Meo responde à Deco. Diz que registou “apenas 6.464” queixas em “mais de 43.000”

A Deco concluiu que o setor das telecomunicações foi o alvo de mais reclamações em 2017. Meo responde à Associação e diz que tem "o seu foco no cliente".

A Meo respondeu à Deco. Em números revelados esta semana, a associação de defesa do consumidor aponta o setor das telecomunicações como o mais visado no que toca a reclamações de clientes. Ora, numa nota enviada à comunicação social, a operadora da Altice garante que “durante o período em análise, registou apenas 6.464 [queixas], do universo de mais de 43.000 queixas apontadas pela Deco”. Segundo os dados da Deco, o setor foi alvo de 42.339 reclamações no ano passado.

A empresa garante que tem “o seu foco no cliente e na sua satisfação”, citando dados que apontam para um grau de satisfação de 84,02% dos consumidores em relação ao serviço móvel da empresa. “O Meo rege-se por práticas de satisfação do cliente no âmbito de valores sólidos de qualidade de serviço, que têm permitido à empresa garantir um número muito residual de situações de conflito”, aponta a operadora.

Como o ECO noticiou esta terça-feira, em termos globais, o setor das telecomunicações “continua a ser o maior alvo de queixas” no gabinete de apoio ao consumidor da Deco. O setor foi alvo de 42.339 reclamações, seguido de longe pela compra e venda, energia e água e, depois, serviços financeiros, segundo números revelados pela própria associação.

“A postura das empresas de telecomunicações continua a ser uma postura lesiva dos interesses dos consumidores, nomeadamente através das suas práticas comerciais desleais, e sobretudo que também violam a lei”, sublinhou a diretora-geral da Deco, Ana Tapadinhas.

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Concorrência abre investigação aprofundada ao negócio de gás Rubis/Repsol

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

O impacto da compra pela Rubis da distribuição de gás da Repsol nos arquipélagos dos Açores e da Madeira pode resultar em "entraves significativos à concorrência efetiva naqueles mercados".

A Autoridade da Concorrência (AdC) abriu uma investigação aprofundada à aquisição pela Rubis dos ativos do negócio de distribuição de gás à Repsol nos Açores e na Madeira por poder ter impactos negativos no fornecimento, anunciou hoje o organismo.

Em comunicado, a Concorrência explica que decidiu iniciar uma investigação aprofundada ao negócio por considerar que, “à luz dos elementos recolhidos até ao momento, existem indícios de que a aquisição pela Rubis do negócio de gás da Repsol, na Madeira e nos Açores, poderá resultar em entraves significativos à concorrência efetiva naqueles mercados“.

“Os impactos podem ser potencialmente negativos nas condições de fornecimento de Gás de Petróleo Liquefeito [GPL] aos consumidores finais”, admite a Concorrência.

O negócio em causa diz respeito ao fornecimento de gás GPL canalizado, gás a granel e, sobretudo, gás em garrafa, na maior parte das ilhas das regiões autónomas. Segundo a AdC, o fornecimento de gás GPL nas regiões autónomas, incluindo o gás em garrafa, é feito, atualmente, por três operadores – Galp, Repsol e Rubis –, e, no caso da concretização do negócio, a oferta vai ficar reduzida a dois (Galp e Rubis).

Nesta fase de investigação aprofundada, a AdC desenvolverá as diligências complementares de investigação necessárias ao esclarecimento das dúvidas identificadas, adianta, referindo que “procurará avaliar, em particular, quais as perspetivas de entrada nos mercados das regiões autónomas de outros fornecedores de gás GPL, que possam contestar a posição de mercado da Galp e da Rubis”.

