OE2021: Se PS quiser negociar, não há razão para precisar de Rui Rio

  • Lusa
  • 26 Setembro 2020

"Seguramente, se o PS as quiser construir à esquerda, não precisará de negociar com Rui Rio", disse Catarina Martins, depois de Marcelo ter pressionado Rui Rio para viabilizar o Orçamento para 2021.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) afirmou este sábado que o seu partido continua disponível para negociar o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) e não vê razão para PS e Governo precisarem do PSD liderado por Rui Rio. Deixou ainda críticas a Marcelo por sugerir que o PSD deve viabilizar o OE2021 se for necessário, defendendo que não lhe compete definir maiorias parlamentares.

“Seguramente, se o PS as quiser construir à esquerda, não precisará de negociar com Rui Rio”, declarou Catarina Martins aos jornalistas, no final de uma visita a uma exposição de fotografia de Alfredo Cunha, na Galeria Municipal Artur Bual, na Amadora.

A coordenadora do BE considerou que “não cabe ao Presidente da República”, Marcelo Rebelo de Sousa, encontrar soluções para a aprovação do Orçamento e manifestou-se convicta de que “essas soluções virão do parlamento, queira o Governo”. “Portanto, não há nenhuma razão para o Governo precisar de Rui Rio, a menos que o PS não queira negociar com o BE. Nós estamos cá para construir soluções”, reforçou.

Deixou ainda críticas a Marcelo, depois de este ter sugerido que o PSD deve viabilizar o OE2021 se for necessário, defendendo que não lhe compete definir maiorias parlamentares. “É o Parlamento que deve construir as soluções” para a aprovação do Orçamento e isso “não cabe ao Presidente da República”, afirmou Catarina Martins. “Não é o Presidente da República que determina maiorias parlamentares”.

Catarina Martins reiterou a mensagem de que “é o Parlamento o lugar para encontrar soluções, não é o Presidente da República que determina quais são as soluções que são encontradas“. “Eu repito: as soluções encontram-se no Parlamento, não é o Presidente da República que define. Não foi na última legislatura, não será nesta legislatura”, insistiu.

Esta sexta-feira, o Presidente da República considerou que, se não for possível uma aprovação do OE2021 com “apoio à esquerda”, então “a oposição, sobretudo a oposição que ambiciona liderar o Governo” deve viabilizá-lo, como fez quando liderou o PSD. Marcelo lembrou que, quando presidiu ao PSD, viabilizou “três orçamentos do primeiro-ministro António Guterres”, com o seu partido “sublevado e parte do eleitorado a protestar” por esse apoio a um Governo do PS.

Interrogado se este era um recado para Rui Rio, o Presidente da República respondeu que estava a “dizer aquilo que é de bom senso meridiano” e que significa que “há um limite para aquilo que é próprio da democracia, que é a livre escolha dos partidos e dos políticos”. Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que ao PSD pode “custar muito viabilizar o OE2021”, por “discordar disto ou daquilo”, mas sustentou que “importa aprovar o Orçamento”.

(Notícia atualizada às 13h59 com mais informação)

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Juiz Pedro Mourão arrisca expulsão por ter vivido em casa de arguido do processo BPN

  • ECO
  • 26 Setembro 2020

Pedro Mourão viveu durante "meia dúzia de anos", sem pagar renda, em casa de um dos arguidos do processo BPN, e a quem o Estado reclama mais de 100 milhões de euros.

O juiz desembargador Pedrou Mourão arrisca a expulsão do Conselho Superior da Magistratura (CSM) por suspeitas de ter violado uma regra do estatuto. De acordo com o Correio da Manhã (acesso pago), este terá vivido numa casa, sem pagar renda, pertencente a Carlos Marques, arguido num dos processos do BPN. Pedro Mourão afirma que “desconhecia a situação”.

Em curso está já uma investigação do CSM, tendo sido nomeado um inspetor judicial extraordinário, podendo o juiz Pedro Mourão vir mesmo a ser expulso da magistratura. De acordo com o CM, este terá vivido durante “meia dúzia de anos”, sem pagar renda, numa moradia com piscina em Queijas, Oeiras, pertencente a Carlos Marques, arguido num dos processos do BPN e a quem o Estado reclama mais de 100 milhões de euros.

Em declarações ao CM, Pedro Mourão confirmou já ter sido ouvido pelo inspetor judicial, acreditando que “o desfecho deverá ser o arquivamento do inquérito”. “Quando fui por favor para essa casa desconhecia a situação. O facto de o senhorio ser uma empresa desse meu amigo Carlos Marques que está com problemas com a Justiça é uma coisa que me transcendia. Ou seja, a situação em concreto não me colocava em crise o que quer que fosse”.

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Door Travel e Alenmot entre as Gazelas mais exportadoras

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  • 26 Setembro 2020

Uma agência de turismo - Door Travel - e uma empresa ligada à metalurgia – Alenmot - estão entre as empresas Gazela apuradas em 2019. A aposta na exportação foi fator de destaque para ambas.

