PSI-20 cai pela terceira sessão consecutiva. BCP também

O míssil da Coreia do Norte assustou os mercados. A Europa contagiou Lisboa: o PSI-20 desvalorizou pela terceira sessão consecutiva, assim como o BCP, que já perdeu 500 milhões desde máximos do ano.

A desvalorização das ações do BCP tem levado o PSI-20 a registar três sucessivas quedas. Nem as valorizações da Jerónimo Martins e da Galp Energia foram capazes de aguentar o contágio das pares europeias. O míssil da Coreia do Norte assustou os investidores em todo o mundo, levando-os para ativos mais seguros como o ouro. Esta terça-feira as bolsas europeias pintaram-se de vermelho.

O susto aconteceu esta segunda-feira à noite quando foi dada a notícia de que a Coreia do Norte tinha disparado um míssil em direção ao mar do Japão. As sirenes de alarme tocaram e, ao início desta terça-feira, nos EUA, Donald Trump deixou um aviso: “Todas as opções estão em cima da mesa“. Os investidores não reagiram bem, afastando-se dos ativos com maior risco, como são as ações. Na Europa, o principal índice, o Stoxx 600, caiu 1,02%. O PSI-20 acompanhou a tendência com uma queda de 0,35% para os 5.111,37 pontos.

Em Lisboa, o BCP acumulou mais um dia de perdas ao cair 0,9% para os 22 cêntimos. Chegou a perder 5% esta manhã, mas a pressão sobre os títulos acabou por se dissipar ao início da tarde. A cotada tinha desvalorizado sete sessões, depois recuperou e voltou agora a cair. Ao todo, o banco já perdeu 580 milhões de euros em valorização bolsista desde que tocou máximos do ano no mês passado. Esta desvalorização é vista como um movimento de correção, mas também reflete o receio do mercado quanto ao impacto financeiro que a eventual compra da unidade polaca do Deutsche Bank possa ter nas contas, dizem os analistas.

Além do BCP, também a Navigator, a Sonae e a EDP registaram perdas nesta sessão. As ações da Nos desvalorizaram 0,21% para os 5,31 euros, um dia depois de o ECO revelar que a empresa de telecomunicações, parceira da Huawei, convidou e pagou as viagens a altos cargos do Estado à China. A contrariar a tendência estiveram as cotadas Jerónimo Martins e Galp Energia com subidas entre 0,6% e 0,8%.

A aversão ao risco levou os investidores a refugiarem-se no ouro. O metal precioso está a subir mais de 0,5%, tendo já atingido o valor mais alto deste ano. Além disso, o euro também valorizou mais de 0,4%, superando a fasquia dos 1,20 dólares.

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BCP afunda 5% com maré vermelha nas bolsas

BCP regista pior sessão em quase cinco meses. Afunda 5% perante forte sentimento de aversão ao risco nas bolsas europeias. Perde 700 milhões desde que atingiu máximos do ano.

A intensa pressão vendedora nos mercados acionistas está a castigar de forma particular as ações do BCP. O banco afunda 5% esta terça-feira, naquele que é o pior desempenho desde abril, numa sessão marcada pelo regresso das tensões nucleares em torno da Coreia do Norte.

Há um forte sentimento de aversão ao risco esta manhã. O PSI-20, por exemplo, perde 1,5% com apenas um título a negociar acima da linha de água, a Pharol. Já os títulos do BCP estão sob pressão. São os que mais cedem. Já chegaram a ceder 4,73% para 0,2115 euros esta manhã, tratando-se da maior queda intradiária desde o dia 4 de abril, há quase cinco meses.

Em cerca de duas horas e meia de negociação em Lisboa já foram negociados mais de 31 milhões de papéis do banco liderado por Nuno Amado, refletindo esta pressão vendedora em torno do BCP. Compara com a média diária de 55 milhões de títulos dos últimos 12 meses.

BCP continua a perder valor em bolsa

Lá por fora, o índice da Bloomberg que acompanha o setor financeiro europeu cede 1,29%, com todos os bancos a negociar abaixo da linha de água. O BCP lidera as quedas. Mas instituições como o Generali, National Bank of Greece, Alpha Bank ou Commezbank recuam mais de 2,7%.

