Sonae IM continua de olho na inteligência artificial. Investe na CB4

A tecnológica CB4 fechou uma ronda de financiamento de 16 milhões de dólares, que contou com a participação da Sonae IM. A empresa utiliza algoritmos para melhorar a experiência em loja.

A Sonae IM continua a aposta nas empresas tecnológicas. Desta vez, a escolhida foi a CB4, uma tecnológica que se especializou no desenvolvimento de software de inteligência artificial para identificar a procura local de produtos específicos. O valor total angariado pela CB4 na ronda de financiamento, que foi liderada pela Octopus Ventures, foi de 16 milhões de dólares.

As empresas dedicadas a algoritmos e outras tecnologias ligadas à inteligência artificial têm chamado a atenção do ramo de investimento da Sonae. Já em fevereiro deste ano, a Sonae IM investiu na ViSenze, uma startup tecnológica de Singapura que alia a inteligência artificial ao poder da imagem para potenciar o comércio.

“A CB4 tem uma equipa de topo, que desenvolveu uma tecnologia baseada em IA para apoiar retalhistas físicos a endereçar ineficiências operacionais, com impacto direto e mensurável em receitas”, diz Eduardo Piedade, CEO da Sonae IM, citado em comunicado. Para além da Sonae, que não revelou o montante investido, também a Sequoia Capital e a Pereg Ventures participaram na ronda.

A CB4 tem nos planos continuar a rota de expansão. “Temos observado um crescimento extraordinário nos últimos anos, e temos visto alguns dos maiores retalhistas adotar com sucesso o nosso software para melhorar a sua execução em loja”, aponta Yoni Benshaul, CEO da CB4. “Estamos empenhados nestas parcerias e vamos continuar a desenvolvê-las à medida que expandimos a nossa oferta de serviços e base de clientes”, acrescenta.

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Governo espera devolver reembolso do IRS em 11 dias

  • Lusa
  • 27 Março 2019

O prazo médio para o reembolso do IRS automático deverá manter-se este ano próximo dos 11 dias, como sucedeu em 2018.

O prazo médio para o reembolso do IRS automático deverá manter-se este ano próximo dos 11 dias, como sucedeu em 2018, disse à Lusa o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

Segundo o governante, “em 2018 o prazo médio do reembolso do IRS automático foi de 11 dias e a expectativa que temos é de manter o mesmo padrão em termos de prazo”.

Em 2018 o prazo médio do reembolso do IRS automático foi de 11 dias e a expectativa que temos é de manter o mesmo padrão em termos de prazo.

António Mendonça Mendes

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

A entrega da declaração anual do IRS começa no próximo dia 1 de abril, sendo que este ano, pela primeira, vez vai prolongar-se por três meses, terminando no dia 30 de junho.

No ano passado, registou-se uma forte afluência de entrega de declarações nos primeiros três dias da campanha do IRS, mas esta rapidez não assegura que o reembolso chegue mais cedo do que o de um contribuinte que opte por submeter a declaração na segunda semana.

“Aquilo que esperamos que percebam é que vamos manter o mesmo padrão em termos de prazos de reembolso do IRS, mas tendo em conta a forma como o sistema funciona, entregar na primeira ou na segunda semana, em termos de prazos de reembolso, acaba por ser o mesmo”, precisou António Mendonça Mendes.

Questionado sobre os motivos deste desfasamento, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais adiantou que tal se deve ao facto de todos os anos se registarem algumas alterações nos formulários do IRS que apenas entram em velocidade cruzeiro de testes quando o prazo de entrega arranca, ou seja, os testes são feitos em ‘ambiente real’.

Neste contexto, acrescentou, “é normal que o sistema esteja a funcionar melhor e na sua plenitude a partir da segunda semana”, sendo nessa altura que, apesar de o número de acessos aumentar, “o sistema responde mais rápido e os reembolsos são mais rápidos”.

No caso do IRS automático, o prazo médio dos reembolsos foi de 11 dias no ano passado, enquanto para os contribuintes que procederam à entrega da Modelo 3 nos moldes habituais aquele prazo rondou os 16 dias.

Entre os cerca de 5,1 milhões de agregados que fazem declaração anual de rendimentos há cerca de 3,2 milhões que estão este ano abrangidos pelo IRS automático, já que o automatismo foi alargado a todos os que possuem Planos-Poupança Reforma.

