Energia arrasta PSI-20 para o vermelho

  • Rita Atalaia
  • 3 Março 2017

Depois de uma sessão "morna", o PSI-20 acabou por ceder às perdas. A bolsa nacional abre em baixa, pressionada sobretudo pelo setor energético. A EDP e a EDP Renováveis perdem 0,5%.

Depois de uma sessão “morna” para o PSI-20, hoje a bolsa nacional acabou mesmo por ceder às perdas. A praça portuguesa está a ser pressionada pelo grupo EDP mas também pela Galp Energia. Na Europa, os investidores também fazem uma pausa nas compras. Isto num dia que deve ser marcado pelo sentimento de cautela antes de um discurso da presidente da Reserva Federal dos EUA. Janet Yellen pode dar mais algumas pistas sobre se o banco central vai avançar para um aumento das taxas de juro na reunião de março.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a sessão a cair 0,18% para os 4.699,90 pontos, depois de uma sessão onde subiu apenas 0,03%. O desempenho negativo da praça lisboeta é hoje determinado pelo setor energético. A EDP aumentou os lucros e os dividendos em 2016, mas isso não foi suficiente para animar as ações. A energética cai 0,5% para os 2,90 euros na abertura, assim como a subsidiária EDP Renováveis, que recua na mesma proporção para os 6,33 euros.

“A maior surpresa positiva [dos resultados da EDP] surgiu do mercado liberalizado, enquanto que pela negativa o maior desvio teve origem no mercado brasileiro, como EBITDA a sair 7% abaixo do anteriormente antecipado, em virtude dos preços mais baixos na área de geração dos volumes nos segmentos de geração e distribuição”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

Mas as perdas também se generalizam à Galp Energia, com a petrolífera a ceder 0,68% para os 13,95 euros. E o cenário não melhora na banca. O BCP recua 0,25%. Por outro lado, as unidades de participação do Montepio continuam a registar subidas, mas menos acentuadas. Os títulos valorizam 2,85%.

Na Europa, a tendência também deverá manter-se negativa. Isto num dia marcado pela cautela no mercado antes de um discurso da presidente da Fed. “A perspetiva de subida de taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana deverá ser o principal tema da sessão de hoje, com o mercado a aguardar com expectativa pelo discurso da Presidente do Banco Central, agendado apenas para o final da tarde”, refere o BPI.

(Notícia atualizada às 8h14 com mais informação)

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Avaliação do IMI passa para as câmaras

  • ECO e Lusa
  • 3 Março 2017

As autarquias passam a ser responsáveis pela avaliação dos imóveis para efeitos de IMI. Poder que estava nas mãos da Autoridade Tributária só deve passar para os municípios após as autárquicas.

A avaliação dos imóveis para efeitos de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) pode passar para as câmaras municipais. Essa é pelo menos a intenção do Governo e consta do diploma, aprovado em conselho de ministros no mês passado, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) na edição desta sexta-feira. Este diploma concretiza as competências que o Executivo quer descentralizar para os municípios.

As alterações, segundo estimativas governamentais, deverão acontecer num prazo de 180 dias, após a aprovação do diploma, ou seja, só deverão acontecer depois das eleições autárquicas que ocorrem no outono.

Na proposta de Lei é referido que a intenção é “promover a descentralização das competências atualmente exercidas pela administração direta do Estado no âmbito da avaliação do património imobiliário para efeitos fiscais“. Nesse sentido é necessário alterar o código do IMI “no sentido de transferir as competências em matéria de avaliação e reavaliação de imóveis dos serviços de finanças para os órgãos municipais” nomeadamente no que “concerne à iniciativa para avaliação, designação de peritos avaliadores e decisão de reclamações” como escreve o Jornal de Negócios.

Fora da alçada da avaliação das câmaras ficam, contudo, os imóveis afetos à defesa nacional, às forças e serviços de segurança, os imóveis detidos pelo sistema de Segurança Social e ainda o património do Estado que esteja consignado ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

Associação de municípios diz que avaliação de IMI pelas câmaras “carece de análise”

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considerou, em comunicado, que a descentralização de competências para as autarquias ao nível da avaliação de imóveis para efeitos fiscais ainda requer uma análise aprofundada. Para a ANMP, “a descentralização de competências atualmente exercidas pela Administração Central, designadamente no que respeita à avaliação e reavaliação de património imobiliário para efeitos fiscais, é uma matéria sensível que carece de análise aprofundada“.