Nos termos da Lei da Concorrência, após a investigação aprofundada, a Concorrência pode decidir não se opor à concretização do negócio, se concluir que a operação de concentração, tal como notificada ou na sequência de alterações introduzidas pela Rubis, não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência nos mercados das regiões autónomas, ou proibir o negócio em causa, se concluir que a operação de concentração em causa é suscetível de criar entraves significativos à concorrência nos mercados das regiões autónomas, com claros prejuízos para os consumidores finais de gás GPL, incluindo o gás em garrafa.

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Partidos passam a ter de pagar estacionamento em Lisboa

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

Os partidos políticos foram excluídos da lista daqueles que estão isentos de pagar tarifa anual pelos lugares de estacionamento privativos, embora as embaixadas e as IPSS lá continuem.

A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje a revogação de uma alínea do Regulamento Geral de Estacionamento na Via Pública, retirando assim aos partidos políticos a isenção do pagamento de uma tarifa pela utilização de lugares privativos.

O Regulamento Geral de Estacionamento na Via Pública na Cidade de Lisboa referia que até agora estavam “isentos do pagamento” ao município de uma tarifa anual pela utilização de lugares de estacionamento privativos as “pessoas com deficiência motora e seus legais representantes, as IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social, Juntas de freguesia, bombeiros, forças de segurança e militares, embaixadas/representações diplomáticas”, e ainda “os partidos políticos”.

Na reunião plenária de hoje, os deputados municipais aprovaram – com o voto contra do PCP e a abstenção do PEV – a revogação da isenção aos partidos políticos. Tanto os deputados independentes, quanto os eleitos pelo PS, BE, PAN, MPT, CDS-PP, PSD e PPM votaram a favor desta proposta.

Um anexo ao regulamento indica que as tarifas para “atribuição e utilização de lugares de estacionamento privativos na via pública” variam consoante a zona da cidade para a qual seja requerida a atribuição de lugar de estacionamento privativo.

Assim, para a coroa vermelha (zonas como a Baixa ou a Avenida da Liberdade) a taxa anual arredondada é de dois mil euros; para a coroa amarela (frente ribeirinha e Avenidas Novas) o valor desce para os 1.500 euros; e para a coroa verde e zonas de estacionamento não tarifadas pela EMEL o valor é de mil euros.

O regulamento elenca ainda que “todos os encargos e despesas decorrentes da recolocação da sinalização necessária à identificação do lugar de estacionamento privativo na via pública, que resultem de situações de incumprimento do presente regulamento, são suportados, exclusivamente, pelos interessados requerentes”.

A revogação da isenção concedida aos partidos políticos foi proposta pela Câmara de Lisboa (PS), “em face de uma recomendação feita pelo Tribunal Constitucional (TC)”, referiu o vereador das Finanças, João Paulo Saraiva. A decisão tomada aplica-se a “todos os requerimentos que se encontrem pendentes de decisão”.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 23 Janeiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Portugal vai reembolsar antecipadamente, esta quarta-feira, 800 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), livrando-se assim da penalização nos juros. De acordo com o último inquérito aos bancos, realizado pelo Banco de Portugal, a grande maioria dos bancos espera que a procura de crédito para a compra de casa e consumo volte a aumentar neste trimestre.

É já esta quarta-feira que Portugal faz o reembolso antecipado de 800 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), apurou o ECO. Com esta devolução, o Governo livra-se de uma penalização de 300 pontos que o Fundo aplica no empréstimo que concedeu a Lisboa em 2011.

A grande maioria dos bancos antecipa que neste primeiro trimestre do ano, a procura de crédito para a compra de casa e consumo volte a aumentar, indicam os resultados do último inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito realizado pelo Banco de Portugal.

Esta terça-feira o Ministério das Finanças informou que já está disponível uma funcionalidade que permite aos contribuintes comunicarem a composição do seu agregado familiar, tendo como referência o dia 31 de dezembro de 2017. O prazo para atualizar esse e outros dados termina a 15 de fevereiro.

