Recenseamento automático faz disparar total de emigrantes eleitores em 480%, para 1,4 milhões

  • Lusa e ECO
  • 21 Maio 2019

Recenseamento eleitoral automático de emigrantes com cartão de cidadão válido aumentou total de emigrantes eleitores de 245 mil em 2014 para 1,432 milhões de emigrantes. Governo reforça locais de voto

O recenseamento eleitoral automático dos emigrantes com cartão de cidadão válido, introduzido pelas alterações legislativas em agosto de 2018, permite o voto a 1,432 milhões de emigrantes nas eleições para o Parlamento Europeu do próximo fim de semana. O número compara com 245 mil emigrantes com capacidade eleitoral em 2014, e apenas 193,1 mil em 2009.

A explosão no total de emigrantes com capacidade eleitoral levou o governo a reforçar os locais de voto para emigrantes, que para estas eleições vão poder em 156 locais de voto em 70 países, um reforço de 20% face a 2014, que responde ao crescimento exponencial de eleitores emigrados devido ao recenseamento automático, segundo o Governo. O reforço aconteceu porque o

“Nas eleições europeias deste fim de semana vão estar abertas no estrangeiro, ao dispor dos cidadãos nacionais com capacidade eleitoral, 156 secções de voto num total de 70 países. Trata-se de um aumento de 20% no número de secções de voto, relativamente às últimas eleições europeias. Será possível votar em mais países e em mais cidades”, anunciou à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, num conjunto de respostas enviadas por correio eletrónico, após queixas de emigrantes em relação à falta de mesas de voto na diáspora.

O governante sublinhou que as comissões de recenseamento com um maior número de cidadãos recenseados “contarão com um número superior de secções de voto”. O consulado de Paris terá 5 secções de voto, o de Londres terá 3, assim como os de Genebra, São Paulo e Macau e os de Estugarda, Rio de Janeiro, Zurique, Luxemburgo e Embaixada de Portugal em Berna terão duas secções de voto.

Ainda assim, José Luís Carneiro reconhece que a resposta poderá ficar aquém das expectativas. “Compreendemos que muitos cidadãos que desejam votar se sintam insatisfeitos devido à distância elevada a que se encontra a secção de voto mais próxima. Mas infelizmente não conseguimos criar no estrangeiro uma resposta tão próxima e qualificada como a que temos em território nacional”, disse à Lusa.

O governante acrescentou como justificação que a organização dos atos eleitorais se reveste de “grande importância”, pelo que se “torna necessário reunir um conjunto muito rigoroso de critérios, o que por vezes se torna inviável”.

A abertura de uma secção de voto exige cumulativamente a existência de condições como cadernos de recenseamento eleitoral ativos; diplomata em funções a designar como titular da Comissão Recenseadora; os consulados honorários têm de ter competências para recenseamento eleitoral, condições de segurança para a realização do ato eleitoral em dois dias consecutivos; delegados eleitorais dos partidos, entre outras, explicou.

Ainda assim, José Luís Carneiro indicou que “foram expedidos 1,8 milhões de boletins de voto para os serviços consulares. Esses boletins foram enviados em 118 malas diplomáticas especiais, remetidas entre o final do mês de abril e o início do mês de maio. Foram enviados cerca de 256 volumes, num peso total superior a 14,2 toneladas”.

O governante disse ainda que “o Estado Português contactou com os cidadãos portugueses no estrangeiro por diversas vias. Foram enviadas cartas para todos os cidadãos recenseados no estrangeiro, informando-os da mudança efetivada com o recenseamento eleitoral. Estas cartas serviram também para informar os cidadãos dos termos em que poderão cancelar a sua inscrição no recenseamento, caso assim o desejem”.

“Foi ainda lançada pelas entidades competentes uma campanha publicitária nas televisões, rádios e jornais” e até a TAP “se associou a estas campanhas de divulgação, tendo disponibilizado esta informação nos seus voos”, disse o secretário de Estado.

Já sobre se este esforço se traduzirá em mais votos, José Luís Carneiro sublinha que “as taxas de participação eleitoral são tradicionalmente mais baixas nas eleições europeias do que nas eleições legislativas ou presidenciais, mas é importante que em todas elas os cidadãos exprimam a sua preferência e façam ouvir a sua voz”.

