Engenharia, vendas e produto: Talkdesk está a contratar

Startup portuguesa abre novo escritório no Porto e tem 100 vagas para preencher nas áreas de engenharia, vendas, produto e recursos humanos.

A startup portuguesa TalkDesk, que desenvolve soluções de software, está a contratar. Na lista de vagas para trabalhar na empresa há cerca de 100 ofertas para os escritórios de Lisboa e para o recém-inaugurado no Porto, nas áreas de recursos humanos, engenharia, produto e vendas.

A centena de contratações vai juntar-se aos cerca de 250 trabalhadores que a empresa já tem em Lisboa, Porto e São Francisco.

“2017 vai ser um ano de expansão muito importante para nós, em que o reforço dos recursos humanos é crucial e vai permitir acelerar o desenvolvimento do nosso produto. (…) A abertura do escritório no Porto é um marco estratégico para continuarmos a crescer de forma sustentada ao longo deste ano”, salientou o diretor-geral da EMEA da Talkdesk.

 

Os perfis procurados são de back-end, front-end, full-stack, desenvolvimento de operações (DevOps), design de interface de utilizador (UI-UX), especialistas de dados, força de vendas, segurança, garantia de qualidade e gestão de produto.

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Portugal deve concertar negociação do novo quadro comunitário

  • ECO e Lusa
  • 3 Abril 2017

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte defende que "já chega" de "andar de costas voltadas".

Portugal deve negociar o próximo ciclo de fundos europeus de forma concertada, defende o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Para Fernando Freire de Sousa “já chega” de “andar de costas voltadas”.

“É importante perceber a aragem que vem de Bruxelas e saber o que se está a preparar para o pós-2020. E coletivamente temos de ouvir e cada um no seu lado, no Governo, nas instituições regionais, nas empresas, tem o seu papel, que tem de fazer de forma concertada. Já chega de andarmos de costas viradas uns para os outros”, disse Freire de Sousa, que participava na sessão de encerramento do seminário internacional “Convergência Económica e Políticas de Desenvolvimento Regional”, promovido na Fundação de Serralves, no Porto, pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

"É importante perceber a aragem que vem de Bruxelas e saber o que se está a preparar para o pós-2020. E coletivamente temos de ouvir e cada um no seu lado, no Governo, nas instituições regionais, nas empresas, tem o seu papel, que tem de fazer de forma concertada. Já chega de andarmos de costas viradas uns para os outros.”

Fernando Freire de Sousa

Presidente da CCDR-N

Recorde-se que o primeiro-ministro quer que os responsáveis das CCDR tenham uma palavra a dizer na negociação do próximo quadro comunitário de apoio.

O presidente da CCDR-N vincou um apelo à “reflexão” e a um “olhar para a frente e pensar num desenvolvimento regional, nacional e europeu”. O responsável acredita que se avizinha “uma luta árdua e difícil” porque “o populismo europeu facilmente procurará transformar na luta dos que não crescem, dos que se portaram mal”. Questionado então sobre se Portugal tem de se impor, Fernando Freire de Sousa disse acreditar que “isso está a acontecer a vários níveis”.

“Normalmente, os países da Europa de Leste são países que têm atributos nos níveis educativos e de preparação da população que fazem com que tenham muito mais capacidade para reagir a algumas diversidades que advêm o Brexit (…). Os portugueses têm de se preparar para este embate. Temos de pôr em cima da mesa aqueles que são os nossos trunfos e realizações até aqui”, referiu.

Brexit dá urgência aos debates sobre o futuro da Europa

Na sessão também participou uma representante da secretária de Estado das Assuntos Europeus, a sub-diretora geral da Direção Geral dos Assuntos Europeus, Maria João Botelho, que apontou como estimativa um impacto de cerca de 23 mil milhões de euros pela saída do Reino Unido da União Europeia.

