Cinemas NOS encerram salas em todo o país

  • Lusa
  • 16 Março 2020

NOS Cinemas decidiu encerrar os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país. A medida entra em vigor hoje e "será aplicada pelo tempo que se justificar", explica a NOS.

A NOS Cinemas, líder do mercado português da exibição, o Cinema Ideal, em Lisboa, e o Cinema Nimas, da Medeia Filmes, também na capital, estão encerrados por “motivos de saúde e segurança“, em resposta à pandemia de Covid-19.

“Face à situação da pandemia Covid-19, a NOS Cinemas decidiu encerrar os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país”, lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira pela exibidora.

Os Cinemas NOS representam cerca de 40% do mercado português de exibição, de acordo com os números do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

“Apesar de já estarem em vigor medidas de prevenção que acautelavam a proteção de clientes e colaboradores como, por exemplo, a redução da capacidade das salas em 50% até um máximo de 150 pessoas por sala, a realização de sessões sem lugares marcados e o reforço da limpeza e higienização, a empresa decidiu que o cancelamento é a medida adequada numa fase em que é crítica a permanência em casa das pessoas e das famílias portuguesas“, prossegue o comunicado.

A medida entra em vigor esta segunda-feira, e “será aplicada pelo tempo que se justificar”, conclui a NOS Cinemas.

A exibidora Medeia Filmes anunciou igualmente o encerramento do Cinema Nimas, em Lisboa, desta segunda-feira a 15 de abril, e o Cinema Ideal, um dos primeiros a anunciar planos de contingência, na semana passada, manter-se-á encerrado até 02 de abril.

Na passada quinta-feira metade das 535 salas de cinema da rede de exibição comercial estava em funcionamento, com reforço de higienização e regras de distanciamento entre espetadores, como revelaram então à Lusa as maiores exibidoras portuguesas. Os Cinemas NOS representam cerca de 40% do mercado português de exibição.

O Cinema Trindade, no Porto, fechou as portas na semana passada, assim como o Cineclube de Viseu, que também cancelou todas as sessões até ao final de março, e o cineclube do Porto, que cancelou na altura “todas as atividades” para a Casa das Artes.

De acordo com os dados mais recentes do ICA, a rede portuguesa de exibição comercial de cinema integra 535 salas, com cerca de 99 mil lugares.

Segundo o ICA, a NOS Cinemas é a maior exibidora nacional, com 219 salas em todo o país, o que representa 40,9% do total de ecrãs. Seguem-se Cineplace (85 salas), NLC Cinema City (46 salas), UCI (45 salas) e Socorama (31 salas).

Na semana passada, as diferentes distribuidoras anunciaram planos de contingência, com restrições à venda de bilhetes e higienização das instalações, mantendo a avaliação da situação.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para quarta-feira para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência, enquanto o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que Portugal e Espanha vão, além de todas as outras medidas já adotadas, limitar a circulação na fronteira a mercadorias e trabalhadores transfronteiriços.

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Portugal é o terceiro país europeu com menos empregos disponíveis

No último trimestre de 2019, a taxa de vagas de emprego manteve-se estável tanto na União Europeia, bem como na Zona Euro. Portugal foi o terceiro país com menos empregos disponíveis.

De outubro a dezembro, a taxa de vagas de emprego manteve-se estável tanto na União Europeia como na Zona Euro, face ao trimestre anterior, segundo os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Eurostat. Entre os Estados-membros europeus, Portugal foi o terceiro país com menos empregos disponíveis (0,9%), sendo ultrapassado apenas pela Grécia (0,5%) e pela Bulgária (0,8%).

“A taxa de vagas de emprego na Zona Euro fixou-se em 2,2% no quarto trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e abaixo dos 2,3% registados no quarto trimestre de 2018. Na União Europeia (UE), a taxa de vagas de emprego também ficou nos 2,2% no quarto trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e com o quarto trimestre de 2018″, lê-se na nota conhecida esta segunda-feira.

Entre outubro e dezembro, a taxa de vagas de emprego na Zona Euro foi de 1,9% na indústria e construção e de 2,5% nos serviços. Já na UE, a taxa em causa foi também de 1,9% na indústria e construção, mas ligeiramente abaixo nos serviços, situando-se nos 2,4,%, aponta o gabinete de estatísticas europeu.

No último trimestre de 2019, foi na República Checa (5,9%), na Bélgica (3,4%), na Alemanha (3,3%) e na Holanda (3,2%) que se registaram as taxas de vagas de emprego mais elevadas entre os Estados-membros europeus. Em sentido inverso, a Grécia (0,5%) e a Bulgária (0,8%) foram os países com menor percentagem de postos disponíveis.

