Gaia lança em novembro concurso de 20 milhões para construir 500 casas de renda acessível

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

A Câmara de Vila Nova de Gaia vai lançar em novembro o concurso para a construção de cerca de 500 fogos de habitação de renda acessível, num investimento total de cerca de 20 milhões de euros.

A Câmara de Vila Nova de Gaia vai lançar em novembro o concurso para a construção de cerca de 500 fogos de habitação de renda acessível, num total de investimento de cerca de 20 milhões de euros.

Em causa um projeto que a autarquia liderada por Eduardo Vítor Rodrigues anunciou em janeiro, altura em que avançou que os valores de renda serão de 150 euros para um T1, 200 euros para um T2 e 250 euros para um T3. O objetivo é ajudar as famílias que não conseguem encontrar casa no mercado normal de arrendamento, mas também não preenchem os requisitos de candidatura a habitação social.

Esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Eduardo Vítor Rodrigues revelou que “os projetos estão prontos e que serão lançados no próximo mês”, isto depois de referir que “em Gaia existem projetos considerados urgentes”.

São 20 milhões de euros [inclui compra do terreno e construções] para pelo menos 500 casas. Estamos perante uma nova geração de famílias que precisa de uma ajuda específica e, às vezes, não se enquadra nos programas atuais. Precisamos de uma nova política de habitação. Os problemas do país atual, não são os mesmos de antes“, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

Os empreendimentos vão surgir na zona dos Arcos do Sardão, próximo da Estrada Nacional 222, bem como em terrenos localizados em Pedroso, Olival, Santa Marinha e Avintes. O autarca lamentou que existam casas no concelho inutilizadas ou degradadas, mas nas quais a câmara não pode intervir, nem tomar posse, apelando à criação de “um instrumento jurídico que permita intervir em zonas abandonadas”.

“A realidade impõe reabilitação social, muito mais do que construção de raiz. O que peço é que deixem a câmara intervir, porque os pedidos por habitação social estão a aumentar e são de pessoas com rendimento fixo, não desempregados, mas que passam por um processo de expulsão das casas arrendadas a particulares ou não conseguem acompanhar os novos preços de rendas”, descreveu o autarca.

Ainda a este propósito, Eduardo Vítor Rodrigues revelou que também em novembro pretende reunir com o Novo Banco, entidade bancária que detém a Quinta da Seara, um empreendimento com cerca de 1.000 casas localizado perto da EN222, mas que tem apenas cerca de 20% dos fogos ocupados. “A vantagem daquele empreendimento é estar pronto, construído. Vamos avaliar a hipótese de comprar a um preço justo e colocar as casas no mesmo programa de renda acessível”, completou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice acusa Anacom de “ataque sem precedentes” à propriedade privada

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

A Altice Portugal enviou uma carta ao Governo, classificando de "ataque sem precedentes" à propriedade privada o acesso às condutas e postes da Meo.

A Altice enviou uma carta ao Governo sobre o que classifica de “ataque sem precedentes” à propriedade privada por parte da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) no acesso às condutas e postes da Meo pelos outros operadores, disse à Lusa uma fonte da empresa.

Em causa está o sentido provável de decisão (SPD) da Anacom sobre o acesso às condutas e postes da Meo pelos outros operadores, no qual o regulador introduz alterações às instalações de drop de cliente, ou seja, a instalação do troço final da rede até à casa do cliente, entre as quais esta não implica o envio à Meo de qualquer notificação prévia ou posterior, nem o pagamento de qualquer compensação.

Vai mais além do que figuras como a requisição, expropriação ou a nacionalização que, apesar de consistirem em restrições severas ao direito de propriedade, só são admitidas em casos justificados e sempre dependentes da atribuição da justa ou correspondente indemnização”, adiantou a mesma fonte.

Além disso, a Altice Portugal salientou que o regulador “pretende, num cenário em que as condições de segurança dos postes da Meo se vão degradar, fruto do modelo de acesso livre e gratuito, obrigar a Meo a repor as condições de segurança dos seus postes, a pedido dos operadores, num prazo inexequível, sob pena de pagamento de uma penalidade por se atrasar a conservar a sua infraestrutura, na qual também tem a sua rede instalada”.

Um dos exemplos dados é o caso de um operador que aceda a um poste da Meo para instalar um cabo de drop de cliente sem avisar a operadora da Meo e que durante a sua instalação danifique o poste. Para a Altice, “é praticamente impossível” detetar este tipo de situações e a origem do dano.

Acresce que depois de o poste sofrer danos, o operador notifica a Meo para repor as condições de segurança do mesmo e esta é obrigada a fazê-lo no prazo de cinco dias úteis, sob pena de lhe ser aplicada uma penalização, sem que o responsável pelo dano seja obrigado a pagar qualquer valor que suporte, ainda que parcialmente, a reparação que pediu, refere a empresa.

Para a Altice Portugal, a “desproporcionalidade” do SPD “é ainda agravada pela forma como a Anacom pretende deliberar sobre os prazos de cumprimento e valor das penalidades, discriminando negativamente a Meo face aos restantes operadores”. A Meo incorre numa penalização de 50 euros por cada dia de atraso, até ao máximo de 60 dias (3.000 euros), enquanto os operadores, se não cumprirem o prazo definido nas ofertas para o envio de cadastros, incorrem numa penalidade que, no máximo, atinge 325 euros.

