhões de euros, o que representa 108% do total de fundos programados no Portugal 2020 – mais 2,18 mil milhões do que a dotação inicial. Esta diferença explica-se pela necessidade de antecipar quebras em candidaturas já apresentadas, seja porque os promotores desistiram das mesmas, reviram em baixa a dimensão dos projetos ou enfrentam dificuldades de execução. Razões que levaram o Executivo a avançar novamente com uma operação limpeza, para libertar fundos que não estão a ser executados.

O destaque vai para o domínio da competitividade e internacionalização que representa 36,1% desse total, com cerca de 10,1 mil milhões de euros disponibilizados para financiamento de investimentos. Ou seja, foram abertos 3.963 concursos, sendo que a maioria se destinou às áreas da competitividade e internacionalização, da inclusão social e emprego e do desenvolvimento rural.

Em comparação com os restantes Estados membros, Portugal tem a segunda mais elevada taxa de pagamentos (49%) entre os países com envelopes financeiros acima de sete mil milhões de euros e o quinto lugar no que respeita ao valor absoluto dos pagamentos transferidos a todos os Estados-membros.

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5 coisas que vão marcar o dia

Semana chega ao fim, mas não sem antes se fazer contas à economia. INE revela a primeira estimativa do PIB português no terceiro trimestre, já o Eurostat apresenta o dos restantes países europeus.

Depois de afundar no segundo trimestre, período marcado pelo confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus, o que aconteceu à economia portuguesa no terceiro trimestre? É isso que o INE vai revelar, isto ao mesmo tempo que o Eurostat dá a conhecer os números dos restantes países europeus. Na agenda desta sexta-feira está também a segunda vaga desta pandemia, que deverá obrigar a novas medidas de contenção do vírus. Antes do Conselho de Ministros Extraordinário, António Costa recebe os partidos em São Bento.

PIB cresce depois do confinamento (mas cai em termos homólogos)

O Produto Interno Bruto de Portugal registou, entre abril e junho deste ano, uma diminuição de 16,3% face aos mesmos três meses de 2019. Foi uma quebra abrupta, explicada pelo confinamento após ter sido decretado o estado de emergência por causa da pandemia. No terceiro trimestre, com a economia a reabrir, o INE deverá revelar um forte crescimento do produto em cadeia, mas deverá manter uma quebra expressiva na comparação homóloga. Ao mesmo tempo, o Eurostat dará a conhecer o PIB dos restantes países europeus, sendo importante observar a evolução da economia dos “motores” da região, a Alemanha e França.

Vendas de volta ao normal? INE tira o pulso ao retalho

Além do PIB, o INE vai divulgar outros indicadores relevantes, nomeadamente a inflação. Mas também serão reveladas as vendas do comércio a retalho referentes ao mês de setembro. Depois de terem diminuído 4,5% em agosto, uma queda mais acentuada do que a de 3% em julho, manter-se-á a tendência negativa?

Parceiros reúnem com Mendes Godinho

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, acompanhada do Secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, têm mais uma reunião com os parceiros sociais. Em cima da mesa está, como não poderia deixar de ser, a evolução da pandemia, mas o tema “quente” será a suspensão excecional dos prazos de sobrevigência da contratação coletiva.

Costa ouve partidos antes de mais medidas contra a Covid-19

O Governo tem agendado para sábado um Conselho de Ministros Extraordinário onde deverá aprovar novas medidas para travar o aumento de casos de infeção por Covid-19. Antes dessa reunião, António Costa vai falar com todos os partidos com assento parlamentar, informando-os do que poderá ser decidido pelo Executivo. Encontros começam às 10h00, com o PSD, terminando apenas às 18h30, hora em que deve receber o PS

Mais resultados na bolsa de Lisboa

Depois da Galp Energia, EDP e EDP Renováveis, mas também do BCP, prossegue a apresentação de contas das empresas que “militam” na principal montra do mercado de capitais português. Esta sexta-feira é a vez de os investidores ficarem a saber a evolução das contas da Semapa, isto depois de a Navigator ter anunciado que os seus lucros encolheram para metade nos primeiros nove meses deste ano.

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Pandemia acelerou e-commerce em dois anos. Espanhóis “muito satisfeitos” com Correos em Portugal

A Correos Express Portugal estima que a pandemia tenha acelerado o negócio do e-commerce em Portugal para níveis "que se esperavam apenas dentro de um ou dois anos". Espanhóis estão "satisfeitos".

