Porto com mais um empreendimento de luxo. Investimento de 40 milhões de euros

O projeto V Porto é composto por 82 apartamentos, com preços entre os 195 mil euros e os 1,6 milhões de euros. A conclusão do projeto está prevista para o primeiro semestre de 2021.

A cidade do Porto recebe cada vez mais investimento. Face à crescente procura por parte dos turistas, o número de hotéis, resorts e empreendimentos de luxo não pára de crescer e a parte habitacional fica esquecida. Quando olhamos para a cidade, as gruas não escapam à vista, até dos mais distraídos.

Desta vez é foi a Avenue, promotora imobiliária, a reforçar a sua presença no Porto e a apostar na construção de um condomínio habitacional intitulado de V Porto, um investimento avaliado em cerca de 40 milhões de euros. Um empreendimento com vista para o Rio Douro, situado na rua D. Pedro, na frente ribeirinha, entre o centro e a Foz. A conclusão do projeto está prevista para o primeiro semestre de 2021.

O V Porto é composto por 16 moradias e 82 apartamentos, distribuídos por oito pisos, com tipologias de T1 a T4. Os apartamentos contam com áreas entre os 52 e os 227 metros quadrados. Os preços estimados para as unidades podem variar entre 195 mil euros e 1,66 milhões de euros.

O condomínio tem uma área total de 18.800 metros quadrados e será comercializado até final deste ano. Vai contar com um jardim privativo, um campo de padel, um ginásio e uma sala comum.

A grande maioria dos apartamentos têm vista privilegiada para o Rio Douro e alguns imóveis do último piso terão uma piscina privativa. O empreendimento contará com um estacionamento privado com uma área de seis mil metros quadrados.

O valor de um T1 pode rondar entre os 195 a 360 mil euros, os T2 entre 425 e 630 mil euros. Já os apartamentos T3 custarão entre os 495 mil euros e 1,49 milhões de euros, enquanto os T4 estão avaliados a partir dos 880 mil euros até aos e 1,66 milhões de euros.

“Reforça o investimento da Avenue no Porto, através de um projeto de dimensão relevante e de grande qualidade. O V Porto beneficia de uma localização de centro de cidade, da proximidade do rio Douro, de escolas e de uma oferta alargada de comércio de conveniência”, refere em comunicado Aniceto Viegas, diretor geral da Avenue.

Este é o segundo investimento da promotora imobiliária na Invicta, depois do Aliados 107, um empreendimento de luxo localizado em plena baixa portuense, com quatro lojas e 23 apartamentos. Este projeto foi finalizado em março 2018 e foi inteiramente pré-comercializado durante a fase de construção.

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Seguros de saúde: como assegurar a sustentabilidade dos benefícios?

AdvanceCare, Multicare e Médis debateram os desafios de um futuro sustentável no setor segurador de saúde, na 1.ª conferência da Willis Towers Watson sobre saúde e benefícios.

Os empregadores portugueses gastam 15% da massa salarial em benefícios e o seguro de saúde é o seguro mais utilizado em Portugal, disponibilizado por 89% das empresas. Estes são alguns dos números do “Estudo Tendências em Benefícios“, que analisou as respostas de mais de 4.000 empresas em todo o mundo, e que foi desenvolvido este ano pela Willis Towers Watson (WTW) e apresentado na 1.ª conferência Willis Towers Watson sobre saúde e benefícios, que decorreu esta sexta-feira na Nova SBE, em Carcavelos, integrada no Greenfest.

No debate “Sustentabilidade dos benefícios – um olhar para o futuro“, os representantes das seguradoras AdvanceCare, Multicare e Médis, e da própria Willis Towers Watson — que assume um papel mediador entre as seguradoras e as empresas — falaram sobre as tendências do setor e refletiram sobre a possibilidade de um futuro sustentável na área dos seguros de saúde.

Como garantir a sustentabilidade dos benefícios?

Os problemas de saúde mental afetam uma em cada seis pessoas na União Europeia, e Portugal é o quinto país da UE com maior incidência deste tipo de doenças. A procura por seguros de saúde cresce, fazendo com que os benefícios em saúde sejam, hoje, o mais procurado pelos colaboradores nas organizações.

A saúde “é um dos benefícios que está mais exposto à pressão dos custos”, devido aos hábitos de consumo ou à facilidade de acesso aos seguros privados, explica Alexandre Falcão, senior consultant da WTW. Na Europa, 44% das seguradoras identificam as doenças do foro da saúde mental como uma das três principais patologias dos próximos três anos.