Na carta enviada ao Governo, a Altice Portugal refere que não deixará de recorrer aos mecanismos legais para defender os seus direitos e interesses.

No início de agosto, num encontro com jornalistas, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, tinha avançado que a empresa iria contestar este projeto de decisão em todas as instâncias, desde tribunais nacionais como também Bruxelas. A Meo conta com cerca de 11 milhões de postes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Relatório denuncia que petrolíferas mentiram sobre o seu impacto durante décadas

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

Um relatório de uma universidade dos EUA mostrou que as petrolíferas mentiram sobre o seu impacto nas alterações climáticas durante anos.

As petrolíferas usaram durante décadas estratégias de desinformação sobre o seu papel nas alterações climáticas, recorrendo a “táticas de negação e adiamento retiradas diretamente do manual de estratégia das tabaqueiras”, denunciou esta terça-feira um relatório de uma universidade norte-americana.

O relatório, intitulado “A América enganou”, da autoria de cinco académicos da Universidade George Mason, de Harvard e de Bristol, expõe como o setor da energia fóssil financiou e organizou uma “campanha de desinformação” para “suprimir a ação e proteger o ‘status quo‘ nas suas operações económicas”. O documento dá como exemplo a maior petrolífera dos EUA, a Exxon Mobil, que esta terça-feira será julgada num processo por fraude, acusada de enganar os seus acionistas sobre o impacto que podiam ter nas suas contas as leis de combate às alterações climáticas.

Um dos coautores do relatório, John Cook, professor do Centro para a Comunicação sobre as Alterações Climáticas da Universidade George Mason, assegurou que o documento “faz luz sobre como a desinformação financiada pelas energias fósseis negou o direito do público a estar informado com exatidão”.

“Os cientistas empregados no setor dos combustíveis fósseis conheciam os potenciais efeitos de aquecimento das emissões de dióxido de carbono desde 1950”, referem os académicos, que citam documentos internos da Exxon Mobil datados entre 1977 e 1998, nos quais é visível que “estavam perfeitamente conscientes” dos riscos associados aos seus produtos.

“As provas são inequívocas: a Exxon enganou o público”, defende o investigador Geoffrey Supran, do Departamento de História da Ciência da Universidade de Harvard. “Em vez de alertar o público ou fazer algo, deram a volta e orquestraram uma campanha massiva (…) para proteger os seus lucros”.

Os académicos afirmam que a desinformação teve êxito nos EUA, onde as políticas para mitigar as alterações climática foram “bloqueadas ou atrasadas durante décadas” enquanto se verificavam alterações extremas no clima, assim como prejuízos e mortes que “continuarão a piorar se não expusermos [a desinformação] e dermos crédito ao negacionismo”.

Aos norte-americanos “foi-lhes negado o seu direito a estar informados com exatidão sobre as alterações climáticas, da mesma forma que lhes foi negado o seu direito a estar informados sobre os riscos de fumar pela grande indústria tabaqueira (Big Tobacco)”, denuncia o relatório. Nesse sentido, os cientistas dizem que a indústria petrolífera (Big Oil) é o novo Big Tobacco: “Seguindo o manual de instruções da indústria tabaqueira, as empresas de combustíveis fósseis gastaram centenas de milhões de dólares a confundir o público e atrasar ações que podem salvar vidas”.

O relatório inclui estratégias para combater as técnicas negacionistas que “semeiam a semente da dúvida nas pessoas”, disponibiliza anotações sobre vários documentos internos de Exxon Mobil e até um anúncio publicado no ano 2000 no The New York Times com “argumentos falsos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp vai investir mais de mil milhões por ano até 2022

A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva lança um novo ciclo de crescimento com investimento reforçado em projetos para a transição energética.

A Galp Energia vai continuar a investir muitos milhões de euros. Mesmo aumentando os dividendos, promete aos investidores aplicar mais de mil milhões de euros num novo ciclo de crescimento que continuará focado na exploração e produção de petróleo, mas que contará também com projetos para a transição energética.

“Os investimentos líquidos previstos situam-se em média entre mil milhões e 1,2 mil milhões por ano até 2022, incluindo os resultantes do plano orgânico, bem como outros potenciais investimentos que originem necessidades de fundos adicionais, os quais visam o desenvolvimento de projetos relevantes que permitirão o crescimento nos próximos anos”, refere a Galp Energia, na revisão do seu plano estratégico.

Entre os investimentos, a exploração e produção de petróleo continua em foco. A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva refere que os investimentos “no upstream permanecem focados no desenvolvimento de projetos de elevado potencial, com o breakeven médio do portefólio a manter-se em cerca de 25 dólares por barril”, isto quando no mercado o Brent ronda os 60 dólares. “No downstream, a Galp pretende otimizar e
reforçar a sua base de ativos na refinação e comercialização”, nota.

Dos mil milhões e 1,2 mil milhões por ano, “mais de 40%” serão utilizados para “capturar oportunidades relacionadas com a transição energética”, refere a empresa. “Estas incluem o aumento do peso do gás natural no seu mix de produção, bem como o desenvolvimento de um negócio competitivo de geração de eletricidade através de fontes renováveis”, diz.

