Governo limita abastecimento de combustível fora dos postos de emergência a 25 litros

Os veículos ligeiros só poderão ser abastecidos com 25 litros e os pesados com 100 litros, em qualquer posto de combustível do país. Na REPA, mantém-se o limite de 15 litros.

O Executivo de António Costa declarou, esta sexta-feira, a situação de crise energética e decidiu impor limites ao abastecimento de combustível também nas bombas que não fazem parte da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA). Segundo o ministro do Ambiente, os veículos ligeiros só poderão ser abastecidos com até 25 litros, em qualquer posto do país. Os pesados estão limitados a 100 litros. Isto a partir da 23h59 de domingo.

“Fora da rede REPA, resolvemos quantificar os valores que podem ser abastecidos, sendo que para, o caso de veículos ligeiros, serão 25 litros e, para o caso dos veículos, pesado 100 litros”, informou Matos Fernandes, à saída da reunião de Conselho de Ministros.

Estes limites abrangem cerca de 88% dos postos de combustíveis nacionais, já que 12% dessa rede está integrada na REPA, no âmbito da qual os veículos não prioritários (forças de seguranças, emergências médicas) só podem ser abastecidos com até 15 litros.

A decisão do Executivo de limitar o abastecimento também nos postos fora da REPA espelha o que já tinha sido decidido pela Câmara de Mafra. No caso dessa autarquia, as restrições entraram em vigor na quarta-feira e seguem os mesmos tetos decididos pelo Governo esta tarde: 25 litros para veículos ligeiros e 100 litros para pesados.

Estes limites são anunciados, além disso, num momento em que a Brisa já tinha informado o Governo de que se registaram ruturas de combustível em postos da autoestrada que liga Lisboa ao Porto, segundo apurou o ECO. De acordo com os dados da plataforma #JáNãoDáParaAbastecer, neste momento, já há mesmo 28 bombas completamente sem combustível, em todo o país. Em 176, já não há gasóleo e em 60 não há gasolina. Isto face à iminente greve, que deverá arrancar esta segunda-feira e cuja duração ainda está por determinar.

A concretizar-se a greve dos motoristas marcada para esta segunda-feira, estará em causa a segunda paralisação dos motoristas no espaço de quatro meses. A greve de abril deixou os postos de abastecimento praticamente sem combustível, tendo motivado um acordo entre os patrões e os motoristas que prevê uma progressão salarial, com início em janeiro do próximo ano. A 15 de julho, os sindicatos decidiram, contudo, marcar uma nova greve, acusando os patrões de não cumprir esse mesmo acordo.

(Notícia atualizada às 12h58).

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Governo declara crise energética esta meia-noite. Greve está no limite entre o abuso e o admissível, diz Executivo

Sobre a hipótese de avançar com uma requisição civil preventiva, Vieira da Silva explicou que as medidas extraordinárias serão apenas para 'puxar' caso a Lei seja desrespeitada.

O Governo vai decretar crise energética a partir das 23H59 desta sexta-feira. O anúncio foi feito esta sexta-feira por Tiago Antunes, secretário de Estado da Presidência de Conselho de Ministros. O Governo deu ainda a conhecer as limitações impostas a partir desta data.

“Decorreu hoje um Conselho de Ministros eletrónico que aprovou a declaração de crise energética entre as 23h59 de 9 de agosto e as 23h59 de 21 de agosto para todo o território nacional”, revelou. O alerta visa “garantir os serviços essenciais” e “as necessidades fundamentais da população”, acrescentou.

O governante confirmou ainda que o Tribunal Administrativo Fiscal de Lisboa “rejeitou liminarmente” a providência cautelar interposta pelos sindicatos contra os serviços mínimos decretados.

A propósito do parecer do Conselho Consultivo da, Vieira da Silva, ministro do Trabalho, realçou que o documento confirmou que “o Direito à greve não é absoluto nem imune a restrições ou limites”, não podendo por isso “por em causa outros direitos fundamentais”. E virou baterias contra os sindicatos, lembrando que foram estes quem rompeu com as negociações que estavam em curso.

