Vendas de ativos por empresas chinesas além-fronteiras superam compras pela primeira vez

  • Lusa
  • 16 Setembro 2019

As empresas chinesas tornaram-se este ano, pela primeira vez, vendedoras líquidas de ativos globais. A mudança ocorre numa altura que a China cresce ao ritmo mais baixo dos últimos 30 anos.

As empresas chinesas tornaram-se este ano, pela primeira vez, vendedoras líquidas de ativos globais, depois de, na última década, terem sido das principais protagonistas em fusões e aquisições internacionais, incluindo em Portugal.

A mudança de estatuto ocorre numa altura em que o crescimento económico da China cresce ao ritmo mais baixo dos últimos trinta anos e Pequim tenta combater um ‘boom’ do endividamento corporativo, que ameaça a estabilidade financeira do país, enquanto trava uma guerra comercial com Washington.

Desde 2017, o Governo chinês aumentou também o escrutínio sobre investimentos além-fronteiras, apontando a “irracionalidade” de algumas das aquisições.

Segundo a consultora financeira Dealogic, desde o início do ano, as empresas chinesas puseram à venda cerca de 40 mil milhões de dólares (mais de 36 mil milhões de euros) em ativos no exterior.

Durante o mesmo período, os grupos chineses compraram 35 mil milhões de dólares (31,6 mil milhões de euros) em ativos além-fronteiras, tornando o país um vendedor líquido global.

Em Portugal, por exemplo, o conglomerado chinês HNA anunciou, em março passado, a venda da participação de 9% que detinha na TAP, através da Atlantic Gateway, por 55 milhões de dólares (49,6 milhões de euros).

A HNA, que detém ainda importantes participações em firmas como Hilton Hotels, Swissport ou Deutsche Bank, enfrenta uma grave crise de liquidez e está sob supervisão de um grupo de credores.

Desde o final de 2017, o grupo vendeu 20 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros) em ativos fora do país.

Também o grupo chinês Anbang, que foi apontado como candidato à compra do Novo Banco, deparou-se nos últimos anos com várias dificuldades. O fundador, Wu Xiaohui, foi condenado à prisão, no ano passado, e o Estado chinês acabou por assumir a gestão do grupo, forçando a venda de grande parte do seu portfólio global.

Muitos dos ativos colocados agora à venda por grupos chineses foram adquiridos em 2016, antes de Pequim ter aumentado o escrutínio sobre os investimentos.

Nesse ano, os investimentos chineses além-fronteiras atingiram um pico de 200 mil milhões de dólares (180 mil milhões de euros), contribuindo para o rápido crescimento das dívidas corporativas.

Analistas associam ainda a escalada de vendas este ano a uma escassez de divisas, devido à fraqueza na balança de pagamentos, causada em parte pelas disputas comerciais com os EUA.

Washington e Pequim aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de ambos os países, numa guerra comercial que começou há mais de um ano.

Segundo dados das alfândegas da China, em agosto, as exportações chinesas caíram 1%.O excedente comercial da China recuou, assim, para 34,8 mil milhões de dólares (31,5 mil milhões de euros), depois de, no mês passado, se ter fixado nos 45 mil milhões de dólares (40,8 mil milhões de euros).

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Portugal é o quarto país europeu com menos empregos disponíveis

Portugal seguiu a tendência de subida das vagas de emprego registada nos demais países da Zona Euro e da União Europeia, mas manteve-se um dos Estados-membros com a menor taxa.

De abril a junho, a taxa de vagas de emprego subiu ligeiramente tanto na Zona Euro — área onde foi registado um aumento de 0,2 pontos percentuais — como na União Europeia — área onde foi verificada um acréscimo de 0,1 pontos percentuais. De acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Eurostat, Portugal seguiu essa tendência, mas manteve-se um dos países onde a percentagem de postos de trabalho disponíveis é menor. Abaixo da taxa portuguesa, aparece apenas a grega, a espanhola e a búlgara.