O Benfica é o único clube de futebol português a ficar no top 30 dos que geram mais receitas, de acordo com o estudo Football Money League realizado pela Deloitte. Os encarnados desceram três lugares na lista relativamente à do ano anterior, mas ficaram ainda por um triz nos 30 melhores, em 30.º lugar.

O Governo pondera vir a usar helicópteros da Proteção Civil ou “drones” para fazer controlo de velocidade nas estradas, admitindo também instalar mais radares e inibir o sinal de telemóvel ao volante.

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Recusar transmissão de empresa não garante posto de trabalho

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 23 Janeiro 2018

Depois do caso Altice, PS, BE e PCP avançam com projeto comum que permite ao trabalhador recusar mudar de empresa. Mas isso não garante a manutenção do seu posto de trabalho.

Nos casos de transmissão de estabelecimento, os trabalhadores vão poder opor-se a que o seu contrato de trabalho passe para a nova empresa, mantendo assim o vínculo com a primeira entidade. Mas isso não garante que os seus postos de trabalho estejam protegidos e que não venham a enfrentar riscos de despedimento, avisam os especialistas em legislação laboral contactados pelo ECO. Uma ideia que também é assumida entre os autores da proposta.

“Que não haja qualquer ambiguidade. Os sindicatos sabem e os trabalhadores têm de saber que oporem-se à transmissão não é garantia absoluta da manutenção do seu posto de trabalho“, afirma ao ECO o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro. BE, PCP e PS apresentaram na semana passada um projeto comum de alteração ao Código do Trabalho, que pretende alterar o regime de transmissão de empresa ou estabelecimento. Entre as alterações previstas, os trabalhadores podem recusar mudar de estabelecimento, continuando vinculados à entidade transmitente.

O projeto surgiu no seguimento da transmissão de trabalhadores da PT para outras empresas, que levou os partidos mais à esquerda a falar em fraude ou em despedimentos encapotados. Com a alteração à lei, as bancadas do PS, BE e PCP querem reforçar os direitos dos trabalhadores, mas a oposição à transmissão do contrato não garante por si só que não ocorra o despedimento.

Que não haja qualquer ambiguidade. Os sindicatos sabem e os trabalhadores têm de saber que oporem-se à transmissão não é garantia absoluta da manutenção do seu posto de trabalho.

José Soeiro

Deputado do Bloco de Esquerda

O professor Luís Gonçalves da Silva dá o exemplo de alguém que detém um hotel e um restaurante e que transmite apenas o restaurante. “Tem de ficar com o trabalhador que trabalhava no restaurante caso este se oponha?”, questiona. Se assim for, “a seguir faz um despedimento coletivo ou uma extinção de posto de trabalho”, remata.

A proposta prevê ainda que o trabalhador possa terminar o contrato com justa causa, tendo direito a compensação nos moldes que já hoje se aplicam a despedimentos coletivos. No entendimento do advogado Pedro Furtado Martins, o trabalhador poderá avançar por esta via em qualquer caso de transmissão — “o que está por resolver é: e se o trabalhador não terminar o contrato e houver transmissão total” do estabelecimento? Mas esta dúvida também abrange transmissões parciais, quando “são transmitidos todos os postos de trabalho de um determinado tipo”, adianta. “É possível chegar a uma situação em que a empresa diga que não tem nenhum posto de trabalho compatível com a categoria do trabalhador porque todas as funções para que foi contratado foram [transmitidas] com o estabelecimento”, explica o sócio da CS Associados.

O deputado bloquista José Soeiro também admite que o despedimento é uma consequência que não pode ser descartada por parte de um trabalhador que exerça o direito de oposição. “O vínculo mantém-se sem prejuízo das situações em que o próprio posto de trabalho deixe de existir”, diz, dando o exemplo de uma empresa que tenha uma creche para apoio aos trabalhadores — ao transmitir a creche, dificilmente a empresa encontrará lugar para uma educadora, refere Soeiro.

