Macron já é menos popular entre os franceses do que Trump nos EUA

  • ECO
  • 6 Setembro 2017

Pelo segundo mês consecutivo, a popularidade de Emmanuel Macron cai entre os franceses, tornando-o menos popular em França que Trump nos EUA.

Emmanuel Macron está a perder popularidade em França. A pouco mais de 100 dias após a sua tomada de posse, o presidente é menos popular em França que Donald Trump nos Estados Unidos. Enquanto Trump consegue 38% de aprovação de um rating de avaliação conduzido pela YouGov, Macron consegue apenas 30%, num inquérito semelhante levado a cabo pela mesma empresa.

Dados da sondagem da YouGov em França, citados pelo Business Insider, revelam que 54% dos inquiridos não estão felizes com a administração de Emmanuel Macron, e que 28% afirmam estar “muito infelizes”. Por oposição, 5% dos 1.003 entrevistados afirmou estar “muito feliz” com o novo presidente. No mês passado, o índice de aprovação do presidente francês já tinha caído para os 36%, abaixo dos 43% registados no mês anterior.

O Business Insider refere que a perda de popularidade poderá dever-se a um certo consenso entre os media franceses, nomeadamente no que toca ao caráter do seu presidente. Macron é tido como vaidoso, pouco preparado, imaturo e ingénuo. Além disso, o seu desejo de reformar as leis do trabalho em França não têm jogado a seu favor.

Ao jornal francês Le Point, Macron responde aos números, afirmando que terá de “viver com a paciência das pessoas para os próximos meses”, cita o Business Insider.

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PT promete diálogo, sindicatos veem “luz ao fundo do túnel”

Terminada a reunião entre PT e sindicatos, a Altice garante estar "empenhada no diálogo social com seus sindicatos e com o Comité de Trabalhadores". Cláudia Goya promete "manter um diálogo aberto".

Os sindicatos ligados à PT Portugal estiveram reunidos com a nova presidente executiva da empresa, Cláudia Goya, durante a manhã desta quarta-feira. Mas ainda decorria o encontro e já o grupo Altice emitia um comunicado onde reitera que a empresa “está empenhada no diálogo social com seus sindicatos e com o Comité de Trabalhadores, como foi disso exemplo a assinatura do Acordo de Empresa cujas negociações tinham estado paradas vários anos”, lê-se na nota enviada às redações. Terminada a reunião, os sindicatos veem agora “uma luz ao fundo do túnel”.

“Na reunião de hoje, para além das apresentações mútuas, todos os participantes tiveram oportunidade de expor os seus pontos de vista sobre os assuntos da atualidade da empresa. Cláudia Goya, a nova CEO, reforçou o compromisso de manter um diálogo aberto sobre questões sociais com as partes interessadas”, lê-se na mesma nota. A empresa sublinha ainda que “iniciou um processo de transformação acelerada para se tornar um player digital global focado em convergência, serviços/conteúdos e advertising“.

Como o ECO avançou em primeira mão, está em causa, sobretudo, um relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), onde a inspeção dá conta de 150 infrações na empresa, com coimas a poderem chegar aos cinco milhões de euros. O relatório menciona casos de assédio moral e trabalhadores sem funções, entre outras infrações, e veio corroborar algumas das queixas que tinham vindo a ser feitas pelos sindicatos.

A ACT não conseguiu, porém, provar que a PT estava a realizar um despedimento coletivo “encapotado”, transferindo trabalhadores para outras empresas do grupo. Era uma das principais queixas dos trabalhadores.

Sindicatos queriam “mais respostas”, mas já veem “luz ao fundo do túnel”

“Queríamos mais respostas”, confessou Eduardo Colaço, coordenador para a área de telecomunicações do Sindetelco, um dos sindicatos ligados à PT. “Há muitas questões que nem sequer falaram nelas. A partir do momento em que a empresa diz que está disposta em retomar o diálogo social e fazer com que esta onda de conflito termine entre as várias organizações, não fiquei satisfeito, mas também não fiquei insatisfeito”, acrescentou o sindicalista.

“Há aqui várias portas que se abriram e que, até à data, estavam fechadas. Desde a última reunião que tivemos no mês de junho que não havia diálogo ou qualquer tipo de reunião com a empresa. Hoje foi a primeira em que ficou plasmado que outras iniciativas viriam a acontecer”, indicou também. E concluiu: “Vemos uma luz ao fundo do túnel. Até à data, não havia luz nenhuma.”

Vemos uma luz ao fundo do túnel. Até à data, não havia luz nenhuma.

Eduardo Colaço

Coordenador no Sindetelco

Segundo fontes sindicais, a empresa estará na expectativa de saber o que poderá mudar com a proposta de lei do PCP para travar despedimentos como o que dizem estar a acontecer na PT, com a transmissão de trabalhadores para outras empresas. A esta reunião segue-se outra entre os sindicatos para avaliarem as conclusões do encontro com Cláudia Goya. Será esta tarde, a partir das 16h00.