Além da distinção como “Gazela”, atribuída pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), as duas empresas também se destacaram entre as Gazelas mais exportadoras.

Apesar de ambas se localizarem na região Centro (na sua delimitação geográfica mais alargada), estão separadas por mais de 100 quilómetros de distância. A sede da Door Travel, situa-se em Pombal, na região de Leiria, e a da Alenmot em Alenquer, no Oeste.

Door Travel dá “boleia” para Portugal aos mercados internacionais

A Door Travel começou a atividade como agência turística de incoming em 2017. Opera em toda a extensão do território português – Portugal Continental, Madeira e Açores – e está presente em mais de 20 países, entre eles, Israel, França, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, Itália, Bélgica, Espanha ou Luxemburgo.

A agência é, por isso, uma prestadora de serviços. Ou seja, cria “pacotes de viagens” apenas em Portugal, mas apresenta-os a agências de turismo de outros países. Desta forma, quando os parceiros estrangeiros têm clientes interessados numa viagem a Portugal, são as ofertas da Door Travel que lhes são mostradas.

“Dispomos de um vasto número de programas, definidos para garantir a máxima qualidade, ao preço mais justo, em toda a extensão da nossa oferta: estadias, circuitos, tours temáticos, experiências, eventos e conferências”, especificou Elisabete João, diretora-geral da empresa.

Apesar das opções preparadas pela Door Travel também estarem disponíveis para o mercado nacional, a empresa ganhou destaque entre as Gazelas por ser uma das mais exportadoras porque o mercado internacional tem vindo a apostar na parceria com a agência.

"Após 5 anos de existência, ser reconhecida com este prémio é algo que nos enche de muito orgulho e nos dá alento para lutarmos cada dia com mais afinco e determinação”

Elisabete João

Diretora-geral Door Travel

Elisabete João justifica o sucesso da empresa com o “rigor, compromisso, flexibilidade, competência, qualidade e inovação”, que diz fazerem parte da atuação diária da Door Travel. Além disso, menciona também os recursos humanos, a quem atribui muito do mérito alcançado até hoje.

Nesse sentido, para dar resposta ao crescimento, a marca tem vindo a reforçar a equipa de colaboradores e abriu novos escritórios em Lisboa. O objetivo, explicou a diretora-geral, “é desenvolver uma ação mais forte e direcionada para o incentivo”.

O crescimento e sucesso levou a Door Travel a ser uma das Gazelas apuradas em 2019, título que Elisabete João encara como uma prova de sucesso: “Após 5 anos de existência, ser reconhecida com este prémio é algo que nos enche de muito orgulho e nos dá alento para lutarmos cada dia com mais afinco e determinação”.

Alenmot mostra qualidade das empresas portuguesas além-fronteiras

Há mais anos no mercado está a Alenmot, que abriu portas em 2012 com o objetivo de dar resposta ao mercado nacional e internacional no ramo da metalurgia.

A sede portuguesa encontra-se em Alenquer, mas a empresa conta com mais três sucursais em França, Bélgica e Turquia. O foco em todas elas é a construção, montagens e reparações de estruturas metálicas, a manutenção e serralharia industrial e ainda o fabrico e montagem de tubagens industriais.

A Alenmot abriu portas em 2015 e tem a sede portuguesa em Alenquer.Alenmot

“O que a Alenmot mais exporta são estruturas metálicas e também montagens das mesmas. Fazemos contratos de manutenção industrial com siderurgias, centrais elétricas e cimenteiras”, começou por explicar Georgino Pedroso, diretor-geral da empresa.

A Alenmot tem tido um grande crescimento ao longo dos anos, fator que Georgino Pedroso justifica muito prontamente: “O que nos distingue para que os nossos clientes nos escolham é o nosso profissionalismo, a nossa experiência no setor da metalomecânica e a nossa disponibilidade para estarmos sempre prontos para abraçar qualquer problema mecânico ou novos projetos dos nossos clientes”.

"Ser empresa Gazela é uma sensação de orgulho para toda a equipa da Alenmot, é a recompensa do empenho que temos tido na evolução desta empresa.”

Georgino Pedroso

Diretor-geral Alenmot

No entanto, a afirmação no mercado internacional nem sempre é fácil. Georgino Pedroso admite que o maior desafio da exportação “é fazer ver no mundo a qualidade e o profissionalismo, a entrega e rigor das empresas portuguesas”. Ainda assim, admite que a situação agora está muito melhor: “Hoje já somos escolhidos e isso leva-nos a fazer cada vez melhor”.

Mas não só a confiança que os clientes têm na empresa contribui para a vontade de melhorar cada vez mais. O diretor-geral apontou também como incentivo a distinção que receberam da CCDRC. “Ser empresa Gazela é uma sensação de orgulho para toda a equipa da Alenmot, é a recompensa do empenho que temos tido na evolução desta empresa”, rematou Georgino Pedroso.