Em terceiro lugar surge Portugal, assim como Irlanda e Espanha, onde a taxa de vagas de emprego ficou em 0,9%. Na comparação com o trimestre anterior, Portugal ficou 0,1 pontos percentuais abaixo do valor registado anteriormente e estável face ao mesmo período de 2018.

Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, a taxa de vagas de emprego no quarto trimestre de 2019 aumentou na Grécia, Espanha, Chipre, Letónia e Holanda, manteve-se estável em oito países e recuou em catorze. “As maiores subidas foram registadas na Letónia (+0,7 pontos percentuais), Chipre e Holanda (ambos com +0,3 pontos percentuais). Os maiores recuos foram registados em Malta (-0,4 pontos percentuais) e na Hungria e Eslováquia (ambas com -0,3 pontos percentuais)”, sublinha o Eurostat.

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Covid-19: Nova videoconferência de líderes europeus na terça-feira

  • Lusa
  • 16 Março 2020

“Conter a propagação do vírus, fornecer suficiente equipamento médico, impulsionar a investigação e limitar as consequências económicas” são algumas das “chaves” na resposta da UE.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão voltar a reunir-se, por videoconferência, na terça-feira, para continuar a discutir a resposta ao surto de Covid-19, anunciou esta segunda-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“Decidi convocar uma videoconferência com os membros do Conselho Europeu para terça-feira 17 de março, para dar seguimento às nossas ações a nível do Conselho relativamente ao Covid-19”, escreveu Charles Michel na sua conta oficial na rede social Twitter.

O presidente do Conselho Europeu acrescenta que “conter a propagação do vírus, fornecer suficiente equipamento médico, impulsionar a investigação e limitar as consequências económicas” são algumas das “chaves” na resposta da UE a esta crise de saúde pública.

Esta segunda-feira realizam-se, igualmente por videoconferência, uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), alargada aos países que não têm a moeda única, centrada na resposta económica ao surto, que ameaça mergulhar a Europa na recessão, e também dos ministros do Interior e da Saúde dos 27, mais focada na gestão das fronteiras.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, detetado em dezembro passado na China, já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o epicentro da pandemia deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.

O número de infetados a nível mundial ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.

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Uber Eats entrega almoços “sem contacto” nem taxa de entrega

A Uber Eats deixou de cobrar taxa de entrega até ao fim do mês nas encomendas de refeições acima de cinco euros em dias úteis. Proporciona também uma experiência "sem contacto" para conter o vírus.

A Uber Eats vai deixar de cobrar a taxa de entrega nos almoços até 31 de março, anunciou a empresa aos clientes deste serviço de entrega de refeições ao domicílio. Este “bónus” acontece em plena pandemia do coronavírus e numa altura em que muitos portugueses trabalham a partir de casa para evitarem o contágio.

“Vamos eliminar a taxa de entrega em todos os pedidos superiores a cinco euros, durante o período do almoço (das 11h às 15h) nos dias da semana (segunda a sexta-feira), desde dia 16 até 31 de março”, informa a Uber Eats num email enviado aos utilizadores. Ou seja, na prática, os clientes pagarão apenas o valor da refeição que for estipulado pelo restaurante, sendo removida a taxa de entrega que costuma rondar os dois euros, aproximadamente.

No entanto, o desconto não é automático: antes de submeter a encomenda na aplicação, os clientes terão de aceder ao separador “Conta”, selecionar a opção “Promoções” e adicionar o código “ALMOCO”, seguido do dia e mês correspondentes. Ou seja, esta segunda-feira o cupão deverá ser “ALMOCO1603”, esta terça-feira será “ALMOCO1703” e por aí em diante.

“Ao remover a taxa de entrega, estamos a tornar a entrega de refeições ainda mais acessível. Acreditamos que temos um papel a cumprir e queremos apoiar todos os que estão a trabalhar em casa em Portugal. A entrega de refeições também pode ajudar num apoio melhor aos restaurantes face a uma possível queda de atividade nas próximas semanas”, disse ao ECO a diretora de comunicação da Uber em Portugal, Mariana Ascenção.

De forma a evitar o contacto social e a evitar a propagação do Covid-19, a Uber Eats disponibiliza uma experiência sem contacto. “Para isso apenas tem de deixar uma nota de entrega, pedindo para deixar o seu pedido à porta ou na entrada. Basta que no checkout verifique os detalhes da entrega e clique em ‘Adicionar nota de entrega’. Pode escrever, por exemplo: ‘Deixe o pedido à porta, por favor.’ Acompanhe o pedido para o poder recolher assim que for entregue”, explica ainda a Uber na nota enviada aos clientes.