“Estamos a preparar a empresa para o seu próximo ciclo de crescimento onde faremos parte da transição energética, promovendo soluções que sejam económica e ambientalmente sustentáveis, e mantendo, como sempre, o compromisso de uma atuação socialmente responsável”, diz Carlos Gomes da Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Governo, hackers e pobreza energética

  • ECO
  • 22 Outubro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O novo Executivo de António Costa é o maior de sempre e vai custar aos cofres do Estado pelo menos 71 milhões de euros por ano. Também nas notícias, destaque para a decisão de Nuno Artur Silva, novo secretário de Estado, de vender a “Produções Fictícias” antes de tomar posse.

Novo Governo custa mais sete milhões

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou ao Presidente da República o maior Executivo governamental de sempre. Assim, na próxima legislatura, os 70 gabinetes que compõem o novo Governo deverão custar, pelo menos, 71 milhões de euros por ano aos cofres do Estado, uma despesa superior à do Executivo anterior em cerca de sete milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (ligação indisponível).

Nuno Artur Silva vende “Produções Fictícias” antes da tomada de posse

Foi uma das maiores surpresas na lista dos secretários de Estado do novo Governo. Nuno Artur Silva, ex-administrador da RTP com o pelouro dos conteúdos, vai ficar responsável pela pasta do cinema, audiovisual e media no novo Executivo, fazendo parte da equipa de Graça Fonseca no Ministério da Cultura. A participação na “Produções Fictícias”, empresa que fundou em 1993, foi a razão que levou ao seu afastamento do canal nacional. Agora, Nuno Artur Silva promete que vai vender a empresa antes de assumir funções: “No momento em que tomar posse como secretário de Estado, já não serei acionista da Produções Fictícias e consequentemente do Canal Q, afirmou.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Hackers sequestraram mais de 30 organismos públicos em 2019

Num mundo cada vez mais desenvolvido tecnologicamente, os ataques informáticos têm sido cada vez mais frequentes. Só este ano, foram 30 os organismos públicos, entre câmaras, juntas de freguesia e escolas, que foram alvos de ataques de hackers, com estes a exigirem resgates. A “vítima” mais recente é a junta de freguesia de Vinhais, que ainda tenta recuperar dados roubados na semana passada.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Portugal desconhece quantas pessoas vivem em pobreza energética

Segundo a Comissão Europeia, há mais de 50 milhões de pessoas na União Europeia que vivem em pobreza energética, isto é, sem condições para se protegerem devidamente dos efeitos das temperaturas extremas. Em Portugal é sabido que existem casos de pessoas que vivem este tipo de privação, contudo é difícil quantificar. Ainda assim, o Governo pretende passar a fazer “uma análise a nível nacional que identifique o número de pessoas” e famílias nesta situação.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Empresa egípcia contrata 150 pessoas para centro tecnológico em Portugal

A Swvl, uma startup egípcia de mobilidade presente em vários países, vai estrear-se na Europa através da chegada a Portugal. Para isso, vai contratar 150 pessoas para um centro tecnológico que vai abrir em Lisboa já no próximo ano, tendo já definida “uma equipa inicial, de 20 pessoas, pronta para arrancar em janeiro”. Os restantes candidatos vão entrar por fases.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Facebook avança com alterações para evitar desinformação e interferência nas eleições dos EUA

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

O gigante tecnológico adotou várias alterações para evitar campanhas de desinformação e interferência estrangeira nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020.

O gigante tecnológico Facebook apresentou esta terça-feira um conjunto de alterações para tentar evitar campanhas de desinformação e interferência estrangeira na sua plataforma nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020.

“Temos a responsabilidade de interromper os abusos e as interferências eleitorais na nossa plataforma. É por isso que fizemos investimentos significativos desde 2016 para identificar melhor as novas ameaças, fechar vulnerabilidades e reduzir a disseminação de desinformação viral e contas falsas“, afirmou a empresa.

O Facebook anunciou hoje “várias novas medidas para ajudar a proteger o processo democrático e fornecer uma atualização sobre as iniciativas que já estão em andamento”. As mudanças incluem novos requisitos para os proprietários de páginas do Facebook, que agora devem ser mais claros sobre as organizações que administram ou se estão vinculados a meios de comunicações estatais de um país.

Incluirá ainda uma ferramenta para facilitar o entendimento de anúncios políticos, que vão estar discriminados nas despesas dos candidatos à presidência dos EUA. Além disso, para combater a interferência estrangeira, a rede social protegerá as contas dos candidatos, funcionários eleitos e suas equipas com novos mecanismos.

Por fim, a empresa administrada por Mark Zuckerberg proibirá a publicação de certos anúncios que sugerem que a votação é “inútil” ou aconselha as pessoas a não votarem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros da Galp afundam. Mantém compromisso com dividendos

A petrolífera portuguesa registou uma forte quebra nos resultados líquidos, explicada por efeitos não recorrentes. Mesmo assim, quer aumentar os dividendos em 10% ao ano.

A Galp Energia fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 283 milhões de euros (403 milhões de euros numa base RCA). É uma forte quebra nos resultados líquidos, explicada por efeitos não recorrentes associados à exploração de petróleo no Brasil. A CESE também pesou nas contas da empresa que, contudo, reitera o compromisso de fazer crescer a remuneração aos acionistas em 10% ao ano.