Esta quinta-feira, os sindicatos reúnem-se com os secretários de Estado do Emprego e das Infraestruturas, Miguel Cabrita e Guilherme W. d’Oliveira Martins, esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 14h30 com a posição do Sindetelco)

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Alberto Ramos, ex-Barclays, à frente do Bankinter Portugal

  • ECO
  • 6 Setembro 2017

Alberto Ramos foi o escolhido para substituir Carlos Brandão à frente do Bankinter Portugal. O gestor era até agora director da banca comercial e membro da comissão executiva da sucursal portuguesa.

O Bankinter tem um novo diretor-geral. O banco foi buscar Alberto Ramos, diretor da banca comercial do Bankinter desde abril do ano passado, para ocupar este lugar deixado livre por Carlos Brandão. Uma saída que aconteceu depois de o banco espanhol ter adquirido o negócio de retalho ao Barclays por 86 milhões de euros.

“Alberto Ramos, até agora diretor da banca comercial e membro da comissão executiva da sucursal portuguesa do Bankinter, passará a exercer a direção do negócio e equipas do Bankinter Portugal”, refere a instituição financeira. O gestor fez parte da equipa do Banco Espírito Santo durante 12 anos, passando depois a integrar o Barclays Bank Portugal.

"Alberto Ramos, até agora diretor da banca comercial e membro da comissão executiva da sucursal portuguesa do Bankinter, passará a exercer a direção do negócio e equipas do Bankinter Portugal.”

Bankinter Portugal

O gestor vem agora substituir Carlos Brandão, que abandonou o cargo de presidente executivo do Bankinter em Portugal em junho para “abraçar novos projetos profissionais”. A saída aconteceu cerca de um ano depois de o banco espanhol ter adquirido o negócio de retalho ao Barclays por 86 milhões de euros. De resto, o gestor já liderava o Barclays em Portugal antes de o Bankinter ter ficado com as operações do banco britânico no país.

Depois da saída de Carlos Brandão, o Bankinter optou por nomear Fernando Moreno, diretor-geral da banca comercial do grupo espanhol, como novo presidente executivo em Portugal, por tempo indeterminado. Agora, Alberto Ramos ocupará este cargo. “O Grupo Bankinter considera que esta nomeação ajudará a fomentar o seu negócio em Portugal e a consolidar a sua marca neste mercado”, salienta o banco.

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Cofina junta redações do CM, Negócios, Record e Sábado

  • ECO
  • 6 Setembro 2017

Redações do Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Sábado vão fundir-se. A medida vai levar à junção das direções, estando em cima da mesa a colaboração editorial na plataforma online.

A Cofina vai avançar com a fusão das redações das suas principais publicações: o Correio da Manhã, o Record, o Jornal de Negócios e a revista semanal Sábado. As equipas vão passar a estar juntas no mesmo espaço, estando em cima da mesa a colaboração editorial na plataforma online.

Esta fusão, que passa também pelas direções das publicações, foi comunicada às redações esta terça-feira, 5 de setembro, apurou o ECO. Correio da Manhã, Jornal de Negócios e Sábado contavam já com um único publisher, Octávio Ribeiro, que acumula o cargo com o de diretor do generalista do grupo de media de Paulo Fernandes.

Fisicamente as redações vão estar juntas — as obras de demolição das paredes arrancaram esta quarta-feira, 6 de setembro –, ficando em aberto até que ponto haverá incorporação das redações, sendo que existe o objetivo de que os jornalistas das várias publicações colaborem no online.

Esta fusão física das redações visa “permitir maiores sinergias operacionais” e reduzir “custos na logística” em áreas como as deslocações ou o secretariado, disse Octávio Ribeiro, ao Expresso. “Esta é a primeira e mais estruturante medida no cumprimento da minha nova missão como diretor-geral editorial” da Cofina, acrescentou. O ECO tentou contactar o publisher mas ainda não possível obter um comentário relativamente às alterações.

Não há, até ao momento, indicação de se haverá despedimentos na parte editorial. A fusão levará à junção das equipas de fotografia, paginação e de secretariado das publicações, situação que poderá abrir a porta à redução do número de colaboradores da Cofina, grupo que além destas três publicações conta ainda com o canal de televisão no cabo, a CMTV.

A Cofina tem vindo a reduzir o número de colaboradores, procurando ajustar-se ao declínio do mercado publicitário, principal fonte de receitas do grupo. No último ano saíram algumas dezenas de jornalistas dos vários meios. Foram também encerradas publicações. Nos primeiro seis meses ano, a empresa contabilizou lucros de 718 mil de euros, uma quebra de 70% face a 2016 fruto da queda de 9,2% das receitas.