Perde 700 milhões desde máximos do ano

O BCP tem estado no centro das atenções dos investidores desde que começaram a surgir as notícias de que estava na corrida pelo banco polaco do Deutsche Bank, a 7 de julho. Três dias mais tarde o banco confirmou o interesse no negócio avaliado em cerca de 400 milhões de euros e num mercado onde já está presente com o Millenium Bank.

Ainda que os analistas tenham considerado que a instituição portuguesa não tenha estofo para concorrer com Santander ou Commezbank, outros dois bancos que disputam a operação do Deutsche Bank na Polónia, a verdade é que no final do mês passado o BCP passou à segunda fase do concurso.

Na altura, o BPI Research salientou o impacto desta compra nos rácios de capital do BCP, um indicador para o qual o banco trabalhou intensamente nos últimos anos e que culminou com o aumento de capital de 1.300 milhões de euros ainda em fevereiro. Em concreto, diziam os analistas daquele banco de investimento: “Os impactos de capital tornam menos provável que o BCP possa superar o Santander ou o Commerzbank no processo de venda do Deutsche Bank. Para o BCP, estimamos que o potencial negócio (…) poderá ter um impacto negativo de cerca de 80 pontos base no rácio de capital Tier 1 (11,2% em março)”.

Ao ECO, vários analistas consideraram que este tem sido um dos pontos para os investidores diminuírem a sua exposição ao BCP. A instituição vai desembolsar dinheiro quando “ainda não terminou a fase de estabilização financeira”, explicava Paulo Rosa, trader sénior do Banco Carregosa. “É um constrangimento à distribuição de dividendos a partir de 2018/2019, tal como tinha sido sinalizado aquando da realização do aumento de capital”., nota Pedro Lino, da Dif Broker.

Este movimento de recuo intensificou-se desde que a ação tocou um máximo do ano nos 0,2588 a 13 de julho. Desde então, o banco foi perdendo cada vez mais valor. Quanto? 690 milhões de euros foi quanto a capitalização bolsista do BCP viu emagrecer em cerca de mês e meio.

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BCP não para de cair. Mercado passa fatura de 500 milhões

  • Rita Atalaia
  • 28 Agosto 2017

O banco liderado por Nuno Amado caiu durante sete sessões, para depois recuperar... e voltar a cair. Correção, mas também receios quanto a uma "aventura" na Polónia, passam fatura ao valor do BCP.

O BCP não para de cair. O banco liderado por Nuno Amado recuou durante sete sessões, o ciclo de quedas mais longo num ano, para depois recuperar… e voltar a cair. Descidas expressivas que já “custaram” mais de 500 milhões de euros ao valor de mercado de instituição num movimento de correção, mas também de receios dos investidores quanto ao impacto financeiro que a eventual compra da unidade polaca do Deutsche Bank possa ter nas contas.

 

Só este mês, o BCP perdeu quase 300 milhões de euros, mas a fatura quase duplica quando se compara o atual valor de mercado do BCP com o registado em meados do mês passado, altura em que chegou a 28 cêntimos: encolheu em 571 milhões de euros para 3.362 milhões. Em pouco mais de um mês cai 14%, sendo que só em agosto lidera as quedas no PSI-20 ao recuar pouco mais de 8%. Os títulos estão a cair 1,77% para 22,18 cêntimos, encaminhando-se para o valor de fecho mais baixo em três meses.

A queda na cotação do BCP poderá refletir uma correção, após a forte subida desde os seus mínimos de fevereiro de 2017. Adicionalmente, esta descida na cotação ocorre num contexto mais difícil para os mercados de ações na área do euro.

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Para Albino Oliveira, gestor da Patris Investimentos, a “queda na cotação do BCP poderá refletir uma correção, após a forte subida desde os seus mínimos de fevereiro de 2017”. Mas também por estar a ocorrer “num contexto mais difícil para os mercados de ações na área do euro (Euro Stoxx 50 cai 6,50% desde os máximos de maio), e no qual o setor bancário europeu também tem vindo a apresentar um padrão de consolidação desde máximos de maio”.