“Uma greve pode ser considerada abusiva e ilícita. No caso em concreto, a frustração criada com os protocolos iniciais, a inesperada quebra das negociações e as razões evocadas e a duração ilimitada [da greve], o seu timing e a utilização de terceiros [população] como fator de pressão coloca-nos no limite entre o admissível e o abuso do Direito à greve“, sublinhou o ministro.

Questionado pelo ECO se iria avançar para tribunal para avaliar da eventual ilicitude da paralisação, Vieira da Silva apontou que este é um conflito entre privados, pelo que cabe aos privados tomar decisões dessa natureza.

Requisição civil? Se todos cumprirem Lei, não será necessário

Questionado sobre a hipótese de avançar com uma requisição civil de forma preventiva, Vieira da Silva explicou que as medidas extraordinárias serão apenas para ‘puxar’ caso a Lei seja desrespeitada.

“Há um quadro legal fixado e se todos cumprirmos com as nossas responsabilidades e cumprimos a Lei, como é próprio de um Estado de Direito, não será necessário medidas de exceção. Se todos cumprirem a Lei, seja a dos serviços mínimos, seja a do açambarcamento, ou qualquer outro elemento que disciplina o comportamento num de Estado de Direito”, não haverá necessidade de puxar pela requisição civil, explicou.

“Não é nossa expectativa [requisição civil], não é isso que acreditamos que vá acontecer. Se todos cumprirem a Lei os riscos de ser necessário puxar por instrumentos mais excecionais será muito menor”, sublinhou.

“Keep calm and carry on”

Com o avanço dos serviços mínimos, mas também a declaração de crise energética, o Executivo considera que a corrida às bombas de gasolina a que se tem assistido nos últimos dias é totalmente desnecessária, tendo Tiago Antunes defendido isso mesmo durante a conferência de imprensa.

“O açambarcamento é proibido por lei. Com os serviços mínimos e a declaração de crise energética o Governo visa assegurar a normalidade dos abastecimentos. É essencial manter a serenidade e desnecessário correr às bombas”, apontou.

Já o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, optou por colocar em perspetiva as notícias sobre falhas de abastecimento em alguns postos: “É inequívoco que todos estamos mais preparados do que em abril, seja o Governo, as empresas petrolíferas, as empresas de transporte e as próprias pessoas”, começou por apontar. E lembrou: “Em Portugal há mais de 3.000 postos de combustível e ontem dizia-se que havia 40 a 50 postos onde faltava um produto e menos de cinco sem qualquer produto.”

Salientou de seguida que a greve só arranca na segunda-feira. “Temos a forte expectativa que correndo normalmente este fim de semana, e a greve ainda não começou, que chegaremos ao final de domingo com os portugueses com mais combustível nas viaturas e os depósitos das bombas muito mais cheios que o comum.”

O Governo esteve reunido na manhã desta sexta-feira por via eletrónica para debater o alerta energético, depois de na noite de ontem ter recebido o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República a propósito do mesmo.

O Executivo decidiu esta semana decretar serviços mínimos entre 50 e 75%, além de 100% para serviços essenciais, podendo ainda adotar outras medidas de caráter preventivo, como por exemplo avançar para alerta energético antecipadamente já que, tal como o ECO já escreveu, pode avançar assim que se antecipar uma situação potencialmente disruptora.

(Notícia atualizada pela última vez 13H30)

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Economia britânica contrai pela primeira vez em quase sete anos

  • Lusa e ECO
  • 9 Agosto 2019

De acordo com a estimativa rápida do instituto de estatística britânica, a economia britânica contraiu 0,2% no segundo trimestre, pior que as expetativas dos economistas.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido recuou 0,2% no segundo trimestre, depois de ter crescido 0,5% nos primeiros três meses, informou esta sexta-feira a agência nacional de estatística britânica. É a primeira contração da economia britânica em quase sete anos e acontece imediatamente antes de Boris Johnson ter assumido o cargo de primeiro-ministro britânico.

Com base na primeira estimativa para o segundo trimestre, a agência nacional de estatística britânica (ONS, Office for National Statistics) constata um recuo da economia britânica, pouco depois do Banco de Inglaterra ter revisto em baixa as previsões anuais de crescimento devido ao risco de um ‘brexit’ sem acordo.