Assim, a Uber deverá assumir a despesa de pagar o serviço aos estafetas, apesar de a nota enviada aos clientes não ser clara nesse aspeto. Além disso, esta medida surge numa altura em que o Governo tem pedido aos portugueses para que fiquem em casa, pelo que a própria oferta de refeições na aplicação é muito mais reduzida.

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Com novos passes, número de passageiros no metro cresce 10,5%

O número de passageiros que viajaram de metro atingiu os 269,7 milhões no ano passado. Na ferrovia aumentou ainda mais: 21,2%.

Com os novos passes, o transporte de passageiros por metropolitano aumentou 10,5% no ano passado, face ao ano anterior, de acordo com os resultados preliminares de 2019 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta segunda-feira. O número de passageiros que viajaram de metro atingiu os 269,7 milhões.

Não foi apenas no metro que se notou este efeito. “Em 2019, o número de passageiros transportados por ferrovia registou um aumento de 21,2% (num total de 178,7 milhões de passageiros) reflexo do novo sistema de passes em vigor nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto”, sublinha o INE.

O transporte por vias fluviais também acelerou no ano passado, ao apresentar um aumento de 6,7% no ano passado, o que compara com um crescimento de 3,4% em 2018. No total do ano, de acordo com os resultados provisórios, foram transportados 22,9 milhões de passageiros nas travessias fluviais.

Por outro lado, o movimento nos aeroportos nacionais manteve-se estável. Enquanto o número de aeronaves em voos comerciais que aterraram nos aeroportos nacionais registou um abrandamento, ao aumentar 2,3% em 2019, o movimento de passageiros ascendeu a 60,1 milhões em 2019, refletindo um crescimento de 6,8%, igual ao do ano anterior.

Transporte de mercadorias cai, exceto por via aérea

Todos os modos de transporte de mercadorias registaram quebras no movimento face ao ano anterior, com exceção da via aérea. No transporte ferroviário a queda foi de 12%, depois de ter estabilizado em 2018. Já no rodoviário registou-se uma quebra de 1,4%, e no marítimo de 5,8%.

A contrariar a tendência esteve o transporte de mercadorias por via aérea, que registou um acréscimo homólogo de 12,1%, valor que representa uma aceleração face a 2018, quando cresceu 5,1%.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Crédito ao consumo trava para 638 milhões no primeiro mês do ano

Bancos e financeiras disponibilizaram 638 milhões de euros em empréstimos para consumo em janeiro, mês tradicionalmente marcado por uma travagem no recurso ao crédito. Automóvel derrapou 8%.

Os portugueses recorrerem menos ao crédito ao consumo no primeiro mês do ano. Os bancos e as financeiras disponibilizaram 638 milhões de euros com esse fim em janeiro, mês tradicionalmente marcado por uma travagem no recurso ao crédito. Os empréstimos para a compra de carro registaram a maior quebra.

Os 638 milhões de euros em crédito ao consumo concedidos conjuntamente, em janeiro, pelos bancos e pelas instituições de crédito especializado representam um corte de 4,47%, face aos 668 milhões registados em dezembro. Trata-se ainda do valor mensal concedido mais baixo desde setembro do ano passado, mostram dados do Banco de Portugal divulgados nesta segunda-feira.

Numa comparação homóloga, mantém-se contudo, a tendência de crescimento, com o montante de crédito concedido a subir 12,85% face a janeiro de 2019.

Em termos mensais, a quebra da concessão verificada em janeiro foi transversal em praticamente todos os destinos, mas deveu-se sobretudo ao recuo do crédito automóvel. No primeiro mês do ano, os portugueses foram buscar 245,7 milhões de euros em empréstimos para comprar carro, uma redução de 8,9% face ao último mês do ano, fixando-se num mínimo de novembro.

De salientar que as vendas de carros voltaram a cair no arranque do ano. No mês de janeiro de 2020 foram matriculados em Portugal 17.504 automóveis, ou seja, menos 8,5% que no mês homólogo do ano anterior, revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).

Evolução do crédito ao consumo desde 2013

Fonte: Banco de Portugal

A venda de carros novos foi onde se assistiu à maior redução das quantias concedidas. Na locação financeira e ALD de carros novos a quebra mensal foi de 27,5%, para 21,4 milhões de euros, enquanto com reserva de propriedade a diminuição foi de 27,1%, para 43,4 milhões de euros. Já nos usados, o valor concedido baixou 36,4%, para 8,3 milhões de euros, no caso da locação financeira e ALD. Já com reserva de propriedade, no caso dos carros usados observou-se um aumento de 3% na concessão, para 172,6 milhões de euros.

