Revista de imprensa internacional

Parlamento britânico ainda longe de consenso sobre Brexit. Incidentes com Boeing 737 Max ameaçam harmonia entre reguladores. E Amazon come fatia da rival britânica da Uber Eats.

As negociações entre trabalhistas e conservadores estão a chegar ao fim, mas ainda não há acordo sobre o Brexit no horizonte. Sem harmonia estão também os reguladores norte-americana e europeu, depois dos incidentes com os Boeing 737 Max. A Amazon acaba de investir na rival da Uber Eats e há mais uma empresa a distribuir ações pelos seus empregados. Em Espanha, a Naturgy fez um pedido ao Governo.

BBC News

Brexit: Trabalhistas e conservadores devem terminar negociações sem acordo

As conversações entre os trabalhistas e os conservadores sobre a saída do Reino Unido da União Europeia estão a chegar ao fim, mas não há acordo à vista. Theresa May e Jeremy Corbyn vão agora apresentar uma série de opções aos deputados britânicos, de modo a tentar encontrar um consenso parlamentar e conseguir, por fim, alguns avanços. Isto depois do prazo para o divórcio ter sido alargado para 31 de outubro, face aos chumbos consecutivos dos termos negociados entre Londres e Bruxelas. Ainda sem acordo à vista, Theresa May já garantiu que irá fixar uma data para sair da liderança do Executivo Tory, após a próxima votação parlamentar dos termos do Brexit. E assim que deixar esse cargo, Boris Johnson já garantiu que estará na corrida para a substituir.

Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Crise da Boeing é risco para cooperação entre reguladores norte-americano e europeu

O CEO da Airbus receia que a cooperação internacional entre reguladores esteja sob ameaça perante a crise vivida pela norte-americana Boeing depois dos vários incidentes com os Boeing 737 Max. Guillaume Faury sublinha que os casos em questão tiveram vários efeitos negativos na indústria, constituindo uma ameaça à confiança dos passageiros e colocando em dúvida o futuro do sistema internacional de certificação de aeronaves. “Precisamos que os reguladores estejam alinhados na compreensão de como desenvolver e certificação aviões”, defendeu o presidente executivo, referindo que há atualmente “muita tensão” entre os responsáveis norte-americano e europeu.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Amazon lidera ronda de investimento que dá 575 milhões à britânica Deliveroo

O britânico Deliveroo, serviço de entrega de comida ao domicílio, acaba de levantar 575 milhões de dólares de investimento (cerca de 513,6 milhões de euros), numa ronda liderada pela norte-americana Amazon. A vontade da gigante do comércio eletrónico apostar no mercado alimentar não é novidade. Depois de ter enfrentado alguns obstáculos no Reino Unido com o seu serviço de distribuição de bens deste tipo, a empresa de Jeff Bezos decidiu agora apostar nesta startup londrina, que compete diretamente com a Uber Eats.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Expansión

Naturgy pede ao Governo espanhol encerramento de cinco centrais de ciclo combinado

A empresa espanhola Naturgy pediu autorização ao Governo para fechar cinco centrais de ciclo combinado, cujo processo teve início há dois anos, com o então ministro da Energia, Álvaro Nadal. A empresa — que, à diferença da Iberdrola, Endesa ou Viesgo, nunca reconheceu publicamente esta decisão — pediu, em concreto, o encerramento de duas centrais em Palos de la Frontera (Huelva), duas em Cartagena (Múrcia) e um em Sagunto (Valência), com uma potência total de 2.000 MW. Segundo fontes políticas, os pedidos da antiga Gas Natural (batizado no ano passado como Naturgy) seguem nas mãos do atual Ministério para a Transição Ecológica espanhol.

Leia a notícia completa em Expansión (acesso livre / conteúdo em espanhol).

The Guardian

Empresa de telecomunicações BT dá 50 milhões em ações aos empregados

A empresa britânica de telecomunicações BT vai distribuir 50 milhões de libras (57,2 milhões de euros) em ações pelos seus colaboradores, de modo a reconstruir a imagem da companhia e animar os espíritos dos trabalhadores. De acordo com o CEO da BT, este esquema é parte do plano de criação de uma “nova e reenergizada” empresa. “Quero fazer dos trabalhadores proprietários da nossa empresa e partilhar o nosso sucesso. Quero que fazer da BT uma empresa que excede as expectativas dos nossos clientes e dá um grande contributo para o nosso país”, explicou o responsável.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Letterone consegue 58% da DIA e sinaliza acordo com bancos

A empresa liderada pelo russo Mikhail Fridman anunciou que conseguiu alcançar um acordo inicial com 16 das 17 entidades credoras do grupo, o que já representa mais de 77% do financiamento.

