EUA animam touro do petróleo. Preços sobem mais de 1%

O petróleo continua a valorizar. Os ganhos superam o 1%, e já se aproximaram dos 1,5%, perante a queda das reservas petrolíferas nos EUA.

O petróleo mantém a tendência de subida. Continua a valorizar, chegando a ganhar 1,5% nos mercados internacionais, animado pela queda inesperada das reservas da matéria-prima nos EUA.

O barril em Nova Iorque já acumula uma valorização de 24% desde o último mínimo, em junho, tendo entrado em bull market. O West Texas Intermediate (WTI) está a subir mais de 1%, colocando-se na fasquia dos 52,74 dólares. Já chegou a ganhar um máximo de 1,38% durante a sessão.

Os inventários de petróleo na maior economia do mundo caíram 1,85 milhões de barris, contrariando as previsões dos analistas consultados pela Bloomberg, que anteviam uma subida. É o reflexo do impacto dos furacões que atingiram o Golfo do México.

Simultaneamente, a Turquia está a ameaçar parar as exportações desta matéria-prima. Desta forma, os esforços da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para aumentar os preços do ouro negro são facilitados pela quebra da oferta, o que puxa pelos preços.

Já no arranque da semana as notícias de que o excedente russo estaria a chegar ao fim lançaram o entusiasmo nos mercados, levando o Brent, em Londres, a tocar máximos de 2015. O barril, referência para a Europa, está a valorizar 0,62% para os 58,26 dólares. Chegou aos 59,49 dólares.

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Brexit: Negociações podem “levar meses” a avançar

  • Marta Santos Silva
  • 28 Setembro 2017

Embora o ministro britânico para as negociações do Brexit se tenha mostrado otimista na conferência de imprensa que se seguiu a mais uma sessão, a União Europa permanece de pé atrás.

Numa conferência de imprensa que se seguiu a mais uma ronda de negociações, os representantes do Reino Unido e dos restantes 27 da União Europeia não mostraram posições muito próximas: enquanto o primeiro, David Davis, se congratulou pelo progresso, o europeu Michel Barnier disse que pode demorar “semanas ou até meses” até haver avanços significativos.

Na conferência de imprensa em Bruxelas, Michel Barnier explicou que a decisão de sair da União Europeia foi do Reino Unido e que as rondas de negociações poderão agora ser lentas, para procurar proteger os contribuintes da União Europeia. “Acho que é possível que o discurso de Theresa May tenha desbloqueado a situação, até certo ponto, e criado uma nova dinâmica”, afirmou. “Mas estamos longe de estar numa fase — que pode demorar semanas ou até meses a chegar — em que possamos dizer que sim, temos progresso suficiente nos princípios desta saída ordeira”.

Barnier, o representante dos 27 nas negociações da saída da União Europeia, acrescentou que é preciso proteger a integridade do mercado único, e que é natural que as negociações sejam mais lentas. Atualmente, ainda se discute o que se chama a “fase um” — decidir como é que o Reino Unido se vai separar da União Europeia. Depois, poderá avançar-se para uma “fase dois” — a construção de uma nova relação entre os blocos. Mas o relógio não para. Todos os acordos terão de ser aprovados pelos parlamentos dos vários países europeus, e tudo isto dentro do prazo de dois anos de negociações que é definido pelo Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

David Davis, o ministro britânico responsável por estas negociações, mostrou-se bastante mais otimista, detalhando progressos “decisivos” que disse terem sido feitos em várias áreas, incluindo as da fronteira com a Irlanda ou dos direitos dos cidadãos após a separação. Afirmou estar “otimista”, agora que está de partida de Bruxelas.

“Esta semana a minha equipa veio para Bruxelas armada com os pensamentos detalhados que suportaram as propostas feitas pela primeira-ministra”, disse David Davis na sua intervenção inicial, publicada no site do Governo britânico. “E enquanto, inevitavelmente, será preciso negociar mais, acredito que graças à maneira determinada e construtiva com que ambos os lados conduziram as negociações será possível tomar passos decisivos adiante”.

Barnier disse ainda que aguarda a resolução do Parlamento Europeu que lhe dará mais orientação acerca do ritmo que as conversações do Brexit devem assumir. Em outubro, deverá haver uma nova ronda de negociações.

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Porto brilha, Benfica em crise no relvado e na bolsa. Sporting perde em campo mas os investidores aplaudem

Benfica e Porto imitam em bolsa o resultado alcançado nos respetivos jogos da Champions. Apenas o Sporting destoa, com os investidores provavelmente a terem em conta o peso do adversário e o autogolo.