O alargamento do prazo de entrega de dois para três meses foi para desfasar as datas limite para o cumprimento de duas obrigações fiscais, já que de acordo com as regras em vigor até 2018 tanto a declaração de IRC (Modelo 22) como a do IRS terminavam no dia 31 de maio.

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Galp e setor do papel ditam ganhos em Lisboa

O PSI-20 está em alta pela segunda sessão, acompanhando o rumo dos pares europeus. O índice lisboeta está a ser impulsionado pelo avanço das ações da Galp Energia, Semapa e Navigator.

A bolsa nacional segue em alta pelo segundo dia consecutivo, com os receios relativos à saúde da economia a aliviarem, apesar de os investidores se manterem alerta. O PSI-20 acompanha os ganhos dos pares europeus, apoiado no avanço das ações da Galp Energia, Semapa e Navigator.

O PSI-20 soma 0,26%, para os 5.158,52 pontos, com dez dos seus 18 títulos em terreno positivo. Na Europa, o Stoxx Europe 600 avança 0,2%.

A recuperação acontece num contexto de algum alívio dos receios face à evolução da economia. “Após a desaceleração sofrida no final de 2018, os primeiros indicadores relativos a 2019 sinalizam uma melhoria”, alerta o BPI no seu Diário de Bolsa desta quarta-feira. O banco lembra o indicador de atividade económica, elaborado pelo INE, que aumentou 2,40% em janeiro face ao mesmo mês de 2018. Mas também o índice coincidente da atividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, que em fevereiro registou um incremento de 2,10%.

“Adicionalmente, a economia continua a gerar empregos, o que em conjunto com o incremento do rendimento das famílias, a recuperação da cessão de crédito e uma conjuntura mais favorável para o investimento público deverá suportar a procura interna”, diz o BPI.

O avanço da praça lisboeta está a ser apoiado na valorização de 0,82%, para os 14,19 euros, das ações da Galp Energia. Mas também na subida dos títulos ligados ao setor do papel. Em específico a Navigator, cujas ações avançam 0,7%, para os 4,048 euros, e as da Semapa que progridem 1,11%, para os 14,54 euros.

A EDP Renováveis soma 0,3%, para os 8,455 euros, enquanto a casa-mãe EDP sobe uns ligeiros 0,09%, para os 3,478 euros, isto apesar de as suas ações terem sido alvo de uma revisão em alta de preço-alvo. O Credit Suisse subiu o target que atribui às ações da elétrica dos 3,6 para os 4 euros.

Já o BCP avança 0,23%, para os 22,12 cêntimos, com o título a dar um suporte adicional aos ganhos do PSI-20.

Nota negativa apenas para os CTT, cujos títulos perdem 0,31%, para os 2,58 euros, voltando a aproximar-se do mínimo histórico estabelecido na passada segunda-feira.

(Notícia atualizada às 822 com mais informação)

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ADSE: Estudo encomendado por privados propõe reduzir isenções dos beneficiários

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Uma das 11 propostas apresentadas por um estudo para aumentar a sustentabilidade da ADSE é a redução das isenções dos beneficiários reformados.

A ADSE deve ser alargada a todos os funcionários públicos, mas o referencial a partir do qual os beneficiários reformados ficam isentos deve baixar dos 600 para 435,76 euros, conclui um estudo promovido pela associação dos hospitais privados.

O estudo feito pela Deloitte, a pedido da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e a que a Lusa teve acesso, apresenta onze propostas com vista à sustentabilidade da ADSE. Entre as propostas está o alargamento da “elegibilidade de admissão à ADSE de todos os funcionários das administrações central, regional e local, mesmo que não tenham vínculo de emprego público”.

Tal como a Lusa avançou em novembro, um documento preliminar com as principais conclusões do estudo apontava já para a necessidade de 80 mil novos beneficiários nos próximos cinco anos para compensar os que vão abandonando a ADSE, prevendo que, se nada for feito, o sistema entrará em défice “a partir de 2021”. Agora, no estudo com mais de 100 páginas, os autores avançam com propostas concretas, entre as quais a alteração do referencial para a aplicação da isenção de contribuições dos beneficiários titulares.

Atualmente estão isentos da contribuição mensal de 3,5% para a ADSE os reformados do Estado cujo valor da pensão é inferior ao salário mínimo (600 euros em 2019). No estudo é proposto que esse referencial passe a ser o correspondente ao Indexante de Apoios Sociais (IAS), que este ano é de 435,76 euros.

“A utilização do IAS afigura-se como mais adequado para a aplicação das isenções de contribuições, visto que é este o indexante comummente utilizado para fins de política social”, defendem os autores do estudo, para quem a medida teria um impacto positivo na receita e uma “ligeira redução” do número de beneficiários com isenção.

