PAN defende limite de 5.200 euros para reformas

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

A menos de um mês das legislativas, André Silva defendeu um lime máximo de 5.200 euros para as reformas.

André Silva, líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), admitiu esta sexta-feira que Portugal tem “problemas graves” ao nível da sustentabilidade da Segurança Social, defendendo, por isso mesmo, um lime máximo de 5.200 euros para as reformas. Esta é uma das medidas do PAN para as eleições legislativas de 6 de outubro.

Em entrevista à Renascença, André Silva lembrou que esta é uma “medida adicional” à promoção de crescimento económico que pretende operar no país. Para as pessoas que se sintam lesadas nas suas poupanças, o PAN propõe a criação de “outros mecanismos de poupança”, quer no setor privado, quer no setor público.

Quanto a uma possível coligação com o Partido Socialista, André Silva afastou a questão, dizendo que o PAN está disponível para conversar com todos os partidos, “sempre com o objetivo de fazer avançar causas, medidas importantes para o país, para os desafios do século XXI”. Além disso, o PS ainda não ganhou as eleições, recorda o líder partidário.

Sobre a polémica medida do PAN que prevê a reconciliação no caso de crimes violentos, André Silva sublinhou que a proposta aplica-se apenas “a quem quiser” e que visa fazer o que já se faz lá fora.

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Malo Clinic tem 88 credores a reclamarem 94,6 milhões

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

O grupo entrou em Processo Especial de Revitalização (PER) em agosto e agora tem 88 a reclamarem créditos. Mas apenas são reconhecidos cerca de 70 milhões.

O Grupo Malo Clinic está em Processo Especial de Revitalização (PER) desde agosto e, ao todo, há 88 credores a reclamarem o pagamento de 94,6 milhões de euros. Contudo, apenas são reconhecidos cerca de 70 milhões de euros, avança o Público (acesso pago).

No topo da lista de credores está o Novo Banco, com um crédito reclamado e reconhecido de 56,07 milhões de euros, à frente do Banco Nacional Ultramarino de Macau (da CGD) com 6,9 milhões de euros, e das empresas Nobel Biocare Portugal e Nobel Biocare Services, que reclamam cada uma mais de 2,4 milhões e 1,02 milhões, respetivamente.

Entre os maiores credores está também o Instituto da Segurança Social, com mais de 1,9 milhões de euros. E até o próprio fundador da empresa mas ex-acionista, Paulo Sérgio Malo, reclama o pagamento de cerca de 2,6 milhões de euros.

Já a Unicre – Instituição Financeira de Crédito reclama 20,8 milhões, mas apenas lhe são reconhecidos cerca de 6,59 mil euros. Nas notas anexas à lista provisória de credores, o administrador judicial provisório explica que este não reconhecimento se deve ao facto de a Unicre ter entendido reclamar como créditos o montante dos pagamentos efetuados pelos clientes das clínicas Malo através do multibanco em 540 dias e “não procedeu a justificar o valor que reclamou neste apartado, apenas se limitou a informar do montante em causa”.

A Malo Clinic entrou em PER — um processo que permite às empresas tentar a reestruturação da dívida com os seus principais credores a fim de evitar a insolvência — a 2 de agosto. Em julho foi noticiado que a Atena Equity Partners, que adquirira as clínicas Maló em maio, já tinha fechado um plano estratégico para o Grupo.

De acordo com o Jornal de Negócios, esse plano previa um acordo com os bancos credores para uma redução da dívida, o eventual fecho de consultórios e um investimento de quatro milhões de euros.

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Huawei admite “dar” 5G à concorrência para pôr fim às dúvidas

Se ainda restam dúvidas quanto à segurança da tecnologia chinesa do 5G, a Huawei não fecha a porta a "dar" a tecnologia à concorrência ocidental. Palavra do fundador.

