Trump estará a ponderar ordem executiva para bloquear as chinesas Huawei e ZTE nos EUA

  • ECO
  • 27 Dezembro 2018

A ordem executiva, que estará a ser estudada há mais de oito meses, poderá ser emitida já em janeiro. Não deverá referir diretamente as marcas, mas dar azo a que sejam bloqueadas, segundo a Reuters.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, estará a ponderar uma ordem executiva no início do próximo ano que declare emergência nacional e impeça as empresas norte-americanas de usarem equipamentos de telecomunicações das empresas chinesas Huawei e ZTE, segundo confirmaram três fontes próximas da Administração, à agência Reuters.

A concretizar-se, poderá ser um novo passo da Administração Trump para bloquear a presença da Huawei Technologies Cos Ltd e da ZTE Corp — que são duas das maiores empresas de telecomunicações da China –, no mercado norte-americano. Os EUA poderão alegar que as empresas trabalham sob mandato do Governo chinês para espiar norte-americanos, de acordo com a Reuters.

A ordem executiva, que estará a ser estudada há mais de oito meses, poderá ser emitida logo em janeiro. Apesar de improvável que refira diretamente os nomes da Huawei ou ZTE, as fontes ouvidas pela agência explicaram que deverá dar azo a que o departamento do Comércio bloqueie estas marcas, autorizando que seja proibido que empresas norte-americanas comprem equipamentos de fabricantes estrangeiros de telecomunicações que representem um risco para a segurança nacional.

A Reuters explica que a ordem executiva deverá invocar, para isso, a Lei dos Poderes Económicos Internacionais de Emergência, que concede autoridade ao Presidente para regular o comércio em caso de ameaça para os EUA. Acrescenta que o texto final ainda não está finalizado.

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Está confortável com o secretário de Estado João Galamba? “Magnificamente”, garante o ministro do Ambiente

"Tenho cinco excelentes secretários de Estado", diz o ministro do Ambiente e rejeita que tenha agora pasta da transição energética por incompatibilidade de Pedro Siza Vieira.

João Matos Fernandes não hesita um segundo quando questionado se está confortável com o novo secretário de Estado da Energia, João Galamba. “Magnificamente”, responde. Em entrevista à SIC Notícias, o ministro do Ambiente garante que a alteração governamental que colocou no Ambiente o dossiê da transição energética, se deve a questão estratégicas e nada tem a ver com as incompatibilidades do novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

“Tenho cinco excelentes secretários de Estado. São muitos”, reconhece. “Nunca no Ministério do Ambiente tinha havido tantos, com estilos diferentes. Mas tenho a honra de liderar uma grande equipa”, assegura o responsável. Matos Fernandos já tinha dito que escolheu o antigo deputado João Galamba porque este “completa” o seu saber.

Tenho cinco excelentes secretários de Estado. São muitos. Nunca no Ministério do Ambiente tinha havido tantos, com estilos diferentes. Mas tenho a honra de liderar uma grande equipa.

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Matos Fernandes explica que a passagem da pasta da transição energética parta o seu ministério faz todo o sentido já que é no Ambiente que está a política das alterações climáticas. “Para podermos ser neutros em carbono em 2050 faltava-nos uma ferramenta muito importante que era a ferramenta da política energética. Por isso, o meu ministério tem agora todas as componentes necessárias para uma política ambiental devidamente sustentada“, garante Matos Fernandes.

Confrontado com a ideia de que a pasta da transição energética foi para o Ministério do Ambiente, por arrasto, tendo em conta as incompatibilidades do ministro Adjunto que, com a remodelação governamental, passou a assumir a pasta da Economia, que enquanto advogado na Linklaters trabalhava com a China ThreeGorges, o responsável rejeita que possa ser feita essa interpretação dos factos.

Com muita dificuldade” é que se aceita essa visão, diz Matos Fernandes. “Se quiser, só política muito pequenina é que pode fazer parecer dessa forma”, acrescenta. O responsável justifica que o compromisso de neutralidade carbónica não estava no programa do Governo. E uma vez que “é no setor da energia que mais mudanças têm de ser feitas para, em Portugal, reduzir muito as emissões de CO2, fazia todo o sentido que havendo um rearranjo no Governo que a política energética passasse a ser conduzida por quem tem a responsabilidade pela política climática”, justifica Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente deixou ainda uma nota relativamente ao esforço que o setor agrícola vai ter de fazer ajudar a reduzir as emissões de CO2. Matos Fernandes reitera que haverá uma redução de 20% a 30% da produção pecuária, “consoante os cenários”. “Não é nenhuma imposição”, garante o ministro.