Consulte aqui​ o estudo completo, com a listagem das empresas.

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EUA pressionam Portugal por causa da China. MNE diz que quem toma as decisões é Portugal

  • Lusa e ECO
  • 26 Setembro 2020

O embaixador norte-americano em Lisboa diz que Portugal tem de escolher entre os Estados Unidos e a China. Ministro dos Negócios Estrangeiros responde que quem toma as decisões é Portugal.

O embaixador dos Estados Unidos em Lisboa afirma que Portugal tem de escolher entre os “amigos aliados” Estados Unidos e o “parceiro económico” China. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), George Glass diz que a entrada de certas empresas chinesas no capital de empresas portuguesas está a dificultar a relação entre Portugal e os Estados Unidos, alertando que escolher a China pode ter consequências. O Ministério dos Negócios Estrangeiros já respondeu, afirmando que quem toma estas decisões em Portugal são as autoridades portuguesas.

“Portugal tem de escolher agora entre os aliados e os chineses”, disse o embaixador, afirmando que escolher a China em questões como o 5G pode ter consequências em matéria de Defesa. Segundo o diplomata, as consequências serão de âmbito técnico, como a atividade da NATO ou a troca de informação classificada, e não políticas, pelo menos para já.

O embaixador admite ainda que Portugal é uma vítima do conflito comercial entre os Estados Unidos e China ao fazer parte do “campo de batalha” na Europa, onde uma das frentes de conflito é a nova tecnologia 5G, relativamente à qual Portugal equaciona trabalhar com a chinesa Huawei, ainda que não em aspetos fundamentais da rede, mas apenas na distribuição do sinal de rádio.

Glass é taxativo ao dizer que os EUA preferiam que Portugal não tivesse qualquer equipamento da Huawei na rede de 5G. “Se não tivermos parceiros confiáveis na rede de telecomunicações portuguesa, mudará a forma como interagimos com Portugal em termos de segurança e de Defesa. Temos feito chegar esta mensagem alto e bom som: a forma como trabalhamos com a NATO ou como trocamos informação classificada será afetada. Se tivermos confiança nas telecomunicações, seremos capazes de continuar a relacionar-nos como no passado. Se não tivermos, teremos de mudar a forma como comunicamos com Portugal”, disse o embaixador.

Há empresas chinesas a dificultar a relação entre Portugal e os EUA

Há outras empresas chinesas com posições de capital em empresas portuguesas — como a China Three Gorges na EDP e a CCCC que já tem acordo para entrar no capital da Mota-Engil, que “vendeu 30% da companhia por 30 moedas de prata” — a dificultar a relação entre Portugal e os Estados Unidos, sendo que em relação à Mota-Engil o embaixador norte-americano admite a possibilidade de sanções. Remeteu, no entanto, mais esclarecimentos para essas questões para o subsecretário norte-americano da Economia, Keith Krach, que vai estar na próxima semana em Lisboa.

Sobre a importância do “incrivelmente estratégico” Porto de Sines para a distribuição do gás natural liquefeito americano, Glass disse esperar que a construção e gestão do novo terminal “não vá para os chineses”. Se for, isso compromete a distribuição, admitiu. “Acho que tem de comprometer. Se fosse para os chineses, afetava a nossa visão daquilo que Sines se pode tornar. Vimos no passado que, se os operadores forem chineses, eles têm a capacidade de negar acesso a navios norte-americanos. Isso não pode acontecer. Sobretudo se pensarmos em Portugal como o ‘hub’ de gás e centro da segurança energética europeia”, declarou.

George Glass admitiu ainda que os Estados Unidos têm trabalhado com Portugal no sentido de “guiar” o investimento estrangeiro no país e diminuir o peso do investimento chinês. “Acho que agora são mais duros com a China. Quando cheguei a Portugal, as entidades estatais chinesas tinham 28% da EDP e agora têm 21%. Vai na direção certa. Mas precisa de ser menos”, acrescentou.

MNE responde e diz que quem toma as decisões é Portugal

A resposta por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros não tardou, com o ministro a afirmar que quem toma as decisões em Portugal é o Governo. “O Governo português regista as declarações […]. Mas o ponto fundamental é este: em Portugal, quem toma as decisões são as autoridades portuguesas, que tomam as decisões que interessam a Portugal, no quadro da Constituição e da lei portuguesa e das competências que a lei atribui às diferentes às diferentes autoridades relevantes”, disse o ministério de Augusto Santos Silva, em declarações à Lusa.

“As decisões tomadas em Portugal são tomadas de acordo com os valores democráticos e humanistas, os valores portugueses, de acordo com os interesses nacionais de Portugal, de acordo com o processo de concertação a nível da União Europeia (UE), quando esse processo é pertinente e com o sistema de alianças em que Portugal se integra, que é bem conhecido e está muito estabilizado”, acrescentou.

