Trump declara emergência nacional nos Estados Unidos

  • ECO e Lusa
  • 13 Março 2020

O Presidente norte-americano declarou o estado de emergência nacional nos Estados Unidos. Vai disponibilizar até 50 mil milhões de dólares para combater os efeitos do surto.

O Presidente norte-americano declarou o estado de emergência nacional nos Estados Unidos e anunciou que vai disponibilizar 50 mil milhões de dólares para ajudar a combater esta pandemia, para além de meio milhão de testes, avança o jornal britânico The Guardian.

“Para libertar todo o poder dos recursos do Governo federal, declaro oficialmente uma emergência nacional”, anunciou o Presidente norte-americano, elogiando o esforço que está a ser feito pelo Departamento de Saúde norte-americano.

Donald Trump anunciou ainda que vai disponibilizar até 50 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros) a cada Estado para ajudar a combater esta pandemia, para além de meio milhão de testes, embora tenha alertado para um controlo. “Não queremos que as pessoas façam o teste se acharmos que não devem fazê-lo. E não queremos que haja uma corrida os testes. Apenas se tiverem os sintomas certos”, disse.

Trump tem sido acusado de ter inicialmente minimizado a gravidade da crise global de saúde, mas procurou esta sexta-feira dar um “sinal de determinação” no combate à propagação do novo coronavírus, com uma série de medidas de emergência.

O Presidente disse que também dá às autoridades de emergência sob controlo do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, autorização para renunciar aos regulamentos e leis federais para dar aos médicos e hospitais flexibilidade no tratamento de doentes.

(Notícia atualizada às 21h19 com mais informação)

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Chamadas para a Linha SNS 24 passam a ser gratuitas por causa do surto de Covid-19

A partir de agora, ligar para a linha SNS 24 vai ser gratuito. Mecanismo de triagem foi reforçado com mais 112 enfermeiros, esta sexta-feira.

A partir de agora, ligar para a linha SNS 24 vai ser gratuito. O anúncio foi feito, esta sexta-feira, pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, que explicou que estas chamadas terão custo zero durante “todo o período de exceção que é este período de pandemia”. Ainda assim, Jamila Madeira apelou a que quem não tiver sintomas, mas esteja preocupado, procure primeiro informação no site. “O tempo de chamada é valioso”, disse a responsável.

Os relatos de falhas e interferências na linha SNS 24 têm sido muitos nos últimos dias. No dia 2 de março, por exemplo, registou-se um máximo histórico, mas os enfermeiros só conseguiram atender um quarto das chamadas em tempo útil. Entretanto, o Executivo avançou com o reforço dos recursos humanos, tendo começado a trabalhar esta sexta-feira “mais 112 enfermeiros”, adiantou a secretária de Estado da Saúde.

Em declarações aos jornalistas, Jamila Madeira reconheceu os “constrangimentos” que se têm verificado nesse âmbito, e aproveitou para anunciar que a linha passará a ter chamadas gratuitas. Até agora era cobrado o custo de uma chamada local.

Além disso, a secretária de Estado anunciou a criação de um novo call center com mais 100 profissionais para ajudar a dar resposta ao crescente número de chamadas direcionadas à linha Saúde 24. Ainda assim, a responsável pediu aos cidadãos que não tenham sintomas, mas estejam preocupados, para procurarem informação primeiro no site da Direção-Geral da Saúde (DGS)

Durante a conferência de imprensa desta sexta-feira, Graça Freitas, líder da DGS, adiantou, por outro lado, que neste momento há cerca de seis mil pessoas em isolamento profilático e salientou que o plano de contingência em vigor será “adaptado às características desta epidemia”.

Freitas notou ainda que nem todas as pessoas infetadas com o novo coronavírus precisam de permanecer internadas, podendo ter alta se já não apresentarem sintomas. “Podem ir fazer convalescença para casa”, disse e acrescentou: “Vamos ter muitos doentes, mas felizmente a maior parte vai ter uma doença ligeira”.

