Estas são as três ameaças ao travão ao crédito do Banco de Portugal

Um ano após a entrada em vigor da recomendação do Banco de Portugal que visa criar limites à concessão de crédito às famílias, começam a surgir alguns sinais que criam reticências sobre a sua eficácia

A aceleração do crédito às famílias, em particular para a compra de casa, e os riscos que daí podem resultar levaram o Banco de Portugal (BdP) a agir. Há cerca de ano e meio, a entidade liderada por Carlos Costa anunciou uma recomendação aos bancos, onde estabelecia um conjunto de limites que estes deveriam respeitar na hora de dar crédito com vista a prevenir o sobreendividamento das famílias e riscos para a economia. A medida que passou a ser popularmente conhecida como o travão ao crédito entrou em vigor a 1 de julho do ano passado e surtiu alguns efeitos positivos. Contudo, recentemente têm emergido alguns sinais de alerta que ameaçam a eficácia daquela medida macroprodencial.

O primeiro balanço da implementação da recomendação foi feito no final de maio. Nessa ocasião, o BdP anunciava que a medida estava a ser seguida pelos bancos. A recomendação visa o cumprimento pelos bancos de limites ao LTV, taxas de esforço e maturidades dos empréstimos.

É possível concluir que as instituições implementaram a recomendação, embora com algum gradualismo”, referia o BdP no sumário executivo do primeiro relatório de acompanhamento macroprudencial sobre os novos créditos aos consumidores. Acrescentava ainda que “de uma maneira geral, as instituições estão a convergir para os limites previstos”.

Já antes, em abril, os próprios bancos no inquérito trimestral sobre o mercado de crédito assumiam já sentir o impacto do travão do Banco de Portugal ao referirem uma ligeira quebra da procura de crédito para a compra de casa nos três primeiros meses do ano.

Entretanto, surgiram alguns sinais que ameaçam colocar em xeque os esforços do regulador. Fique a conhecer os três principais.

Após travagem, concessão de crédito volta a acelerar

No seguimento da entrada em vigor do travão do BdP foi notório uma quebra na concessão de crédito. Contudo, os últimos dados disponibilizados pelo regulador da banca colocam reticências relativamente à manutenção dessa tendência.

Em maio, os bancos concederam 927 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. Esse montante não só interrompe um ciclo de quebras que já ia em quatro meses seguidos, como representa um disparo de 123 milhões de euros face ao valor disponibilizado em abril. É ainda o mais elevado desde junho do ano passado, o mês imediatamente anterior à entrada em vigor da medida macroprudencial do BdP.

O incremento da concessão não é ainda exclusivo ao crédito à habitação. Chegou aos empréstimos ao consumo, também alvo daquela recomendação. Em maio, os bancos e as financeiras concederam 671 milhões de euros em novos empréstimos para consumo. Trata-se do valor mais elevado do histórico do BdP cujo início remonta a janeiro de 2013.

Banca antecipa aceleração da procura de crédito

Não bastassem esses sinais de aceleração da concessão, como são os próprios bancos a antecipar um aumento da procura de crédito pelas famílias. Assumiram isso mesmo no último inquérito trimestral sobre o mercado de crédito cujas conclusões foram divulgadas nesta terça-feira. “No segmento dos particulares as instituições antecipam um aumento na procura de crédito à habitação”, é dito pelo BdP.

Trata-se de uma inversão de discurso face ao que antecipavam há três meses. Na altura, os bancos assumiam uma ligeira diminuição da procura de crédito para aquisição de habitação relativamente aos três primeiros meses do ano, para a qual teria contribuído a medida macroprudencial do BdP. Esperavam ainda que esse cenário se prolongasse para o segundo trimestre, o que não se confirmou tal como revelaram os bancos nesta terça-feira. A procura de crédito pelas famílias, pelo contrário subiu, com os bancos a atribuírem às baixas taxas de juros parte da responsabilidade por essa evolução.

