5 coisas que vão marcar o dia

Na Europa, o grupo dos "Amigos da Coesão" vão discutir o quadro financeiro plurianual, enquanto Jean-Claude Juncker se encontra com Ursula von der Leyen.

Esta terça-feira será marcada pela atualidade internacional, com vários eventos a ocorrer pelos cantos do mundo. Pela Europa, discute-se o quadro financeiro plurianual, enquanto o presidente demissionário da Comissão Europeia se vai encontrar com a futura presidente, Ursula von der Leyen. Já pela China, o Presidente Xi Jinping irá fazer um discurso onde deverá dar pistas sobre a política de importações que vai ser desenvolvida pelo país. Por cá, continua o Web Summit, sendo que o Brexit é um dos temas em destaque.

“Amigos da Coesão” debatem quadro financeiro plurianual

O grupo conhecido como os “Amigos da Coesão”, do qual fazem parte vários Estados-membros da União Europeia, vai juntar-se para debater o Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027. A cimeira vai contar com representantes dos países pertencentes ao grupo, ou seja, da Bulgária, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal e República Checa.

Brexit e Uber em discussão no Web Summit

Prossegue um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo na capital lisboeta. Alguns dos temas em destaque nos palcos do Web Summit será a saída do Reino Unido da União Europeia e o caminho a seguir para as tecnológicas de mobilidade. Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, e Tony Blair, antigo primeiro-ministro do Reino Unido são algumas das personalidades que vão conversar sobre o Brexit. Já Manik Gupta, chief product officer da Uber, irá falar sobre o futuro da empresa.

Presidente chinês dá pistas sobre importações

O Presidente chinês Xi Jinping fará um discurso na cerimónia de abertura da segunda Exposição Internacional de Importações da China. Esta será uma oportunidade para o líder chinês dar a sua perspetiva sobre a economia, numa altura em que a potência ainda está em negociações comerciais com os Estados Unidos. No ano passado, Xi Jinping discursou neste mesmo evento, onde adiantou que a China iria aumentar as importações para facilitar a entrada no mercado para investidores estrangeiros.

Juncker recebe nova presidente da Comissão Europeia

Jean-Claude Juncker recebe, esta terça-feira, a presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Estava previsto que von der Leyen tomasse posse no início de novembro, mas a cerimónia foi adiada para dezembro. O atraso na formação da Comissão deveu-se a um alargamento do processo de audições, depois da rejeição pelo Parlamento Europeu dos nomeados por França, Roménia e Hungria.

Aprovação final do regulamento de Lisboa para alojamento local

A Assembleia Municipal de Lisboa vai ter uma reunião extraordinária esta terça-feira. Entre os pontos da ordem de trabalhos inclui-se o Projeto de Regulamento Municipal do Alojamento Local e respetivo Relatório de ponderação da participação pública, bem como a fixação das áreas de contenção nas Zonas Turísticas Homogéneas delimitadas do Município de Lisboa, que deverá receber a sua aprovação final.

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Associados da Mutualista Montepio aprovaram alteração de estatutos

  • Lusa
  • 5 Novembro 2019

Dos 386 presentes na sala, 377 votaram a favor dos novos estatutos propostos e nove contra, o que significa que quase 98% dos associados presentes na reunião magna votaram favoravelmente.

Os associados da Associação Mutualista Montepio Geral aprovaram na segunda-feira à noite, em Lisboa, a proposta de alteração de estatutos, para que estejam em linha com o novo Código das Associações Mutualistas, segundo fonte oficial da mutualista.

De acordo com a mesma fonte, dos 386 presentes na sala, 377 votaram a favor dos novos estatutos propostos e nove contra, o que significa que quase 98% dos associados presentes na reunião magna votaram favoravelmente.

Ainda neste ponto da assembleia-geral, o ainda presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, propôs um voto de louvor à comissão que elaborou a revisão de estatutos, sendo que dos 368 associados presentes, o voto de louvor foi aprovado por 365 associados. Três votaram contra.

Esta assembleia-geral decorreu no Coliseu dos Recreios, cerca de duas semanas depois de Tomás Correia ter anunciado a sua saída da presidência da Associação Mutualista Montepio Geral, afirmando que a saída acontece com os objetivos do mandato “razoavelmente cumpridos” e que assim evita continuar “a ser cúmplice do modelo de governo” imposto pelo novo código mutualista.