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Finanças autorizam Saúde a contratar 290 médicos para unidades de saúde carenciadas

  • Lusa
  • 6 Setembro 2017

O aval à contratação de mais clínicos de medicina geral e familiar visa reforçar as unidades de saúde consideradas carenciadas deste tipo de profissionais.

O Ministério das Finanças autorizou o Ministério da Saúde a contratar 290 clínicos de medicina geral e familiar para exercer em serviços e estabelecimentos de saúde e respetivas unidades funcionais considerados carenciados destes profissionais.

De acordo com um despacho conjunto dos ministérios das Finanças e da Saúde, publicado em Diário da República, a Saúde está autorizada a contratar 290 médicos especialistas em medicina geral e familiar, mediante celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado ou contrato individual de trabalho sem termo.

O despacho adianta que a medida dispensa a obrigatoriedade definida no Orçamento do Estado para 2017 de serem iguais ou inferiores aos registados em 31 de dezembro de 2016 os gastos com pessoal.

Também é publicado em Diário da República um despacho que identifica os serviços e estabelecimentos de saúde e respetivas unidades funcionais como carenciados, na área de medicina geral e familiar.

O objetivo desta identificação é “a abertura de procedimento concursal, no sentido de poderem vir a ser constituídas até 290 relações jurídicas de emprego”.

Segundo este despacho, importa viabilizar a contratação destes profissionais, “com a maior celeridade possível, permitindo, assim, a sua colocação nos serviços e estabelecimentos onde se denotem as maiores carências deste grupo de pessoal com as qualificações profissionais aqui em causa”.

Apesar da autorização das Finanças para a contratação de 290 médicos, foi disponibilizado “um número de unidades funcionais superior ao de postos de trabalho a preencher, termos em que se identificam 317 potenciais locais de colocação”.

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Direitos Musicais são a nova aposta do Facebook

  • ECO
  • 6 Setembro 2017

Os utilizadores do Facebook vão deixar de preocupar-se com direitos musicais na hora de carregar vídeos com música para a rede social.

O Facebook está a investir centenas de milhões de dólares em direitos junto de discográficas. A aposta da rede social vem no sentido de permitir que os seus utilizadores incluam música de forma legal nos seus vídeos. As negociações estendem-se há meses e poderão levar até dois anos. A notícia é avançada pela Bloomberg, que cita uma fonte próxima do processo.

Em pleno advento do vídeo no Facebook, vários utilizadores têm vindo a partilhar conteúdos com música sobre a qual não têm direitos. De acordo com a legislação, a empresa de Zuckerberg é obrigada a retirar os vídeos com material que não cumpra os requisitos legais. O investimento vem no sentido de facilitar a criação de conteúdos dos utilizadores, evitando a intervenção da empresa que gere a rede social.

Há menos de um mês, o Facebook anunciou a criação do Watch, a nova plataforma de vídeo dentro da rede social, que pretende concorrer com o Youtube. Embora Zuckerberg pretenda atrair vídeos de música profissionais, o serviço Watch dará prioridade a conteúdo produzido pelos utilizadores. Após a publicações dos resultados do segundo trimestre no passado mês de julho, a empresa revelou aos investidores que pretende continuar a apostar no formato de vídeo que, acredita, poderá ultrapassar a partilha de texto e fotografias no futuro.

De acordo com a Bloomberg, o investimento do Facebook poderá ser uma fonte de lucro inesperado para a indústria musical, numa altura em que tem vindo a crescer com as plataformas de streaming como o Spotify ou a Apple Music. A Federação Internacional na Indústria Fonográfica, citada pela mesma fonte, avança que as vendas de música cresceram 5,9% no ano passado. A Warner Music Group revelou um crescimento de vendas em 13%, e a Universal Music Group reportou um incremento de 15,5% nas vendas durante o seu último trimestre fiscal.

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Rui Bento, ao ECO: “Lisboa entre as cidades que poderão acolher”o novo centro da Uber

Rui Bento, diretor-geral da Uber Portugal, confirmou ao ECO que a empresa norte-americana está mesmo a preparar um novo centro operacional. E que a escolha poderá ser Lisboa.

Já há confirmação oficial: a empresa norte-americana Uber está mesmo à procura de um local para instalar um novo centro de operações, indicou o diretor da Uber Portugal ao ECO.

O responsável da empresa confirmou também que Lisboa está na lista das potenciais cidades para o acolher, a par de Cracóvia, Cairo, Limerick e Paris. Como já foi noticiado, estarão em causa 250 novos postos de trabalho.

“Podemos confirmar que a Uber está a preparar a criação de um novo centro de operações para servir a região da Europa e Médio Oriente, e que Lisboa está entre as cidades que poderá acolher este centro”, disse o diretor da empresa para o mercado português.