Juros em mínimos históricos são para durar

As Euribor nunca estiveram em níveis tão baixos como atualmente, assumindo mesmo valores negativos, o que ajuda a alimentar o apetite das famílias portuguesas pelo crédito. E tudo aponta para que esse cenário não mude, nem tão cedo. Em meados de junho, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), revelou estar disponível para novos estímulos, incluindo descida dos juros de referência, visando manter a economia europeia sobre carris. Tal pode acontecer já na reunião do BCE desta quinta-feira ou em setembro.

O mercado incorporou imediatamente o aviso de Draghi, com as Euribor a caírem para novos mínimos de sempre, e estendendo-se no tempo até ao final do primeiro semestre de 2024, o período em que esperam que os juros se mantenham negativos. São boas notícias para quem tem crédito e uma “cenoura” apetecível para quem pondera recorrer ao crédito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uría Menéndez- Proença de Carvalho assessora Tristan Capital Partners na aquisição e no financiamento à aquisição de um portfólio de imóveis

  • ADVOCATUS
  • 27 Julho 2019

A Uría Menéndez - Proença de Carvalho assessorou a Tristan Capital Partners LLP (“Tristan”) na aquisição ao fundo de investimento imobiliário fechado Vision Escritórios, gerido pela Norfin.

A Uría Menéndez – Proença de Carvalho assessorou a Tristan Capital Partners LLP (“Tristan”) na aquisição ao fundo de investimento imobiliário fechado Vision Escritórios, gerido pela Norfin, de um portfólio de sete imóveis localizados em Lisboa e em Oeiras (Carnaxide).

Trata-se de um emblemático edifício de escritórios na Rua Castilho, outros cinco imóveis localizados também na cidade de Lisboa e ainda do edifício Tetrapark, em Carnaxide, contando com uma taxa de ocupação de 95%.

O escritório prestou igualmente assessoria no âmbito do financiamento à aquisição dos referidos imóveis, que envolveu a negociação do contrato de financiamento e do respetivo pacote de garantias com o ING Bank N.V. – Sucursal em Portugal.

A equipa da Uría Menéndez – Proença de Carvalho que assessorou a Tristan na aquisição foi liderada por Rita Xavier de Brito (sócia, Imobiliário) e contou com a participação de Marta Pontes (sócia, Fiscal), Francisco Brito e Abreu (sócio, M&A), Raquel Maurício (associada sénior, Fiscal), Sara Rebordão Topa (associada, Imobiliário), Rita Canto e Castro e Sebastião Carvalho Lorena (associados, M&A).

Por seu lado, a equipa que assessorou a Tristan no financiamento à aquisição foi liderada por Francisco Cunha Ferreira (sócio, M&A) e contou com a participação de Marta Pontes (sócia, Fiscal) e Luís Soares de Sousa (associado, M&A).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS Advogados assessora Administração do Porto de Lisboa (APL)

  • ADVOCATUS
  • 27 Julho 2019

A SRS Advogados assessorou a Administração do Porto de Lisboa (APL) na preparação do concurso para a Marina de Pedrouços, que foi lançado pela Ministério do Mar.

A SRS Advogados assessorou a Administração do Porto de Lisboa (APL) na preparação do concurso para a Marina de Pedrouços, que foi hoje lançado pela Ministra do Mar.

A Marina de Pedrouços, um investimento de mais de 30 milhões de euros, é um dos polos integrado num Projeto mais vasto do ‘Ocean Campus Portugal’, um projeto de reconversão urbana da zona ribeirinha entre Pedrouços e a Cruz Quebrada, que “prevê um investimento total na ordem dos 300 milhões de euros (público e privado), numa área total de 64 hectares”, dedicado especialmente ao Mar, desde a investigação cientifica ao desenvolvimento empresarial da economia azul.