“Os debates sobre o futuro do projeto europeu ganharam uma nova urgência com a saída do Reino Unido (…). É importante que o debate adquira ritmo para evitar que a União Europeia fique paralisada na agenda Brexit”, disse a subdiretora, que também considerou que os resultados das eleições na França e na Alemanha terão “muitas repercussões”.

"Os debates sobre o futuro do projeto europeu ganharam uma nova urgência com a saída do Reino Unido (…). É importante que o debate adquira ritmo para evitar que a União Europeia fique paralisada na agenda Brexit.”

Maria João Botelho

Subdiretora geral da Direção Geral dos Assuntos Europeus

Por fim, o diretor da Unidade de Política Regional da Comissão Europeia, Eric von Breska, frisou que “o populismo em grande escala em toda a Europa ataca as fundações da União Europeia”, defendendo que a resposta está na política de coesão.

“Não nos podemos esquecer de apresentar resultados. Temos de ter bons argumentos para defendermos a Europa, a coesão europeia, no futuro”.

Para o responsável são “elementos-chave” a qualidade da governação, a inovação e melhorar as competências da mão-de-obra, sobretudo no que se refere aos mais jovens.

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Rússia: Pelo menos 11 mortos e 40 feridos no atentado bombista em São Petersburgo

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

Uma bomba improvisada, cheia de estilhaços, explodiu hoje dentro de um comboio entre duas estações de metro no centro de São Petersburgo, informou o Comité Nacional Antiterrorista russo.

As autoridades russas referiram que 11 pessoas foram mortas e cerca de 40 feridas no atentado bombista no metro de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, num mais recente balanço divulgado ao início da noite. Previamente, a ministra da Saúde russa, Veronika Skvortsova, tinha-se referido a oito mortos e 39 pessoas hospitalizadas.

Uma bomba improvisada, cheia de estilhaços, explodiu hoje dentro de um comboio entre duas estações de metro no centro de São Petersburgo, informou o Comité Nacional Antiterrorista russo. A agência russa Interfax noticiou que a bomba terá sido colocada no comboio e não detonada por um bombista suicida.

Um segundo engenho explosivo, também com estilhaços, foi detetado e neutralizado numa outra estação de metro, a algumas paragens da estação onde rebentou a bomba, noticiaram as agências noticiosas russas. De acordo com um comunicado do Comité Nacional Anti-terrorismo da Rússia (NAK), citado pelas agências russas, o engenho foi “encontrado e neutralizado no tempo certo” na estação da Praça Vosstaniya.

As autoridades russas anunciaram, entretanto, que abriram uma investigação relacionada com “atos terroristas”. “O inquérito foi aberto para ‘ato terrorista'”, indicou em comunicado a Comissão de Inquérito russa, ressalvando, porém, que os investigadores vão examinar “todas as outras eventuais pistas”.

Pouco depois da explosão, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que todas as causas estavam a ser investigadas, incluindo a possibilidade de um atentado terrorista. Putin encontra-se em São Petersburgo – a segunda maior cidade russa – para um encontro com o homólogo bielorruso.

As agências russas, que citaram fontes dos serviços de emergência da cidade de São Petersburgo, disseram logo pela manhã que a explosão tinha causado pelo menos dez mortos. As autoridades locais também falaram num primeiro momento em 50 feridos.

As imagens da estação de Sennaya Ploshchad exibidas na televisão estatal mostram a porta de um comboio rebentada, com passageiros ensanguentados e aturdidos deitados no chão e rodeados de fumo. Toda a rede de metro foi fechada após o ataque e a segurança foi reforçada na cidade, de cinco milhões de habitantes.

O Comité Nacional Antiterrorista anunciou que a segurança seria também reforçada em todas as instalações de transportes importantes, na sequência da explosão.

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Tesla atinge recorde, mas Wall Street fecha no vermelho

O efeito Trump começa a ser posto em causa pelos investidores, dadas as dificuldades em implementar medidas. A Tesla foi a empresa que mais brilhou, mas não impediu o Nasdaq de fechar em queda.