A Letteone, empresa controlada pelo investidor russo Mikhail Fridman, comunicou esta sexta-feira os níveis de adesão à oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a DIA, grupo do qual já era o acionista máximo. De acordo com o Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol), a Letterone conseguiu o apoio de 29,36% do capital para a sua oferta de 0,67 euros por ação.

Quer isto dizer que Mikhail Fridman conta, agora, com 58,36% da DIA, esclarece o comunicado enviado à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), regulador de mercado espanhol.

Agora, com os mais de 58% do grupo de retalho espanhol, o investidor deverá lançar um aumento de capital de 500 milhões de euros, ainda que condicionado pelo êxito do processo de refinanciamento com os bancos credores da empresa. Segundo a Letterone, a DIA já alcançou um acordo inicial com 16 das 17 entidades presentes no empréstimo, o que representa 77,5% do financiamento.

O acordo com os credores e a injeção de capital é fundamental para a viabilidade da empresa, que tem, atualmente, um património líquido negativo. No final de março, a DIA registava um saldo negativo de 308,5 milhões de euros. Recorde-se, ainda, que nas contas da empresa relativas ao primeiro trimestre, a dona do Minipreço anunciou perdas de 144,4 milhões, valor muito superior ao registado no período homólogo (16,2 milhões de euros). E também as vendas brutas acabaram por cair durante os primeiros três meses do ano.

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Turim quer apostar no negócio da restauração em Lisboa

  • Lusa
  • 17 Maio 2019

O presidente do Turim Hotels diz que o grupo tem agora como objetivo "criar uma autonomia e uma sustentabilidade" para o negócio da restauração.

O presidente executivo do Turim Hotels disse, esta quinta-feira, na apresentação do restaurante Salitre, integrado no Turim Boulevard Hotel, que o grupo quer “criar uma autonomia” para esta área de negócios. Ricardo Martins referiu que neste momento o grupo tem como objetivo “criar uma autonomia, uma sustentabilidade” para o negócio de restauração.

“Tem de ser um negócio que se sustente sozinho”, reforçou, explicando que o objetivo é alargar a aposta “só onde faça sentido”. “Há ainda um grande estigma em ir almoçar ou jantar a um restaurante de hotel, mas são restaurantes de rua. Ao almoço funciona bem, quer à carta, quer ‘buffet’, é um público mais corporate [de negócios, empresas], mas para o jantar temos de apostar mais no lifestyle“, defendeu Ricardo Martins.

O presidente executivo disse ainda que o próximo projeto cinco estrelas a abrir, em Sintra, também “vai ter um restaurante específico”, tal como a unidade hoteleira a inaugurar no Funchal, cujo conceito ainda está a ser definido.

“Queremos ter cartas que agradem ao público que nos visita, quer aos almoços, quer aos jantares, mas também a quem está alojado nos nossos hotéis”. Questionado qual é a frequência destes hóspedes nos restaurantes do grupo, o responsável explicou que “5% almoça no hotel, enquanto aos jantares representa 90%”.

O Turim Boulevard Hotel fica localizado na Avenida da Liberdade, dispõe de 100 quartos, restaurante, bar, spa, piscina interior e exterior e implicou um investimento de 25 milhões de euros, segundo Ricardo Martins. Questionado para quando prevê o retorno deste investimento, o presidente do grupo lembrou que estes valores aplicados na hotelaria levam “sempre 15 anos para rentabilizar”. O Grupo Turim Hotels vai ter 21 hotéis em Portugal em 2021.

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Proteção de dados: Empresas têm mais seis meses para legalizarem procedimentos

  • ECO
  • 17 Maio 2019

As entidades que não estejam a cumprir o RGPD terão um bónus de seis meses para legalizarem os procedimentos, sem que sejam alvo de qualquer penalização.

O grupo de trabalho criado no Parlamento para as matérias do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) decidiu que a renovação do consentimento por partes das empresas que façam tratamento de dados pessoais deverá ocorrer no prazo de seis meses, que contam a partir da entrada em vigor da lei. A votação dessa mesma lei deverá acontecer no final deste mês.