A equipa da SRS Advogados que assessora a APL é liderada pelos Sócios José Luís Moreira da Silva e Alexandre Roque.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A Vieira Advogados assessora a KICK SOCCER COIN

  • ADVOCATUS
  • 27 Julho 2019

A Vieira Advogados acaba de anunciar a assessoria prestada à KICK SOCCER COIN (“KSOC”) no âmbito da parceria estabelecida, para a época 2019/2010, com o Club Deportivo Leganês, da “La Liga” Espanhola.

A Vieira Advogados acaba de anunciar a assessoria prestada à KICK SOCCER COIN (“KSOC”)
no âmbito da parceria estabelecida, para a época 2019/2010, com o Club Deportivo Leganês, da
“La Liga” Espanhola.

Uma parceria pioneira para ambas as partes, que envolve a colocação da marca “KSOC” na
manga das camisolas oficiais deste clube, sediado na área metropolitana de Madrid. De acordo
com o contrato de patrocínio agora firmado, o logótipo da empresa irá ainda constar das
camisolas e sweatshirts de treino dos jogadores, bem como de outras plataformas online e offline do clube.

Segundo Nuno da Silva Vieira, Managing Partner da Vieira Advogados: “É uma honra para o
nosso escritório ter estado envolvido na concretização deste acordo que, estou convicto, acabará
por se revelar muito vantajoso para ambas as partes”.

De acordo com Hélder Silva Coelho e César Carvalho, sócios fundadores da KSOC: “Ao nos
associarmos, como patrocinadores, ao Club Deportivo Leganês, é nossa intenção darmos a
conhecer ao mundo do futebol a nossa criptomoeda. A Liga Espanhola é uma das mais
reputadas Ligas a nível mundial e, nesse sentido, acreditamos ser o palco ideal para
sensibilizarmos o mundo do futebol para um fenómeno comercial que, mais cedo ou mais
tarde, se vai tornar uma realidade incontornável”. E acrescentam: “Devido às várias regras
impostas pela FIFA, atualmente, o processo de trocas comerciais no futebol é extremamente
burocrático.

A KSOC surgiu para solucionar esse problema. Assim, num futuro próximo, é nossa intenção criar uma loja virtual onde os adeptos terão a possibilidade de adquirir produtos de vários clubes e atletas, e uma plataforma virtual onde qualquer pessoa poderá participar ativamente nas transações dos jogadores de futebol, sendo que o único método de pagamento será a Kick Soccer Coin”.

Hélder Silva Coelho e César Carvalho terminam, afirmando: “As criptomoedas já começam a ser adotadas, um pouco por todo o mundo, por clubes e jogadores de futebol, com bastante sucesso. Nesse sentido, acreditamos estar no caminho certo”.

A missão da Kick Soccer Coin é ser a moeda virtual mais reconhecida e valiosa no mundo
desportivo. Vários analistas credenciados e independentes preveem que o valor da moeda Kick
Soccer Coin venha a crescer de forma muito significativa até ao final do ano 2019. Jogadores
como Daniel Alves, Willian e Paulinho, já se associaram ao projeto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morais Leitão assessora Generali na compra da Seguradoras Unidas

  • ADVOCATUS
  • 27 Julho 2019

A equipa da Morais Leitão, coordenada pelo sócio Eduardo Paulino, incluiu os advogados Margarida Torres Gama, Marta Pereira Rosa e Nuno Sobreira.

A Morais Leitão assessorou a Generali no processo de aquisição da totalidade do capital social da Seguradoras Unidas e da AdvanceCare, num valor global de 600 milhões de euros, sujeito a ajustamentos. Com a concretização desta operação, a Generali torna-se a segunda maior seguradora no ramo não vida em Portugal.

A equipa da Morais Leitão, coordenada pelo sócio Eduardo Paulino, incluiu os advogados Margarida Torres Gama, Marta Pereira Rosa e Nuno Sobreira.