O setor industrial foi o mais castigado no segundo trimestre, com uma contração de 2,3%, depois de ter avançado nos primeiros três meses do ano devido à acumulação de existências antes da saída da União Europeia (UE), inicialmente prevista para 29 de março.

O conjunto do setor produtivo do Reino Unido contraiu-se 1,4%, enquanto o setor da construção recuou 1,3%. Os serviços foram o único setor que contribuiu de forma positiva para a economia britânica no segundo trimestre com um avanço de 0,1%.

O cálculo preliminar do PIB do segundo trimestre está abaixo das expectativas da maioria dos analistas, que tinham previsto que a economia estagnasse.

Depois do anúncio da ONS, a libra esterlina recuava 0,34% face ao euro, para 1,0819 euros, e 0,21% face ao dólar norte-americano, para 1,2110 dólares, enquanto o principal índice da bolsa de Londres, o FTSE-100, perdia 0,33%.

No início de agosto, o Banco de Inglaterra reviu em baixa as previsões anuais de crescimento de 1,5% para 1,3%, uma correção que justificou com as tensões comerciais globais e a incerteza provocada pela possibilidade de um ‘Brexit’ não negociado.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é partidário de abandonar a UE mesmo sem negociação de condições de saída com Bruxelas, um cenário que segundo o banco central pode desencadear uma recessão no Reino Unido.

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Tribunal rejeita impugnação dos serviços mínimos fixados para greve dos motoristas

  • ECO
  • 9 Agosto 2019

O Tribunal rejeitou a providência cautelar que os sindicatos independentes dos motoristas de matérias perigosas interpuseram contra os serviços mínimos, apurou a TSF.

O Tribunal rejeitou a providência cautelar que os sindicatos independentes dos motoristas de matérias perigosas interpuseram contra os serviços mínimos fixados pelo Governo para a greve, que deverá arrancar na segunda-feira e cuja duração ainda está por determinar. De acordo com a TSF, a Justiça considerou não haver motivo para contrariar o que foi estabelecido pelo Executivo de António Costa, na quarta-feira.

O Governo definiu que, para a paralisação de 12 de agosto, os motoristas terão de assegurar entre 50% e 75% dos serviços mínimos, dependendo do tipo de mercadorias, e 100%, no caso dos serviços essenciais. Este grau elevado de serviços mínimos foi justificado pelo Executivo pelo facto da greve ter sido convocada por “tempo indeterminado”, bem como pelo esperado impacto que esta greve terá no funcionamento da economia nacional.

Em reação, o vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) considerou esta decisão do Executivo “um atentado” e “uma barbaridade” e frisou que representa mesmo uma ameaça à democracia. Além disso, os sindicatos independentes apresentaram no Tribunal Administrativo uma impugnação do decreto dos serviços mínimos, que acabou por ser rejeitada por “não haver motivos” para contrariar a decisão do Governo.

Além de ter decretado os serviços mínimos, o Executivo deverá também declarar a situação de crise energética, o que permitirá acionar a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) e reforçar a prontidão das forças de segurança e da Proteção Civil para garantir o abastecimento de combustíveis.

A concretizar-se a greve marcada para esta segunda-feira, estará em causa a segunda paralisação dos motoristas no espaço de quatro meses. A greve de abril deixou os postos de abastecimento praticamente sem combustível, tendo motivado um acordo entre os patrões e os motoristas que prevê uma progressão salarial, com início em janeiro do próximo ano. A 15 de julho, os sindicatos decidiram, contudo, marcar uma nova greve, acusando os patrões de não cumprir esse mesmo acordo.

Patrões, motoristas e Governo chegaram a realizar várias reuniões para evitar a concretização da paralisação em questão, mas não foi possível chegar a um consenso

(Notícia atualizada às 12h05)

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Inflação na China regista maior subida no espaço de um ano

  • Lusa
  • 9 Agosto 2019

O índice de preços ao consumidor (IPC), principal indicador da inflação na China, registou uma subida homóloga de 2,8%, em julho, o nível mais alto no espaço de um ano.

O índice de preços ao consumidor (IPC), principal indicador da inflação na China, registou uma subida homóloga de 2,8%, em julho, o nível mais alto no espaço de um ano, segundo dados oficiais divulgados esta sexta-feira.