BCP desvaloriza quase 14% desde máximos de julho

Mas não só. Há ainda outro fator nesta equação: o BCP mostrou-se interessado na unidade polaca do Deutsche Bank, o que pode estar a “deixar os investidores receosos quanto ao impacto nas contas do banco”, uma vez que a instituição vai desembolsar dinheiro quando “ainda não terminou a fase de estabilização financeira”, explica Paulo Rosa, trader sénior do Banco Carregosa, ao ECO. Uma operação que pode ser “um constrangimento à distribuição de dividendos a partir de 2018/2019, tal como tinha sido sinalizado aquando da realização do aumento de capital”, nota Pedro Lino, da Dif Broker.

Regressar aos ganhos?

Uma recuperação está agora dependente de uma “redução do risco de Portugal e da subida de rating“. É já na sexta-feira que a Moody’s se poderá pronunciar sobre a notação da República, à qual atribui o nível Ba1, considerado lixo e que se mantém desde julho de 2014. O outlook, que mostra a tendência de evolução da notação nos próximos meses, continua estável, o que indica que a agência norte-americana não pondera alterações ao rating para breve.

Logo a seguir, o foco dos investidores vira para a próxima reunião do Banco Central Europeu. Os responsáveis do banco liderado por Mario Draghi reúnem-se no dia 7 de setembro, depois de ter sinalizado que pode começar a reduzir o balanço. “O BCE terá um papel importante na medida que o início da subida dos juros trará um aumento das margens do setor financeiro. Até lá o BCP terá de continuar a focar-se na redução do crédito malparado e no aumento da eficiência operacional para conseguir não desiludir os investidores“, remata o administrador da Dif Broker.

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Ganhos ligeiros em Lisboa com resultados do BCP e EDP à vista

Prossegue a temporada de resultados no PSI-20. Hoje é a vez do BCP e da EDP prestarem contas ao mercado. Ambas as cotadas valorizam num arranque de sessão tímido em Lisboa.

Numa semana que está a ser marcada por menor liquidez na bolsa, que tenderá a reduzir ainda mais com a entrada de mais investidores de férias, a bolsa continua a evidenciar oscilações tímidas. Se as perdas não são profundas, os ganhos que Lisboa tem registado também não revelam grande euforia dos investidores. É o que acontece hoje com o PSI-20 a avançar ligeiros 0,1% em linha com a Europa.

O principal índice português avança para os 5.275,10 pontos num arranque de sessão sobretudo alimentado pelos pesos pesados BCP, EDP e EDP Renováveis. No caso do banco e da elétrica liderada por António Mexia o dia é marcado pela apresentação de resultados. As ações ganham para já 0,56% e 0,13%, respetivamente. Para a EDP Renováveis, cujos títulos valorizam 0,15% para 6,79 euros, importa mais a oferta pública de aquisição lançada pela casa-mãe com o preço de 6,75 euros. Esta quinta-feira termina o prazo para a EDP rever o preço da contrapartida, embora já tenha anunciado que não pretende fazê-lo.

“Hoje será um dos dias mais intensos da época de resultados em Portugal”, comentavam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

Ainda antes da abertura, a papeleira Navigator apresentou um lucro de 60,5 milhões de euros no trimestre, acima do esperado pelos analistas. As ações da papeleira avançam 1,17% para 3,72 euros. Além disso, para esta quinta-feira está ainda previsto que Altri e REN divulguem os seus resultados trimestrais com perspetivas de resultado líquido de 24 milhões de euros (+26% face ao mesmo período do ano passado) e 39 milhões (+12%).

Ontem foi a Jerónimo Martins a anunciar um lucro de 96 milhões no trimestre. Os analistas do BPI falam em “desvio do lucro face às estimativas” que é explicado por “alguns custos não recorrentes”. As ações da dona do Pingo Doce cedem 1,35% e travam maiores ambições do PSI-20.

Lá por fora, com o contexto da decisão da Reserva Federal norte-americana de manter as taxas de juro e da temporada de earnings season, as atenções vão estar viradas para o euro. A moeda única tem estado em valorização acentuada tendo superado a barreira dos 1,17 dólares esta semana.

Nos mercados acionistas, o Dax-30 alemão cede 0,28%. Mas há ganhos (também ligeiros) em Madrid, Paris, Milão e Londres, onde as bolsas se apresentavam com valorizações que não excediam os 0,5%.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Ganhos tímidos no arranque em Lisboa

Semana preenchida com resultados empresariais começa com pouco gás em Lisboa. Depois da temporada de resultados, "bolsa vai de férias", dizem analistas.