Primeiro o Porto, a seguir o Sporting e o Benfica. Os três grandes jogaram esta semana para a segunda jornada da fase de grupos da Liga de Campeões. Se uns se saíram bem em campo, outros nem tanto. Desempenhos desportivos que estão a refletir-se no comportamento dos investidores dos “três grandes” do futebol português, quase na mesma medida. Os leões perderam, mas o autogolo deixa as ações brilhar.

O clube da Luz que, esta quarta-feira, sofreu uma pesada derrota contra o Basileia, está a ser o mais castigado no balanço da segunda jornada da Champions. O resultado final de 0-5, que significa para o Benfica o segundo pior resultado de sempre em competições europeias, também está a pesar no desempenho bolsista da SAD encarnada. As ações derrapam 3,78%, para os 1,40 euros, sendo que o título já esteve a perder 4,46% nesta sessão.

Se para o Benfica, a derrota em campo também ditou um derrube em bolsa, o contrário pode dizer-se do Porto. O clube azul e branco foi ao Mónaco na passada terça-feira derrubar a equipa local com três golos que não tiveram resposta, o que valeu uma resposta positiva dos investidores. Os títulos subiram 4,48% para 70 cêntimos, mas não voltaram a negociar desde então. Não houve, esta quinta-feira, qualquer transação.

Apenas o Sporting parece um pouco baralhado no balanço entre o resultado alcançado em campo e a prestação bolsista. O clube recebeu em Alvalade o Barcelona que lhe impôs uma derrota por 0-1 nesta quarta-feira. O resultado desfavorável em campo não está a ser penalizador para o desempenho bolsista da SAD sportinguista.

As ações da equipa comandada por Jorge Jesus valorizam 2,78%, para os 74 cêntimos. Os investidores estarão a valorizar o “peso” do adversário, bem como o facto de o golo apesar de ter entrado na baliza do Sporting não o foi pelos pés ou cabeça de um jogador do Barcelona. O Sporting não conquistou qualquer ponto na jornada, mas só perdeu por causa de um autogolo.

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Teodora Cardoso: “Seria um erro muito grande” descer o IRS sem pensar uma reforma fiscal

  • Margarida Peixoto
  • 28 Setembro 2017

A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, avisa que um défice mais controlado não deve justificar descidas de impostos ou aumentos de salários sem reformas mais estruturadas.

Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, recomenda cautela na gestão orçamental.Paula Nunes / ECO

Seria uma boa opção descer o IRS ou subir os salários aos funcionários públicos, tal como está a ser debatido nas negociações do Orçamento do Estado para 2018 que estão em curso? “Não,” responde Teodora Cardoso. “Seria um erro muito grande voltarmos a enveredar por esse caminho,” avisou a presidente do Conselho de Finanças Públicas, o organismo responsável por monitorizar a situação macroeconómica e financeira do país. Mas isso não quer dizer que não haja margem para descer quaisquer impostos ou para rever as carreiras dos funcionários públicos. É preciso é ser feito de forma pensada e não porque o défice está controlado.

[Não se pode] entrar em baixar impostos ou aumentar despesas simplesmente porque já se reduziu o défice. Isso dá de certeza mau resultado.

Teodora Cardoso

Presidente do Conselho de Finanças Públicas

A responsável falava na apresentação do relatório de Situação e Condicionantes das Finanças Públicas, de 2017 a 2021, que atualiza as projeções para a economia, o saldo orçamental e a dívida. O CFP projeta agora um crescimento de 2,7% do PIB para este ano e aposta que o Governo supera a meta orçamental de 1,5%, conseguindo fechar o ano em 1,4% do PIB.

Ainda assim, para Teodora Cardoso, ” os problemas estão resolvidos no curto prazo, mas os de médio permanecem.” Por isso, não se pode “entrar em baixar impostos ou aumentar despesas simplesmente porque já se reduziu o défice,” argumenta. “Isso dá de certeza mau resultado,” garante.

Ainda assim, “isto não significa que não seja necessário repensar impostos.” Estes podem, “e devem”, defende a presidente do CFP, ser repensados pelo impacto que têm na economia. Pode haver alguns impostos que se decida descer, mas “pelo impacto que têm na economia,” de maneira “suficientemente fundamentada” e para “torná-los mais favoráveis à atividade económica.” “Aí não tenho nenhuma objeção,” frisa.

E aumentar os salários aos funcionários públicos?

O mesmo acontece em relação às despesas. Teodora Cardoso defende que “é preciso pensar muito a sério a administração pública” e argumenta que isso passa por repensar e rever as carreiras, para que os trabalhadores possam evoluir em vez de viver “entre congelamentos e descongelamentos.” “Mas isso não significa que agora descongelamos e não repensamos as carreiras,” adianta.