A questão, explica a associação presidida por Manuel Machado, já foi objeto de parecer com base na versão anterior da proposta de lei e será novamente analisada numa próxima reunião do conselho diretivo da ANMP, adianta o comunicado. Para a ANMP, no seu parecer à proposta do Governo, ainda sem a revisão do IMI, a questão relativa ao património “carece de uma completa explicitação”, no que se refere aos termos em que se “processará esta gestão”, de que poderes “disporão os órgãos municipais” e se será sobre “todo o património devoluto”.

A associação questiona ainda se “a avaliação e reavaliação” será “de todos os imóveis ou só do património imobiliário público devoluto”, bem como “a que fins” se destinam. “Há outras situações que deverão ser igualmente equacionadas, definindo este diploma os princípios para a regularização, desde logo, de infraestruturas do Estado implantadas em terrenos municipais ou de infraestruturas municipais implantadas em terrenos do Estado”, apontou ainda a ANMP.

Proprietários contra transferência da avaliação de imóveis para as câmaras

A transferência da avaliação de imóveis para as autarquias, prevista na proposta de descentralização de competências do Governo, merece oposição da Associação Lisbonense de Proprietários, que receia um aumento da carga fiscal através do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) “opõe-se à intenção de transferir as competências da Autoridade Tributária (AT) para as câmaras municipais em matéria de avaliação de imóveis para efeitos de IMI”, afirma esta organização, com mais de dez mil proprietários, em comunicado.

“Para a ALP, é evidente que esta nova alteração ao código do Imposto Municipal sobre Imóveis, que visa acomodar a transferência de competências da AT para os órgãos municipais, se traduzirá num novo aumento da carga fiscal sobre o património imobiliário”, salienta a associação. A organização receia um novo aumento fiscal, “depois de a cobrança de IMI já ter disparado duas vezes e meia entre 2002 e 2015, ou 41% em apenas cinco anos (dos 1.088 milhões de euros de 2010 para os 1.533 milhões em 2015)”, lê-se no comunicado.

A associação salienta que “o património habitacional tem sido o alvo preferencial de toda a política de saque fiscal do Governo e das forças políticas de esquerda que o sustentam”. Além do aumento dos coeficientes de localização dos imóveis para efeitos de cálculo do IMI, o Governo “tentou taxar o sol e as vistas em sede do mesmo imposto”, mas como não conseguiu, perante a oposição da opinião pública, introduziu um imposto adicional ao IMI, do qual “isentou o comércio e o lóbi dos grandes grupos económicos”, denuncia a ALP.

A medida levou a que se tenha “triplicado para os proprietários urbanos particulares a taxa de 0,3% que tinha apresentado inicialmente na proposta de Orçamento [do Estado] para uma taxa adicional que pode variar entre os 0,7% e 1%.”, aponta a associação. “A falta de isenção das autoridades locais, que são as beneficiárias das receitas de IMI, é o primeiro atentado grosseiro deste diploma”, considera a associação, acrescentando que a medida, a concretizar-se, “vai produzir um conjunto de arbitrariedades e de regras e critérios distintos de concelho para concelho”.

A mesma entidade nota que “mais de 75% dos portugueses são proprietários da sua habitação própria permanente” e informa que “vai bater-se nas instituições próprias contra esta delegação de competências” para as autarquias.

 

 

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Novo Banco podia ter sido dividido entre CGD e BCP

  • ECO
  • 3 Março 2017

O Governo estudou a hipótese de dividir o Novo Banco entre a CGD e o BCP. Uma solução que foi logo afastada em junho por ser um processo complexo e com custos elevados.

O Governo tem estudado várias soluções para o Novo Banco. Uma das hipóteses foi dividir o banco de transição entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP. Mas essa possibilidade foi afastada em junho pela sua complexidade e custos elevados. O Executivo acabou por escolher o fundo norte-americano Lone Star para entrar em negociações exclusivas com o objetivo de vender o banco que resultou da falência do Banco Espírito Santo (BES).