Numa das semanas mais preenchidas na bolsa por causa da apresentação dos resultados de empresas e bancos nacionais, o início da negócio acontece a meio gás. Lisboa alcança ganhos tímidos na abertura da sessão, com BCP e EDP a darem o melhor contributo. Estas duas cotadas apresentam contas esta quinta-feira.

O PSI-20, o principal índice português, abriu a ganhar 0,08% para 5.300,52 pontos. Trata-se de um despertar tímido do benchmark nacional e que acontece sobretudo graças ao desempenho das ações do BCP e da EDP, que somam 0,4% e 0,1%, respetivamente.

Os analistas esperam lucros de 41 milhões de euros no segundo trimestre para o banco liderado por Nuno Amado depois de prejuízos no ano passado. Quanto à elétrica nacional, a pool de analistas sondados pela Bloomberg aponta para um resultado líquido de 213 milhões de euros, acima do mesmo período do ano passado.

“A envolvente externa continuará a ser a variável central da tendência do PSI-20. Durante esta semana, o reporte de contas trimestrais irá ser mais intenso, embora o seu impacto deverá cingir-se às ações da respetiva empresa”, dizem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. “Após a publicação de resultados, que irá realizar-se na sua maioria até à primeira semana de agosto, a bolsa nacional deverá entrar em modo de férias, devendo-se assistir a uma redução assinalável do volume”, acrescentaram.

No total, eram apenas cinco as cotadas que seguiam em terreno negativo, com as ações da Pharol a evidenciarem o melhor desempenho: subiam 0,6% para 0,332 euros.

Do lado negativo, a Ibersol cai 1% para 14,55 euros. E o peso pesado Galp perdia 0,74% para 13,41 euros.

Lá por fora, há algum sentimento de aversão ao risco, depois da pressão vendedora registada na última sexta-feira. Em Madrid e Paris, as perdas não iam além de 0,1%. Mas em Frankfurt, o Dax-30 desce 0,3% depois de revelado no final da semana passada que as autoridades alemãs estão a investigar eventuais práticas ilegais de anti-concorrência entre os fabricantes de automóveis BMW, Volkswagen e Daimler (Mercedes).

(Notícia atualizada às 8h38)

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Regresso ao dividendos? Bancos enfrentam “caminho relativamente longo”

  • ECO
  • 23 Julho 2017

Faria de Oliveira queixa-se da falta de informação relativamente à venda do Novo Banco. Sobre os dividendos, diz que dificilmente bancos poderão remunerar os acionistas enquanto não forem rentáveis.

Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), considera que os bancos portugueses ainda enfrentam “um caminho relativamente longo” para voltarem a distribuir dividendos. Para o responsável, isso só deverá acontecer quando o setor voltar a ser rentável.

“Os bancos têm vindo a realizar um trabalho muito intenso, mas ainda têm enormes desafios pela frente. É um trabalho que ainda vai levar algum tempo e o sistema bancário necessita de tempo”, disse Faria de Oliveira, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, salientando que a baixa rentabilidade da banca nacional face ao custo de capital dificulta o regresso à normalização da política de remuneração acionista.

“A rentabilidade dos capitais próprios da banca europeia anda na ordem dos 5% a 6%. E o custo de capital na União Europeia é da ordem dos 9%. Em Portugal será até superior. Enquanto a rentabilidade não atingir valores superiores ao custo de capital, a distribuição de dividendos é manifestamente dificultada“, argumentou Faria de Oliveira.

"A rentabilidade dos capitais próprios da banca europeia anda na ordem dos 5% a 6%. E o custo de capital na União Europeia é da ordem dos 9%. Em Portugal será até superior. Enquanto a rentabilidade não atingir valores superiores ao custo de capital, a distribuição de dividendos é manifestamente dificultada.”

Faria de Oliveira

Presidente da APB

Sobre o processo de venda do Novo Banco ao Lone Star, o antigo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos lamentou a falta de informação em relação a esse processo. “Nós gostávamos de ter mais informação sobre o estado das negociações. Aliás, é uma das reclamações que o sistema [bancário] tem feito: sermos pouco postos ao corrente do que vai acontecendo”, afirmou o porta-voz da banca.

Ainda assim, Faria de Oliveira considerou que as informações públicas relativas à operação, resultantes da presença recente do governador do Banco de Portugal na COFMA (Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa), bem como algumas declarações públicas de membros do Governo permitem acreditar num desfecho positivo do negócio.