Para as seguradoras, “a informação é um fator essencial para tomar as melhores decisões e para as sustentar”, sublinha Alexandre Falcão. E, os próximos anos, acrescenta, vão exigir “investimento de tempo, alguma criatividade e envolvimento dos parceiros e dos fornecedores dos benefícios”, tendo sempre como objetivo um futuro sustentável.

Mas como garantir a sustentabilidade dos benefícios? O seguro de saúde é o tipo de seguro com maior prevalência em Portugal, mas com o envelhecimento da população, a fatia crescente de clientes urbanos e o desenvolvimento da tecnologia estão a desafiar o setor das seguradoras. José Pedro Inácio, CEO da AdvanceCare, acredita que os colaboradores nas organizações são cada vez mais exigentes. “Têm muito mais educação”, o que se manifesta numa “tendência macro, mas que tem influência nos seguros de saúde”, reforça. “Não podemos ser só os financiadores do tratamento, temos de estar presentes do momento A até ao momento final”, reforça.

“Se as doenças forem detetadas mais cedo, os custos serão muito menos”, defende José Pedro Inácio. Para Maria João Sales Luís, membro da comissão executiva da Multicare, é urgente levar as pessoas a adotar estilos de vida mais saudáveis e “educar os recursos humanos para uma vida sustentável”, refere.

“Estar antes da doença”

Qual a visão para o seguro de saúde e para os benefícios das empresas?”, é a pergunta a fazer quando se pensa na saúde dentro das organizações, defende o CEO da AdvanceCare. Para José Pedro Inácio, a saúde tem deve ser considerada “um investimento”. Por isso, as empresas têm de deixar de ver estes temas como custos e passar a considerá-los “questões de longo prazo”, numa perspetiva de prevenção.

Um dos desafios é a “mudança do paradigma de mentalidades”, sublinha Natália Bernardo, senior consultant da WTW. “As pessoas têm de saber onde querem estar “e decidir se querem “estar num seguro para prevenir riscos no futuro”, ou “para situações imediatas de consumo”, alerta. “O bem-estar é algo que queremos ter no momento presente, e garantir que vai acontecer no futuro para a população em geral”, acrescenta Pedro Correia, da comissão de gestão da Médis.

"Quanto melhor conhecermos o comportamento das nossas empresas, mais podemos ajudar a desenvolver estes programas.”

Natália Bernardo

senior consultant da WTW

Para a representante da Multicare, é preciso “estar antes da doença”. “É necessário incentivar e premiar quem tem a missão de se manter saudável”, reforça Maria João Sales Luís.

A Médis aposta na prevenção com o “Plano Empresa Saudável“, através do qual se incentiva o rastreio de doenças crónicas, oncológicas ou diabetes. A Multicare tem apostado em plataformas médicas remotas que permitem aos utilizadores ter acesso a cuidados primários, de bem-estar, nutrição, e tabagismo. Não há prevenção sem boa comunicação. “Se não tivermos a abertura para desenvolver planos de comunicação interna, pouco ou nenhum sucesso vamos ter”, reforça Pedro Correia.

Saúde: o benefício que as empresas (e os colaboradores) procuram

“A sustentabilidade dos benefícios é algo que preocupa bastante as organizações em Portugal. Existe uma utilização e uma procura cada vez maior dos benefícios enquanto complemento salarial ao package que os colaboradores têm”, sublinha o head of health & benefits da Willis Towers Watson.

A comunicação pode ser a chave para conseguir identificar as “verdadeiras dores da empresa”, exemplifica Natália Bernardo. O setor dos seguros deve ter um “papel pedagógico”, disponibilizando mais informação às organizações. “Quanto melhor conhecermos o comportamento das nossas empresas, mais podemos ajudar a desenvolver programas”, sublinha Natália.

Para “mudar hábitos” é preciso “repetir novos comportamentos”, reforçou Pedro Norton de Matos, fundador do Greenfest e orador que procedeu o debate. “É o “r” de reduzir, é o “r” de reduzir o risco”, rematou o fundador, fazendo um paralelismo entre o ADN do Greenfest e a urgência na sustentabilidade dos benefícios em saúde, em Portugal e no mundo.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 18 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Grupo Sana investe 30 milhões para construir hotel de cinco estrelas no Quartel da Graça

O Grupo hoteleiro venceu o concurso ao abrigo do programa Revive que prevê a construção de um hotel de cinco estrelas com 120 quartos no espaço do antigo Quartel da Graça.