Os investidores estão entusiasmados com a Tesla: as ações da empresa atingiram um recorde esta segunda-feira, depois de Elon Musk ter comunicado que as vendas superaram as expectativas no primeiro trimestre. Este entusiasmo, no entanto, não foi suficiente para animar Wall Street que encerra em terreno negativo no primeiro dia de transação do segundo trimestre do ano. Os mercados estão a aguardar os resultados das cotadas que começam a ser divulgados nas próximas semanas.

As bolsas europeias, incluindo a lisboeta, encerraram no vermelho e pelo mesmo caminho foi Wall Street. A bolsa norte-americana encerrou a desvalorizar, principalmente o Nasdaq, mesmo com a performance positiva das ações da Tesla. Nos primeiros meses do ano, os índices foram subindo com a expectativa da reforma fiscal de Trump, assim como a prometida desregulação e grandes investimentos em infraestruturas. Contudo, esse efeito já desvaneceu agora que começa o segundo trimestre de 2017.

As dificuldades que a nova administração está a ter para implementar o seu programa estão a começar a preocupar os investidores. O índice tecnológico Nasdaq foi o que mais desvalorizou: caiu 0,29% para os 5.894,68 pontos. Seguiu-se o S&P 500 com uma desvalorização de 0,14% para 2.359,37 pontos e o Dow Jones que sofreu uma queda de 0,06% para os 20.650,93 pontos.

Uma ação da Tesla já vale quase 300 dólares. Esta segunda-feira as ações da empresa aumentaram 6,73% para os 297,03 dólares, catapultando a valorização da empresa. De tal forma que a organização liderada por Elon Musk ultrapassou a Ford no valor de bolsa. A valorização acontece após o comunicado da empresa onde esta informava que fechou o primeiro trimestre deste ano com mais de 25.000 automóveis vendidos, um número acima das estimativas dos analistas.

Segundo a MarketWatch, o primeiro trimestre do ano, que terminou na semana passada, acumulou ganhos sólidos: os principais índices de Wall Street valorizaram entre 4,6% e 9,8%. Estes números não são surpreendentes até porque foi nestes primeiros três meses de 2017 que os índices bateram recordes, como foi o caso do Dow Jones ultrapassar os 20.000 pontos. Já o arranque do segundo trimestre parece não trazer boas novidades.

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BPI: Ulrich sai. Forero entra a 26 de abril

A assembleia geral do BPI já está marcada para 26 de abril. O principal ponto da agenda é a passagem de testemunho de Fernando Ulrich para Pablo Forero.

Esta é a peça que faltava. A assembleia-geral do banco BPI já tem data marcada — 26 de abril. A ordem dos trabalhos foi publicada esta segunda-feira na CMVM, mas o ponto mais importante é a passagem de testemunho de Fernando Ulrich para Pablo Forero, enquanto presidente executivo do banco.

O CaixaBank lançou uma Oferta Pública de Aquisição ao BPI, com sucesso, e desde o início de fevereiro passou a deter 84,5% do capital do banco português. Desde então o nome de Pablo Forero, diretor-geral do CaixaBank, está apontado para presidente executivo, enquanto Fernando Ulrich passa a chairman da instituição.

Ulrich abandona a posição de CEO ao fim de 13 anos no cargo. Mas há mais mudanças no seio da estrutura governativa do BPI a propor aos acionistas na assembleia geral. O até agora presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva, passa a presidente honorário e presidente de uma nova comissão do Conselho de Administração dedicada à responsabilidade social.

Adicionalmente, da nova equipa de gestão saem Maria Celeste Hagatong e Manuel Ferreira da Silva. Além do CEO Pablo Forero, a comissão executiva proposta pelo CaixaBank conta com José Pena do Amaral, Pedro Barreto, João Oliveira Costa, Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Francisco Manuel Barbeira, Ignacio Alvarez Rendueles e Juan Ramon Fuertes.