Na sua opinião, “as negociações parecem estar bem encaminhadas” e são “suscetíveis de poderem vir a ser concretizadas até ao final deste ano”.

E realça: “Estou em crer que sim [que o negócio se vai concretizar]. Eu creio que dentro das alternativas possíveis, neste momento, será muito difícil perspetivar outro tipo de soluções”

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Banco mau para o malparado? “Portugal não tem dinheiro”, diz a Mint

  • Rita Atalaia
  • 21 Julho 2017

Há um problema de 120 mil milhões na banca do sul da Europa. A Mint diz que passar o malparado para bancos maus e hedge funds pode ser a solução, mas Portugal não tem dinheiro para um bad bank.

O Governo português tem “pouca margem orçamental para financiar um ‘banco mau'” que absorva os empréstimos em incumprimento no balanço dos bancos. Este veículo pode ser a solução para estes ativos tóxicos que pesam na rentabilidade das instituições financeiras no sul da Europa: o fardo é de 120 mil milhões de euros, de acordo com a Mint Partners. O Novo Banco é que tem o maior rácio de malparado em Portugal, mas os casos mais preocupantes estão no Chipre e na Grécia.

“Com um rácio dívida/PIB de 130%, a capacidade de o Governo [português] para recapitalizar e resgatar bancos, como fez com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) no final do ano passado, é limitado“, de acordo com um relatório da Mint obtido pelo ECO. O Executivo tem, por isso, “pouca margem orçamental” para a criação de um “banco mau”. Uma opção que já foi, aliás, afastada por António Costa, tendo sido apresentada uma solução aos bancos mas sobre a qual ainda pouco é conhecido.

Para Bill Blain e Ben Stheeman, responsável pelos mercados de capital e associado da Mint, respetivamente, alertam que o malparado é um fardo que deixa o setor bancário europeu “numa situação precária”. E que a solução passa precisamente pela transferências destes ativos tóxicos do balanço dos bancos para hedge funds e para “bancos maus” financiados com dinheiros públicos. Recentemente, a CGD vendeu uma carteira de quase 500 milhões de euros em malparado à Bain Capital.

Com um rácio dívida/PIB de 130%, a capacidade de o Governo [português] para recapitalizar e resgatar bancos, como fez com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) no final do ano passado, é limitado.

Mint Partners

Mas os especialistas deixam um alerta: isto não é suficiente. “Têm de ser tomadas medidas para se reduzir o peso dos Non Performing Loans (NPL, ou malparado em português), mas não se deve pensar que isto é um sinal de que o problema do malparado nos países do sul da Europa ficará resolvido”, afirmam. “Os NPL não serão eliminados, apenas deslocados. Esta estratégia pode falhar, uma vez que estes empréstimos vão continuar no sistema financeiro”, notam.

Os dois responsáveis referem que a resolução deste problema “vai exigir uma mudança das políticas”, alertando que além do malparado há outros pontos fracos a resolver na banca da Zona Euro. Defendem que ainda há diferenças significativas entre as regras de resolução europeias e as medidas adotadas por cada país. “Neste cenário, a regulação bancária do Banco Central Europeu não abordará adequadamente uma crise bancária europeia.”

Bancos portugueses à lupa

Novo Banco “deve sobreviver”

O banco de transição, que resultou da resolução do Banco Espírito Santo, “tem sido apontado como um exemplo de ‘banco mau’ na Europa”. Bill Blain e Ben Stheeman referem que, se tudo correr como o esperado, “o período de transição [do Novo Banco] vai terminar em novembro, quando for vendido ao fundo norte-americano Lone Star”.

Mas deixam algumas dúvidas no ar. “A conclusão deste acordo não está totalmente garantida”, relembram. Esta operação está neste momento dependente de uma troca de dívida que vai reforçar os rácios de capital em 500 milhões de euros. Os detalhes devem estar quase a ser conhecidos pelos investidores. Por isso, esta venda é mais uma questão de “quando” e não de “se”, salientam. Assim que o Novo Banco estiver nas mãos do fundo “as perdas com os NPL já não serão suportadas pelo Novo banco e pelo novo dono [o Lone Star]. Por isso, o banco deve sobreviver”.

