EDP: “Investigação teve origem numa denúncia anónima”

EDP confirmou que António Mexia e Manso Neto foram constituídos arguidos no âmbito da buscas do Ministério Público e Polícia Judiciária à sede da empresa.

A EDP informou que as buscas do Ministério Público e da Polícia Judiciária na sede da empresa tiveram origem “numa denúncia anónima” e reportam-se a matéria relacionada com os Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e a sua substituição pelo regime dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

Confirmou ainda que os representantes da EDP que, à data, assinaram os contratos respeitantes a esta temática foram constituídos arguidos. São eles António Mexia, presidente da EDP, e Manso Neto, que agora lidera a EDP Renováveis, segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República publicada momentos antes da reação da EDP.

No esclarecimento enviado às redações, a elétrica indicou que recebeu esta sexta-feira a visita de um procurador da República do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), acompanhado de vários inspetores da PJ.

“A administração instruções específicas e muito claras no sentido de ser facultado aos investigadores o acesso irrestrito a toda a informação e foi prestada toda a colaboração com vista ao esclarecimento dos factos”, adiantou. E disse ainda que vai “continuar à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos tidos por convenientes”.

O Ministério Público e a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária realizaram esta sexta-feira buscas nas sedes da EDP e da REN, em Lisboa. Também o escritório da consultora Boston Consulting Group (BCG) foi alvo de investigações por parte das autoridades. Nestas operações foi recolhida vasta documentação e informação digital.

Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio, no âmbito da introdução de compensações financeiras no setor elétrico nacional, informou a Procuradoria-Geral da República no seu site, confirmando a existência de “um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) ” e que “estão em curso três buscas não domiciliárias” naquelas três empresas.

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Banco Popular vai pedir ajuda ao BCE

O Popular irá reunir com o BCE na próxima terça-feira para encontrar soluções que reforcem a sua liquidez. Deverá começar por pedir um empréstimo adicional ao banco central.

O Banco Popular vai reunir com o Banco Central Europeu na próxima terça-feira para discutir soluções para reforçar a liquidez devido aos resgates dos depósitos e deterioração do crédito, avançou a Bloomberg esta sexta-feira. A agência cita “pessoas familiarizadas com o assunto” que indicam que o banco pode solicitar um empréstimo adicional para ganhar liquidez. Caso não o obtenha, pedirá apoio do regulador europeu da banca para dirigir as decisões dos administradores.

A notícia surge numa altura em que o banco procura um comprador e corre contra o tempo para vender ativos. Ao mesmo tempo, só nas duas últimas sessões, as ações do Popular perderam um terço do seu valor. Nas semanas recentes, a venda do Targobank e de uma participação na empresa de imobiliário Merlin Properties Socimi rendeu pelo menos 209 milhões de euros à empresa de Emilio Saracho.

Ainda esta sexta-feira se soube que o Bankia desistiu da corrida à compra do Popular, permanecendo apenas o Santander como bem posicionado para o negócio. Uma das razões que pesa na compra é o grande portefólio de ativos problemáticos no valor de 37 mil milhões de euros, recorda a agência. Contactado, o Popular não quis comentar estas informações.

Os bancos podem pedir financiamento ao banco central mediante a apresentação de ativos que serão aceites como colateral. O BCE aplica um desconto sobre o preço desses ativos no mercado, incluindo o rating desses ativos.

(Notícia atualizada às 20h37 com mais informação.)

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Chrome vai filtrar anúncios abusivos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 2 Junho 2017

A pensar nas publicações têm na publicidade uma fonte de rendimento, a Google lança um filtro de anúncios em alternativa aos populares bloqueadores.

Se não podes vencê-los, junta-te a eles. A Google seguiu a velha máxima e planeia juntar-se aos bloqueadores de publicidade para “limpar” a internet, construindo o seu próprio filtro. A notícia já tinha sido avançada em abril pelo The Wall Street Journal e foi agora confirmada por Sridhar Ramaswamy, vice-presidente da Google para a publicidade, através de uma publicação no blog da tecnológica.

Esta ferramenta, que será incorporada no navegador da tecnológica Chrome, não vai bloquear todos os anúncios, como acontece com as extensões já existentes, mas apenas aqueles que sejam considerados irritantes ou abusivos, tais como vídeos com reprodução automática ou separadores que ocupem todo o ecrã. “Acreditamos que os anúncios online devem ser melhores”, escreveu Ramaswamy.

