Monjardino recomenda a Portugal que defina áreas a investir na China

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

O presidente da Fundação Oriente alerta que Portugal tem vindo a perder a relação histórica com a China e, por isso, recomenda que o país defina áreas de investimento para a recuperar, como a saúde.

O presidente da Fundação Oriente avisa Portugal para selecionar rapidamente áreas de investimento na China, como saúde, ou “muito pouco” ou “nada” sobrará de uma relação de 500 anos entre os dois países.

Portugal “tem já muito pouco” para recuperar da relação histórica da 500 anos com a China, e já só conseguirá algum ganho se fizer “um esforço muito grande, e muito bem direcionado para setores de atividade compatíveis com a dimensão“, oferecendo algo “útil” a Pequim, afirmou Carlos Monjardino, em entrevista à Agência Lusa.

Na opinião de Monjardino, a saúde é um desses setores da economia portuguesa com capacidade para investir no mercado chinês e com o qual Portugal ainda pode “dar qualquer coisa de diferente”.

Para o presidente da Fundação Oriente, a saúde é uma área em que os chineses “estão a vir pedir aqui [conhecimento], comprando empresas portuguesas”.

A Luz Saúde foi comprada “porque eles precisam do know how”, exemplificou.

Em dezembro, passam 20 anos da transferência de administração de Macau e o período de transição só termina em 2049.

No entanto, nestes 20 anos “não fizemos nada ou fizemos pouco” para defender os interesses portugueses.

Na opinião de Monjardino, Portugal perdeu as oportunidades de negócio que poderia ter ganho antes da transferência da administração do território para a China e “agora é muito mais difícil (…) voltar a apanhar o comboio, porque o comboio já está em andamento há muito tempo“.

Porém, para o gestor “há coisas” que Portugal ainda pode fazer em Macau, mas principalmente na China.

“Macau é de facto uma plataforma que a gente quer que seja grande e muito importante, mas estamos porventura a dar-lhe importância a mais. Uma coisa é Macau outra coisa é a China. Macau pode servir de uma pontezinha para a China, mas não é garantido que passando por Macau, se entre pela China dentro à vontade”, frisou, defendendo uma maior aposta no vinho, têxteis, produtos farmacêuticos ou novas tecnologias.

O que é preciso “é escolher os setores em que Portugal tenha dimensão para poder chegar a um acordo com pés e cabeça com a China. E já não estou a falar com Macau, estou a falar com a China em geral, porque Macau é um microcosmos”, reforçou.

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Projeto de lei tardio do Livre sobre nacionalidade sem consenso para admissão a debate

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

Fontes parlamentares adiantaram à Lusa que, pelo menos, as bancadas do PS, PSD e PCP se opuseram ao acolhimento da iniciativa legislativa do Livre fora do prazo estipulado para admissão a debate.

O projeto de lei do Livre para alterar a legislação da nacionalidade, entregue terça-feira no Parlamento fora do prazo para o debate conjunto, não mereceu o consenso necessário para ser arrastado para a sessão plenária de 11 de dezembro.

Segundo fontes parlamentares, o articulado, que devia ter sido entregue na Mesa da Assembleia da República até sexta-feira, só foi apresentado na terça-feira aos restantes grupos parlamentares a fim de ser debatido com as propostas sobre o tema do Bloco de Esquerda, PCP e PAN – Pessoas-Animais-Natureza.

“Informalmente, houve partidos que se manifestaram contra, mas isso é público nos meios de comunicação social. Só que não confio nas notícias que são transmitidas em Portugal”, disse à agência Lusa o assessor parlamentar da deputada do Livre, Joacine Moreira, adiantando que “não foram feitas diligências formais juntos dos outros partidos” para obter o consenso necessário à admissibilidade do projeto de lei do partido da papoila.

Ainda assim, o assessor parlamentar de Joacine Moreira declarou que “a deputada do Livre tem quatro anos para apresentar quaisquer iniciativas”, incluindo esta. “A discussão do projeto de lei pode não acontecer dia 11 de dezembro [juntamente com os de outros partidos sobre a mesma matéria], mas poderá vir a acontecer em janeiro, pois há mais oportunidades nesta legislatura”, continuou.