“O resultado líquido RCA foi de 403 milhões e o resultado líquido IFRS foi de 283 milhões nos primeiros nove meses de 2019“, diz a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva em comunicado enviado à CMVM. No terceiro trimestre, o resultado líquido RCA foi de 101 milhões, enquanto o resultado líquido IFRS foi de 60 milhões.

A empresa explica a quebra nos resultados com “eventos não recorrentes” que nos primeiros nove meses tiveram um impacto de 128 milhões de euros, traduzindo o efeito “das unitizações dos campos de Lula e Sépia, assim como cerca de 40 milhões relacionados com a CESE”.

“A contabilização efetuada em relação à CESE decorre da estrita aplicação dos normativos contabilísticos, entendendo a Galp, com base na opinião dos mais reputados jurisconsultos nacionais, que as disposições legislativas respeitantes à CESE são violadoras da lei, não sendo exigíveis os montantes em causa”, destaca a empresa.

Apesar desta quebra nos lucros, a Galp Energia mantém o compromisso de dar mais lucros aos investidores. Na atualização do seu plano estratégico, publicada ao mesmo tempo que os resultados trimestrais, a petrolífera diz que “considerando o atual ciclo da empresa, a Galp Energia prevê um aumento anual de 10% no dividendo por ação ao longo dos próximos três anos (2019-21)”.

“Este aumento reitera a confiança da Galp no seu plano financeiro e o seu compromisso em balancear investimentos de elevada qualidade, focados na criação de valor no longo-prazo, com o crescimento da distribuição acionista”, remata.

Em bolsa, as ações reagem positivamente. Os títulos da Galp Energia puxam pelo índice nacional com uma valorização de mais de 2,8%, estando a cotar nos 13,87 euros.

Galp Energia acelera em bolsa

(Notícia atualizada pela última vez às 8h33 com a reação da Galp Energia em bolsa)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento britânico vota legislação do Brexit e Donald Tusk explica acordo em Estrasburgo. A Galp apresenta resultados do terceiro trimestre, o BdP o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito.

Depois de não conseguir fazer aprovar o acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o Brexit no Parlamento britânico no sábado, Boris Johnson tem mais uma batalha decisiva com a votação da passagem à lei do acordo alcançado. O presidente do Conselho Europeu também vai ter de enfrentar o Parlamento Europeu sobre as decisões tomadas na reunião dos chefes de Estado e Governo relativamente ao Brexit, e — ainda mais polémico — as decisões quanto aos futuros novos membros da União Europeia. Em Portugal, a Galp apresenta os resultados do terceiro trimestre, o Banco de Portugal divulga o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito e Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Durão Barroso participam na conferência da CIP.

Galp apresenta resultados do terceiro trimestre

A Galp Energia realiza esta terça-feira o seu Capital Markets Day e vai divulgar os resultados da empresa no terceiro trimestre do ano. Na comunicação enviada ao mercado no início deste mês, onde deu conta das condições macroeconómicas, operacionais e comerciais a que a empresa esteve sujeita no terceiro trimestre, a empresa deu conta de um crescimento de 21% da produção média de petróleo entre julho e setembro, em comparação com o mesmo período de 2018, passando para 124 mil barris por dia.

Banco de Portugal publica inquérito sobre mercado de crédito

O Banco de Portugal divulgar o inquérito trimestral aos bancos sobre o mercado de crédito, no qual é feito um balanço dos últimos três meses e, também, uma previsão daquilo que será o próximo trimestre. O último inquérito foi publicado em julho e, na altura, os bancos apontavam para um aumento na procura de crédito à habitação devido aos juros baixos, recuperando da maior cautela verificada no início do ano.

Parlamento britânico vota legislação do Brexit

A primeira votação da legislação do Brexit será realizada nesta terça-feira, no que é chamada a “segunda leitura” do projeto de lei. Como o acordo firmado entre o Reino Unido e a União Europeia não chegou a ir a votos, este será o primeiro teste para determinar se o acordo de Boris Johnson passará na Câmara dos Comuns. É esperado que os deputados da oposição apresentem várias emendas à legislação, nomeadamente no que diz respeito a questões aduaneiras.

Donald Tusk explica estado do Brexit ao Parlamento Europeu

Depois do acordo alcançado na semana passada, e do novo fiasco no Parlamento britânico, o presidente do Conselho Europeu vai a Estrasburgo para explicar aos eurodeputados o que se passou na última reunião dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia sobre o Brexit. Donald Tusk ainda está a consultar os líderes da União para decidir sobre o pedido de adiamento da data do Brexit pelo Reino Unido. O polaco terá ainda de informar o Parlamento Europeu sobre o bloqueio no Conselho Europeu aos avanços no processo de adesão à União Europeia pela Macedónia do Norte e da Albânia.