Assim, e para ajudar as publicações que têm na publicidade uma fonte de rendimento, a tecnológica vai disponibilizar um analisador de sites, que vai avisar os criadores de conteúdo se a sua publicidade cumpre ou não as regras. Estas foram definidas por um grupo de empresas chamado Coalition for Better Ads — em português, algo como Aliança por Melhores Anúncios — do qual faz parte a Google, Facebook, News Corp., entre outros.

Ferramenta de análise da Google em funcionamento.

Segundo o administrador da tecnológica, este será um passo necessário para limpar a web e tornar a experiência do utilizador muito mais apelativa e funcional. Além disto, continua a ter em conta as publicações, dando-lhes uma possibilidade de continuar a retirar lucro das publicidades.

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CMEC: O que são, porque nasceram e como se voltaram contra a EDP

CMEC. A sigla é estranha, mas tem importância acrescida para a EDP. Esta é a história do instrumento no centro da investigação que vai pôr António Mexia a responder à Justiça.

A notícia das buscas da PJ e do Ministério Público à EDP e REN surpreendeu o setor energético esta sexta-feira. Inspetores da Polícia Judiciária e procuradores do Ministério Público estiveram na sede das empresas esta sexta-feira, tendo sido constituídos quatro arguidos: entre eles, os presidentes executivos da EDP e EDP Renováveis EDPR 0,00% , António Mexia e João Manso Neto. Entretanto, a PGR confirmou mais dois nomes: Pedro Furtado e João Gonçalves, da REN. Suspeita-se de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio. Mas o que está em causa?

A notícia começou por ser avançada pela SIC Notícias, que indica que se trata de uma grande investigação às empresas no âmbito dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, mais conhecidos por CMEC. Os CMEC são um instrumento introduzido em dezembro de 2004 pelo Governo de Pedro Santana Lopes — Mexia era, na altura, ministro das Obras Públicas –, e que serviu como compensação à EDP na sequência da liberalização do mercado energético imposta por Bruxelas.

É que a EDP EDP 0,00% , liderada então por João Talone, beneficiava de receitas oriundas de uma série de Contratos de Aquisição de Energia (CAE) que abrangiam a exploração de centrais elétricas no país. É neste contexto que nascem os CMEC: como se fossem uma renda para compensar a empresa pelo fim antecipado desses contratos de longo prazo, resultantes da liberalização do mercado em Portugal.

Os CMEC entraram oficialmente a pagamento há quase uma década, em julho de 2007 e, desde logo, contribuíram para as contas da EDP, compensando a energética que, anos antes, passara a ser obrigada a pôr as centrais a vender no mercado grossista a energia produzida. Em 2007, quando essa remuneração fixa começou a ser paga, Mexia já era o presidente executivo da EDP há pelo menos um ano.

Recorde-se que, nesse ano, a EDP e o Governo acordaram, mediante o pagamento de quase 760 milhões de euros por parte da empresa, o prolongamento da concessão de várias barragens. Isso permitiu que a energética continuasse a receber a remuneração dos CMEC por um período entre 15 e 25 anos. Apesar de alguns dos contratos já terem expirado em 2014 e outros em 2016, o último só terá fim daqui a uma década, em 2027. De referir que os CMEC não constituem, por conclusão da Comissão Europeia, uma ajuda de Estado.

Este será o quadro de fundo da investigação conhecida esta sexta-feira, que parece abranger uma complexa teia de nomes, ligações e casos. António Mexia estava no Governo quando o instrumento foi introduzido por lei, mas já era presidente executivo da EDP quando a renda entrou em pagamento e as concessões foram prolongadas.

A REN, outra das empresas visadas pela investigação, também participou nesse processo, e João Conceição, administrador da empresa, trabalhou na Boston Consulting Group entre 2000 a 2007 (outra das empresas alvo de buscas esta sexta-feira) e foi assessor do Ministério da Economia em 2007, de acordo com o Expresso [acesso condicionado]. Segundo o jornal, em simultâneo, Rui Cartaxo também era assessor do Ministério tornando-se, anos mais tarde, administrador da REN RENE 0,00% . A imprensa chegou a avançar que Cartaxo teria sido constituído arguido mas, entretanto, a informação acabou por não se confirmar.

A par disso, em 2007, quando houve a extensão dos contratos de concessão, Manuel Pinho era ministro da Economia do Governo de José Sócrates. Mais tarde, em 2010, embora a EDP tenha negado, o Jornal de Negócios avançou que a energética teria patrocinado um curso na Universidade de Columbia em Nova Iorque sobre energias renováveis, em que Pinho foi convidado para ser professor. Também isto estará sob investigação, segundo indicou a SIC Notícias esta sexta-feira.