Este é um projeto do Governo, que ainda está em discussão pública até à primavera. “Não é um nariz de santo”, diz Matos Fernandes. “Há muitos ajustes a fazer“, frisa. “Não temos nada contra nenhum setor”, garante, “mas todos os setores têm de contribuir”, disse perentoriamente.

Não temos nada contra nenhum setor. Mas todos os setores têm de contribuir.

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Matos Fernandes rejeita as afirmações dos agricultores que o acusam de não saber do que fala. “Não há por trás destes números nenhuma vontade política. É o que os trabalhos de base deste roteiro nos dizem: vai mesmo haver uma redução de bovinos em Portugal”.

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Depois da Amazon e Facebook, Google também já tem licença bancária na Europa

A Google Payment obteve a licença para operar enquanto instituição financeira eletrónica na União Europeia através do Banco da Lituânia, instituição muito procurada pelas fintech.

Mais uma fintech, termo que designa empresas que juntam tecnologia e finanças, conquistou autorização para operar enquanto instituição financeira eletrónica. Desta vez foi a Google Payment, detida pela Alphabet, que conseguiu obter a licença para serviços financeiros na União Europeia (UE), através do Banco da Lituânia.

A empresa consegue assim emitir dinheiro eletrónico, processar pagamentos, de forma a facilitar as transações no marketplace europeu, e até auxiliar outros serviços, bem como gerir carteiras digitais. A Google junta-se assim à Amazon e ao Facebook, que também já se aventuraram pelas finanças eletrónicas.

A Amazon Payments Europe conseguiu a sua licença no Luxemburgo. Já a rede social fundada por Mark Zuckerberg obteve uma licença bancária na Irlanda há cerca de dois anos, para a Facebook Payments International Limited. Através do sistema, é possível enviar e receber dinheiro pelo Messenger da rede social. A Google Pay atualmente já permitia aos utilizadores guardarem dados dos cartões numa carteira digital, para fazer compras online ou numa app.

O Banco da Lituânia já concedeu várias destas licenças bancárias, sendo que a última antes da Google foi para a fintech britânica Revolut. “O final deste ano reflete os nossos esforços e experiência dos últimos anos em desenvolver ativamente um ecossistema favorável às fintech na Lituânia”, aponta Marius Jurgilas, do Banco da Lituânia, citado em comunicado.

O ecossistema do país báltico já alberga mais de 100 empresas. “O nosso ambiente regulatório e os benefícios que ele oferece foram reconhecidos tanto por startups como por empresas de classe mundial”, explica Marius Jurgilas.

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GA_P na assessoria da reestruturação societária da Niepoort

Foi criada a Niepoort Investmentos, que passou a concentrar as participações societárias do grupo empresarial. A produtora de vinhos tem vindo a apostar noutras regiões de Portugal e no estrangeiro.

A Gómez-Acebo & Pombo (GA_P) assessorou a Niepoort na sua reestruturação societária, criando a Niepoort Investimentos, que passou a concentrar as participações societárias do grupo empresarial.

A Niepoort produz vinho do Porto desde 1842. Nos últimos anos, tem vindo a apostar na produção de vinho de diversas regiões de Portugal e do estrangeiro. Recentemente, em novembro deste ano, fez história ao vender num leilão em Hong Kong uma garrafa de vinho do Porto de 1863 por 111 mil euros, considerado o valor mais alto de sempre.

A operação foi liderada pelo sócio Miguel Castro Pereira, com uma equipa que incluiu também Ana Paula Basílio e Joana Geada dos Santos.

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Duarte Lima vai agora cumprir três anos e 4 meses de cadeia

  • ADVOCATUS
  • 27 Dezembro 2018

O ex- deputado social democrata perdeu o recurso do Tribunal Constitucional da pena relativa ao caso Homeland, em que foi condenado a seis anos de prisão efetiva.

O ex-deputado social- democrata Duarte Lima perdeu o último recurso no Tribunal Constitucional e, assim, a última oportunidade de “escapar” à pena de prisão de seis anos a que foi condenado pelo caso Homeland. Em causa os crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais. Os juízes do Constitucional alegaram que a defesa do antigo deputado passou o prazo legal para apresentar recurso.