O Grupo Sana venceu o concurso para a construção de um hotel de cinco estrelas nas instalações do Quartel da Graça, em Lisboa, ao abrigo do Programa Revive, anunciou a secretaria de Estado do Turismo, nesta sexta-feira.

O investimento estimado para a recuperação do imóvel é de 30 milhões de euros, estando programada a instalação de um hotel de 5 estrelas que contará com 120 quartos. A abertura do novo hotel está prevista para o final de 2022. A renda anual será de 1,79 milhões de euros.

A construção desta unidade hoteleira surge no âmbito do Programa Revive, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, com a colaboração das autarquias locais e a coordenação do Turismo de Portugal, que tem em vista a recuperação de vários imóveis de reconhecido interesse.

“Com o Quartel da Graça, passam a ser dez os imóveis adjudicados ao abrigo do Programa Revive, o que representa um investimento de 100 milhões de euros“, dá conta a secretaria de Estado do Turismo.

É dado nota ainda que até ao momento foram lançados concursos relativos a 19 imóveis no âmbito desse programa. Atualmente, estão abertos os concursos para a concessão do Mosteiro de Lorvão, em Penacova, do Forte da Ínsua, em Caminha, do Mosteiro de São Salvador de Travanca, em Amarante, e do Paço Real de Caxias, em Oeiras.

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BCP e Jerónimo Martins puxam tapete à bolsa de Lisboa

A bolsa de Lisboa fecha a semana em queda com apenas 4 cotadas em terreno positivo. O PSI-20 caiu pela primeira vez em 4 sessões, com a Jerónimo Martins e o BCP a puxarem o tapete à praça lisboeta.

A bolsa de Lisboa termina a semana com o pé esquerdo. O índice PSI-20 caiu pela primeira vez em quatro sessões, em linha com os pares europeus. A puxar o tapete à praça lisboeta esteve o BCP e a Jerónimo Martins, no dia em que se soube que a Biedronka, a empresa polaca da retalhista, está a ser investigada pelas autoridades.

O PSI-20, índice de referência português, desvalorizou 0,73% para 4.977,16 pontos, com apenas quatro dos 18 títulos em terreno positivo. Na Europa o Stoxx 600 recuou 0,3%, o mesmo que as praças alemã, espanhola e britânica.

Em destaque na bolsa lisboeta está a Jerónimo Martins que fechou a perder 1,42%, negociando nos 14,96 euros, fortemente penalizada pela investigação do regulador polaco. Esta sexta-feira o UOKiK anunciou que vai investigar a forma como os preços na Biedronka, detida pela Jerónimo Martins, são apresentados aos clientes. Em causa estão várias queixas apresentadas pelos consumidores que alegadamente terão pago um valor superior na caixa do que aquele apresentado nas prateleiras.

BCP pressiona PSI-20

Por outro lado, o BCP cede 1,97%, negociando nos 0,19 euros. Tanto o banco como a retalhista estiveram toda a sessão a negociar em terreno negativo. A penalizar Lisboa está ainda a EDP Renováveis que encerrou a cair 0,51%, no dia em que anunciou ao mercado que irá integrar um consórcio na Coreia do Sul para construir um parque eólico flutuante. Já a casa mãe EDP perdeu 0,14%.

O pior desempenho entre as cotadas pertenceu, no entanto, à Mota-Engil, que derrapou 2,52% para 1,94 euros por ação. Com apenas quatro cotadas a inverter esta tendência, destaque para os CTT e Semapa. A operadora postal fechou a ganhar 1,20%, já a papeleira subiu 0,48%.

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França, Itália e Alemanha querem proibir criptomoeda do Facebook na Europa

  • Lusa
  • 18 Outubro 2019

O ministro das Finanças francês anunciou em Washington que as três maiores economias da Zona Euro estão a trabalhar em conjunto para proibir na Europa a criptomoeda que o Facebook quer criar.

França, a Itália e a Alemanha estão a preparar em conjunto medidas para interditar na Europa a criptomoeda do Facebook, a Libra, anunciou esta sexta-feira Bruno Le Maire, ministro das Finanças francês.

“A Libra não é bem-vinda em território europeu. Estamos a tomar medidas, com os italianos e os alemães porque é a nossa soberania que está em jogo“, declarou o ministro, numa conferência de imprensa à margem das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que decorrem em Washington.

Questionado sobre a natureza dessas medidas, Le Maire recusou-se a revelá-las, por enquanto. “É a mensagem política que é importante”, insistiu.