Mais de um ano depois de lançarem a empresa em Portugal, com a compra de 51% da Rangel Expresso, os espanhóis da Correos estão “muito satisfeitos” com a evolução do negócio das encomendas no país. “Desde o arranque da parceria, tivemos um crescimento de três dígitos na nossa atividade, em comparação com o mesmo período do ano anterior”, afirma ao ECO Juan Hermida, diretor-geral da Correos Express Portugal.

O gestor explica a tendência com o “aumento do comércio eletrónico”. Atualmente, Portugal representa 40% do negócio, enquanto Espanha pesa 36% na Correos Expresso Portugal. Os restantes 24% correspondem à atividade internacional. “Acreditamos que, no futuro, o maior crescimento se faça sentir em Portugal. É esperado nos próximos anos um crescimento no e-commerce”, salienta Juan Hermida.

A empresa pública espanhola Correos anunciou em março de 2019 a compra de 51% da empresa portuguesa Rangel Expresso, por 11,2 milhões de euros. A 10 de abril desse ano, anunciou o lançamento da Correos Express Portugal, com o objetivo de entregar 35 milhões de encomendas de ou para Espanha em cinco anos.

Questionado acerca desta meta, Juan Hermida responde com boas perspetivas: “Estamos num bom ritmo dentro da meta estabelecida e estamos a lançar uma base sólida, necessária para um projeto desta magnitude. Automatizámos as instalações do Porto e Lisboa”, remata. E sublinha: “Para janeiro de 2021, está prevista a implantação de diversas melhorias tecnológicas, que irão melhorar a experiência dos clientes e destinatários.”

A Correos Express Portugal não revela quanto dos quatro milhões de euros que previa investir nos primeiros três anos da “parceria”. “Estamos muito próximos do valor inicial que tínhamos previsto, sobretudo no que diz respeito a investimentos em automação e tecnologia”, aponta o gestor.

Pandemia acelerou e-commerce em dois anos

Já sobre o efeito da pandemia no negócio, Juan Hermida assinala que a Covid-19 “teve um grande impacto” nos hábitos sociais. “As compras online têm vivido um crescimento exponencial em Portugal chegando mesmo a valores que se esperavam apenas dentro de um ou dois anos”, salienta.

“Numa primeira fase, sentimos uma quebra de vendas devido ao sentimento de medo generalizado na sociedade mundial, que levou a uma rápida diminuição do consumo. Uma vez ultrapassado este período inicial, as vendas, maioritariamente as provenientes do comércio eletrónico, voltaram a aumentar até chegarem a volumes nunca vistos e só comparáveis a períodos como os da Black Friday ou mesmo o Natal”, explica.

Com efeito, a pandemia levou a que fossem atingidos níveis de encomendas que, ao ritmo anterior, apenas seriam alcançados “dentro de quatro a seis anos”. “Esta pandemia veio impulsionar ainda mais esta tendência de digitalização em Portugal e em todo o mundo”, reforça, reconhecendo que a atual crise “ajudou esse mercado a amadurecer”. Atualmente, segundo o diretor-geral, a Correos Express Portugal emprega “direta e indiretamente mais de 550 famílias”.

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Galp investe 330 milhões em renováveis, mas petróleo é “determinante para a solidez”

Petrolífera desvaloriza queda em bolsa, dizendo que é uma tendência do setor. Diz ao ECO que energias renováveis, eletricidade e novos hábitos de mobilidade irão ganhar um "peso crescente" no negócio.

A Galp Energia está a acelerar o investimento em renováveis, que a empresa espera que venham a ganhar cada vez mais peso. Ainda assim, é o petróleo o negócio principal e aquele que paga a transição energética. Em declarações ao ECO, a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva desvaloriza a forte queda em bolsa que tem vivido, atribuindo a tendência à pandemia.

“Não competindo à Galp comentar o desempenho das suas próprias ações, há, no entanto, fatores muito objetivos relacionados ou resultantes da pandemia Covid-19 que afetam de forma direta inúmeros setores da economia e em particular o setor energético, como sejam a redução da procura e o impacto no preço das commodities. As empresas integradas de energia de uma forma geral têm sido afetadas por esta desvalorização”, aponta fonte oficial.

A capitalização de mercado da Galp Energia caiu mais de 50% este ano, fazendo-a perder 5,35 mil milhões de euros em bolsa, sendo que as quedas acentuaram-se esta semana após a apresentação de resultados. Para justificar a ligação entre o comportamento dos investidores e a pandemia, a petrolífera lembra que o desempenho está em em linha com pares como a BP, ENI, Equinor, OMV, Repsol, Shell e Total.