Questionado pela Lusa sobre se as declarações de George Glass podem ser consideradas uma ingerência nos assuntos internos portugueses, Santos Silva defendeu que não e lembrou as boas relações entre Portugal e os Estados Unidos. “Não vejo. A profunda amizade que liga os dois países, a forma como temos desenvolvido ao longo dos anos relações muito frutuosas, a forma como colaboramos intimamente, seja no plano bilateral seja em organizações multilaterais, tudo isto justifica que não me pronuncie sobre a oportunidade e a forma da entrevista do senhor embaixador”, respondeu.

Para Santos Silva, o Governo português “sabe” quais são os interesses de Portugal, bem como os dos aliados, e as obrigações, após o que, insistiu, toma as decisões. “Decidimos em função das nossas próprias opções. Somos nós que escolhemos e há muito que escolhemos. Fazemos parte da UE, da NATO, do Ocidente, temos uma relação privilegiada com África, com a América Latina, com diferentes regiões da Ásia e tudo isso é do conhecimento dos nossos aliados. E sabem que somos aliados de todas as horas, não de ocasião. Somos aliados confiáveis e credíveis”, argumentou.

Questionado sobre se as declarações do diplomata norte-americano configuram a possibilidade de ser chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para dar explicações, Santos Silva desdramatizou a questão. “Já respondi à pergunta essencial. É claro, para todos nós, qual é o quadro de referência em que nos movemos e que quem decide o que se faz somos nós, em cada momento”, respondeu, defendendo, porém, que Portugal considera bem-vindo todo o investimento estrangeiro.

Todas as empresas norte-americanas são bem-vindas a Portugal, elas sabem disso. Queremos mais empresas dos Estados Unidos em Portugal, queremos mais empresas europeias. Somos a favor do investimento estrangeiro que cumpra a lei europeia e portuguesa e que contribua para a economia portuguesa”, acrescentou.

Sobre questões relacionadas com a possibilidade de uma rede 5G da Huawei poder afetar a segurança e defesa nacionais, Santos Silva sublinhou que existem critérios de avaliação. “Sabemos muito claramente que, em certos aspetos que têm a ver com questões de segurança nacional ou com sistemas de defesa em que Portugal se integre, os critérios de avaliação incorporam também esses critérios”, concluiu.

O ECO contactou a Mota-Engil para saber se estas declarações põem em causa a entrada da China Communications Construction Company (CCCC) no capital da construtora portuguesa, mas ainda não obteve resposta.

(Notícia atualizada às 11h47 com reação do Ministério dos Negócios Estrangeiros)

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O que os partidos querem saber no inquérito ao Novo Banco?

O Parlamento deu "luz verde" a três propostas, do BE, PS e IL, para a constituição de comissão de inquérito ao Novo Banco. Saiba o que visa cada uma delas.

O Parlamento votou e aprovou três propostas de inquérito parlamentar ao Novo Banco. O caso foi insólito e até suscitou dúvidas aos próprios deputados, que acabaram por concordar em fechar um texto único numa reunião da conferência de líderes a realizar “brevemente”.

Em causa estão as redações do BE, PS e Iniciativa Liberal. Estes dois últimos documentos mereceram voto contra do PSD, sendo que a proposta bloquista mereceu aprovação unânime e foi aquela que reuniu o maior consenso na Assembleia da República.

O objetivo da proposta do BE passa por “avaliar as causas das perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução, identificar as decisões que lhe deram origem e os seus responsáveis políticos, compreender se poderiam ter sido evitadas, e apurar os atos da atual gestão do Novo Banco do ponto de vista da defesa do interesse público”, indica o documento.

Esta comissão de inquérito vai também avaliar a resolução do BES pelo Banco de Portugal, o processo de venda do Novo Banco ao fundo Lone Star, a atuação dos órgãos societários no Novo Banco na venda de ativos que conduziram a injeções do Fundo de Resolução e a atuação destes e de outros intervenientes, enquanto decisores públicos, incluindo do Governo. Foca-se, por isso, na resolução, na venda e na gestão da instituição.

O PS pretende igualmente “apurar e avaliar as práticas de gestão” do BES, mas também analisar a medida de resolução do banco falido e a “constituição do balanço de abertura do Novo Banco”.

Outro ponto em que a proposta socialista se foca é a avaliação da “retransmissão de obrigações seniores do Novo Banco para o BES em liquidação”. O PS quer ainda “apreciar e averiguar os processos de venda do Novo Banco” e avaliar a gestão de Ramalho e a atuação dos governos nestas matérias.