Segundo escreve esta sexta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago), as entidades que não estejam a cumprir o RGPD terão, assim, mais de meio ano para legalizarem os procedimentos, sem que sejam alvo de qualquer penalização.

Esta questão — sobre o consentimento para o tratamento de dados pessoais — colocou-se logo após a entrada em vigor do RGPD, que é de aplicação nos Estados-membros da diretiva europeia. Cláudia Martins, especialista em privacidade e proteção de dados da Macedo, Vitorino e Associados, explica que este é um “prazo de adaptação”, ou seja, vai “premiar quem não diligenciou por obter novos consentimentos até 25 de maio de 2018”.

Falando de outras questões que considera relevantes, Cláudia Martins diz, ainda, que não entende porque é que não é dado um prazo idêntico para outros assuntos, como “a revisão ou celebração de novos contratos com entidades subcontratantes ou a criação ou revisão das políticas de privacidade” nas empresas.

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Jerónimo Martins recua mais de 3% e dita perdas em Lisboa

Lisboa arrancou a última sessão da semana no vermelho, pressionada sobretudo pela Jerónimo Martins. A evitar maiores perdas estão os títulos da EDP.

Um dia depois de ter sido conhecida a decisão do Tribunal Europeu de Justiça que aumenta a probabilidade de ser aplicado um imposto sobre as retalhistas na Polónia, os títulos da Jerónimo Martins estão a recuar mais de 3% e a pressionar a praça nacional. Também os títulos da Sonae e da EDP Renováveis estão a pesar sobre Lisboa, num dia de ganhos para a EDP, apesar dos lucros desta gigante da energia terem recuado nos primeiros três meses do ano. Apenas cinco das 18 cotadas estão em terreno positivo.

O índice de referência nacional, o PSI-20, está a desvalorizar 0,44% para 5.106,25 pontos, acompanhando a tendência de queda registada nas demais praças do Velho Continente. O Stoxx 600 recua 0,1%, o francês CAC e o espanhol IBEX perdem 0,3% e o britânico FSTE desliza 0,2%.

Por cá, é a Jerónimo Martins a cotada que mais está a pressionar a praça nacional. Os títulos da dona do Pingo Doce estão a desvalorizar 3,66% para 12,88 euros. Esta é a maior queda dos últimos cinco meses das ações da Jerónimo Martins.

Este desempenho acontece um dia depois do Tribunal Europeu de Justiça da União Europeia ter contrariado a Comissão Europeia e ter considerado que o imposto polaco sobre o setor retalhista não é um auxílio de Estado. Este parecer aumenta a probabilidade de ser aplicado um imposto sobre as retalhistas na Polónia, o que está a deixar os investidores um tanto receosos, esta manhã.

Do lado das perdas e também no setor do retalho, destaque para as ações da Sonae, que descem 1,88% para 0,913 euros. Também a EDP Renováveis está a pesar sobre Lisboa. Os títulos da empresa liderada por Manso Neto recuam 2,67% para 8,38 euros. No vermelho, estão também as ações do BCP, que perdem 0,43% para 0,2535 euros.

Do outro lado da linha de água, destaque para os títulos da EDP, que somam 2,92% para a 3,283 euros. Na quinta-feira, a empresa liderada por António Mexia revelou que, no primeiro trimestre de 2019, o seu lucro caiu 39% em termos homólogos, face à subida do imposto de 18% para 27% e aos piores resultados financeiros. Este resultado foi ainda pior do que aquele estimado pelos analistas.

(Notícia atualizada)

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Propostas de novo estatuto profissional deixa inspetores da PJ “em choque”

  • ECO
  • 17 Maio 2019

A proposta que o Governo apresentou para o novo estatuto dos inspetores da PJ, deixou estes profissionais "em choque", considerando que tal é um "atentado à carreira".

Um “atentado” à carreira de investigação criminal. É assim que o presidente do sindicato que representa os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) descreve a proposta apresentada pelo Executivo de António Costa para o novo estatuto desta polícia, avança o Diário de Notícias, esta sexta-feira. As negociações entre o Governo e os representantes dos polícias estão prestes a começar e prometem ser difíceis.

Em causa está a revisão de um estatuto que há 20 anos não era atualizado e que tem estado a ser trabalhada pelo gabinete da ministra da Justiça, desde a tomada de posse deste Governo. A versão final da proposta deverá agora ser publicada no Boletim de Trabalho e Emprego, marcando o arranque formal de um processo negocial que deverá ser complicado.