Os analistas contactados pelo ECO concordam que a pressão que a Covid-19 gerou nos preços do petróleo é uma das principais razões para a queda. Mas apontam igualmente para os esforços de investimento na transição energética da empresa que se comprometeu, em 2017, a alocar anualmente entre 10% e 15% do investimento em renováveis. Este ano, o valor está a ser superior.

“As mudanças no setor energético, pela dimensão e longevidade dos investimentos, produzem-se em décadas – o que torna urgente iniciá-las. Nos primeiros nove meses deste ano, 46% do investimento total da Galp (que ascendeu a 724 milhões) foi direcionado para a área de Renováveis & Novos Negócios“, revela.

"As energias renováveis, a eletricidade e os novos hábitos de mobilidade irão ganhar um peso crescente nas atividades da Galp, mantendo-se o caráter integrado da empresa no que diz respeito às várias formas de energia necessárias para a vida das famílias e das empresas.”

Galp Energia

Entre os investimentos da Galp Energia estão a aquisição de uma carteira de ativos solares e constituição de joint venture (que transformou a Galp no principal produtor de energia solar da Península Ibérica), o spin-off da Flow (com serviços de gestão da transformação e eletrificação de frotas empresariais e mobilidade urbana), o lançamento da EI-Energia Independente (com uma solução tecnológica avançada para a produção descentralizada de energia elétrica fotovoltaica para autoconsumo), a entrada no consórcio para o projeto de produção de Hidrogénio Verde em Sines ou o reforço da rede de carregamento elétrico.

“As iniciativas que a Galp concretizou este ano na área das energias renováveis e de novos modelos de negócio ligados à transição energética — podendo transmitir a ideia de uma aceleração — resultam, na verdade, de um trabalho de análise de cenários, de planeamento e de estratégia iniciado há vários anos de forma estruturada, assegurando a solidez da empresa para fazer face aos grandes investimentos associados a esta transformação e que foram bem visíveis nos resultados destes primeiros nove meses de 2020″, diz a Galp.

Entre janeiro e setembro, a petrolífera registou prejuízos de 45 milhões de euros, o que compara com lucros de 403 milhões no mesmo período de 2019. A capacidade instalada quase duplicou, mas o segmento ainda não dá ganhos à empresa. O EBITDA recuou 33% para 1.161 milhões de euros, com as Renováveis e Novos Negócios a contribuírem negativamente com 6 milhões de euros. O upstream (792 milhões), o segmento comercial (255 milhões) e a refinação e midstream (97 milhões) contribuíram positivamente. E, para já, a tendência não deverá mudar.

Os projetos de produção de petróleo e gás natural da Galp, sobretudo os do pré-sal brasileiro, continuarão a contribuir de forma determinante para a solidez económica da empresa, que é fundamental para os grandes investimentos que temos pela frente na diversificação da nossa carteira de ativos e para desempenharmos o nosso papel no processo de transição energética que está em desenvolvimento”, reconhece a Galp.

A empresa explica que os ativos de produção em que a Galp participa, nomeadamente no Brasil, estão a ser adaptados a esta transformação do setor energético mundial, incluindo através da competitividade dos campos do pré-sal em termos de custos operacionais e de produtividade. “As energias renováveis, a eletricidade e os novos hábitos de mobilidade irão ganhar um peso crescente nas atividades da Galp, mantendo-se o caráter integrado da empresa no que diz respeito às várias formas de energia necessárias para a vida das famílias e das empresas”, acrescenta.

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Doentes com Covid-19 já estão a receber baixa a 100%

Já está a ser garantida 100% da remuneração aos trabalhadores que contraiam Covid-19, como subsídio de doença, garante o Ministério de Ana Mendes Godinho.

Os trabalhadores infetados com o novo coronavírus já estão a receber 100% da sua remuneração como subsídio por doença, assegura o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao ECO. O reforço desse apoio estava previsto desde o final de julho no Orçamento Suplementar para 2020, mas só em setembro saiu a regulamentação que estava em falta. O pagamento do subsídio com retroativos chegou um mês depois, isto é, em outubro, indica a mesma fonte do gabinete de Ana Mendes Godinho.

O Orçamento Suplementar, que entrou em vigor a 25 de julho, determinou que aos trabalhadores por conta de outrem e aos trabalhadores independentes do regime da Segurança Social deve ser assegurado o pagamento de 100% da remuneração de referência, nos primeiros 28 dias do subsídio por isolamento profilático ou do subsídio por doença.

A regulamentação que faltava para colocar essa medida em prática foi aprovada em Conselho de Ministros no final de agosto, tendo o decreto-lei em causa sido publico em Diário da República no início de setembro.