Porém, Duarte Lima só irá cumprir agora três anos e quatro meses de prisão já que serão descontados os dois anos e seis meses em que o antigo deputado do PSD esteve em prisão preventiva e domiciliária ao abrigo deste processo.

Duarte Lima foi detido em novembro de 2011, ficou em prisão preventiva que mais tarde passou a domiciliária até abril de 2014. Ficou em liberdade até ao final do julgamento.

Duarte Lima e o seu ex-sócio Vítor Raposo foram condenados no processo do fundo Homeland, que envolve a aquisição de terrenos em Oeiras para a construção de um novo IPO de Lisboa. Para tal criaram, em 2007, o fundo e recorreram a um crédito do BPN de 42 milhões de euros para a aquisição de terrenos. O projeto de nova sede do IPO foi abandonado posteriormente mas o ex-deputado do PSD tinha elaborado um esquema na aquisição dos terrenos. O Homeland comprou 44 hectares por cinco milhões mas no contrato ficou que o preço seria de 20 milhões de euros, sem ser dado conhecimento ao BPN. O empréstimo do banco que foi nacionalizado foi concedido sem garantias e não foi liquidado.

O ex-líder parlamentar do PSD acabou condenado em primeira instância, em cúmulo jurídico, a dez anos de cadeia, em 2014, mas em 2016, com o juiz Rui Rangel como relator, o Tribunal da Relação de Lisboa reduziu a pena de cadeia para seis anos. O sócio Vítor Raposo viu a pena ser reduzida de seis para quatro anos de prisão efetiva por burla qualificada, enquanto os advogados Carlos Almeida Paiva e Pedro Almeida Paiva ficaram com penas suspensas reduzidas a dois anos e seis meses e dois anos de prisão, respetivamente, por burla qualificada e falsificação de documentos. O arguido Francisco Canas, entretanto falecido, ficou com uma pena, efetiva, de três anos de cadeia. Pedro Lima, filho de Duarte Lima, foi o único a ser absolvido.

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China anuncia diálogo com Estados Unidos sobre comércio em janeiro

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

Os dois países vão continuar no próximo mês as negociações na tentativa de colocar um ponto final à guerra comercial que dura desde março deste ano.

O Governo chinês anunciou esta quinta-feira que acertou com Washington a realização, em janeiro, de um diálogo frente-a-frente, visando pôr termo às disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Um porta-voz do ministério chinês do Comércio revelou que os dois lados têm mantido negociações “intensas” por telefone, e que já marcaram conversas “frente-a-frente” para o próximo mês, sem avançar com mais detalhes.

Os presidentes dos Estados Unidos e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, acordaram um ‘armistício’ de 90 dias, em 01 de dezembro passado, para tentar pôr fim à guerra comercial entre os dois países.

Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025”, que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa.

Washington teme ainda perder o seu domínio industrial para um rival estratégico em ascensão.

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Mortes, efemérides e futebol: os temas quentes do Facebook em 2018

As mortes de Stephen Hawking e Aretha Franklin foram dois dos temas mais discutidos no Facebook em Portugal, no ano que agora termina. A Seleção - e o Mundial - também marcaram 2018.

Festas, mortes, efemérides e… futebol. A Seleção Nacional foi tema de conversa no Facebook dos portugueses em 2018, assim como o Sporting Clube de Portugal e, em concreto, a invasão da Academia de Alcochete a 15 de maio. O desporto rei foi um dos temas mais discutidos e marcantes para os utilizadores portugueses da rede social: outro dos tópicos, ainda relacionados com o Mundial, foi a participação da Seleção espanhola no Mundial. Mas há mais.

As mortes de Stephen Hawking e da cantora Aretha Franklin marcaram os comentários e interações em território nacional, assim como as comemorações do 25 de abril e o Carnaval de Loulé.

Além destes, a 90.ª cerimónia dos Oscars e o Dia Internacional da Mulher, em março, também estiveram no top dos assuntos mais discutidos do ano, assim como um anúncio sobre óleo de palma, avança a empresa em comunicado.

Quanto a diretos, o vídeo da acordeonista Rita Melo foi o que contou com mais interações e partilhas: mais de 49 mil.