Em termos homólogos, observou-se contudo um novo aumento dos valores concedidos para a compra de carro, em janeiro: 11,3%

Já a categoria de outros créditos pessoais, que inclui financiamentos sem fim específico ou para a aquisição de artigos para o lar, apresentou uma quebra de 1,66%, para 282,8 milhões de euros. Face a janeiro do ano passado, há contudo um aumento de 17,35%.

Nos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, em termos mensais, observou-se uma redução de 1,7% no montante concedido em janeiro, para os 99,6 milhões de euros. Em termos homólogos, houve pelo contrário um aumento de 3,4%.

Já os créditos pessoais com finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, foram os únicos a registar um aumento dos valores concedidos tanto em termos mensais como homólogos. Em janeiro foram disponibilizados 9,9 milhões de euros com esse fim, 5,87% e 35,52% acima do verificado, respetivamente, em dezembro e janeiro do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h43)

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Portugal recebeu 1,4 milhões de turistas em janeiro. Mais 12% do que no ano passado

Portugal recebeu 1,4 milhões de turistas em janeiro, mais 12% do que no mesmo mês do ano anterior. No início do ano, as receitas com o turismo ascenderam a 175,9 milhões de euros.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,4 milhões de turistas em janeiro, um número que representa um aumento de 12,2% face ao mesmo mês do ano passado, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos de receitas turísticas, estas aumentaram mais de 7% para 175,9 milhões de euros.

Aumentou o número de hóspedes, assim como o número de dormidas, mas caiu o número de noites passadas nos alojamentos turísticos. Em termos de hóspedes, os turistas estrangeiros lideraram em número — foram cerca de 760.300, face aos 660.600 nacionais –, mas foram os residentes no país que mais subiram: 12,9% face aos 11,6% dos estrangeiros.

As dormidas, por sua vez, também aumentaram (7,6%), especialmente nos hóspedes residentes no país — 12,1% face ao aumento de apenas 5,6% dos hóspedes estrangeiros. Contudo, a estada média caiu para ambos (4%), principalmente para os turistas internacionais. Na hora de escolher onde passar a noite, os hóspedes procuraram, sobretudo, os hotéis e as unidades de alojamento local.

Já em termos de localizações, as dormidas aumentaram em todas as regiões do país, com destaque para os crescimentos no Norte (15,1%), Alentejo (14,6%), Centro (12,2%) e Região Autónoma dos Açores (10,4%). A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 32,9% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,8%) e o Algarve (17,1%), refere o INE.

Chineses, canadianos e espanhóis com crescimentos expressivos

Em janeiro, os britânicos foram a nacionalidade que mais procurou Portugal na hora de passar férias. Foram quase 348.000 turistas, uma subida de 1,9% face ao mesmo mês do ano passado. Atrás aparecem os alemães (235.438, com uma queda de 8,6%) e os brasileiros (235.284, um aumento de 6,9%).

Entre as nacionalidades que mais cresceram, o destaque foram os turistas chineses (50,3% para 55.025), os canadianos (34,7% para 36.392) e os espanhóis (26,5% para 213.983). Entre as nacionalidades que mais interesse perderam, destaque para os dinamarqueses (caíram 17,2% para 34.497), os alemães (-8,6% para 235.438) e os suecos (-8,4% para 42.636).

Receitas turísticas subiram mais de 7%

No início do ano, as receitas obtidas com o setor atingiram os 175,9 milhões de euros no total e 124,8 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a crescimentos de 7,2% e 8,5%, respetivamente face a janeiro do ano passado, referem os dados do INE.

Em termos de evolução dos proveitos nas várias regiões, em janeiro, destacaram-se os aumentos registados no Alentejo (27% nos proveitos totais e 30,7% nos de aposento) e Norte (15,7% e 15%, respetivamente).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 25,1 euros em janeiro, o que correspondeu a um aumento de 4,5% face a janeiro do ano passado. Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 68,6 euros em janeiro, o que se traduziu num aumento de 2,9%.

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

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Economistas assinam manifesto: “A União Europeia e a democracia têm de estar à altura”

  • ECO
  • 16 Março 2020

Um conjunto de economistas assina um manifesto, uma carta aberta às autoridades políticas e económicas de Portugal e da União Europeia.