É que, defendem os sindicatos, “o que está na proposta está muito, muito longe” do que exigiam. Os polícias dizem-se, por isso, “em choque” com esta “afronta” e dão como exemplo as “ultrajantes” questões remuneratórias, a “não valorização da carreira”, a “falta de compensações, quer financeiras, quer de progressão na carreira” e o “aumento das exigências e deveres que são reclamados aos inspetores”.

“Com este estatuto, fica esfrangalhada qualquer estratégia de carreira de investigação criminal. Para quem lhe é exigido a vida pelo país, é um verdadeiro atentado, uma afronta, contra a carreira de investigação criminal, pondo em risco a sua independência”, sublinha o dirigente do sindicato que representa os inspetores da Polícia Judiciária e acrescenta: “Um inspetor que entre agora na PJ não consegue chegar ao topo da carreira – precisaria de pelo menos 50 anos para passar todos os escalões”.

Esta proposta é particularmente “chocante” já que o Executivo tinha demonstrado “uma abertura que nunca houve antes” durante as negociações informais, tendo ficado a perceção de que seriam conseguidos mais avanços. O resultado final ficou, contudo, “muito aquém”.

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Hoje nas notícias: proteção de dados, Meo e SAG

  • ECO
  • 17 Maio 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas que façam tratamento de dados pessoais vão ter um prazo adicional de seis meses para adequarem os seus procedimentos à lei que será votada no final de maio. Já o conselho de administração da SAG recomenda aos seus acionistas que aceitem a oferta pública de aquisição lançada por João Pereira Coutinho, sob o risco de a empresa ser liquidada. Na Meo, a comissão de trabalhadores emitiu um parecer desfavorável à criação da nova empresa Meo Serviços Técnicos e à migração de cerca de dois mil trabalhadores para esta nova unidade.

Proteção de dados: Empresas têm mais seis meses para pedir consentimento

O grupo de trabalho criado no Parlamento para as matérias do RGPD decidiu que a renovação do consentimento por partes das empresas que façam tratamento de dados pessoais deverá ocorrer no prazo de seis meses, que contam a partir da entrada em vigor da lei que assegura a execução na ordem jurídica nacional do Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). As entidades que ainda não estejam a cumprir o RGPD terão, assim, mais de meio ano para legalizarem os procedimentos, sem que sejam alvo de qualquer penalização. A lei portuguesa estará pronta e será votada no final do mês. Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

SAG: Se OPA falhar, empresa pode ser liquidada

A oferta está em cima da mesa. João Pereira Coutinho, presidente do conselho administrativo da SAG e o maior acionista da companhia (80,08% do capital) oferece 6,14 cêntimos por cada ação que não detém na empresa, estando a OPA condicionada à obtenção de mais de 90% do capital. Perante a oferta, o conselho de administração da SAG recomenda aos seus acionistas que aceitem a oferta pública de aquisição lançada por João Pereira Coutinho. Caso contrário, diz a SAG, a empresa enfrentará um cenário de liquidação. Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Comissão de trabalhadores da Meo “chumba” criação de nova empresa

A comissão de trabalhadores da Meo emitiu um parecer desfavorável à criação da nova empresa Meo Serviços Técnicos e à migração de cerca de dois mil trabalhadores para esta nova unidade. Ainda que não tenha implicações práticas, este parecer reflete bem os receios que rodeiam atualmente a operação de reorganização anunciada em abril pela Altice Portugal. De acordo com a comissão de trabalhadores, a criação desta nova empresa “não surge acompanhada de argumentos sólidos financeiros que deem prova da sua solidez e sustentabilidade” a prazo. Os trabalhadores temem mesmo que esta estratégia de gestão “se consubstancie numa ambição de desmembramento do grupo através da alienação de património”. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Pensões provisórias vão ser alargadas a mais pessoas

As pensões provisórias de sobrevivência e de invalidez vão passar a ser atribuídas não apenas a quem está em situação de carência económica e a quem tenha esgotado o período máximo de subsídio de doença, mas a todas as pessoas que cumpram os requisitos para aceder a estas prestações. No início da semana, o ministro do Trabalho já tinha adiantado que o Governo está a preparar alterações à lei de modo a alargar estes apoios, conhecendo-se agora os detalhes. No caso das pensões provisórias de sobrevivência, passam a ser atribuídas “tendo em vista impedir situações temporárias de desproteção” e não apenas a quem não exerça uma atividade profissional remunerada. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Governo abre frente de guerra com inspetores da PJ