Para que fique claro, Teodora Cardoso reforça que a sua resposta não deve ser lida como “não se pode aumentar os funcionários públicos,” mas deve antes ser entendida como uma necessidade de “repensar as progressões e a forma como os funcionários públicos podem ter uma carreira.”

Existe uma condicionante orçamental e essa não são só os 3%. Os 3% já lá vão.

Teodora Cardoso

Presidente do Conselho de Finanças Públicas

É preciso uma restrição orçamental permanente, defende Teodora

“Temos de manter uma hard budget constraint,” diz a presidente do CFP. Traduzindo, quer dizer que é preciso continuar a ter uma política orçamental prudente, que cumpra os requisitos mais exigentes das regras europeias e não apenas o limite dos 3% introduzido no Tratado Orçamental.

“Precisamos de entrar no nosso esquema mental de política orçamental com a ideia de que existe uma condicionante orçamental e essa não são só os 3%. Os 3% já lá vão,” sublinha a economista.

Temos a tentação de voltar a apostar nas despesas públicas como a forma necessária para apostar no crescimento da economia e resolver um conjunto de problemas estruturais.

Teodora Cardoso

Presidente do Conselho das Finanças Públicas

Como explica a presidente do CFP, esta é a única forma de permitir que quando o ciclo económico voltar a piorar, Portugal mantém margem para acorrer a essa situação, evitando baixar o investimento. Teodora Cardoso argumenta que é precisamente nos momentos recessivos que se deve subir o investimento, mas como as restantes despesas públicas são geralmente muito rígidas, esta acaba por ser muitas vezes a única variável disponível para baixar os gastos perante um momento de restrições no financiamento.

Com números favoráveis na economia, no saldo orçamental e nas perspetivas de evolução da dívida pública, o principal risco identificado pelo CFP é uma espécie de regresso ao passado. “Temos a tentação de voltar a apostar nas despesas públicas como a forma necessária para apostar no crescimento da economia e resolver um conjunto de problemas estruturais,” alerta Teodora Cardoso. “É este ciclo vicioso que temos de quebrar e estamos em condições ótimas para o conseguir,” diz, ressalvando que neste momento trata-se “sobretudo de um risco”, ainda não se materializou, mas que justifica cautela.

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Nos: Fim do roaming “é positivo” para os consumidores

A Nos reconheceu que o regulamento europeu que ditou o fim do roaming "é positivo" para os consumidores, dizendo mesmo ser "inegável". Mas alertou que tem um "impacto financeiro claro" nas operadoras.

A Nos reconheceu esta quinta-feira que o fim do roaming na União Europeia (UE) “é positivo” para os consumidores, mas recordou que a medida tem “um impacto financeiro claro” nas operadoras portuguesas, numa economia tendencialmente importadora de turismo, ao invés de exportadora.

Num painel sobre regulação, inserido no congresso anual da APDC, Filipa Carvalho, diretora jurídica e de regulação da Nos, disse que “é inegável” que “o impacto para o consumidor [do fim do roaming na UE] é positivo”. “Foi a vontade europeia que se impôs”, indicou. Mas alertou: “O que sempre dissemos é que teria um impacto financeiro claro para Portugal. É bom para o consumidor, mas tem impacto para as empresas.”

O impacto financeiro foi um ponto de concordância entre a Nos, a Meo e a Vodafone num debate muito aceso em que a compra da TVI pela dona da Meo foi o tema central. As operadoras reiteraram as queixas de que Portugal, enquanto país do sul da Europa e importador de turismo, é prejudicado em relação aos do norte, pois são mais os turistas a usar as redes destas operadoras do que os portugueses em roaming lá fora.

Sobre o tema, Madalena Sutcliffe, diretora de legal e regulatory affairs da Vodafone Portugal, disse que o fim do roaming “é uma realidade” e que, apesar de tudo, a operadora conseguiu “acomodar” o aumento do tráfego este ano. Confessou, no entanto, existirem “desafios” ao nível do investimento na capacitação das redes, principalmente numa altura em que “os preços grossistas [tendem] a cair”.

Sónia Machado, responsável pela direção de regulação e jurídica da Meo, também reconheceu, por sua vez, existirem “desafios pela frente” neste campo, nomeadamente no “combate a utilizações indevidas” e na “utilização dos dados em roaming“. “Aqui estamos para, com mais investimentos, fazer frente a este tipo de situações”, afirmou.