Outras fontes parlamentares adiantaram à agência Lusa que, pelo menos, as bancadas do PS, PSD e PCP se opuseram ao acolhimento da iniciativa legislativa do Livre fora do prazo estipulado para admissão a debate, agendado para 11 de dezembro.

“Tanto quanto sabemos, houve vários grupos parlamentares que não deram o consenso à não aplicação das regras. O grupo parlamentar do PCP não deu a esta como não deu a nenhuma outra que foi solicitada noutras alturas”, disse à Lusa fonte comunista.

O projeto de lei do Livre, a segunda iniciativa apresentada pela deputada única do Livre nesta legislatura, visa facilitar a atribuição da nacionalidade portuguesa através do conceito de “jus soli”, ou seja, do nascimento ou permanência em território portugês, independentemente da nacionalidade dos progenitores.

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Fertagus e Estado fecham acordo que vai estender concessão

  • ECO
  • 27 Novembro 2019

A concessão do comboio da ponte 25 de Abril termina no final neste ano. O Estado e a Fertagus chegaram a acordo na renegociação do contrato. A proposta de entendimento será analisada pela reguladora.

Na renegociação do contrato para a concessão do comboio da ponte 25 de Abril, que termina no final deste ano, o Estado e a Fertagus conseguiram chegaram a um acordo. A proposta de entendimento alcançada foi entregue à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que a irá analisar e emitir um parecer.

Na documentação inclui-se, por exemplo, a definição do mecanismo de reposição do equilíbrio da concessão, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). Foi em 2012 que a Fertagus pediu esta reposição, na sequência do aumento da taxa das infraestruturas ferroviárias, reclamando cerca de 1,5 milhões de euros por ano desde essa data.

No ano passado, a administradora-delegada da Fertagus, Cristina Dourado, indicou que com o contrato terminar em 2019, como era previsto, o Estado teria de pagar 7,6 milhões de euros, em declarações ao diário. No entanto, a responsável mostrava-se disponível para uma extensão do prazo da concessão de forma a resolver a situação.

“Temos em cima da mesa 7,6 milhões que temos de entregar à IP [Infraestruturas de Portugal]. O Estado não pretende despender desses 7,6 milhões de euros. Temos aqui duas soluções: ou a IP não recebe os 7,6 milhões de euros ou terá que ser encontrada uma solução em que não haja dispêndio financeiro por parte do Estado para enquadrar esses 7,6 milhões de euros. Diria que isso dificilmente se irá concretizar sem uma alteração em termos do prazo“, disse na altura Cristina Dourado.

O ECO Insidernewsletter do ECO exclusiva para assinantes — adiantou no final de setembro que estaria a ser discutida uma “solução criativa” entre Governo e Fertagus: haverá mais um ano de contrato, até 2020, ao abrigo de um mecanismo de reequilíbrio financeiro, mas depois haverá um concurso internacional, por obrigações também comunitárias.

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Stoxx 600 sobe há três sessões, mas Lisboa ignora os ganhos na Europa

As bolsas europeias abriram mais uma vez em alta, com o Stoxx 600 a brilhar pela terceira sessão consecutiva. Mas a bolsa de Lisboa continua na penumbra.

O principal índice europeu abriu a subir pela terceira sessão consecutiva, suportado na expectativa de que um primeiro acordo comercial concreto esteja prestes a ser fechado entre China e EUA. No entanto, a praça portuguesa abriu à deriva, com perdas ligeiras, continuando sem conseguir acompanhar os ganhos nas bolsas mundiais.

O pan-europeu Stoxx 600 valoriza 0,3%, prolongando o ciclo e ganhos iniciado na sexta-feira, enquanto as principais praças do Velho Continente somam ganhos entre 0,2% (França) e 0,4% (Alemanha). Só a bolsa de Lisboa regista perdas, destacando-se com uma queda marginal de 0,01%, para 5.174,31 pontos.

PSI-20 contraria Europa e prolonga perdas

O índice português está a ser pressionado por desvalorizações nos setores petrolífero e de telecomunicações. A Galp Energia recua 0,33%, para 14,89 euros, enquanto a operadora Nos recua 0,37%, para 4,906 euros. As papeleiras estão a corrigir os ganhos expressivos registados em sessões anteriores, com a Altri a perder 0,79% e a Navigator 0,44%.