Um “atentado” à carreira de investigação criminal. É assim que o presidente do sindicato que representa os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) descreve a proposta apresentada pelo Executivo de António Costa para o novo estatuto desta política. Os profissionais dizem-se mesmo em “choque” com esta “afronta”. Em causa está a revisão de um estatuto que há 20 anos não era atualizado e que está a ser trabalhada pelo gabinete da ministra da Justiça, desde que este governo tomou posse. A versão final da proposta será publicada no Boletim de Trabalho e Emprego e deverá ser o ponto de partida para um processo negocial que já se prevê complexo. É que, dizem os sindicatos, “o que está na proposta está muito, muito longe” do que exigiam. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Banco do Canadá vai passar a avaliar riscos das alterações climáticas

  • Lusa e ECO
  • 17 Maio 2019

O banco central do Canadá anunciou na quinta-feira que vai passar a avaliar os riscos colocados pelas alterações climáticas à economia e ao sistema financeiro do país.

O Banco do Canadá quer perceber qual o impacto das alterações climáticas na economia e no sistema financeiro e quer que este seja um trabalho desenvolvido em conjunto com os parceiros internacionais da Rede para um Sistema Financeiro Sustentável.lusasasa

O anúncio foi feito durante a apresentação da Análise do Sistema Financeiro de 2018, na qual se identificaram as principais vulnerabilidades e os riscos mais significativos à estabilidade financeira do Canadá.

“Queremos compreender melhor os riscos que as alterações climáticas colocam à economia e ao sistema financeiro”, informou a instituição financeira, no texto que acompanha a divulgação daquela Análise, disponibilizado na sua página na internet.

Para tal, o banco central canadiano adiantou que vai “colaborar com parceiros nacionais e internacionais para construir capacidade analítica” e “integrar os riscos relacionados com o clima na análise da estabilidade financeira”.

Aqueles parceiros internacionais correspondem a um grupo de banqueiros centrais e outras autoridades de supervisão que criaram a Rede para um Sistema Financeiro Sustentável (‘Network for Greening the Financial System’).

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Há novo acordo entre ANTRAM e o motoristas de matérias perigosas. Sindicato desconvoca greve de dia 23

Depois do sim dos motoristas de matérias perigosas, o aval do associados da ANTRAM. Pré-aviso de greve para dia 23 fica sem efeito.

Está aceite o pré-acordo “histórico” entre a ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP). A formalização dos termos negociados há uma semana era um passo passo essencial para que os motoristas retirassem o pré-aviso que previa uma paralisação a partir de 23 de maio.

A confirmação de que tinha sido possível chegar a um entendimento chegou já na madrugada desta sexta-feira através do gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação (MIH). ” A ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) chegaram esta madrugada a acordo. A greve do dia 23 de maio será desconvocada“, lê-se no comunicado remetido às redações.

Citado pela Lusa, o representante do SNMMP confirma, tal como o ECO já havia avançado, que motoristas e patrões fecharam um “acordo histórico”. Pedro Pardal Henriques especificou nesta ocasião que ses trata de um “acordo histórico, tanto a nível financeiro como não financeiro, com grande reconhecimento da carreira profissional”.

A reunião entre os motoristas e a associação que representa as empresas foi convocada a meio da tarde de quinta-feira, contando o encontro com a presença do ministro, Pedro Nuno Santos, e com representantes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM). Recorde-se que o Governo se tem feito representar nestas reuniões por Guilherme Dray e por um elemento do staff técnico do MIH.

Ainda segundo a Lusa, que cita Pedro Pardal Henriques, o acordo inclui as reivindicações ao nível da progressão salarial e a proibição da circulação de matérias perigosas aos domingos e feriados.

“Há um acordo para a progressão salarial que começa em janeiro com uma remuneração base que começa em 1.400 euros por mês e inclui um prémio especial para os motoristas de matérias perigosas, sendo que se partia de 630 euros fixos e passa-se para 1.400 euros fixos divididos por várias rubricas”, detalhou.

Por outro lado, o vice-presidente da SNMMP acrescentou que “ficou decidida uma progressão anual em 2021 e 2022, que ronda os 100 euros/ano, acrescida de uma indexação ao aumento do salário mínimo nacional”.

Quanto à redução da idade de reforma, a reivindicação continua em cima da mesa e será alvo de negociações com a ANTRAM, partidos e Governo, declarou.