“É importante que o crescimento no número de eleitores por via da aprovação do recenseamento automático se traduza, também, num crescimento do número de pessoas que participam no ato eleitoral”, disse.

No entanto, o governante disse acreditar que os efeitos do recenseamento automático se façam sentir mais nas próximas legislativas.

“Acredito que nas eleições legislativas essa mudança sentir-se-á com maior intensidade. Em primeiro lugar porque há um conjunto de cidadãos que optaram por votar nos candidatos ao Parlamento Europeu dos países onde residem nas Eleições Europeias. Em segundo lugar, porque nas eleições legislativas é importante notar que os cidadãos poderão votar por via postal e sem que isso represente qualquer custo na expedição do voto”.

A taxa de participação nas europeias de 2014 foi de 2,09%, correspondente a 5.129 votos sufragados em 245 mil eleitores recenseados, em queda face a 2009 (2,88% resultante de 5.555 votos de 193,1 mil eleitores elegíveis).

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Cabo Verde recompra 40% da CV Telecom à Oi

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

O Estado cabo-verdiano recomprou à PT Ventures, empresa do grupo Oi, uma fatia de 40% da CV Telecom, pondo fim a um litígio que durava desde 2014.

O Estado cabo-verdiano recomprou 40% da CV Telecom, por 23,3 milhões de euros, pondo assim fim a um litígio de cinco anos com a PT Ventures, empresa detida pela brasileira Oi, e com o objetivo de voltar a vender as ações.

A cerimónia de assinatura dos acordos de quitação realizou-se na cidade da Praia na presença do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, de representantes da PT Ventures e dos dirigentes das instituições que adquiriram as ações: Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e da Aeroportos e Segurança Aérea (ASA).

Para Olavo Correia, este foi o melhor acordo possível e retirou Cabo Verde do risco de uma perda de 120 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 107,6 milhões de euros) e da gestão da CV Telecom.

Isto porque estavam em curso contra o Estado de Cabo Verde duas ações de arbitragem internacional, entrepostas pela PT Ventures SGPS, no Tribunal de Arbitragem Internacional da Câmara de Comércio Internacional, em Paris, e no International Center for Settlement of Investment Disputes, em Washington. Este contencioso começou em novembro de 2014 quando o Estado de Cabo Verde suspendeu unilateralmente o acordo parassocial assinado em março de 2000 com a PT Ventures.

Segundo Olavo Correia, o Governo procurou, “sem sucesso, investidores privados em Cabo Verde, Portugal, Espanha, Senegal, Angola, África do Sul e na Nigéria para assumir a posição da PT Ventures na CV Telecom e assim pôr fim aos litígios”. O acordo agora alcançado entre o Estado de Cabo Verde e a PT Ventures SGPS consiste na compra da participação detida pela PT Ventures SGPS na Cabo Verde Telecom contra a desistência das ações em tribunal e sem indemnização.

No seguimento deste acordo, o controlo acionista da CV Telecom passa a ser do INPS (57,9%), seguindo-se a ASA (20%), Estado de Cabo Verde (3,4%), pelos Correios de Cabo Verde (0,7%) e privados nacionais (18%).

Segundo o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, a intenção do Governo é vender a sua participação “a um parceiro tecnológico”. “Decidimos fazer esta recompra e depois, com o tempo necessário, procuraremos um parceiro tecnológico que precisamos para construir um futuro diferente para as tecnologias de Cabo Verde que tem um futuro risonho à sua frente”, disse aos jornalistas, no final da cerimónia de assinatura do acordo de quitação.

Sem adiantar valores, Olavo Correia garantiu que a venda será sempre por um montante superior aos 26 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 23,3 milhões de euros) agora pagos. “Temos de vender a um preço superior ao que estamos a pagar hoje”, disse, revelando que existem “vários interessados”, nacionais e internacionais. E declarou: “Vamos ter o tempo necessário para, com calma, encontrarmos o parceiro necessário para viabilizarmos o negócio das telecomunicações e fazermos de Cabo Verde um ‘hub’ tecnológico no Atlântico médio”. A venda das ações será feita através da Bolsa de Valores de Cabo Verde em data e condições ainda a definir.