Mas a eletricidade e os correios servem de contrapeso. A EDP ganha 0,55%, para 3,675 euros, enquanto os CTT valorizam 0,51%, para 3,124 euros por ação, evitando uma eventual queda mais significativa do índice nacional.

As maiores praças mundiais têm assistido a ganhos nas últimas sessões, propalados por um maior otimismo em torno das negociações comerciais sino-americanas. A animar os investidores está o comunicado do Ministério do Comércio da China na madrugada de terça-feira, no qual está a confirmação de que as duas partes já “alcançaram um consenso” para resolver os pontos mais sensíveis.

Wall Street reforçou os máximos históricos alcançados na segunda-feira, com o S&P 500 a valorizar 0,24%, para 3.141,17 pontos esta terça-feira. Além do alívio das tensões comerciais, os mercados reagiram positivamente a sinais positivos vindos do setor do retalho, com a Best Buy a revelar ganhos trimestrais acima do esperado.

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Ursula quer aproveitar flexibilidade do PEC e elogia Elisa Ferreira

Depois de vários entraves, nomeadamente o chumbo de alguns candidatos, vai avançar a eleição da Comissão Europeia. Antes, Ursula von der Leyen apresenta o colégio dos membros e o programa.

Depois de várias entraves e polémicas, nomeadamente a falta de um comissário britânico, devido à iminência do Brexit, e o chumbo dos candidatos da França, Hungria e Roménia, que motivaram atrasos, a nova Comissão Europeia irá finalmente a votos no Parlamento Europeu.

Antes da eleição, a presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresenta o colégio dos membros da Comissão e o respetivo programa. A presidente eleita sublinhou que a grande prioridade será a luta contra as alterações climáticas. “Se há uma área em que o mundo precisa da nossa liderança é na proteção do clima. Isto é uma questão existencial para a Europa e para o mundo”, afirmou. “Como não há-de ser existencial quando vemos Veneza sob água ou as florestas portuguesas a arder”. Von der Leyen referiu que este tipo de fenómenos já aconteceram no passado mas nunca com a atual “frequência e intensidade”.

Von der Leyen disse que essa prioridade vai exigir “investimentos massivos”, públicos e privados. Reafirmou a prioridade de tornar a Europa o primeiro continente com impacto neutro em termos climáticos, para o que deverá contribuir o Pacto Ecológico Europeu a apresentar em breve, marca de água do novo executivo da União. A presidente eleita disse ainda que a transição para uma economia de baixo nível de emissões de carbono deverá ser “justa e inclusiva” ou então não terá possibilidade de acontecer.

A política alemã sublinha que a economia europeia recuperou da pior crise económica e financeira desde a segunda guerra mundial com um “mercado de trabalho forte”. Mas assumiu também que “algumas nuvens pairam no horizonte” das economias europeias, sendo que para acautelar um cenário de abrandamento é necessário “aproveitar a flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento”, bem como “apoiar os Estados-membros com investimentos direcionados e reformas estruturais”. “Não consigo pensar numa pessoa melhor do que Elisa Ferreira para o fazer“, disse, referindo-se à comissária portuguesa que ficou responsável pela pasta da Coesão e Reformas.

Outro aspeto importante é o próximo quadro financeiro plurianual, o Orçamento europeu para 2021-2027 que divide atualmente os Estados-membros da UE. “Devemos ter a certeza de que os investimentos chegam onde é necessário”.

A presidente eleita da Comissão apelou ainda a um “novo começo” do projeto europeu para o qual pede o apoio dos eurodeputados. A Europa pode contribuir para modelar “uma ordem global melhor”. “É essa a vocação dos europeus”, disse Ursula von der Leyen

Após o debate em plenário, cada grupo político reunir-se-á brevemente para discutir as suas intenções de voto. Os eurodeputados decidirão pelo meio-dia (hora de Estrasburgo) se elegem ou rejeitam a Comissão no seu conjunto. O Parlamento Europeu elege ou rejeita a Comissão por maioria dos votos expressos, por votação nominal. Caso seja eleita, o novo executivo comunitário entra em funções no dia 1 de dezembro, por um mandato de cinco anos.

