Taxistas desmarcam ações de protesto de dia 15

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

"Foi tudo cancelado. Não fazia sentido manter de pé o protesto", disse o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, após encontro com a Procuradora-geral da República esta sexta-feira.

Os taxistas desconvocaram as ações de protesto marcadas para a próxima quinta-feira, que incluía uma marcha a pé e uma vigília à porta da Procuradoria Geral da República, informaram as associações representativas do setor.

“Foi tudo cancelado. Não fazia sentido manter de pé o protesto, quando a senhora Procuradora-geral da República nos chamou e recebeu. Transmitimos todas as nossas preocupações”, disse à Lusa Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi.

O responsável referiu que aguardam agora “por resultados concretos” do encontro.

"Foi tudo cancelado. Não fazia sentido manter de pé o protesto, quando a senhora Procuradora-geral da República nos chamou e recebeu. Transmitimos todas as nossas preocupações”, disse à Lusa ”

Carlos Ramos

Presidente da Federação Portuguesa do Táxi

A decisão foi comunicada esta tarde pela Federação Portuguesa do Taxi (FPT) e pela Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), depois da reunião que tiveram com a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

Em comunicado, as duas associações referem que a Procuradora-Geral da República “garantiu que está mais sensível à situação do setor do táxi, sublinhando que já pediu informação sobre os processos judiciais em curso, para análise”.

O protesto, designado “Desfile do Descontentamento“, previa uma marcha a pé, com início no Parque Eduardo VII, e uma vigília à porta da Procuradoria Geral da República (PGR).

Esta manhã, em declarações à agência Lusa, os presidentes das duas associações já tinham avançado que iriam suspender a vigília à porta da PGR, mas que a realização da marcha a pé estaria dependente da decisão dos associados.

Os taxistas lutam há mais de um ano contra a atividade das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, como a Uber, Cabify, Taxify e Chofer em Portugal, por considerar que são ilegais.

O Parlamento prepara-se para debater na especialidade uma proposta de lei do Governo para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, que tem merecido também a contestação das associações que representam os taxistas.

O Ministério do Ambiente, que tutela a pasta dos transportes, espera que a lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados seja votada no parlamento ainda este mês.

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Acionistas portugueses em pé de guerra com brasileira Oi

Pharol acusa administração da Oi de beneficiar interesses privados e quer a demissão do presidente Eurico de Teles. Só que a operadora não reconhece legalidade e efeitos da assembleia extraordinária.

Parece não ter fim à vista o clima de guerra entre os acionistas e a operadora brasileira Oi. Tudo começou com a aprovação do plano de recuperação que vai tirar o controlo da companhia aos atuais donos para entregar o comando aos credores. Agora, acionistas como a portuguesa Pharol e o Société Mundiale querem o CEO fora da telecom após uma assembleia geral extraordinária que a Oi não reconhece.

Esta sexta-feira, a Pharol lamentou o tratamento que tem sido dispensado aos acionistas e acusou os responsáveis da Oi de realizarem uma “campanha de desinformação (…) a fim de beneficiar interesses particulares”.

Isto aconteceu depois de mais uma semana turbulenta em que os acionistas convocaram uma assembleia geral extraordinária realizada num hotel do Rio de Janeiro e na qual, além de aprovarem a destituição do presidente da Oi, Eurico Teles, e do diretor financeiro, Carlos Brandão, pretendem levar estes dois responsáveis a tribunal devido às irregularidades cometidas durante a recuperação judicial.

Só que a Oi não reconhece a “legalidade e consequentes efeitos” deste encontro. “A pretensa assembleia é ilegal e desobedece sucessivas decisões judiciais que deliberaram sobre o tema, além de desrespeitar o plano de recuperação judicial aprovado por uma ampla maioria pelos credores da companhia e homologado pela justiça”, argumenta a operadora brasileira. Está instalada a guerra.