“Conseguimos ainda um compromisso extremamente importante com o Governo de proibir a circulação de matérias perigosas aos domingos e feriados, o que acontece já na Europa, o que vai permitir que os motoristas possam descansar e estar com as famílias nesses dias, algo que não sabiam o que era há mais de 20 anos”, frisou.

O SNMMP foi criado no final de 2018 e tornou-se conhecido com a greve iniciada a 15 de abril último, que levou o Governo a decretar uma requisição civil e, posteriormente, a convidar as partes a sentarem-se à mesa de negociações.

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5 coisas que vão marcar o dia

Nesta sexta-feira a easyJet apresenta resultados e os mercados reagem às contas da EDP. Serão apurados os resultados da emissão de obrigações do Benfica.

O dia será marcado pelos resultados da emissão obrigacionista do Benfica, bem como pelas reações aos resultados da EDP. A semana foi marcada pelas declarações de Joe Berardo no Parlamento e nesta sexta-feira as comendas do empresário serão avaliadas pelo Conselho das Ordens.

É conhecido resultado da emissão obrigacionista do Benfica

A Benfica SAD avançou com uma emissão de obrigações, com o objetivo de angariar pelo menos 25 milhões de euros junto dos investidores de retalho. A oferta de obrigações foi depois aumentada para 40 milhões de euros. Fixaram a taxa de juro anual nos 3,75% na oferta de subscrição e realizaram também uma operação de troca que permite estender a maturidade da dívida e baixar o respetivo custo. Nesta sexta-feira são apresentados os resultados da oferta e os investidores ficam a saber quantas obrigações lhes couberam. Os novos títulos de dívida devem ser admitidos à negociação a 21 de maio.

easyJet apresenta resultados

A companhia aérea easyJet revela nesta sexta-feira os resultados semestrais. A low cost britânica obteve um lucro líquido de 521 milhões de euros até setembro do ano passado, mais 43,3% relativamente ao mesmo período de 2017. Já o número de passageiros também aumentou e atingiu novo recorde. Mas em abril, a easyJet advertiu que a incerteza do Brexit está a afetar a procura de passagens a curto prazo e avisou que pode ter perdas semestrais devido a um aumento dos custos.

Conselho das Ordens reúne para avaliar comendas de Berardo

As declarações de Joe Berardo aos deputados da Comissão de Inquérito à recapitalização e atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos chocaram o país. Depois desta audição, dúvidas sobre se o empresário deveria manter as comendas começaram a surgir e o Presidente da República sinalizou que não se oporia a uma deliberação por parte do Conselho das Ordens Nacionais. Manuela Ferreira Leite, chanceler do Conselho, convocou para esta sexta-feira uma “reunião extraordinária” para rever as condecorações atribuídas a Joe Berardo.

Ministros da Economia e Finanças europeus discutem impostos sobre grandes tecnológicas

Os ministros dos Estados-membros da União Europeia responsáveis pela Economia e Finanças, do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin), vão reunir para debater a tributação sobre as gigantes tecnológicas, no contexto internacional. Para além disso, o presidente e a Comissão vão apresentar os principais resultados das reuniões G20, do FMI e do Banco Mundial, bem como preparar o encontro de junho no Japão.

Investidores reagem a resultados da EDP

A última sessão da semana na bolsa nacional será também marcada pela reação dos investidores aos resultados da EDP. A cotada mais valiosa da bolsa revelou os resultados dos primeiros três meses do ano depois do fecho dos mercados, nesta quinta-feira. A EDP registou uma quebra de 39% no resultado líquido no primeiro trimestre do ano, com os lucros a ficarem pelos 100 milhões de euros. Segundo a empresa, o resultado “ajustado de efeitos não recorrentes”, teria sido de uma queda de 32%.

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Robôs vão roubar mais de 50 mil empregos no Algarve até 2030

Até 2030, 54 mil postos de trabalho serão eliminados, só no Algarve. A culpa é dos robôs, mas à boleia desses processo de automação também serão criados 30 mil empregos.

Está anunciada a concretização da promessa deixada pela humanóide Sophia no palco principal do Web Summit. “Vamos tirar-vos os empregos”, disse a robô, na maior feira de tecnologia do mundo. E até 2030, 54 mil postos de trabalho vão ser eliminados só no Algarve face à automatização das atividades profissionais. Isto de acordo com o relatório divulgado, esta sexta-feira, pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que indica que serão o alojamento e a restauração os setores mais afetados. Só nestas áreas profissionais, prevê-se o desaparecimento de mais de 12 mil postos de trabalho.