A propósito, a responsável avançou que, depois do primeiro recuperado ter tido alta na quinta-feira, há já “mais casos recuperados” e há doentes a fazer convalescença em casa. Sobre a capacidade atual do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a diretora-geral de Saúde disse que o sistema “tem de se reinventar, tem de se tornar resiliente”.

Até ao momento, o novo coronavírus já fez quase cinco mil vítimas mortais e mais de 133 mil pessoas estão infetadas em todo o mundo. Em Portugal, os primeiros dois casos foram registados a 2 de março e atualmente já estão 112 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 20h15)

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Pingo Doce passa a fechar às 19h00 por causa do Covid-19

  • Lusa
  • 13 Março 2020

A Jerónimo Martins decidiu implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de coronavírus, "por tempo indefinido", com os supermercados Pingo Doce a fecharem às 19h.

O presidente da Jerónimo Martins disse esta sexta-feira à Lusa que o grupo vai implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de coronavírus, “por tempo indefinido”, com os supermercados Pingo Doce a fecharem “no máximo” às 19h00.

“Na sequência da ativação do estado de alerta em Portugal motivada pelo evoluir da pandemia Covid-19, o Grupo Jerónimo Martins decidiu implementar medidas extraordinárias por tempo indefinido, a aplicar nos seus escritórios centrais, e nas lojas e centros de distribuição em todo o país“, afirmou Pedro Soares dos Santos.

Assim, “a partir da próxima segunda-feira, 16 de março, as lojas do Grupo Jerónimo Martins em Portugal (Pingo Doce, Recheio, Bem-Estar, Hussel e Jerónymos) vão passar a ter um horário de funcionamento reduzido e metade dos colaboradores dos escritórios centrais passarão a trabalhar a partir de casa, de forma rotativa“, explicou.

“Os horários das lojas variam em função da cadeia e também das localizações, podendo ser consultados nos respetivos sites”, adiantou o gestor. “As lojas Pingo Doce fecharão no máximo às 19h00 e as lojas Recheio às 16h00”, disse Pedro Soares dos Santos. “Desta forma, contribui-se, por um lado, para a contenção da propagação da doença e, por outro lado, garante-se que existe sempre, em cada unidade ou área, uma equipa pronta a avançar caso se tenha de isolar outra equipa”.

“Em tempos de crise, o abastecimento alimentar assume uma importância estratégica, pelo que o objetivo passa por manter em funcionamento a cadeia logística, assegurar a disponibilidade de produtos nas lojas e reduzir o risco para colaboradores e clientes“, referiu Pedro Soares dos Santos, apontando que “o grupo está permanentemente a avaliar a evolução da situação e a introduzir os ajustamentos que, a cada momento, forem necessários”.

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Cofina faz ultimato à Prisa. Considera que não tem de pagar 10 milhões da caução

A Cofina deu à Prisa um "prazo de sete dias" para que o contrato de compra e venda da Media Capital seja renegociado. Considera também que não tem de pagar os 10 milhões de euros da caução.

A Cofina considera que não tem de pagar dez milhões de euros à Prisa como caução no negócio da compra da Media Capital, porque os mesmos “não são devidos”, informou à CMVM. No “entendimento” do grupo de Paulo Fernandes, o negócio da compra da TVI ainda está vivo, pelo que a empresa dá um “prazo de sete dias” à Prisa para que o contrato de compra e venda seja renegociado.

O grupo que controla o Correio da Manhã considera que o contrato de promessa de compra e venda da Media Capital, dona da TVI, não caducou pelo falhanço da operação de aumento de capital esta semana. Posto isto, em mais um revés nesta operação, a Cofina considera que quem está a violar o contrato é a própria Prisa, embatendo de frente com a empresa liderada por Manuel Mirat.

Esta sexta-feira, dia em que apresenta os resultados de 2019, a dona do Correio da Manhã informou a CMVM de que enviou uma carta ao grupo espanhol, dando-lhe um “prazo de sete dias” para que ambas as empresas se sentem à mesa das negociações, no sentido de alterar o contrato e “restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme com os princípios da boa-fé”.

Caso a Prisa recuse, a Cofina considera o contrato sem efeito, além de defender que não tem de pagar a soma de dez milhões de euros que, apurou o ECO, estará depositada numa escrow accountuma conta bancária controlada pelas duas empresas enquanto uma transação se encontra em andamento.