[O trabalhador] opõe-se à transmissão do seu contrato, diz que não vai e mantém o vínculo com a entidade transmitente, mas só continua se houver lá lugar.

Pedro Furtado Martins

Sócio da CS Associados

Tem a empresa de arranjar lugar ao trabalhador que se opõe à transmissão do contrato? Luís Gonçalves da Silva entende que não mas, mesmo que tivesse de o fazer, a resposta era “muito simples” — faz um “despedimento coletivo a seguir”. E por isso deixa críticas a uma redação que entende “apressada” e “pressionada para responder à opinião pública”.

Já José Soeiro defende que o projeto vai proteger mais o trabalhador, mesmo assumindo a possibilidade de despedimento. “O problema é que a transmissão de estabelecimento em alguns casos está a ser usada como forma de despedir, contornando os direitos dos trabalhadores em caso de despedimento coletivo ou extinção de posto de trabalho — portanto, como forma de encapotar despedimentos futuros”, realça. “Mesmo que venha a ser despedido, o trabalhador está sempre mais protegido com despedimento coletivo ou outra forma do que com um despedimento que resulte da sua transmissão para uma empresa que dali a pouco tempo não terá condições de o manter e nem sequer de pagar as compensações”, conclui. Soeiro aponta assim para casos em que “a consistência financeira das empresas para onde [os trabalhadores] estão a ser transmitidos — veja-se o caso da PT — é totalmente questionável”.

Imagine que tem um hotel e um restaurante. Transmite o restaurante. Tem de ficar com o trabalhador que trabalhava no restaurante? Se é isto, é uma “vitória de Pirro” porque a seguir faz um despedimento coletivo ou uma extinção de posto de trabalho.

Luís Gonçalves da Silva

Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Em concreto, a proposta conjunta das três bancadas parlamentares diz que o “trabalhador pode exercer o direito de oposição” à transmissão do seu contrato de trabalho quando a transmissão do estabelecimento ou parte da empresa que constitua uma unidade económica “possa causar-lhe prejuízo sério, nomeadamente por manifesta falta de solvabilidade ou situação financeira difícil do adquirente ou, ainda, se a política de organização do trabalho deste não lhe merecer confiança”.

Maior parte das transmissões é do interesse do trabalhador, admite BE

Ainda assim, o deputado do BE reconhece que a transmissão de estabelecimento é, “na esmagadora maioria dos casos”, utilizada como “forma de proteger o trabalhador”, e aí “não há nenhuma razão para este se opor”. O direito de oposição pretende assim garantir que o funcionário tem “uma palavra a dizer” no processo, avança.

“O trabalhador só deve opor-se se entender que estará numa situação pior se for transmitido do que se não for transmitido, mesmo sabendo que, se não for, não está imune à possibilidade de o posto de trabalho desaparecer”, alerta Soeiro.

Mas além de proteger o trabalhador, esta figura também tenta acautelar a posição do adquirente, nota Luís Gonçalves da Silva. O professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa realça que em muitos casos, “para não dizer genericamente, o adquirente terá interesse em receber uma estrutura funcional“, ou seja, os trabalhadores que já dominam as funções. E isto pode não acontecer se a maioria recusar ir para a nova empresa. Também José Soeiro afirma que em caso de oposição generalizada, “é difícil transmitir a unidade económica”.

A nova redação não chega a tempo de abranger os trabalhadores da PT cujo contrato já foi transmitido, mas José Soeiro não deixa de parte a possibilidade de a lei poder vir a ter efeitos em casos concretos, apontando para processos que deem entrada no tribunal já depois das novas regras.

Benefícios sociais também ficam garantidos

A proposta conjunta vem ainda deixar expresso que o trabalhador mantém os direitos em caso de transmissão. “Já era claro que os direitos coletivos se transmitiam, era menos claro que os direitos individuais também se transmitiam”, diz Soeiro.