A taxa de vagas de emprego na Zona Euro fixou-se em 2,3% no segundo trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e acima dos 2,1% registados no segundo trimestre de 2018. Na União Europeia, a taxa de vagas de emprego também ficou nos 2,3% no segundo trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e acima dos 2,2% registados no segundo trimestre de 2018″, lê-se na nota conhecida esta manhã.

Segundo o gabinete de estatísticas europeu, esta taxa registada tanto no quadro da área da moeda única como do bloco comunitária é a mais alta desde, pelo menos, 2009, ano de início da série. A análise por setor indica ainda que, de abril a junho, a taxa de vagas de emprego na indústria e na construção fixou-se nos 2%, na Zona Euro, e nos 2,1% na União Europeia. Nos serviços, a taxa registada foi de 2,6% na área da moeda única e no bloco europeu.

Taxa de vagas de emprego fixou-se em 1% em Portugal

Fonte: Eurostat

No segundo trimestre do ano, foi na República Checa (6,2%), na Bélgica e na Holanda (ambas com 3,4%) que se registaram as taxas de emprego mais elevadas entre os Estados-membros europeus. Em sentido inverso, a Grécia (0,7%), a Bulgária e Espanha (ambas com 0,9%) foram os países com menor percentagem de postos disponíveis.

Em quarto lugar na base da tabela aparece Portugal, país onde a taxa de vagas de emprego ficou em 1%, estável em comparação com os primeiros três meses do ano e 0,1 pontos percentuais acima do valor registado no período homólogo.

Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, a taxa de vagas de emprego cresceu em dez Estados-membros (grupo no qual se inclui Portugal), ficou estável em nove e recuou em nove outros. “As maiores subidas foram registadas na República Checa (+0,8 pontos percentuais), na Letónia (+0,5 pontos percentuais), na Alemanha e em Malta (ambos com +0,4 pontos percentuais). Os maiores recuos foram verificados na Croácia e na Eslovénia (-0,3 pontos percentuais)”, frisa o Eurostat.

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Cuatrecasas distinguida pelo Financial Times em Londres

A Cuatrecasas ganhou dois prémios na edição 2019 dos FT Innovative Lawyers Europe: o de mais inovadora da Europa (sem incluir o Reino Unido) e o de inovação em gestão e desenvolvimento de talento.

A sociedade de advogados Cuatrecasas foi distinguida em Londres com os prémios de “Sociedade mais inovadora da Europa” (sem incluir o Reino Unido) e de “Gestão e Desenvolvimento de Talento”, pelo Financial Times, nos prémios anuais FT Innovative Lawyers Europe.

A Cuatrecasas conseguiu melhorar os resultados obtidos no ano passado, atingindo a sexta posição no ranking das sociedades de advogados mais inovadoras de toda a Europa. Volta ainda a ser o escritório não anglo-saxónico mais bem classificado do ranking, perto dos cinco que o antecedem.

Além da Cuatrecasas, apenas um escritório não britânico (NautaDutilh) conseguiu posicionar-se entre os dez mais inovadores da Europa, na décima posição. Só seis sociedades de advogados espanholas e uma portuguesa conseguiram estar entre as 50 mais inovadoras da Europa: Cuatrecasas (6.º), Écija (16.º), Garrigues (20.º), Gómez-Acebo & Pombo (28.º), RCD (28.º), Uría-Menéndez (31.º) e VdA (43.º).

Entre as distinções ligadas à gestão e as distinções ligadas ao conhecimento jurídico, a Cuatrecasas obteve duas menções extraordinárias (standout), em Gestão e Desenvolvimento de Talento e em Criação de Novos Standards, e cinco recomendações (commended): Novos Negócios e Modelos de Serviço; Dados, Conhecimento e Intelligence, Tecnologia; Acesso a Novos Mercados e Capital; e Gestão da Complexidade e Escala.

A Cuatrecasas figura desde 2008, anual e consecutivamente, no ranking das sociedades de advogados mais inovadoras da Europa.