A subida do salário mínimo nos últimos anos tem vindo a aumentar o número de aposentados isentos de descontar para a ADSE que, segundo o estudo encomendado pela APHP, representam 5,2% do universo de 1,2 milhões de beneficiários do sistema de saúde, tendo vindo a aumentar “na ordem dos 5,5% ao ano”. As contribuições respeitantes aos titulares isentos de pagamento por carência económica “devem ser assumidas pelo Estado”, sugerem ainda os autores do estudo.

Além disso, consideram que deve ser introduzida “uma majoração per capita às contribuições pagas pelos titulares, aplicada por cada beneficiário familiar associada ao titular”. Na prática, significaria subir o desconto a pagar por cada familiar a beneficiar da ADSE.

Aumentar o copagamento, ou seja, o valor que é pago pelo beneficiário, nas consultas médicas, análises clínicas e imagiologia é outra das propostas apresentadas com vista a “moderar os consumos” dos beneficiários e conter os custos do sistema de saúde da função pública. “Existem diferenças muito significativas entre os copagamentos médios liquidados pelos utentes da ADSE e os liquidados pelos seguros”, lê-se no documento.

No mesmo sentido, é proposto que sejam impostos limites de cobertura para cirurgias e medicina dentária, a introdução de períodos de carência e a criação de produtos diferentes para responder a necessidades específicas dos beneficiários. Já para manter a atratividade da ADSE a pessoas com salários mais elevados, os autores recomendam limites às contribuições dos beneficiários com ordenados mais elevados.

É proposta ainda uma redução da contribuição durante o primeiro ano de adesão e até aos 40 anos de idade, bem como a revogação da “definitividade da renúncia”, possibilitando a reentrada no sistema de funcionários públicos que tenham até 40 anos. Estas duas medidas têm como objetivo aumentar o número de beneficiários e conter o envelhecimento da sua estrutura etária, um dos problemas identificados no estudo.

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Hoje nas notícias: EDP, ADSE e IMI

  • ECO
  • 27 Março 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O dia arranca com a notícia de que as autarquias serão obrigadas a devolver milhões de euros em IMI a empresas eólicas. Já a EDP decidiu que vai pagar as coimas de 2,5 milhões de euros interpostas pelo Banco de Portugal. Na saúde, um estudo mostrou que os utentes da ADSE vão ao médico mais vez do que aqueles que têm seguro de saúde e, na educação, o ministério da Defesa quer instalar creches nos quartéis para atrair mais mulheres para a vida militar.

Câmaras obrigadas a devolver milhões de IMI às eólicas

A Justiça decidiu e as câmaras terão de pagar a várias eólicas, como a EDP, vários milhões de euros em Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). A decisão foi tomada pelos tribunais, que deram razão a estas empresas no que diz respeito ao diferendo sobre tributação. Embora o Fisco possa adiantar esses pagamentos, as verbas terão de ser suportadas pelas próprias autarquias. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

EDP vai pagar coimas de 2,5 milhões ao Banco de Portugal

A EDP decidiu que não vai recorrer da aplicação de uma coima de 2,5 milhões de euros que lhe foi aplicada pelo Banco de Portugal (BdP), avança o Jornal de Negócios esta quarta-feira. Em causa está um processo de contraordenação por alegado incumprimento de regras de serviços de pagamento que a elétrica disse ter em curso em agosto do ano passado no relatório e contas do primeiro semestre. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

ADSE tem mais idas ao médico do que os seguros

Por ano, os utentes da ADSE vão cerca de sete vezes aos hospitais privados. Já quem tem um seguro de saúde vai em média cinco vezes. A conclusão é de um estudo da Deloitte encomendado pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP). A diferença de 26,4% pode ter várias explicações, mas parece apontam para um problema de consumos excessivos que deve ser atacada pela ADSE, já que a situação de excedente não vai durar se não forem tomadas medidas para aumentar a sustentabilidade do sistema. Uma das razões que pode explicar esta situação é o baixo preço pelas consultas (3,99 euros no regime convencionado), o que resulta que cada ida ao médico custe em média mais 30% aos utentes dos seguros. Mas também a ausência de limites na ADSE aos cuidados de saúde. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo quer creches em quartéis para ter mais mulheres militares