Plano de recuperação no olho do furacão

No meio deste arremesso de acusações entre acionistas e administração está o plano de recuperação da operadora aprovado em dezembro e que vai implicar uma forte diluição das participações dos atuais donos da Oi. Por exemplo, a Pharol detém atualmente cerca de 22% da companhia. Mas assim que ficar concluído o plano, este acionista português poderá vir a controlar apenas 6%.

Entre outras medidas incluídas no plano está a conversão da dívida até 75% do capital da telecom brasileira. Isto quer dizer que serão os credores a ficarem com o controlo da operadora no final do processo, com os atuais acionistas a verem as suas participações reduzidas.

Além disso, está previsto um aumento de capital de quatro mil milhões de reais. Este reforço de capital foi negociado com o maior grupo privado de credores internacionais, com mais de 22 mil milhões de reais em dívida (cerca de 5,6 mil milhões de euros). Mais uma vez, se os atuais acionistas também participarem nesta operação, as suas participações vão reduzir-se ainda mais.

No entendimento da Pharol, que diz que “investiu a maior parte do seu património” na Oi, “não existe neste momento qualquer manifestação de vontade válida para o que plano de recuperação seja considerado existente, válido e eficaz”.

O plano de recuperação surge como resposta à crise em que se encontra. A operadora entrou há quase dois anos num processo de proteção contra credores devido ao seu elevado endividamento.

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Portugal tem os dois melhores novos hotéis da Europa, diz o The Guardian

No ranking elaborado pelo jornal britânico, dois hotéis portugueses foram eleitos os melhores da Europa. Torel Avantgarde, no Porto, ocupa o primeiro lugar, seguido do The Magnolia Hotel, no Algarve.

O jornal britânico The Guardian elaborou um ranking com os 20 melhores novos hotéis e hostels da Europa, em que os dois primeiros lugares são ocupados por unidades hoteleiras portuguesas. O hotel boutique Torel Avantgarde, no Porto, foi considerado o melhor em território europeu, atrás do The Magnolia Hotel, na Quinta do Lago, que ocupa o segundo lugar.

Localizado no Porto, o hotel Torel Avantgarde abriu ao público em setembro do ano passado e rapidamente se tornou no melhor recente espaço na Europa em termos hoteleiro. Com 47 quartos, a unidade hoteleira de cinco estrelas remonta ao período dos anos 40, de acordo com o site do hotel. Num espaço bastante caracterizado por memórias artísticas, o diário britânico elogia “o quarto Frida Khalo, com tons vibrantes e aspetos tropicais” e a maneira como “tudo é feito com bom gosto”. Destaca ainda “as vistas do terraço e da piscina sobre os telhados e o rio Douro”, como “algumas das melhores da cidade”.

D.R.
Hotel Torel Avantgarde, Porto

Em segundo lugar, em terras algarvias, o The Magnolia Hotel recebe destaque pelos seus campos de golfe e pela capacidade de atrair “um público mais jovem”. O restaurante do hotel, a piscina e a zona de churrasco são outros dos aspetos mencionados pelo The Guardian, que claramente se deixou conquistar pelos cocktails e pelas zonas de lazer.

The Magnolia Hotel, Quinta do LagoD.R.

Os restantes nomes da lista são hotéis localizados um países como Espanha, Alemanha, França, Bélgica e Itália, entre outros. Veja a lista completa:

  1. Torel Avantgarde, Porto
  2. Magnolia Hotel, Quinta do Lago, Algarve
  3. Agroturismo Atzaró, Ibiza
  4. Generator, Madrid
  5. Icon Rosetó, Palma de Mallorca
  6. Meininger East Side Gallery, Berlim
  7. Le Barn, perto de Paris
  8. Ho36, França
  9. Hotel des Grands Boulevards, Paris
  10. Hotel Helvetia, Zurich

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? Cinco minutos à conversa sobre a derrocada nas bolsas

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“Lei da Concorrência” apresentada na Almedina

  • ADVOCATUS
  • 9 Fevereiro 2018

O lançamento da 2.ª edição da obra coletiva Lei da Concorrência - Comentário Conimbricense vai decorrer no próximo dia 14 de fevereiro, pelas 17 horas, na livraria Almedina, no Atrium Saldanha.