Nesse diploma, estabelece-se que, nas situações de doença por Covid-19, os trabalhadores têm direito a 100% da sua remuneração como subsídio de doença, que deve ser atribuído desde o primeiro dia, isto é, sem o período de espera de três dias normalmente exigido. Isto no máximo por 28 dias, período ao qual é descontado o isolamento profilático (que também dá direito a 100% da remuneração), se este tiver existido.

Após esses dias, são as aplicadas as regras de cálculo previstas em circunstâncias normais, isto é, é assegurado o pagamento a 55% da remuneração de referência, nos restantes dias dos primeiros 30 de impedimento para o trabalho. Entre 31 dias e 90 dias, essa fatia sobe para 60% da remuneração; entre 91 dias e 365 dias, aumenta para 70%; E um período de doença superior a um ano é sinónimo de 75% do vencimento.

Ao ECO, o Ministério de Ana Mendes Godinho garante que as regras excecionais já estão a ser aplicadas, ou seja, a Segurança Social está a pagar 100% da remuneração como subsídio por doença, no período referido, aos doentes com Covid-19. O primeiro pagamento foi feito a 16 de outubro e seguiu com os devidos retroativos devidos, assegura a mesma fonte.

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“Green bonds continuam em estudo. Há muitos investidores interessados”, garante João Nuno Mendes

João Nuno Mendes diz, em entrevista ao ECO, que as obrigações verdes continuam nos planos do Governo, especialmente depois do sucesso das social bonds da UE.

Portugal tem as green bonds entre as opções de financiamento, apesar de ainda não ter decidido avançar com uma emissão destes títulos de dívida, que servem primordialmente para pagar projetos verdes. Em entrevista ao ECO, o Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, explica que há interesse de investidores e que o país poderá aproveitar o incentivo da União Europeia.

“O dossiê das green bonds continua em estudo pelo IGCP. Há, aliás, muitos investidores interessados, portanto, é uma matéria sobre a qual vamos dedicar atenção, o IGCP e o Ministério das Finanças“, diz o governante. “É importante também para nós conhecer as evoluções que na União Europeia vão acontecer do ponto de vista da criação de standards de green bonds, mas neste momento não temos uma decisão. É uma matéria que ainda está em estudo, mas a nossa perspetiva é de acompanhar essa inovação dos mercados financeiros e a extraordinária apetência que os investidores demonstram por criar nas suas carteiras de investimentos a dimensão da sustentabilidade”.

Era ainda 2017 quando o então ministro das Finanças Mário Centeno lançou a ideia de uma emissão de dívida pública verde. Permitiria diversificar fontes de financiamento e conseguir juros mais vantajosos de investidores à procura de comprar neste mercado ainda limitado, mas o projeto acabou por ficar na gaveta. A equipa do sucessor João Leão irá recuperar a ideia, de acordo com o secretário de Estado.

João Nuno Mendes explica que a sustentabilidade de fazer parte de “zonas periféricas dos portefólios”, passando a ser mainstream para os investidores e uma forma de as instituições financeiras se distinguirem junto dos clientes. “Essa é uma matéria à qual temos de dedicar grande atenção e sabemos o empenho que está a ser feito em termos de concretizar o Green Deal, que coloca a Europa na vanguarda das conquistas ambientais”, aponta.

Enquanto não avança com as green bonds, Portugal vai beneficiar das irmãs social bonds emitidas pela União Europeia. Estes títulos, direcionados para financiar projetos com impacto social, foram escolhidos pela instituição europeia para pedir dinheiro aos mercados que irá usar para emprestar aos Estados-membros no âmbito do programa de apoio ao emprego, o SURE. A emissão foi histórica, tendo a UE conseguido um juro negativo e procura recorde.

“As primeiras emissões da União Europeia no âmbito do programa SURE foram muito interessantes, ainda por cima têm o formato de social bonds. Acho que vai ser interessante ver a evolução destas emissões e a forma como os investidores as vão encaixar nos seus portefólios. Vai ser muito interessante ver essa recetividade, refere o Secretário de Estado.

Portugal é um dos 17 países que pediu este apoio. O país pediu 5,9 mil milhões de euros e espera receber, até final do ano, 3 mil milhões. “As social bonds estão a desempenhar, agora no trajeto do último trimestre, um papel muito importante em termos de financiamento da dívida pública portuguesa“, acrescenta o Secretário de Estado, que garante que o Governo ainda não conhece o juro que será cobrado pela UE a Portugal neste empréstimo.

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