O mundo vive um evento extremo que ameaça a saúde e o bem-estar económico de toda a população. Em algumas regiões, grande parte da população é obrigada a ficar em casa. O desafio é manter a produção de bens e serviços essenciais e garantir que chegam a tempo a hospitais, famílias e empresas. Para sair da crise económica temos antes de resolver a crise na saúde.

O conhecimento profundo das ligações da cadeia de produção e da sua logística será um instrumento crucial de planeamento. As grandes bases de dados disponíveis têm de ser usadas para monitorizar em tempo real a evolução da economia, identificando estrangulamentos na cadeia produtiva. Tem de se apoiar os que perderão uma parte significativa do seu rendimento. Diminuir a incerteza sobre a futura solvência dos negócios é crucial para assegurar o fornecimento de bens e serviços essenciais. Um programa de emergência de larga escala requer um financiamento de emergência também de grande escala.

Dadas as circunstâncias excecionais, o Banco Central Europeu tem de ser autorizado a financiar tal programa. A UE tem de atuar já, não só para evitar o sofrimento da sua população, mas também para se salvar a si mesma e os valores democráticos que diz defender.

  1. A pandemia do Covid-19 é um evento extremo que pode ameaçar a sobrevivência da União Europeia e dos regimes democráticos dos seus membros. A pandemia é uma tremenda ameaça quer à saúde pública quer ao bem-estar económico de toda a população. A UE tem de atuar já para impedir que o sofrimento atinga níveis inéditos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial bem como para salvaguardar os valores democráticos que representa.
  2. Sob um ponto de vista económico, esta crise é peculiar porque, devido ao risco de contágio, indústrias cuja produção exija alguma proximidade física entre pessoas estão sujeitas a enormes restrições. A natureza das atuais economias descentralizadas tornam-nas extremamente vulneráveis ao completo encerramento de alguns sectores de atividade. A implicação disso é que não será possível sair da crise económica sem antes dirimir a crise na saúde.
  3. A disrupção causada pelo vírus Covid-19 afeta a oferta e a procura simultaneamente, com efeitos de feedback negativos. O aspeto fundamental desta disrupção é a sua magnitude: obrigam-se populações inteiras de algumas regiões e de alguns países a ficar em casa. Se os trabalhadores faltam ao trabalho, as empresas não produzem; se os compradores não podem ou não querem fazer encomendas, a produção das empresas na cadeia de produção cairá. Como consequência, falhas nos pagamentos aumentarão e disseminar-se-ão pela cadeia económica e financeira. As empresas não conseguirão pagar aos fornecedores, pagar as suas dívidas e cumprir as suas obrigações fiscais ou fazer os pagamentos à Segurança Social. Se as empresas não produzem, não se gera rendimento. As famílias não conseguirão pagar as rendas, as prestações aos bancos, o saldo do cartão de crédito, a escola dos filhos, os impostos, etc. Em breve, tudo isto pode tornar-se realidade para uma fração surpreendentemente grande da economia. Por breve, queremos dizer algumas semanas, possivelmente.
  4. Para compreender a magnitude provável da crise, repare que se a maioria das pessoas têm de estar em casa, então há uma queda abrupta no número efetivo de trabalhadores. Já acontece em alguns países e outros se seguirão. Mesmo no pico da última crise financeira internacional, a quebra no número de trabalhadores não é sequer comparável. Portanto, é de esperar uma redução na atividade económica muito mais significativa agora.
  5. No lado real da economia, a quebra significativa do produto é inevitável dada a necessidade de as pessoas não saírem de casa. Nesta frente, o desafio é assegurar a produção de bens e serviços essenciais e garantir que chegam ao necessário destino — hospitais, famílias e empresas — a tempo. Por exemplo, a provisão de equipamentos de proteção para os que continuam a trabalhar é fulcral, tal como garantir o fornecimento de equipamentos médicos, como os kits de testes. A afetação de recursos adicionais para a investigação médica é um ponto chave e a coordenação internacional neste esforço não pode falhar.