CIP promove conferência sobre futuro da economia portuguesa

A Confederação Empresarial de Portugal, liderada por António Saraiva, promove esta terça-feira uma conferência com tema “Portugal: Crescimento ou Estagnação?”. O evento decorre em Lisboa e terá entre os oradores o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o antigo primeiro-ministro e presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, assim como o diretor-geral da Organização Internacional de Trabalho, Guy Ryder. Uma conferência que surge num momento em que os patrões admitem que é “perfeitamente razoável” aumentar o salário mínimo de 600 para 700 euros até ao final da legislatura, um tema que já está a ser discutido com o novo Executivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai reformular programa Reabilitar para Arrendar com rendas acessíveis

Tendo em conta as dificuldades na execução do Programa Reabilitar para Arrendar com rendas acessíveis, o IHRU vai reformulá-lo e já pediu ao BEI uma prorrogação do empréstimo até 2023.

O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) não consegue recuperar o atraso na execução do projeto de reabilitação de casas para arrendar com renda acessível, aprovado em maio de 2015. Após uma primeira extensão, por um ano, da garantia de Estado ao empréstimo de 25 milhões que o IHRU contraiu junto do Banco Europeu de Investimento, já está em cima da mesa uma nova prorrogação — desta vez até 2023. Perante as dificuldades, o programa vai ser “reformulado”.

Fonte oficial do Banco Europeu de Investimento confirmou ao ECO que a instituição, com sede no Luxemburgo, “o IHRU pediu uma extensão do último empréstimo”. “Esta alteração contratual foi aprovada internamente pelo BEI, permitindo que a implementação seja concluída até 2023”, esclarece a mesma fonte, precisando que ainda é necessário “aguardar pela formalização desta alteração”.

O IHRU pediu uma extensão do último empréstimo. Esta alteração contratual foi aprovada internamente pelo BEI, permitindo que a implementação seja concluída até 2023.

Fonte oficial do BEI

O instituto agora liderado por Isabel Dias, após a demissão de Alexandra Gesta em janeiro deste ano, tinha em agosto de 2018 “mais de 100 financiamentos pré-aprovados”. No entanto, de acordo com fonte oficial o banco liderado por Werner Hoyer, os últimos dados disponíveis referentes a junho, revelam que “o IHRU comunicou 27 projetos ao abrigo do primeiro mecanismo e 25 ao abrigo do último”. Ou seja, um total de 52. De sublinhar que em agosto de 2018, apenas tinham sido submetidos ao BEI dez projetos.

Confrontado com este desempenho, fonte oficial do IHRU avançou ao ECO que “o programa ‘Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível’ vai ser reformulado”, confirmando que, “no momento”, está “em fase de análise e de aprovação pela tutela financeira a extensão do empréstimo”.

O programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível” vai ser reformulado, encontrando-se, no momento, em fase de análise e de aprovação pela tutela financeira a extensão do empréstimo.

Fonte oficial do IHRU

Há um ano, a explicação do IHRU para os atrasos prendia-se com o facto de os edifícios se encontrarem “em situações de desatualização ao nível de registo predial, devido a longos período de abandono a que estiveram e/ou aos processos de licenciamento estarem a aguardar a aprovação dos respetivos serviços municipais“.

“De modo a promover a operacionalização deste programa, o IHRU já celebrou protocolos de cooperação institucional com mais de 50 municípios. Ao abrigo destes protocolos, caberá aos serviços municipais, entre outras competências, o apoio aos promotores, proprietários e projetistas nos processos de licenciamento das obras de reabilitação dos imóveis candidatos ao programa”, explicou, na altura, fonte oficial do IHRU.

Além disso, a juntar ao rol de explicações estava também à necessidade de “alinhar o programa ‘Reabilitar para Arrendar — Habitação Acessível’ com a ‘Nova Geração de Políticas de Habitação’”, uma justificação válida para convencer o BEI a estender a disponibilidade do empréstimo até 28 de novembro de 2019.

O programa ‘Reabilitar para Arrendar — Habitação Acessível’ tem uma dotação global de até 100 milhões de euros, dos quais 50 milhões são financiados pelo BEI. Mas até agora só foi assinado o contrato para a primeira tranche (de 25 milhões) do empréstimo, em maio de 2015.

Em causa estão empréstimos reembolsáveis com condições mais vantajosas tanto para entidades públicas como privadas, pessoas individuais ou coletivas, bastando apenas ser proprietária do edifício que pretende reabilitar. Mas há limitações. Por exemplo, as heranças indivisas estão excluídas do acesso ao programa, o custo das obras não deve exceder os 700 euros por metro quadrado, é obrigatório fazer a reabilitação integral de todas as componentes essenciais do edifício e as obras têm de ser concluídas no prazo de 12 meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois do perdão de milhões, nova SIVA quer voltar a trabalhar com os bancos portugueses

Porsche Holding Salzburg quer falar com os bancos nacionais para "começar a fazer negócio". Se eles não quiserem, depois das perdas com Pereira Coutinho, há quem queria, lá fora, diz o CEO.

A SIVA custou muito dinheiro aos bancos portugueses. João Pereira Coutinho conseguiu um “perdão” de dívida de 100 milhões de euros — mais 16 milhões para a SAG — junto das maiores instituições financeiras nacionais, evitando-se, assim, a falência do importador das marcas VW, Audi e Skoda. A SIVA sobreviveu e, agora, até ganhou vida nova, com um novo dono, a Porsche Holding Salzburg (PHS), que quer trabalhar com os bancos nacionais no crescimento do negócio. “Queremos trabalhar com eles”, diz Hans Peter Schützinger, CEO da Porsche Holding Salzburg, mas se não for possível, a marca vai procurar alternativas na Áustria, por exemplo.