O jornal Público (acesso pago) avança que a possibilidade de dividir o Novo Banco entre a CGD e o BCP foi uma hipótese levantada pelo Governo, em junho. Mas que foi logo rejeitada, uma vez que seria um processo complexo e dispendioso. O jornal relembra que isto aconteceu numa altura em que o Executivo tinha em mãos três dossiês financeiros: venda do Novo Banco, recapitalização do banco estatal e o pagamento dos CoCos por parte do BCP e da CGD.

Quando questionado sobre a hipótese de partir o Novo Banco entre o banco público e o banco privado, António Domingues terá levantado “fortes objeções”, refere o Público. “Avisou logo que a solução iria fazer disparar as necessidades de capital da CGD e que era uma via muito difícil de executar e com custos”, de acordo com uma fonte não oficial citada pelo jornal.

O Governo percebeu que esta divisão levaria ao corte do número de funcionários nas três instituições financeiras. E o Novo Banco, CGD e BCP já estavam em processo de reestruturação. Hoje, a CGD já não tem 900 milhões de euros em CoCos, o BCP já pagou o que devia ao Estado e o Governo já está em negociações exclusivas para a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.

Governo aguarda por Bruxelas

O Executivo pode ficar com uma participação de até 25% do Novo Banco. Uma posição direta através da Parpública ou indireta através do Fundo de Resolução. O jornal diz, citando fontes, que o Governo ainda está a aguardar para saber se Bruxelas admite que o Novo Banco mantenha o estatuto de banco de transição.

Se as autoridades europeias permitirem que o Novo Banco mantenha este estatuto, a posição de 25% no Novo Banco ficará na posse do Fundo de Resolução (que detém o banco na sua totalidade). A questão é que a lei atual sobre o banco que resultou da falência do BES determina que a venda tem de ser integral. Se Bruxelas não admitir este cenário, o Governo pode optar por comprar esta participação através de uma entidade pública, como a Parpública.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Depois do Brexit, a operação de fusão entre a bolsa londrina e a alemã complicou-se. Hoje a LSE apresenta os resultados de 2016. Do outro lado do Atlântico, Yellen discursa sobre o estado da economia.

Depois da NOS e da EDP, é a vez da Altri prestar contas aos investidores, em Portugal, relativamente à operação de 2016, um mês depois de ter anunciado que o Governo aprovou um investimento de 125 milhões de euros. Em Itália espera-se com baixa expectativa os números relativos ao crescimento económico no ano passado. Já o BCE vai divulgar dados sobre os empréstimos na Zona Euro.

Bolsa londrina mostra resultados

Depois de o referendo para a saída do Reino Unido da União Europeia ter sido aprovado, a bolsa de valores de Londres mostra os resultados operacionais de 2016. Além do Brexit, há outro fator negativo a influenciar os mercados britânicos: tudo indica que a London Stock Exchange já está a dar por falhada a fusão com a Deutsche Börse, um processo que já dura há mais de um ano. A fusão entre as duas gestoras foi anunciada há mais de um ano, antes de tomada a posição acerca do Brexit. A decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia veio complicar a operação, levando vários países a demonstrarem a sua oposição devido à passagem de grande parte das operações para fora do mercado único. A ideia era criar uma grande bolsa europeia, mas parece que isso não irá acontecer.

Yellen discursa em Chicago

A Presidente da Reserva Federal norte-americana vai discursar em Chicago esta sexta-feira. A semana e meia de reunir novamente com os governadores dos bancos centrais de alguns Estados para decidir se vai aumentar novamente a taxa de juro, o discurso de Janet Yellen sobre o outlook económico pode confirmar as previsões dos mercados que estão a apostar cada vez mais numa subida ainda em março. Yellen já disse que seria “imprudente” esperar demasiado tempo para subir as taxas de juro, indicavam as minutas da última reunião da Fed. A próxima reunião está marcada para 15 de março.

BCE divulga dados sobre novos empréstimos na Zona Euro

O Banco Central Europeu divulga esta sexta-feira dados sobre os montantes dos novos empréstimos concedidos em janeiro deste ano. Além disso, a instituição europeia liderada por Mario Draghi vai divulgar qual foi a taxa de juro dos novos empréstimos, mas também dos novos depósitos realizados dentro da Zona Euro. Nesse mês, em Portugal, os juros implícitos no crédito da casa recuaram para um novo mínimo, segundo os dados revelados pelo Banco de Portugal. A taxa de juro implícita no crédito à habitação baixou pelo 30º mês consecutivo, para sinalizar um novo mínimo histórico nos 1,025%.