No comunicado em que justificou a saída, Tomás Correia – que preside à mutualista desde 2008 – nunca referiu a avaliação da sua idoneidade que está a ser feita pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, na sequência de uma multa que lhe foi aplicada pelo Banco de Portugal pelo período em que foi presidente do banco Montepio. A multa foi, entretanto, anulada pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão por considerar que foi violado o direito à defesa na fase administrativa, tendo o banco central recorrido.

A proposta de novos estatutos que foi analisada na assembleia-geral indica que a Associação Mutualista Montepio Geral terá quatro órgãos sociais, mantendo-se a assembleia-geral, o conselho de administração e o conselho fiscal e sendo criada a assembleia de representantes. Desaparece o conselho geral.

A assembleia de representantes é o novo órgão social obrigatório pelo novo Código das Associações Mutualistas para mutualistas com mais de 100 mil associados. Segundo os estatutos hoje aprovados terá 30 elementos.

Uma vez que a assembleia de representantes tem de ser eleita, havia a dúvida sobre a necessidade de eleições também para os restantes órgãos sociais.

A proposta apresentada indica que “os mandatos dos titulares da mesa da assembleia-geral, do conselho de administração e do conselho fiscal, eleitos em 07 de dezembro de 2018, se mantêm em vigor até ao seu termo em 31 de dezembro de 2021” e que não seja alterada até essa data a sua composição, pelo que afasta a necessidade de eleições antecipadas para os atuais órgãos sociais.

Já para a assembleia de representantes é proposto que o primeiro mandato não tenha a duração de quatro anos dos mandatos regulares, mas que dure até 31 de dezembro de 2021 (cerca de dois anos) para terminar ao mesmo tempo dos restantes órgãos sociais.

Os novos estatutos preveem ainda o limite de três mandatos sucessivos para o presidente da Associação Mutualista Montepio e alteram a composição do Conselho de Administração, passando de um presidente e quatro vogais para um presidente (eleito em assembleia-geral) e seis vogais, sendo dois não executivos.

A proposta de alteração dos estatutos foi feita por uma comissão eleita em março, constituída por Manuel Porto, Pedro Sameiro, Alípio Dias, António Menezes Rodrigues e António Gaio, e foi analisada pelo Ministério do Trabalho, que deu um parecer prévio após introduzidas alterações.

Contudo, depois desta aprovação em assembleia-geral, os novos estatutos deverão ser novamente analisados pelo Governo para avaliar se estão em linha com o código das mutualistas ou se há pontos que têm de ser alterados.

A Associação Mutualista Montepio Geral, com mais de 600 mil associados, é o topo do grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária o banco Montepio, que desenvolve o negócio bancário.

A assembleia-geral da Mutualista Montepio, que começou pelas 21:00 de segunda-feira e acabou depois da meia-noite de hoje, aprovou ainda a nomeação de uma comissão especial para a elaboração de um regulamento eleitoral para eleição dos órgãos e cargos associativos.

A comissão especial para a elaboração do regulamento eleitoral será composta pelos mesmos nomes da comissão de revisão de estatutos (Manuel Porto, Pedro Sameiro, Alípio Dias, António Menezes Rodrigues e António Gaio), acrescentou fonte oficial.

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Estado poderá arrecadar mais 500 milhões com novo salário mínimo

Se os 755,9 mil trabalhadores que recebem salário mínimo passarem a receber 750 euros como quer António Costa, o Estado poderá arrecadar mais 500 milhões a 1,2 mil milhões em impostos e contribuições.

Se a vontade de António Costa se concretizar e o salário mínimo nacional (SMN) atingir mesmo os 750 euros em 2023, o Estado passará a arrecadar, a partir daí, pelo menos, mais 500 milhões de euros por ano em contribuições para a Segurança Social. Isto contando apenas com os 755,9 mil trabalhadores que atualmente estão a receber a remuneração mínima garantida. E se as tabelas de retenção na fonte de IRS não forem atualizadas, esse acréscimo poderá mesmo atingir um total de 1,2 mil milhões de euros, por ano.

Foi no discurso de tomada de posse que o primeiro-ministro defendeu a subida do salário mínimo para 750 euros mensais, até 2023. “Nesta legislatura é necessário ter uma valorização do salário mínimo“, disse António Costa, adiantando que o Governo tem o objetivo de atingir os tais 750 euros até 2023 face ao “papel importante” desta remuneração mínima na “redução das desigualdades”.