5G? Ainda é “demasiado cedo”

Bruxelas quer começar a implementar a cobertura de rede de quinta geração até ao final da década, mas o prazo começa a causar desconforto às operadoras. Foi outro dos temas abordados por Filipa Carvalho, da Nos, que disse ser “demasiado cedo” para começar a trabalhar em concreto neste assunto.

“É um erro com três G’s. No 3G, pusemos o espetro à venda quando a tecnologia ainda nem estava disponível. O 4G ainda nem está explorado. E fala-se do 5G como se estivesse já aí ao virar da esquina, quando nem se sabe se os 700 [MHz] são o espetro mais indicado”, defendeu. Por fim, deixou uma nota: “É uma tentação que está aí à porta e deve ser vista com muita cautela.”

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Avaliação bancária cresce pelo quinto mês consecutivo

  • Lusa
  • 28 Setembro 2017

O valor médio de avaliação bancária de habitação aumentou pelo quinto mês consecutivo em agosto, com as maiores subidas a registarem-se na Madeira e no Centro.

O valor médio de avaliação bancária de habitação aumentou pelo quinto mês consecutivo em agosto, quando se fixou nos 1.122 euros por metro quadrado, mais cinco euros que em julho, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Segundo o mesmo, o aumento foi de 0,4% em relação a julho e 4,6% na comparação com agosto de 2016, tendo as subidas do valor médio das avaliações bancárias abrangido as moradias (0,7%) e os apartamentos (0,5%).

Em agosto, a nível regional, as maiores subidas foram observadas na Região Autónoma da Madeira (1,9%) e no Centro (1,0%), com a única descida a registar-se na Região Autónoma dos Açores (-0,5%). Na análise por apartamentos, o valor médio de avaliação bancária situou-se em 1.173 euros/m2, numa subida de seis euros em relação ao mês anterior, o que correspondeu a uma taxa de variação em cadeia (variação mensal) de 0,5%.

A Região Autónoma da Madeira (1,8%) e o Norte (1,3%) apresentaram os maiores acréscimos, fixando-se em 1.273 euros/m2 e 1.019 euros/m2, respetivamente. O Centro registou a única descida (-0,6%), sendo a região NUTS II que apresenta o valor médio de avaliação mais baixo (949 euros/m2). O valor médio de avaliação dos apartamentos aumentou 5% em termos homólogos (5,2% em julho).

A tipologia de apartamento T2 situou-se em 1.175 euros/m2, num aumento de nove euros na comparação com julho, enquanto os T3, outra das tipologias mais frequentemente avaliadas, observou-se um aumento de cinco euros, tendo o valor médio aumentado para os 1.103 euros/m2.

Nas moradias, o valor médio fixou-se em 1.044 euros/m2, num crescimento de sete euros ao observado em julho, enquanto em termos homólogos, o valor médio de avaliação das moradias aumentou 4,5% (4,3% no mês precedente). Quando comparado com julho, as moradias de tipologia T3 aumentaram 12 euros em agosto, para 1.019 euros/m2, enquanto a tipologia T4 apresentou um aumento de três euros para os 1.059 euros/m2.

Por Regiões NUTS III, o INE destacou que o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação bancária superiores à média nacional. Os valores de avaliação no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa foram, respetivamente, 26% e 21% superiores ao registado para a totalidade do país. A região Terras de Trás-os-Montes foi aquela que apresentou o valor mais baixo (-30% que a média).

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“Está concluída”. António Costa abandona entrevista da Rádio Renascença

  • ECO
  • 28 Setembro 2017

Incomodado sobre as eleições autárquicas no Porto, o primeiro ministro não escondeu o desconforto com as questões e deu por terminada a entrevista à Rádio Renascença.

A entrevista da Rádio Renascença a António Costa terminou de forma inesperada. O primeiro-ministro mostrou-se irritado com as sucessivas questões sobre a candidatura da Câmara do Porto de Manuel Pizarro pelo PS e colocou um ponto final na entrevista. “Esta entrevista é melhor fazer ao Manuel Pizarro. Está concluída”, disse Costa, abandonando a conversa.

O incómodo de Costa surgiu após questões relacionadas com as autárquicas no concelho do Porto, onde o PS apoiou primeiramente a recandidatura de Rui Moreira e posteriormente apresentou a candidatura de Manuel Pizarro. Os ânimos exaltaram-se quando o jornalista da Renascença questionou Costa sobre uma possível coligação com o PSD caso não conseguisse uma maioria absoluta, ou e o partido estaria disposto a retomar as conversações com o atual presidente da Câmara do Porto. Após ter recusado responder a várias perguntas, Costa decidiu terminar a entrevista.