O PIB italiano em 2016

Esta sexta-feira, a Itália vai divulgar os números do crescimento económico no quarto trimestre. Com este dado vai ser possível apurar quanto é que o PIB italiano cresceu no ano passado. As previsões até setembro indicavam que o Produto Interno Bruto tinha subido 1,1% e as previsões dizem que o número final do ano todo não será diferente. No entanto, prevê-se que a economia tenha desacelerado ligeiramente do terceiro para o quarto trimestre, caindo 0,1 pontos percentuais dos 0,3% para os 0,2%.

Altri apresenta resultados de 2016

Depois da EDP e da NOS, é a vez da Altri mostrar as suas contas aos investidores. A cotada do PSI-20 dedica-se à produção de pasta de papel, mas exporta cerca de 95% da sua produção para a Europa, mas também para a China e resto do mundo. A empresa tem um volume de vendas superior a 665 milhões de euros. No mês passado, o Grupo Altri e o Estado português formalizam a assinatura de dois contratos de investimento, no valor de 125 milhões de euros. O grupo português dedica-se à produção de pasta de papel nas suas três unidades – Caima, em Constância, Celtejo, em Vila Velha do Ródão, e Celbi, na Figueira da Foz, desenvolvendo ainda atividade na gestão da floresta, onde detém cerca de 85 mil hectares, e na produção de energia a partir da biomassa.

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Contrato-Emprego: hoje é o último dia para registar oferta de emprego

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 3 Março 2017

Candidatura ao novo apoio estende-se até 10 de março mas as empresas que queiram aderir têm de registar as ofertas de emprego mais cedo.

Se quer concorrer ao novo apoio à contratação, tem até hoje para registar a sua oferta de emprego no portal Netemprego. Só depois deste passo pode a empresa candidatar-se ao incentivo, um prazo que termina a 10 de março, depois de o período inicial ter sido estendido.

A este primeiro período de candidatura podem ser submetidas as ofertas de emprego registadas entre 25 de julho de 2016 (depois de fechado o acesso ao antigo Estímulo Emprego) e 3 de março, indica a alteração ao aviso de abertura de candidaturas.

O atual prazo de adesão conta com uma dotação orçamental de 20 milhões de euros e as candidaturas que não sejam aprovadas agora podem ser aceites em períodos posteriores, em termos a definir. Este ano, ainda há mais duas oportunidades: o segundo período de candidatura decorre entre 1 e 31 de maio e o terceiro entre 1 e 31 de outubro.

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Cotadas mais generosas. Vão dar dois terços dos lucros aos acionistas

Lucros subiram, mas dividendos vão crescer mais. As cotadas nacionais vão ser mais generosas com os acionistas. Por cada três euros de lucro, dois vão para o bolso dos investidores.

As cotadas nacionais vão ser mais generosas este ano. Apesar do modesto crescimento dos resultados que deverá apresentar, a maioria das empresas prepara-se para aumentar os dividendos. Contas feitas, por cada três euros de lucro obtido no ano passado, dois euros deverão ir para o bolso dos acionistas. Em alguns casos, até vão pagar mais do que lucraram no ano passado.

Com a época dos dividendos à porta, muitos investidores começam a centrar atenções nas cotadas com políticas de remuneração mais atrativas. E 2017 deverá ser bastante generoso com eles. O bolo dos dividendos deverá crescer mais de 25% para um total de 2,15 mil milhões de euros face ao ano anterior. Isto apesar de os lucros das cotadas que pagam dividendos crescerem uns tímidos 4% para 3,07 mil milhões de euros. Ou seja, 70% dos resultados vão parar às mãos dos acionistas, segundo as estimativas dos analistas, um valor que compara com os 57% de payout observado no ano passado.

“Apesar do rácio de payout (dividendos/lucros) se manter a níveis relativamente elevados, observou-se um esforço relativamente bem-sucedido de desalavancagem da generalidade das empresas do índice português, o que se constata (por exemplo) na redução do rácio dívida líquida sobre o EBITDA de 3,23 vezes em 2010 para 2,57 vezes no final de 2015″, refere a equipa de research do BiG.