Atualmente, o salário mínimo está fixado em 600 euros brutos, levando o trabalhador para casa, todos os meses, 504 euros líquidos, uma vez que ao primeiro valor se subtrai a contribuição para a Segurança Social (11%). Do lado do empregador, a esses 600 euros acresce, todos os meses, um custo de 142,5 euros resultante da Taxa Social Única (TSU). Este rendimento não é, de resto, alvo de retenção na fonte de IRS, uma vez que, de acordo com as tabelas atualmente em vigor, a remuneração mensal só passa a ser alvo de tal desconto a partir dos 654 euros mensais.

Com a subida do salário mínimo defendida por António Costa, o trabalhador passa a receber, em termos brutos, 750 euros, aos quais se descontam também 11% para a Segurança Social, ou seja, 82,5 euros. Do lado do empregador, à boleia da subida da remuneração mínima garantida, a TSU (23,75%) a pagar aumentará, dos tais 142,5 euros para 178,13 euros.

Tudo somado, os custos para as empresas por cada trabalhador a receber o salário mínimo passam dos atuais 742,5 euros para 928,13 euros, mais 185,63 euros.

E se as tabelas de retenção não forem alteradas, o rendimento dos trabalhadores nestas condições passam, além disso, a ser alvo de retenção na fonte. No caso de um trabalhador dependente não casado sem dependentes, a remuneração será alvo de um desconto de 8,3%, ou seja, se o salário mínimo for de 750 euros, a retenção será de 62,26 euros, todos os meses.

As tabelas de retenção na fonte de IRS tendem, contudo, a ser atualizadas à inflação e de acordo com a evolução do salário mínimo (de modo a isentá-lo desse desconto), pelo que é provável que essa última fatia não vá efetivamente para o Estado.

Ainda assim, se todos os trabalhadores que hoje recebem salário mínimo passarem a ganhar 750 euros por mês, chegarão aos cofres do Estado mais 551 milhões de euros do que é atualmente arrecadado, só em contribuições para a Segurança Social (de empregadores e trabalhadores).

De acordo com os dados das Declarações de Remuneração entregues à Segurança Social, o número de trabalhadores com remuneração declarada igual ao SMN chegou aos 755,9 mil, em abril de 2019. Ora, se as tabelas de retenção não mudarem e estiverem em causa trabalhadores não casados e sem dependentes, o Estado poderá mesmo arrecadar mais 1,2 mil milhões de euros, em contribuições para a Segurança Social e impostos (551 milhões dizem respeito à Segurança Social e 658 milhões ao IRS).

 

De notar que este acréscimo do montante arrecadado pelo Estado deverá ser ainda mais expressivo, já que não serão apenas os trabalhadores que estão atualmente a receber o salário mínimo (os tais 755,9 mil) que irão ser alvo deste salto na remuneração e consequentemente nos descontos e contribuições, mas todos aqueles que estão atualmente abaixo dos 750 euros.

Por outro lado, e tendo em conta que esta subida da remuneração mínima salarial será discutida em Concertação Social, poderá haver alterações nas próprias contribuições para a Segurança Social que hoje são exigidas tanto a trabalhadores como a patrões.

Além disso, com esta subida do salário mínimo nacional, o Estado terá custos acrescidos com os seus próprios trabalhadores, o que deverá absorver uma fatia do acréscimo arrecadado. De acordo com a Tabela Remuneratória Única (TRU), há três escalões na Função Pública abaixo dos 750 euros: o quarto escalão (correspondente ao salário mínimo da Função Pública) está nos 635,07 euros; o quinto nos 683,13 euros; e o sexto nos 738,05 euros.

Em janeiro deste ano, 70 mil funcionários públicos chegaram a essa quarta posição da Tabela Remuneratória Única que passou a ser a base remuneratória do Estado, isto é, estes trabalhadores passaram a receber, todos os meses, 635,07 euros. Essa mudança custou aos cofres do Estado mais 50 milhões de euros, dos quais 20 milhões já estavam previstos face à subida do salário mínimo para 600 euros.

A atualização dos três escalões em causa para esta nova remuneração mínima garantida de 750 euros euros deverá, portanto, ter uma fatura superior a 50 milhões de euros, ainda que a esses custos se tenham de subtrair, depois, os impostos e descontos contributivos. De notar que, durante a campanha eleitoral, Mário Centeno sinalizou uma folga de 200 milhões de euros para financiar atualizações salariais na Função Pública, a partir de 2021.