No passado mês de maio, Rui Moreira decidiu romper com a aliança com os socialistas. Em causa estiveram declarações da secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, quando afirmou que “na noite eleitoral todas as vitórias dos candidatos do PS e das listas que o PS integra serão vitórias dos socialistas”. Para a lista socialista, a nova escolha do PS foi Manuel Pizarro, que aceitou o cargo “com muito orgulho”.

A Rádio Renascença tem vindo a falar com os vários líderes partidários na reta final para as próximas eleições autárquicas. Na noite da passada quarta-feira o entrevistado foi António Costa, secretário-geral do Partido Socialista. A conversa com o primeiro-ministro foi gravada num carro, após o comício do partido na Maia. Alguns dos temas da entrevista passaram pela greve dos enfermeiros e pelas colocações dos professores para o presente ano letivo.

“As negociações com os enfermeiros têm vindo a decorrer normalmente no Ministério da Saúde e é lá que devem decorrer e não à porta de acções partidárias. Quanto aos professores foram colocados em escolas para as quais concorreram, não estão satisfeitos com a colocação, têm direito a reclamar, podem reclamar, mas não podem naturalmente ter uma solução administrativa que prejudique os outros colegas que foram ao mesmo concurso e que ficaram colocados na frente deles”, afirmou António Costa.

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Aviação Civil do Reino Unido investiga Ryanair por cancelamentos de voos

  • Lusa
  • 28 Setembro 2017

O cancelamento de milhares de voos ao longo dos meses que aí vêm despertou alarmes na Aviação Civil do Reino Unido, que vai investigar se os direitos dos clientes foram respeitados.

A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) informou hoje que iniciou uma investigação para determinar se a Ryanair infringiu os direitos dos clientes, depois do cancelamento de milhares de voos durante os próximos meses.

A CAA sublinhou, num comunicado, que tomou esta decisão porque a transportadora irlandesa continua “a enganar de forma persistente” os seus clientes sobre os seus direitos perante os cancelamentos e, por isso, está supostamente a violar a legislação britânica.

No final deste processo, que poderá tardar cerca de sete dias, a CAA pode adotar, “se considerar necessário”, ações legais contra a Ryanair, que se mostrou disposta a cooperar com este regulador. “Nós já respeitamos toda a legislação EU261 (da União Europeia), reunir-nos-emos com a CAA e cumpriremos plenamente quaisquer requerimentos que nos imponham”, indicou a transportadora líder low cost (de baixo custo) na Europa.

O responsável máximo da CAA, Andrew Hains, afirmou hoje que está “furioso” com a atitude da Ryanair em relação aos clientes, apesar de considerar improvável que esta disputa acabe nos tribunais.

“Estas coisas podem-se resolver facilmente e eles (Ryanair) preferem não o fazer. As pessoas não têm de escolher entre voos baratos e direitos legais”, explicou Hains à cadeia britânica BBC.

A transportadora irlandesa ‘low cost’ anunciou na quarta-feira que ia deixar de operar 25 dos 400 aviões que compõem a sua frota entre novembro e março de 2018, provocando o cancelamento de cerca de 18.000 voos de 34 rotas e afetar cerca de 400.000 clientes.

A Ryanair explicou que com estas medidas pretende eliminar o risco de mais cancelamentos, depois de em 15 de setembro ter anunciado a suspensão de 2.100 voos durante seis semanas devido a uma falha na distribuição das férias dos pilotos.

Todos os passageiros afetados, recordou hoje a CAA, têm direito a que a Ryanair lhes procure uma rota alternativa noutra companhia se esse serviço não estiver disponível na transportadora irlandesa. O regulador britânico também indicou que a Ryanair não ofereceu informação adequada aos seus clientes sobre a sua obrigação de pagar gastos adicionais provocados pelos cancelamentos ou mudanças de rota. Estes gastos extra incluem refeições, hotéis e custos de deslocação, sublinhou a CAA.

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Vodafone e Nos: Venda da TVI à Meo “não pode ser aprovada”

Meo debaixo de fogo no congresso da APDC. Operadoras concorrentes apelam à intervenção dos reguladores para que chumbem o negócio da compra da TVI pela Altice.

O negócio da venda da TVI à Altice, dona da Meo, voltou a estar debaixo de fogo no congresso da APDC. Num painel sobre regulação, responsáveis da Vodafone e da Nos criticaram com dureza esta operação avaliada em 440 milhões de euros, opondo-se com veemência a esta convergência. Para a Vodafone, “esta operação não pode ser aprovada”. Para a Nos, não existe “outra opção que não seja chumbar este negócio”.