A Morais Leitão, através de uma equipa dedicada, especializada e multidisciplinar, tem acompanhado de perto o desenvolvimento do setor dos seguros e fundos de pensões, um dos mais ativos e inovadores da economia nacional, intervindo em diversas operações de elevada complexidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como criar a melhor password? Um hacker profissional explica

  • ECO
  • 27 Julho 2019

Usar a mesma password para vários sites ou criá-las com base na sua vida não é a melhor forma de se proteger. Este especialista em cibersegurança aconselha as melhores formas de criar uma senha.

Hoje em dia quase todos os dispositivos e aplicações oferecem a possibilidade de ficarem protegidos por uma password. Mas, ainda assim, há vezes em que as próprias passes escolhidas não são fortes o suficiente. Daí ser importante criar uma senha forte e complexa, mesmo que seja mais difícil de memorizar. Não sabe como o fazer? Um hacker profissional explica-lhe todo o segredo.

Antes de mais é preciso estar ciente de que a senha perfeita pode não existir, explica Etay Maor, consultor executivo de segurança da IBM Security, ao Business Insider (conteúdo em inglês). Ainda assim, há uma técnica que pode ser usada para criar passwords complexas e difíceis de serem descobertas pelos hackers, e ainda fáceis de memorizar. A dica é simples: criar uma frase-chave em vez de uma senha.

“Mesmo se a escolha for uma senha longa e complexa, com oito a dez carateres, vai continuar a ser bastante fácil um computador adivinhá-la”, alerta Maor, que estuda técnicas cibercriminosas na dark web para ensinar aos clientes como é que os hackers trabalham para que estes se possam proteger melhor.

A técnica da frase secreta — frase-chave — é exatamente o que o próprio nome indica. A ideia passa por escolher uma frase memorável que possa ser usada ao invés de uma password, porque quanto maior for a password, mais difícil será para uma máquina a adivinhar.

Por exemplo: pode ser escolhida uma frase como “eu quero ir a um concerto dos Bon Jovi” e transformá-la numa senha. “Não estou a dizer que um computador vai demorar uma quantidade infinita de tempo, mas vai demorar uma quantidade bastante irrealista de tempo para a adivinhar”, explica o especialista.

Uma técnica comum usada pelos algoritmos para adivinhar uma password é o ataque de “força bruta”, que é quando o intruso tenta adivinhar várias combinações de carateres até encontrar uma correspondência. Uma tarefa que seria bastante demorada para uma pessoa, mas relativamente fácil para um computador. “Para os computadores de hoje em dia (…) não é preciso muito tempo até ser criada uma lista com as possíveis combinações de letras e números”.

Além disso, uma técnica ainda melhor para criar uma password segura é permitir que o computador crie uma por si, aconselha Maor. O algoritmo vai sugerir o uso de um gerador de senhas como o LastPass ou o 1Password, que pode criar senhas complexas e aleatórias em nome do utilizador e preenchê-las automaticamente quando este fizer login na web. Isto pode ajudar a evitar de cair no erro de usar a mesma senha para vários sites.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como é escolhido o diretor do FMI? Seis características que o sucessor de Lagarde tem de ter

O processo de seleção do sucessor de Christine Lagarde arranca na próxima segunda-feira e as candidaturas podem chegar até 6 de setembro. Mas pode não ser fácil preencher todos os requisitos.

É um processo “aberto, com base no mérito, e transparente”. É assim que o Fundo Monetário Internacional (FMI) explica a forma como irá decorrer a seleção de um novo diretor-geral para substituir Christine Lagarde, que se prepara para assumir funções como presidente do Banco Central Europeu (BCE). Mas não é assim tão simples. Da nacionalidade ao apoio, passando pela experiência ou pela idade, as características do candidato são várias.