Este é, aliás, um ponto sublinhado por Pedro Furtado Martins. “Já era assim, exceto o caso dos benefícios sociais”, que abrange desde complementos de reforma a seguros de saúde, indica o advogado. O problema, afirma, é que “pode haver benefícios que não são, por natureza, transmissíveis” e ainda outros “dificilmente transmissíveis”. É o caso de concessões de empréstimos bancários: “como se faz se é transmitido a uma entidade que não é bancária?”, questiona.

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Líder da Uber quer entrar em bolsa já em 2019

Dara Khosrowshahi, presidente executivo da Uber, disse em Davos que quer pôr a empresa na bolsa já em 2019 e que a empresa deverá começar a dar lucro em 2022.

A Uber deverá dar lucro em cerca de três anos e entrar na bolsa já no próximo ano, anunciou o presidente executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, à margem do Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça). A operação é amplamente aguardada pelo mercado, pois será o primeiro teste de uma grande startup nos mercados bolsistas e submeterá a plataforma de transporte privado a um maior escrutínio público.

“Seremos lucrativos antes de 2022”, disse Khosrowshahi, citado pela Bloomberg, que afirmou também que a Uber continuará “a fazer investimentos muito agressivos”. Apesar da popularidade, a empresa nunca viu lucros. No terceiro trimestre de 2017, perdeu 1,46 mil milhões de euros. Recentemente, após um ano de polémica atrás de polémica, viu uma “fatia” do seu capital ser vendido ao Vision Fund do SoftBank, com um desconto expressivo.

O muito aguardado IPO (oferta pública inicial) da Uber deverá, assim, chegar já em 2019 e poderá levar a empresa a expandir-se para novos mercados, afirmou Khosrowshahi, indo contra o novo administrador executivo Rajeev Misra, do SoftBank, que disse que a empresa está focada nos mercados norte-americano, europeu, latino-americano e australiano.

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Os 10 encontros em Davos que podem dar “match” (ou não)

  • Juliana Nogueira Santos
  • 23 Janeiro 2018

São milhares os líderes que vão estar presentes em Davos. Entre reuniões bilaterais e encontros em palco, haverá muitos que vão resultar e outros que podem dar faísca.

Davos será o pano de fundo dos encontros entre chefes de estado, líderes de empresas e ONG.Fotomontagem: Lídia Leão/ECO

Davos será o centro do mundo durante os próximos dias. Nesta comuna suíça, conhecida pelas estâncias de esqui, vão estar mais de 340 políticos de topo, 1.900 líderes de empresas e 900 líderes de Organizações Não Governamentais (ONG). Todos para marcarem presença no Fórum Económico Mundial deste ano.

Serão muitas as reuniões bilaterais, marcadas ou à margem, e os encontros em palco. Mas com várias relações atribuladas a cruzarem-se no mesmo espaço, os encontros poderão ser uma combinação perfeita ou incendiar a sala.

Christine Lagarde e Steven Mnuchin

A responsável do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin vão estar à mesma mesa a discutir o caminho a seguir no sistema financeiro global. Com a ascensão das criptomoedas e a desvalorização do dólar, bem como os avanços tecnológicos, será a altura de os dois continentes estarem sintonizados em relação àquele que vai ser o futuro do sistema financeiro?

Elvira Nabiullina e Benoît Coeuré

Com os bancos centrais a abandonarem os estímulos financeiros que foram necessários na época após a crise financeira de 2008, impõe-se a questão: será que os mercados estão preparados para isto? Benoît Coeuré, membro do executivo do Banco Central Europeu, e Elvira Nabiullina, governadora do banco central russo, discutem o impacto do “fim do dinheiro fácil” da ótica dos credores.