  6. O conhecimento profundo das ligações da cadeia de produção e da sua logística será um instrumento crucial de planeamento. Grande parte da atividade económica faz parte de cadeias de valor internacionais. Portanto, ações que pretendam assegurar o funcionamento das cadeias de produção industriais e comerciais têm de ser tomadas não apenas a nível nacional, mas também a nível europeu ou até mesmo mundial. É fundamental identificar os recursos que estão rapidamente disponíveis para responder à crise que vivemos. É também necessário avaliar a distribuição de pessoas e empresas no espectro económico e geográfico e identificar os mais afetados. Os dados disponíveis, coligidos quer pelo sector público quer privado, têm de ser recolhidos e usados para monitorizar em tempo real a evolução da economia, identificando estrangulamentos na cadeia económica que impeçam ou atrasem a produção de bens essenciais. A disponibilidade de diversas bases de dados, combinadas com instrumentos de análise de dados, são da maior importância para guiar e garantir que as políticas económicas são bem fundamentadas.
  7. No lado nominal da economia, deve-se apoiar o rendimento dos que nas próximas semanas (ou meses) perderão uma parte significativa do seu rendimento. O apoio direto ao rendimento nominal das famílias é essencial para garantir que têm acesso aos bens essenciais.
  8. Garantir que as empresas têm acesso a financiamento extraordinário é necessário para impedir que a crise financeira não agrave a crise da economia real e aumente ainda mais as tensões na sociedade, potencialmente para níveis perigosos. Os contratos de crédito tradicionais não são adequados: para manter a confiança e levar a que os empresários escolham manter as suas empresas abertas, o impacto destes créditos adicionais não pode ter muito peso no seu passivo. Reduzir a incerteza sobre a futura solvabilidade dos seus negócios também é essencial para garantir que o fornecimento de bens e serviços essenciais não é interrompido.
  9. Um programa de emergência de larga escala requer um financiamento de emergência também de grande escala. Os países têm de ter a garantia de poderem ter défices temporários sem terem de enfrentar outra crise das dívidas soberanas. Para salvar o seu sistema bancário, a Irlanda teve um défice orçamental de 32% do seu PIB em 2010. Na atual crise de saúde, o governo terá de financiar trabalhadores (por exemplo, os que estão em casa sem rendimentos), financiar as empresas direta e indiretamente (não cobrando impostos, por exemplo) e, claro, tem de equipar os hospitais. É difícil de prever a dimensão das necessidades de financiamento, mas é provável que exija uma intervenção de uma magnitude extraordinária. Medidas excecionais que permitam este financiamento de emergência têm de ser possíveis, nem que para isso seja necessário fazer correções à legislação da UE. Para reduzir problemas de risco moral, esse financiamento poderá estar associado a quebras nas receitas fiscais e a um aumento das despesas diretamente relacionadas com tratamentos e contenção do vírus.
  10. Neste contexto de enorme incerteza, acreditamos que qualquer coisa semelhante à monetização do défice (possivelmente com nome diferente) é uma parte necessária da solução. Face a circunstâncias excecionais, o Banco Central Europeu tem de ser autorizado a financiar tal programa. Uma possibilidade é que o BCE o faça na forma de empréstimos de longuíssimos prazos (mais de 50 anos) a taxas de juro muito baixas (possivelmente, zero) e, com certeza, com amortizações muito diferidas no tempo e crescentes no tempo. Medidas drásticas, como imprimir moeda para entregar a alguns sectores da população e das empresas, ou a criação das Eurobonds ou das European Safe Bonds, devem ser seriamente consideradas pelas autoridades políticas e pelo Banco Central Europeu.
  11. Em economia as expectativas são essenciais e podem ajustar-se muito rapidamente. As autoridades públicas têm de atuar de uma forma que faça com que os agentes económicos compreendam que, apesar de vivermos tempos difíceis, a situação está sob controlo. Um programa de intervenção em grande escala que lide com o que descrevemos tem de ser anunciado o quanto antes.
  12. A União Europeia tem de agarrar esta oportunidade para demonstrar que o bem-estar das populações são a sua prioridade. Numa união altamente integrada, respostas nacionais e descoordenadas não serão eficazes. A UE não pode esperar enquanto a crise se desenrola. Tem de anunciar uma resposta vigorosa e unida, mostrando que fará tudo o que tiver de ser feito para defender a integridade humana, social, económica e política da UE. Estes tempos são genuinamente excecionais e será muito pior se a UE não apoiar os seus estados membros nos passos decisivos para enfrentar a pandemia e mitigar as suas consequências. O preço de atuar hoje será muito menor do que o de atuar amanhã. Não queremos ser os sonâmbulos do século XXI.