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Buscas na EDP e REN travam maiores ganhos no PSI-20

A bolsa nacional voltou a subir, renovando máximos de ano e meio, beneficiando de mais uma sessão positiva do BCP que encerrou a ganhar quase 3%.

A valorização da praça lisboeta só não foi mais expressiva devido ao comportamento negativo do setor energético, depois do Ministério Público ter anunciado que há suspeitas de corrupção ativa na REN e na EDP. António Mexia, Manso Neto e João Conceição foram constituídos arguidos no âmbito das buscas levadas a cabo pela PJ e MP na EDP e na REN. Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio no âmbito da introdução de compensações financeiras no setor elétrico nacional, em 2004.

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BCP catapulta bolsa para máximos. Energia trava

O BCP valorizou quase 3%, registando um elevado nível de transações das suas ações. As cotadas energéticas penalizaram a bolsa lisboeta, mas não impediram PSI-20 de acumular quatro sessões de ganhos.

A bolsa lisboeta fechou esta sexta-feira em máximos de dezembro de 2015. A puxar pelo PSI-20 estiveram as ações do BCP. No entanto, a valorização foi tímida uma vez que os títulos das energéticas desvalorizaram, assim como as unidades de participação do Montepio que corrigiram das subidas significativas desta semana.

O PSI-20 avançou 0,07% para os 5.317,41 pontos. Este desempenho é justificado principalmente pela subida do BCP, cujo volume de transação registado foi três vezes acima de média: 160 milhões de títulos foram transacionados esta sexta-feira, face a uma média de 45 milhões de títulos de média diária. O banco fechou em máximos de início de dezembro, avançando 2,72% para os 23,75 cêntimos.

O dia na bolsa lisboeta ficou marcado pelas buscas às sedes da REN, EDP e Boston Consulting Group. Assim, as energéticas terminaram a semana em terreno negativo face à notícia de que o Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar suspeitas de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio no âmbito da introdução de compensações financeiras no setor elétrico nacional, em 2004.

Os títulos da EDP EDP 0,00% , da REN RENE 0,00% , da EDP Renováveis — também afetada pela saída do acordo climático de Paris dos EUA, onde tem investimentos — e da Galp GALP 0,00% desvalorizaram. O petróleo está em queda, negociando abaixo dos 50 dólares dos dois lados do Atlântico.

Ainda no setor bancário, o Montepio corrigiu esta sexta-feira depois de uma subida que ainda está por explicar. A valorização durante a semana chegou a levantar suspeitas junto da CMVM e da Euronext. As unidades de participação do Montepio desvalorizaram 12,99% esta sexta-feira. Ainda assim, o ganho semanal dos títulos do banco mutualista foi de 55%, tendo sido a melhor semana do banco desde que entrou na bolsa no final de 2013.

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Novo Banco sai do Benfica. Grupo Valouro já detém 13%

O Novo Banco vendeu a sua posição de quase 8% na SAD do Benfica ao grupo Valouro por cerca de dois milhões de euros. José António dos Santos já detém 13% do clube encarnado.

O Novo Banco vendeu a sua posição de quase 8% na SAD do Benfica ao Grupo Valouro por cerca de dois milhões de euros. José António dos Santos já detém 13% do clube encarnado. A informação foi enviada à CMVM na tarde desta sexta-feira.

No comunicado, o banco liderado por António Ramalho indica que vendeu no dia 25 de maio mais de 1,8 milhões de ações da SAD benfiquista ao preço unitário de 1,05 euros, acima da cotação de fecho nessa sessão. No total, a alienação rendeu 1,92 milhões de euros ao Novo Banco.

O comprador é José António dos Santos, presidente do Grupo Valouro, que já havia adquirido anteriormente uma posição de 4,3% no Benfica que era detida pela construtora Somague. “Mais informa que em resultado dessa operação passou a deter uma percentagem correspondente a 12,7% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da referida sociedade aberta”, diz a SAD do Benfica.

Deste modo, o empresário José António dos Santos passa a ser o segundo maior acionista dos tetracampeões.

As ações do Benfica caíram esta sexta-feira para 1,042 euros. Acumulam uma valorização de 6% desde o início do ano.

(Notícia atualizada às 17h07)

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Costa defende mecanismos financeiros para capitalizar empresas de mão-de-obra intensiva

  • Lusa
  • 2 Junho 2017

Esta foi a resposta deixada à empresa de confeções Dielmar, que se queixou de não poder recorrer a incentivos por ser de mão-de-obra intensiva e ter mais de 250 trabalhadores,

O primeiro-ministro revelou esta sexta-feira que o Governo vai criar uma medida para as empresas de mão-de-obra intensiva de forma a diferenciá-las das PME e permitir-lhes acesso a mecanismos financeiros para agilizar a sua reestruturação e capitalização.