A subida do IPC, uma décima acima do registado nos dois meses anteriores, foi impulsionada pela subida do preço dos alimentos em 9,1%, detalhou o Gabinete Nacional de Estatística, em comunicado.

O preço de frutas frescas aumentou 39,1%, em termos homólogos, e a carne de porco, um dos produtos mais consumidos no país, aumentou 27%. O preço dos ovos cresceu 10,9%.

A China enfrenta, desde o início do ano, surtos de peste suína que, entretanto, se espalharam por todo o país.

Em retaliação, numa guerra comercial contra os Estados Unidos, o Governo chinês interditou também a importação de produtos agrícolas norte-americanos.

O aumento dos preços de produtos não alimentares foi de 1,3%, uma décima a menos do que no mês anterior.

Os preços nos setores serviços, saúde e educação, cultura e entretenimento aumentaram 3,4%, 2,6% e 2,3%, respetivamente. No setor da saúde, os preços da medicina tradicional chinesa registaram um aumento de 4,7%, e 4,5% na chamada medicina convencional.

Os preços do vestuário aumentaram 1,8%, em relação ao ano anterior, o setor da habitação 1,5% e os bens e serviços imobiliários 0,8%. Os preços de transporte e comunicações caíram 2,1%, em relação a julho do ano anterior, devido sobretudo à queda de 9% no preço do combustível.

No conjunto dos sete primeiros meses do ano, o aumento dos preços fixou-se em 2,3%.

O Governo chinês mantém a meta para a inflação “em cerca” de 3%, para 2019.

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Itália volta a criar stress nos mercados. Juros da dívida disparam após queda do Governo

O spread de todos os países da Zona Euro em relação à Alemanha alargou-se, demonstrando maior risco. Portugal não ficou imune.

A coligação governativa em Itália não consegue governar e o país deverá realizar eleições antecipadas. O anúncio foi feito esta quinta-feira e os investidores reagem, mostrando renovado stress em relação ao país. O juro da dívida italiana a dez anos disparou e está a contagiar os restantes títulos dos soberanos da Zona Euro.

A yield das obrigações de Itália a dez anos avança 27 pontos base para 1,81%, a caminho da maior subida diária desde maio de 2018, quando o país entrou em conflito com a Comissão Europeia devido às metas orçamentais. Já o juro da dívida a cinco anos superou 1% pela primeira vez em um mês, para 1,1%. A bolsa italiana, o FTSE MIB, afunda mais de 2%.

Apesar de contido, o contágio está a chegar a outros países da Zona Euro. O spread de todos os países em relação à Alemanha alargou-se, o que demonstra maior risco, com destaque para França e Bélgica (cuja yield estava mais próxima da alemã). Portugal e Espanha não ficaram imunes, com o juro dos títulos a dez anos a subir para 0,25% e 0,23%, respetivamente.

O nervosismo dos investidores foi causado pela moção de censura apresentada pelo partido italiano de extrema-direita Liga ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte. O vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, já tinha dito na quinta-feira, que não há forma de superar as diferenças dentro da coligação do Governo. O líder do partido de direita Liga explicou ter dito ao primeiro-ministro Giuseppe Conte que a coligação com o Movimento 5 Estrelas colapsou e que “rapidamente” deveriam “dar uma nova opção aos eleitores”.

Salvini disse ainda que o parlamento italiano, que se encontra encerrado para férias, poderá ser convocado na próxima semana para desenvolver medidas e procedimentos necessários para avançar para novas eleições.

A declaração do vice-primeiro-ministro aconteceu no mesmo dia em que o Conte se encontrou com o presidente Sergio Mattarella para discutir a situação política no país, no seguimento da degradação das relações entre os dois partidos que integram a coligação: a Liga (extrema direita) e o Movimento 5 Estrelas (anti-sistema).

Após meses de discórdia, as tensões agudizaram-se na passada quarta-feira, quando os dois partidos votaram um contra o outro no parlamento sobre o futuro de um projeto para a ligação de comboio de alta velocidade com a França, ao qual o partido de Di Maio se opõe alegando razões ambientais.