O Ministério da Defesa tem um plano para atrair mais mulheres, e voluntários em geral, para a vida militar. A ideia passa pela criação de creches e jardins-de-infância em unidades militares e nos serviços centrais do Ministério, uma proposta que já foi colocada em cima da mesa pelo ministro da Defesa. De acordo com os dados do Ministério, as mulheres têm um peso de 20% no total de militares, civis e militarizados das Forças Armadas, um valor que é considerado baixo para a Defesa. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Relações familiares no Governo requerem “cultura de decoro institucional”

Numa altura em que as relações familiares no Governo estão a marcar a atualidade, com Marcelo Rebelo de Sousa a relembrar que “família de Presidente não é Presidente”, explicando que prefere “não confundir as duas realidades”, a situação continua a alimentar a opinião pública. Para o presidente da Associação Cívica Integridade e Transparência, para não haver tantas relações familiares Governo “era preciso alguma cultura de decoro institucional”. Leia a notícia completa no Jornal I (acesso pago)

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EDP vai pagar coimas de 2,5 milhões ao Banco de Portugal

  • ECO
  • 27 Março 2019

Em causa estão coimas impostas pelo supervisor bancário por alegado incumprimento das regras de serviços de pagamento. A elétrica decidiu que não vai recorrer.

A EDP decidiu que não vai recorrer da aplicação de uma coima de 2,5 milhões de euros que lhe foi aplicada pelo Banco de Portugal (BdP), avança o Jornal de Negócios (acesso pago), esta quarta-feira. Em causa está um processo de contraordenação por alegado incumprimento de regras de serviços de pagamento que a elétrica disse ter em curso, em agosto do ano passado, no relatório e contas do primeiro semestre.

O documento referia que tinha sido instaurado à EDP “um processo de contraordenação pelo Banco de Portugal (BdP), por alegado incumprimento com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”. Concretizava dizendo que estava em causa o “exercício da atividade de prestação de serviços de pagamento (atividade essa legalmente reservada a instituições de crédito e entidades similares) e incumprimento de determinações do BdP”. A multa podia chegar a dez milhões de euros, dividida entre as empresas EDP Soluções Comerciais e EDP S.A.

A elétrica liderada por António Mexia disse na ocasião que o regime jurídico dos serviços de pagamento não se aplica ao caso em concreto.

Agora a sua opção terá sido de não recorrer da decisão do BdP, tendo mesmo a empresa constituído “uma provisão no valor de 125 milhares de euros para a EDP SA e 2.250 milhares de euros para a EDP Soluções Comerciais“, segundo o mais recente relatório divulgado pela empresa liderada por António Mexia, citado pelo jornal que não conseguiu, no entanto, ter uma reação da empresa sobre esse assunto.

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Deco recebe todos os dias famílias endividadas com casa penhorada

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Desde 2016 é proibido executar dívidas fiscais através da venda de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente do devedor. Deco pede alargamento desta proibição.

A Deco está a receber pedidos diários de ajuda de famílias endividadas que perdem a casa onde moram por dívidas que não conseguem pagar e que frequentemente são de valor reduzido, denunciou hoje a associação de defesa dos consumidores.

“Nestes primeiros três meses do ano, todos os dias surgem situações destas”, de famílias endividadas com penhora de morada de família, contou à Lusa a jurista da Deco Natália Nunes, explicando que em muitas destas situações existe até “uma grande desproporção” entre o valor em dívida e o valor patrimonial do imóvel penhorado devido à cobrança judicial de dívidas.

Das situações de penhora de casas, a Deco distingue duas situações: as de perda de casa por venda em leilão desencadeada para pagar dívidas de crédito à habitação e as de perda por outras dívidas, normalmente de menor montante que as usualmente pedidas num crédito à habitação.

“Não é que as primeiras situações não mereçam a nossa atenção, porque merecem, mas a nossa preocupação neste momento está mais focada nas famílias que perdem a casa por dívidas que não são de crédito à habitação e cujo pagamento até pode estar a ser cumprido pontualmente”, explicou a jurista do gabinete de proteção financeira da Deco.

A nossa preocupação neste momento está mais focada nas famílias que perdem a casa por dívidas que não são de crédito à habitação e cujo pagamento até pode estar a ser cumprido pontualmente.

Natália Nunes

Jurista da Deco

Natália Nunes dá como exemplo o caso de uma consumidora que, para realizar um tratamento médico, alugou por dois anos um equipamento por um valor fixo mensal mas que, devido ao divórcio e a auferir o salário mínimo nacional, não cumpriu o pagamento em dívida, mantendo o regular o pagamento do crédito à habitação do imóvel onde vivia.