O lançamento da 2.ª edição da obra coletiva Lei da Concorrência – Comentário Conimbricense vai decorrer no próximo dia 14 de fevereiro, pelas 17 horas, na livraria Almedina, no Atrium Saldanha. A apresentação conta com a Presidente do Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, Margarida Matos Rosa. A entrada no evento é livre.

Miguel Gorjão-Henriques (na foto), sócio da Sérvulo, responsável pela área de Europeu e Concorrência, dirige e coordena a obra, da qual também é coautor, juntamente com os advogados coordenadores Manuel Lopes Porto (SRS Advogados), José Luís da Cruz Vilaça, Carolina Cunha e Gonçalo Anastácio (SRS Advogados).

Participam ainda na obra coletiva, como coautores, diversos advogados da Sérvulo, desde logo o professor Sérvulo Correia, mas também José Lobo Moutinho, Alberto Saavedra e Alessandro Azevedo, que anotam disposições da lei nesta obra de referência do panorama jus-concorrencial português.

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Workshop Proteção de Dados nas Empresas: Obrigações do RGPD

  • ADVOCATUS
  • 9 Fevereiro 2018

A Samsys realiza no próximo dia 21 de fevereiro, no Porto, um workshop com o tema ‘Proteção de Dados nas Empresas: Obrigações do RGPD‘. Dirige-se a CEOs e a responsáveis de informática.

A Academia Samsys realiza no próximo dia 21 de fevereiro, no Porto, um workshop subordinado ao tema ‘Proteção de Dados nas Empresas: Obrigações do RGPD‘. Dirige-se a CEOs de todos os setores de atividades e a responsáveis de informática.

Se tem um negócio e não está a par do que vai mudar com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia, este workshop é para si.

O RGPD entra em vigor a partir de 25 de maio com implicações a nível jurídico, tecnológico e processual. O workshop vai contar com a participação especial de Daniel Alves da Cunha, da AdC Advogados, advogado especialista nesta matéria.

 

De uma forma pragmática pretende-se abordar a maneira como uma empresa pode ser afetada e como a nova legislação pode impactar no negócio.

Algumas questões que vão ser esclarecidas são:

  • O que é o Regulamento Geral de Proteção de Dados?
  • Quem é abrangido pelo RGPD?
  • Porque o RGPD está a alarmar quem armazena dados pessoais?
  • O que se entende por informação pessoal?
  • Quais as medidas que devem ser implementadas?
  • O que muda com o RGPD?
  • Como começar? Quais as primeiras medidas?
  • Como reduzir a exposição ao risco?
  • O que acontecerá exatamente se não cumprir o Regulamento até maio de 2018?

 

Pode fazer a sua inscrição no evento aqui.

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A tarde num minuto

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Lisboa não escapou à maré vermelha que inundou os mercados esta semana e perdeu dois mil milhões de euros em cinco sessões. Na Autoeuropa, a produção vai parar, mais uma vez, por falta de peças. O Bloco de Esquerda quer alargar os Serviços Mínimos Bancários a mais clientes. O trabalho de curto prazo continua a ter mais peso em Portugal do que no resto da Europa. E uma novidade na hotelaria: Pestana CR7 chega a Madrid.

Foi uma semana para esquecer na praça lisboeta. Em apenas cinco sessões, desapareceram do PSI-20 mais de dois mil milhões em valor de mercado. Só a Galp desvalorizou mais de 600 milhões, numa semana em que os nervos estiveram à flor da pele com dois mini-crashes em Wall Street.

A linha de montagem da Autoeuropa vai voltar a parar na próxima segunda-feira, dia 12, devido a uma quebra no fornecimento de escapes. Para o Site-Sul, um dos sindicatos do setor, é mostra de precipitação por parte da administração na implementação dos turnos novos.

O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República dois projetos de lei que têm como objetivo reforçar os direitos dos clientes bancários. Num dos projetos, é pedida a flexibilização do acesso às contas de Serviços Mínimos Bancários, bem como uma maior abrangência deste tipo de contas. O partido quer também acabar com duas comissões associadas ao crédito e impedir os bancos de alterar unilateralmente as condições dos contratos.