O Financial Times Innovative Lawyers publica anualmente há 14 anos um relatório, ranking e prémios sobre a inovação na advocacia de negócios e a assessoria jurídica a empresas radicadas na Europa. Um júri independente encarrega-se de avaliar as candidaturas apresentadas e verificar a informação através de pessoas que são dadas como referência.

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Bright Pixel lidera consórcio europeu para projetos de blockchain

Sociedade de investimentos portuguesa é líder do consórcio que procura apoiar startups com base tecnológica ligada ao blockchain. Investimento é de 800 mil euros para cerca de três anos.

A portuguesa Bright Pixel vai liderar o consórcio europeu Blockstart, direcionado para startups que trabalhem com a tecnologia blockchain. A sociedade de investimentos lidera o programa europeu, em parceria com a Civitta e a F6S. Esta é a segunda vez que a portuguesa participa no consórcio.

“O desafio partiu de uma vontade da União Europeia de criar condições para que estas tecnologias possam ter impacto na indústria, sobretudo porque muitas PME não têm essa capacidade”, explica Benjamim Junior, cofundador e partner da Bright Pixel, em entrevista ao ECO.

A ideia deste consórcio é, por isso, ajudar pequenas e médias empresas, não só a conhecerem, mas a implementarem, soluções baseadas em blockchain e desenvolvidas por programadores e startups, agilizando as relações entre as duas partes.

“Este consórcio pretende ainda apoiar os empreendedores nesta área a validarem as suas ideias no mercado, e ainda potenciar boas práticas de utilização e implementação desta tecnologia, através de workshops, conferências, ou relatórios, junto da Comissão Europeia e demais intervenientes no ecossistema de inovação europeu, como associações, clusters, incubadoras, entre outros”, adianta a Bright Pixel em comunicado.

Ao longo de 30 meses, a Comissão Europeia vai investir cerca de 800 mil euros num processo que envolve 60 empreendedores e 60 empresas. Os participantes serão escolhidos na sequência de três calls (concurso aberto a candidaturas), sendo que a primeira está prevista ainda para este ano.

“A inovação está no nosso ADN e, por isso, temos acompanhado empreendedores e startups que desenvolvem soluções em tecnologias emergentes. A blockchain tem sido uma das áreas de foco porque reconhecemos o seu enorme potencial e acreditamos que há ainda muito caminho a ser definido por programadores talentosos”, detalha Celso Martinho, CEO e cofundador da Bright Pixel, citado em comunicado.

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Deloitte vai premiar melhor CFO em Investor Relations. Veja os nomeados

São quatro os nomeados para o prémio de CFO em Investor Relations, na iniciativa promovida pela Deloitte. Apenas um nome transitou da lista de nomeados da edição anterior.

Estão escolhidos os nomeados para a 32º edição dos prémios Investor Relations & Governance Awards, os IRGA, que distinguem as melhores práticas de governo e de transparência nas empresas cotadas. Uma das categorias desta iniciativa da Deloitte elege o melhor CFO em Investor Relations, e são quatro os profissionais que chegaram à lista final.

Elaborada por um colégio eleitoral, a lista foi avaliada por um júri, presidido pelo economista Vítor Bento, que escolhe o vencedor. Este será anunciado a 19 de setembro, na cerimónia que se irá realizar no Convento do Beato, em Lisboa. No ano passado, o prémio foi atribuído a Ângelo Paupério, da Sonae. Nessa edição estavam nomeados também os CFO do BCP, EDP e da Nos.

Este prémio olha para os responsáveis pela área financeira que se destacam pela relação com os investidores. Miguel Bragança, do Banco Comercial Português (BCP), é o único nome que se repete em relação à última edição dos IRGA. O CFO assumiu vários cargos ao longo do percurso na área da banca, nomeadamente no Banco Santander. Foi para o Millennium em 2012, onde é atualmente CFO e vice-presidente executivo.

Miguel Bragança, CFO do BCP.