Joseph E. Stiglitz e Paschal Donohoe

A Irlanda tem marcado as manchetes pelos problemas fiscais com as tecnológicas, que se têm aproveitado dos benefícios do país para manterem os seus lucros, como é o caso da Apple. O caminho para resolver a evasão fiscal passa pela diminuição da tributação ou apertar a fiscalização? O ministro das Finanças do país, Paschal Donohoe, vai discutir as soluções acompanhado pelo Nobel da Economia Joseph E. Stiglitz. A atenção estará também focada nos Paradise Papers e nos paraísos fiscais.

Thomas Farley e William Ford

As entradas em bolsa de tecnológicas parecem já uma coisa do passado. Nem mesmo os unicórnios — que já não são assim tão raros como outrora –, parecem ver nos mercados acionistas uma modalidade de financiamento. Assim, o presidente de um dos maiores índices bolsistas do mundo, o New York Stock Exchange, e o diretor de uma das tecnológicas interessadas em dar esse passo em frente, William Ford, da General Atlantic, abordam os novos modelos de financiamento, desde os venture capitalists até às ICO, que permitem obter o capital sem as restrições das IPO.

Dara Khosrowshahi e Ruth Porat

Os responsáveis por algumas das maiores evoluções tecnológicas deste século vão ter a oportunidade de não só estarem juntos, como de convencer o mundo de que a tecnologia é amiga do ser humano. Dara Khosrowshahi, presidente da Uber desde agosto do ano passado, e Ruth Portat, vice-presidente e CFO da mãe da Google, a Alphabet, vão compor o painel de convidados da sessão “Confiamos na tecnologia?”, para debater automação, privacidade e informação.

Robert J. Shiller e Joseph E. Stiglitz

Não há ninguém melhor para discutir o estado do mundo em termos económicos que três personalidades que receberam o Nobel da Economia. E não há melhor sítio para os do que Davos. Assim, Christopher Pissarides (2010), Robert J. Shiller (2013) e Joseph E. Stiglitz (2001) vão conversar informalmente sobre os imperativos económicos para o ano que se segue.

António Costa e Leo Varadkar

Os líderes dos dois países europeus que ultrapassaram os resgates financeiros vão sentar-se e discutir, em conjunto com Cecília Malmström, comissária europeia para o comércio, o esta nova fase da Europa. António Costa e o seu homólogo irlandês, Leo Varadkar, respondem à pergunta “como é que os líderes europeus podem revitalizar o projeto europeu e fortalecer o papel da Europa no mundo”.

Manuel Caldeira Cabral e Will.i.am

É provável que conheça Will.i.am da banda pop Black Eyed Peas, mas não é de batidas que este artista vai falar a Davos. Muito menos com Manuel Caldeira Cabral. Will.i.am é também fundador de uma startup de tecnologia e vai sentar-se com o ministro da Economia português para discutir o talento nas STEM — Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática — e os esforços que têm de ser tomados para garantir que nenhum talento é desperdiçado por esse mundo fora.

António Costa e João Lourenço

Os encontros em Davos não acontecem só nos palcos. Muitos dos líderes mundiais vão juntar-se à margem do evento, em reuniões bilaterais, como é o caso de António Costa e João Lourenço. O Governo angolano requisitou a reunião, para discutir a relação entre os dois países que tem sido afetada pelo processo movido pelas autoridades judiciais portuguesas contra o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente no âmbito da operação “Fizz”. Lourenço irá também reunir-se com Christine Lagarde, do FMI.

Donald Trump e (ou versus) o mundo

Era a dúvida do Fórum Económico Mundial e acabou por ser a grande surpresa. Donald Trump vai ser o primeiro presidente dos Estados Unidos em vários anos a deslocar-se a Davos. Para além do discurso que vai dar no último dia de trabalhos, Trump vai cruzar-se com muitos dos líderes presentes — ainda que as relações estejam um pouco tremidas.

Ainda assim, e depois de criticar a cimeira, o presidente norte-americano vai, com certeza, ser o protagonista de muitos encontros que podem dar ‘match‘ ou incendiar ainda mais as relações.