O próximo diretor-geral do FMI terá uma função de destaque no trabalho do fundo, nomeadamente de liderança do conselho executivo, de gestão de cooperação com entidades exteriores e de comunicação. Quer-se imparcial, objetivo e empenhado. Para chegar a esta pessoa, o fundo lançou uma lista de seis requisitos (semelhantes aos de 2011 e 2016) que têm de ser preenchidos pelos candidatos a sucessores de Lagarde. São eles:

  1. ter um histórico de distinção em decisão de política económica a nível sénior;
  2. ter um background profissional de excelência;
  3. ter demonstradas capacidades de gestão e diplomacia;
  4. ser nacional de um dos países membros do fundo;
  5. ser nomeado por um governador do fundo ou diretor executivo;
  6. ter menos de 65 anos (o que poderá ser alterado se votado pela maioria dos governadores).

O período de candidaturas vai decorrer entre 29 de julho e 6 de setembro, sendo que os nomes propostos serão apenas comunicados ao secretário do fundo e mantidos em segredo. Após este tempo, o secretário irá divulgar, apenas ao Conselho Executivo, os nomes dos nomeados que tenham mostrado interesse em ocupar o cargo.

Shortlisting, reuniões em Washington e avaliações

Caso haja quatro ou mais candidatos, os 24 membros que compõem o conselho irão limitar a lista a apenas três com base no perfil dos nomeados e sem preferências geográficas. O objetivo é que nos sete dias seguintes seja criada e divulgada publicamente uma shortlist com três nomes.

O processo de shortlisting será implementado consoante os candidatos que receberam maior apoio dos diretores, tendo em consideração o seu peso no sistema de voto do FMI. Apesar de o Conselho Executivo poder adotar uma shortlist por maioria, o objetivo não é que o faça por consenso”, clarifica o fundo.

Esta lista poderá vir a incluir um português. O ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, é um dos nomes que está em cima da mesa para substituir Christine Lagarde. O primeiro-ministro já admitiu que “é uma hipótese”, mas o protagonista tem-se mantido em silêncio sobre o assunto.

Para isso, Centeno terá de ser nomeado e escolhido para a shortlist. Caso aconteça, irá depois reunir-se em Washington D.C. com o Conselho Executivo, que irá analisar os pontos fortes de cada candidato e tomar a decisão final. O FMI espera completar o processo de seleção a 4 de outubro, dia em que deverá ser escolhido o candidato.

Nessa altura, já Christine Lagarde estará fora da instituição. Após ter sido escolhida, no último Conselho Europeu para próxima presidente do BCE a partir de novembro, a francesa suspendeu funções e, posteriormente, apresentou demissão que terá efeito a partir de 12 de setembro. Até outubro, será então David Lipton a desempenhar funções de diretor-geral interino.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saída da Reino Unido da UE é “enorme oportunidade económica”, diz Boris Johnson

  • Lusa
  • 27 Julho 2019

"Sair da União Europeia constitui uma enorme oportunidade económica para tomarmos as medidas que não pudemos tomar durante décadas", disse o novo primeiro-ministro. 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou este sábado que o Brexit constitui uma “enorme oportunidade económica” recusando a leitura da sua antecessora, Theresa May, de que se trata de um “evento climático hostil”.

“Sair da União Europeia (UE) constitui uma enorme oportunidade económica para tomarmos as medidas que não pudemos tomar durante décadas”, disse o novo primeiro-ministro.

Falando em Manchester, onde prometeu novos investimentos nas regiões que votaram no Brexit no referendo de 2016, Boris Johnson sublinhou ainda que pretende intensificar as negociações de acordos comerciais pós-Brexit e criar portos francos para estimular a economia.

“Quando as pessoas votaram pela saída [do Reino Unido] da UE, não votaram apenas contra Bruxelas, votaram também contra Londres”, disse o primeiro-ministro, durante uma intervenção em que aproveitou para descrever as prioridades do seu Governo para o pais e para prometer um reforço dos poderes das comunidades locais e do investimento em infraestruturas de telecomunicações e transportes.