Para o administrador da CV Telecom, José Luís Livramento, esta aquisição dos 40% da empresa aumenta a responsabilidade de quem a gere: “Teremos de rentabilizar ainda mais o negócio da CV Telecom de modo a que esses investidores, quando forem vender as ações, tenham um ganho em relação ao que investiram hoje”.

“Contamos que, dentro de pouco tempo, haja uma situação de acalmia, para que esse parceiro estratégico seja novamente identificado e contratado e para que possamos reforçar o nosso desempenho enquanto empresa com uma atividade global a nível mundial”, disse.

E recordou que, “quando o ambiente externo tem incertezas, isso tem grande influência no desempenho da empresa e uma das grandes incertezas era precisamente essa, nomeadamente a situação do acionista de referência (40%) e que, no passado, desempenhou um papel importante no desenvolvimento da empresa, mas que a partir de 2014 se ausentou da empresa em termos de gestão”.

O Estado de Cabo Verde tinha alienado, em dezembro de 1995, por 13 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 11,6 milhões de euros), 40% do capital social da CV Telecom, através de um contrato de compra e venda com a Portugal Telecom Internacional (PTI), após ter sido selecionado a PTI por concurso internacional.

Em 24 de novembro de 2014, o Estado de Cabo Verde, alegando alteração do controlo acionista da participação dos 40% da PT SGPS na Cabo Verde Telecom, resultante da venda da própria PT Ventures à OI, S.A., comunicou à PT Ventures a extinção, de pleno direito, do acordo parassocial.

No mês seguinte, a PT Ventures, SGPS, S.A., não se conformando com a decisão do Estado de Cabo Verde, colocou uma ação no Tribunal de Arbitragem Internacional da Câmara de Comércio Internacional e outra no International Center for Settlement of Investment Disputes ICSID-CIRDI.

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Nos testa “regularmente” os equipamentos e confia na Huawei

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

A operadora Nos garante que faz "regularmente" testes aos aparelhos da Huawei e não tem razões para desconfiar da empresa chinesa. Huawei é parceira da Nos no 5G.

A diretora de comunicação corporativa da Nos NOS 0,13% , Isabel Borga, afirmou que a Huawei é um dos “parceiros tecnológicos” da operadora portuguesa, escusando-se a comentar as notícias que envolvem a fabricante chinesa. A empresa garante ainda que testa periodicamente os equipamentos da Huawei e não tem razão para suspeitar de que não sejam seguros.

“A Huawei é um dos nossos parceiros tecnológicos e não vamos comentar” o tema, afirmou a responsável, que falava aos jornalistas na FIL, em Lisboa, no âmbito de uma demonstração em 5G (quinta geração móvel), em tempo real, que materializa a condução remota de veículos, simulando uma situação de segurança e emergência.

Os Estados Unidos têm pressionado a Europa a não fazer parcerias com a Huawei, no âmbito do 5G, alegando espionagem e questões de segurança. No passado dia 15 de maio, Trump declarou emergência nacional para proibir as empresas norte-americanas, entre as quais a Google, de fazer negócios com entidades que alegadamente tentam espiar Washington, ou usar os seus equipamentos de telecomunicações, num ataque claro contra a Huawei.

“Fazemos regularmente testes” e “não há nenhum indício” de falhas de segurança na rede da Huawei, adiantou Isabel Borga, remetendo qualquer posição da Nos para as declarações feitas pelo presidente executivo da operadora, Miguel Almeida, na apresentação de resultados de 08 de março.

A Nos adiantou ainda que os parceiros tecnológicos 5G ainda não estão fechados, já que aguardam decisão do regulador Anacom sobre a atribuição de licenças.

Também o administrador da Nos Manuel Ramalho Eanes remeteu para as declarações feitas pelo presidente executivo. Na altura, Miguel Almeida disse que não tinha detetado “qualquer evidência que exista problemas de segurança” nas redes da empresa chinesa Huawei”.

“A Nos rege-se e cumpre escrupulosamente as leis portuguesas, europeias e recomendações nacionais. Não creio que estejamos ao abrigo da legislação norte-americana”, afirmou, em março, Miguel Almeida, salientando que o não desenvolvimento das redes 5G da Huawei levará a um atraso da Europa nesta matéria.