Montepio? “Um banco a que se deve estar atento”

A rentabilidade da instituição financeira liderada por Félix Morgado “é extremamente volátil”, refere a Mint. Porquê? “Em parte devido ao rácio elevado de NPL.” O banco avançou recentemente com um aumento de capital de 250 milhões de euros, totalmente subscrito pelo único acionista, a Associação Mutualista, que tem em marcha uma OPA sobre o Montepio.

Mas, segundo a Moody’s, este reforço, apesar de ter um impacto positivo no banco, não é suficiente para compensar os desafios que a instituição continua a enfrentar, como é o caso do malparado. O Montepio parece estar a fazer melhorias, mas “não fez progressos na redução do stock de NPL. Por este motivo, é certamente um banco a que devemos estar atentos”, remata a Mint.

BCP: Bem capitalizado, mas ainda tem de reduzir malparado

O maior banco privado português teve de receber ajuda em 2012, através de CoCos que já foram integralmente pagos. Isto depois de a crise financeira ter levado o rácio de capital CET1 a cair abaixo dos requisitos impostos pela regulação. O banco tem agora um rácio de 13% e um rácio de NPL de quase 16%. Mas ainda há mais trabalho a fazer, diz a Mint.

“O BCP parece estar bem capitalizado, mas tem de continuar a reduzir o malparado. O BCP planeia reduzir o total de NPL em mil milhões de euros anuais ao longo dos próximos anos, o que deve ser gerível considerando os progressos que tem feito. Por este motivo, e apesar de ainda apresentar um défice de capital de 1,1 mil milhões, o BCP deve recuperar”, concluem os responsáveis da Mint.

CGD: Um banco “bem protegido”

A situação financeira da CGD não tem sido a mais favorável nos últimos anos. É, por isso, um dos bancos a que se deve estar atento, referem Bill Blain e Ben Stheeman. Mas, com o plano de recapitalização, que levou a uma injeção de cinco mil milhões, e de reestruturação, com o fecho de balcões e despedimentos, é de esperar “que a CGD esteja relativamente bem protegida”. Isto tendo em conta também que a CGD “já começou a vender carteiras de malparado”.

O banco estatal vendeu recentemente 476 milhões de euros em crédito malparado ao fundo de private equity Bain Capital Credit. A carteira de créditos comprada pela Bain Capital é constituída “maioritariamente por empréstimos imobiliários bilaterais garantidos por pequenas e médias empresas e algumas grandes empresas”, explicou o fundo.

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BCP cai 3% e dita perdas em Lisboa

Bolsa nacional cai pela segunda sessão consecutiva com o banco a determinar o rumo dos acontecimentos: caiu quase 3%. Apenas seis cotadas fecharam abaixo da linha de água.

O BCP continuou a corrigir do ganho de 6% alcançado na quinta-feira e voltou a ceder esta segunda-feira cerca de 3%, num desempenho negativo que contribuiu decisivamente para a inversão da bolsa nacional para baixo da linha de água.

O PSI-20, o principal índice português, até abriu a sessão em terreno positivo, mas terminou o dia com uma baixa de 0,19% para 5.292,74 pontos. Foi a segunda sessão seguida de perdas em Lisboa com o banco liderado por Nuno Amado a determinar o rumo dos acontecimentos: as ações caíram 2,74% para 0,2445 euros.

“O BCP recuou, fruto de alguma realização de mais-valias, na sequência dos ganhos registados na semana passada”, notaram os analistas do BPI no seu Fecho de Bolsa.

Apenas seis cotadas fecharam com sinal menos. Além do BCP, também a EDP (-0,37%), EDP Renováveis (-0,58%), Nos (-0,31%), Novabase (-0,94%) e Sonae Capital (-0,92%) influenciaram negativamente o desempenho do benchmark nacional.

Por outro lado, o peso pesado Jerónimo Martins ajudou a travar maiores quedas em Lisboa. A retalhista somou 0,94% para 17,7 euros. Enquanto isso, a outra super cotada nacional, a Galp, fechou inalterada nos 13,56 euros depois de ter apresentado os dados preliminares relativos à atividade no segundo trimestre do ano antes da abertura da sessão: produziu mais petróleo e as margens de refinação aumentaram.