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Já pode renovar o CC em 70 Espaços Cidadão

O serviço de renovação do Cartão de Cidadão está disponível em 70 Espaços espalhados pelo país. Este serviço está incluído também no Kit Emigrante.

Já há 70 Espaços Cidadão onde pode renovar o Cartão do Cidadão, se tiver mais de 25 anos. Depois de terem arrancado em Lisboa, estes balcões foram alargados para 21 municípios, nomeadamente no Porto e no Algarve. O serviço de renovação integra também o Kit Emigrante, disponibilizado a partir desta sexta-feira.

Esta medida “vem aproximar os serviços da justiça dos cidadãos, evitando que estes tenham de se deslocar aos grandes centros urbanos para tratar da documentação”, diz a Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, citada em comunicado enviado pelo Gabinete da Ministra da Justiça.

Neste verão, as queixas de filas e dificuldades em tratar de pedidos ou renovação do Cartão do Cidadão multiplicaram-se, com relatos de marcações a demorarem até 150 dias. Para responder a estes problemas, foram reforçados os serviços em algumas Lojas do Cidadão e conservatórias, para além de ser lançada a possibilidade de renovação online do documento.

Kit Emigrante tem doze serviços incluídos

Disponível a partir desta sexta-feira, o Kit Emigrante, criado para ajudar os cidadãos portugueses que residem fora de Portugal e que visitam por esta altura, disponibiliza doze serviços, um dos quais a renovação do Cartão do Cidadão nestes Espaços espalhados pelo país.

O Kit vai também contar com serviços de outros departamentos, como o pedido de certificado de registo criminal, a alteração de morada no Cartão de Cidadão, serviços relacionados com bens imóveis como o acesso à Caderneta e ao Registo Predial, a solicitação ou a simulação de pensões, a revalidação da Carta de Condução e o acesso à certidão permanente do registo automóvel.

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E vão quatro. Toyota Caetano Portugal de saída da Bolsa de Lisboa

Há mais uma empresa de saída da praça bolsista nacional. Desta vez é a Toyota Caetano Portugal. O maior acionista diz que já não se justifica a presença desta empresa na Bolsa de Lisboa.

A Salvador Caetano Auto quer tirar a Toyota Caetano Portugal do mercado bolsista nacional. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que a Bolsa de Lisboa já não “constitui um mecanismo de financiamento dos capitais próprios”.

Esta é já a quarta cotada que anuncia, este ano a saída da bolsa de Lisboa. Após a Transinsular, que saiu logo no início de 2019, a SAG abandonou o índice PSI Geral em julho. Além destas também a Compta está em lista de espera para sair, o que irá levar o total de cotadas para apenas 52.

Na convocatória da Salvador Caetano Auto conhecida esta manhã, a empresa propõe que a Assembleia Geral Extraordinária da Toyota Caetano Portugal “delibere a perda de qualidade de sociedade aberta” da empresa que produz e comercializa veículos da marca japonesa em questão, na reunião que está marcada para 30 de agosto.

A Salvador Caetano Auto sublinha que “o mercado bolsista não constitui já um mecanismo de financiamento dos capitais próprios da Toyota Caetano Portugal, pelo que a perda da qualidade de sociedade aberta pela Toyota Caetano Portugal não afeta o normal desenvolvimento da sua atividade”.

Além disso, a empresa explica que assumirá o papel de acionista que adquirirá as ações da Toyota Caetano Portugal aos acionistas que não votem favoravelmente a declaração de perda da qualidade de sociedade aberta. A empresa propõe a pagar todos esses títulos por 2,80 euros por ação.

A Salvador Caetano Auto é dona de mais de 68% do capital social da Toyota Caetano Portugal. Para além desta acionista, a Toyota Motor Europe detém 27% do capital social da empresa portuguesa em causa.

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Exportações diminuem 8,3% em junho

As exportações diminuíram 8,3% em junho e as importações 4,1% em comparação com o mesmo mês de 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, levando a um agravamento do défice comercial.

As exportações de bens diminuíram 8,3% em junho, comparando com o mesmo mês de 2018, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. As importações também diminuíram, mas 4,1%, não impedindo assim o agravamento do défice comercial, que atingiu os 1.833 milhões de euros.