Já a Iniciativa Liberal considera que o Novo Banco “tem-se revelado um peso financeiro grande” desde a sua criação. Deste modo, o partido liderado por João Cotrim de Figueiredo pretende avaliar a atuação do Banco de Portugal na supervisão do BES e resolução, averiguar se a venda do Novo Banco foi “diligentemente” negociada, avaliar a gestão do Novo Banco e, por fim, analisar os resultados da auditoria da Deloitte.

Precisamente, no início deste mês, foi finalmente conhecido o teor dessa auditoria externa ao Novo Banco. Na altura, o Governo revelou que “o relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no Novo Banco, apontando para perdas líquidas superiores a quatro mil milhões de euros na instituição.

Consulte a proposta do BE:

Consulte a proposta do PS:

Consulte a proposta da Iniciativa Liberal:

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BCP admite fusão com o Montepio

  • ECO
  • 26 Setembro 2020

Numa altura em que o Montepio planeia um plano de restruturação, com o despedimento de até 900 trabalhadores, o BCP admite uma fusão com o banco, avança o Expresso.

O BCP está disponível para uma fusão com o Banco Montepio, no caso de ser necessário haver uma intervenção, avança o Expresso (acesso pago). Esta disponibilidade já terá sido mesmo comunicada ao Governo.

De acordo com o mesmo jornal, o ministro das Finanças manteve reuniões bilaterais com vários banqueiros, onde se discutiram as moratórias do crédito — cujos prazos foram recentemente prolongados –, mas o tema do Montepio acabou sempre por surgir. Isto numa altura em que, tal como o ECO noticiou em primeira mão, o banco prepara a saída de até 900 trabalhadores e a execução de um plano de reestruturação.

O BCP não quer fazer comentários e o Ministério das Finanças desmente que tenham acontecido reuniões “para abordar o tema do Montepio”.

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Presidenciais: Conselho Nacional do PSD aprova apoio a Marcelo por 87% e sem votos contra

  • Lusa
  • 26 Setembro 2020

O Conselho Nacional do PSD aprovou a moção de apoio à candidatura presidencial de Marcelo proposta pela direção do partido. Apoio já foi comunicado ao Presidente da República.

O Conselho Nacional do PSD aprovou esta sexta-feira a moção de apoio à candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa proposta pela direção do partido com 87% de votos a favor. Esse apoio já foi comunicado ao Presidente da República.

De acordo com fonte oficial do PSD, registaram-se 61 votos a favor, nove abstenções e zero votos contra, numa votação realizada por braço no ar.

“O Conselho Nacional do PSD decide, desde já, sob proposta da Comissão Política Nacional, declarar o seu apoio à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, desejando que essa seja também a sua vontade e respeitando o momento político que entenda escolher para anunciar a sua decisão ao país”, refere o texto aprovado hoje à tarde na reunião da direção alargada e esta madrugada no Conselho Nacional, que ainda decorre em Olhão, no Algarve.

De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional “aprovar as propostas referentes ao apoio a uma candidatura a Presidente da República, à designação do candidato a primeiro-ministro e às listas de candidatura à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, apresentadas pela Comissão Política Nacional”.

Apoio à candidatura presidencial já foi comunicado a Marcelo

O presidente do Conselho Nacional do PSD confirmou o apoio do partido a uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa já lhe foi comunicada, justificando o timing da decisão por ser “a melhor oportunidade política”. No final do Conselho Nacional que se realizou em Olhão, Paulo Mota Pinto considerou a aprovação de uma moção de apoio à recandidatura do atual chefe de Estado — que ainda não a anunciou — “o ponto mais relevante” da reunião que se estendeu por cerca de cinco horas, até às 03h00.

Questionado se este apoio já foi transmitido a Marcelo Rebelo de Sousa — que hoje também teve agenda no Algarve, a escassos 20 quilómetros do local onde decorreu o Conselho Nacional –, o dirigente do PSD confirmou que “já foi comunicado” e o chefe de Estado “não soube pela comunicação social” do apoio do partido que já liderou.

Sobre o momento desta decisão, quando o Presidente da República tem remetido para novembro o anúncio de uma eventual recandidatura, Paulo Mota Pinto justificou-o, por um lado, por se terem apresentado nas últimas semanas três candidatos: Ana Gomes, Marisa Matias e João Ferreira.

Por um lado, já há um leque de candidatos no terreno. Por outro lado, estas decisões são tomadas pelo Conselho Nacional, e este era o momento de melhor oportunidade política: o professor Marcelo Rebelo de Sousa não revelou ainda se assume a sua recandidatura, mas o partido apoia a sua candidatura esperando que ela se venha a realizar”, disse.

Há cinco anos, a fórmula utilizada pelo PSD (tal como pelo CDS-PP) para apoiar a primeira candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa foi através de uma “recomendação de voto” no antigo presidente social-democrata.

O Conselho Nacional do PSD aprovou também uma proposta para mandatar a Comissão Política Nacional para celebrar “acordos quadros nacionais de coligação” e ratificar coligações locais para as autárquicas, se a pandemia impedir nova reunião presencial até final do ano, o que Mota Pinto classificou como de “decisão prudente”.