O ministro apontou um dos aspetos controversos: o facto de a Libra, cujo lançamento está previsto para 2020, se apoiar num conjunto de moedas.

“Basta que o Facebook decida ter mais euros ou mais dólares para ter um impacto a nível cambial no euro ou no dólar e consequentemente um impacto direto no comércio, na indústria, nos Estados que têm como moeda de referência o euro ou o dólar”, referiu.

Isso vai afetar a eficácia dos Estados e debilitar a independência da política monetária, sublinhou.

“Queremos que a política monetária fique nas mãos de uma empresa privada como o Facebook? A minha resposta é claramente não”, afirmou.

Bruno Le Maire sublinhou, no entanto, que não é contra a criação de uma moeda digital pública na qual a França está disposta a trabalhar “num quadro europeu”.

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Generali notifica concorrência europeia da compra da Tranquilidade por 600 milhões de euros

Seguradora italiana notificou esta semana a DG-Comp, a autoridade da concorrência europeia, por causa da compra da Seguradoras Unidas, dona da Tranquilidade, por 600 milhões de euros.

A Generali notificou esta semana a DG-Comp, a autoridade da concorrência europeia, por causa da compra da Seguradora Unidas por 600 milhões de euros ao fundo Apollo. O negócio entre italianos e americanos ficou fechado em julho, mas a sua conclusão encontra-se ainda dependente das autorizações dos reguladores.

A seguradora italiana anunciou a aquisição da Tranquilidade por 510 milhões e da AdvanceCare por 90 milhões de euros no dia 18 de julho, numa operação que vai torná-la no segundo maior grupo segurador em Portugal nos ramos não vida. Três meses depois, esta terça-feira é que as autoridades europeias receberam a notificação da operação de concentração.

Só com a autorização da DG-Comp e dos outros reguladores, nomeadamente a Autoridade da Concorrência portuguesa e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), é que a transação pode ficar fechada. A Seguradoras Unidas, que junta a Tranquilidade (ex-BES), Açoreana (ex-Banif) e Logo, obteve um lucro de 50,6 milhões de euros em 2018.

Aquando do anúncio do negócio em julho, Jaime Melgarejo, CEO da Generali, sublinhou que a Seguradora Unidas vai permitir ao grupo “otimizar o posicionamento estratégico no país, capturar oportunidades de crescimento, bem como alcançar importantes reduções de custos fruto das sinergias”. “Estas aquisições representam um passo importante na implementação da estratégia de três anos do grupo que tem como objetivo reforçar a liderança na Europa”, assinalou na altura.

Na corrida pela Tranquilidade estava ainda os espanhóis da Catalana Occidente, sendo que entre os interessados estiveram também a Mapfre, Ageas, Zurich e a Allianz.

Foi em em 2015 que a Apollo adquiriu a Tranquilidade ao Novo Banco por 40 milhões de euros, embora o fundo norte-americano tenha injetado mais de 150 milhões de euros para reforçar o capital da seguradora.

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TAP repudia “insinuação de práticas de bullying” para com os trabalhadores

  • Lusa
  • 18 Outubro 2019

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil acusou a companhia de fazer bullying sobre os trabalhadores ao enviar emails a dar conta das suas faltas, sem diferenciar os motivos e fazendo comparações.

A TAP “repudia de forma veemente qualquer insinuação de práticas de bullying para com os seus trabalhadores”, feita pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial da transportadora aérea.

O SPAC acusou a TAP de fazer bullying sobre os trabalhadores ao enviar emails a dar conta das suas faltas, sem diferenciar os motivos destas, e fazendo “comparações estatísticas” entre eles.

Contactada hoje pela Lusa, na sequência desta posição do sindicato, fonte oficial da TAP afirmou que a companhia “repudia de forma veemente qualquer insinuação de práticas de bullying com os seus trabalhadores”, acrescentando que “nunca foi e nunca será prática” da empresa, “que dispõe de um canal de ética e de conduta aberto a todos os trabalhadores para eventuais denúncias”.

A mesma fonte referiu que “apenas com informação, a TAP pode diagnosticar e atuar para melhorar os seu níveis de absentismo, que têm impacto direto na pontualidade e no bom funcionamento geral de qualquer companhia aérea, empenhada em melhorar e prestar cada vez mais um serviço de excelência aos seus clientes”.

A transportadora disse ainda que tem várias medidas em curso para melhorar a saúde dos seus trabalhadores.