Segundo o INE, parte da explicação para a queda tão acentuada das exportações de bens passa por o mês de junho ter tido menos quatro dias úteis que o mês de maio. Mas esta não é a única explicação. A exportações de combustíveis caiu 34,3% em junho, e a importação dos mesmos produtos diminui 24,8%, havendo ainda um acréscimo substancial de material de transporte (32,4%), sobretudo devido à compra de aviões.

No entanto, a importação de aviões não deve ter impacto nas contas do PIB, uma vez que estes apesar de registados nos dados do comércio internacional — que regista fluxos de entradas e saídas –, só contam para o crescimento económico se houver transferência da propriedade económica, o que não acontece quando o negócio é feito com registo a locações operacionais.

O valor das exportações foi o mais baixo deste ano e registou a pior variação mensal desde agosto do ano passado, um mês tradicionalmente mais fraco. Em comparação com maio, as exportações diminuíram 15,4%.

Défice comercial aumenta em 150 milhões de euros

As importações também apresentaram uma diminuição pronunciada, mas não tanto com as exportações, em parte devido à importação de aviões descrita acima. Esta queda não impediu um novo agravamento do desequilíbrio já existente da balança comercial de bens, que atingiu os 1.833 milhões de euros em junho.

Mesmo excluindo os combustíveis, o défice da balança comercial de bens aumentou. Segundo o INE, o défice comercial sem combustíveis e lubrificantes cresceu 288 milhões de euros, atingindo os 1.270 milhões de euros em junho.

Portugal vende menos para os seus cinco maiores mercados

Sinal do abrandamento que se tem vindo a verificar nos fluxos de comércio, e na atividade económica como um todo na União Europeia, as exportações de bens portuguesas para os 28 Estados-membros da União Europeia caíram 5,6% em junho.

A maior redução é precisamente nas exportações para Espanha, o maior mercado para as exportações portuguesas, onde se verifica uma diminuição de 9,2%. Mas as vendas para o Reino Unido e Estados Unidos também apresentaram reduções pronunciadas, especialmente em termos relativos, com quedas de 10,1% e 11,7%, respetivamente.

As exportações para França e Alemanha, segundo e terceiro maiores mercados para as exportações portuguesas, também diminuíram.

A segunda maior diminuição entre os 10 principais mercados para as exportações portuguesas foi, no entanto, nas trocas com Angola. As compras de produtos portuguesas por Angola têm vindo a diminuir de forma sustentada nos últimos anos, com ocasionais recuperações apenas parciais, mas em junho voltaram a diminuir de forma pronunciada. Os dados do INE demonstram uma redução de 31,3% em junho, baixando da barreira dos 100 milhões de euros.

Entre os 10 principais mercados para as exportações portuguesas, só o Brasil comprou menos a Portugal, tendo importado apenas 50 milhões de euros em produtos (ainda assim um aumento face aquilo que se verificava há um ano).

Portugal compra menos aos EUA e mais à China e à Rússia

Apesar da diminuição pronunciada nas exportações para a União Europeia, globalmente Portugal aumentou as importações oriundas da União Europeia em 1,8%. A maior justificação para este aumento está a importação de aviões de França, que fazem com que as importações de França tenham aumentado 61,2%.

Tirando esta compra extraordinária, as importações diminuíram de forma pronunciada entre os principais mercados, como Espanha (4,4%), Alemanha (7,3%), Itália (2,7%) e Países Baixos (13,1%).

Também as importações oriundas dos Estados Unidos registaram uma redução pronunciada, de 29,1%, com Portugal a manter ainda assim um saldo positivo nas trocas de bens com os Estados Unidos.

Apesar da tendência geral de diminuição das importações, houve um aumento das importações oriundas da Rússia (16,6%) e da China (7,8%).

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Combustíveis descem até 4 cêntimos no primeiro dia de greve dos motoristas

A gasolina e o gasóleo vão ficar mais baratos na próxima semana. Ajuste acontece após fortes desvalorizações do petróleo nos mercados internacionais.

A partir da próxima semana, os combustíveis vão ficar mais baratos. A mudança acontece na segunda-feira, dia em que se inicia a greve dos motoristas que poderá comprometer o abastecimento nas bombas portuguesas. O gasóleo vai cair entre 3,5 e 4 cêntimos por litro, enquanto a gasolina recua 4 cêntimos.