Portugal e o mundo

Se, em Portugal, três dos dez tópicos mais discutidos no Facebook estiveram relacionados com futebol, no mundo o tema-rei não mudou. O Campeonato Mundial de Futebol foi o tema mais discutido também, a nível internacional: mais de 383 milhões de fãs de futebol de todo o mundo usaram o Facebook para apoiar as suas equipas favoritas com 2,3 mil milhões de publicações, comentários, reações e partilhas.

Logo em segundo lugar aparece outra competição desportiva: o Super Bowl 52, a 4 de fevereiro, abriu o ano dos grandes números. Mais de 62 milhões de pessoas usaram a rede social para falar sobre o jogo entre os Philadelphia Eagles e os New England Patriots.

Em terceiro lugar esteve o casamento do príncipe Harry e da atriz Meghan Markle, a 19 de maio, que juntou interações e publicações de mais de 42 milhões de pessoas.

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CTT investem 15 milhões na modernização. Compram novas máquinas e sistemas

O objetivo será "modernizar o parque de equipamentos e sistemas operativos da atividade postal, aumentando a eficiência e reforçando a automatização nos CTT", explica a empresa.

Os CTT vão investir 15 milhões de euros em equipamento postal, num investimento que se insere no Plano de Modernização e Investimento (PMI). A empresa assinou contratos de aquisição com a Solystic, empresa francesa que fornece soluções automatizadas de separação de correio e encomendas.

O objetivo será “modernizar o parque de equipamentos e sistemas operativos da atividade postal, aumentando a eficiência e reforçando a automatização nos CTT”, explica a empresa em comunicado.

Esta aposta é feita na forma de novos equipamentos, que vão substituir material “que já está ultrapassado”, como máquinas de divisão e sequenciamento de correio, e também sistemas que serão instalados em alguns centros de produção e logística, para facilitar a ligação entre o físico e o digital.

O PMI tem previsto um investimento de 40 milhões de euros, durante os próximos dois anos, que inclui carros elétricos, fardas e até algoritmos para ajudar a otimizar rotas dos carteiros.

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Sol de pouca dura. Ações europeias anulam ganhos e caem para mínimos de dois anos

O rally em Wall Street deu força à abertura das bolsas europeias, mas duas horas depois já tinham invertido a tendência.

O entusiasmo nas bolsas europeias — vindo do contágio do maior rally em Wall Street desde 2009 — durou apenas duas horas. Após abrirem com ganhos, os principais índices acionistas seguem às 10h30 em queda, com o pan-europeu Euro Stoxx 600 a cair 0,80% para o nível mais baixo desde novembro de 2016. Os futuros da bolsa de Nova Iorque também indicam que os ganhos poderão ter sido exclusivos da última sessão.

As preocupações com a desaceleração do crescimento económico e a guerra comercial entre Washington e Beijing foram demasiado pesadas para os investidores.

“Para atingir o fundo do mercado, são precisos pelo menos alguns dias de força, não só no preço mas também no volume de transações, a amplitude do mercado e um ambiente fundamentalmente apoiado”, afirmou Hussein Sayed, estrategista da FXTM, à agência Reuters. “Até agora, não vimos uma mudança nos fundamentais. As tensões comerciais entre EUA e China continuam a ser o principal fator de incerteza em 2019“.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX tomba 1,40%, o italiano FTSE MIB desvaloriza 0,95%, o espanhol IBEX 35 perde 0,40% e o britânico FTSE 100 recua 0,64%. A exceção é o francês CAC 40, que avança 0,27%. Todos estes índices deverão fechar o ano com perdas expressivas, sendo que o Euro Stoxx 600 prepara-se para fechar o pior ano desde 2008.

Lisboa não fugiu à tendência, com o índice de referência PSI-20 a cair 0,17% para 4.632,08 pontos. Entre as oito cotadas no vermelho, destaca-se o setor da energia, com a EDP Renováveis a tombar 2,11%, a EDP a perder 1,64% e a Galp Energia a recuar 0,22%. Em sentido contrário, o retalho segue em alta em linha com todo o setor a nível internacional, com a Sonae a ganhar 1,52% e a Jerónimo Martins a subir 1,24%.