“Proporcionar visibilidade e transparência sobre os indicadores operacionais relevantes da companhia, sempre dentro da lei e observando a confidencialidade de dados, é uma das prioridades da TAP”, acrescentou.

Numa carta enviada na quinta-feira aos presidentes executivo da TAP, Antonoaldo Neves, e do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, “os pilotos demonstram o seu desagrado profundo, indignação e revolta pelo modo encapotado como a TAP na qualidade de empregador realiza ‘bullying’ sobre os seus trabalhadores, profissionais de renome, sem que exista qualquer justificação para este comportamento”.

Segundo aquele sindicato, a companhia aérea enviou uma mensagem de correio eletrónico a cada piloto, na qual é dada informação sobre as suas faltas e que “confronta os pilotos com um ranking criado pela TAP que visa reconhecer a prestação de alguns ou vexar os profissionais que, pelas mais variadas razões se encontram numa situação de ausência”.

O texto do sindicato, a que a Lusa teve acesso, refere que a razão invocada pela transportadora aérea para o envio daquela comunicação aos pilotos se prende com o objetivo de “melhorar a saúde geral” dos trabalhadores.

No entanto, o SPAC diz não conseguir relacionar as faltas no âmbito da parentalidade ou exercício de funções sindicais, por exemplo, com a saúde dos trabalhadores.

Os pilotos entendem que há uma discriminação entre trabalhadores, uma vez que, segundo explica a carta do SPAC, os critérios usados para a comparação colocam no mesmo plano diferentes tipos de faltas, como por exemplo faltas por doença e faltas por morte de um familiar.

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Costa tem quatro ministros de Estado, mas títulos valem pouco. O que conta é o peso político

Mais do que o título de ministros de Estado interessa o poder efetivo que Costa dá aos ministros. Os especialistas ouvidos pelo ECO não veem grandes mudanças na orgânica do novo Governo.

António Costa decidiu promover quatro ministros a ministro de Estado e um deles — Siza Vieira que tem a pasta da Economia — a número 2 do Governo, à frente de Mário Centeno. Mas o que de facto significa isto? Os especialistas contactados pelo ECO não atribuem muita relevância a estas mudanças. Mais importante do que o título é o peso político real.

“Acho que é um mero Governo de continuidade como o primeiro-ministro prometeu em campanha e afirmou na indigitação“, diz, ao ECO, Nuno Garoupa. O professor na George Mason University, nos EUA, acrescenta não ver “nenhum sinal de qualquer alteração relevante em política orçamental ou económica”.

Ou seja, para o economista esta alteração de posições entre os ministros da Economia e das Finanças não significa que Costa irá dar prioridade à economia em detrimento das finanças públicas.

Durante a campanha para as legislativas, o líder do PS agitou a bandeira das contas certas que Mário Centeno lhe deu e o programa eleitoral não revela qualquer viragem. A consolidação orçamental, desta vez com um enfoque na redução da dívida pública, é o ponto central de toda a estratégia na política económica e orçamental, como já frisou o próprio ministro das Finanças.

Pedro Silveira, professor de ciência política na Universidade da Beira Interior (UBI) e especialista em relações governamentais, defende que o título de ministro de Estado é mais simbólico e lembra que tudo depende do que acontece no dia-a-dia do Governo.

A escolha de quatro ministros de Estado — além de Centeno e de Siza, também Augusto Santos Silva e Mariana Vieira da Silva ganharam o título — “é algo simbólico”. No entanto, face ao Governo anterior de António Costa passa uma mensagem clara para fora de quem “faz parte do núcleo duro” do Executivo.

Na legislatura que agora acaba Costa não teve qualquer ministro de Estado. E não foi esse facto que impediu o ministro das Finanças de condicionar durante toda a legislatura a ação dos restantes ministros. Ou seja, Centeno não tem precisado do título de ministro de Estado para ter força à mesa do Conselho de Ministros.

No entanto, não é o facto de Centeno ser agora ministro de Estado que lhe atribuiu um peso político adicional efetivo. “Mário Centeno teria mais poder se fosse o único ministro de Estado”, argumenta Pedro Silveira que não acredita que a atribuição deste título possa servir para fazer alguma leitura sobre se Centeno fica até ao fim da legislatura. “Se fosse o único ministro de Estado poderia haver aqui uma leitura de compromisso de legislatura.” Neste caso, não.