Madalena Sutcliffe, diretora de legal e regulatory affairs da Vodafone Portugal, considerou que a fusão TVI/Altice cria “grandes problemas”, concretamente ao nível do acesso “aos canais e conteúdos TVI”, ao “espaço que o grupo Media Capital e a Altice oferecem” e à “informação dos concorrentes que a Altice vai ter e vai poder usar para seu proveito”. “Estamos a falar de estratégias não só do bloqueio do canal. Mas não estou aqui para dar ideias”, ironizou a diretora.

“Não [nos] sossega. A operação não pode ser aprovada. Não há compromissos que garantam a plataforma de igualdade que temos hoje”, reiterou. E deu um exemplo: “Temos de entregar os nossos filmes [promocionais] às televisões com 78 horas de antecedência. Basta à Meo saber o que vamos fazer, uma promoção, um [pacote] 6P, para reformular o seu site. Isto é grave para o futuro do mercado”, atirou.

Ao mesmo tempo, Filipa Carvalho, diretora jurídica e de regulação da Nos, disse que a operadora não vê “outra opção que não seja chumbar este negócio”. “Não há nem uma tendência em uma realidade para a qual possamos olhar e dizer que existe aqui um benchmark“, defendeu. Além do mais, recordou que a dona da Meo oferece 440 milhões pela dona da TVI. “A Media Capital, analisada por outras entidades, vale cerca de 270 milhões. Temos aqui um prémio muito grande pela Media Capital”, sublinhou.

“Quando se fala em compromissos, entramos num mundo complexo. Os incentivos existem e é difícil fechar compromissos, que não podem ser genéricos, têm de ser muito concretos”, atirou. E defendeu: “Aproximar os media das pessoas pode acontecer sem uma operação de concentração, com parcerias, acordos de publicidade, partilha de informação com as televisões.”

No painel também esteve presente Sónia Machado, responsável pela direção de regulação e jurídica da Meo, que se demarcou do discurso das homólogas. “A Meo/Altice não acredita em acessos exclusivos, mas acredita em acessos universais aos conteúdos”, garantiu.

“O acesso universal aos conteúdos faz parte da estratégia da Altice. Assenta na convergência entre telecomunicações, conteúdos e publicidade. Acreditamos que isso é mesmo o futuro em termos de produção de conteúdos nacionais. Há aqui também uma aposta em clara da Altice no mercado português e em Portugal”, apontou, acrescentando, ainda assim, que “em qualquer investimento se espera o respetivo retorno”.

Sobre o aproveitamento de informação dos concorrentes para benefício próprio, Sónia Machado disse que essa discussão está “no campo da ilegalidade” e preferi nem sequer comentar.

Ora, numa segunda volta de intervenções, a responsável da Vodafone ironizou: “O track record de cumprimento de compromissos da Altice não é brilhante. E a Anacom já deu um belíssimo sinal”, defendeu, referindo-se ao parecer negativo do regulador das telecomunicações em relação ao negócio. Ideia semelhante foi deixada pela responsável da Nos: “Recolhi várias declarações [da Altice] a dizer: ‘vamos apostar nos conteúdos para nos diferenciarmos das outas operadoras de telecomunicações’, logo, não é preciso dizer mais”.

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Teodora Cardoso vê PIB a crescer 2,7% em 2017

O Conselho das Finanças Públicas atualizou as projeções para as finanças públicas e a economia portuguesa. Teodora Cardoso vê PIB a crescer 2,7%, défice nos 1,4% e dívida nos 126,8% em 2017.

Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas.Paula Nunes / ECO

O CFP projeta que o PIB cresça 2,7% este ano, depois de o primeiro semestre ter surpreendido. Esta é uma das conclusões do relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2017-2021” apresentado esta quinta-feira pelo Conselho das Finanças Públicas. Um dos principais fatores apontados pela entidade liderada por Teodora Cardoso é o crescente contributo positivo do investimento na economia portuguesa.

Fonte: Conselho das Finanças Públicas

“Para 2017 projeta-se uma variação do PIB em termos reais de 2,7%, refletindo-se nesta projeção uma expectativa de abrandamento económico durante a segunda metade do ano“, explica o relatório do CFP, assinalando que o crescimento económico vai desacelerar nos anos seguintes. Isto acontece porque o PIB deste ano “beneficia de um efeito base face ao ano anterior”. Para 2018 o CFP estima que o PIB abrande para os 2,1%, estabilizando depois nos 1,7% em 2020.

O Conselho das Finanças Públicas considera que as exportações líquidas “deverão apresentar um contributo líquido nulo em 2017”. Por isso, o PIB irá crescer principalmente graças aos contributos positivos da procura interna, onde se destaca o investimento — o CFP projeta um aumento de 9,1% da formação bruta de capital fixo. O consumo privado deverá crescer 2,2%.