Esta é a mais recente reviravolta num negócio que chegou a ser dado como concluído, numa altura em que, inclusivamente, todos os órgãos de comunicação social da Media Capital já estão em nome da Cofina nos registos da ERC. Nesta quarta tentativa, tudo apontava para que a Prisa conseguisse, finalmente, vender a Media Capital, numa operação que, com a fusão da Cofina com a TVI, daria origem ao maior grupo de media do país, com presença em todos os segmentos, da televisão à rádio, passando pelos jornais, revistas e digital.

Contudo, os efeitos da pandemia do coronavírus nos mercados financeiros trocaram as voltas à realidade e levaram a Cofina a anunciar, esta semana, que a operação caiu por terra. O grupo argumentou que falhou o aumento de capital necessário para financiar parcialmente a operação, revelando mais tarde que o insucesso da operação se deveu à falta de um montante inferior a três milhões de euros.

Perante este desfecho, que apanhou o mercado de surpresa, a Prisa decidiu não dar o braço a torcer. A empresa, que se mantém dona da TVI, anunciou, também esta semana, que vai tomar todas as “medidas” para tentar obrigar a Cofina a adquirir a Media Capital. A empresa considera que foi a Cofina que violou o contrato de compra e venda.

Ora, perante as últimas informações, está instalado um braço-de-ferro entre os dois grupos que promete não ficar por aqui. Para já, fica a promessa da Cofina de revelar, “oportunamente”, os “fundamentos” que a poderão levar a rasgar definitivamente o contrato, mas fica também a ideia de que a Cofina ainda não deu o negócio como perdido.

Num contexto de queda acentuada nas audiências, e com a Media Capital a passar de lucros a prejuízos de 55 milhões de euros num ano, Paulo Fernandes poderá querer renegociar o preço com a Prisa. Até aqui, o negócio assentava num enterprise value da Media Capital de 205 milhões de euros, que já tinha sido revisto em baixa em 50 milhões. Para comparação, a Impresa, dona da SIC, estação líder de audiências, tem um enterprise value de 191,84 milhões, inferior ao da Media Capital.

(Notícia atualizada às 19h28 com mais informações)

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Itália regista 250 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. Já são 1.266

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O número de mortes por coronavírus em Itália já atingiu as 1.266 desde que o surto começou. Naquele que é o país europeu mais fustigado, há 14.955 infetados.

As mortes por coronavírus em Itália atingiram esta sexta-feira 1.266, o que representa um aumento de 250 nas últimas 24 horas, segundo o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

O número de infetados em Itália, o país europeu mais fustigado pelo surto de coronavírus, é 14.955, mais 2.166 em relação a quinta-feira, enquanto os doentes curados são agora 1.439, mais 181 nas últimas 24 horas. O número total de infeções desde a deteção do surto em Itália, no final de fevereiro, é de 17.660, incluindo os doentes, falecidos e curados.

O novo coronavírus foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Itália começou por impor quarentena ao norte, mas rapidamente a alargou a todo o país. Foi uma questão de dias até decretar o encerramento de escolas e serviços não essenciais.

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Galp reforça stock nas lojas e tem parte dos colaboradores em regime remoto

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Galp anuncia maior stock nas suas lojas e compromete-se a implementar medidas “que garantam o regular funcionamento de infraestruturas para o país”, onde se inclui rede de postos e áreas de serviço".

A Galp anunciou esta sexta-feira que, face à evolução da Covid-19, reforçou o seu plano de contingência, disponibilizando, por exemplo, um maior stock nas suas lojas e sublinhou que metade dos colaboradores de instalações não industriais está em trabalho remoto.

“Em função da evolução da situação relativa à pandemia Covid-19 e das medidas ontem [quinta-feira] decretadas pelo Governo, a Galp atualizou e reforçou o seu plano de contingência com três objetivos prioritários – o bem-estar e a segurança dos colaboradores, a resiliência de todas as operações e o regular funcionamento das infraestruturas críticas e a resposta às necessidades dos consumidores e das empresas”, indicou, em comunicado, a empresa.