A EDP volta também a figurar na lista, desta vez com Miguel Stilwell d’Andrade. Antes de se tornar responsável pela área financeira da elétrica, no ano passado, assumiu a presidência da EDP Comercial. Atualmente, ocupa também o cargo de representante para as relações com o mercado e com a CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários).

Miguel Stillwell de Andrade, CFO da EDP.D.R.

A CFO da Corticeira Amorim é outra das nomeadas este ano. Cristina Rios de Amorim é também vogal do Conselho de Administração da Corticeira Amorim, e faz parte dos conselhos de várias empresas. É ainda gestora noutros locais do grupo, nomeadamente da Amorim – Viagens E Turismo Lda.

Cristina Rios de Amorim, CFO da Corticeira Amorim.Corticeira Amorim

Filipe Crisóstomo Silva completa a lista de nomeados. O CFO da Galp Energia está na empresa desde julho de 2012, sendo que anteriormente passou pela banca. Foi responsável pelas áreas de investment banking do Deutsche Bank em Portugal, tendo também assumido o cargo de CEO.

Filipe Crisóstomo Silva, CFO da Galp Energia.Galp Energia

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Crédito ao consumo bate novo máximo. Foram 687 milhões de euros em julho

Os bancos e as financeiras concederam 687 milhões de euros em empréstimos para consumo, em julho. Trata-se do valor mais elevado de um histórico que se iniciou em 2013.

Após um mês de quebra, a concessão de crédito ao consumo voltou a ganhar tração, atingindo um novo máximo histórico em julho. Naquele mês, os bancos e as financeiras concederam mais de 687 milhões de euros em novos empréstimos com esse fim. Trata-se do montante mais elevado, pelo menos desde 2013, ano em que começa o histórico do Banco de Portugal.

Os dados divulgados pela entidade liderada por Carlos Costa mostram que, em julho, os portugueses se financiaram em 687,6 milhões de euros para consumo. Este montante corresponde a uma subida de 21,5% face aos 566 milhões que se tinham registado em junho. E de 15,22% quando comparado com os 596,8 milhões de euros que tinham sido disponibilizados pelos bancos e financeiras em junho do ano passado.

O valor total do crédito para consumo concedido, em julho, superou o anterior máximo do histórico que tinha sido estabelecido em maio.

Evolução do crédito ao consumo desde 2013

Fonte: Banco de Portugal

Os dados divulgados há poucos dias pela entidade liderada por Carlos Costa, dizendo respeito apenas ao financiamento disponibilizado pelos bancos (financeiras não são consideradas), já apontavam para esse novo recorde. Naquela ocasião, foi avançado que a nova concessão de crédito ao consumo por aquele segmento tinha ascendido a 515 milhões de euros, o valor mais elevado do histórico do Banco de Portugal com início em janeiro de 2003.

Crédito para comprar carro continua a dominar

Foi sobretudo o crédito automóvel que mais contribuiu para o incremento da concessão de crédito ao consumo. Com este fim, os bancos e as financeiras disponibilizaram 298,4 milhões de euros, em julho. Trata-se do valor mais elevado do histórico considerado pelo Banco de Portugal, suplantado o máximo até agora observado, em maio do ano passado.

Entre junho e julho, o aumento do crédito automóvel foi de 30,8%. Quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o incremento é de 5,4%.

O “bolo” do crédito neste segmento foi para a compra de carro usado, com reserva de propriedade. Foram concedidos 187 milhões de euros com este tipo de financiamento, um aumento de 30,4% face a junho e de 7,7%, em termos homólogos.

Para a aquisição de viaturas novas, também com financiamento com reserva de propriedade, foram dados 69,4 milhões de euros: mais 29,2% que em junho e 1,92% acima do período homólogo.

Em ALD, o crédito automóvel ascendeu a 32,5 milhões no caso dos novos e 9,6 milhões nos usados. Ou seja, aumentos de 34,1% e 37%, respetivamente, em termos mensais.