Os contratos até três meses abrangiam 3,2% dos trabalhadores em Portugal, em 2016, acima da média europeia, segundo o Eurostat.

O novo Pestana CR7 já tem morada. O novo hotel, com 160 quartos, um rooftop bar e um restaurante, ficará no número 29 da Gran Via, em Madrid, e será o terceiro hotel desta parceria entre Cristiano Ronaldo e a cadeia hoteleira. As obras arrancam “muito em breve”.

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Na indústria portuguesa, prazos de pagamento são mais longos do que na Europa

As empresas industriais em Portugal aceitam prazos de pagamento mais prolongados do que aqueles praticados, em média, na restante Europa.

As empresas industriais em Portugal aceitam prazos de pagamento mais prolongados do que aqueles avançados, em média, na restante Europa, revela um estudo da Intrum Justitia. Segundo o mesmo estudo, os prazos alargados “estão a ter consequências negativas para as empresas de todos os setores”.

Em média, uma empresa industrial de B2C em Portugal dá uma margem de 36 dias para receber os devidos pagamentos — nove acima dos pares europeus. Em negócios de B2B, a diferença é ainda mais expressiva: 18 dias. Geralmente, são concedidos 63. Só as empresas de B2C conseguem receber os pagamentos, em média, antes do prazo estabelecido.

No setor público, o cenário não é muito distinto: 62 dias em Portugal contra 41 no Velho Continente, ou seja, 50% de tolerância “extra” da parte das empresas portuguesas. Contudo, o pagamento efetivo continua a vir significativamente atrasado. Por cá, há uma demora média de 106 dias para reaver as devidas quantias, enquanto na Europa a média se fica pelos 49 dias.

"Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas.”

Luis Salvaterra

Diretor Geral da Intrum Justitia

De acordo com o Diretor Geral da Intrum Justitia, Luis Salvaterra, “o pagamento tardio no setor da indústria é comum, continuamos a verificar um aumento do risco por toda a Europa e pressão para que as empresas aceitem prazos de pagamento mais longos. Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas”.

Estas são as conclusões do estudo EPR 2017 Industry White Paper, feito pela Intrum Justitia através de um inquérito a mais de 10 mil empresas de 29 países europeus. O Intrum Justitia é um grupo de serviços de Gestão e Recuperação de créditos.

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Maria de Lurdes Rodrigues é a nova reitora do ISCTE

A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, foi eleita esta sexta-feira a nova reitora do ISCTE, o Instituto Universitário de Lisboa.

A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, foi eleita esta sexta-feira a nova reitora do ISCTE, o Instituto Universitário de Lisboa. É a primeira mulher a assumir a gestão desta Universidade.

A nova reitora do ISCTE ganhou as eleições que disputava com Nuno Guimarães, Cláudio Starec e Gustavo Cardoso, toma assim as rédeas da universidade pelo menos até 2022. Dos 33 membros do Conselho Geral, 22 votaram em Maria de Lurdes Rodrigues, dez em Nuno Guimarães e apenas um escolheu Gustavo Cardoso, confirma fonte oficial ao ECO.

Apesar do forte apoio, esteve recentemente envolta em polémica por não ter preenchido a plataforma de informação do instituto, que lhe valeu a avaliação de “inadequado” relativa ao período 2014 a 2016. Até agora, na Universidade, a recém-eleita exercia as funções de Diretora do Mestrado em Políticas Públicas e detinha a posição de professora associada — abaixo do estatuto de catedrático que os restantes candidatos possuem. Antes, serviu o primeiro Governo de José Sócrates como ministra da educação.

O principal oponente, Nuno Guimarães, é o atual vice-reitor e responsável pelo pelouro da internacionalização no ISCTE. Maria de Lurdes Rodrigues substitui Luís Reto em março, este que se mantinha à frente da instituição desde 2005 — um total de três mandatos que geraram polémica, dado que excediam o limite de dois mandatos previstos na lei.