“Foi então notificada no âmbito de um processo de cobrança judicial da penhora do imóvel, cujo valor patrimonial correspondia a 106.600 euros, (…) de forma a liquidar uma dívida no valor de aproximadamente 3.500 euros”, contou, adiantando que situações como esta estão a acontecer “com demasiada frequência”.

Natália Nunes diz que “são muitas as famílias” privadas da sua habitação por causa de processos de execução e de insolvência.

Desde 2016 é proibido executar dívidas fiscais através da venda de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente do devedor, ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efetivamente afeto a esse fim.

A Deco apela para o alargamento desta proibição nas execuções fiscais a situações paralelas de execução judicial de créditos, garantindo proteção quando a penhora pela administração tributária não é a primeira realizada.

A jurista lembrou que muitas vezes a casa de morada é chamada a responder a dívidas de pessoas com salário mínimo, uma vez que a lei portuguesa não permite a penhora do rendimento quando é igual ao salário mínimo nacional.

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Portugal entre os três países da OCDE onde gastos com saúde caíram entre 2009 e 2017

A OCDE publica, esta quarta-feira, o Society at a Glance e identifica Portugal como um dos três únicos países onde os gastos com a saúde decresceram, entre 2009 e 2017.

Na última década, a grande maioria dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) viu os seus gastos com a saúde desacelerarem. Em três Estados-membros, este cenário foi um pouco mais negro. Na Grécia, em Portugal e em Itália, este tipo de despesa registou mesmo um decréscimo. Isto segundo o relatório Society at a Glance, divulgado esta quarta-feira.

“Entre 2009 e 2017, a despesa de saúde per capita cresceu, em termos reais, em média, 1,5% por ano, na OCDE. Em contraste, no período entre 2003 e 2009, as taxas de crescimento reais anuais atingiram, em média, 3,7%. Três países — Grécia e, em menor grau, Portugal e Itália — apresentaram mesmo taxas de crescimento anuais negativas para o período entre 2009 e 2017″, frisa aquele organismo.

Grécia, Portugal e Itália foram os três países da OCDE que viram os seus gastos com saúde recuar.OCDE

A organização liderada por José Angél Gurría não adianta justificações para estes casos particulares, mas explica que a tendência geral de contração dos gastos é resultado da redução do valor despendido com os salários dos profissionais deste setor, com a suspensão dos processos de recrutamento, com o recuo dos montantes pagos a prestadores de serviços deste tipo e com a queda da despesa feita com fármacos.

De notar que uma parte do período considerado por este estudo coincide com um período da crise financeira mundial e, em Portugal, da intervenção da Troika (de 2011 até 2014), que se refletiu na degradação do sistema de saúde nacional face à queda do investimento nesse setor.

Isso mesmo tem sido apontado pelos profissionais do setor, que reclamam aumentos salariais e o reforço do investimento geral no setor. Em resposta, o Executivo de António Costa tem sublinhado que a despesa com a saúde cresceu, só nesta legislatura, 1.300 milhões de euros, o que equivale à recuperação de “tudo o que se perdeu na legislatura anterior”.

Os dados divulgados, esta quarta-feira, estabelecem um paralelo com aqueles avançados, na semana passado, no Risks that Matter, inquérito no âmbito do qual 49% dos portugueses disseram que estariam dispostos a pagar mais impostos, se isso resultasse na melhoria dos cuidados de saúde.

À semelhança do caso luso, a Grécia (o país onde os gastos com este setor mais caíram entre 2009 e 2017) foi também alvo de várias intervenções deste tipo, o que deverá servir de justificação para este cenário. Entre 2010 e 2018, este país recebeu ajuda externa, tendo sido alvo de três programas de assistência.

No terceiro país destacado negativamente pela OCDE (a Itália), o recuo é menor. Apesar de também ter atravessado um período de crise, Itália não foi alvo de qualquer programa de ajuda externa, o que poderá explicar a queda menos acentuada dos gastos com a saúde.

Do outro lado da escala, a Coreia do Sul e o Chile foram os países da OCDE onde os gastos com a saúde mais cresceram, tendo aumentado mais de 5%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Será conhecida a execução orçamental até fevereiro. Portugal vai fazer uma operação de troca de dívida, a segunda do ano. No Parlamento, Carlos Costa vai ser ouvido pela comissão de inquérito à CGD.