A PHS comprou o negócio de importação da Volkswagen (que detém a Porsche), Volkswagen Veículos Comerciais, Audi, Skoda, Bentley e Lamborghini, e a rede de retalho detida pelo importador e composta por 11 concessionários em Lisboa e no Porto, por “um euro com um capital de mais ou menos zero”. Agora, diz Schützinger, “temos de recapitalizar a empresa. Temos de colocar novo capital na SIVA. Esse capital virá da Áustria, da Porsche”.

Temos de falar com eles [com os bancos portugueses] para começarmos a fazer negócio. Penso que para os bancos, com o novo dono, será atrativo, já que terão um parceiro sério e estável. Não imagino que haja problema algum.

Hans Peter Schützinger

CEO da Porsche Holding Salzburg

A empresa portuguesa precisa de capital para garantir a sua liquidez. Em declarações ao ECO, à margem da conferência de formalização do negócios, o presidente executivo da PHS diz que depois da reestruturação da SIVA, em que todos concordaram, e “tiveram de assinar”, é necessário garantir o working capital, que “virá da Áustria ou dos bancos portugueses”. Alguns desses bancos serão os mesmos que assumiram perdas avultadas, casos do BCP, BPI, CGD e Novo Banco. É preciso “serious money“, atira Hans Peter Schützinger. É preciso muito dinheiro, “mas não vou dizer um número”.

“Agora, temos de falar com eles [com os bancos portugueses] para começarmos a fazer negócio“, diz. E depois das perdas registadas, terão os bancos medo de voltar a fazer negócio com a SIVA? “Penso que para os bancos, com o novo dono, será atrativo, já que terão um parceiro sério e estável. Não imagino que haja problema algum”, afirma. “Queremos trabalhar com eles, com os bancos portugueses, numa nova base”, acrescenta. Mas se houver problemas em falar com os bancos nacionais? “Temos o nosso dinheiro. E temos financiamento em toda a Europa”, atira.

Recuperar o tempo perdido na SIVA…

Com esta compra, a PHS salva a SIVA. Mas será preciso um enorme esforço para recuperar a empresa, depois de anos marcados por uma crise profunda. Com a SAG numa situação financeira complicada, a importadora pouco pode fazer para se manter na disputa, isto num mercado com grandes concorrentes, num contexto de aumento expressivo das vendas de automóveis no mercado nacional. Agora, com uma equipa reforçada, com dois managing directors na SIVA e outros dois na Soauto, a divisão de retalho, é preciso recuperar o tempo perdido.

Nos últimos anos houve dificuldades financeiras que não permitiram que houvesse investimento, pelo que as nossas marcas sofreram bastante por não estarem presentes no mercado.

Viktoria Kaufmann-Rieger

Managing director da SIVA

“Nos últimos anos houve dificuldades financeiras que não permitiram que houvesse investimento, pelo que as nossas marcas sofreram bastante por não estarem presentes no mercado”, diz Viktoria Kaufmann-Rieger ao ECO. Agora, com a PHS, “estamos a começar de novo”. “Temos de ver o que podemos fazer, saber como temos de investir para que os nossos clientes vejam novamente as nossas marcas no mercado. Mas uma coisa é fazer o marketing, outra é vender os carros”, nota.

 

“Temos de nos aproximar da nossa rede de retalho. Temos de melhorar a experiência dos nossos clientes, mas primeiro temos de recuperar a confiança dos nossos revendedores. Todos os nossos revendedores são multimarca, pelo que não se focaram nas nossas marcas. É algo que temos de mudar” no médio prazo, acrescenta a responsável austríaca que fará, daqui em diante, parceria com Pedro de Almeida, ex-diretor da SIVA. “Dentro de dois a três anos estaremos back on track“, rematou.

…e investir na Soauto

Uma boa parte do processo de recuperação da SIVA, como importador, passa pelo investimento na rede de retalho, a Soauto. “Queremos fazer um investimento de mais de 20 milhões de euros em três anos”, com foco em Lisboa e no Porto, anunciou o novo managing director da Soauto, Mario de Martino, que fará equipa com José Duarte, na apresentação da estratégia da PHS para a SIVA e a Soauto. Esse investimento será feito na rede, procurando potenciar as vendas das marcas que são representadas no mercado nacional.

“Estávamos limitados na nossa capacidade para investir nas marcas”, lembrou Pedro de Almeida, managing director da SIVA, remetendo para os últimos anos em que a empresa esteve nas mãos de Pereira Coutinho. Agora, essa limitação acaba, havendo margem para voltar a investir, procurando colher frutos a médio prazo. “Queremos voltar a atingir a meta dos 30 mil veículos vendidos”, adiantou Viktoria Kaufmann-Rieger, lembrando que esse era o nível que a SIVA apresentava antes da crise. E “queremos desafiar os nossos concorrentes, voltando a ser o número três” no mercado automóvel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo de Costa “rouba” 25% dos deputados eleitos pelo PS. Saiba quem os vai substituir no Parlamento

O novo Executivo terá 70 membros, 28 dos quais foram eleitos nas ida às urnas de 6 de outubro. Com a transição desses nomes para o Governo, abre-se espaço à chegada de novas caras à AR.