Esta é a primeira sessão das bolsas europeias após o Natal, já que estiveram fechadas para o boxing day. Já Wall Street negociou normalmente e, em parte, o rally desta quarta-feira tinha sido proporcionado pelo disparo de 7% nos preços do petróleo. No entanto, a matéria-prima segue agora a corrigir. O brent negociado em Londres cai 1,87% para 53,45 dólares por barril e o crude WTI negociado em Nova Iorque perde 1,69% para 45,44 dólares por barril.

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Uber promete viagens “sem surpresas”. Agora, informa quanto vai pagar antes de chamar o motorista

A Uber abandonou as estimativas e passou a informar os clientes de quanto têm de pagar por uma viagem antes de esta começar. A novidade já foi comunicada aos utilizadores.

A partir de agora, antes de começar uma viagem na Uber, vai passar a saber o montante exato que terá de pagar no final.Uber Portugal

A Uber vai passar a informar os passageiros do custo da viagem antes de esta começar. Ou seja, ao introduzir o destino na aplicação, um utilizador fica logo a saber qual o preço que vai pagar no final. A empresa comunicou a novidade esta quinta-feira aos atuais clientes.

“A transparência é algo muito importante para nós, para os nossos utilizadores e para os nossos parceiros. Queremos partilhar que a nossa aplicação deu uma passo em frente nessa direção e assim deixamos para trás a estimativa de custo da viagem. A partir de hoje [quarta-feira], saberá sempre o custo da sua viagem antes de a começar”, lê-se numa mensagem publicada no blogue da Uber Portugal.

Segundo a empresa, vão deixar de existir “surpresas” no final das viagens. Mas isto não significa que a Uber mudou a forma de cálculo do preço final de uma corrida. Simplesmente, em vez de mostrar um intervalo de preços, mostra o preço final e assume o valor — porque o método de cálculo é “exatamente” o mesmo.

“O custo da viagem é baseado na estimativa de distância e duração da mesma e também tem em conta o número de utilizadores e motoristas que estão a usar a aplicação nesse momento. Quando a tarifa aumenta devido ao aumento da procura, em vez de uma notificação de tarifa dinâmica, a mesma será logo refletida no custo total da viagem mesmo antes de fazer o pedido”, indica a companhia.

Se um utilizador “acrescentar paragens ou tiver que alterar o destino” quando a viagem já estiver em curso, “o novo preço simplesmente será atualizado de acordo com a tarifa aplicável à nova viagem”.

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Ministério Público impede Ricardo Salgado de aceder a escutas no caso GES

  • ECO
  • 27 Dezembro 2018

O Ministério Público negou a consulta do processo a Ricardo Salgado. Em causa está a interferência em algumas diligências de investigação, ainda em curso.

O Ministério Público (MP) impediu o acesso de Ricardo Salgado, principal arguido no caso Grupo Espírito Santo (GES), às escutas telefónicas efetuadas nesse processo, avança o Correio da Manhã esta quinta-feira.

O ex-banqueiro pediu para fazer a consulta integral do processo, dado que o segredo de justiça do caso acabou em setembro. Mas, o MP negou a consulta de alguns dos autos, nomeadamente interceções telefónicas e dados bancários e fiscais de alguns suspeitos, investigados neste inquérito.

Na prática, o MP impediu que se prejudicasse a concretização de diligências de investigação que ainda estão em curso.

Esta decisão não se limitou a Ricardo Salgado, já que outros seis arguidos, três assistentes (que serão lesados do BES) e dois ofendidos terão tido o mesmo acesso negado.

A decisão foi entretanto submetida ao juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, que concordou com a posição do MP.

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Após quebra em 2018, BCE antecipa novo aumento dos défices na Zona Euro nos próximos dois anos

Instituição afirma que risco de desvio em Itália é "particularmente preocupante". Alerta que países muito endividados estão vulneráveis a recessões ou instabilidade nos mercados financeiros.

Os défices orçamentais dos países da Zona Euro deverão aumentar nos próximos dois anos, após uma quebra em 2018, de acordo com as projeções do Banco Central Europeu (BCE), publicadas esta quinta-feira. A instituição liderada por Mario Draghi alerta ainda que as flutuações dos défices agregados escondem discrepâncias entre os vários países.

“Prevê-se que o défice orçamental das Administrações Públicas da área do euro tenha diminuído significativamente em 2018, mas aumente um pouco no próximo ano”, refere o Boletim Económico do BCE. “A queda em 2018 resultou, principalmente, de condições cíclicas favoráveis e declínios no pagamento de juros. A par, aponta ainda para receitas acima do esperado com o encaixe direto de impostos em alguns países.