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Fundo britânico procura comprador para sede da Jerónimo Martins

O edifício sede da Jerónimo Martins, no Campo Grande, está no mercado pronto a mudar de mãos. Os donos, um fundo britânico, querem ainda alienar outros cinco imóveis em Lisboa.

O fundo britânico Keyhaven Capital Partners está a vender um portefólio de seis edifícios na Grande Lisboa, desde o centro da capital até Sintra, sabe o ECO. No pacote está incluída a sede da Jerónimo Martins, no Campo Grande, com uma área de 10.000 metros quadrados. A operação deverá ficar concluída no início do próximo ano e deverá oferecer aos novos donos uma rentabilidade anual de 2,2 milhões de euros.

Chama-se “Chess” [xadrez, traduzido para português] e inclui seis ativos em três das mais importantes zonas de escritórios da capital. O mais relevante deste “pacote” é mesmo a sede da Jerónimo Martins, próxima do estádio do Sporting. O imóvel foi construído em 1986 e tem uma área de 9.945 metros quadrados, distribuída por 17 pisos acima do solo, aos quais se somam outros cinco pisos subterrâneos.

Ao ECO, uma fonte próxima do processo adiantou que a retalhista nacional vai continuar como arrendatária no edifício. Na década de 90, o edifício tinha sido comprado pela ESAF (Espírito Santo Ativos Financeiros) por 11 milhões de euros, sabe o ECO, acabando por passar para as mãos deste fundo britânico há cerca de três anos.

Agora, embora não tenha sido possível apurar para já o valor de referência mínimo que a Keyhaven pretende arrecadar com este ativo, ao ECO, uma fonte do mercado explicou que, tendo em conta a zona e o estado do edifício, o valor do metro quadrado deverá rondar os 2.000 euros, o que poderá indicar que este venha a ser vendido entre os 20 e os 25 milhões de euros.

Na zona de Alfragide está outro imóvel com 3.180 metros quadrados, cujos arrendatários são a Biomet, uma empresa norte-americana de equipamentos médicos, e a SKF, uma multinacional sueca especialistas no fabrico de rolamentos.

Ao portefólio “Chess” junta-se outro edifício na zona industrial de Carnaxide, com 1.660 metros quadrados, sem arrendatários. Mais à esquerda, no Tagus Park, em Oeiras, o fundo britânico tem outros dois imóveis com uma área total de 6.500 metros quadrados, unidos abaixo do solo. Aqui há dois arrendatários: Galileu e Edison.

O último ativo deste “pacote” está localizado na Beloura, em Sintra, e tem 3.545 metros quadrados. Construído em 2000, este edifício está desocupado e conta com 143 lugares de estacionamento.

No prospeto da venda lê-se que o fundo britânico vai aceitar propostas individuais, mas dará preferência a quem estiver interessado em adquirir a totalidade deste portefólio. A operação está a ser assessorada pelas consultoras imobiliárias Cushman & Wakefield e JLL.

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Novabase vende subsidiária à Vinci por 33 milhões

A empresa vai vender a subsidiária Novabase Digital, responsável pelo negócio de Governo, Transportes e Energia, à Vinci. Operação vai permitir realizar novos investimentos.

A Novabase vendeu à Vinci Energies Portugal a subsidiária indireta Novabase Digital, responsável pelo negócio de Governo, transportes e energia. O negócio, que deverá ficar concluído nos próximos meses, vai ser fechado por 33 milhões de euros, anunciou a empresa esta segunda-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Novabase (…) celebrou hoje, juntamente com a sua subsidiária indireta Novabase Consulting, um contrato de venda, à VINCI Energies Portugal, do seu negócio de “Application and Data Analytics” para os setores de Governo, Transportes e Energia“, refere o documento.

Esta venda aconteceu através da “alienação das ações representativas da totalidade do capital social de uma subsidiária indireta Novabase Digital, bem como da transferência do valor económico e de colaboradores afetos ao Negócio GTE que se encontram noutras sociedades do Grupo”.

O negócio ficará fechado “nos próximos meses” e está sujeito à “verificação de um conjunto de condições suspensivas habituais neste tipo de operações, incluindo a não oposição da Autoridade da Concorrência”.

A operação vai acontecer por 33 milhões de euros, valor que será pago na data de concretização da transação, refere o comunicado, mas que estará sujeito a ajustamentos. “A este valor pode acrescer um potencial earn-out de três milhões de euros, dependente da performance final do Negócio GTE que se vier a verificar no ano de 2019″.