Nesta quarta-feira serão conhecidos os valores da execução orçamental até fevereiro deste ano e também dados relativos à avaliação bancária das casas. No Parlamento, a comissão de inquérito à CGD vai ouvir o atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Já nos mercados, Portugal vai fazer a segunda operação de troca de dívida do ano, e a Sonae Indústria revela as contas de 2018, depois de já ter avisado que o fecho de uma das fábricas vai pesar nos resultados.

DGO revela a execução orçamental

A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga nesta quarta-feira a síntese de execução orçamental até fevereiro de 2019. O ministro das Finanças antecipou que as contribuições sociais e a receita dos principais impostos nos dois primeiros meses do ano estão muito acima do que estava projetado, apesar da desaceleração da economia. Mário Centeno indicou que as contribuições sociais até fevereiro deste ano estão a crescer 7%, acima do que tinha sido projetado para o Orçamento do Estado de 2018 e também para 2019.

Carlos Costa é ouvido no Parlamento

Depois da audição da Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos auditores da EY, responsável pela auditoria aos atos de gestão do banco público entre 2000 e 2015, chega esta quarta-feira a vez de o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ser ouvido. As audições desta comissão tinham o início marcado para mais cedo neste mês, mas foram adiadas devido ao volume da documentação entregue. Os deputados receberam mais de duas dezenas de pastas com documentação variada sobre a vida da CGD nos últimos anos.

Portugal faz segunda operação de troca de dívida do ano

Portugal vai fazer esta quarta-feira uma oferta de troca de Obrigações do Tesouro (OT), na qual a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai comprar títulos com maturidade daqui a três anos e, em troca, vender OTs que vencem dentro de 11 anos. O montante não é ainda conhecido. Alongar os prazos das maturidades da dívida portuguesa tem sido uma das estratégias de gestão do IGCP. É a segunda operação de troca de dívida este ano, depois de um leilão de troca a 31 de janeiro, que permitiu ao país adiar para 2028 o reembolso de 700 milhões de euros em títulos que venciam já no próximo ano.

Sonae Indústria apresenta resultados de 2018

A Sonae Indústria vai divulgar as contas do ano passado. A empresa teve lucros de 22,6 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2018, registando uma subida de 8% face ao período homólogo. No entanto, a Sonae Indústria já alertou os investidores que vai registar uma forte quebra nos resultados do final do ano passado devido ao reconhecimento de uma imparidade avultada, de oito milhões de euros, com o encerramento da fábrica que detém em parceria com a LaminatePark na Alemanha. O incêndio na Tafisa Canada também vai pesar nas contas.

Avaliação das casas vai renovar máximos?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica nesta quarta-feira o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, referente a fevereiro deste ano. A avaliação dos imóveis está em ascensão há 22 meses, e arrancou o ano a bater um novo máximo. O valor médio da avaliação bancária fixou-se em 1.226 euros por metro quadrado em janeiro, um aumento de 0,5% face a dezembro e de 6,3% em termos homólogos.

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ECO lança revista Pessoas e entra no mercado editorial dos recursos humanos

  • ECO
  • 27 Março 2019

Nova revista da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas está nas bancas esta quarta-feira. Novo nome e grafismo marcam arranque do ECO como gestor do projeto.

A antiga revista Pessoal, da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), vai evoluir para um novo projeto editorial com a designação Pessoas. A nova revista, com um novo grafismo, consubstancia uma abordagem editorial rejuvenescida, mais moderna e orientada para novos públicos, e estará disponível a partir desta quarta-feira, 27 de março. Para além de uma revista com o título Pessoas, surgirá também um novo site, Pessoas Online.

A nova marca, que vem substituir a antiga revista Pessoal publicada pela APG desde 1976, marca a estreia do jornal de economia ECO como novo gestor editorial e comercial da revista e do site.

Capa da revista Pessoas n.º 1.D.R.

O ECO assumiu a gestão editorial e comercial da revista Pessoal e do site RHOnline.pt, agora PessoasOnline.pt, no início do ano. A Pessoas é subscrita de forma qualificada e segmentada por mais de 1.500 profissionais da área de recursos humanos e é propriedade da APG.

O RHOnline foi o primeiro portal de gestão de pessoas lançado no nosso país e juntamente com a respetiva newsletter (com 15.000 envios diários) são já os títulos líderes na informação especializada sobre gestão de recursos humanos em Portugal.

“Para o ECO, este movimento significa um óbvio enriquecimento de conteúdos numa área de atividade – a gestão das pessoas – com inquestionável relação com o mundo da economia e das empresas, territórios naturais do ECO”, sublinha António Costa, publisher do ECO.