A temporada de resultados no PSI-20 ainda vai a meio. Até ao momento, as contas até têm sido francamente positivas. Das oito que já foram a exame, seis bateram as previsões do mercado. Entre elas destacam-se EDP e Galp. A elétrica aumentou o lucro de forma tímida e a petrolífera ganhou menos no ano passado, mas isso não impediu de manter uma remuneração sob a forma de dividendos em linha com o compromisso com os acionistas. Juntas representam mais de metade do bolo de dividendos: mais de mil milhões.

A EDP anunciou ontem um lucro de mais de 960 milhões de euros, batendo as previsões dos analistas. Com isso, vai propor uma subida do dividendo para os 19 cêntimos por ação, prevendo distribuir cerca de 700 milhões de euros. No caso da Galp, a queda de 24% do resultado líquido para 483 milhões de euros não influenciou a política da gestão de Carlos Gomes da Silva, que até aumentou o dividendo dos 40 cêntimos para os 50 cêntimos. Vai entregar aos acionistas 86% dos lucros, um total de cerca de 415 milhões de euros. Dos quais 140 milhões irão para o bolso de Américo Amorim e dos angolanos Isabel dos Santos e Sonangol.

Dividendos superam os dois mil milhões

Fonte: Bloomberg

Entre as que contam mais para o bolo no PSI-20 estão ainda Jerónimo Martins, Navigator e Nos. A retalhista nacional vai atribuir aos acionistas uma parcela de 64% dos seus lucros, 0,605 euros por ação, depois de um ano em que o resultado líquido de 593 milhões de euros foi amplamente beneficiado com a venda da Monterroio à família Soares dos Santos. Já a produtora de pasta de papel obteve um lucro de 217,5 milhões de euros e o CEO Diogo da Silveira anunciou aos investidores que o dividendo deste ano será superior ao do ano passado. Os analistas apontam para um dividendo de 0,23 euros por título.

Quanto à Nos, com os lucros de 90,4 milhões de euros, o dividendo subiu para os 20 cêntimos. Ou seja, a empresa liderada por Miguel Almeida vai fazer um esforço adicional para remunerar os seus acionistas: serão mais de 100 milhões de euros colocados à disposição dos investidores sob a forma de dividendos, um payout acima de 100%.

EDP e Galp dominam dividendo

Fonte: Bloomberg

As contas tiveram por base 14 cotadas do PSI-20. Foram excluídos da análise os bancos BPI e BCP e ainda a Caixa Económica Montepio, pela razão de que não vão pagar dividendos. E ainda a Pharol devido à falta de cobertura dos analistas, apesar do dividendo de três cêntimos que a antiga PT SGPS pagou no ano passado.

Empresas pagam sem lucro

Depois de vender terrenos a Sandra Ortega, filha do dono da Zara, por 50 milhões de euros, a Sonae Capital viu os lucros multiplicarem-se para os 17,6 milhões de euros em 2016. Ainda assim, a cotada liderada por Cláudia Azevedo vai dar aos acionistas mais do que isso. Propõe um dividendo de 10 cêntimos, um total de 25 milhões de euros, representando 142% dos lucros.

Esta política não é propriamente novidade na Sonae Capital, já que no exercício anterior, pagou um dividendo de seis cêntimos, apesar dos prejuízos na ordem dos 300 mil euros. E também não deverá ser novidade no PSI-20. A Nos vai fazer. Os CTT também deverão.

Os analistas antecipam um dividendo de 0,48 cêntimos, um aumento de um cêntimo face ao ano anterior. A cotada liderada por Francisco Lacerda deverá por nas mãos dos acionistas um montante superior aos lucros de 65 milhões de euros que terá registado em 2016. Tendo em conta que é a ação mais penalizada este ano — cai mais de 20% em 2017 –, a questão do dividendo poderá (ou não) mudar o rumo dos acontecimentos nos CTT.

De resto, os CTT deverão ser um dos pontos de atenção para os investidores. O BiG espera que, “apesar do estágio desafiante em que se encontra a atividade do Banco CTT, deverá continuar a reforçar o valor do dividendo com base na elevada proporção do cash em balanço (cerca de 47,5% dos ativos totais)”.

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Jeff Sessions vai abster-se de acompanhar investigações às presidenciais dos EUA

  • Lusa
  • 2 Março 2017

Jeff Sessions assegurou que “nunca” se encontrou “com qualquer funcionário ou intermediário russo” para abordar as eleições norte-americanas e que não pensa apresentar a demissão do cargo.

O Procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, disse esta quinta-feira que se abstém de acompanhar qualquer inquérito à campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, quando é acusado de mentir sob juramento sobre os contactos com o embaixador russo.

“Já decidi que vou abster-me de participar em qualquer investigação em curso, ou futuras, que digam respeito à campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos”, disse Jeff Sessions, em conferência de imprensa.

Já decidi que vou abster-me de participar em qualquer investigação em curso, ou futuras, que digam respeito à campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos.

Jeff Sessions

Procurador-Geral dos EUA

Jeff Sessions assegurou que “nunca” se encontrou “com qualquer funcionário ou intermediário russo” para abordar as eleições norte-americanas e que não pensa apresentar a demissão do cargo. O Procurador-geral dos Estados Unidos admitiu ter-se encontrado com o embaixador russo, Sergey Kislyak, mas que nunca falaram sobre qualquer tema da campanha eleitoral.

O Partido Democrata pediu a demissão de Jeff Sessions, depois de se ter ficado a saber que este falou em duas ocasiões com o embaixador russo durante a campanha presidencial.

As conversas de Sessions com o embaixador Sergey Kislyak parecem contradizer as suas declarações sob juramento ao Congresso durante as audições para a sua confirmação no cargo.

A líder dos Democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acusou Sessions de “mentir sob juramento” e tanto ela como o líder dos Democratas no Senado, Chuck Schumer, disseram que o Procurador deveria afastar-se.

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Nos: Mais clientes, mais lucros. Dividendo sobe

A Nos lucrou 90,4 milhões de euros no último ano. Um aumento dos resultados líquidos acompanhado pelo recorde no número de subscritores dos seus serviços. São já mais de nove milhões.

A Nos lucrou mais no ano passado. A empresa liderada por Miguel Almeida fechou o ano com resultados líquidos de 90,4 milhões de euros, valor suportado no crescimento do número de clientes: atingiu um recorde de subscrições. Os investidores vão receber um dividendo de 20 cêntimos, mais do que no ano passado.

A empresa de telecomunicações apresentou um crescimento de 9,3% nos resultados líquidos. “Apesar do impacto do aumento dos custos com conteúdos desportivos premium, o EBITDA consolidado registou um crescimento de 4,4% no ano de 2016“, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM. Já as receitas subiram 4,9% para os 1,5 mil milhões de euros.

“O ano de 2016 representou mais um ano de forte crescimento e reforço dos resultados financeiros, bem como mais uma etapa na execução da estratégia de crescimento da Nos, apresentada em 2014, onde se estabeleciam como principais objetivos o crescimento de quota de mercado e reforço da nossa posição competitiva no mercado português das comunicações”, diz Miguel Almeida.

 

Os resultados foram divulgados esta noite, em comunicado à CMVM, e dão conta de um crescimento transversal em todos os serviços prestados pela empresa, que resultam no valor mais alto de sempre de serviços prestados pela empresa: 9,1 mil milhões. “O número de serviços aumentou 7,2% para 9,077 milhões, com adições líquidas de 611,9 mil face ao final de 2015”, salienta.

Em 2016, o número de subscritores móveis chegou aos 4,456 milhões enquanto os clientes e televisão por subscrição aumentaram, no mesmo período, 3,7% para 1,6 milhões, sendo que destes mais de 680 mil são clientes com ofertas convergentes, ou seja, triple ou quadplay. O ARPU, ou seja, a receita média mensal obtida pela Nos com cada um dos seus clientes registou um crescimento de 3,1%, passando de 42 para 43,3 euros.

Dividendos? Mais que os lucros

A empresa liderada por Miguel Almeida registou lucros de cerca de 90 milhões, num ano em que o investimento manteve-se elevado. “A Nos continua a apostar em Portugal, tendo investido só no último exercício perto de 400 milhões de euros [quebra de 3,8% face ao ano anterior], mantendo o seu compromisso de contribuir decisivamente para que o país se mantenha na linha da frente da transformação digital”, diz a Nos.

E quanto vai dar em dividendos? Mais do que os resultados obtidos, fruto do aumento de 25% que é proposto pela administração. “O Conselho de Administração da Nos aprovou uma proposta de um dividendo ordinário de 20 cêntimos de euro por ação, representando um rácio de payout de 114%, constituindo um aumento de 25% face ao dividendo pago no ano anterior. Esta proposta está sujeita à aprovação final por parte da assembleia geral de acionistas”, diz.