Assim, além das medidas “que garantem o regular funcionamento de infraestruturas críticas para o país”, onde se inclui a rede de postos e áreas de serviço, a Galp tem em curso um plano de resposta às necessidades dos cidadãos, por exemplo, através do reforço de stocks nas suas lojas.

A petrolífera referiu ainda que, desde a passada sexta-feira, pelo menos 50% dos seus colaboradores de instalações não industriais estão em regime de trabalho remoto.

No final de fevereiro, a empresa já tinha tomado um conjunto de medidas preventivas, onde se inclui a suspensão das viagens previstas para as áreas afetadas pela agora pandemia, a restrição de viagens a casos de estrita necessidade, “prevalecendo o uso da teleconferência” e a introdução do regime de home office (teletrabalho), por duas semanas, para as pessoas regressadas de áreas afetadas.

Na sessão desta sexta-feira da bolsa, as ações da Galp subiram 1,42% para 8,57 euros.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta sexta-feira o número de infetados e registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte, com 53 infetados, continua a ter o maior número de casos confirmados, seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas, há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.

O Governo decidiu declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

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Migração da TDT suspensa devido ao Covid-19

A suspensão do processo decorre da "prévia articulação" entre a Anacom e a Meo e teve o apoio do Governo.

O surto de coronavírus levou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) a suspender a migração da rede Televisão Digital Terrestre (TDT). O supervisor anunciou que a decisão foi tomada com operadores e Governo e que os emissores que iriam ser alterados a partir da próxima segunda-feira já não irão mudar de frequência.

O processo de migração da rede de TDT está suspenso devido aos constrangimentos associados ao COVID-19. A suspensão do processo decorre da prévia articulação entre a Anacom e a Meo, operador da rede de TDT, e mereceu a necessária concordância do Governo”, anunciou a Anacom em comunicado.

“Esta decisão justifica-se por um conjunto de dificuldades referidas pela Meo, devido ao impacto das medidas de proteção civil e de saúde pública adotadas ou a adotar, em face das recomendações da Direção Geral de Saúde para o Covid-19. Neste contexto, a empresa refere ainda o recurso a equipas técnicas de fornecedores estrangeiros”.

A migração da TDT é necessária para libertar a faixa dos 700 MHz, que inclui frequências necessárias para a transição da atual rede 4G para a rede 5G, esperando-se as primeiras ofertas comerciais até ao fim do ano. O processo tem sido feito de forma faseada, sendo que a terceira fase, que deu início à primeira mudança com impacto na região da Grande Lisboa, tinha arrancado no início de março.

Esta sexta-feira, ainda foi feita a mudança de frequências dos emissores do Couço (Alto Alentejo), da Trindade e da Estrela (Lisboa). Assim, e para assegurar que ninguém fica sem ver televisão, a Anacom continuará nos próximos dias a auxiliar as populações através da linha de atendimento gratuita 800 102 002 e das equipas no terreno.

“O processo será retomado assim que as condições associadas à pandemia o permitam”, acrescentou a Anacom.

(Notícia atualizada às 18h20)

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Suíça encerra escolas devido ao coronavírus. Oferece até dez mil milhões às empresas

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O país adotou medidas excecionais face ao novo coronavírus e encerrou escolas, proibiu ajuntamentos de mais de 100 pessoas e prometeu uma ajuda de urgência económica.

A Suíça adotou esta sexta-feira medidas excecionais face ao novo coronavírus e encerrou escolas, proibiu ajuntamentos de mais de 100 pessoas e prometeu uma ajuda de urgência económica até dez mil milhões de francos suíços (9,5 mil milhões de euros).

“A situação é difícil mas possuímos os meios de a enfrentar no plano médico e financeiro”, garantiu a Presidente suíça, Simonetta Sommaruga, em conferência de imprensa. O primeiro caso de coronavírus foi detetado no final de fevereiro no cantão de Tessin, junto à fronteira com a Itália, o país mais atingido na Europa. Em menos de 20 das, mais de 1.125 pessoas foram contaminadas na Suíça pelo coronavírus e sete morreram.