“54 mil postos de trabalho serão perdidos devido à automação na zona Sul até 2030”, explica a análise feita pela NOVA School of Business & Economics (SBE), que considera especificamente a região do Algarve. Num destaque mais otimista, também à boleia deste processo serão criados 30 mil empregos. Tudo somado, estima-se ainda assim uma destruição líquida de cerca de 24 mil postos de trabalho. Um número que não deixa António Saraiva, presidente da CIP, receoso. “Temos de ter uma visão otimista”, diz o responsável, em conversa com o ECO. Saraiva diz que, conhecendo a realidade, é preciso apostar na adaptação a esses contornos. “A humanidade sempre se reconverteu. Essas ameaças devem ser entendidas como oportunidades“, sublinha.

Em maior detalhe, o relatório indica o “alojamento, restauração e similares” como os setores que serão mais afetados, em termos de perda de postos de trabalho. Deverão mesmo ser eliminados, nestes setores, mais de 12 mil empregos. Apesar de ser expectável a criação de alguns empregos também nestas áreas, o estudo sublinha: “Na zona Sul, a mudança liquida estimada de postos de trabalho no setor do alojamento e restauração é negativa e ronda os oito mil postos de trabalho”.

A seguir ao alojamento e restauração, são os setores do comércio grosso e a retalho (perderão quase 10 mil postos de trabalho) e o da agricultura, serviços florestais, pesca e caça (perderão quase seis mil postos de trabalho) os mais afetados pela automação.

Em milhares de postos de trabalho, estes são os setores que serão mais afetados pela automação.CIP / SBE

Face a estes dados, António Saraiva explica que está em causa uma região “pouco industrializada”, com muito turismo e com “muitos recursos naturais que podem e devem ser aproveitados”, como os marítimos. “Há a necessidade de procurar outros modelos de sustentabilidade da economia do sul”, diz o responsável, defendendo duas apostas para mitigar os efeitos da automação na força de trabalho: a qualificação dos trabalhadores e a diversificação da economia e das atividades profissionais.

A propósito, note-se que é estimado que 27 mil trabalhadores “necessitarão de se requalificar”, ou seja, 12% da força de trabalho algarvia terá de reforçar as suas competências. O estudo considera, contudo, esse “imperativo da requalificação” como uma oportunidade valiosa que poderá levar o trabalhador a ter mais oportunidades de emprego, salários mais robustos e maior satisfação com a sua atividade profissional.

No caso dos empregadores, as vantagens resultantes dessa vaga de requalificações são também diversas: “Menor pagamentos com demissões”, “não precisa de contratar novos trabalhadores ao preço de mercado”, “menor mismatch entre tarefas e skills” e “aumentar a pool de trabalhadores para novas tarefas”. Ainda assim, nota-se que requalificar os trabalhadores pesa sobre as contas das empresas já que esses colaboradores têm de “deixar de produzir” enquanto fazem esses cursos e é previsível que se verifiquem “aumentos salariais”.

Do lado do Governo, é defendida a adoção de subsídios à educação e salienta-se que a requalificação da força de trabalho deverá resultar em menores pagamentos de subsídios ao desemprego e num maior crescimento económico.

É uma responsabilidade coletiva da qual os empregadores não se podem demitir até por terem interesse em terem esses trabalhadores qualificados ao seu serviço. Têm todo o interesse na sua retenção.

António Saraiva

Presidente da CIP

É o chamado “triângulo virtuoso de vontades”, considera António Saraiva, referindo que a qualificação e a requalificação é uma “responsabilidade coletiva” (Governo, empregadores e trabalhadores). O presidente da CIP salienta que “os empregadores não se podem demitir” desse processo, até porque “têm todo o interesse na retenção desses trabalhadores qualificados”. “Só há um caminho: é pela reconversão, pela requalificação dos recursos humanos”, reforça o responsável.

Este relatório sobre o impacto da automação na zona Sul do país surge na sequência do estudo publicado, em janeiro, sobre esse mesmo processo mas em todo o país. De acordo com essa análise, 1,1 milhões de postos de trabalho serão eliminados até 2030, em Portugal. Metade das horas trabalhadas por terras lusitanas são mesmo suscetíveis de serem substituídas por processos automatizados, disse esse estudo. Por outro lado, 600 mil a 1,1 milhões de novos empregos poderão também ser criados se se combinar a automação ao crescimento económico.