Ursula von der Leyen será a primeira mulher à frente do colégio de comissários que incluirá Elisa Ferreira, com a pasta da Coesão e Reformas, também ela a primeira mulher a ocupar o lugar do comissário indicado por Portugal.

Veja aqui em direto.

(Notícia atualizada às 10h00 com mais informações)

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Patrões querem aumentos “flexíveis” e medidas fiscais no acordo de rendimentos

  • ECO
  • 27 Novembro 2019

A Concertação Social inicia esta quarta-feira as negociações do acordo de rendimentos e competitividade. Os patrões querem aumentos salariais "flexíveis" e esperam apoios às empresas.

Para os patrões são necessários apoios concretos no Orçamento do Estado para 2020, nomeadamente a nível fiscal, que “estimulem o crescimento”, para se avançar nas negociações, que se iniciam esta quarta-feira na concertação social, para um acordo de rendimentos. O objetivo do Executivo é fixar referenciais para o salário médio e valorizar os licenciados.

Na calha estará um aumento das deduções de IRC para as pequenas e médias empresas que reinvistam os lucros. O Jornal de Negócios (acesso pago) refere que a intenção do Executivo será a de aumentar o máximo dedutível de dez milhões para 12 milhões de euros.

Para as entidades patronais, as prioridades recaem sobre a competitividade e rendimentos, a demografia e conciliação entre a vida pessoal e o trabalho, e a Segurança Social. Ainda assim, segundo o o Público (acesso condicionado), estará afastada a hipótese de um corte na Taxa Social Única (TSU), à semelhança do que foi discutido em 2017 e que causou polémica.

Outro tema de relevo é a definição dos referenciais para o salário médio, que se aplicam aos aumentos salariais negociados em sede de contratação coletiva, algo que aconteceu pela última vez em 1996. Neste ponto, espera-se plena negociação, sendo que o Governo já lançou as bases (quer uma valorização dos licenciados) e os patrões já traçaram a linha vermelha (rejeitam referenciais inflexíveis).

Para já, segundo o Jornal de Negócios (acesso pago), o maior consenso parece rondar os 3% — foi o patamar já admitido por António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que coincide com o patamar mínimo estabelecido na proposta da União Geral de Trabalhadores (UGT). Ainda assim, está longe de ser um ponto fechado.

Os patrões também pretender ver discutido o “próximo ciclo de fundos estruturais” e querem uma redução dos descontos que as empresas têm de fazer para o Fundo de Compensação do Trabalho. É um ponto que a UGT já admitiu discutir, mas que a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) recusa debater.

O Governo pretende que o acordo de rendimentos e competitividade seja concluído no primeiro trimestre de 2020. “O nosso objetivo é ter este acordo concluído no primeiro trimestre de 2020 e também que algumas medidas que forem consensualizadas entre os parceiros sociais possam já ter reflexo na proposta de Orçamento do Estado para 2020″, disse à Lusa Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

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Hoje nas notícias: patrões, Fertagus e multinacionais

  • ECO
  • 27 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No dia em que se vai realizar a reunião de concertação social, as reivindicações dos patrões, onde se incluem aumentos flexíveis e apoios concretos, são uma das notícias em destaque. A ferrovia está também em destaque na atualidade nacional, sendo conhecido que o Estado e a Fertagus chegaram a acordo para estender a concessão do comboio da ponte 25 de abril, bem como que o investimento na modernização da linha de Cascais foi novamente atrasado, dois anos. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade nacional.

Patrões querem aumentos flexíveis e medidas fiscais

Para os patrões são necessários apoios concretos no Orçamento do Estado para 2020, nomeadamente a nível fiscal, que “estimulem o crescimento”, para se avançar nas negociações, que se iniciam esta quarta-feira na concertação social, para um acordo de rendimentos. O objetivo do Executivo é fixar referenciais para o salário médio e valorizar os licenciados. A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apenas aceita fixar referenciais flexíveis, mas ainda assim acredita que será complicado conseguir que as outras associações patronais se vinculem com um valor específico. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios e no Público (acesso pago).