Este negócio de Governo, Transportes e Energia emprega atualmente perto de 400 colaboradores e representou uma faturação de 35 milhões de euros no ano passado para a Novabase.

“É com muita confiança no futuro que comunicamos a venda deste ativo à Vinci Energies. Para a Novabase, esta operação permitirá acelerar a execução da sua estratégia, libertando recursos importantes para os investimentos que pretendemos fazer e para honrar os compromissos que estabelecemos com com os nossos acionistas, recentemente apresentados ao mercado “, diz João Nuno Bento, CEO da Novabase, citado em comunicado.

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Wall Street renova máximos com negociações comerciais

Os principais índices dos Estados Unidos encerraram a primeira sessão da semana, renovando máximos históricos. Negociações comerciais impulsionaram os mercados.

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta, numa sessão em que os investidores se mantiveram focados nas negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos. A possibilidade de um acordo está cada vez mais perto, o que levou os três principais índices a renovarem máximos históricos.

O S&P 500 valorizou 0,38% para 3.078,45 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq que somou 0,56% para 8.433,20 pontos. Pelo mesmo caminho foi o industrial Dow Jones que avançou 0,42% para 27.462,11 pontos, com o índice a acumular uma valorização de 18% desde o início do ano. Por sua vez, o S&P 500 e o Nasdaq acumulam ganhos de 22% e 27% este ano.

Os mercados foram impulsionados pelas negociações comerciais. Na sexta-feira, Washington e Pequim anunciaram novos progressos para neutralizar a guerra comercial, com os Estados Unidos a afirmarem mesmo que dentro de um mês poderá ser assinado um acordo.

Além disso, o secretário do Comércio dos Estados Unidos disse este domingo que as licenças para as empresas americanas venderem componentes para a Huawei chegariam “muito em breve”. Wilbur Ross acrescentou que, nesse sentido, não havia razão para que não se estivesse no caminho certo para alcançar um acordo comercial ainda este mês.

Estas declarações animaram os mercados e isso repercutir-se no desempenho das empresas de chips chinesas. A Micron valorizou 2,48% para 49,60 dólares enquanto a Intel somou 1,96% para 57,61 dólares.

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Siza Vieira e Medina desafiam Web Summit a conhecer cidade além da conferência

Ministro da Economia e presidente da câmara fizeram companhia a Paddy Cosgrave no palco principal e deram as boas-vindas aos mais de 70 mil participantes na conferência.

Uma cidade onde as conversações entre políticos, sociedade, instituições e empreendedores vão nascer. Foi desta forma que Pedro Siza Vieira deu as boas-vindas aos milhares de participantes que, esta tarde, encheram o Altice Arena para assistir à cerimónia de abertura da edição de 2019 do Web Summit, a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

Na cerimónia de abertura da 4.ª edição do evento em Lisboa, o ministro da Economia desafiou a audiência a voltar ao Web Summit de 2009, com poucas centenas de pessoas e em Dublin e, ao mesmo tempo, a viajar para o futuro para tentar “prever” como será o evento dentro de 10 anos.

É um lugar muito diferente agora. E, se olharmos para daqui a dez anos, a mudança será ainda mais rápida”, disse o ministro da Economia. “Vamos estar a partir de Lisboa a escrever as regras da estrada enquanto construímos a estrada e, conduzimos nela”, deu como exemplo.

Também Fernando Medina, presidente da câmara de Lisboa, disse esperar que a audiência “tenha tempo para conhecer a cidade e perder-se nas suas ruas”. “O que vão encontrar é uma cidade que é aberta e que navega a inovação”, referiu o autarca, sublinhando que “uma dessas demonstrações é o Web Summit”. E que, com certeza, o que os participantes encontrarão na capital portuguesa é “uma das cidades mais abertas e tolerantes do mundo inteiro”.

Antes, já Edward Snowden tinha recebido uma ovação da plateia que aplaudiu o whistleblower logo que a sua imagem apareceu nos ecrãs gigantes do palco principal do Web Summit.

A edição deste ano da conferência arrancou esta segunda-feira para mais maratona de conferências que junta milhares de startup, centenas de investidores e de jornalistas, num total de mais de 70.400 pessoas. Se ainda está perdido a construir a sua agenda, jogue este jogo.