O novo Governo de António Costa terá 70 membros, 28 dos quais conquistaram um lugar no Parlamento nas eleições de 6 de outubro. Este desenho do novo Executivo “rouba”, assim, ao grupo parlamentar socialista um quarto dos 108 deputados eleitos na ida às urnas em causa, abrindo lugar para que novos rostos que não tinham tido sucesso nas eleições cheguem agora à Assembleia da República.

O primeiro-ministro indigitado apresentou, esta segunda-feira, ao Presidente da República a lista de nomes propostos para secretários de Estado. António Costa propôs 50 nomes, mais sete do que aqueles com que contou na última legislatura. Também no que diz respeito ao número de ministros — lista que já tinha sido conhecida na semana passada –, Costa decidiu alargar o elenco em relação ao Governo anterior: desta vez, escolheu 19 rostos, o que compara com os 17 ministros anteriores.

Tudo somado, o novo Governo de António Costa será composto por 70 pessoas, incluindo o próprio primeiro-ministro. Destes 70 membros, 28 foram eleitos para deputados nas listas que o PS apresentou às legislativas de 6 de outubro. Deste modo, um quarto do grupo parlamentar inicialmente previsto irá transitar da Assembleia da República para o XXII Governo Constitucional, deixando 28 lugares livres para que socialistas indicados mais abaixo nas listas eleitorais tomem agora esses lugares.

Foi ao círculo eleitoral de Lisboa que António Costa foi buscar mais nomes para formar o seu Governo. Além de o primeiro-ministro indigitado, há mais sete casos de transição do Parlamento para o Executivo: Mariana Vieira da Silva (ministra de Estado e da Presidência), Mário Centeno (ministro de Estado e das Finanças), Graça Fonseca (ministra da Cultura), João Gomes Cravinho (ministro da Defesa Nacional), Ana Sofia Antunes (secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência), Maria de Fátima Fonseca (secretária de Estado da Inovação e da Modernização Administrativa) e Susana Amador (secretária de Estado da Educação).

Neste círculo, o PS conseguiu 20 mandatos, ou seja, os primeiros 20 nomes da lista conquistaram assento parlamentar. Com a transição deste oito nomes para o Governo, os oito nomes que se seguem aos primeiros 20 ganharam agora a possibilidade de chegar à AR. Contudo, o 21º nome indicado é o de Miguel Cabrita, secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, ou seja, passam a integrar o grupo parlamentar os candidatos da 22º à 29ª posição na lista. São eles: Rita Mafalda Madeira (vereadora na Câmara da Amadora), Diogo Campos Rodrigues (que já era deputado na legislatura anterior), João Miguel Maçarico (deputado municipal em Alenquer), Alexandra Nunes de Moura (médica), Fernando Anastácio (que já era deputado na legislatura anterior), Fernando Paulo Ferreira, Vera Lúcia dos Santos e Paulo Jorge Marques (que também já era deputado na legislatura anterior).

No círculo de Setúbal, o PS conseguiu eleger nove deputados, dos quais três (Eduardo Cabrita para ministro da Administração Interna, Ricardo Mourinho Félix para secretário de Estado Adjunto e das Finanças e João Galamba para secretário de Estado Adjunto e da Energia) transitam para o Governo. Passam, assim, a ocupar o cargo de deputados Ana Sofia Araújo (quer já se sentava no hemiciclo na legislatura anterior), Fernando Miguel José (subdiretor-geral da DGERT) e Clarisse Campos (vereadora em regime de não permanência na Câmara de Alcácer do Sal e diretora do Centro e Emprego e Formação Profissional do Alentejo Litoral).

Em Santarém, o PS conseguiu quatro mandatos e dois dos nomes eleitos passam para o Executivo (Alexandra Leitão para Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública e Maria do Céu Albuquerque para Ministra da Agricultura). Chegam, em substituição, ao Parlamento: Manuel António Afonso (professor associado na Universidade do Porto) e Maria Lúcia Coelho (membro da assembleia municipal da Câmara de Coruche).

Já no Porto, o partido de António Costa conseguiu 17 mandatos e dois dos nomes eleitos passam para o Governo (Matos Fernandes para Ministro do Ambiente e da Ação Climática e João Torres para secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor). Em substituição entram Carlos Brás (vereador da Câmara Municipal de Gondomar) e Eduardo Barroco de Melo (membro da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia).

Em Coimbra, dos cinco nomes eleitos, dois passam para a equipa de António Costa (Marta Temido para Ministra da Saúde e João Neves para secretário de Estado Adjunto e da Economia). Para o seu lugar na Assembleia da República entram João Eduardo Gouveia (que já era deputado na legislatura anterior) e Raquel Ferreira.

Já Faro “perde” para o Governo três dos deputados inicialmente eleitos (José Apolinário para secretário de Estado das Pescas, Jorge Botelho para secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local e Jamila Madeira para secretária de Estado Adjunta da Saúde). Para completar os cinco mandatos conseguidos neste círculo eleitoral entram Ana Lúcia de Passos (que já era deputada na legislatura anterior), Francisco Pereira de Oliveira e Célia Rosa Paz.