Na reunião de Olhão, Pedro Rodrigues voltou a assumir as críticas à direção de Rui Rio e reiterou que o partido tem de liderar no Parlamento o debate sobre a reforma eleitoral e assumir “de forma inequívoca uma posição firme de apoio ao referendo à eutanásia”. O deputado e antigo líder da JSD apontou ainda ao partido “dificuldades em construir uma alternativa política” ao PS, e defendeu que todos se devem empenhar no combate autárquico sem “calculismos ou taticismos políticos”.

Tal como tinha anunciado, o líder da JSD, Alexandre Poço, transmitiu aos conselheiros nacionais o apelo que lançou aos presidentes do PSD, CDS-PP e IL para um acordo de âmbito nacional do centro-direita nas autárquicas e manifestou ao presidente do partido disponibilidade para o ajudar a construir “uma alternativa ao PS”, com lealdade, mas com uma voz própria da ‘jota’.

O tema das CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) também ‘animou’ a reunião: no início, Rio criticou o autarca de Famalicão, Paulo Cunha, por ter afirmado que não aceitaria o nome de António Cunha para a estrutura do Norte e depois ter sido “o primeiro a declarar-lhe apoio”.

A fechar a longa reunião — à qual faltaram muitos rostos habituais, até entre os deputados –, o líder da distrital de Lisboa, Ângelo Pereira, pediu a Rio que calasse as “imbecis fontes da direção” que o criticaram no semanário Expresso sobre o processo da CCDR de Lisboa, com o presidente do PSD a dizer não saber quem são as fontes, mas a concordar com a designação de “imbecis”, provocando risos na sala.

A reunião serviu ainda para o presidente do Conselho Estratégico Nacional, Joaquim Sarmento, apresentar as linhas gerais do programa de recuperação que o partido tornará públicas numa data a definir, mas que Rio garante que estará pronto em 30 de setembro.

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Défice foi “menos mau” que o previsto. Está no bom caminho para os 7% previstos pelo Governo?

Marcelo disse que o défice foi "menos mau" que o previsto, mas alertou que tudo dependerá do quarto trimestre. Os economistas concordam e são cautelosos quanto a conclusões para o conjunto do ano.

O défice orçamental fixou-se nos 5,4% do PIB no primeiro semestre deste ano em contabilidade nacional, a que interessa para as regras europeias. O Presidente da República reagiu com um tom cauteloso, mas positivo, ao dizer que é “menos mau” do que o esperado. Ao ECO, os economistas admitem que o valor do défice do primeiro semestre é compatível com a meta do Governo, mas recomendam cautela dada a incerteza elevada.

Em reação aos números do défice do primeiro semestre, o Presidente da República disse que “apesar de tudo [o número] é menos mau do que aquilo estava previsto”. “Previa-se para o primeiro semestre um valor superior àquele que fica aquém de 6%, portanto, é na base disso que o Governo aponta para cerca de 7% no ano“, revelou o chefe de Estado. Porém, Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que “o resultado do final do ano vai depender muito do último trimestre“.

Ao ECO, Francesco Franco corrobora essa visão: “Os números são melhores do que os projetados há alguns meses“, considera professor da Nova SBE de macroeconomia e finanças públicas, antecipando que, se os resultados continuem a ser melhores do que o esperado, a meta do Governo deverá ser “alcançável”. “No global, eu diria que o país está a aguentar firme [o impacto da pandemia], o que é uma boa notícia”, conclui.

Já para o economista António Afonso “neste momento é difícil avaliar o que se poderá passar em 2020 em termos do saldo orçamental“. “É provável que exista ainda alguma perda de receitas correntes com um esforço e reforço da despesa corrente e de capital”, refere o professor do ISEG, concluindo que, para já, “o valor do défice” previsto pelo Governo para este ano “poderá não ser descabido, podendo um intervalo mais lato ser também adequado, entre 6 a 8% do PIB”.

O Ministério das Finanças espera ter um défice anual de 7%, o que fica abaixo das previsões de instituições como o CFP, o FMI ou a OCDE, que apontam para um défice acima dos 9% do PIB. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o défice ficou nos 5,4% do PIB no primeiro semestre, mas esconde dois trimestres muito diferentes: no primeiro trimestre o défice ficou nos 1,1%, mas no segundo disparou para os 10,5%, o maior desde a resolução do BES.

Além disso, há uma única certeza neste momento: a incerteza. “É muito difícil fazer previsões sobre os efeitos da Covid-19 na economia“, admite Francesco Franco. A evolução da receita e da despesa do Estado dependerão da evolução da pandemia, nomeadamente nas restrições que possam vir a aplicar-se no inverno, e dos efeitos da crise no PIB, na taxa de desemprego, no incumprimento de créditos, entre outros.