Em relação ao conselho de Administração, de onde sai Artur Santos Silva e entra Ulrich, saem Armando Leite de Pinho, Carlos Moreira da Silva e Mário Leite da Silva, sendo composta pelos seguintes nomes: Pablo Forero (vice-presidente), António Lobo Xavier (vice-presidente), Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Carla Bambulo, Francisco Manuel Barbeira, Gonzalo Gortázar, Ignacio Alvarez Rendueles, João Oliveira Costa, José Pena do Amaral, Javier Pano, Juan Antonio Alcaraz, Juan Ramon Fuertes, Lluis Vendrell, Pedro Barreto, Tomás Jervell e Vicente Tardio (vogais).

Ora, a assembleia geral vai eleger os membros dos órgãos sociais e da comissão de remunerações, assim como deliberar sobre a “remuneração variável dos membros da comissão executiva do conselho de administração relativa ao ano de 2016″; “deliberar sobre a política de remuneração do Banco BPI aplicável aos membros do Conselho de administração e do conselho fiscal” e ainda “deliberar sobre a fixação da remuneração” dos membros da comissão de remunerações, revela o comunicado da CMVM.

Os acionistas vão ainda ter de se pronunciar sobre “a aquisição e alienação de ações próprias”. Mas também aprovar as contas do banco de 2016. O BPI fechou o ano passado com lucros de 313,2 milhões de euros, um resultado que representa um aumento de 32,5% face ao exercício do ano anterior. Este desempenho superou largamente as expectativas dos analistas e foi conseguido sobretudo graças a uma quebra nas provisões e do aumento dos lucros na atividade internacional.

Segundo a convocatória para a reunião da assembleia geral, que terá lugar no Auditório da Fundação de Serralves, no Porto, às 10h00, os acionistas são convidados a deliberar um conjunto de alterações estatutárias.

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Este pequeno gadget vai fazê-lo poupar na fatura da luz

O TP-Link HS100 permite, por menos de 50 euros, programar horários para evitar que equipamentos em stand-by gastem energia de forma desnecessária. Para uma casa (um pouco) mais inteligente.

Equipamentos em stand-by são o terror das faturas de eletricidade. Não se ouvem nem causam alarido, mas podem pesar cerca de 90 euros por ano nas nossas carteiras graças aos consumos de energia inúteis. No entanto, segundo o jornal espanhol El País (acesso livre/ conteúdo em espanhol), há uma forma simples e barata que permite mitigar esse problema: chama-se TP-Link HS100 e é uma tomada elétrica inteligente.

Custa menos de 50 euros e liga-se entre a tomada e os equipamentos. Através da internet e de uma aplicação para o smartphone, permite ligar ou cortar totalmente a energia a um ou a vários aparelhos. O jornal dá o exemplo da caldeira elétrica que, ligada à corrente, fica o dia inteiro a aquecer água e a gastar energia enquanto, na realidade, apenas precisamos dela em alturas específicas do dia.

Com este pequeno gadget, é fácil ligar ou desligar a tomada via telemóvel, ou mesmo programar um horário para o dispositivo se ligar ou desligar automaticamente. É apenas um entre muitos outros pequenos aparelhos que tornam qualquer casa um pouco mais inteligente, ainda que a verdadeira domótica seja aquela que é pensada desde a construção da casa, como o ECO contou nesta reportagem.

De qualquer forma, o jornal espanhol garante que compensa controlar os consumos de aparelhos em stand-by. E esta domótica, embora primitiva, permite isso mesmo. O TP-Link HS100 tem feito furor na loja da Amazon e, numa das versões, ligeiramente mais cara, é capaz de registar consumos. A aplicação, TP-Link Kasa, está disponível para dispositivos iOS e Android.

Só há mesmo um problema: a Amazon Espanha não faz entregas deste item em Portugal. Mas está disponível no eBay, por cerca de 35 euros, embora possa estar sujeito a custos alfandegários.