A Suíça, que não é membro da União Europeia (UE), mas integra o espaço Schengen, decidiu hoje reintroduzir “com efeito imediato e caso a caso, controlos Schengen em todas as suas fronteiras”. Em simultâneo, a entrada na Suíça a partir da Itália apenas será autorizada “aos cidadãos suíços, às pessoas que tenham autorização de residência na Suíça e às que viajem para a Suíça por motivos profissionais”.

O trânsito e transporte de mercadorias permanecem autorizados. “Não existe motivo para ter medo, a situação é séria mas sabemos como responder da melhor forma”, indicou o ministro da Saúde, Alain Berset, em conferência de imprensa que decorreu em Berna, a capital federal. “As medidas decididas esta manhã apenas serão eficazes se forem aplicadas por todos”, acrescentou.

Perante a rápida propagação do novo coronavírus, presente na quase totalidade dos 26 cantões do país, a Suíça adotou medidas para favorecer o “distanciamento social”. Neste âmbito, até ao final de abril estão proibidas concentrações com mais de 100 pessoas. Esta regra é também válida para locais de lazer, museus, centros desportivos, piscinas e estâncias de esqui.

Os restaurantes, bares e discotecas não poderão acolher em simultâneo mais de 50 clientes. As escolas também não poderão dar aulas diretamente aos alunos até 4 de abril, uma medida já aplicada em diversos países europeus. No entanto, o Governo pediu aos pais para não deixarem os seus filhos com os avós para evitar riscos aos mais idosos.

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Funcionários públicos suspendem greve de dia 20 por causa do coronavírus

A Frente Comum tinha convocado uma greve para dia 20 em protesto contra os aumentos salariais, mas a pandemia de coronavírus levou o sindicato a suspender o protesto.

Afinal, os funcionários públicos já não vão fazer greve na próxima sexta-feira contra os aumentos salariais “ofensivos” anunciados pelo Ministério de Alexandra Leitão. A Frente Comum decidiu suspender a paralisação face à propagação de coronavírus em Portugal e “assegurando desta forma que os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive”.

“Nesta fase de contenção da infeção pelo novo coronavírus, tendo a Organização Mundial de Saúde declarado
situação de pandemia, e dado o momento que se vive em Portugal, com o encerramento de um conjunto muito alargado de serviços públicos, a Frente Comum decidiu suspender a realização da Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública agendada para dia 20 de Março, assegurando desta forma que os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive”, adiantou esta sexta-feira o sindicato liderado por Sebastião Santana.

A paralisação de dia 20 tinha sido marcada em protesto contra os aumentos de dez euros para os salários mais baixos da Função Pública e de 0,3% para os demais, considerados “ofensivos” e “inaceitáveis” pelos sindicatos. Face à pandemia, a Frente Comum já tinha garantido que a greve em questão não iria abranger os serviços de saúde, dando agora um passo adicional face ao agravamento da propagação do coronavírus em Portugal.

Apesar desta suspensão, o sindicato liderado por Sebastião Santana reafirma “que todas as razões que motivaram a marcação desta greve nacional se mantêm e, aliás, têm hoje ainda mais validade e pertinência”, já que considera que os trabalhadores das Administrações Públicas terão um “papel será absolutamente central no combate ao quadro de propagação do Covid-19”.

Sobre o surto de coronavírus, a Frente Comum defende que os trabalhadores que não possam comparecer ao emprego recebam 100% da remuneração, tanto em situação de isolamento profilático, de doença ou de assistência familiar.

Atualmente, apenas está previsto o pagamento do salário por inteiro no primeiro caso (ainda que sem subsídio de refeição). Em caso de doença, a Segurança Social paga 55% da remuneração a partir do quarto dia e a Caixa Geral de Aposentações paga 90% também a partir desse quarto dia, num período de 30 dias. Já para assistência à família, está previsto um apoio equivalente a 65% do salário, se os filhos estiverem em quarentena ou doentes e um apoio de 66% se os dependentes até aos 12 anos ficarem em casa face ao encerramento das escolas.