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Governo dá nova nega a Carlos Costa

Mais um bloqueio do Governo ao Governador do banco central: Carlos Costa reforçou uma das suas indicações para a administração da instituição que lidera, mas Centeno disse novamente que não.

O Governador do Banco de Portugal insistiu no nome de Rui Carvalho para ser promovido à administração do Banco de Portugal, mas Mário Centeno voltou a dizer que não. Segundo o Público, o Executivo voltou a dar uma nega ao atual diretor do departamento de mercado do BdP. O jornal diário explica que o perfil de Rui Carvalho é considerado inadequado para a nova dinâmica do supervisor na visão do Governo.

Em causa está uma batalha entre a instituição liderada por Carlos Costa e António Costa, cimentada pelas novas revelações de uma investigação da SIC, que suscitaram várias críticas dos socialistas. Tanto que o Partido Socialista já admitiu que poderá chamar o supervisor à Assembleia da República novamente por causa da gestão do caso BES/GES.

Anteriormente já tinham existido dificuldades na negociação dos novos nomes para os altos cargos do BdP. O ministro das Finanças pediu outra mulher no conselho de administração do Banco de Portugal, que atualmente só conta com a ex-eurodeputada socialista Elisa Ferreira. Para preencher a quota de género que está a impor aos bancos, o Governador acabou por aceder ao pedido do Governo, nomeando Ana Paula Serra, vogal do conselho de autoria do supervisor.

Além da professora de economia na Faculdade do Porto, o PS também quer José Cadete de Matos e Luís Laginha de Sousa. E, segundo o Público, ainda existiria lugar — segundo o limite da legislação em vigor — para Rui Carvalho, mas o Ministério das Finanças considera que não há necessidade dado que o BdP tem vindo a perda certos poderes de supervisão em detrimento de uma atenção mais atenta do Banco Central Europeu liderado por Mario Draghi.

Apesar das notícias desta semana, nenhum nome foi aprovado esta quinta-feira no Conselho de Ministros, segundo o comunicado revelado pelo Governo.

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Altice e Huawei juntam-se para desenvolver soluções de IoT

  • Juliana Nogueira Santos
  • 2 Março 2017

As duas empresas assinaram uma parceria que determina a abertura de um laboratório para o desenvolvimento de soluções de "Internet of Things".

A Internet das Coisas, ou Internet of Things, tem vindo a ocupar o top de preocupações das empresas hoje em dia. Agora foi a vez do Grupo Altice, do qual faz parte a PT, e da Huawei se juntarem e assinarem uma parceria para desenvolver soluções IoT inovadoras. Esta foi assinada no âmbito da Mobile World Conference, a decorrer em Barcelona.

O objetivo principal será promover o crescimento de novos serviços e acelerar a adoção de novas tecnologias no âmbito da Industria 4.0 e das Smart Cities. Estas poderão ter impacto em várias áreas, como a telemetria, a automação industrial, a agricultura e a monitorização ambiental, que irão beneficiar não só os clientes Altice, como os clientes Huawei.

Assim, será criado um laboratório no nosso país, o “Laboratório IoT”, onde todas as empresas do grupo terão acesso a recursos tecnológicos para experimentação, prototipagem e desenvolvimento de soluções e equipamentos.

Alexandre Fonseca, CTO da PT, reafirmou a importância da inovação tecnológica para o país, sublinhando aí o papel da Altice: “Há um legado de inovação e pioneirismo nas redes móveis que é agora reforçado com este importante passo. É mais um compromisso com o país e com os nossos clientes, numa aposta do Grupo Altice, no investimento em tecnologia que irá viabilizar o desenvolvimento de serviços cada vez mais inovadores e orientados a melhorar o dia-a-dia das pessoas, como os conteúdos em mobilidade, a “Internet da Coisas” e a Indústria 4.0.”

Para o presidente executivo da Huawei Portugal, Chris Lu, esta parceria é um passo importante tanto para “potenciar o desenvolvimento de novas soluções”, como para “incentivar e potenciar o crescimento de novas oportunidades de negócio.”

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Banco de Portugal: Avaliação do BPI ao GES “em nada alterou a análise” já feita

O Banco de Portugal, em reação à reportagem da SIC, recusa que a avaliação do BPI ao Grupo Espírito Santo tenha sido determinante para a investigação ao que se passava no BES.