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Mercado automóvel português quebra pela primeira vez em 4 anos

  • ECO
  • 3 Abril 2017

Os portugueses retraíram-se na compra de ligeiros pela primeira vez desde Maio 2013. Foram menos 68.504 veículos a sair dos concessionários face a Março de 2016, depois de dois meses a todo o gás.

As vendas dos veículos automóveis não paravam de aumentar desde 2013. No entanto, março de 2017 é o mês que marca a primeira inversão de marcha na aquisição de automóveis. Ainda assim, a soma do total de vendas nos três primeiros meses do ano é suficiente para se registar um crescimento de 2,9% no mercado automóvel.

O declínio homólogo de 2,2% do mercado automóvel que se registou no mês de março, opõe-se não só à tendência positiva dos últimos quatro anos, como também aos primeiros dois meses de 2017, que sustentam os 2,9% de crescimento do mercado automóvel no primeiro trimestre.

De facto, março foi um mês de contradições em todas as categorias em relação ao mesmo período do ano anterior. A venda de automóveis ligeiros enfrentou uma redução de 1,8%, sendo esta categoria a grande responsável pela quebra neste mês, com a venda de menos 59.563 unidades. O primeiro trimestre regista, todavia, uma evolução global positiva de 2,5% nesta mesma categoria.

O mesmo cenário se verifica relativamente aos veículos comerciais ligeiros, que apesar de caírem 7,2%, mais precisamente 8.641 unidades em março, apresentam um crescimento de 7,1% no total do primeiro trimestre.

Somente na compra de veículos pesados se verificou um aumento considerável — 21% –, mas, mais uma vez, em oposição à tendência do trimestre, que totaliza um declínio de 2,3%. O aumento percentual da compra de veículos pesados traduz-se, contudo, em apenas 1.269 unidades, não sendo suficiente para compensar as quebras nas restantes categorias registadas em março, permitindo assim o declínio histórico.

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Tajani envia carta formal de protesto a Dijsselbloem

  • Margarida Peixoto
  • 3 Abril 2017

O Parlamento Europeu condenou unanimemente a recusa do presidente do Eurogrupo de participar em sessões plenárias sobre questões de economia e finanças.

O Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, enviou uma carta formal, de protesto, a Dijsselbloem. Os eurodeputados condenaram de forma unânime a atitude do presidente do Eurogrupo, que se tem recusado a participar em debates no plenário sobre questões económicas ou financeiras da União.

É mais um motivo de pressão a Dijsselbloem. Depois da condenação, por parte de alguns responsáveis europeus, pelas declarações que fez sobre o esforço dos países do sul da Europa — em que comparou o pedido de ajuda dos países mais afetados pela crise ao de alguém que pede apoio e depois gasta tudo em “copos e mulheres” — Dijsselbloem está agora sob a pressão de todos os eurodeputados.

“O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, e eurodeputados dos vários grupos políticos criticaram duramente, na abertura da sessão plenária, as recusas do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, a vários convites para participar em debates na assembleia representativa dos cidadãos europeus”, lê-se no comunicado, enviado esta segunda-feira às redações.

“O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, declinou mais uma vez o nosso convite para participar num debate em plenário sobre a Grécia”, lamentou Tajani, na abertura da sessão plenária que em Estrasburgo.

Juridicamente, não há nada que obrigue Dijsselbloem a participar em debates no plenário. Contudo, a recusa do presidente do Eurogrupo foi mal recebida pelos eurodeputados, que consideraram determinante que o presidente do grupo informal dos ministros das Finanças do euro responda perante os cidadãos afetados pelas medidas de austeridade decididas, em grande medida, nesse fórum.

“Foram também reiterados os apelos à demissão de Dijsselbloem e sugerido que fosse declarado persona non grata no Parlamento Europeu”, adianta ainda o comunicado.