“No entanto, não estamos ainda em condições de confirmar quando esta decisão será tomada e se a escolha recairá sobre Lisboa”, acrescentou. A notícia foi avançada inicialmente pelo Jornal de Negócios, que referiu que a capital portuguesa estará “bem encaminhada para receber o investimento”.

Podemos confirmar que a Uber está a preparar a criação de um novo centro de operações para servir a região da Europa e Médio Oriente, e que Lisboa está entre as cidades que poderá acolher este centro.

Rui Bento

Diretor-geral da Uber Portugal

Lisboa tem alguns trunfos nesta corrida, nomeadamente o crescimento significativo que a plataforma tem vindo a registar na capital portuguesa. A Uber chegou a Portugal em meados de 2014 e já opera também no Porto e no Algarve, com cerca de 3.000 motoristas no total.

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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Islândia quer travar investimento chinês no país

  • ECO
  • 6 Setembro 2017

Segundo a Bloomberg, os investidores chineses estão desejosos de entrar em solo islandês mas o Governo quer apertar ainda mais a lei que limita a posse estrangeira de propriedade situada no país.

O Governo islandês prepara-se para reforçar a lei que limita a posse estrangeira de propriedade islandesa, travando assim as crescentes aspirações chinesas de investir no setor turístico do país, escreve esta quarta-feira a Bloomberg.

O reforço desta lei surge na sequência de um aumento de visitantes estrangeiros e de recentes tentativas por parte de um empreendedor chinês não identificado de adquirir 12 Km quadrados de bens imobiliários e de construir um resort no famoso Golden Circle da ilha, a sua atração turística mais popular.

De acordo com a ministra da Justiça islandesa, Sigridur Andersen, têm surgido cada vez mais pedidos de aquisição do terreno, ao mesmo que tempo que o Ministério recebe cada vez mais pressão, tanto por parte do próprio Governo como da oposição, para rever a lei. À Bloomberg, a ministra disse que espera submeter um projeto-lei sobre esta matéria no decorrer do atual mandato.

Atualmente, o que a lei diz é que qualquer propriedade situada no país pode apenas ser adquirida por cidadãos islandeses, cidadãos do Espaço Económico Europeu ou estrangeiros que residiram na Islândia por, pelo menos, cinco anos anteriores à compra. No entanto, existe ainda um pomo de discórdia enquanto provisão que permite abrir uma exceção, dada pelo Ministério da Justiça islandês, a esta regra.

Esta discussão de revisão da lei surge numa altura em que o turismo islandês está a sofrer um boom, sendo atualmente o setor líder das exportações do país.

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Tribunal Europeu: Países têm de acolher quota de refugiados

  • Marta Santos Silva
  • 6 Setembro 2017

O principal tribunal europeu decidiu que a Eslováquia e a Hungria, que se tinham oposto ao sistema de quotas, vão ter de aceitar as regras estabelecidas e receber a sua quota de refugiados.

O Tribunal Europeu de Justiça decidiu que mesmo a Hungria e a Eslováquia, países que se opuseram à decisão de que os migrantes e refugiados que dessem entrada na União Europeia fossem distribuídos por quotas pelos diferentes Estados-membros, terão de receber os que lhes forem atribuídos.

A Hungria, a Roménia, a Eslováquia e a República Checa votaram todas contra as quotas, mas terão agora de começar a receber a sua parte das centenas de milhares de migrantes e refugiados em busca de asilo que têm entrado na União Europeia desde que a crise começou.

O sistema de quotas foi imposto há dois anos mas a Hungria, por exemplo, ainda não recebeu um único refugiado, escreve a BBC. O sistema deveria servir para aliviar o esforço de países como a Itália e a Grécia, que enquanto países de entrada têm suportado a maior parte da logística para receber os refugiados que desde 2015 entram em fluxos crescentes a partir do Médio Oriente e do Norte de África, atravessando o Mediterrâneo com grandes riscos.

O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que a Hungria e a Eslováquia não tinham razão ao argumentar que as quotas eram injustas e uma resposta incorreta à crise de migrantes.

“O Tribunal rejeita as ações iniciadas pela Eslováquia e pela Hungria contra o mecanismo provisional para a relocalização obrigatória de requerentes de asilo”, lê-se na decisão do tribunal. “O mecanismo contribui para permitir que a Grécia e a Itália lidem melhor com o impacto da crise migratória de 2015 e é proporcional”, concluía.

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Sindicatos da PT já têm encontro marcado para amanhã com o Governo

Sindicatos da PT/Meo vão reunir-se com os secretários de Estado do Emprego e das Infraestruturas sobre as infrações detetadas na empresa. Reunião segue-se ao encontro com a líder da PT, Cláudia Goya.

Os sindicatos afetos à PT Portugal vão reunir-se com o Governo esta quinta-feira. Numa nota enviada às redações, o STPT informa que foi agendada para 7 de setembro, quinta-feira, uma audiência com os secretários de Estado do Emprego e das Infraestruturas, Miguel Cabrita e Guilherme W. d’Oliveira Martins.