Para o presidente da APG, Mário Ceitil, “o lançamento desta nova revista corresponde à orientação permanente e constante da APG em estimular e apoiar as iniciativas que se traduzam na prestação de serviços renovados, não só aos sócios, mas a toda a comunidade de Gestão de Pessoas em Portugal”.

Esta nova fase da revista e do site vai ter como diretora executiva Mariana de Araújo Barbosa, especializada nas áreas de novas tendências de gestão, empreendedorismo e talento.

No portefólio do ECO, a Pessoas vem juntar-se à Advocatus e reforçar o alargamento de títulos e marcas especializadas, iniciado em 2017. A nova revista Pessoas estará à venda nos locais habituais e tem o preço de capa de 5 euros, chegando gratuitamente a todos os sócios da APG.

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Carlos Costa já foi ouvido pelo Comité de Ética do BCE. Jean-Claude Trichet entre os que avaliaram a idoneidade do governador português

O governador do BdP contactou o Comité de Ética do BCE por causa da sua passagem pela CGD. Se este órgão já deliberou, não fez chegar a decisão a Lisboa. Costa vai esta quarta-feira ao Parlamento.

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, regressa esta quarta-feira ao Parlamento. Assunto: Caixa.Paula Nunes/ECO

Carlos Costa já foi ouvido pelo Comité de Ética do Banco Central Europeu (BCE) sobre o alegado envolvimento em operações de crédito que vieram a revelar-se ruinosas para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), aquando da sua passagem pelo banco público entre 2004 e 2006. Os membros daquele comité, entre os quais se destacam o francês Jean-Claude Trichet (histórico ex-presidente do BCE), já “consideraram o assunto” relativamente ao impacto na idoneidade do governador do Banco de Portugal, disse ao ECO uma fonte próxima do processo.

Em causa estão três operações que poderiam minar os requisitos de idoneidade do governador do Banco de Portugal, mas Carlos Costa já descartou qualquer responsabilidade naqueles financiamentos, como já teve oportunidade de esclarecer na entrevista à SIC.

Ao ECO, o Banco de Portugal confirmou a informação de que o Comité de Ética já ouviu Carlos Costa. “O governador do Banco de Portugal informou o Comité de Ética do BCE da informação que reuniu no quadro da sua preparação para a comissão parlamentar de inquérito” à recapitalização da CGD e aos atos de gestão, disse fonte oficial do supervisor nacional.

O governador do Banco de Portugal informou o Comité de Ética do BCE da informação que reuniu no quadro da sua preparação para a comissão parlamentar de inquérito.

Banco de Portugal

Fonte oficial

Ainda assim, “o governador não tem conhecimento de qualquer decisão tomada pelo Comité de Ética do BCE”, adiantou a mesma fonte.

O tema da idoneidade de Carlos Costa, que a partir das 17h00 desta quarta-feira estará no Parlamento a dar a sua visão dos acontecimentos sobre o banco público, foi levantado depois de a revista Sábado ter revelado que o então administrador com o pelouro do marketing e internacional marcou presença em reuniões que decidiram financiamentos que vieram a dar perdas avultadas. Depois, foi o Jornal Económico a revelar que Carlos Costa não iria ser avaliado pelo supervisor, como estavam a ser analisados outros ex-dirigentes da CGD, entre eles o antigo presidente António de Sousa.

Ainda que rejeite qualquer associação aos créditos ruinosos, o governador pediu escusa das decisões do Banco de Portugal relativas ao assunto do banco público, isto para evitar quaisquer conflitos de interesse que possam emergir do seu passado. Além disso, e por existirem dúvidas sobre a sua atuação, submeteu-se ele próprio à avaliação do Comité de Ética do Banco de Portugal e ao Ethics Committee (Comité de Ética) do BCE.

Entre as responsabilidades do Comité de Ética do BCE, que é composto por três membros cuja “independência está acima das dúvidas e têm um bom entendimento dos objetivos, das tarefas e da governação” do banco central, sendo nomeados pelo Conselho de Governadores, está o aconselhamento “sobre questões de ética com base em pedidos individuais”.

Estes encontros podem ser presenciais, mas também podem ser realizados através de teleconferência e “as deliberações poderão ter lugar através de procedimento escrito”, lê-se na decisão da União Europeia que criou este órgão em 2014. Se o Comité de Ética do BCE já deliberou, ainda não fez chegar a sua conclusão a Lisboa.