Por outro lado, o professor da Nova SBE recorda que a beneficiar as receitas do Estado no segundo semestre poderão estar os impostos encaixados com as férias de verão no terceiro trimestre e as prendas do natal no quarto trimestre.

Questionado sobre se há algum sinal da execução orçamental que o preocupa, o economista escolhe o IVA uma vez que o “consumo privado caiu substancialmente”, o que tem um impacto direto na receita deste que é o maior de todos os impostos. A receita com os impostos sobre a produção e a importação, onde se inclui o IVA, afundou 18,7% no segundo trimestre deste ano, em termos homólogos, por causa da quebra do consumo provocada pela pandemia.

António Afonso dá destaque às prestações sociais, com os novos apoios do Estado no âmbito da crise pandémica, que poderão continuar a aumentar ao longo do ano. Por outro lado, as baixas taxas de juro “podem permitir alguma poupança de despesa corrente” com os juros, mas esta poupança será “necessariamente mais pequena face à dimensão de outras rubricas como transferências e receitas de impostos”, nota o professor do ISEG.

Tanto os números do INE como os dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO) mostram que a receita tem estado a cair mais do que o esperado para o conjunto do ano, mas a despesa tem subido menos do que o estimado, equilibrando os pratos da balança. De notar também que os 5,4% ficaram abaixo da estimativa central de 5,8% da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Vamos aos números: no segundo trimestre, a receita pública caiu 10,5%, o que compara com uma queda de 4,5% implícita no Orçamento Suplementar para o conjunto do ano; já a despesa pública aumentou 6,5% no segundo trimestre, abaixo dos 9,5% implícitos no Suplementar. Um dos exemplos da despesa que está a ficar aquém do orçamentado é a do lay-off simplificado, tal como o ECO já escreveu.

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SATA leva DBRS a cortar a perspetiva da dívida dos Açores para negativa. Madeira mantém-se estável

Agência canadiana corta perspetiva da dívida dos Açores, de estável para negativa, devido ao impacto das necessidades financeiras da SATA. Rating fica um nível acima de lixo.

A agência de notação financeira DBRS manteve os ratings para as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, em BBB (um nível acima de lixo) e BB, respetivamente. No entanto, alterou a perspetiva para a evolução da dívida dos Açores, passando-a de estável para negativa, agravamento justificado pelas condições financeiras da companhia aérea SATA.

“A alteração da perspetiva da DBRS Morningstar de estável para negativa reflete principalmente as prováveis ​​implicações no balanço dos Açores das dificuldades financeiras do Grupo SATA”, indica a agência, em comunicado. A companhia aérea recebeu um apoio financeiro do governo regional em forma de garantia, aprovado pela Comissão Europeia.

“A colaboração da República de Portugal na obtenção da aprovação da Comissão para o empréstimo de emergência”, indica, na visão do DBRS Morningstar, “a fiscalização e apoio do governo nacional à região”. De forma a avaliar o risco de crédito de médio prazo dos Açores, a DBRS Morningstar procura obter um maior conhecimento sobre a recuperação da indústria do turismo na região e sobre a viabilidade da SATA a médio e longo prazo“, explicam.

Já a Madeira mantém-se estável e no nível BB. Esta avaliação deve-se ao “desempenho financeiro estabilizado da região nos últimos anos e à melhoria lenta das métricas de dívida antes do início da crise”, explica a DBRS. Para além disso, a “supervisão e apoio financeiro ao governo regional da República de Portugal e o controlo reforçado da Madeira sobre a dívida indireta, bem como os passivos comerciais”, também contribuíram para a decisão.

A agência canadiana admite que a Madeira vai sentir o “impacto adverso” da Covid-19, particularmente no setor do turismo, existindo também incerteza quanto ao calendário para a recuperação total. No entanto, considera que o “apoio contínuo do governo nacional deve ajudar a região a navegar no atual período de desafios”.

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Tecnológicas voltam a sustentar ganhos em Wall Street

O dia acabou por ser de ganhos em Wall Street, mas o S&P 500 e o Dow Jones acabaram por ter uma semana negativa. É a sequência mais longa de perdas semanais desde há um ano.

As cotadas do setor da tecnologia voltaram a “salvar” o dia em Wall Street, impulsionando o desempenho dos principais índices de referência. Ainda assim, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam a maior sequência de perdas semanais num ano, com receios relativamente à recuperação económica da pandemia a pesar no sentimento.

Os principais índices conseguiram fechar o dia acima da linha de água, depois de terem arrancado o dia com perdas. O industrial Dow Jones subiu 1,3%, para os 27.173,96 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,6% para 3.298,46 pontos. Apesar deste desempenho, o resultado da semana foi negativo, levando a quarta perda semanal consecutiva, a maior sequência de quedas semanais desde agosto de 2019.