Em causa está o relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), cujo conteúdo o ECO avançou em primeira mão, e no qual a inspeção realizada à Meo detetou 150 infrações, com a empresa a enfrentar coimas que podem chegar aos cinco milhões de euros. É também este o assunto que leva os sindicatos a reunirem-se esta quarta-feira com Cláudia Goya, a nova presidente executiva da PT Portugal.

“A constatação de ilegalidades e irregularidades na gestão da PT Portugal pela Altice são evidentes nas conclusões do relatório da ACT. Destacam-se as situações de ‘assédio’, de comportamentos indesejados e repetidos de ‘humilhação’ que afetam a dignidade dos trabalhadores, do não respeito, enfim, da lei do país e das boas práticas para a segurança no trabalho”, aponta o STPT num comunicado.

Os sindicatos têm vindo a exigir uma reunião com o primeiro-ministro António Costa e com Vieira da Silva, ministro do Trabalho. O objetivo é “obter destas entidades governamentais o que pretendem fazer para reverter a situação laboral na PT Portugal, concretamente e agora com mais razão, sendo já conhecidos os resultados de várias ações inspetivas à empresa levadas a efeito pela ACT”, diz o sindicato.

E conclui: “É naturalmente no seguimento destas situações que o Ministério do Trabalho e Emprego marcou uma reunião (…) com os secretários de Estado do Emprego e das Infraestruturas, para dia 7 e setembro, às 11h00, na Praça de Londres (Ministério).”

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Universidades são mais importantes para o investimento do que incentivos fiscais

  • Filipe S. Fernandes
  • 6 Setembro 2017

Nos últimos 20 anos houve um grande investimento no ensino superior que criaram fortes ecossistemas de inovação em que as universidades são nucleares.

Em 2016, a Veniam foi considerada pela cadeia televisiva norte-americana CNBC uma das 50 startups mais disruptivas do mundo. Mas se esta distinção tem repercussão mediática, mais importante para a empresa foi o contrato assinado com a StarHub, o segundo maior operador de telecomunicações de Singapura, com o objetivo de instalar redes móveis sem fios (WiFi hotspots) em milhares de veículos que circulam nesta cidade-Estado.

Criada em 2012 por João Barros, da universidade do Porto, e Sandra Sargento, da Universidade de Aveiro — e incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) –, ganhou músculo financeiro em 2014 , quando Robin Chase e Roy Russell, fundadores e CEO e CTO da Zipcar, a maior empresa de carsharing do mundo, investiram na portuguesa com o objetivo de a expandir ao mercado norte-americano, tendo passado a sede para Mountain View, em pleno Silicon Valley, mantendo os seus laboratórios de desenvolvimento no Porto e Aveiro.

Em fevereiro de 2016, a Veniam captou um investimento de 22 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de euros) de um consórcio liderado pela Verizon Ventures, com a participação da Cisco Investments, Orange Digital Ventures, Yamaha Motor Ventures e Liberty Global. Conta hoje com mais de 50 empregados, 30 engenheiros e dez doutorados.

A Veniam desenvolve soluções para a internet em movimento. Ao transformar todo e qualquer veículo num hotspot WiFi, as soluções da Veniam permitem implementar redes veiculares à escala urbana, ampliando a cobertura de internet sem fios e levando terabytes de dados urbanos do mundo físico para a nuvem.

Curiosamente, o seu primeiro cliente foi o Porto de Leixões porque, como explicou João Bento, ao Jornal de Negócios, “a solução da Veniam, que permite ligar essas máquinas e veículos uns aos outros, é a única que consegue dar uma cobertura a 100%, o que permite aos portos de mar efectuar as suas operações de forma mais rápida e segura. Do ponto de vista económico, é muito importante porque um terminal de contentores é medido sobretudo pela capacidade de carregar e descarregar navios com a máxima velocidade. Ao permitir uma coordenação, em tempo real, melhor entre todas essas máquinas e veículos conseguimos contribuir com um aumento grande para a produtividade dos portos e terminais”.

Os componentes de hardware, software e cloud da Veniam correm atualmente na maior rede veicular do mundo no Porto, incluindo táxis, camiões do lixo e toda a frota de autocarros do Porto, em Portugal, oferecendo WiFi grátis a 115.000 utilizadores ativos. “A Veniam é um excelente exemplo de como se pode passar de teoremas matemáticos e algoritmos, ainda bastante abstractos, para um protótipo, um sistema de conceito, um produto e um negócio”, diz João Barros. E a este modelo de inovação estrutural podem juntar-se vários exemplos de inovação incremental mas que tem um grande impacto.