No plano europeu, dia também sem grandes variações bolsistas. As ações europeias interromperam um ciclo de três sessões em alta e praças como o Ibex-35, CAC-40 e Dax-30 encerraram a sessão com quedas até 0,3%. Se o setor mineiro esteve entre as melhores performances com os bons dados económicos na China, a evolução da inflação em junho provocou pressão vendedora sobre o setor industrial.

(Notícia atualizada às 16h58)

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BCP dispara mais de 6%. Mas houve mais ações a brilhar em Lisboa

O banco acelerou para máximos de mais de um ano numa sessão em que se destacaram muitos títulos nacionais. A bolsa de Lisboa foi estrela na Europa.

BCP, EDP, Jerónimo Martins, Pharol, Mota-Engil, Sonae… Foi uma sessão bastante positiva na bolsa nacional, superando largamente o desempenho dos pares europeus. Se o banco disparou mais 6% para o valor mais elevado do último ano e foi a estrela da sessão lisboeta, foram várias as ações nacionais que brilharam esta quinta-feira.

O PSI-20, o principal índice português, somou 2% para 5.319,28 pontos. Nenhum dos principais índices europeus chegou perto deste desempenho. O Ibex-35 de Madrid ganhou 0,9%. Os ganhos em Paris, Frankfurt e Milão foram ainda mais contidos, não excedendo os 0,5%.

Em Lisboa, apenas a EDP Renováveis e Corticeira Amorim foram exceção nos ganhos. Do lado positivo, houve um destaque principal: o BCP. As ações do banco fecharam em alta de 6,28% para 0,288 euros, a cotação mais elevada desde o final de julho do ano passado, registado forte apetite comprador perante perspetivas de subida dos juros dos bancos centrais mundiais. Foram negociados mais de 126 milhões de títulos durante toda a sessão, montante que compara com a média diária de cerca de 50 milhões registada nos últimos meses.

Outra meia dúzia de cotadas encerrou o dia numa toada muita positiva. Foi o caso dos pesos pesados Jerónimo Martins e EDP, que obtiveram ganhos de 1,52% e 1,07%. E ainda dos CTT (+2,03%), Mota-Engil (+2,89%), Pharol (+3,61%), Nos (+3,54%) e Sonae (+2,68%).

BCP acelerou 6% para máximos de um ano

No seu comentário de fecho, o BPI diz o que a valorização da EDP aconteceu “um dia depois da Unidade Técnica de Apoio Orçamento ter revelado que a elétrica vai ter um benefício de 174 milhões de euros por ter aderido ao regime de reavaliação de ativos introduzido em 2016 pelo Governo”.

Para a performance da Nos terá contado a inclusão do título nas “balas de prata” do Haitong para este trimestre. O banco atribuiu um potencial de valorização de 35% às ações da operadora até ao preço-alvo de 7,10 euros, um “outlook” sustentado nos bons resultados que deverá ter registado no último trimestre. Adicionalmente, o BPI comentou que depois do ataque de António Costa à Altice, a operadora liderada por Miguel Almeida poderá vir a conquistar mercado à rival Meo, nomeadamente no segmento empresarial e público.

(Notícia atualizada às 17h01 com mais informação)

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Sonangol perdeu mais de 365 milhões com investimento no Millennium BCP desde 2007

  • Lusa
  • 13 Julho 2017

O investimento da Sonangol no banco português Millennium BCP, em que detém uma posição de 14,87% do capital social, “é estratégico", mas já representa uma perda potencial de 365,7 milhões.

A informação consta do último relatório e contas da concessionária estatal, liderada desde junho de 2016 pela empresária angolana Isabel dos Santos, que recorda que o investimento da Sonangol no banco português começou em 2007, então com 180 milhões de ações (que no final de 2015 chegaram a cerca de 10,53 mil milhões), inicialmente no valor de 525,6 milhões euros.

Dez anos depois, o saldo desse investimento representa um “justo valor”, nas contas de 2016, de 150,4 milhões de euros, contra o saldo inicial de 516,1 milhões de euros nas contas do final de 2015, além de um peso na estrutura acionista que passou de 17,84% (2015), para 14,87%, devido ao aumento de capital realizado pelo Millennium BCP.

“A participação da Sonangol no BCP tem tido sempre um cunho estratégico, já que é um suporte relevante para a diversificação do seu investimento, em geografias como África e a Europa, e acentua a natureza e vocação internacional da empresa”, escreve a petrolífera, no seu relatório e contas.