Fertagus e Estado fecham acordo que vai estender concessão

Depois da renegociação do contrato para a concessão do comboio da ponte 25 de abril, que termina no final deste ano, o Estado e a concessionária Fertagus já chegaram a acordo. A proposta de entendimento alcançada, que inclui, por exemplo, a definição do mecanismo de reposição do equilíbrio da concessão, foi entregue à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, que a irá analisar e emitir um parecer. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Portugal afinal vai aprovar a diretiva sobre impostos das multinacionais

A legislação sobre transparência fiscal das multinacionais estava bloqueada há algum tempo no Conselho da União Europeia, sendo uma matéria divisiva entre os Estados-membros. Enquanto países como Espanha e França são a favor da lei que prevê, por exemplo, que as multinacionais tornem públicas informações sobre o local onde realizam os seus lucros e onde pagam os seus impostos, outros como Irlanda e Malta opunham-se. Portugal estava também contra devido a uma leitura “jurídica” do processo. No entanto, a posição terá mudado, e, na última reunião do grupo que está a tratar desta matéria Portugal votou a favor. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago) e Público (acesso pago).

Classes média e baixa são as que contratam mais seguros de saúde

Numa altura em que muito se fala das dificuldades no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente sobre o desinvestimento e incerteza sentida, os portugueses viram-se para os seguros de saúde privados. As classes média e baixa são as que mais contratam este tipo de serviço, correspondendo a 72% das apólices, apesar de a maioria não pagar taxas moderadoras. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Obras na linha de Cascais com atraso de dois anos

O investimento na modernização da linha de Cascais atrasou novamente, dois anos. A nova data de conclusão do projeto que prevê a mudança da tensão elétrica e que vai obrigar à troca de comboios, totalizando um investimento de 50 milhões de euros, é o final de 2023. Será só aí que o troço que liga a vila de Cascais a Lisboa terá corrente elétrica igual à da restante rede ferroviária nacional. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso pago).

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CP assina na quinta-feira contrato de serviço público com o Estado

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

A empresa poderá contar agora com a definição de um conjunto de obrigações de serviço. No contrato ficam também fixadas regras em relação ao tarifário a aplicar e às garantias dadas aos passageiros.

A CP – Comboios de Portugal vai assinar na quinta-feira o contrato de serviço público com o Estado, pela primeira vez na sua história, de acordo com fonte do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

A empresa poderá contar agora com a definição de um conjunto de obrigações de serviço, como por exemplo, o tipo de serviços que deve existir em cada linha e estação da rede e o número de comboios por dia que devem efetuar esses serviços.

No contrato ficam também fixadas regras em relação ao tarifário a aplicar e às garantias dadas aos passageiros.

Com este contrato, a CP recebe uma indemnização compensatória pela prestação de serviço público, algo que já acontecia, mesmo sem o contrato, para cobrir o prejuízo gerado por serviços deficitários.

O transporte de passageiros em caminho-de-ferro encontra-se liberalizado na União Europeia desde 1 de janeiro deste ano, permitindo que qualquer operador ferroviário possa aceder ao mercado. Os Estados estão ainda obrigados, até ao início de dezembro, a contratualizar o serviço público, uma questão que se vem arrastando já há vários anos em Portugal.

Em abril deste ano, a CP anunciou que tinha reduzido os prejuízos em 5,6% no ano passado, atingindo os 105,6 milhões de euros, face aos 112 milhões de euros registados em 2017.

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Governo quer concluir acordo de rendimentos e competitividade no primeiro trimestre de 2020

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

Membros do Governo na Concertação Social estarão “disponíveis para ouvir” propostas relacionadas com a formação profissional e “medidas ao nível da fiscalidade”, garante Ana Mendes Godinho.

O Governo quer concluir no primeiro trimestre de 2020 o acordo global sobre rendimentos e competitividade que começa a ser discutido esta quarta-feira na Concertação Social, disse à Lusa a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

“O nosso objetivo é ter este acordo concluído no primeiro trimestre de 2020 e também que algumas medidas que forem consensualizadas entre os parceiros sociais possam já ter reflexo na proposta de Orçamento do Estado para 2020”, afirmou a governante.

O nosso objetivo é ter este acordo concluído no primeiro trimestre de 2020 e também que algumas medidas que forem consensualizadas entre os parceiros sociais possam já ter reflexo na proposta de Orçamento do Estado para 2020.