Cátia Batista (Nova SBE)

Fernando Alexandre (Universidade do Minho)

Fernando Anjos (Nova SBE)

João Cerejeira (Universidade do Minho)

José Tavares (Nova SBE)

Luís Aguiar-Conraria (Universidade do Minho)

Miguel Portela (Universidade do Minho)

Odd Straume (Universidade do Minho)

Pedro Bação (Universidade de Coimbra)

Pedro Brinca (Nova SBE)

Sandra Maximiniano (ISEG, Universidade de Lisboa)

Susana Peralta (Nova SBE)

Tiago Sequeira (Universidade de Coimbra)

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Do estado de alerta ao estado de emergência. O que pode mudar na nossa vida

O Presidente da República vai reunir, quarta-feira, o Conselho de Estado para analisar a possibilidade de “estado de emergência”. António Costa já disse que não se irá opor.

Portugal está em estado de alerta, desde sexta-feira, devido ao surto do novo coronavírus. Com o evoluir da situação, existe a hipótese de ser declarado o estado de emergência, algo que compete ao Presidente da República. Há diferenças entre os dois estados, nomeadamente a duração e nos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

A figura de “estado de alerta” consta da Lei de bases da Proteção Civil e dá ao Governo poderes alargados para fazer face a um “acidente grave e catástrofe”, sendo que todas as decisões e atos legislativos produzem efeitos imediatos. Pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum ou alguns dos acontecimentos (…), é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação”, explica a lei de bases da Proteção Civil.

De acordo com o documento, “a declaração da situação de alerta determina o acionamento das estruturas de coordenação institucional territorialmente competentes, as quais asseguram a articulação de todos os agentes, entidades e instituições envolvidos nas operações de proteção e socorro”.

Já a figura de “estado de sítio” ou “estado de emergência”, prevista na Constituição da República Portuguesa (CRP), pode ser declarada em todo ou em parte do território nacional “nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública”.

O estado de emergência é declarado quando os pressupostos são de menor gravidade e “apenas pode determinar a suspensão de alguns dos direitos, liberdades e garantias suscetíveis de serem suspensos“, segundo a Constituição. Deve respeitar o princípio da proporcionalidade e limitar-se “ao estritamente necessário ao pronto restabelecimento da normalidade constitucional”.

A declaração contém a especificação dos direitos, liberdades e garantias cujo exercício fica suspenso, sendo que “em nenhum caso pode afetar os direitos à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, a não retroatividade da lei criminal, o direito de defesa dos arguidos e a liberdade de consciência e de religião”.

A declaração deste estado compete ao Presidente da República, mas “depende de audição do Governo e de autorização da Assembleia da República ou, quando esta não estiver reunida nem for possível a sua reunião imediata, da respetiva Comissão Permanente”. Se for autorizada pela Comissão Permanente da Assembleia da República, “terá de ser confirmada pelo Plenário logo que seja possível reuni-lo”.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, este domingo, que vai convocar o Conselho de Estado na quarta-feira para analisar a possibilidade deste estado. Já António Costa garantiu que, se a decisão do Presidente recair sobre o estado de emergência, “o Governo não dará parecer negativo”.

Esta figura “confere às autoridades competência para tomarem as providências necessárias e adequadas ao pronto restabelecimento da normalidade constitucional”, lê-se na Constituição. A duração não pode ser mais do que quinze dias, mas prevê “eventuais renovações, com salvaguarda dos mesmos limites”.

Durante a vigência do estado de emergência, a Assembleia da República não pode ser dissolvida e também não pode ser praticado nenhum ato de revisão constitucional.

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Prisa avança mesmo contra Cofina. Recusa renegociar venda da TVI

O grupo espanhol rejeitou a proposta da Cofina de renegociar a compra e venda da Media Capital. Mantém que vai avançar contra o grupo de Paulo Fernandes para o forçar a comprar a TVI por 205 milhões.

A Prisa considera que “não é apropriado” renegociar com a Cofina o contrato de compra e venda da Media Capital, reiterando que “tenciona e vai continuar a perseguir todas as medidas e ações contra a Cofina na defesa dos seus interesses, dos acionistas e de outros afetados pela situação criada” pela dona do Correio da Manhã.

Num comunicado enviado à CMVM, a empresa justifica esta recusa por defender que “houve uma violação prévia do referido contrato pela Cofina”, nomeadamente pelo facto de o grupo de media português ter abortado o aumento de capital que iria financiar parcialmente a operação de forma “voluntária”.

O grupo liderado por Manuel Mirat “reitera o seu entendimento de que a Cofina violou o acordo […] na sequência do aborto voluntário ao aumento de capital aprovado pelos seus acionistas a 29 de janeiro de 2020”. Deste modo, “rejeita os pressupostos sobre os quais a Cofina pretende agora assentar a resolução do acordo”.