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Edward Snowden no Web Summit: “Somos a única coisa que pode proteger-nos”

Perante um Altice Arena completamente esgotado, Edward Snowden, um dos homens mais procurados pela Justiça dos EUA, disse a partir de Moscovo: "Continuem a ser livres."

Nunca fumou, “nem sequer uma ganza.” Mas é hoje um dos homens mais procurados pelas autoridades norte-americanas, depois de ter protagonizado uma das maiores fugas de informação da história do país. Estamos a falar, claro, de Edward Snowden, o famoso wistleblower que foi o “cabeça de cartaz” deste primeiro dia do Web Summit.

Se é um dos homens mais procurados, como foi ele ao Web Summit? A resposta é… não foi. Participou por videochamada a partir de Moscovo (Rússia) e respondeu em direto às perguntas de um apresentador, esse sim, no palco do Altice Arena. A qualidade da chamada, sem cortes, impressionou. Mas não tanto como a mensagem que Snowden deixou aos milhares de participantes do dia de inauguração do evento: só nós podemos proteger-nos.

Recentemente, publicou a sua autobiografia — Permanent Record — e foi imediatamente processado pelas autoridades norte-americanas. “A NSA [National Security Agency] processou-me para tentar evitar que as pessoas o lessem. Eles não gostam que estes livros sejam publicados”, disse à audiência do Web Summit. O livro aborda a infância de Snowden, o 11 de setembro e o processo de decisão que o levou a expôr as práticas ilegais de vigilância em massa dos EUA, que não eram do conhecimento do público e foram, depois, declaradas inconstitucionais.

Mas a conversa foi, sobretudo, acerca da tecnologia. Da evolução da tecnologia. “Não se estão a aproveitar dos dados, estão a aproveitar-se das pessoas”, disse o ex-trabalhador da NSA, referindo-se às plataformas como o Facebook, que recolhem e exploram enormes quantidades de dados pessoais dos utilizadores (em alguns casos, cedendo-os à polícia). No Web Summit, lançou uma pergunta retórica: “Se criarmos um poder irresistível, seja criado pelo Facebook ou por um Governo qualquer, como é que se policia o uso desse poder quando é usado contra as pessoas e não a favor delas?”

Questionado sobre se a evolução em direção à recolha massiva de dados foi uma decisão coordenada do setor, o norte-americano disse que não. “Não creio ter sido uma decisão colaborativa da indústria”. Mas lembrou que as autoridades podem pedir às grandes plataformas informação sobre um utilizador sem terem de dizer porquê. Sem terem de o justificar.

Em vez de pedirem às pessoas para confiarem em vocês e nos vossos serviços, façam com que as pessoas nem tenham de confiar em vocês.

Edward Snowden

Numa sessão que durou cerca de 20 minutos, houve ainda tempo para falar do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), a nova lei europeia que visa proteger os dados dos utilizadores, prevendo pesadas multas para as empresas incumpridoras. Mas Edward Snowden disse ver algumas falhas nesta legislação: “O problema não é a proteção de dados. É a recolha dos dados”, disse.

E exemplificou: “A minha geração não possui nada. Não está autorizada a ter nada. Mesmo que não queiram que se saiba, há forma de saber que vocês estão aqui. Seja porque se ligaram ao Wi-Fi, seja porque os vossos telemóveis estão ligados à torre de telecomunicações”, afirmou.

Instado a deixar conselhos à comunidade de empreendedores e developers presente no Web Summit, e perante um Altice Arena completamente esgotado, com mais 10.000 pessoas à porta na ânsia de entrarem, Edward Snowden recomendou: “Em vez de pedirem às pessoas para confiarem em vocês e nos vossos serviços, façam com que as pessoas nem tenham de confiar em vocês”, atirou. E concluiu: “Obrigado e stay freeou seja, “continuem a ser livres”.

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Lisboa quer ser a “capital verde” da Europa

No palco principal do Web Summit, Fernando Medina disse que o próximo ano será de aposta nos projetos "verdes" para tornar Lisboa um exemplo para outras cidades da Europa.

Fernando Medina quer que Lisboa comece a tornar-se em breve na “capital verde da Europa”. A intenção foi anunciada na sessão de abertura da 9.ª edição do Web Summit, a quarta em Lisboa.

Não se trata de um prémio mas precisamos de criar condições para desenvolver ações que resolvam estes problemas“, disse o autarca, ao lado de Paddy Cosgrave, CEO do evento, e de Pedro Siza Vieira, ministro da Economia.