Os outros créditos pessoais — segmento que inclui, por exemplo, o financiamento de férias e a aquisição de eletrodomésticos — foi outro dos principais motores da disponibilização de crédito ao consumo. Foram concedidos 292,2 milhões de euros com esse fim, em julho. Ou seja, 15,9% acima do valor registado em junho e 28,5% superior ao período homólogo.

Já o segmento de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, registou uma disponibilização de 85 milhões de euros: mais 11,4% que em junho e 8,9% acima do verificado em julho do ano passado.

Por sua vez, o financiamento com a finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, foi responsável por 58,7 milhões de euros, em julho. Este valor corresponde a um aumento de 29,9% face a junho e de 52% quando comparado com o mesmo mês de 2018.

(Notícia atualizada às 11h39 com mais informação)

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Criando empresas com um propósito humano

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  • 16 Setembro 2019

O mundo está hoje a mudar a um ritmo que não testemunhávamos desde a revolução industrial.

O futuro nunca foi tão pouco previsível, mas os desafios abrem enormes oportunidades para as empresas que são mais ágeis e inovadoras, e que abraçam os avanços no design, na tecnologia e na inteligência artificial, e onde o local de trabalho do futuro é preparado para a disrupção a partir de dentro.

Foi neste contexto que a EY, a Microsoft e a Statonchase juntaram um conjunto de empresas numa workshop de design & future thinking, para imaginar o futuro do trabalho e do talento. Durante a mesma procurámos resposta para as questões que se colocam hoje aos gestores.

Como podem os locais de trabalho permanecer diversos, num mundo que luta pela igualdade e sentimento de pertença? Como vão os colaboradores evoluir à medida que a Inteligência Artificial e a Aprendizagem Máquina se tornam mais e mais sofisticados? E, finalmente – a questão ardente – podem as organizações ficar à frente dos concorrentes sem inovação?

Foi com estas preocupações em mente que desafiámos um conjunto de organizações a desenharem o seu caminho para o sucesso, imaginando, desenhando e criando a Agenda das Pessoas.

 

O Design Thinking não é um novo conceito. Na verdade, muitos de vocês já ouviram falar desta metodologia e até mesmo já a usaram nas vossas organizações. No entanto, a sua eficácia só é maximizada para o negócio quando suportada por três pilares: “design thinking”, “design doing” e “design being”, onde este último representa a transformação e a vivência de uma cultura de design. Foi nossa missão dar aos gestores de talento presentes ferramentas e conhecimentos que permitam dar às suas empresas emoções humanas, para a gestão do futuro do trabalho e do talento.

À medida que o digital e a tecnologia estão a transformar as expectativas de imediatez das pessoas, os clientes estão agora a tornar-se a vanguarda de um número crescente de organizações. Mas adotar uma abordagem centrada no cliente não é fácil, e as organizações devem ser capazes de mudar rapidamente, em resposta ao cenário de alteração constante nos negócios de hoje – elas precisam de se tornar em negócios com um propósito humano. Isto significa que as empresas têm de adotar uma metodologia e mentalidade de design que induz flexibilidade e inovação na cultura da empresa, colocando os colaboradores e o digital no coração e mente de tudo o que fazem.

No workshop selecionámos dois processos e começámos por identificar os problemas centrais em torno da aquisição e acolhimento de talento na organização, por forma a compreendermos a necessidade de ser capaz de jogar num mercado cada vez mais competitivo, exigente e em constante mudança.

Uma empresa com um propósito humano é aquela que entregará uma experiência de colaborador excecional, melhorando a forma como as pessoas trabalham e dando-lhes as ferramentas certas, o apoio e a liberdade para se destacarem. Esta coloca as pessoas no centro de tudo o que faz, e personaliza uma cultura que incentiva a inovação em todos os níveis da organização.

 

Artigo de autoria de Sérgio Ferreira – Executive Director, EY

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Telefónica contrata banco para analisar compra da brasileira Oi

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  • 16 Setembro 2019

Espanhóis estão a ponderar avançar com uma oferta sobre a operadora brasileira Oi, onde a Pharol detém 5,5%.