O especialista em relações governamentais lembra que desde Pedro Santana Lopes, em 2004/2005, que um ministro da Economia não estava tão em cima na hierarquia do Executivo. Mas o poder real de Pedro Siza Vieira, amigo pessoal do primeiro-ministro, vai depender mais de dois fatores: se o primeiro-ministro vai “empoderar” o ministro da Economia, ou seja, se lhe vai dar o papel de “coordenador” do Governo perante os restantes ministros. Se Costa quiser passar a mensagem para dentro do elenco governamental de que a Economia ganha importância terá de “apresentar Siza Vieira no Conselho de Ministros como coordenador político” e como o membro do Governo “que tem autoridade para falar pelo primeiro-ministro”.

Silveira acredita que esta função será atribuída a Mariana Vieira da Silva, uma escolha “mais pacífica”, que já desempenhava essa função no atual Executivo e que agora também passou a ministra de Estado.

O professor da UBI acrescenta que, além disso, há um fator conjuntural que influencia as várias camadas de poder dentro de um Governo. “Se houver necessidade conjuntural de cortes o ministro das Finanças ganha mais preponderância mesmo que não tenha o título de ministro de Estado.”

Em governos anteriores, há também exemplos que mostram a força que por tradição têm os ministros das Finanças em Portugal. Em 2011, quando o primeiro Governo de Passos Coelho tomou posse, Vítor Gaspar era ministro de Estado e das Finanças, mas tinha Paulo Portas à sua frente na hierarquia do Governo, acumulando também o título de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Portas, líder do partido da coligação governamental, era o número dois de Passos, mas essa posição não evitou o descontentamento do presidente dos centristas com a força que o ministro das Finanças tinha dentro do Governo.

Também na legislatura que agora acaba existe um outro exemplo que mostra que o peso político de um ministro resulta mais da missão que tem (e do sucesso com que a executa) do que dos títulos que compõem o nome do cargo. Pedro Nuno Santos, atualmente ministro das Infraestruturas e da Habitação, foi, em grande parte da legislatura passada, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Mas ao ter como função ser pivot das negociações na geringonça tornou-se numa peça essencial para o sucesso da legislatura. Mesmo sem ser ministro.

No dia em que foi conhecido o elenco do Governo, a subida do ministro da Economia a número 2 do Governo não impressionou os patrões. “É um Governo de continuidade”, disse o presidente da CIP, António Saraiva, acrescentando não esperar que as “políticas sejam alteradas”. No entanto, houve atores de associações empresariais que elogiaram a escolha. Esta opção envia um sinal para os empresários de que “há um retemperamento” no Governo, depois de quatro anos de geringonça, diz Pedro Silveira. “As empresas leem que vão ter agora um interlocutor verdadeiramente importante”, embora tudo “dependa da prática”.

A estabilidade fiscal e a redução da carga fiscal das empresas — medidas que estão permanentemente nos cadernos de encargos das associações representativas das empresas — são decididas no Terreiro do Paço e não na Horta Seca, onde fica o Ministério da Economia.

Mas afinal para que serve ser ministro de Estado? Esta questão terá resposta na Lei Orgânica do Governo. Mas habitualmente, em executivos anteriores, como por exemplo no de Passos Coelho, ao ministro de Estado, cabia a responsabilidade de substituir o primeiro-ministro nas suas ausências e impedimentos — tendo o Presidente da República de ser informado. Uma situação, que se poderá intensificar com a presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2021.

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Suspensa publicação dos resultados das eleições. Tomada de posse do Governo pode ser adiada

  • ECO
  • 18 Outubro 2019

A Comissão Nacional de Eleições deu seguimento a reclamação do PSD e não envia os resultados para publicação em Diário da República. Sem isso, novo Parlamento não pode tomar posse. Governo também não.

A Comissão Nacional de Eleições decidiu suspender o envio para Diário da República da lista final dos resultados das eleições legislativas do passado dia 6 de outubro, que impede a sua publicação, sem a qual o novo Parlamento não pode reunir e o novo Governo tomar posse, avança o Público.

Segundo o jornal, a Comissão Nacional de Eleições deu sequência à reclamação apresentada pelo PSD, que estava contra a não contagem dos votos dos emigrantes cujos envelopes não continham também uma cópia do cartão do cidadão.

O PSD argumenta que as diferentes mesas de voto tiveram decisões diferentes sobre se estes votos eram considerados válidos ou não. A contagem de votos revelou um aumento do número de votos nulos de 3.071 para 35.331, onze vezes mais que o verificado em 2015.