Ren Zhengfei, histórico fundador da Huawei.EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT

A Huawei está disposta a tomar as medidas que forem precisas para acabar com a especulação em torno da segurança da tecnologia que produz. Mesmo que isso implique dar a joia da coroa à concorrência.

Em duas entrevistas publicadas esta semana, o histórico fundador da marca, Ren Zhengfei, aproveitou para abrir uma porta que nunca tinha sido aberta: licenciar as patentes da tecnologia 5G da Huawei a terceiros para acelerar os concorrentes ocidentais e tentar acabar com os receios de que a empresa seja um veículo de espionagem ao serviço do regime chinês, como tem sido acusada pelos EUA.

A Huawei está aberta a partilhar as suas tecnologias e técnicas de 5G com empresas dos EUA, para que elas possam construir a sua própria indústria de 5G. Isso criaria uma situação mais equilibrada entre a China, os EUA e a Europa”, disse Ren Zhengfei, em entrevistas individuais ao The New York Times e à The Economist.

A Huawei está aberta a partilhar as suas tecnologias e técnicas de 5G com empresas dos EUA, para que elas possam construir a sua própria indústria de 5G.

Ren Zhengfei

Estas eventuais licenças dariam “acesso perpétuo” à tecnologia que foi desenvolvida pela companhia, ao mesmo tempo que permitiria que terceiros fizessem todas as alterações que vissem como necessárias para reforçar a segurança dos equipamentos e softwares.

Mas há uma condição: “Para isto acontecer, os EUA vão ter de nos aceitar até um determinado nível”, afirmou Ren Zhengfei, referindo-se aos bloqueios que foram impostos pela Administração Trump e que impedem o acesso da Huawei à tecnologia fornecida pelos parceiros norte-americanos, como a Google, que fornece o sistema operativo Android.

A proposta poderá ser tentadora para os EUA, na medida em que a China — nomeadamente através da Huawei — tem sido vista como estando na frente da corrida ao 5G. Trata-se da quinta geração de rede móvel, que desbloqueará velocidades ultrarrápidas de acesso à internet, permitindo o funcionamento de novas tecnologias como os carros autónomos e o controlo de máquinas industriais em tempo real à distância.

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Onde é mais caro comprar pão na Europa? Portugal está a meio da tabela

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

Portugal ficou em 12.º no ranking de países com o preço do pão e dos cereais mais baixo a nível europeu, em 2018, próximo da média da União Europeu.

O pão é indispensável à mesa de muitas famílias portuguesas. E no que respeita a preços, Portugal está mais ou menos a meio da tabela a nível europeu, mostram dados divulgados pelo Eurostat esta sexta-feira.

Na hora de ir à padaria ou ao supermercado para comprar pão, Portugal surge como o 12.º país, no conjunto dos 28 Estados-membros da União Europeia, onde foi mais barato, em 2018, com o preço médio a ficar ligeiramente abaixo da média.

Quadro do preço do pão e dos cereais na União Europeia

 

Contudo, as discrepâncias na fatura do pão são bastante grandes a nível europeu. De acordo com o gabinete europeu de estatísticas, na maioria dos países com o pão mais caro, o valor era mais de três vezes o preço dos Estados onde a fatura era mais baixa.

O índice europeu de preços com base 100, mostra que os preços do pão e dos cereais era mais elevado na Dinamarca (com nível de preços no índice de 152), seguido da Áustria (135), Luxemburgo e Finlândia (ambos com 127). Em contraste, os preços mais baratos estavam na Roménia (com nível de preços no índice de 54), seguido da Bulgária (62) e da Polónia (68).

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Centeno acredita ter perfil para ser governador do Banco de Portugal

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

O atual ministro das Finanças garante que quer cumprir o mandato no Eurogrupo até ao fim, mas não esconde que acredita ter perfil para ser governador do banco central português.

Mário Centeno vê-se com perfil para ser governador do Banco de Portugal (BdP), apesar de garantir que está empenhado em terminar o mandato de presidente do Eurogrupo até ao fim. Declarações à TSF que surgem depois de, no passado domingo, Luís Marques Mendes ter especulado que Centeno, provavelmente, não iria cumprir mais uma legislatura completa e estaria a fazer mira ao cargo de líder do banco central português.