Ainda falta libertar faixas do 5G

A demonstração do 5G feita esta terça-feira pela Nos teve como parceira a Huawei.

“Estamos a testar com os parceiros atuais”, que são a Huawei e a Nokia, disse aos jornalistas Luís Santo, responsável pelo programa 5G da Nos. O 5G é uma tecnologia “cinco vezes mais rápida” do que a atual, vai permitir uma maior “interatividade” e “densidade”, acrescentou.

Questionado sobre quando é que haverá um teste real com veículos autónomos, Luís Santo afirmou: “Quando tivermos espetro”. De acordo com Isabel Borga, tal acontecerá “muito em breve”.

Relativamente à primeira cidade portuguesa ligada em 5G, a diretora de comunicação corporativa disse que a NOS não tem decisão tomada ainda. “Temos uma parceria com Matosinhos, uma cidade zona livre tecnológica”, acrescentou, mas nada está fechado.

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Jerónimo de Sousa acusa OCDE de ameaçar Portugal

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

O secretário-geral do PCP acusou a OCDE de usar um relatório como uma "ameaça" e uma forma de "pressionar" Portugal para que o grande capital estrangeiro imponha a sua vontade.

O secretário-geral do PCP considerou hoje que o relatório da OCDE, que diz que Portugal não vai cumprir as metas do défice, é “uma ameaça”, visando “pressionar” para que o grande capital estrangeiro imponha a sua vontade.

“É um alerta sistematicamente repetido, visando condicionar, pressionar através dos instrumentos e das instituições do grande capital estrangeiro, em impor a sua vontade aos povos. Não é alerta nenhum, é uma ameaça”, frisou Jerónimo de Sousa, em declarações à Lusa, após uma arruada em Almada, no distrito de Setúbal.

No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostrou-se menos otimista que o Governo quanto ao crescimento económico e ao défice deste ano, tendo revisto em baixa a estimativa para o PIB para 1,8% e agravado a previsão do défice para 0,5%.

Neste sentido, o líder comunista realçou que estas estimativas são habituais “sempre que se aproximam eleições”, mas que o importante era que “esclarecessem como é que se combate o défice quando mais de 800 milhões de euros foram direitinhos para o Novo Banco”.

“Aí não tiveram problema nenhum com o défice. Têm problemas com o défice em relação ao investimento público, em relação às respostas aos problemas nacionais”, defendeu.

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Apenas 6,7% dos casados opta pela tributação do IRS em separado

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

Foram 154.407 os agregados familiares que aceitaram que o imposto sobre o rendimento que obtiveram em 2017 fosse calculado em separado.

A reforma do IRS em 2015 criou como regra a tributação separada em IRS, mas dos 2,29 milhões de casados e unidos de facto que entregaram declaração de rendimentos de 2017, apenas 6,7% quiseram ser tributados desta forma.

De acordo com os dados estatísticos do IRS que foram agora disponibilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), houve 154.407 agregados familiares que aceitaram que o imposto sobre o rendimento que obtiveram em 2017 fosse calculado em separado, enquanto a esmagadora maioria (2,13 milhões) optou por ser tributada em conjunto.

Ao longo dos últimos três anos, o número de agregados que entrega IRS tem vindo aumentar, tendo totalizado 5.180.643 naquele ano, sendo que deste total apenas 54% tinham rendimento suficiente para liquidar imposto.

A distribuição do número de contribuintes pelos escalões de rendimentos ajuda a explicar que pouco mais de metade liquidem IRS, com os dados a mostrarem que 43,47% declararam rendimentos inferiores a 10 mil euros anuais. O seu peso é, ainda assim, inferior ao registado um ano antes.

Inversamente, do lado dos que declararam rendimentos mais elevados, a AT registou uma subida face aos valores de 2016, contabilizando nesse ano 2.794 agregados com rendimentos anuais superiores a 250 mil euros, enquanto em 2017 estes aumentaram para 3.217 (mais 15,14%).