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Fã de Game of Thrones? Agora há live stream, mas há 30 anos descarregar um episódio podia demorar três dias

  • ECO
  • 17 Maio 2019

As plataformas de live streaming vieram facilitar os amantes de filmes e séries que, há uns anos, sofriam com a espera para um vídeo carregar.

Foi na década de 80 que o mundo começou a dar os primeiros passos daquela que seria uma verdadeira revolução tecnológica. São muitos os que se lembram dos antigos computadores, com monitores semelhantes a caixas, e do tempo que demorava até um vídeo carregar ou ser descarregado. Hoje, o mundo está rendido às séries, principalmente a Game of Thrones (GoT). Se hoje carregar totalmente um episódio demora cerca de três minutos, há uns anos, descarregá-lo demorava vários dias.

Não há uma data definida para o nascimento da internet, mas as estatísticas apontam para a década de 80. Em 1986, a Fundação Nacional da Ciência criou para os Estados Unidos o NSFNET, o primeiro backbone do mundo, uma espécie de estrutura informática com uma velocidade de 56 kilobits por segundo (kbps). Anos depois, em 1993, apareceu a World Wide Web, ou simplesmente a Web, como é conhecida hoje em dia. Nessa altura, o acesso discado (dial-up) à internet continuava limitado a uma velocidade de 56 kbps e os modems estavam conectados através das linhas telefónicas.

Como mudou o mundo dos filmes online?

Com o aparecimento das plataformas de live streaming, cada vez menos os utilizadores da internet têm necessidade de fazer download de filmes ou músicas. Spotify, Netflix, HBO, Apple Music ou YouTube Music são algumas das plataformas existentes no mercado que permitem o acesso a vários tipos de conteúdos, contando com milhões de utilizadores espalhados por todo o mundo. Mas o que hoje é um processo rápido, tendo em conta que carregar completamente um vídeo ou o episódio de uma série para assistir em live streaming demora pouco mais de dois minutos, há uns anos não eram assim tão rápido.

Os CD’s eram, talvez, a alternativa preferida na hora de ver um filme no computador. Isto porque não havia processo de carregamento. Mas se a opção fosse ver um filme ou ouvir uma música online, o processo era bastante mais moroso. Foi assim que nasceu a necessidade de descarregar estes ficheiros, embora a velocidade também não fosses propriamente rápida.

Na altura em que nasceu a World Wide Web, de acordo com o site Entrepreneur (conteúdo em inglês), fazer download de um ficheiro de música com baixa qualidade (3,5 Megabytes) demorava cerca de dez minutos à velocidade máxima, mas poderia demorar algumas horas se a velocidade fosse mais baixa. No caso de um filme de baixa qualidade (700 Megabytes), demorava cerca de 28 horas a uma velocidade máxima e cerca de três a cinco dias a uma baixa velocidade.

Game of Thrones

Atualmente, as plataformas de live streaming têm contribuído para uma redução cada vez maior dos downloads, mas ainda há quem sinta necessidade de os fazer, mesmo sabendo que é ilegal. Prova disso é a série GoT, que estreou em abril a oitava temporada, após um longo período de 20 meses sem novos episódios. É a série mais vista em todo o mundo e a estreia bateu um recorde de mais de 17 milhões de pessoas a assistir. De acordo com os dados do site Mashable (conteúdo em inglês), o primeiro episódio desta nova temporada foi “sacado” ilegalmente mais de 54 milhões de vezes nas primeiras 24 horas, com a Índia a liderar os downloads: 9,5 milhões.

Então fomos fazer as contas: hoje, carregar completamente um episódio de GoT (que tem, normalmente, cerca de 2GB) para ver em livestreaming demora cerca de dois a três minutos, tempo que se mantém mais ou menos o mesmo se fizermos o download desse mesmo episódio. De acordo com o site Download Time (conteúdo em inglês), “sacar” um episódio destes, hoje em dia, através de uma conexão 4G, a uma velocidade de 80 megabits por segundo demora três minutos e 34 segundos.

O mesmo site indica que, há uns anos, se tivéssemos de recorrer a um modem com uma velocidade de 56 kbps, o download demoraria 85 horas, 13 minutos e 0,3 segundos. Ou seja, seriam precisos quase quatro dias. E se o objetivo fosse guardar esse episódio em disquetes, tendo em conta que cada um tem 1,45 Megabytes de espaço, seriam precisas 1.412 disquetes.

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