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Luis Pais Antunes eleito para Fórum para a Competitividade

O Fórum para a Competitividade analisa e discute temas de natureza horizontal considerados determinantes para a competitividade das empresas portuguesas

Luis Pais Antunes, Managing Partner de PLMJ, foi eleito Vogal do Conselho Diretivo do Fórum para a Competitividade, órgão presidido por Pedro Ferraz da Costa.

O Fórum para a Competitividade analisa e discute temas de natureza horizontal considerados determinantes para a competitividade das empresas portuguesas, centrado em ações que tenham como objetivo melhorar a competitividade das empresas nacionais e, por essa via, melhorar a posição global da Economia Portuguesa.

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Dona do Jumbo notifica Concorrência da compra de três centros comerciais

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

A dona do Jumbo adquiriu o Sintra Retail Park, do Forum Sintra e do Forum Montijo, numa operação de concentração que foi hoje publicada no site da Autoridade da Concorrência.

O grupo Auchan notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra, através da empresa imobiliária Immochan, do “controlo exclusivo” do Sintra Retail Park, do Forum Sintra e do Forum Montijo, segundo um aviso publicado.

A operação de concentração, notificada há uma semana, e hoje publicada na página de internet da AdC, consiste na aquisição, pela holding Tiekenveen ao fundo de investimento Blackstone, de capital do Fórum Montijo-Gestão de Centro Comercial, Glorirequinte-Investimentos Imobiliários, Multi 25-Sociedade Imobiliária e Sintra Retail Park-Parques Comerciais.

A Tiekenveen, holding da Immochan, subsidiária do grupo Auchan, comprou no Forum Montijo a área afeta ao hipermercado, excluindo o posto de abastecimento de combustíveis.

Quanto à Multi 25, dona do Forum Sintra, a transação exclui “as áreas afetas à exploração do hipermercado”, atualmente nas mãos da Jerónimo Martins.

O grupo Auchan é dono do Jumbo e do Pão de Açúcar e o seu braço imobiliário, a Immochan, detentora dos centros comerciais Alegro em Alfragide, Setúbal e Castelo Branco.

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Relação com Angola “não podia ser melhor”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

Apesar da turbulência causada pela Operação Fizz, em que está envolvido o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, o Presidente da República garante as relações entre os países são "excelentes".

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.Henrique Casinhas/ECO

O Presidente da República afirmou esta terça-feira que a relação política e diplomática de Portugal com Angola “não podia ser melhor” e é feita de “múltiplos contactos”, alguns mais públicos e formais, outros menos, todos importantes.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída da cerimónia de lançamento de Cascais como Capital Europeia da Juventude 2018, no Centro de Congressos do Estoril, sobre o tema das relações entre os Estados português e angolano a propósito do processo judicial que envolve o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente.

Questionado se o primeiro-ministro, António Costa, partilhou consigo o parecer solicitado à Procuradoria-Geral da República sobre este caso, que não foi tornado público, o Presidente da República escusou-se a responder: “Isso é uma matéria sobre a qual não me vou pronunciar publicamente”.

“Aquilo que quero dizer, neste momento, é que as relações políticas e diplomáticas são excelentes”, declarou o chefe de Estado. “Não podia ser melhor o nosso relacionamento“, reforçou.

Interrogado se considera decisivo o encontro entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente de Angola, João Lourenço, marcado para esta terça-feira à noite, em Davos, na Suíça, onde decorre o Fórum Económico Mundial, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “a vida é feita de múltiplos encontros, e de múltiplos contactos”.

“Alguns são públicos e notórios, e são formais ou relativamente formais, outros são informais”, referiu, completando: “E todos são importantes”.

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Segurança Social vai pagar creches ao sábado dos filhos de trabalhadores da Autoeuropa

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

Ao sábado, as creches dos filhos de trabalhadores da Autoeuropa passarão a ser pagas pela Segurança Social no âmbito de um compromisso do Governo. Novo horário de trabalho arranca no fim do mês.