No IRS de 2017 (cuja declaração foi entregue em 2018), a AT contabilizou um total de 3.763 milhões de euros de deduções à coleta, tendo as despesas gerais familiares representando 36,7% daquele valor, enquanto as deduções atribuídas aos dependentes (que em 2016 passaram a ter um valor fixo) representaram 25,7%. As restantes deduções dizem respeito às despesas com saúde, educação, casa e lares.

Com a reforma do IRS, a despesa pessoal que era ‘oferecida’ de forma automática pelo fisco aos contribuintes foi eliminada e substituída pelas despesas gerais familiares cujo resultado depende das faturas com NIF do consumidor final.

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Empresas chinesas investiram 8 mil milhões em Portugal em 2018

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

As empresas portuguesas investiram na China mais de 200 milhões de euros em 2018 e o volume de comércio sino-português aumentou 7,6%.

A cooperação entre Portugal e China levou as empresas chinesas a investir mais de oito mil milhões de euros em Portugal em 2018, afirmou esta terça-feira o diretor-geral adjunto do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

“A pragmática cooperação entre os dois países produziu resultados frutíferos”, defendeu Tian Dewen durante o encontro “Anos de cooperação entre Portugal e China”, que teve início hoje em Lisboa.

Segundo adiantou, as empresas portuguesas investiram na China mais de 200 milhões de euros em 2018, acrescentando que o volume de comércio sino-português aumentou 7,6%.

A maior cooperação económica entre os dois países é, segundo Tian Dewen, uma das características atuais das relações Portugal-China.

“Atualmente, as relações China-Portugal têm três características”, defendeu, referindo que outra delas é “a ideia de que cooperação internacional entre os dois países é altamente compatível”.

Para o diretor-geral adjunto da Academia Chinesa de Ciências Sociais, “os dois países têm um firme consenso em se opor ao protecionismo comercial e ao unilateralismo e apoiar uma economia mundial aberta”.

A última das características das relações Portugal-China tem por base um apoio mútuo das estratégias de desenvolvimento internacional.

“Portugal apoia ativamente a proposta de iniciativa de ‘Uma Faixa, Uma Rota’ da China” e os dois países “assinaram um memorando de entendimento” para construir o projeto”, disse, referindo-se ao documento rubricado em dezembro de 2018 em Lisboa, aquando da visita de Estado efetuada pelo Presidente chinês Xi Jinping.

Por seu lado, “a China apoia firmemente a ideia de Portugal de economia azul” e, por isso, “a cooperação económica tem crescido”, assegurou Tian Dewen.

O caminho de cooperação vai “expandir-se para novas áreas e vai ter novas formas”, garantiu, convidando Governo, universidades, grupos de reflexão, especialistas e académicos portugueses a visitarem a academia chinesa para debate projetos para novas formas de os dois países se ajudarem.

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Como se constrói um unicórnio? Aprenda no Business Transformation Summit

  • Ricardo Vieira
  • 21 Maio 2019

Sob o tema Acceleration, o encontro traz a debate temas como a velocidade do mercado e o impacto das tecnologias.

Perceber como se constrói um unicórnio, entrar numa acceleration party ou mergulhar num networking temático fazem parte do programa do Business Transformation Summit, que chega em outubro a Lisboa.

“O mundo está a mudar rapidamente e os negócios estão a acelerar a um ritmo exponencial”, explica Sophie Devonshire, especialista em aceleração de negócios, a mais recente confirmação no programa do evento, onde vai liderar o Acceleration WorkshopSuperfast – How to Set the Pace and Lead in a World of Speed”.

“A formação vai permitir aos participantes desenvolver o seu próprio ritmo para sobreviver e prosperar neste mundo de velocidade: Como lidar com este mundo ‘super-rápido’ de uma forma eficaz, agradável e não exaustiva? Como preparar as organizações (e as pessoas) para o futuro? Como saber quando abrandar para acelerar? Como criar um plano de aceleração adaptado a cada organização? Vou ainda partilhar algumas das metodologias e abordagens práticas que integram o meu livro “Superfast: Lead at Speed”, baseado em investigações e entrevistas realizadas a 100 líderes de organizações globais de diferentes tamanhos e setores, que souberam potenciar os seus negócios na era da aceleração”, conta a especialista.