O Tribunal Constitucional terá até às 9h00 de quarta-feira para julgar a reclamação do PSD quanto ao apuramento do voto dos emigrantes, que na contagem final deu dois deputados ao PS e outros dois ao PSD.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do PSD, José Silvano, adiantou que o recurso foi entregue na quinta-feira e que a impugnação “em nada altera os deputados eleitos e os resultados, pois só se prende com a forma como os votos nulos – cerca de 35 mil – foram contabilizados”.

“São os votos que não trazem a identificação do cidadão que foram classificados como nulos. Entendemos que o princípio constitucional deve ser o mesmo dos votos em território nacional. O cidadão que se apresente numa assembleia de voto sem o cartão de cidadão não vota. Portanto, deve ser considerado abstencionista. Queremos que o TC diga se é abstenção ou voto nulo”, explicou o dirigente do PSD.

Ainda segundo José Silvano, os juízes do Palácio Ratton têm o dia de hoje para contactar os mandatários das restantes candidaturas sobre o recurso do PSD e, posteriormente, mais 48 horas para anunciarem uma decisão em relação à impugnação.

A primeira reunião da Assembleia da República, já com a nova configuração resultante das eleições, só poderá ocorrer depois da publicação dos resultados eleitorais em Diário da República, que está agora pendente da decisão do Tribunal Constitucional sobre o recurso do PSD.

Para hoje, esteve agendada uma reunião da conferência de líderes no parlamento para marcar a data da primeira reunião mas foi cancelada. Só depois da instalação do parlamento poderá o novo Governo tomar posse.

A lei eleitoral para a Assembleia da República prevê que após receber um recurso no âmbito do contencioso eleitoral, o presidente do Tribunal Constitucional “manda notificar imediatamente os mandatários das listas concorrentes no círculo em causa para que estes, os candidatos e os partidos políticos respondam, querendo, no prazo de vinte e quatro horas”.

Depois, “nas 48 horas subsequentes”, o Tribunal Constitucional, em plenário, decide definitivamente do recurso, comunicando imediatamente a decisão à Comissão Nacional de Eleições.

Hoje mesmo, o ministro dos Negócios Estrangeiros português admitiu em Paris que há “muitas coisas ainda a aperfeiçoar” no voto por correspondência dos cerca de 1,4 milhões de votantes portugueses que residem no estrangeiro.

O número de votantes nas legislativas nos círculos da emigração aumentou em quase 130 mil, em virtude do recenseamento automático dos não residentes, mas a taxa de abstenção foi mais alta do que em 2015.

Apesar de o número de votantes no estrangeiro ter passado de 28.354, em 2015, para 158.252, nas eleições de 06 de outubro (+129.898), a taxa de abstenção subiu ligeiramente, situando-se em 89,2% face aos 88,3% do sufrágio anterior.

Já a taxa de votos nulos foi de 22,3%, o que corresponde a 35.331 votos.

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Não há manifestamente condições para acordo em breve sobre orçamento da UE, diz António Costa

  • Lusa
  • 18 Outubro 2019

António Costa considera que “neste momento” não há condições para ser alcançado no curto prazo um acordo sobre o orçamento da UE para 2021-2027, dadas as divergências dos Estados-membros.

O primeiro-ministro indigitado, António Costa, considerou esta sexta-feira em Bruxelas que, “neste momento, manifestamente não há condições” para ser alcançado no curto prazo um acordo sobre o orçamento da União Europeia para 2021-2027, dadas as “profundas divergências” entre os Estados-membros.

No final do Conselho Europeu realizado em Bruxelas entre quinta-feira e sexta-feira, António Costa comentou que, “depois de um primeiro dia com boas notícia, com o acordo sobre o Brexit”, teve lugar “uma segunda fase do Conselho sem boas notícias e sem conclusões sobre qualquer das matérias em debate”, uma das quais a discussão sobre o futuro quadro financeiro plurianual da União pós-2020, que, comentou, teve apenas o mérito de deixar evidentes as diferenças entre os 27.

“No quadro da discussão sobre o quadro financeiro plurianual da UE, houve uma troca de pontos de vista que teve a vantagem de ser muito franca, muito aberta e muito clara entre todos, e onde ficou bastante evidente as profundas divergências que ainda existem em matéria do futuro quadro financeiro plurianual”, disse.

Admitindo que há o risco de o calendário previsto para a adoção do futuro orçamento da UE atrasar-se e repetir-se a “descontinuidade” verificada há sete anos, ameaçando a execução atempada dos programas e fundos comunitários, o primeiro-ministro sublinhou, todavia, que também seria negativo “fazer rapidamente um mau acordo”.