De acordo com fonte do setor, e tendo em conta as estatísticas da Direção-Geral de Energia, o litro da gasolina simples vai passar, em média, para 1,481 euros. A descida segue-se a uma subida na semana passada. Já no caso do diesel, cada litro passará a custar até 1,31 euros, depois de três semanas sem alterações.

A evolução dos preços dos combustíveis levam em conta o comportamento da cotação do petróleo e derivados nos mercados internacionais e ainda a cotação da euro face ao dólar na última semana.

Numa altura em que as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China estão em alta, o petróleo tem vindo a afundar nas últimas sessões, tendo chegado a aproximar-se da fasquia dos 50 dólares por barril. A forte desvalorização da matéria-prima aconteceu num contexto de degradação da expectativa face à economia global, e influenciada também pela subida inesperada das reservas de crude.

Apesar das quedas registadas nos últimos dias, nesta sessão o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, avança cerca de 0,70% para os 57,80 dólares, enquanto o WTI negociado no Texas sobe 0,53% para os 52,82 dólares. A Arábia Saudita garantiu que vai tomar medidas para travar a desvalorização do petróleo, animando os mercados.

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Conselho de Ministros reunido para decretar alerta energético

O Governo está reunido na manhã desta sexta-feira por via electrónica para decretar o alerta energético. Ao meio-dia há conferência de imprensa para falar sobre o parecer da PGR.

O Executivo realiza na manhã desta sexta-feira um Conselho de Ministros eletrónico para decretar o alerta energético. Em cima da mesa está ainda o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República.

Este “encontro” é fundamental para aprovar o despacho que decretará a situação de alerta ou crise energética, mecanismo que permitirá colocar em funcionamento a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), bem como uma série de outras medidas que visam minorar impacto da greve.

Pelas 12H00, os ministros do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e do Ambiente e Transição Energética, bem como o responsável pela Presidência do Conselho de Ministros, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e do Ambiente e Transição Energética.

Os membros de Governo deverão pronunciar-se ainda sobre o parecer do Conselho Consultivo da PGR, o qual considerou, segundo avançou esta quinta-feira a SIC, que o Governo pode decretar a requisição civil preventiva antes mesmo de esta avançar, abrindo a porta a serviços mínimos de grande extensão, tendo em conta que os efeitos esperados em setores tão sensíveis.

(Notícia atualizada às 11H00)

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Prio lança ferramenta que permite ver se há combustíveis nos seus postos

Através da aplicação ou do site da Prio, vai ser possível saber se há, ou não, combustível nos postos da marca. A ideia é "evitar que os portugueses percam tempo".

Depois da plataforma #JáNãoDáParaAbastecer, que dá informação sobre a disponibilidade de abastecimento dos postos a nível nacional, a Prio lançou a sua própria ferramenta, unicamente para os postos da marca. Através da aplicação ou do site da empresa será possível ver se há gasolina ou gasóleo em determinada bomba Prio, evitando que se perca tempo, “como na última greve”.

O processo é feito através da app PRIO.GO ou no próprio site da marca. Neste último, basta aceder ao separador “rede de postos” e surgirá um mapa com todos os postos da Prio no país, bem como os tipos de combustíveis disponíveis em cada um. É ainda possível filtrar por tipo de combustível e por localização das bombas.

Na manhã desta sexta-feira, diz a empresa em comunicado, “apesar da afluência particularmente elevada aos postos, a rede Prio está a operar a 100% tanto em gasolina como gasóleo, ecodiesel (B15), GPL e gás de garrafa”.

Além disso, a Prio avisa que “os pagamentos automáticos em bomba e na app PRIO.GO estarão indisponíveis a partir das 00h01 do dia 12 de agosto (segunda-feira), retomando o normal funcionamento no final da greve. Tal significa que, neste período, todos os clientes efetuarão pagamento na loja”.

A empresa diz ter acionado há várias semanas o seu próprio “plano de emergência”, “assegurando todos os esforços para maximizar stocks, minimizar ruturas e disponibilizar o máximo de informação ao consumidor”.

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