"A participação da Sonangol no BCP tem tido sempre um cunho estratégico, já que é um suporte relevante para a diversificação do seu investimento, em geografias como África e a Europa, e acentua a natureza e vocação internacional da empresa.”

Relatório e Contas da Sonangol

Acrescenta que “apesar da desvalorização prolongada em bolsa”, o BCP tem “feito progressos na implementação do seu Plano de Restruturação” e com isso “tornou-se o banco mais eficiente em Portugal”, apresentando “grandes sucessos na desalavancagem financeira”.

Em dezembro de 2016, a presidente do conselho de administração da Sonangol, Isabel dos Santos, confirmou que a petrolífera angolana pediu um reforço da participação no capital do banco português Millennium BCP, cujo maior acionista passou a ser o grupo chinês Fosun.

“A participação da Sonangol no banco Millennium BCP continuará e foi efetuado um pedido de reforço da participação da mesma”, disse Isabel dos Santos, sem concretizar valores.

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BCP sem estofo para Santander e Commerzbank na compra polaca

O BPI considera que o BCP tem pouca margem para competir com os outros dois gigantes da banca europeia na corrida pelas operações do Deutsche Bank na Polónia.

Para o BPI Research, o BCP BCP 0,00% dificilmente terá condições para competir com o Santander e Commerzbank na corrida pelo banco polaco do Deutsche Bank. Porquê? O negócio vai afetar de forma considerável os rácios de capital do banco português.

BCP, Santander e Commerzbank estão na corrida pela compra do negócio do alemão Deutsche Bank na Polónia, numa operação que está avaliada em torno de 500 milhões de euros, segundo avança imprensa do país. O jornal Puls Biznesu coloca o Commerzbank na pole position num processo que conhecerá novos desenvolvimentos no início do próximo mês com a apresentação de ofertas vinculativas.

Os analistas do BPI Research dizem que “os impactos de capital tornam menos provável que o BCP possa superar o Santander ou o Commerzbank no processo de venda do Deutsche Bank“. “Para o BCP, estimamos que o potencial negócio (…) poderá ter um impacto negativo de cerca de 80 pontos base no rácio de capital Tier 1 (11,2% em março)”, calcula o BPI Research.

O BCP está no mercado polaco através do Millenium Bank. O ECO tentou obter uma reação do BCP, mas ainda não obteve uma resposta até ao momento.

Em relação ao Santander, o impacto nos rácios de força financeira seria bastante menos negativo, de apenas cinco pontos base, adianta ainda o BPI Research.

O Deutsche Bank está a vender o seu negócio na Polónia, exceto os empréstimos denominados em moeda estrangeira. Estes ativos poderão estar avaliados em 500 milhões de euros, excluindo um fator de desconto que costuma estar incluindo quando alguma entidade pretende alienar determinado ativo.

BCP perde força na bolsa

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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BCP na corrida pelo banco polaco do Deutsche Bank

Negócio do banco alemão na Polónia está avaliado em 500 milhões de euros. O português BCP está na corrida mas tem a concorrência de dois gigantes europeus: Commerzbank e Santander.

São três os potenciais compradores do negócio do Deutsche Bank na Polónia, de acordo com o jornal Puls Biznesu. Entre eles está o português BCP, que está no mercado polaco através do Millenium Bank. Commerzbank e Santander são os outros concorrentes.

O banco alemão está a vender o seu negócio naquele país, exceto os empréstimos denominados em moeda estrangeira. Três instituições financeiras já apresentaram as suas ofertas iniciais e o Deutsche Bank espera receber ofertas vinculativas até ao início do próximo mês.

A Bloomberg, que cita o jornal económico polaco, adianta que estes ativos poderão estar avaliados em 500 milhões de euros, excluindo um fator de desconto que costuma estar incluindo quando alguma entidade pretende alienar determinado ativo.

Embora sejam três bancos na corrida, o Commerzbank é indicado como aquele que surge na pole position.

As ações do BCP desvalorizam 0,54% para 0,24 euros. Acumulam um ganho de 30% desde o início do ano, conferindo uma avaliação de mercado ao banco liderado por Nuno Amado de 3,6 mil milhões de euros.

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