À agenda do evento junta-se também Zoltan Istvan, transumanista e defensor da evolução da condição humana para uma dimensão “super-humana”. “Estou muito entusiasmado por apresentar o tema “Superhuman – How converging transhumanist technologies will change everything” no Business Transformation Summit.

“As pessoas subestimam a rapidez com que a tecnologia se está a desenvolver – mas é preciso lembrar que já existem humanos com implantes cerebrais, braços robóticos e modificação genética no seu corpo. O futuro também vai permitir exoesqueletos para portadores de deficiência, olhos biónicos que transmitem as redes sociais para o nosso cérebro e comprimidos inibidores do sono. Mas será que tudo isto é ético? O que vai acontecer ao ser humano? Estas inovações tecnológicas e científicas radicais representam uma oportunidade única de transformar os modelos de negócios para sempre e as empresas que não acompanharem a evolução correm o risco de ficar para trás. O que acontece é que o transumanismo está a chegar e a grande questão é como vamos lidar com isso”, afirma o antigo jornalista do National Geographic Channel e líder do partido Transumanista.

As inscrições para o encontro, inspirado no tema Acceleration, estão a decorrer no site da iniciativa.

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EDP junta-se à Engie para criar gigante na eólica offshore. “É um passo natural no mercado”, diz Mexia

A éolica EDP Renováveis fechou um acordo com a francesa Engie, em que as duas energéticas terão controlo partilhado. Spyridon Martinis, da EDP, será o novo CEO e Paulo Almirante, da Engie, o chairman.

A empresa portuguesa EDP Renováveis e a francesa Engie vão criar uma joint-venture para a energia eólica offshore. O objetivo é criar um líder mundial no mercado de energias renováveis através da parceria em que cada empresa terá partes iguais e entrar em mercados asiáticos como o Japão ou a Coreia do Sul.

“Há um grande potencial na energia offshore“, afirmou o CEO da EDP, António Mexia, na assinatura do memorando de entendimento que cria a nova empresa, esta terça-feira em Londres. “Estamos aqui hoje porque é um movimento natural no mercado”, disse, lembrando que a EDP colabora atualmente em cinco projetos com a Engie.

“Completamos as nossas capacidades. Acreditamos que até 2030 podemos explorar esse potencial do offshore muito melhor juntos do que separados“, sublinhou Mexia. A nova entidade pretende ser um dos cinco maiores operadores de offshore a nível global nesta área da energia renovável, defendem as empresas que têm como objetivo atingir entre cinco e sete gigawatts (GW) de projetos em operação ou construção (face aos atuais 1,5 GW) e entre cinco e dez GW em desenvolvimento avançado (dos atuais quatro GW) até 2025.

“O objetivo é criar um líder mundial no mercado eólico offshore. Para a Engie é uma parceria que faz todo o sentido”, afirmou Isabelle Kocher, CEO da ENGIE. Mexia concordou e sublinhou que as duas empresas partilham “a visão do que será o mercado que está a mudar muito rapidamente e a importância do offshore”, mas também partilham “a visão sobre o que fazer com o dinheiro dos acionistas”.

A joint-venture vai ter sede em Madrid e a liderança será escolhida de forma rotativa por períodos de três anos. Para já, o CEO será Spyridon Martinis (atualmente membro do board da EDP), enquanto o chairman será Paulo Almirante (atual COO da Engie) e o COO Greg Gorski.

A joint-venture terá como alvo prioritário mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde as duas empresas espera, que venha o maior crescimento. Será “autofinanciada e os projetos que desenvolver irão respeitar os critérios de investimento de ambas as empresas”, revelou ainda a empresa liderada por António Mexia, que detém 82,5% da subsidiária EDP Renováveis.

(Notícia atualizada às 15h15)

(A jornalista viajou a convite da EDP)

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Fabamaq inaugura sede de quatro milhões. E está a contratar

  • Ricardo Vieira
  • 21 Maio 2019

Os novos escritórios acompanham o crescimento da empresa que quer contratar 30 pessoas em 2019.

A Fabamaq, empresa portuguesa de desenvolvimento de jogos para casinos, investiu mais de quatro milhões de euros nas novas instalações, no Porto. A nova sede, localizada no Campo Alegre, vem dar resposta ao crescimento da empresa e ao aumento da procura dos seus produtos.