A rede de universidades e polos tecnológicos

De facto, nos últimos 20 anos houve um grande investimento no ensino superior que criaram fortes ecossistemas de inovação em que as universidades são nucleares. Estão ancorados nomeadamente nas duas universidades públicas (Universidades de Minho e Porto) e nos três institutos politécnicos (Institutos Politécnicos de Viana do Castelo, Ave e Cávado e Porto), além de universidades privadas como a Católica, Portucalense, Europeia, CESPU. Em paralelo, os programas estruturais para a Ciência e Tecnologia (C&T), o aumento muito significativo dos financiamentos nacionais para C&T e as oportunidades abertas pela cooperação científica e tecnológica europeia contribuíram para o desenvolvimento de uma rede de centros de investigação de elevada qualidade. E tudo porque também se tem vindo a desenvolver uma rede de colaborações, sem paralelo no país, entre o tecido empresarial, os Centros de Conhecimento e as entidades de transferência de tecnologia.

Um projecto interessante e que demonstra esta crescente impregnação entre a indústria e o I&D é o ItechInovCar, uma parceria entre a Simoldes Plásticos, o Citeve e o CeNTI da Universidade de Aveiro, e que trata da integração de eletrónica impressa (sensorização/iluminação) durante o processo de injeção, tendo vencido os prémios People’s Choice Award, na categoria Miscellaneous, dos FESPA Awards 2015 (a maior feira mundial focada em tecnologias de estamparia têxtil e digital de grande formato) e o TechTextile 2015 na categoria Produtos. Esta aplicação permite, por exemplo, que se dê um alerta de perigo (de forma luminosa) no momento do “ângulo morto”, situação em que momentaneamente o condutor de um automóvel deixa de conseguir ver pelo retrovisor. Esta tecnologia pode ser aplicada na abertura e fecho de vidros de portas.

Como se referia nos objetivos para o financiamento do Compete 2020, “o objetivo fundamental do projeto iTechInovCar é o desenvolvimento de soluções inovadoras de iluminação e sensorização – atuação para o interior automóvel utilizando novos métodos de integração e recorrendo a novas tecnologias de eletrónica impressa e embebida. Pretende-se desta forma, responder às tendências atuais de evolução do setor automóvel nomeadamente, no que diz respeito à redução de número de componentes/peças injetadas, diminuição do peso, flexibilidade do design e redução de tempo/custo do processo /integração”.

As tecnologias são transversais aos negócios

A Sonae é uma multinacional portuguesa que gere um portefólio de empresas nas áreas de do retalho, serviços financeiros, tecnologia, centros comerciais e telecomunicações, tendo ainda negócios na indústria das madeiras, de onde Belmiro de Azevedo partiu para fazer o grupo gerido pelo filho Paulo Azevedo, e no turismo e imobiliário através da Sonae Capital.

Este grupo relacionou-se desde muito cedo com as tecnologias: tendo sido importador da Apple, tentou lançar o minitel (uma espécie de internet Internet francesa), e criou empresas como a Enabler, depois vendida à multinacional Wipro (Índia). Manteve sempre um núcleo de empresas tecnológicas ligadas ao retalho e às telecomunicações, sempre com vocação internacional.

Recentemente, a sua estratégia tem sido de reforço. Tem empresas como a Saphety, que é líder em soluções purchase-to-pay, otimização de processos, sincronização de dados e sincronização de media, a Bizdirect, que comercializa de soluções de IT, na gestão de contratos empresariais e na integração de soluções de negócio tecnológicas da Microsoft (e tem mais de 500 clientes activos, e exporta para 28 países), a S21sec e a SysValue, oferecem estão na área da cibersegurança, a Movvo — que disponibiliza um sistema de informação em tempo real, que tendo por base as frequências radio rádio emitidas pelos dispositivos móveis –, e a InovRetail, que tem como negócio principal o desenvolvimento de ferramentas analíticas avançadas, focadas em apoiar retalhistas na tomada de decisão e na melhoria do desempenho. Fundada em 2004, no Brasil, a Tlantic foca-se em atingir elevados níveis de otimização e em melhorar a eficácia na gestão de lojas de retalho. Criou ainda uma espécie de acelerador de startups, a Bright Pixel.

Recentemente adquiriu, aliada a outros investidores, três fundos de capital de risco do Novo Banco, passando a ter, através da Armilar Venture Partners, participações relevantes em empresas de base tecnológica, como a Outsystems e a Feedzai num montante da ordem dos 200 milhões de euros.

A Outsystems, criada em 2001, é uma multinacional portuguesa que desenvolve tecnologia para uso empresarial e que, no início do ano, recebeu um investimento de 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) da empresa de capital de risco americana North Bridge, tendo tido uma faturação de 100 milhões de dólares em 2016.