A Segurança Social já identificou as vagas em IPSS onde os trabalhadores da Autoeuropa poderão deixar os filhos nos sábados de trabalho, garantindo o pagamento das creches nesses dias, disse à Lusa fonte do Governo. Os detalhes sobre o apoio aos casais com filhos que trabalham na fábrica da Volkswagen de Palmela serão discutidos numa reunião que se realiza esta quarta-feira entre os serviços da Segurança Social e os recursos humanos da Autoeuropa.

Segundo disse à agência Lusa fonte governamental, a reunião servirá para fazer a correspondência entre as disponibilidades de vagas em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as necessidades dos trabalhadores. No encontro deverão ainda ser definidas as idades das crianças a apoiar bem como a localização geográfica, uma vez que nem todas as famílias residem em Palmela.

A Segurança Social irá compensar os encargos das IPSS através do “complemento de horário em creche”, apoio que “durará enquanto houver necessidades por parte dos trabalhadores”, explicou a mesma fonte. O valor do suplemento será apurado “caso a caso” e na reunião de quarta-feira “será avaliado” se o apoio às famílias pelo trabalho ao sábado poderá abranger o trabalho por turnos, à noite e aos domingos.

Em dezembro, após uma reunião conjunta entre o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e a administração da empresa, o Governo garantiu que iria assumir “responsabilidades em algumas dimensões” como a criação e reforço de “equipamentos sociais de apoio à família” para responder aos novos horários da fábrica.

O novo horário da fábrica de Palmela entra em vigor no final do mês e deverá vigorar até agosto de 2018, altura em que a administração da Autoeuropa irá discutir com a Comissão de Trabalhadores o novo período para o resto do ano. A questão colocou-se com o fabrico do novo modelo T-Roc e, após a rejeição de dois pré-acordos pelos trabalhadores sobre alterações aos horários de trabalho, na sequência do aumento da produção, a administração impôs unilateralmente o novo modelo laboral.

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BCP dá quinta sessão de ganhos à bolsa de Lisboa

O JP Morgan Chase melhorou a avaliação sobre as ações do BCP e levou o banco português a disparar mais de 4% esta terça-feira. Subida dos títulos deu quinta sessão consecutiva de ganhos a Lisboa.

A generalidade das bolsas europeias fechou no verde esta terça-feira e a praça lisboeta avançou pela quinta sessão consecutiva, apoiada em ganhos expressivos na banca face a uma melhoria de expectativas em relação às ações do BCP. O Stoxx 600 subiu 0,1% para 402,49 pontos, enquanto os índices francês e italiano remaram em contracorrente.

Mas o PSI-20 voltou a brilhar. Mais propriamente pela quinta sessão consecutiva. A bolsa lisboeta avançou 0,82% para 5.744,83 pontos, à boleia de uma subida do BCP. O banco português valorizou quase 4,4% para cerca de 31,99 cêntimos, depois de o JPMorgan ter escolhido esta ação como top pick, elevando o preço alvo do título para os 35 cêntimos — ou seja, tendo em conta a cotação de fecho desta terça-feira, o banco terá um potencial de valorização de quase 9,4%.

A puxar pelo índice estiveram também as ações da Galp Energia, que recuperaram 0,1% para 16,38 euros por ação, enquanto os restantes pesos pesados, como a Jerónimo Martins, EDP e EDP Renováveis, sofreram perdas ligeiras, abaixo de 0,1%. A ajudar aos ganhos, estiveram ainda a Nos e os CTT, que subiram 0,82% e 0,74%, respetivamente.

A travar uma maior ambição no PSI-20 estiveram nove cotadas — a maior queda foi registada pela Pharol, que derrapou 3,02%, no dia em que comunicou ao mercado que o empresário brasileiro Nelson Tanure reduziu a participação na Oi depois de aprovado o plano de recuperação judicial.

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