Estas projeções da entidade liderada por Teodora Cardoso incluem já os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística na semana passada. O INE voltou a rever em alta o PIB do segundo trimestre deste ano para 3%. Este crescimento, aliada à subida do PIB de 2,8% no primeiro trimestre, levou a que o CFP revê-se a projeção. Não são, no entanto, previsões do futuro, ” as quais teriam de incluir hipóteses quanto a alterações das variáveis exógenas e a medidas de política a adotar”, indica o CFP.

Em resultado deste crescimento económico, o CFP aponta que em 2017 o rácio da dívida pública desça para os 126,8%. Numa entrevista há duas semanas, Mário Centeno, ministro das Finanças, tinha apontado para os 127,7% do PIB em 2017. Já o Programa de Estabilidade de abril elaborado pelo Governo apontava para os 127,9%.

Fonte: Conselho das Finanças Públicas

Na atualização de março deste ano, Teodora Cardoso projetava para 2017 um défice de 1,7% — ligeiramente acima dos 1,5% do Governo — e um crescimento económico de 1,7%, inferior aos 1,8% que o Executivo apontou no Programa de Estabilidade de abril.

Este é “um exercício prospetivo que pressupõe políticas invariantes, ou seja, tem em conta os efeitos das medidas já adotadas para o período em causa e estabelece as condicionantes que se colocam no médio prazo à política orçamental na ausência de novas medidas de política”, explica o CFP sobre o conteúdo do relatório.

Défice nos 1,4%. CFP pede ao Governo para “não cair na tentação”

O Conselho das Finanças Públicas projeta ainda que, excluindo o impacto de medidas de apoio ao sistema financeiro como é o caso da Caixa Geral de Depósitos, o défice orçamental deste ano se fixe nos 1,4%. Esta é uma revisão positiva para a execução orçamental do Governo, dado que o CFP projetava um défice de 1,7% em março. A estimativa do Executivo de abril apontava para os 1,5%.

Esta atualização tem como base os dados revelados também na semana passada pelo INE. Em causa está um défice de 1,9% no primeiro semestre. “A revisão do cenário macroeconómico, cujas alterações revelam uma conjuntura mais favorável face a março, constitui o fator mais relevante para as alterações registadas nos agregados orçamentais projetados“, sintetiza o CFP. Depois de 1,4% em 2017, o CFP prevê que o défice diminua para 1,3% em 2018, 1% em 2019, 0,8% em 2020 e 0,2% em 2021.

Fonte: Conselho das Finanças Públicas

No entanto, na sua apreciação global, o CFP deixa um aviso para o futuro: “há que ter em conta que as despesas públicas são, na generalidade, mais rígidas que as receitas”. Além disso, a entidade liderada por Teodora Cardoso afirma que é em períodos recessivos que é necessário aumentar o investimento público para criar emprego e crescimento económico. “Dispor de espaço orçamental supõe, no entanto, criá-lo nas conjunturas favoráveis, implicando que, nesses períodos, as despesas cresçam menos que as receitas“, aconselha.

O Conselho das Finanças Públicas projeta que a despesa de capital deverá aumentar o seu peso no PIB em 2017 para 2,4%. Esta variação positiva acontece depois do mínimo histórico observado em 2016, também criticado pela entidade liderada por Teodora Cardoso. “Esta evolução incorpora medidas de fomento à integral utilização dos fundos estruturais europeus“, aponta o CFP.

Outro dos fatores que o CFP alerta é que a evolução demográfica deve ser pensada a longo prazo, tanto nos gastos com saúde como com as pensões. “O envelhecimento da população exige um firme controlo do valor das pensões, a par com o aumento da produtividade por trabalhador ativo por forma a permitir a estes financiar o sistema e preparar a sua própria reforma”, lê-se na apreciação global.

“Os bons resultados recentes e a confiança por eles suscitada têm de ser aproveitados para lhes responder [aos problemas da economia portuguesa], sem voltar a cair na tentação dos estímulos baseados no impacto imediato do aumento das despesas públicas”, aponta o Conselho das Finanças Públicas.

Os riscos segundo o CFP

  1. A contínua apreciação do euro, a qual poderá apresentar alguns riscos descendentes para o crescimento do PIB ao deteriorar a competitividade das exportações portuguesas para destinos fora da área do euro, e simultaneamente tornar as importações mais competitivas;
  2. O crescimento da remuneração média por trabalhador acima do crescimento do deflator das exportações implícito nesta projeção, o qual acarreta riscos acrescidos no médio prazo para a competitividade e rentabilidade do setor exportador;
  3. O cenário de aumento das políticas protecionistas, nomeadamente nos EUA, com consequências negativas para o comércio internacional, o qual potencia os riscos descendentes para as exportações portuguesas;
  4. A materialização de uma dinâmica menos favorável na procura externa, as quais fragilizariam as perspetivas de crescimento quer das exportações quer do investimento;
  5. A concretização do cenário de reversão da política de estímulos do BCE, a qual poderá afetar de forma adversa as condições de financiamento da economia e influenciar a dinâmica do investimento.