A espanhola Telefónica está a analisar a potencial aquisição da operadora rival brasileira Oi, que continua a debater-se com problemas financeiros graves e que apresenta um valor de mercado de 6.000 milhões de euros, adianta esta segunda-feira o jornal El Confidencial (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Fontes próximas das negociações adiantaram ao jornal espanhol que a Telefónica já contratou um banco de investimento como assessor financeiro para que ajudar a avaliar as melhores opções em relação à Oi, onde a portuguesa Pharol PHR 2,51% tem uma posição relevante de 5,5%, seja através da compra de uma parte da operadora ou então da aquisição da totalidade do capital rival da Vivo (a marca da Telefónica) no Brasil.

Estas movimentações decorrem num momento sensível para a Oi, que em agosto apresentou prejuízos de 353 milhões de euros, o triplo do esperado pelos analistas, e que lançou dúvidas junto das autoridades quanto à viabilidade da operadora de telefonia fixa e móvel.

Segundo outras fontes, a Telefónica contactou o Morgan Stanley para que ajude na aquisição da Oi, que em janeiro tinha contratado os serviços do Bank of America Merrill Lynch para estudar desinvestimentos em áreas não estratégicas e aliviar o fardo da dívida. O El Confidencial lembra que quando a Oi entrou em crise, há três anos, a dívida ascendia a 17 mil milhões de euros.

Desde então a Oi encontra-se em processo de recuperação judicial, mas os problemas continuam a desafiar a companhia. Várias fontes disseram ao jornal que os acionistas da Oi poderiam levar a cabo uma liquidação ordenada da empresa com a venda da divisão de telefonia fixa e móvel.

A Anatel, o regulador brasileiro do setor das telecomunicações, afirmou recentemente que o Governo brasileiro não vai intervir para salvar a Oi, depois de a imprensa local ter noticiado que poderia haver um “resgate” público para salvaguardar a continuidade do serviço aos clientes. Nessa ocasião, revelou que prefere uma solução de mercado para o quarto maior operador do país, com uma quota de mercado de cerca de 18%.

A Telefónica recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto. O jornal frisa, porém, que a Anatel não veria com bons olhos a compra da totalidade da Oi, tendo em conta a posição dominante que a Vivo assume neste momento no mercado brasileiro. Por outro lado, para a Telefónica, comprar uma parte da operadora rival poderia representar uma grande oportunidade, sobretudo depois de o Senado brasileiro ter aprovado na semana passada uma nova lei nacional de telecomunicações, a PLC 79.

“Esta movimentação parece bastante surpreendente tendo em conta o nível de endividamento da Telefónica e o foco de redução da dívida da companhia”, referiram os analistas do BPI/CaixaBank numa nota de research publicada esta segunda-feira. “Além disso, a Oi tem sido uma operadora que tem lutado financeiramente com pontos de interrogação na sua viabilidade financeira”, acrescentam.

As ações da Pharol recuam 0,86% para 0,115 euros.

Pharol perde 1%

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Indemnizações compensatórias aprovadas. Governo vai pagar 167 milhões

Indemnizações compensatórias pretendem contribuir para o equilíbrio financeiro das empresas prestadoras de serviço público, nomeadamente as empresa de transportes.

Foi aprovada a atribuição de indemnizações compensatórias, a atribuir em 2019, às empresas prestadoras de serviço público. Neste pacote incluem-se as compensações à CP e ao Metro de Lisboa e do Porto, nomeadamente para as despesas dos passes sociais.

No total, incluindo a comunicação social, a cultura e os transportes, as indemnizações compensatórias atribuídas ou pagas no decurso do corrente ano vão ascender a 167.643.534,38 euros, lê-se na resolução de Resolução do Conselho de Ministros publicada esta segunda-feira em Diário da República. Só para a Infraestruturas de Portugal vão 73 milhões de euros.

As indemnizações a atribuir à CP podem ascender aos 40 milhões de euros, sendo que aquelas referentes aos passes escolar, sub23, Social+ e do sistema Andante correspondem a 3,4 milhões. Já aquelas para o Metropolitano de Lisboa poderão chegar aos 17,1 milhões de euros, e para o Metro de Lisboa até os 10 milhões de euros.

A Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia é responsável por processar as indemnizações dos metropolitanos, bem como da Soflusa e da Transtejo, sendo que estas poderão ter como montante máximo 30.866.000 euros. Já o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) pode processar um total de 40 milhões de euros, referentes à CP.

Para as despesas com o passe escolar, também conhecido como o 4_18, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) pode processar mais de sete milhões de euros, ao que acresce cerca de um milhão pela Secretaria-Geral e 500 mil euros pelo IMT. Já as despesas com o passe sub23 podem ascender a 6,8 milhões de euros por parte da DGTF, 3,4 milhões pela secretaria-geral e 1,5 milhões pelo IMT.

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Maior evento mundial de sustentabilidade chega a Portugal

Social Good Summit, evento mundial da Fundação das Nações Unidas, chega a Portugal em 2020. A primeira edição nacional vai focar-se nas alterações climáticas.

O Social Good Summit, evento mundial da Fundação das Nações Unidas, vai chegar a Portugal em 2020. A primeira edição do evento em solo nacional vai ter como tema central as alterações climáticas, uma vez que os temas da conferência estão alinhados com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A responsável pela vinda do maior evento de sustentabilidade mundial para Portugal é a It’s About Impact, uma non profit para eventos e conteúdos de impacto social que conta com o apoio da Casa do Impacto, hub de empreendedorismo e inovação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, inaugurado há cerca de um ano.

A importância da discussão destes temas e o impacto deles na vida de todos os seres humanos não deixou indiferente Jwana Godinho, fundadora da It’s About Impact, sobre as razões que a levaram a querer trazer o evento para Portugal. “Há alguns anos que vou ao Social Good Summit, onde tenho tido a oportunidade de ouvir oradores e histórias reais que se tornaram em alguns dos momentos mais inspiradores da minha vida. A missão agora passa por fazer chegar estas histórias a Portugal, de forma a que todos possam conhecer estas realidades e se movam por um mundo melhor”, esclarece.

Jwana Godinho é fundadora da It’s about impact.

A ideia é que a Social Good Summit Lisbon se realize no primeiro semestre de 2020 e, para já, o evento deverá contar com a participação de 1.000 pessoas, entre ativistas, agentes políticos, artistas, empreendedores, estudantes e empresários. “Acreditamos que é possível atingir os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável até 2030. Queremos fazer parte desse movimento e queremos que Portugal participe ativamente nesse caminho”, acrescenta a responsável.

A edição deste ano do evento em Nova Iorque está marcada para 22 de setembro. Do “cartaz” fazem parte nomes como o da ativista Greta Thunberg, ou dos escritores Zoleka Mandela e Jonathan Safran Froer, entre outras personalidades.

Criado há dez edições, o evento tem como objetivo discutir temas relacionados com os objetivos que as Nações Unidas adotaram em 2015. O programa inclui um total de 17 missões globais para cumprir até 2030 e que se pretende que culminem num “novo modelo global de sustentabilidade”, segundo a organização. Da lista de oradores notáveis fizeram já parte nomes como o dos prémios Nobel Malala Yousafzai, Al Gore e Dr. Muhammad Yunus, os filantropos Melinda Gates e Richard Branson, os políticos Jacinta Arden e Joe Biden e os artistas Whoopi Goldberg, Chelsea Handler, Amber Heard, Demi Lovato e Alicia Keys.

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Portugal é o segundo país da Europa onde mais se anda de carro

  • ECO
  • 16 Setembro 2019

O carro foi usado pelos portugueses para 88,5% das distâncias percorridas em 2017. Apenas na Lituânia se usa mais este meio de transporte.

Deixar o carro em casa e optar por outros meios de transporte é ainda opção para um número reduzido de portugueses. Portugal foi o segundo país da União Europeia onde mais se circulou de carro, em 2017, revela o Eurostat. Apenas a Lituânia ficou à frente.