Isto acontece depois de, na sexta-feira, a Cofina ter dado “sete dias” à dona da Media Capital para renegociar o contrato, perante o deteriorar das audiências da TVI e das condições de mercado por causa do coronavírus. Numa nota enviada aos mercados, a Cofina ameaçou rasgar o contrato em caso de rejeição — uma condição que, com o comunicado da Prisa, poderá estar verificada.

Este é o mais recente capítulo do negócio da compra da Media Capital pela Cofina, uma operação que chegou a ser dada como em vias de concluída. Na semana passada, o grupo surpreendeu o mercado ao anunciar o insucesso do aumento de capital de 85 milhões de euros. Mais tarde, justificou ter falhado a operação por terem ficado por subscrever menos de três milhões de euros em novas ações.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h05)

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Transportadora SAS suspende maioria dos voos e dez mil postos de trabalho

  • Lusa
  • 16 Março 2020

A companhia aérea SAS, cujos principais acionistas são os Estados sueco e dinamarquês, vai suspender temporariamente a maioria dos seus voos e dez mil postos de trabalho.

A transportadora aérea Scandinavian Airlines Systems (SAS) vai suspender temporariamente, a partir desta segunda-feira, a maioria dos voos e dez mil funcionários, ou 90% do pessoal, devido à crise causada pelo coronavírus.

Em comunicado, divulgado no domingo, a SAS referiu que várias medidas restritivas tomadas por muitos Governos, como o encerramento de fronteiras, tornaram a procura internacional de viagens aéreas “praticamente inexistente”.

A empresa indicou que só vai retomar o tráfego normal quando “existirem condições” para a aviação comercial.

A transportadora, cujos principais acionistas são os Estados sueco e dinamarquês, vai manter “na medida do possível” algumas ligações para permitir voos de regresso a partir de diferentes destinos e estará à disposição das autoridades para repatriar cidadãos ou manter infraestruturas importantes para a sociedade.

“Creio que os políticos estão conscientes da importância de manter boas ligações. Espero e acredito que se trabalha de forma intensiva para apoiar a aviação. Espero ver propostas concretas a curto prazo”, disse o conselheiro delegado da SAS Rickard Gustafson, em conferência de imprensa, em Estocolmo.

A SAS, que no primeiro trimestre do ano fiscal (novembro-janeiro) perdeu 861 milhões de coroas suecas (81 milhões de euros) líquidos, transporta cerca de 30 milhões de passageiros por ano e liga Estocolmo, Copenhaga e Oslo a 125 destinos na Europa, Estados Unidos e Ásia.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo. O número de infetados ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram

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Neuce lança nova gama de tintas ecológicas

A marca Neuce acaba de desenvolver gama de tintas amigas do ambiente. Chama-se NeuceNature e é feita através de uma matéria-prima de origem renovável que permite reduzir cerca 60% das emissões de CO2.

À semelhança da Barbot, a Neuce acaba de lançar uma nova gama de tintas ecológicas. Chama-se “NeuceNature” e é o resultado de mais de um ano de investigação e desenvolvimento laboratorial.

“Baseada num conceito de balanço de biomassa, a matéria-prima fóssil foi substituída, na sua produção, por matéria-prima de origem renovável“. Com este tipo matéria-prima e esta gama de tintas consegue-se uma redução superior a 60% das emissões de CO2″, explica a empresa em comunicado.

Nesta nova tinta, garante a marca, 100% das matérias-primas fósseis da resina foram substituídas por matérias-primas renováveis. Além disso, por cada kg de resina presente nas tintas da linha NeuceNature evita-se 0,8 kg de emissões de CO2, correspondendo a um decréscimo nas emissões de 60%. Soma-se ainda o “odor ténue e um muito baixo teor de compostos orgânicos voláteis (COV, igual ou inferior a 0,3 gr por litro).

Esta última característica é especialmente importante porque quanto maior o teor de compostos orgânicos voláteis (provenientes de hidrocarbonetos, como o petróleo. por exemplo) nas tintas decorativas, maior é a sua pegada carbónicas e as emissões de gases poluentes para a atmosfera.

Para uma tinta ser considerada ecológica não basta ser à base de água. Além de não conter COV, não deve ter pigmentos à base de metais pesados, fungicidas sintéticos ou derivados de petróleo.

Segundo a empresa, a gama NeuceNature surge dentro da nova geração de tintas, as tintas naturais. “Esta é uma gama de tintas decorativas que resulta da necessidade de revisitar as pinturas tradicionais em união com a modernidade e visão de um futuro sustentável”.

A Neuce produz mais de 400 toneladas de tinta e é o segundo maior grupo de tintas a atuar em Portugal.

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