Em Viana do Castelo, o lugar conquistado por Tiago Brandão Rodrigues (que continua como ministro da Educação) passa para José Manuel Carpinteira (que já era deputado na legislatura anterior). Na Guarda, o mandato conseguido por Ana Mendes Godinho (que substitui Vieira da Silva no ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) passa para Cristina Almeida de Sousa (vereadora da Câmara de Seia).

Em Aveiro, o lugar conseguido por Pedro Nuno Santos (que continua como ministro das Infraestruturas e da Habitação) passa para Bruno Henriques (membro da assembleia municipal de Oliveira de Azeméis). Em Castelo Branco, o facto de Eurico Brilhante Dias se manter como secretário de Estado da Internacionalização abre espaço para a eleição de Joana Morgadinho Bento (vereadora na Câmara do Fundão).

Também os lugares conquistados por José Mendes (secretário de Estado do Planeamento), em Braga, por João Paulo Rebelo (secretário de Estado da Juventude e do Desporto), em Viseu, e por António Sales (secretário de Estado da Saúde, em Leira, passam para: Ana Maria Ribeiro da Silva, Maria Silva Reis (professora) e Sara Velez (membro da assembleia municipal das Caldas da Rainha), respetivamente.

E no círculo Fora da Europa, o mandato conquistado por Augusto Santos Silva (que transita para o novo Governo como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros) passa para Paulo Porto Fernandes (advogado nascido no Brasil que exerce a sua profissão entre São Paulo e Porto).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sapo lança serviço de conteúdos pagos sem subscrição obrigatória

O Sapo lançou o Sapo Prime que permite aos utilizadores adquirirem artigos jornalísticos premium peça a peça, e o ECO é um dos parceiros. O pagamento pode ser feito na fatura da Meo ou por MB Way.

O Sapo lançou oficialmente, esta segunda-feira, um novo serviço de subscrição de conteúdos online premium, que permite a compra de artigos peça a peça, em modelo de micropagamento, a partir dos 0,21 euros. O serviço está disponível apenas no portal do Sapo, o pagamento poderá ser feito através da fatura Meo ou de MB Way e o ECO é um dos meios de comunicação social fundadores.

“O Sapo Prime é um serviço agregador de conteúdos pagos que disponibilizamos na homepage do Sapo e que foi desenvolvido em estreita colaboração com a Altice Portugal, especificamente na componente de pagamento”, explicou a diretora do Sapo, Filipa Martins, na apresentação à imprensa do produto que já está disponível há algumas semanas.

http://videos.sapo.pt/4YksAYqwbiAIazAN2nsT

Este novo serviço permite a cada leitor ler notícias, reportagens, entrevistas ou conteúdos exclusivos e de profundidade de diferentes fontes de informação através de um valor mínimo de 0,21 euros e sem qualquer pré-pagamento ou subscrição obrigatória. Para comprar uma notícia, basta apenas escolher o artigo que pretende ler, inserir o número de telefone para obter um código de acesso, confirmá-lo e, por fim escolher o método de pagamento, isto é, entre o valor ser debitado na fatura da Meo ou pagar por MB WAY. A partir daí o leitor fica com o artigo numa “carteira” digital para ler quando quiser. Por exemplo, o ECO publicou no Sapo Prime um artigo exclusivo sobre o que vai ser o próximo Web Summit.

Segundo a diretora do Sapo, entre os fatores diferenciadores do Sapo Prime está a “qualidade do conteúdo que reside na plataforma”, uma vez que será essa característica que justificará que a disponibilidade dos leitores pagarem pelo artigo, mas também o sistema de micropagamento, ou seja, o “facto de o conteúdo ser pago à peça e sem necessidade de pré-pagamentos ou subscrições anuais, mensais ou semanais”.

Já o presidente executivo da Altice Portugal, destaca a proximidade deste serviço, que permite “de forma rápida, simples, fiável e prática consumir informação e entretenimento”. Alexandre Fonseca refere também que este é um exemplo de uma “nova postura e de um novo posicionamento” do Sapo. O responsável tem a expectativa de que com estas alterações “o consumidor comece a compreender a mais-valia de consumir estes conteúdos” e se habitue a “ter uma transação associada ao consumo”.

O Sapo acredita que este novo serviço “surge numa lógica de valorização e apoio ao jornalismo de qualidade e conteúdos premium criando uma nova fonte de rendimento para os media”, alterando “por completo a forma” como a informação é consumida, lê-se no comunicado.

Além do ECO, esta novo serviço conta com a participação de várias publicações, como é os grupos Multipublicações, National Geographic, Pplware, Newsplex e Trust In News, que tem a Visão.

Para António Costa, diretor do ECO (um dos dois meios convidados a apresentarem a sua visão sobre o projeto), o Sapo Prime tem a virtude de complementar, através do modelo de micropagamentos, os modelos de subscrição que já existem e que são promovidos pelos próprios meios. “O Sapo Prime permite ajudar a criar um mercado de compra de notícias, o que é um contributo relevante para a afirmação e sustentabilidade dos meios”, assinalou. Mas não deixou de referir que o sucesso deste projeto depende também da exigência que os próprios meios vão pôr nos artigos que forem vendidos no Sapo Prime. “Têm de ser artigos que justifiquem o micropagamento, sob pena de pôr em causa o próprio modelo, por frustrar as expectativas dos leitores”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.