“Há um conjunto de medidas legislativas cuja primeira parte está em vigor com o Orçamento do Estado (OE). A segunda parte tem a ver com duas dimensões: Agilização dos processos de reestruturação e recuperação e mecanismos alternativos ao sistema bancário para que as empresas se possam capitalizar”, afirmou António Costa.

O governante falava no final de uma visita que fez à empresa de confeções Dielmar, com sede em Alcains, no concelho de Castelo Branco.

António Costa respondeu desta forma à diretora-geral da empresa, Ana Paula Rafael, que momentos antes se queixava de não poder recorrer a incentivos devido à empresa ser de mão-de-obra intensiva e de ter mais de 250 trabalhadores, facto pelo qual não teve qualquer apoio e teve constrangimentos para ultrapassar a crise.

O primeiro-ministro sublinhou a necessidade de permitir que, por via de sociedades financeiras, as empresas de base familiar tenham acesso a mecanismo financeiro em alternativa à banca.

“A prioridade é criar mais emprego. E não faz sentido penalizar empresas de mão-de-obra intensiva. Quanto mais crescerem, mais emprego geram (…) e mais emprego cria crescimento. Este é um esforço que temos que continuar a fazer”, sustentou.

A diretora-geral da Dielmar sublinhou que estar no interior não é fácil e adiantou que as dificuldades são maiores para quem aqui trabalha.

“O setor financeiro também não facilita. Temos alguns constrangimentos para ultrapassar a crise mais rapidamente. No interior temos custos acrescidos e o ambiente financeiro ainda não é o desejável”, disse.

Apelou ainda ao primeiro-ministro para que possa colocar ao serviço da indústria mecanismos para que as empresas que não sejam PME (Pequenas e Médias Empresas) e ultrapassam os 250 trabalhadores possam ser ajudadas.

“Deixamos aqui um apelo. Precisamos que haja alguma atenção e o empurrão quando temos problemas. Até agora temos sido só nós”, frisou.

A Dielmar, fundada em 1965, está atualmente presente em mais de 20 mercados mundiais, sendo que 65% das vendas totais são oriundas das exportações.

Com mais de 400 trabalhadores, a empresa espera até 2018 atingir os 70% nas exportações.

Só em custos de deslocações pelo facto de estar no interior do país, anualmente a empresa gasta 100 mil euros.

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CMVM mudou. Está “mais eficiente e mais ágil”

  • ECO
  • 2 Junho 2017

O regulador do mercado de capitais português procedeu a uma restruturação interna da sua organização. A reorganização visa tornar "mais eficiente e mais ágil" a atuação do "polícia da bolsa".

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) avançou com uma restruturação interna. Procurando adaptar-se às novas necessidades, o supervisor, liderado por Gabriela Figueiredo Dias, ajustou a sua organização, tentando assim ser “mais eficiente e mais ágil” no sentido de garantir um melhor acompanhamento dos mercados para proteger os investidores.

“Na prossecução da sua missão — assegurar a integridade, a estabilidade e o desenvolvimento dos mercados financeiros, promovendo a proteção do investidor –, a CMVM procedeu a uma restruturação interna da sua organização“, refere o regulador do mercado de capitais português em comunicado.

Esta “restruturação visa essencialmente o ajustamento da organização ao contexto de mercado e aos seus desafios, nas condições específicas de atuação da CMVM. Em particular, esta reorganização procura tornar a organização mais focada, mais eficiente e mais ágil, reforçando a supervisão, acompanhando a inovação e a educação financeira e intensificando a proteção do investidor”, nota.

Assim, salienta que foram criadas novas áreas dentro da CMVM. Uma é a área de supervisão de entidades, que engloba o departamento de autorizações e registos, de supervisão contínua e de supervisão presencial, sendo a outra a de supervisão de mercados, dividida entre o departamento de supervisão de mercados, de emitentes, investigação e o departamento de relação com investidores e desenvolvimento do mercado.

Conheça a nova organização da CMVM:

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Desilusão no emprego americano atira euro para máximos de sete meses

Euro está a ser impulsionado pelos números do emprego norte-americano que ficaram aquém do esperado. Fed tem menor margem para subir as taxas de juro, pressiona o dólar e dá força à moeda europeia.

O euro está a ser impulsionado com as notícias menos positivas acerca da evolução do emprego nos EUA. O Governo norte-americano revelou esta sexta-feira que a economia criou menos postos de trabalho do que o previsto em maio, o que pode fazer a Reserva Federal mudar de ideias em relação a nova subida da taxa de juros.