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Ex-diretora financeira do BES ficou “sem pinga de sangue” quando soube da dívida da ESI

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

A ex-diretora financeira do BES disse que, quando soube que faltavam 1,3 mil milhões de euros de dívidas da ESI nas contas do grupo, ficou “sem pinga de sangue” e a achar que havia um erro.

Isabel Almeida, antiga diretora do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos (DFME) do Banco Espírito Santo (BES), depôs esta segunda-feira no âmbito do julgamento, que decorre desde 6 de março no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, dos pedidos de impugnação das contraordenações aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP) ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado (quatro milhões de euros), e ao ex-administrador Amílcar Morais Pires (600.000 euros) por terem permitido que fossem comercializados títulos de dívida da Espírito Santo Internacional (ESI) junto de clientes do BES, apesar de conhecerem a situação líquida negativa da ESI.

Isabel Almeida, arrolada como testemunha neste processo, disse ao tribunal que o valor do passivo da ESI foi transmitido por Ricardo Salgado numa reunião realizada em 09 de setembro de 2013, tendo ficado “absolutamente incrédula” com a explicação do então contabilista, Francisco Machado da Cruz, de que existiam emissões que não tinham sido registadas.

Ricardo Salgado “disse que eventualmente podia ser um problema de consolidação” da ESCom (Espírito Santo Comercial) e foi referida a existência de ativos em Angola, investimentos que teriam valorizado e dos quais “nunca tinha ouvido falar”, e também (nessa ou na reunião que se realizou uns dias depois) de “diversas operações do GES [Grupo Espírito Santo] realizadas no passado que tinham grande prejuízo”, acrescentou.

Isabel Almeida disse ao tribunal que achou o discurso de Ricardo Salgado “um bocadinho esquisito” porque não se estava a falar de contas consolidadas mas de dívida da ESI, o que era para si “uma situação totalmente nova”, que lhe causou “muita estranheza”.

Machado da Cruz e Carlos Calvário terão sido incumbidos de analisar em detalhe o problema, o que a levou a alimentar “uma réstia de esperança de que havia um erro”.

A situação era tão mais “preocupante” quanto, devido à alteração legislativa ocorrida na primavera de 2013, estava em curso uma operação para lançar um produto novo junto dos clientes, já não sob a forma de fundo, como acontecia com o ES Liquidez, mas de papel comercial.

Segundo Isabel Almeida, no verão de 2013 o fundo atingiu o seu máximo, cerca de dois mil milhões de euros, sendo os investidores sobretudo institucionais, como a PT, e clientes venezuelanos, esperando-se agora aumentar o retalho, com uma emissão da ordem dos 1,6 mil milhões de euros, operação que acabou por ser suspensa em 02 de dezembro.

A ex-diretora financeira do BES afirmou que foi em setembro de 2013 que pediu a um colaborador, Gonçalo Gaspar, um balanço mensal das emissões, mapas que foram hoje alvo de muitas questões e que Isabel Almeida afirmou ter achado “caricato” o BdP os ter usado quando o seu âmbito “nada tinha a ver com a totalidade da dívida” do grupo.

Justificou esta iniciativa com a necessidade de estar munida de informação para dar resposta célere aos pedidos que lhe eram feitos pelos administradores, primeiro esporadicamente e depois com maior regularidade, sobre prazos e renovações das emissões.

O depoimento de Isabel Almeida prossegue na terça-feira, num julgamento que tem sessões de segunda a quinta-feira e que está em fase de audição de testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pelo BdP.

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Novo Banco: PSD vai pedir à UTAO que calcule custos de “perdão parcial de dívida” aos bancos

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

Os social-democratas querem que os peritos do Parlamento calculem os custos para o Estado do alargamento do prazo para os bancos pagarem ao Fundo de Resolução.

O PSD anunciou esta segunda-feira que vai pedir à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que calcule os custos da revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, feita dez dias antes do anúncio da venda do Novo Banco.