“Espera-se que a orientação orçamental agregada para a área do euro seja globalmente neutra em 2018, alargue em 2019 e 2020 e volte a ser neutra em 2021”. O BCE antecipa que o rácio do défice agregado face ao Produto Interno Bruto (PIB) para 0,6% em 2021, face a 1% no ano passado e aponta para uma “deterioração temporária em 2019”, que não quantifica e estará relacionada com um saldo primário mais baixo.

“As perspetivas para o défice das Administrações Públicas da área do euro para os próximos dois anos deterioraram-se em comparação com as projeções do BCE de setembro de 2018”, sublinha.

Itália também pesa nas contas do banco central, que aponta para o agravamento significativo do saldo orçamental previsto no país, devido à expansão incluída, inicialmente, no Orçamento do Estado para 2019.

O ‘braço de ferro’ entre Bruxelas e Roma, que durava desde meados de outubro, chegou ao fim no dia 19 de dezembro, após o Governo italiano ter cedido nas pretensões e proposto a redução do défice para 2,04% do PIB (de 2,4%) em 2019, com o objetivo de evitar o procedimento por défice excessivo com base na dívida, recomendado pela Comissão Europeia. Ainda assim, “esta deterioração reflete-se numa despesa primária um pouco mais elevada e numa componente cíclica mais baixa”, diz o BCE.

BCE deixa avisos a países mais vulneráveis

Apesar de perspetivas que o agravamento seja temporário, o BCE deixa avisos. “Estas flutuações na posição agregada para a área do euro ocultam diferenças significativas entre os países. Por exemplo, em 2018, grandes ganhos inesperados em alguns países compensaram, no conjunto, o relaxamento orçamental pró-cíclico em países vulneráveis”.

“Em particular, os países com elevados níveis de endividamento beneficiariam, pelo contrário, de esforços adicionais de consolidação para ajustar firmemente o rácio da dívida pública numa trajetória descendente”, afirma. O BCE não faz referência a qualquer país, mas os países cujas dívidas têm maior peso na economia são a Grécia, Itália e Portugal.

Quanto ao rácio agregado da dívida pública face ao PIB, a expectativa é que continue em tendência de queda, atingindo os 79% em 2021 (face a 86,8% em 2017). A redução antecipada deverá ser suportada tanto pelo diferencial da taxa de juro negativa como pela taxa de crescimento e pelos excedentes primários.

Ao longo do horizonte de projeção, o rácio da dívida deverá diminuir ou estabilizar globalmente em todos os países da área do euro, mas continuará a exceder em muito o valor de referência de 60% do PIB em vários países. Em comparação com as projeções de setembro de 2018, prevê-se que o declínio do rácio agregado da dívida da área do euro em relação ao PIB seja marginalmente mais moderado, devido a uma menor trajetória do excedente primário”, explica o BCE.

No caso de Portugal, o Governo antecipa uma redução da dívida pública nos próximos cinco anos: para 122,2% em 2018, para 118,4% em 2019, para 114,9% em 2020, para 107,3% em 2021 e para 102% em 2022. A queda irá depender das políticas do próximo Executivo, que será escolhido em outubro do próximo ano, mas a confirmar-se irá significar uma continuação da tendência que vem sendo vista desde 2014.

O BCE reforçou ainda que, para os Estados da moeda única, é necessário fazer mais. “Os países têm de continuar os esforços orçamentais”, alertou. “Para os países com dívidas altas em particular, esforços adicionais de consolidação são essenciais para estabelecer o rácio da dívida pública firmemente em trajetória descendente, já que os elevados níveis de dívida tornam-nos vulneráveis ​​a futuras recessões ou instabilidade nos mercados financeiros”.

À luz disto, é preocupante que o cumprimento do PEC seja mais fraco para os países mais vulneráveis ​​a choques. De facto, de acordo com as projeções da Comissão Europeia, a maioria dos países que ainda não alcançaram posições orçamentais sólidas não cumpriram os seus compromissos ao abrigo do PEC em 2018 e correm o risco de o fazer novamente em 2019. É particularmente preocupante que o maior desvio dos compromissos existentes seja em Itália, um país com um rácio de dívida acentuadamente elevado”, acrescentou.

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