Questionado sobre as negociações do Brexit, Boris Johnson afirmou que estava pronto para se envolver com os parceiros da UE, mas apenas se o backstop — cláusula de salvaguarda que permite evitar o regresso a uma fronteira física entre a Irlanda e a Irlanda do Norte — for retirado do acordo de saída existentes e que foi assinado pela sua antecessora, Theresa May.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa e Rio enfrentam-se a 16 de setembro. Haverá debates com todos os grandes na RTP, SIC e TVI

  • ECO
  • 27 Julho 2019

A 16 de setembro, António Costa e Rui Rio vão estar num frente-a-frente, transmitido em simultâneo pela RTP, SIC e TVI. A 23 de setembro haverá novo debate, mas nas rádios.

Só em outubro é que será conhecido o próximo líder do país mas, até lá, muita água vai correr. Setembro vai ser o mês dos debates, com as televisões a organizarem entre si a mesma estratégia usada há quatro anos: pôr frente-a-frente os líderes dos dois principais partidos. António Costa e Rui Rio encontram-se, assim, a 16 de setembro nas televisões e dias depois nas rádios.

A 16 de setembro, vai poder assistir em qualquer um dos três canais abertos — RTP, SIC e TVI — um debate entre o socialista António Costa e o social-democrata Rui Rio, avança o Público. O confronto terá a duração de cerca de uma hora, será moderado por um jornalista de cada estação televisiva e será transmitido em simultâneo pelos três canais.

Mais tarde, a 23 de setembro, os dois líderes encontram-se novamente, mas na rádio, com jornalistas da Antena 1, Renascença e TSF, num debate que será depois transmitido na RTP.

Mas entre os dias 3 e 15 de setembro, haverá debates a dois que contarão com a presença de António Costa ou Rui Rio e, nesse caso, serão igualmente transmitidos em sinal aberto, estando já distribuídos entre os três canais. Serão, no total, oito frente-a-frente, que começarão por volta das 21h e durarão entre 30 a 35 minutos.

Não haverá sobreposição nas transmissões, ou seja, no dia em que for emitido num determinado canal, os outros canais não transmitirão nenhum debate. Até ao momento, diz o Público, a RTP pretende retransmitir todos os debates das suas concorrentes, mas na RTP3.

A 18 de setembro haverá ainda um debate com os seis partidos nas três rádios — TSF, Antena 1 e Renascença.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério da Administração Interna abre “inquérito urgente” ao caso das golas inflamáveis

  • ECO
  • 27 Julho 2019

Foi aberta uma "investigação urgente" ao caso das golas inflamáveis distribuídas pela Proteção Civil. Isto depois de ter sido adiantado que estas tinham sido produzidas com material inflamável.

O Ministério da Administração Interna (MAI) abriu um inquérito ao caso das golas inflamáveis distribuídas pela Proteção Civil no âmbito do programa “Aldeia Segura”. Isto depois de ter sido noticiado que estas foram produzidas por uma empresa detida pelo marido da presidente de junta de Longos, Guimarães, e que continham material inflamável.

“Face às notícias publicadas sobre aspetos contratuais relativamente ao material de sensibilização, o Ministro da Administração Interna pediu esclarecimentos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil; determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna“, lê-se numa nota enviada às redações.

“Reafirma-se que estes materiais são de informação e sensibilização sobre como devem agir as populações em caso de incêndio e evacuação e não de combate a incêndios”, refere o documento.

Esta sexta-feira, o Jornal de Notícias (acesso pago) revelou que as golas que estavam a ser distribuídas no âmbito deste programa não tinham qualquer propriedade anti-inflamável. Ao jornal, dois oficiais de segurança do distrito de Castelo Branco disseram que “a gola aquece muito” e “cheira a cola”. Estes oficiais queixaram-se também do colete refletor, também feito em poliéster.

No mesmo dia, a revista Sábado avançou que as golas tinham sido produzidas pela empresa Foxtrot – Aventura, Unipessoal Lda, detida por Ricardo Nuno Peixoto Fernandes, marido da presidente de junta de Longos, Guimarães, a socialista Isilda Silva.