Ainda antes de a reportagem da Sic ter terminado a sua emissão integral, o Banco de Portugal reagiu novamente, desta vez às revelações feitas no segundo episódio de “Assalto ao Castelo”. A instituição liderada por Carlos Costa defende-se argumentando que a avaliação económica do Grupo Espírito Santo feita pelo BPI foi entregue ao BdP, mas que “em nada alterou a análise e o planeamento em curso no Banco de Portugal”.

Em sete pontos, o BdP faz novamente esclarecimento sobre o conteúdo das reportagens da Sic sobre o Banco Espírito Santo. Primeiro, o comunicado começa por esclarecer que, a “1 de agosto de 2013, o BPI entregou no BdP uma avaliação económica do GES, com especial incidência na Espírito Santo International (ESI)”. Essa informação foi partilhada com o Parlamento, nomeadamente os deputados da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e GES.

Acontece que, quando o BPI entregou o documento aos quadros do Banco de Portugal, “já se encontrava em preparação uma análise particularmente exigente dos principais grupos económicos devedores à banca“. Segundo o BdP, essa decisão “foi aprovada pelo Conselho de Administração do Banco de Portugal no dia 11 de setembro de 2013”, pouco de um mês depois da entrega da avaliação do Banco Privado Português.

Essa análise, segundo o BdP, foi desenvolvida “com base numa metodologia particularmente exigente, que questionou em profundidade os planos de negócio dos grupos económicos selecionados, de modo a confirmar que os mesmos assentavam em pressupostos robustos”. Foi essa investigação — que o Banco de Portugal atribui exclusivamente à sua atuação — que permitiu a deteção, no final de novembro de 2013, de uma disparidade: “As contas publicamente divulgadas pela ESI não refletiam a sua verdadeira realidade financeira”.

Esta desconformidade contabilística não tinha sido até aí reportada pelos órgãos de administração do BES, por empresas de auditoria, por qualquer outro regulador ou supervisor, por qualquer instituição credora do GES, ou por qualquer indivíduo”, explicita o Banco de Portugal.

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Wall Street apaga sucesso instantâneo da Snap

A rede social de imagens e vídeos instantâneos que desaparecem chegou à bolsa norte-americana. As ações subiram em flecha, mas os investidores menos otimistas levaram a queda de Wall Street.

A bolsa norte-americana fechou esta quinta-feira em terreno negativo, depois de várias sessões que levaram a novos recordes, nomeadamente aos 21 mil pontos do Dow Jones, ontem. Hoje foi o dia da Snapchat entrar em bolsa: as ações da tecnológica valorizaram mais de 40% na primeira sessão em que foram transacionadas. Isso não impediu o Nasdaq de desvalorizar, tal como o Dow Jones e o S&P 500.

A evolução dos títulos da Snap constituem a segunda melhor performance de uma IPO desde 2012, apenas atrás do Twitter (as ações valorizaram quase 80%). A empresa conseguiu um melhor desempenho do que a Alibaba, a Facebook e a Paramount Group. Este desempenho confere à dona da rede social Snapchat uma avaliação a rondar os 28 mil milhões de dólares. A holding protagonizou a maior entrada em bolsa dos últimos três anos e uma das maiores da última década.

Este alívio de Wall Street surge depois de várias sessões a subir, desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos da América. O entusiasmo dos investidores arrefeceu, mas não muito. O Dow Jones permaneceu acima dos 21 mil pontos, desvalorizando 0,53% para os 21.002,97 pontos. A valorizar esteve o dólar uma vez que é cada vez mais certo que Janet Yellen vai subir a taxa de juro dos EUA na próxima reunião de março da Reserva Federal norte-americana.

O S&P 500 caiu 0,59% para os 2.381,36 pontos e o Nasdaq, onde a Snap foi inserido, foi o que sofreu a maior queda: o índice tecnológico desvalorizou 0,73% para os 5.861,22 pontos. As ações do Snap subiram 46,65% para os 24,95 dólares por título. Em causa estão os resultados negativos das cotadas financeiras, mas também a desvalorização dos títulos das empresas de materiais. As ações dos bancos desvalorizaram de tal forma que esta foi a pior sessão do S&P 500 desde 28 de dezembro de 2016, diz a Bloomberg.

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