De acordo com Fernando Medina, a autarquia vai trabalhar no sentido de criar iniciativas que promovam a apresentação de projetos na área das energias e da mobilidade verde. “Lisboa quer ser a capital verde europeia. Trata-se de criar um momentum novo”, assegurou o presidente da câmara alfacinha.

Esta segunda-feira arrancou a edição deste ano do Web Summit. Antes de Medina subir a palco para dar as boas-vindas dos visitantes na cidade, já Edward Snowden tinha recebido a maior ovação da noite.

 

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José Sócrates revela que a mãe herdou cinco milhões de euros do avô

  • ECO
  • 4 Novembro 2019

No quinto dia de interrogatório no âmbito da Operação Marquês, Sócrates disse que a mãe herdou um milhão de contos (cerca de 5 milhões de euros) do avô. Factos não constam da acusação do MP.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates revelou pela primeira vez que a mãe herdou um milhão de contos (na moeda atual cerca de cinco milhões de euros) do avô. Este valor era desconhecido e não está referido em qualquer documento da acusação, avança o Correio da Manhã (acesso livre).

José Sócrates voltou esta segunda-feira a tribunal para o quinto dia de interrogatório no âmbito da Operação Marquês e começou a ser questionado sobre o dinheiro que lhe foi emprestado pelo amigo e também arguido Carlos Santos Silva. De acordo com o Correio da Manhã, o antigo chefe de Governo referiu que ganhava 15 mil euros por mês, mas gastava 22 mil, no tempo em que estava em Paris, o que significa que Carlos Santos Silva lhe emprestava sete mil euros por mês.

Além disso, e para justificar as elevadas quantias gastas, José Sócrates disse que a mãe, Maria Adelaide Monteiro, tinha herdado um milhão de contos (cerca de cinco milhões de euros) do avô. O montante era desconhecido e não está sustentado em qualquer documento, um facto que José Sócrates disse desconhecer porque não leu a acusação do Ministério Público para ser mais “genuíno” no depoimento.

O dia ficou ainda marcado pelo facto de o juiz de instrução, Ivo Rosa, ter pedido aos advogados e procuradores que entregassem os telemóveis e tablets, avança o Público (acesso condicionado) O pedido foi aceite por todos e pretende evitar fugas de informação para a comunicação social durante os interrogatórios. O magistrado já tinha alertado para os deveres de sigilo na passada terça-feira, dia 29 de outubro, e disse que caso não os respeitassem iria confiscar os telemóveis.

No âmbito da Operação Marquês e quase cinco anos depois de ter sido detido, o ex-governante socialista em sido ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa. Sócrates está acusado de 31 crimes económico-financeiros, entre os quais três de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitais, nove crimes de falsificação de documento e três crimes de fraude fiscal qualificada.

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Caravela lança seguro ciber especialmente dirigido a PME

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2019

Aliada à tecnológica Multicert, a seguradora pretende dar serviço de grande empresa a pequenas e médias como proteção cibernética completa e assistência permanente.

A Caravela vai apresentar na Web Summit o novo seguro Caravela Ciber, desenhado em conjunto com a empresa tecnológica Multicert, para oferecer “uma proteção completa a riscos cibernéticos de Pequenas e Médias Empresas (PME)”. O novo seguro inclui a possibilidade dos clientes acederem a serviços especializados de apoio técnico para a prevenção, defesa e reparação de danos.

O seguro da Caravela, afirma a Multicert em comunicado, “é uma inovação no setor, juntando duas organizações especializadas em seguros e tecnologia, englobando uma forte componente de serviço, que inclui áreas de apoio ao cliente, intervenção atempada e análise forense”.

O produto dispõe de coberturas flexíveis e adaptadas à dimensão de cada empresa, incluindo a responsabilidade civil relativa a dados de terceiros, defesa jurídica e pagamento de cauções judiciais, extorsão cibernética, gastos de notificação e de assistência em matéria de privacidade, despesas de restituição de reputação, serviços de informática forense, gastos de restauro e reposição de dados e software e desinfeção de vírus e restauro do sistema.

Segundo Paulo Cruz, diretor de Marketing e Inovação Digital da Caravela Seguros, “o cibercrime é uma ameaça potencial para qualquer empresa e o Caravela Ciber vem dar resposta a estes desafios colocados pela transformação digital, aliando um seguro de coberturas abrangentes para riscos cibernéticos a um serviço especializado que reforça a prevenção e defesa de sistemas dos nossos clientes e intervém em caso de sinistros para uma rápida reparação de danos“.

