China vai construir nova cidade do tamanho de Lisboa
A longo prazo, as autoridades chinesas esperam que a nova cidade chegue a ter dois mil quilómetros quadrados, sendo uma "estratégia crucial para este milénio".
As autoridades chinesas anunciaram a sua intenção de construir uma nova cidade, perto de Pequim, com uma dimensão que a curto prazo se espera ser a do concelho de Lisboa, com planos para expandir até aos dois mil quilómetros quadrados a longo prazo. A Nova Área de Xiongan, anunciada num comunicado por dois corpos políticos chineses, já está a ser invadida por compradores que querem aproveitar a valorização imobiliária drástica que é esperada numa zona até hoje pouco importante à escala nacional.
O Conselho de Estado e o Comité Central do Partido Comunista Chinês, os dois principais órgãos políticos da China, anunciaram num comunicado conjunto divulgado pelo jornal em língua inglesa China Daily que esta zona económica especial é “uma escolha histórica e estratégica” para “o milénio que se avizinha”.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, os investidores já invadiram a região para aproveitar a valorização imobiliária, e os preços das propriedades duplicaram em poucas horas após o anúncio — a Bloomberg acrescenta mesmo que os pretendentes a compradores criaram enormes engarrafamentos nas estradas para chegar ao território que se vai tornar na nova zona. No final do dia de segunda-feira, o Governo emitiu uma proibição nas vendas de propriedade na zona para procurar parar a especulação súbita.
A agência noticiosa Xinhua escreve que a criação da Nova Área de Xiongan, a cerca de 100 quilómetros a sul de Pequim, poderia ajudar a reduzir a pressão sobre a capital, que já sofre de problemas relacionados com o congestionamento automóvel, uma grande especulação imobiliária e poluição. A agência estatal acrescentou ainda que, “mais do que uma mera réplica do sucesso passado da China [a Nova Área de Xiongan], contará a história do futuro de uma nova cidade”.
O presidente chinês Xi Jinping afirmou que a área deverá dar prioridade à proteção do meio ambiente, assim como ao bem-estar dos cidadãos, tornando-se uma “área de demonstração para a inovação e o desenvolvimento”, lê-se no China Daily.
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