Ana Mendes Godinho

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

Ana Mendes Godinho sublinhou que a reunião de hoje da Concertação Social, marcada para as 10h00 no Conselho Económico e Social, em Lisboa, vai dar “o pontapé de saída” para “o acordo que procura obter o maior consenso possível por parte dos parceiros sociais”.

No arranque das negociações vão estar os vários temas que o Governo, centrais sindicais e confederações patronais defendem como sendo prioritários para a discussão.

Questionada sobre qual a proposta relativa à política de rendimentos, nomeadamente sobre uma eventual definição de um referencial de aumentos salariais para os próximos anos, como existiu em acordos mais antigos, a ministra adiantou que a meta do Governo é a convergência com a média da União Europeia.

“No aumento dos rendimentos, o objetivo que colocaremos em cima da mesa é convergir com a União Europeia em massa salarial em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto]”, avançou Ana Mendes Godinho. “No fundo, é voltarmos a convergir com a União Europeia, depois de termos perdido esta convergência na crise”, reforçou a governante.

No aumento dos rendimentos, o objetivo que colocaremos em cima da mesa é convergir com a União Europeia em massa salarial em percentagem do PIB.

Ana Mendes Godinho

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

A ministra elencou os temas que o Governo vai propor para a discussão com os parceiros sociais, realçando que o principal objetivo é, por um lado, aumentar os rendimentos e, por outro, aumentar a produtividade e a competitividade das empresas. “Com estes objetivos vamos colocar em cima da mesa várias áreas para serem debatidas em sede de acordo que vão desde a valorização global dos salários à valorização dos jovens qualificados, quer os jovens licenciados quer os jovens com qualificação profissional específica”, adiantou Ana Mendes Godinho

Em discussão, continuou a governante, vão estar também medidas de política “não salarial”, nomeadamente “instrumentos de proteção social e outros que podem contribuir para aliviar o rendimento das famílias de classe média”.

A ministra afirmou que os membros do Governo presentes na Concertação Social estarão “disponíveis para ouvir” propostas relacionadas com a formação profissional e “medidas ao nível da fiscalidade”, assim como a melhoria do financiamento das empresas, temas que têm sido colocados como prioridade por parte das confederações patronais.

Outra área que estará em cima da mesa será a conciliação entre a vida profissional e familiar, tema para o qual foi criado um grupo de trabalho em sede de Concertação Social, afirmou Ana Mendes Godinho.

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De prejuízo em prejuízo, TAP está há uma década em falência técnica

A TAP continua a perder dinheiro. Teve prejuízos de 111 milhões até setembro, podendo agravar as contas até ao final do ano. Em pouco mais de uma década, prejuízos podem ficar perto dos mil milhões.

Não é de agora que a TAP dá prejuízos. Na última década, apenas num ano conseguiu apresentar resultados positivos, mas rapidamente derrapou novamente para perdas. E avultadas, embora também num contexto de investimentos.

Entre 2008 e 2018, a companhia aérea acumulou prejuízos de 822 milhões de euros, já deduzindo os lucros de 21,2 milhões de euros registados em 2017, graças a um reforço das receitas associado à retoma da economia. Após essa recuperação, o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, dizia querer “multiplicar por, pelo menos, sete vezes” os “bons resultados”, mas não é isso que está a acontecer.

A TAP apresentou prejuízos de 118 milhões no ano seguinte, o resultado negativo mais elevado desde 2008. “Foi um ano difícil para a TAP, quer em termos operacionais quer em termos económicos e financeiros”, reconheceu então Miguel Frasquilho, chairman da TAP nomeado pelo Estado.

A deterioração das contas foi atribuída aos atrasos e as consequentes indemnizações a pagar aos passageiros, com o impacto da subida do petróleo e a valorização do kwanza e do real ao longo de 2018, influenciando alguns dos mercados mais relevantes para a TAP. Este ano, a situação do grupo (cujo mercado mais importante é o brasileiro) parece repetir-se, deixando antever mais um ano de prejuízos.

2008 foi o pior ano da última década

Fonte: Relatórios e Contas da TAP

A TAP encerrou os nove primeiros meses deste ano com prejuízos, que ascenderam a 111 milhões, com a companhia aérea liderada por Antonoaldo Neves a justificar esse desempenho com “variações cambiais”. As fortes receitas levaram a um desagravamento dos prejuízos face aos 120 milhões acumulados até junho, mas será difícil que o grupo alcance “território” positivo no acumulado do ano.