De acordo com o gabinete europeu de estatísticas, o carro foi o meio escolhido pelos portugueses em 88,5% do total de quilómetros percorridos por passageiro, naquele ano.

Este valor compara com uma média de 83,3% a nível europeu, com o carro a ser o meio de transporte dominante quando comparado com o comboio, o Expresso e o autocarro. O Expresso e os autocarros foram opção em 8,8% das distâncias feitas por passageiro na Europa, enquanto o comboio foi usado em 7,9%.

Entre os Estados-membros, a Lituânia surge com a maior proporção de quilómetros percorridos por carro, com 91,1%. Seguido por Portugal (88,5%) e pela Eslovénia, que surge na terceira posição do pódio (86,5%).

Considerando os restantes meios de transporte, a Áustria destaca-se com a maior distância percorrida em comboio: 11,9%. Já a Hungria lidera no Expresso e autocarros, meios que representam naquele país 21,1% da distância, em quilómetros, percorrida por passageiros.

Estes dados são divulgados no arranque da Semana Europeia da Mobilidade, cuja celebração decorre até 22 de setembro.

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Empresas sujeitas a partir de hoje à arbitragem em litígios de consumo até 5.000 euros

  • Lusa
  • 16 Setembro 2019

Com a entrada em vigor da nova lei, todas as empresas vão sujeitar-se à mediação de conflitos de consumo até 5.000 euros. O consumidor pode fazer-se representar pelo advogado ou pedir apoio judiciário

Todas as empresas estão, a partir desta segunda-feira, obrigadas a sujeitar-se à arbitragem ou à mediação nos conflitos de consumo até 5.000 euros, de acordo com uma lei que entra hoje em vigor.

A lei 63/2019, publicada em de 16 de agosto, alterou a Lei de Defesa do Consumidor e atribuiu aos consumidores o direito de resolverem todos os conflitos de consumo até àquele valor de forma rápida e a custos reduzido, nos Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo, através da mediação ou de um julgamento arbitral.

“Os conflitos de consumo de reduzido valor económico estão sujeitos a arbitragem necessária ou mediação quando, por opção expressa dos consumidores, sejam submetidos à apreciação de tribunal arbitral adstrito aos centros de arbitragem de conflitos de consumo legalmente autorizados”, lê-se no diploma que entra esta segunda-feira em vigor e que define como conflitos de consumo de reduzido valor económico aqueles cujo valor não exceda a alçada dos tribunais de primeira instância, que é de 5.000 euros.

A lei diz que, nestes conflitos de consumo de baixo valor, o consumidor deve ser notificado, no início do processo, de que pode fazer-se representar por advogado ou solicitador, sendo que, caso não tenha meios económicos para tal, pode solicitar apoio judiciário e ficar dispensado do pagamento prévio de taxa de justiça.

A diretora do centro de arbitragem automóvel (CASA), Sara Mendes, em declarações à Lusa explicou que, ao abrigo de uma lei de 2015 (lei 144), que sanciona a falta de informação dos centros de arbitragem, também as empresas não aderentes nos centros de arbitragem estão, tal como as aderentes, obrigadas a informar os consumidores dos centros de arbitragem de conflitos de consumo competentes para resolver litígios decorrentes dos serviços que prestam ou dos bens que vendem.

“As empresas não aderentes do CASA, podem obter o dístico necessário ao cumprimento das obrigações legais”, adiantou Sara Mendes, recordando tratar-se do único tribunal especializado no setor automóvel em Portugal que tem recebido mais de 90% de todos os conflitos do setor automóvel que deram entrada nos mais de 35 centros de arbitragem autorizados pelo Ministério da Justiça.

“Todos os acordos obtidos em sede de mediação no CASA têm o mesmo valor que uma decisão de um tribunal judicial de 1.ª instância, uma vez que todos os mediadores do CASA se encontram inscritos nas Listas do Ministério da Justiça, situação única em Portugal”, recordou Sara Mendes.

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