Já a Feedzai desenvolve tecnologia para proteção de dados e combate à fraude em pagamentos e transações financeiras, tendo recebido novos investidores, como o fundo norte-americano Oak HC/FT. Estas empresas nasceram para os mercados globais, tal como a WeDo Technologies, a estrela das tecnológicas da Soane, que é líder mundial em Enterprise Business Assurance, fornecendo software e consultoria especializada para a análise inteligente de grandes quantidades de dados, com o objetivo de ajudar a anular ou a minimizar ineficiências operacionais ou de negócio, e permitir níveis elevados de retorno do investimento, por via da proteção de receitas e/ou poupanças de custos. A WeDo Technologies trabalha com algumas das empresas globais mais reconhecidas dos setores das telecomunicações, da distribuição, da energia e da saúde. A WeDo tem mais de 600 profissionais altamente muito qualificados, e as suas soluções de software estão instaladas em 170 clientes, espalhados por 96 países. Tem 10 escritórios e fatura 56,7 milhões de euros.

Em Braga, no Porto e nas suas órbitas existem polos dinâmicos de empresas de software e serviços informáticos organizados em torno de empresas de software empresarial, multimédia e serviços informáticos e de consultadoria em telecomunicações. Este dinamismo pode ser ilustrado pelo caso da Pathena, um fundo de investimento em tecnologias de informação criado por António Murta e Jorge Brás.

Em 2013, lançaram um fundo de 56 milhões de euros que hoje tem um portefólio de empresas, grande parte delas situadas neste eixo Porto-Braga mas também Lisboa e Alemanha: CardMobili, NMusic, Exago, Stemmatters, Vortal, i2S, TNI medical AG, 360imprimir, Brisa Innovation e ebankIT são algumas delas. Mas, segundo António Murta, a sua filosofia de investimento nas startups da era digital. “O que conta não é o monte de notas ou quantidade de zeros, mas a qualidade e experiência do investidor, a sua capacidade para interferir e melhorar o modelo de negócio e a cadeia de valor”.

Os primeiros medicamentos portugueses

O Zebinix(R)/Aptiom(R) (acetato de eslicarbazepina) para o tratamento da epilepsia foi o primeiro medicamento a ser desenvolvido por uma empresa portuguesa, a Bial, e que hoje é comercializado em todo o mundo. Em 2015, a Bial apresentou o Opicone (catecol-O-metiltransferase), o seu segundo medicamento, agora para a doença de Parkinson, à aprovação pela Agência Europeia do Medicamento, após os resultados positivos do ensaio clínico, que envolveu 600 doentes de Parkinson, em 106 centros de estudo em diferentes países europeus. A Bial é uma empresa farmacêutica que está hoje presente em 54 países diferentes, incluindo os EUA.

Em 2003, surgiu o i3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto) com um protocolo de cooperação entre o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup), que se viria a confirmar a 28 de janeiro de 2008. Neste ano, a Bial esteve juntamente com o consórcio i3S, formado pelo IPATIMUP, IBMC e INEB, a Hovione entre outras instituições, a lançar o Health Cluster Portugal – Associação do Pólo de Competitividade da Saúde, que hoje conta com mais de 170 associados. Já em 2016 este consórcio, que agrega mais de 1000 colaboradores, 800 dos quais cientistas em áreas como cancro, neurobiologia e doenças neurológicas e interação e resposta do hospedeiro, passou a ocupar um edifício de raiz no campo universitário da Asprela com 18 mil metros quadrados.

As startups multiplicaram-se em torno das Universidades do Minho, do Porto e de Aveiro: casos como a Stemmatters Biotecnologia e Medicina Regenerativa (Guimarães), a Medmat Innovation – Materiais Médicos (Maia), a Fluidinova– Engenharia de Fluidos (Maia), a Bioinstrument – Consultadoria e Desenvolvimento de Projetos Bioquímicos (Porto), a Biosurfit (Aveiro), a Biodevices – Sistemas de Engenharia Biomédica (Porto), a Genetest – Prestação de Serviços de Testes de Diagnóstico Genético (Porto); a Medchronic – sistemas de monitorização cardiometabólica continuada, com recurso a cloud computing (Porto); a Allert Life Sciences Computing (Vila Nova de Gaia), com produtos para gestão clínica e hospitalar, a iM3DICAL – Soluções de workflow para imagiologia médica (Porto) ou a FIrst Solutions (Porto) são casos bem sucedidos. Uma única empresa multinacional a integrar este protocluster: a belga Ablynx S.A. (Porto).

Esta ambiência e contexto explicam o facto de o Porto ser a cidade escolhida para se bater com outras 17 cidades europeias para sede da a Agência Europeia do Medicamento (EMA).

O roteiro das universidades

João Barros da Veniam diz que, “mais do que os impostos ou os políticos, o importante para a atração de investimento são as universidades”. A região de Entre Douro e Minho conta atualmente com um arsenal de massa cinzenta muito relevante para o futuro.