Ainda que o administrador não executivo da TAP Diogo Lacerda Machado desdramatize, dizendo que “nos últimos 45 anos a TAP teve dois anos de resultados positivos”. Garantiu que a companhia aérea “deverá, nos próximos tempos, começar a ganhar sustentadamente dinheiro”, mas Marques Mendes aponta para uma continuação dos prejuízos, potencialmente mais expressivos.

É provável, segundo o comentador, que a companhia apresente prejuízos de 140 a 150 milhões no total do ano. “Isto é uma calamidade“, disse, Marques Mendes na SIC, alertando que a situação na companhia aérea é insustentável e avisou que há o risco de esta “bomba” poder “rebentar no bolso dos contribuintes”.

Uma TAP em falência há uma década

Como os prejuízos a aumentarem, a dívida tem crescido ao mesmo tempo que o valor dos ativos encolhe (passou de 2.240,8 milhões de euros, em 2008, para 1.628 milhões, em 2018). E os capitais próprios da empresa têm sofrido. Estão desde 2008, pelo menos, sempre em “terreno” negativo, tendo atingido o maior buraco da década no final de 2018, com -618 milhões de euros. Ou seja, a empresa está há dez anos em situação de falência técnica.

Não sendo nova, a situação financeira da TAP tem ganho maior destaque desde que, após a privatização feita pelo Governo de Pedro Passos Coelho em 2015, o Estado recuperou o controlo acionista. Atualmente, o Estado detém 50% do capital, enquanto o consórcio Atlantic Gateway tem 45% e os trabalhadores outros 5%. Na prática, o país perdeu direitos económicos, mas é obrigado a assumir responsabilidades financeiras, daí que Marques Mendes alerte para o possível impacto no bolso dos contribuintes.

E isto num contexto de conflito entre acionistas. Tem sido a grave situação financeira da companhia, expressa nos resultados negativos, a gerar mal-estar entre o Executivo e a administração da TAP. Governo e David Neeleman estarão a procurar interessados para entrarem no capital da companhia, não sendo, contudo, certo que o dono da Azul abandone totalmente a empresa — continuando a afirmar que está “comprometido com o crescimento” da TAP. Lufthansa, a British Airways, a Air France e a United surgem entre os interessados na companhia portuguesa.

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5 coisas que vão marcar o dia

Em dia de debate quinzenal, o Governo vai à Concertação Social e fala sobre lítio. No Parlamento Europeu será votada a nova Comissão. Nos mercados, será a troca de dívida a marcar o dia.

O dia vai ser cheio de eventos a nível político. Antes do debate quinzenal, o Governo vai à Concertação Social e o ministro do Ambiente e da Ação Climática vai ao Parlamento falar sobre a exploração de lítio, enquanto no Parlamento Europeu é votada a nova Comissão de Ursula Von der Leyen. Logo de manhã, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai aos mercados para uma troca de obrigações do Tesouro (OT).

Tesouro troca dívida para adiar reembolsos até 2034

Portugal vai fazer nova operação de troca de dívida com o objetivo de adiar por mais alguns anos os reembolsos aos investidores. O IGCP vai comprar obrigações do Tesouro que vencem em 2021 e, em contrapartida, venderá títulos que só atingem maturidade em 2028 e 2034, às 10h00. Esta será a sexta operação de troca de dívida realizada este ano pela agência liderada por Cristina Casalinho. O total de OT que foi empurrado, desde o início do ano, para mais tarde já vai em 3.768 milhões de euros.

Concertação Social reúne com o Governo

Patrões, sindicatos e Executivo vão encontrar-se para discutir um pacto para o rendimento. Depois de ter definido uma subida de 35 euros do salário mínimo para 2020, António Costa considera ser agora prioritário fechar um acordo em sede de Concertação Social sobre a globalidade dos rendimentos, no quadro do qual deve ser reforçado o “prémio remuneratório” para os jovens qualificados.