(Notícia em atualização)

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Cabify dá boleia até às autárquicas. Oferece 3.000 viagens até oito euros

  • ECO
  • 28 Setembro 2017

Não vai votar porque não tem como se deslocar ao seu local de voto? A Cabify tem a solução para a sua desculpa. Numa campanha de marketing, vai oferecer o valor total da viagem a três mil eleitores.

A abstenção faz parte de qualquer eleição. E tende a ser elevada em alguns atos eleitorais, como as autárquicas, com muitos eleitores a encontrarem “desculpas” para fazerem gazeta ao voto. Uma delas é o transporte. Para dar uma ajuda, a Cabify, numa campanha de marketing, está a oferecer 3.000 viagens gratuitas até 8,00 euros nas cidades de Lisboa e do Porto.

Desde as eleições autárquicas de 1972 que o país tem vindo a registar uma tendência geral de subida da taxa de abstenção. Dados apresentados pelo portal Pordata, mostram que no final da década de 70 a percentagem de abstenção encontrava-se nos 26,9%, e da última vez que os portugueses foram chamados a votar pelos seus representantes locais, 47,4% dos eleitores recenseados não compareceu nos locais de voto.

Fonte: Pordata

Para tentar travar estes números, mas também como parte de uma ação de autopromoção, uma das empresas de serviço de transporte, a Cabify, avançou com uma campanha em que oferece aos eleitores que utilizem a aplicação para irem votar a totalidade do valor gasto nessa viagem. Mas só alguns vão ter essa “borla”. A promoção está limitada a 3.000 deslocações no dia 1 de outubro.

Para usufruir da oferta num valor máximo de 8,00 euros basta ter um smartphone com os sistemas operativos Android ou iOS, descarregar a aplicação da Cabify e introduzir o código PRESIDENTEDAJUNTA antes de pedir a viagem. Assim não haverá problemas com o estacionamento ou com filas de automóveis.

Na passada quarta-feira, a empresa de transporte anunciou as suas intenções de, pelo menos, duplicar a sua oferta de transportes em Portugal, onde opera há quase um ano. Mariano Silveyra, diretor regional para a Europa da Cabify, apontou as dificuldades dos concorrentes dos táxis no país. Silveyra deixou um recado aos taxistas ao afirmar que estes necessitam de “se reconverter, melhorar e inovar mais do que nos últimos 70 anos”.

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1% dos americanos detém quase 40% da riqueza do país

  • ECO
  • 28 Setembro 2017

90% dos menos ricos têm acesso a apenas quase metade da riqueza controlado pelo topo. Este é um número recorde de desigualdade nos Estados Unidos.

A desigualdade nos Estados Unidos bateu recordes, em 2016. No ano passado, 38,6% da riqueza do país ficou sob controlo de apenas 1% da população americana. A conclusão é da Reserva Federal, que publicou, esta quarta-feira, um relatório sobre a matéria.

Os cidadãos que fazem parte dos 90% menos ricos tiveram acesso a somente 22,8% dos recursos, quase metade daqueles detidos pelo topo. Em 1989, esta mesma faixa populacional detinha um terço da riqueza total, tendo perdido quase 8%, nas últimas décadas.

No que diz respeito ao rendimento global, esses 90% dos americanos ganham agora menos da metade do que o país produz. Os mais ricos (1%) arrecadaram, em 2016, 23,8% desses rendimentos. As boas notícias ficam-se pela classe média, cuja receita cresceu 3,2%, de acordo com a CNN Money.

O agravamento das desigualdades ficou-se a dever à explosão da bolsa com o valor das carteiras de ações a subir “dramaticamente”, refere a Reserva Federal. Essa riqueza não está, no entanto, acessível para a grande maioria da população americana. Enquanto 93,6% dos mais ricos detém ações, apenas metade dos 50% mais pobres investem na bolsa.

O relatório é divulgado na mesma semana em que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, apresentou a sua nova proposta fiscal. Além da redução dos impostos para as empresas (IRC baixa de 35% para 20%), Trump sugeriu o aumento das deduções fiscais para famílias com filhos e a criação de uma nova dedução para adultos dependentes (idosos ou doentes).

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