Em declarações ao JN, um representante da empresa disse que considerava tratar-se merchandising e que a entidade não referiu que os equipamentos “seriam usados em cenários que envolvem fogo”. A Proteção Civil reforçou esse argumento, dizendo que os materiais distribuídos não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas práticas.

(Notícia atualizada às 13h18 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prioridade é “ter uma grande área metropolitana entre Porto e Lisboa”, diz Pedro Nuno Santos

  • ECO
  • 27 Julho 2019

Para o ministro das Infraestruturas, o país precisa de "uma ligação entre Lisboa e Porto com uma velocidade entre os 250 e os 300 km/hora".

“Não nos faz mal nenhum podermos sonhar”. As palavras são do ministro das Infraestruturas e da Habitação, que diz que o país precisa de “uma ligação entre Lisboa e Porto com uma velocidade entre os 250 e os 300 km/hora”. Em entrevista ao Público (acesso pago), Pedro Nuno Santos falou também do aeroporto do Montijo, afirmando que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) significará a perda de “milhares de milhões de euros de receitas no setor do turismo e de exportações”.

Não se trata de alta velocidade, mas sim de velocidade. “Precisamos de uma ligação entre Lisboa e Porto com uma velocidade entre os 250 e os 300 km/hora“, disse o ministro, completando que “no dia em que a viagem entre Lisboa e o Porto poder ser feita em pouco mais de uma hora”, isso significará que o país está a mudar a forma como se organiza e como a economia se articula.

“Nós podemos ter uma grande área metropolitana entre Porto e Lisboa. Esta é a minha prioridade”, sublinhou Pedro Nuno Santos, acrescentando que “não nos faz mal nenhum podermos sonhar”.

Questionado se o EIA é um formalismo para o avanço do aeroporto do Montijo, o ministro respondeu de forma negativa. “Não é um formalismo. É o que determinará se o aeroporto do Montijo pode avançar ou não”, disse. Contudo, alertou que “isso significará um atraso muito significativo em perdas de milhares de milhões de euros de receitas no setor do turismo e de exportações”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Airbnb: 25 maiores proprietários em Lisboa lucram quase 25 milhões num só ano

  • ECO
  • 27 Julho 2019

O número de unidades de alojamento local em Lisboa disparou nos últimos nove anos. Na capital portuguesa, há 25 proprietários que detém quase 3.000 unidades listadas.

O Alojamento Local (AL) continua a proliferar como cogumelos por todo o mundo, e Lisboa não é exceção. Pelo contrário. Na zona da capital, o número de alojamentos inscritos no Airbnb disparou de 3.000 para 49 mil em nove anos. Isto é sinónimo de aumento do turismo, mas também de dinheiro para os anfitriões. Os 25 maiores proprietários inscritos na plataforma recebem, num só ano, quase 25 milhões de euros.

Se em 2009 eram apenas 3.000 os alojamentos inscritos no Airbnb, em outubro do ano passado esse número já tinha aumentado para 48.785, diz o Expresso. Lisboa lidera com mais propriedades listadas (65%), à frente de Cascais (9%), Mafra e Sintra (5% cada uma) e Almada (4%).

Só no concelho de Lisboa, mais de 21 mil (67%) destas unidades de alojamento são casas ou apartamentos completos, a maioria na zona antiga da cidade, onde estão mais de 300 das 500 propriedades mais rentáveis da plataforma.

Atualmente, na Área Metropolitana de Lisboa (AML), há 25 proprietários com mais de 60 propriedades cada um, diz o Expresso, citando o livro “Lisboa e a Airbnb”. Mas, o maior proprietário da zona da capital portuguesa tem 437 unidades listadas. Ao todos, estes 25 proprietários detém 2.909 propriedades de alojamento local, representando cerca de 6% do total.

Em termos de valores, nos últimos 12 meses, estes 25 maiores proprietários geraram um rendimento superior a 24,4 milhões de euros, representando mais de 8% da receita total gerada na AML através do Airbnb.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.