Há esse risco, mas é sempre preciso ponderar entre a vantagem de fazer rapidamente um mau acordo ou investir mais algum tempo para obter um acordo melhor. Eu acho que, neste momento, manifestamente não há condições para fazer qualquer tipo de acordo no curto prazo”, disse.

António Costa insistiu que “há uma parte” da proposta colocada sobre a mesa pela presidência finlandesa do Conselho, “aliás, a parte mais importante, que é absolutamente inaceitável”, designadamente o recuo proposto para as contribuições nacionais (dos Estados-membros para o ‘bolo’ global) relativamente à proposta inicial da Comissão, que já desagradava ao Governo, por considerar que é insuficiente para satisfazer todas as novas prioridades da UE, sem sacrificar áreas com provas dadas, como a Política Agrícola Comum e a Política de Coesão.

Recordando que a proposta original da Comissão prevê contribuições dos Estados-membros de 1,11% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) para o orçamento global 2021-2027, o que “já era insuficiente”, e que o Parlamento Europeu propõe antes um montante global (de 1.324,1 mil milhões de euros a preços de 2018) equivalente a 1,3%, o primeiro-ministro defendeu que “a base de trabalho mínima deve ser pelo menos aquilo que é a atual contribuição no atual quadro” financeiro 2014-2020, que é de 1,16% (fazendo cálculos já a uma UE a 27, sem o Reino Unido).

Considerando por isso que a solução deve passar por um equilíbrio entre as propostas da Comissão e do Parlamento, Costa insurgiu-se então contra a proposta dos finlandeses, “entre os 1,03 e os 1,08%” do RNB, e apontou que “a larga maioria dos membros do Conselho são favoráveis a uma posição que se aproxima da do Parlamento Europeu, e que rejeita em absoluto a proposta finlandesa”.

“O problema é que tem de ser aprovado por unanimidade”, acrescentou.

Na conferência de imprensa final do Conselho, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sublinhou a urgência de se chegar a um acordo, mas observou que nesta cimeira houve “muito pouco de novo”

“Lembrei ao Conselho que têm a obrigação de concluir rapidamente este debate. Se esperarmos pelo final do próximo ano, perderemos outros anos durante os quais os investigadores não poderão investigar, os jovens não poderão participar no programa Erasmus, que é uma das mais belas histórias de sucesso da UE”, declarou

(Notícia atualizada às 16h02)

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Desaceleração do crescimento económico chinês assusta Wall Street

A China cresceu ao ritmo mais baixo desde 1992, levando os investidores a ignorarem os resultados empresariais mais fortes que o esperado. As principais praças dos EUA abriram na linha de água.

O fraco crescimento na China está a criar desconforto em Wall Street. Após terem sido conhecidos os dados do produto interno bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo e ainda no rescaldo do acordo comercial entre China e EUA, as principais praças norte-americanas abriram com perdas ligeiras.

O PIB chinês cresceu 6% entre julho e setembro, o que representa o crescimento mais fraco desde 1992. A expansão compara com os 6,2% registados no trimestre anterior e com a estimativa de 6,1% dos analistas consultados pela Refinitiv. A desaceleração do crescimento económico reflete a guerra comercial que dura há 15 meses entre Beijing e Washington.

Os dois países anunciaram na passada sexta-feira um acordo de princípio. O Presidente norte-americano, Donald Trump, espera que o acordo seja concluído em meados de novembro.

Ainda assim, o Fundo Monetário Internacional prevê que a guerra comercial entre as duas maiores potências económicas do mundo leve a uma redução do PIB mundial de 0,8%, ou seja, 700 mil milhões de dólares, até 2020 se a totalidade das tarifas anunciadas entrar em vigor até ao fim do ano.

As perspetivas de penalizações para a economia global estão a castigar Wall Street, levando os investidores a ignorarem a época de resultados que está a correr melhor que o esperado para as empresas norte-americanas. O índice industrial Dow Jones abriu a perder 0,04% para 27.014,42 pontos, enquanto o financeiro S&P cede 0,05% para 2.996,54 pontos e o tecnológico Nasdaq desliza 0,05% para 8.152,54 pontos.

A contrariar a tendência estão a Coca-Cola e a Intuitive Surgical, sendo que ambas estão a reagir em forte alta aos resultados trimestrais apresentados. A empresa de refrigerantes valoriza 1,93% para 54,85 dólares, enquanto a cotada de aparelhos médicos avança 6,05% para 561,42 dólares.

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