Além de Jean-Claude Trichet, o francês que liderou o BCE entre 2003 e 2011, o Comité de Ética é formado ainda pelo antigo governador do Banco Central da Irlanda Patrick Honohan (2009-2015) e pelo ex-governador do Banco Central da Finlândia Erkki Liikanen.

Foi junto deste trio de experts internacionais em matéria de governação de bancos centrais que Carlos Costa foi dar explicações sobre a sua participação em conselhos de crédito que decidiram operações que deram prejuízos significativos à CGD, conforme veio expor o relatório da auditoria da EY aos atos de gestão do banco público entre 2000 e 2015.

O que disse Carlos Costa? Aparentemente, as linhas gerais da sua defesa já foram reveladas na entrevista que concedeu à SIC, em fevereiro, numa altura em que o seu nome e a sua reputação estavam sob intensa discussão na praça pública. O Bloco de Esquerda tinha pedido a exoneração. E Rui Rio dizia que, caso o governador não tivesse a consciência tranquila, devia sair pelo próprio pé antes do fim do seu mandato, que acabará no próximo ano.

“Não participei nos 25 grandes créditos que geraram perdas para a CGD”, assegurou Carlos Costa na entrevista televisiva, rejeitando que tenha participado nos três créditos revelados pela Sábado e que deixaram dúvidas.

Há um financiamento ao projeto de Vale do Lobo que só veio a ser decidido e aprovado numa reunião posterior àquela que Carlos Costa participou e que visou discutir as “condições em que a CGD poderia participar” nessa operação. “Nessa reunião estava lá”, disse. Não na que decidiu o crédito ao empreendimento turístico no Algarve, garante. Vale do Lobo veio a representar um buraco de 219 milhões ao banco público, segundo a auditoria.

Há também um financiamento de 47 milhões de euros à Metalgest, do empresário Joe Berardo, mas a operação não chegou a ser realizada pela CGD.

Depois, em relação ao empréstimo à Investifino, de Manuel Fino, o Expresso adiantou que a defesa de Carlos Costa reconhece a participação em reuniões que aprovaram créditos àquela sociedade. Porém, o primeiro financiamento de 144 milhões de euros foi totalmente liquidado e a segunda operação, envolvendo 28 milhões de euros, foi liquidada numa parte e reestruturada noutra. Existe ainda um terceiro financiamento, datado de julho de 2005, no valor de 180 milhões de euros, mas a reunião que decidiu essa operação não contou com a presença de Carlos Costa.

Esta terça-feira, no arranque das audições da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e aos atos de gestão, a EY, responsável pela auditoria ao banco público, recusou fazer “juízos de valor” sobre os créditos concedidos entre 2000 e 2015. Mas Florbela Lima, que foi uma das autoras do relatório, disse que esta é a auditoria certa para que sejam apuradas responsabilidades junto de quem governou a CGD naquele período.

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Dúvidas sobre os novos passes? Área Metropolitana de Lisboa tem uma linha telefónica para o ajudar

  • Lusa
  • 26 Março 2019

Linha telefónica para esclarecer dúvidas sobre o funcionamento dos novos tarifários funciona durante os dias úteis a partir de quarta-feira e até dia 15 de abril.

A Área Metropolitana de Lisboa vai ter, a partir de quarta-feira, uma linha telefónica de apoio ao utente no âmbito do novo sistema tarifário de transportes, que entra em vigor na próxima segunda-feira.

A linha telefónica – 211 211 776 – funciona durante os dias úteis a partir de quarta-feira e até dia 15 de abril, sendo o horário de atendimento entre as 09:00 e as 20:00, informa a Câmara Municipal de Lisboa.

Os utentes dos transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa puderam começar esta terça-feira a carregar o cartão Lisboa Viva com os novos passes Navegante Metropolitano ou Municipal, válidos a partir de 1 de abril.

Os novos passes são mensais, válidos durante o primeiro e o último dia de cada mês, e têm duas modalidades: o passe Navegante Metropolitano e o passe Navegante Municipal.

O passe Navegante Metropolitano custa 40 euros e permite viajar em todos os transportes públicos, de uma ponta à outra da Área Metropolitana de Lisboa.

O passe Navegante Municipal existe em 18 versões, um para cada um dos concelhos que integram a AML, permitindo ao utente utilizar todos os transportes públicos de um concelho por 30 euros.

Este passe tem a denominação da área geográfica a que diz respeito, como por exemplo Navegante Lisboa, Navegante Sintra ou Navegante Vila Franca de Xira

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