Já o tecnológico Nasdaq ganhou 2,26% para 10.913,56 pontos. As gigantes tecnológicas foram o grande impulsionador desta sessão, com ganhos de mais de 2%. A Amazon subiu 2,5% para os 3.095,13 dólares, o Facebook, 2,1% para os 254,82 dólares, a Apple avançou 3,8% para os 112,29 dólares. Já a Microsoft subiu 2,3%, enquanto a Netflix valorizou 2,1%.

Nota também para a Boeing, que disparou 6,87% para os 156,03 dólares depois de o principal regulador de segurança da aviação da Europa dizer que o 737 Max poderia receber “luz verde” para retomar os voos em novembro e entrar em serviço até ao final do ano.

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Uma a uma, quanto custaram as medidas do Governo para fazer face à pandemia

As medidas de resposta à pandemia que tiveram mais impacto para os cofres públicos foram o lay-off e a prorrogação de impostos.

Para fazer face à pandemia de Covid-19, o Governo avançou com um pacote de medidas de apoio às famílias e empresas, que foram sendo renovadas ou alteradas à medida que a situação evoluía. O impacto destas medidas nas contas do Estado levou a uma redução da receita de 578,6 milhões de euros e a um aumento da despesa em 1.943,1 milhões de euros, até agosto, de acordo com a Síntese de Execução Orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) esta sexta-feira.

Esta contração da receita, de 6,6%, em termos homólogos, em conjunto com um crescimento da despesa de 4,9%, levou a um agravamento homólogo do défice em contabilidade pública até agosto para os 6.147 milhões de euros. Veja o impacto que as medidas já tiveram nos cofres do Estado, de acordo com os dados da DGO:

  • As prorrogações de pagamento de impostos, a pagar a partir do segundo semestre, por um período de até seis meses foram medidas que tiveram impacto na receita do Estado. Esse impacto foi de 242 milhões de euros para o IVA e 78,8 milhões de euros para as retenções na fonte de IRS e IRC. Já para as contribuições da Segurança Social foi de 115,4 milhões de euros.

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André Jordão vence prémio João Vasconcelos. É o empreendedor do ano 2020

Fundador da Barkyn venceu prémio Empreendedor do ano e sublinhou desafio diário de criar e desenvolver um negócio.

André Jordão, fundador e CEO da Barkyn, é o empreendedor do ano 2020. O empreendedor venceu o prémio João Vasconcelos – Empreendedor do ano, recolhendo a preferência do júri entre os outros nove finalistas.

Na entrega do prémio, André Jordão sublinhou a importância da homenagem a João Vasconcelos e assegurou que, para criar algo, é necessário muito trabalho. “Visto de fora parece simples colocar um produto online ou nas ruas, mas é trabalho dia e noite, e trabalhar com pessoas incansáveis, pelo menos no nosso caso”, ressalvou o empreendedor. André Jordão elogiou ainda João Vasconcelos, sublinhando a sua paixão por “pessoas que faziam acontecer”.

André Jordão foi convidado do podcast Start now. Cry later este ano. Recorde aqui o episódio.

“Queremos dar palco às empreendedoras e empreendedores que estão a criar negócios inovadores, ao mesmo tempo que contribuem para um ecossistema cada vez mais maduro”, disse Miguel Fontes, diretor executivo da
Startup Lisboa, na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu esta sexta-feira no Hotel da Estrela, em Lisboa.

Criado em 2019 pela Startup Lisboa, o prémio João Vasconcelos – Empreendedor do ano homenageia o primeiro diretor executivo da incubadora e antigo secretário de Estado da Indústria, que morreu em março de 2019. A edição deste ano do prémio recebeu mais de 50 candidaturas, tendo sido escolhidos 10 finalistas para o pitch final, com base em cinco critérios de avaliação: visão e estratégia, resiliência, contributo para o ecossistema empreendedor nacional, liderança e gestão de equipa, crescimento e penetração internacional.

“O facto de terem havido menos empreendedoras a candidatarem-se ao Prémio João Vasconcelos é prova de que há ainda muito trabalho a fazer na promoção da igualdade de género, no ecossistema empreendedor”, sublinhou Miguel Fontes, reforçando o empenho da incubadora em continuar a “apoiar e a desenvolver iniciativas que promovam maior diversidade, nomeadamente, em termos de igualdade de género”.

Na segunda edição, o prémio teve 10 empreendedores finalistas. André Jordão (Barkyn), António Trincão (Youcanevent), a dupla Fabiana Clemente e Gonçalo Martins Ribeiro (YData), Hélder Silva (Newton.ai), Hugo Venâncio (REATIA), Marcelo Lebre (Remote), Nuno Brito Jorge (GoParity), Nuno Fonseca (Sound Particles), Ricardo Costa (LOQR) e Sebastião Queiroz e Mello (The Code Venture Group) foram os candidatos que fizeram o pitch na final do prémio. Pode conhecer melhor os empreendedores finalistas aqui.

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