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Facebook quer apostar nas comunidades: tome nota das cinco novidades

Rede social anunciou esta sexta-feira investimento específico em comunidades: a ideia é capacitar os líderes de todo o mundo que estão a construir redes via app e serviços do Facebook.

Facebook anuncia novidade ligada a comunidades.Facebook

O Facebook anunciou esta sexta-feira, no Communities Summit Europe, em Londres, um novo programa global que tem como objetivo investir em pessoas que estão a construir comunidades na rede social, a que chamou Facebook Community Leadership Program.

A novidade da rede social fundada por Mark Zuckerberg tem como objetivo alocar dezenas de milhões de dólares ao programa, “incluindo dez milhões de dólares que vão diretamente para as pessoas que estão a criar e a liderar as comunidades”, anunciou a empresa em comunicado.

Além do investimento monetário, o Facebook anunciou outras novidades que passam pela criação de novas ferramentas para os administradores dos grupos e o reforço da equipa de engenharia de Londres, que está diretamente ligada ao desenvolvimento da tecnologia que ajuda a manter as pessoas seguras no Facebook.

Entre as grandes novidades, encontram-se as seguintes:

  1. Investimento. O Facebook quer alocar dezenas de milhões de dólares ao programa Community Leadership Program. Entre o bolo geral estarão até 10 milhões de dólares em subsídios que vão diretamente para as pessoas que estão a criar e a liderar comunidades.
  2. Novas ferramentas. No anúncio da manhã desta sexta-feira, a rede social comunicou que vai introduzir novas ferramentas para os administradores de grupos.
  3. Reforço na segurança e na equipa. O Facebook vai reforçar a equipa de engenharia de Londres que desenvolve tecnologia para ajudar a manter as pessoas seguras na rede social. Até ao fim de 2018, a equipa de Londres duplicará.
  4. Residência e fellowship, com formação, apoio e fundos para líderes das comunidades em todo o mundo. No programa de residência, serão escolhidos cinco líderes para se tornarem residentes e premiados cada um com até um milhão de dólares. No de fellowship, os 100 líderes selecionados recebem até 50 mil dólares para iniciativas específicas da comunidade. As candidaturas podem ser feitas aqui.
  5. Círculos de liderança de comunidade, que vão juntar gestores locais para se reunirem presencialmente e aprenderem a colaborar entre si. Em 2017, o Facebook organizou três grupos piloto nos Estados Unidos. Agora vai escalar a ideia.

A conferência, que foi transmitida em direto via Facebook, contou com a presença de mais de 300 gestores de comunidades de toda a Europa e Portugal não foi exceção: do Porto foi Liliana Castro, fundadora da plataforma e rede Portuguese Women in Tech e, do sul, seguiram os gestores da comunidade do Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve.

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Uma semana explosiva nas bolsas. Lisboa perdeu dois mil milhões de euros

Desapareceram mais de dois mil milhões de euros do mapa da bolsa de Lisboa esta semana. PSI-20 caiu mais 4% em cinco sessões explosivas nos mercados acionistas mundiais.

PSI-20 caiu mais de 4% esta semana.Composicao/Lidia Leao

Foi uma semana terrível na bolsa de Lisboa. Em apenas cinco sessões, desapareceram do mapa do PSI-20 mais de dois mil milhões em valor de mercado. Só a Galp desvalorizou mais de 600 milhões, numa semana em que os nervos estiveram à flor da pele com dois mini-crashes em Wall Street.

O principal índice português fechou esta sexta-feira a cair 1,55% para 5.294,9 pontos, agravando para 4,02% as perdas acumuladas ao longo da semana. Lá fora o dia não foi melhor: de Madrid a Frankfurt, passando por Paris e Londres, as principais praças europeias encerraram hoje com quedas superiores a 1%.