Debate quinzenal com salários em foco

Os salários deverão ser um dos principais temas do debate quinzenal que irá acontecer à tarde no Parlamento. Depois de ter sido afastada a polémica sobre os deputados únicos poderiam ou não debater com o primeiro-ministro, António Costa vai à Assembleia da República para o segundo debate quinzenal da legislatura. O IVA da eletricidade deve ser outro tema quente, depois de ter sido que Portugal teve segunda maior descida nos preços da eletricidade na UE no primeiro semestre do ano, mas estes continuam entre os mais caros. E quando se antecipa uma coligação negativa para baixar a taxa para 6%.

Lítio leva governantes ao Parlamento

O ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes estará esta quarta-feira no Parlamento, juntamente com o secretário de Estado João Galamba, para uma audição sobre a exploração de lítio. Em causa está um contrato de concessão no concelho de Montalegre, assinado entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, uma empresa constituída apenas três dias antes da assinatura do contrato.

Parlamento Europeu vota nova Comissão

O Parlamento Europeu vai votar esta quarta-feira a nova Comissão liderada por Ursula Von der Leyen. A sessão começa com apresentação dos comissários e do programa da nova comissão, às 8h00 de Lisboa. Segue-se um debate com eurodeputados e a votação dos novos membros. Este é um passo importante tendo em conta que a tomada de posse da nova Comissão Europeia de Ursula von der Leyen demorou mais que o esperado graças a três comissários chumbados, Brexit por concretizar e falta de maioria no Parlamento Europeu.

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Quanto custa carregar um Tesla em Portugal? E na UE?

A despesa das famílias portuguesas com a eletricidade caiu, mas mantém-se entre as mais elevadas da União Europeia. Carregar um Tesla para andar durante um ano custa mais de 340 euros.

A energia em Portugal está mais barata, mas mesmo assim continua a ser das mais caras na União Europeia (UE). As famílias portuguesas estão entre as que têm de fazer um esforço maior para pagar a conta da luz. Mas em quanto é que se traduz esse “fardo” para, por exemplo, carregar um carro elétrico?

No primeiro semestre do ano, os preços de eletricidade em Portugal caíram 4,1%, face ao mesmo período de 2018, segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta terça-feira. O preço médio fixou-se, assim, de 0,2154 euros por quilowatt-hora (kWh), ou seja, 21,54 euros por cada 100 kWh de eletricidade consumida. Foi a primeira vez em cinco anos que este valor se situou abaixo da média da UE, que foi de 21,59 euros.

Numa altura em cada vez mais pessoas estão a optar por comprar carros elétricos, o ECO foi fazer as contas para ver em quantos euros se traduzem os kWh da bateria de um Model S P100D, o topo de gama da Tesla.

Um condutor português que possua este automóvel e que, por ano, faça um total de cerca de 10.000 quilómetros, vai poupar na fatura com gasolina ou gasóleo, mas manter a bateria carregada do carro elétrico vai custar-lhe, anualmente, cerca de 344 euros (assumindo apenas o custo do kWh). É quase a média da UE, que se fixa nos 345 euros.

No Reino Unido, a despesa anual para quem conduz o mesmo carro também fica próxima deste valor, cerca de 339 euros. Ainda mais em conta é para um condutor francês, cerca de 282 euros anuais, ou para um búlgaro, cuja fatura para carregar o Tesla não chega aos 160 euros por ano.

Já aqui ao lado, um condutor espanhol tem de desembolsar mais 40 euros por ano que um português. Ficava, ainda assim, mais em conta do que carregar o Model S numa garagem belga, o que custaria cerca de 454 euros, ou numa dinamarquesa, onde pagava 477 euros anuais. Mas é mesmo na Alemanha que a fatura anual do Tesla é mais expressiva. São quase 500 euros anuais para fazer 10.000 quilómetros.

Já se calcularmos o custo anual de carregar um Tesla em termos de paridades do poder de compra (PPC), só em três outros países da UE é que fica mais caro carregar o carro elétrico da marca liderada por Elon Musk. Enquanto em Portugal custaria cerca de 411 euros, um condutor espanhol gastava aproximadamente mais dez euros por ano do que o vizinho.

Já carregar numa garagem romena ficava à volta de 425 euros. E na Alemanha? Aí o dono de um Model S P100D tinha de desembolsar 460 euros.

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