A Universidade do Porto é composta por 14 faculdades — Arquitetura, Belas Artes, Ciências, Ciências da Nutrição e Alimentação, Desporto, Direito, Economia, Engenharia, Farmácia, Letras, Medicina, Medicina Dentária, Psicologia e de Ciências da Educação e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e uma business school (Porto Business School) — e participa em 51 Instituições de I&D: nove Laboratórios Associados e 42 Unidades de I&D financiadas plurianualmente pelo FCT, sendo um dos maiores produtores de Ciência em Portugal, já que é responsável por mais de 20% dos artigos científicos portugueses indexados anualmente na ISI Web of Science.

Por sua vez, a Universidade do Minho possui uma oferta de cursos que inclui 40 licenciaturas e mestrados integrados (cerca de 120 mestrados) e 40 cursos de doutoramento, oferecendo ainda uma variedade de cursos de formação especializada e de estudos avançados. Tendo em vista o reforço do empreendedorismo e a inovação, no entorno da Universidade do Porto, merece destaque o INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), e o INESC – Porto.

A Universidade do Minho integra cinco Laboratórios Associados: o I3N (Institute of Nanostructures, Nanomodelling and Nanofabrication), o IBB (Institute for Biotechnology and Bioengineering), o ICVS/3Bs, o INESC-TEC, o LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), o IICVS – Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e o se o CENTI – Centro de Nanotecnologias e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, entre muitos outros centros. Conta com a TecMinho (gabinete de transferência de tecnologia), a SpinPark (incubadora tecnológica) ou o AvePark (parque de ciência e tecnologia).

Criado em dezembro de 1994 e localizado em Barcelos, o Instituto Politécnico do Cávado e Ave está organizado em duas escolas: Escola Superior de Gestão e Escola Superior de Tecnologia. O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) surgiu em 1980 e está organizado em seis escolas: Escola Superior Agrária (em Ponte de Lima); Escola Superior de Ciências Empresariais (em Valença); Escola Superior de Desporto e Lazer (em Melgaço); Escola Superior de Educação (em Viana do Castelo); Escola Superior de Saúde (em Viana do Castelo); Escola Superior de Tecnologia e Gestão (em Viana do Castelo).

O Instituto Politécnico do Porto (IPP) é composto por sete unidades orgânicas: ISEP – Instituto Superior de Engenharia; ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração; ESE – Escola Superior de Educação; ESMAE – Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo; ESEIG – Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão; ESTGF – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras; ESTSP – Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto.

O IPP dispõe de 25 centros e grupos de investigação científica distribuídos pelas suas sete unidades orgânicas, participando em muitos projetos de I&D nacionais e internacionais e obtendo um assinalável reconhecimento científico pela sua produção científica.

O Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa é composto por 8 Unidades Académicas e uma Business School. As suas áreas atravessam todas as grandes áreas científicas desde as Artes e Humanidades (Faculdade de Teologia, Escola das Artes e o Instituto de Bioética), as Ciências Sociais e o Direito (Faculdade de Educação e Psicologia, Faculdade de Direito e Faculdade de Economia e Gestão), Engenharia, Indústrias Transformadoras e ainda Agricultura (Escola Superior de Biotecnologia), Saúde e Proteção Social (Instituto de Ciências da Saúde). Outros centros tecnológicos e de engenharia como o Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel (CEIIA), Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), Centro de Energia das Ondas – Wave Energy Centre (WAvEC) e Parque de ciência e tecnologia da Maia (TECMAIA).

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Gucci, YSL e Dior, juntos contra tamanhos pequenos e modelos sub-16

  • Lusa
  • 6 Setembro 2017

Gigantes de luxo representantes de marcas como Gucci, Saint Laurent, Vuitton e Dior, adotaram uma carta de princípios que proíbe o uso de roupas muito pequenas e o recurso a manequins menores de 16.

Os gigantes de luxo que representam grandes nomes da moda como Gucci, Saint Laurent, Vuitton e Dior, adotaram uma carta de princípios que proíbe o uso de roupas muito pequenas e o recurso a manequins menores de 16 anos.

Apresentada publicamente na véspera da Semana da Moda de Nova Iorque, numa abordagem sem precedentes e depois de diversas polémicas sobre o tema, esta “Carta das Relações Laborais e Bem-Estar dos Manequins” proíbe o tamanho 32 usado por alguns criadores e define que “nenhum modelo com menos de 16 anos será recrutado para participar de desfiles ou sessões de fotos que representem adultos“.

“Nós queríamos ir rápido e fazer com que as coisas realmente mudassem, tentando que os outros atores da moda, na medida do possível, nos sigam”, afirmou à agência France Presse o presidente do gigante de luxo Kering, François-Henri Pinault.

Antoine Arnault, membro do concelho de administração da LVMH e filho do presidente da empresa, Bernard Arnault, congratulou-se com a carta que “realmente impõe uma mudança”.

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