Também a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) já tinha “ajustado” os seus protestos face à pandemia de coronavírus. O sindicato de José Abraão retirou o pré-aviso de greve “que havia sido emitido tendo em vista possibilitar aos trabalhadores da Administração Pública participarem nos plenários que estavam previstos para o dia 20″. A FESAP avisa, ainda, que as comemorações do 1º de Maio — Dia do Trabalhador — serão provavelmente desconvocadas.

Até ao momento, o novo coronavírus já fez quase cinco mil vítimas mortais e mais de 133 mil pessoas estão infetadas em todo o mundo. Em Portugal, os primeiros dois casos foram registados a 2 de março e atualmente já estão 112 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 18h08)

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Covid-19 estraga negócio à Xerox. Suspende compra da HP

  • Lusa
  • 13 Março 2020

No âmbito da prevenção contra o coronavírus, a Xerox vai interromper o seu plano para comprar a tecnológica HP. Esclarece que a suspensão do negócio nada tem a ver com a queda da bolsa.

A empresa norte-americana de materiais para escritório Xerox anunciou esta sexta-feira que vai interromper o seu plano para comprar a tecnológica Hewlett-Packard (HP) no âmbito da prevenção contra o corona vírus.

“Face à escalada da pandemia do Covid-19, a Xerox deve dar prioridade à saúde e segurança dos seus empregados, clientes, sócios e filiais, acima de todas as considerações, incluindo a sua proposta para adquirir a HP”, disse num comunicado John Visentin, o vice-presidente e conselheiro delegado da Xerox.

Esclareceu ainda que a suspensão do negócio nada tem a ver com a queda da bolsa ou com a suspensão temporária de venda de ações da HP.

Na semana passada, a HP recusou uma oferta de compra pela Xerox, no valor de 35.000 milhões de dólares, considerando que esta união iria beneficiar desproporcionadamente os acionistas da Xerox, empresa que considerou não ter experiência nos setores em que a HP opera.

Depois de ter sido divulgada a decisão, as ações da HP afundam mais de 5% para 16,60 dólares por ação na Bolsa de Nova Iorque, enquanto que os títulos da Xerox caíram 4% para 22,91 dólares.

HP afunda mais de 5%

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SIC suspende produções e transmissões, TVI cancela Dança com as Estrelas

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Serão suspensas as transmissões em direto de "O Programa da Cristina", do programa "Júlia" e do programa "Olhó Baião", "durante o período mínimo de uma semana", de acordo informações da SIC.

A SIC e a TVI vão avançar com mais suspensões e cancelamentos, devido ao surto de Covid-19, sendo que estas irão afetar as produções e programas com transmissões em direto.

Em comunicado, a SIC revelou que tinha decidido “nos seus programas de entretenimento atuar de forma preventiva e responsável na salvaguarda da saúde, segurança e estabilidade dos seus profissionais, criando condições para que o isolamento profilático aconselhado pelas autoridades nacionais de saúde seja tido em conta pelo maior número de pessoas possível”.

Por isso, o canal irá “suspender as produções de ficção em curso nas produtoras SP Televisão e Coral Europa durante o período mínimo de uma semana. Esta situação não afetará a emissão de ‘Terra Brava’ e ‘Nazaré’, que continuarão a ser transmitidas diariamente, na SIC”.

Também a Media Capital decidiu esta quinta-feira suspender todas as gravações das produções da Plural, medida esta que será sujeita a “uma avaliação permanente”.

“Esta decisão representa um enorme esforço por parte do Grupo Media Capital”, salientou a empresa, num comunicado interno, pedindo aos trabalhadores que “cumpram escrupulosamente” as instruções dadas pela Media Capital para evitar o contágio.

Além disso, de acordo com a SIC, serão suspensas as transmissões em direto de ‘O Programa da Cristina’, do programa ‘Júlia’ e do programa ‘Olhó Baião’, “durante o período mínimo de uma semana” e criadas “as devidas adaptações aos formatos que permitam continuar a servir o melhor possível os telespetadores”, indicou, na mesma nota.