“Serão centenas de milhões de euros de perda para os contribuintes que é causada por este perdão e esta renegociação que o Governo fez. Queremos pedir à UTAO, para que não haja dúvidas e falemos todos de dados objetivos, que faça as contas”, explicou o vice-presidente da bancada do PSD António Leitão Amaro, em declarações à agência Lusa.

"É o mínimo dos mínimos que o Governo esclareça de imediato os termos, as condições e o custo do compromisso que o Estado assumiu em financiar essa garantia de cerca de 3.900 milhões de euros.”

António Leitão Amaro

Deputado PSD

A 21 de março, o Ministério das Finanças anunciou que as condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução foram revistas e que o prazo de pagamento dos reembolsos foi alargado para dezembro de 2046, relativos à injeção de 3.900 milhões de euros pelo Tesouro para a resolução do BES e capitalização do Novo Banco em agosto de 2014 e de 489 milhões de euros na intervenção no Banif, dos quais 136 milhões de euros já foram reembolsados.

Por outro lado, o deputado do PSD acusou o primeiro-ministro, António Costa, de “tentar iludir os portugueses” ao dizer que não haveria uma responsabilidade do Estado na venda do Novo Banco, dizendo que se percebeu que “o Estado assumiu que financia a garantia de quase 3.900 milhões de euros que o fundo de resolução assumiu perante a Lone Star”.

“É o mínimo dos mínimos que o Governo esclareça de imediato os termos, as condições e o custo do compromisso que o Estado assumiu em financiar essa garantia de cerca de 3.900 milhões de euros”, defendeu.

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Jorge Mendes e Infantino convocados ao Parlamento Europeu devido aos Panama Papers

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

A gestão de Jorge Mendes “parece estar no centro da ‘teia’ de empresas de fachada para evitar que jogadores e treinadores paguem impostos”. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, também é chamado.

A comissão de investigação do Parlamento Europeu aos chamados Panama Papers vai chamar a depor o agente desportivo Jorge Mendes e o presidente da FIFA, Gianni Infantino. O grupo parlamentar Los Verdes-Alianza Libre Europea confirmou que Jorge Mendes e Infantino vão ser ouvidos a 05 de setembro.

“FIFA, intermediários e futebolistas têm de dar explicações, porque todos têm responsabilidade, por isso pedimos que Jorge Mendes compareça”, esclareceu Ernest Urtasun, eurodeputado do partido espanhol Iniciativa per Catalunya Verds, em comunicado. Para Urtasun, a gestão de Jorge Mendes “parece estar no centro da ‘teia’ de empresas de fachada para evitar que jogadores e treinadores paguem impostos”.

A plataforma ‘Football Leaks’ começou a divulgar documentos confidenciais em setembro de 2015, alguns dos quais que denunciavam eventuais evasões fiscais de Cristiano Ronaldo, agenciado por Jorge Mendes.

Desde o início de abril de 2016, os ‘Panama Papers’, divulgados por um consórcio de jornalistas de investigação e baseados em cerca de 11,5 milhões de documentos provenientes da sociedade de advogados Mossack Fonseca, levaram à abertura de muitos inquéritos em todo o mundo e à demissão do primeiro-ministro islandês e de um ministro espanhol.

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Terminou o rally em Lisboa

Foram sete sessões em alta e hoje a bolsa nacional interrompeu esse que foi o maior ciclo de ganhos desde agosto do ano passado.

O PSI-20 fechou esta segunda-feira a cair cerca de 0,7%. Foi pressionado sobretudo pelas ações da Jerónimo Martins, que afundaram mais de 2% depois de o Deutsche Bank ter baixado a recomendação sobre o título de “manter” para “vender”. Numa sessão negativa também no plano europeu, o setor energético também contribuiu para esta sessão negativa. EDP, EDP Renováveis e Galp fecharam abaixo da linha de água.

Ainda assim, o pior desempenho em Lisboa pertenceu ao BCP. Desvalorizou 3% com os investidores a tomarem mais-valias do título que na semana passada valorizou 14%.

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