Não foi mesmo uma semana própria para os investidores mais sensíveis, isto apesar de os analistas há já algum tempo terem antecipado uma correção, depois de meses e meses de subidas nos mercados mundiais à boleia do bom momento da economia global. Só que boas notícias também podem ser más notícias para os mercados. Com os bons dados económicos norte-americanos a pressionarem a inflação, a Reserva Federal americana deverá promover mais subidas das taxas de juro do que se estava à espera e, com isso, agravar o preço do dinheiro com impacto negativo para as empresas.

“As fortes subidas dos últimos meses criaram algumas bolhas no mercado acionista que, conjugadas com o receio de inflação provocaram estas fortes quedas”, referiu Gualter Pacheco, trader do Banco Carregosa, ao ECO. “A confirmar-se a antecipação de um ciclo de subidas de taxas de juro e também a retirada de estímulos por parte dos bancos centrais acredito que podemos ter no futuro mais quedas nos mercados”, antevê o analista.

As fortes subidas dos últimos meses criaram algumas bolhas no mercado acionista que, conjugadas com o receio de inflação provocaram estas fortes quedas.

Gualter Pacheco

Trader do Banco Carregosa

Por Lisboa, foram poucas as cotadas que escaparam a esta aversão ao risco no cenário global. Apenas a Sonae Capital, a Pharol e Jerónimo Martins terminaram a semana com saldo positivo. Do lado das perdas, a Galp tem mais para contar: emagreceu em bolsa 630 milhões. Ainda no setor energético, a EDP perdeu 330 milhões.

BCP, Navigator e Nos viram eliminados 200 milhões de euros nos respetivos valores em bolsa.

Em Wall Street, depois de dois mini-crashes esta semana, as bolsas continuam continuam esta sexta-feira dominadas pelo medo e volatilidade. O Dow Jones, que esteve no olho do furacão ao protagonizar duas quedas históricas acima dos mil pontos, cai mais de 1%, apesar de já ter estado em terreno positivo. O S&P 500 cai 0,12%.

(Notícia atualizada às 17h11)

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CPAS. Contribuições não baixam para já

Conclusões da reunião entre o Governo, Ordem dos Advogados, dos Solicitadores e Caixa de Previdência são agora divulgadas.

Para já, as tão esperadas e reivindicadas descidas das contribuições que advogados e solicitadores têm de pagar, todos os meses, para a Caixa de Previdência (CPAS) não vão descer e estão ainda a estudados os “critérios de determinação do valor das contribuições”. Na página ofiicial da CPAS, é divulgada ainda a tabela (consulte aqui) com os valores para 2018 dos vários benefícios.

De acordo com o comunicado divulgado hoje – relativo à reunião realizada no passado dia 6 de Fevereiro, entre o bastonário da Ordem dos Advogados, o bastonário da OSAE e o Presidente da CPAS e, por outro, a ministra da Justiça e o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – foram consensualizadas as seguintes medidas:

  • O não pagamento temporário de contribuições nas situações de incapacidade temporária para o trabalho por motivo de doença grave ou de maternidade, mas apenas nos casos em que os beneficiários não tenham rendimentos para proceder ao pagamento das contribuições.
  • Alternativamente, a adopção temporária do 4.º escalão contributivo (escalão de “refúgio”) em caso de doença grave ou de situação recente maternidade, nas mesmas condições que a alínea anterior.
  • A eliminação da obrigatoriedade contributiva dos estagiários.
  • A redução do prazo de garantia para acesso à pensão de reforma.
  • Possibilidade do reconhecimento à CPAS de isenção de IRC de rendimentos de capitais (sujeita “a interacção com o Ministério das Finanças”).
  • Competência Judicial em matéria de cobrança coerciva de contribuições (sujeita a interacção com a Assembleia da República).

O mesmo comunicado diz ainda que já se encontram em curso “os trabalhos tendo em vista a reformulação de estudos relativamente a matérias em relação às quais se verificou a necessidade de ajustamentos”, em duas matérias específicas:

  • Instituição de um regime contributivo e de melhoria do valor da pensão para os Beneficiários em situação de reforma e que continuem a exercer a profissão.
  • Critérios de determinação do valor das contribuições.

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