São mais de 3.500 metros quadrados com áreas específicas para a criação de conteúdos personalizados, como, por exemplo, um estúdio de som, além de zonas de lazer a pensar nos momentos de confraternização e relaxamento dos colaboradores.

Novas instalações da Fabamaq no PortoFabamaq

O negócio da Fabamaq assenta numa lógica de mercado de B2B, sendo que a empresa assume internamente todas as etapas de criação dos seus produtos. Aliás, desde 2018, com a criação da marca Obu Studios, a Fabamaq trabalha no desenvolvimento de jogos de casino online. “Esta aposta veio responder às novas exigências do mercado, marcadas pelo desenvolvimento rápido das novas tecnologias e crescente utilização de dispositivos móveis”, explica a empresa em comunicado.

Além de Portugal, estes jogos estão presentes em diversos mercados internacionais, nomeadamente Filipinas, México, Espanha, Irlanda, Uruguai e Paraguai.

Criada em 2010 por uma equipa de nove pessoas, a empresa conta, atualmente, com mais de 150 colaboradores. A previsão para 2019 é que este número cresça para 180, com formação diversificada, passando, na sua grande maioria, pela informática, sistemas de IT, hardware e design (3D, 2D, som).

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Altice Portugal vai criar 80 postos de trabalho na Madeira

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

Empresa anunciou a criação de 80 postos de trabalho na Região Autónoma da Madeira dentro de dois meses.

O presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, anunciou a criação de 80 postos de trabalho na Região Autónoma da Madeira dentro de dois meses, vincando também que a empresa vai prosseguir os investimentos na cobertura de fibra ótica.

“São postos de trabalho que derivam diretamente de uma aposta que fizemos de deslocalizar de centros urbanos no continente, trazer para a região postos de trabalho na área do atendimento”, disse, durante uma visita às instalações do call center (centro de atendimento telefónico) da empresa no Funchal.

Alexandre Fonseca sublinhou que os indicadores de desempenho no arquipélago “melhoraram significativamente” e a Altice está agora a prestar um “melhor serviço” à população.

“Aqui conseguimos criar emprego estável, conseguimos manter as pessoas a trabalhar connosco durante vários anos, enquanto noutras regiões do país a rotatividade dos recursos humanos é grande”, disse.

O presidente da Altice Portugal anunciou, por outro lado, que os investimentos ao nível da cobertura de fibra ótica na região autónoma vão prosseguir, devendo abranger 80% das habitações no final deste ano.

Alexandre Fonseca salientou também que 46 túneis da rede viária da Madeira, de um total superior a 160, já têm cobertura de rede móvel da MEO.

O chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque, acompanhou a visita do presidente da Altice e destacou que todos os compromissos assumidos pela empresa em relação à Madeira “estão a ser cumpridos”, vincando a abertura em breve de um centro de pesquisa e tecnologia na vila da Ribeira Brava, zona oeste da ilha.

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Câmaras já podem agravar IMI de prédios devolutos

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

No caso dos prédios devolutos em zonas de pressão urbanística, “as autarquias podem agravar, a partir do segundo ano em que o imóvel está devoluto, até seis vezes mais o IMI corrente".

O decreto-lei que agrava o imposto municipal sobre imóveis (IMI) para os prédios devolutos em zonas de pressão urbanística foi publicado esta terça-feira em Diário da República (DR), entrando em vigor na quarta-feira. O decreto-lei tinha sido aprovado em Conselho de Ministros no dia 14 fevereiro e promulgado a 3 de maio.

O diploma indica que “com o presente decreto-lei cria-se a possibilidade de os municípios agravarem significativamente a elevação da taxa de imposto municipal sobre imóveis já existente para os imóveis devolutos localizados em zonas de pressão urbanística”.

Para este fim, introduz-se o conceito de zona de pressão urbanística, que consiste em zonas onde a procura é muito maior do que a oferta ou em zonas onde a capacidade financeira das pessoas está muito abaixo dos valores de mercado. No caso dos prédios devolutos em zonas de pressão urbanística, “as autarquias podem agravar, a partir do segundo ano em que o imóvel está devoluto, até seis vezes mais o IMI corrente e, depois disso, aplicar a cada ano um agravamento de mais 10%”.