O euro aprecia 0,5% para 1,13 dólares, negociando ao valor mais elevado desde novembro do ano passado.

Isto acontece sobretudo porque o mercado já não está tão convencido acerca de um novo aperto da política monetária por parte de Janet Yelle. É que uma subida da taxa de juro nos EUA daria suporte à nota verde em detrimento das outras moedas, mas os investidores já não estão tão certos de que isso vai acontecer.

Os dados oficiais mostraram que a maior economia do mundo criou 138 mil postos de trabalho no último mês, um número que ficou aquém dos 185 mil empregos que os analistas estavam à espera que fossem adicionados. A taxa de desemprego situou-se nos 4,3%.

“Uma subida em junho ainda está em cima da mesa mas o fluxo de notícias terá de melhorar para a Fed continuar a apertar a sua política na segunda metade do ano”, referiu Thomas Julien, economista norte-americano da Natixis North America, à Bloomberg.

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Europa avança com wi-fi gratuito em espaços públicos

O wi-fi já é quase omnipresente nas grandes cidades, mas a União Europeia pretende que também o seja em comunidades locais. Praças, largos, hospitais e parques vão ter acesso gratuito à internet.

Até 2020, os principais espaços públicos das cidades europeias vão passar a ter acesso gratuito à internet sem fios. O projeto WiFi4EU vai ser financiado pela União Europeia, depois da Comissão, o Conselho e o Parlamento Europeu terem chegado a acordo político esta sexta-feira. Nos próximos três anos vão ser investidos 120 milhões de euros para adquirir os equipamento necessários para instalar wi-fi gratuito em seis mil a oito mil municípios dos Estados-membros.

A medida tinha sido anunciada em setembro de 2016, mas apenas agora foi conseguido um acordo para avançar com a implementação. Ainda falta, no entanto, criar o sistema a partir do qual as autarquias vão poder candidatar-se a este projeto. A Comissão Europeia promete que este vai ser “um processo simples e não burocrático”. A UE prevê um alcance total de 40 a 50 milhões de ligações por dia.

“Será utilizada uma subvenção, sob a forma de vales, para adquirir e instalar equipamento de última geração, ou seja, pontos de acesso locais sem fios, ficando a autoridade pública responsável pelos custos de funcionamento da ligação“, explica a Comissão em comunicado.

[Queremos] construir uma Europa plenamente ligada, em que todas as pessoas têm acesso a redes digitais de elevada qualidade.

Andrus Ansip

Vice-presidente responsável pelo Mercado Único Digital

O objetivo será “responder às necessidades crescentes de conectividade dos cidadãos europeus e aumentar a competitividade da Europa”. O vice-presidente responsável pelo Mercado Único Digital afirmou que quer “construir uma Europa plenamente ligada, em que todas as pessoas têm acesso a redes digitais de elevada qualidade”.

Andrus Ansip diz ainda existirem desafios para o futuro, nomeadamente tendo em vista “melhorar a coordenação do espetro à escala europeia e estimular os investimentos em redes de capacidade elevada de que a Europa precisa”.

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Bankia desiste. Santander é o único na corrida ao Popular

O Bankia, o único banco a apresentar uma proposta de compra do Popular com o Santander, retirou-se da corrida com receio de encontrar um buraco. As ações do Popular caem a pique.

Era uma corrida a dois, mas o Bankia quebrou na resistência e deixou o Santander ir à frente sozinho. O balanço positivo do Santander dá-lhe mais segurança para enfrentar possíveis desajustes na avaliação do valor do Popular, contudo, não é certo que vá acabar por fechar a negociação. Na bolsa, o Popular também baixa a popularidade, a registar esta sexta-feira uma queda de 27% para os 0,365 euros.

No passado dia 16 só o Santander e o Bankia apresentaram propostas concretas para a compra do Popular. Mas à dificuldade em avaliar o valor do banco disputado, graças aos mais de 40.000 imóveis que não se sabe quanto pesam no balanço, acresce o risco de exigências da parte dos investidores que lá injetaram capital há cerca de um ano.

E assim, o Bankia reviu a sua posição e desistiu da corrida. A folga financeira do Santander dá-lhe a margem de que precisava para chegar à meta. Porém, o banco de Ana Botín exige uma rentabilidade entre os 14% e os 16%, avança o El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol), pelo que dados mais concretos em relação ao valor do Popular serão necessários para fechar um acordo.

Foram vários os interessados que, entretanto, já se haviam afastado da corrida. O BBVA pelos mesmos motivos: a falta de informação. O Caixabank quis concentrar-se na integração do BPI.

Editado por Mónica Silvares

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