O canal vai ainda “realizar à porta fechada a próxima emissão de ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’”, bem como “adaptar o programa Alô Portugal ao momento de incerteza” atual, “tornando-o uma plataforma ao serviço dos cidadãos, que terão via aberta para participação telefónica e esclarecimento de dúvidas”, apontou o canal da Impresa.

A SIC irá ainda suspender por “tempo indeterminado” a gravação do programa ‘Árvore dos Desejos’”, ainda que “mantenha em exibição o conjunto de programas já gravados” bem como do programa ‘Curto Circuito’, da SIC Radical, “por um período mínimo de uma semana”.

A Media Capital, por sua vez, resolveu cancelar o programa ‘Dança com as Estrelas’, indicou à Lusa fonte oficial da empresa, dona da TVI.

Entre as medidas aplicadas pela SIC está ainda a restrição, “de forma temporária” da presença de profissionais “ao mínimo essencial para o normal funcionamento dos programas”.

A Impresa resolveu ainda, tanto na SIC como no Expresso, “destacar para isolamento profilático, colaboradores que estejam nos chamados grupos de risco”, acreditando que “este conjunto de medidas permitirá, com a serenidade necessária, reajustar processos de trabalhos, criar novas regras de funcionamento, algumas delas já em curso, e a devida implementação de novos procedimentos”.

A SIC salientou que “serão avaliadas diariamente novas medidas que venham a revelar-se necessárias”.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença Covid-19 como uma pandemia e na quinta-feira à noite o Governo português declarou estado de alerta.

Desde dezembro do ano passado, o novo coronavírus infetou mais de 131 mil pessoas, das quais mais de metade recuperou da doença. A covid-19 provocou quase cinco mil mortos em todo mundo.

Em Portugal, os últimos números da Direção-geral de Saúde apontam para 112 infetados, não havendo até ao momento registo de qualquer morte.

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PSI-20 afunda 18% em semana caótica para as bolsas mundiais

O índice português perdeu quase 18% numa semana negra nas bolsas de todo o mundo face à propagação do coronavírus. Ainda assim, na última sessão da semana, Lisboa fechou no verde.

Lisboa terminou a última semana em terreno positivo, mas os ganhos registados esta sexta-feira não foram suficientes para compensar a semana caótica registada na praça portuguesa e em todo o mundo. O índice de referência na bolsa nacional, o PSI-20, caiu quase 18%, na semana em que o surto de coronavírus passou a pandemia.

Na sessão desta sexta-feira, o PSI-20 valorizou 0,8266% para 3.837,28 pontos. Na demais praça do Velho Continente, o dia também foi de recuperação, com o pan-europeu Stoxx 600 a somar 1%, o alemão DAX a subir 0,2%, o francês CAC 40 a avançar 1,4% e o espanhol IBEX a valorizar 4,7%.

Depois de seis sessões em “terreno negativo”, Lisboa conseguiu assim para o outro lado da linha de água. O otimismo verificado nas bolsas europeias é justificado, em parte, pelo anúncio de que a Comissão Europeia tem um pacote de 37 mil milhões para disponibilizar aos Estados-membros para resposta à crise do novo coronavírus. Além disso, o Governo alemão deverá estar disponibilidade para aumentar a capacidade de endividamento, abdicando da política dos orçamentos equilibrados, de modo a para reforçar os níveis de investimento público.

Ainda assim e tudo somado, o índice de referência nacional registou uma queda semanal de 17,9%, não tendo os ganhos desta sexta-feira sido suficientes para compensar o “caos” que se viveu na bolsas com o agravamento do surto de coronavírus, que passou a pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Na última sessão da semana, as cotadas do setor da energia foram as que mais brilharam. Os títulos da EDP Renováveis valorizaram 3,18% para 10,38 euros, os da EDP subiram 2,19% para 3,551 euros e os da Galp Energia somaram 1,42% para 8,57 euros.

Do outro lado da linha de água, destaque para o BCP, cujas ações caíram 0,71% para 0,1123 euros. A travar os ganhos estiveram também as papeleiras: os títulos da Altri recuaram 4,3% para 3,2920 euros, os da Navigator 1,52% para 2,074 euros e os da Semapa 2,37% para 9,05 euros.

(Notícia atualizada às 17h13)

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