Relativamente à execução de obras coercivas, as autarquias passam a ter “um poder acrescido e mais célere” para atuar em prédios devolutos e em mau estado. Se não houver o reembolsado por parte dos proprietários relativamente às obras, a autarquia pode “arrendar de forma forçada até ser ressarcida daquilo que é o valor em dívida pelas próprias obras”.

“Em conclusão, disponibiliza-se aos municípios um instrumento complementar aos restantes já criados com vista ao aumento da oferta habitacional e à regulação do mercado de habitação, mediante a penalização da não disponibilização dos recursos construídos existentes”, é referido.

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“É óbvio” que a CGD está a fazer tudo para recuperar créditos a Berardo, diz Paulo Macedo

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

Banco público está a realizar "todas as diligências para a Caixa ser ressarcida pelo valor que for possível", disse Paulo Macedo.

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse esta quarta-feira que “é óbvio” que o banco está a fazer tudo o que é possível para recuperar parte da dívida do empresário Joe Berardo.

Sobre clientes concretos não falamos, sobre se a Caixa está a fazer tudo o que é possível, parece-me óbvio”, disse Paulo Macedo, à margem da cerimónia de assinatura do protocolo entre a CGD e a Agência para a Modernização Administrativa que permite a realização de operações bancárias através do Cartão de Cidadão ou Chave Móvel Digital.

Sem querer referir-se a Joe Berardo em concreto, Macedo disse que o banco público fará “com esse cliente como com todos”, ou seja, “todas as diligências para a Caixa ser ressarcida pelo valor que for possível”.

Sobre como irá a CGD atuar, uma vez que Joe Berardo disse no parlamento que “pessoalmente” não tem dívidas, dado que são de entidades controladas por si, o presidente executivo da CGD considerou que essa “questão está esclarecida”. “Todos os jornais já disseram que há dívidas”, concluiu.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse na semana passada em entrevista à Rádio Renascença que a CGD tem de usar “todos os mecanismos legais” para recuperar as dívidas de Joe Berardo. “Espero que sejam ativados todos os mecanismos legais”, vincou.

CGD, BCP e Novo Banco meteram em abril uma ação executiva sobre Joe Berardo para cobrar 962 milhões de euros. A ação tem como executados Berardo (pessoalmente), a Fundação Berardo e a Metalgest, holding que detém várias participações do empresário e é controlada pela Fundação, segundo o Expresso.

Um dos objetivos da ação é aceder às obras de arte da Coleção Berardo, sobre a qual o empresário tem um acordo com o Estado pela qual as obras de arte estão em exposição no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, até 2022, não podendo ser vendidas.

A CGD tem ainda ações individuais contra Berardo também por créditos incobráveis.

Os créditos concedidos pelos bancos a Joe Berardo serviram sobretudo para financiar a compra de ações do BCP, no âmbito da guerra de poder no banco de 2007. Como garantia dos créditos, o empresário deu precisamente as ações do BCP que estava a comprar com os empréstimos, que entretanto desvalorizaram significativamente gerando perdas avultadas para a CGD.

A ida de Joe Berardo à comissão parlamentar de inquérito à CGD no passado dia 10 provocou um coro de críticas, desde logo pela forma como se dirigiu aos deputados.

Perante os parlamentares, o empresário madeirense declarou que é “claro” que não tem dívidas, uma vez que as dívidas aos bancos (incluindo o banco público CGD) não são dívidas pessoais, mas de entidades ligadas a si.

Berardo afirmou ainda que tentou “ajudar os bancos” com a prestação de garantias e que foram estes que sugeriram o investimento em ações do BCP. Deu ainda a entender que os títulos de participação da Associação Coleção Berardo (a dona das obras de arte) que entregou aos bancos para reforçar as garantias dos empréstimos perderam valor com um aumento de capital em que as entidades financeiras não participaram, aparentemente porque não souberam que existiu.

A várias perguntas dos deputados, Joe Berardo disse ainda que deveriam era ser feitas aos bancos em causa: “Pergunte à Caixa, eles é que me emprestaram o dinheiro”.

Já confrontado com a ideia de que a Caixa “está a custar uma pipa de massa”, respondeu: “A mim, não!”.

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