“Os ataques cibernéticos são uma realidade com que que as empresas têm de lidar e este panorama só tem tendência para se agravar no futuro. É fundamental que as empresas encontrem um parceiro que tenha os recursos que lhe permitam responder e reparar rapidamente os danos, de modo a não perderem informação crítica e a poderem retomar rapidamente as operações das suas empresas” diz Jorge Alcobia, CEO da Multicert, empresa portuguesa de Certificação e Segurança Digital, com projetos em mais de 20 países nas áreas da cibersegurança, soluções de identificação eletrónica, gestão de informação, identidade digital e soluções de voto Eletrónico.

A assistência especializada dos técnicos da Multicert, disponibilizada pelo seguro Caravela Ciber, é assegurada de modo permanente. A intervenção inclui as áreas da monitorização, deteção de intrusão e gestão de incidentes, identificação do risco para a organização, avaliação de logs e endpoints centralizados de firewall, anti-virus, proxy, email e active directory.

A Caravela Seguros é focada em clientes Particulares e nas Pequenas e Médias Empresas, com oferta especializada no ramo Não Vida. Tem disponibilidade permanente por meios digitais e telefónicos na gestão de seguros e de sinistros e possui ainda uma rede de mediadores de Seguros, habilitados a representar a companhia.

Com Luis Cervantes como presidente e CEO, a Caravela tem novo parceiro desde julho, quando o Toscafund tomou 48% do capital, sendo o Caravela Ciber o primeiro produto anunciado pela seguradora desde então.

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Presidente da transportadora aérea açoriana SATA apresenta demissão

  • Lusa
  • 4 Novembro 2019

"Não obstante alguma melhoria dos resultados operacionais alcançados na SATA", António Teixeira "considerou não terem sido alcançados os objetivos a que se propôs" quando entrou em funções.

O presidente do conselho de administração da transportadora aérea SATA, António Teixeira, apresentou esta segunda-feira a sua demissão por motivos de “ordem pessoal” e pelo atraso na “implementação de medidas de reestruturação”, anunciou a empresa.

“Além de razões de ordem pessoal, por entre as principais razões que motivaram a sua decisão, encontram-se o atraso verificado na implementação de medidas de reestruturação, que considerou urgentes e necessárias, bem como a impossibilidade de reduzir, até ao final do ano 2019, os prejuízos do Grupo SATA, para metade do valor registado em 2018“, declara a SATA em nota enviada à imprensa.

Segundo a transportadora, “não obstante alguma melhoria dos resultados operacionais alcançados na SATA Azores Airlines no corrente ano, bem como a restruturação operacional efetuada nas transportadoras do Grupo SATA”, António Teixeira “considerou não terem sido alcançados os objetivos a que se propôs” quando entrou em funções, em 2018.

A substituição e nomeação de um novo presidente do conselho de administração do Grupo SATA “é da esfera de competências e da responsabilidade do Governo dos Açores”, acionista único das empresas do grupo, prossegue a nota da operadora açoriana.

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa, agora demissionário, manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que foi já assumido como um “compromisso comprometido”, após prejuízos nos primeiros seis meses de mais de 32 milhões de euros.

António Luís Gusmão Teixeira foi indicado em julho de 2018 pelo Governo dos Açores para a presidência do conselho de administração da SATA, substituindo Paulo Meneses, que ocupava o cargo desde o final de 2015.

A empresa prepara atualmente um novo concurso para privatizar 49% da Azores Airlines – ramo da SATA que opera de e para fora do arquipélago -, após o primeiro ter sido cancelado devido à divulgação de informação tida por sensível.

Governo dos Açores já trabalha para encontrar novo presidente para a SATA

O Governo dos Açores disse estar já a trabalhar para apresentar em breve um novo presidente para o grupo SATA, depois da demissão presidente da empresa, António Teixeira.

“A grande questão neste momento, e é isso que tem de ficar claro, é que esta saída não pode colocar em causa o compromisso do Governo dos Açores (…) em ter uma SATA que sirva os Açores e os açorianos”, considerou a secretária regional com a tutela dos Transportes, Ana Cunha, em declarações à Antena 1.

Segundo Ana Cunha, “neste momento trabalha-se já para substituir o presidente do conselho de administração”. Questionada sobre se a substituição teria de ser o mais rápido possível, a governante foi perentória: “Sem dúvida”.

(Notícia atualizada às 19h48 com

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