“Deus nos livre que tivéssemos que aprender sobre o nosso futuro pelo Dr. Marques Mendes”, começou por reagir o ministro das Finanças português, citado pela mesma rádio.

No entanto, questionado sobre se se vê com perfil para desempenhar o cargo de governador, Centeno preferiu deixar as portas abertas: “Se houver um perfil para ser governador do BdP, é mais ou menos a mesma coisa que ser diretor-geral do FMI do ponto de vista das qualificações. Não vejo onde é que pudesse estar aí uma dificuldade”, reiterou.

Sobre o tema, o ministro não levanta nem mais uma ponta do véu. Aproveitou a mesma entrevista para abordar outras questões, como o abrandamento económico mundial e os receios em torno de uma nova recessão. No caso concreto da Alemanha, que viu o Produto Interno Bruto (PIB) contrair 0,1% no segundo trimestre, Mário Centeno disse que o país “tem todos os instrumentos” para dar uma resposta.

Centeno admitiu que aquilo que o preocupa mais é o Brexit, sobretudo se a saída do Reino Unido da União Europeia for feita sem acordo. Apesar do tema não ser novo e muito se ter feito em termos de preparação, “haverá sempre mais alguma coisa no dia em que o Brexit acontecer, sobretudo se for sem acordo”, admite.

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Alfa e Intercidades rendem 74 milhões de euros à CP até agosto

Foram cerca de 4,3 milhões de pessoas a viajarem nos comboios de longo curso da CP, um número que se traduziu em 74 milhões em receitas.

mais pessoas a utilizarem o Alfa e os Intercidades da CP, o que se traduz em mais receitas. Entre janeiro e agosto, a empresa transportou cerca de 4,3 milhões de passageiros nos comboios de longo curso, sendo o Intercidades o mais escolhido. Em termos de receitas, este aumento traduziu-se num encaixe de cerca de 74 milhões de euros.

O Intercidades transportou 2,7 milhões de passageiros nos primeiros oito meses do ano, em comparação com os 1,6 milhões que viajaram de Alfa Pendular, de acordo com um comunicado enviado pela CP esta sexta-feira. Estes números representam uma subida de 4% nos passageiros face ao mesmo período do ano passado, e de 6% nas receitas que entraram.

Só no mês de agosto, viajaram a bordo destes comboios cerca de 644 mil pessoas, mais 12% do que no período homólogo. Para este acréscimo, explica a CP, contribuíram ambos os serviços, já que em Alfa Pendular a CP contou 212 mil pessoas (uma subida de 9,5%) e nos Intercidades foram 432 mil (subida de 13%).

Esta tendência de crescimento é sustentada pela “procura verificada nos comboios de longo curso da CP, que já se verifica há cinco anos consecutivos”.

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EDP multada por cortar eletricidade e gás a clientes

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

A multa de 177,5 mil euros surgiu após queixas à ERSE de que a EDP Comercial interrompeu o fornecimento de energia elétrica e gás natural em casos "não excecionados ou permitidos na lei".

A EDP Comercial foi multada pelo corte indevido, sem razão aceitável, do fornecimento de eletricidade e de gás a alguns clientes. A multa imposta pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) foi de 177,5 mil euros, avança a TSF (acesso livre).

A multa imposta era inicialmente de 355 mil euros, mas foi reduzida a metade depois de a empresa ter admitido a infração e ter aceitado compensar os clientes.

Fonte da ERSE adiantou à TSF que as 39 contraordenações aplicadas no processo em causa referem-se a 32 consumidores e que a EDP aceitou pagar aos respetivos clientes compensações que vão dos 150 aos 450 euros.

O caso remonta ao início de 2018 e teve origem em reclamações apresentadas por clientes contra a EDP Comercial, em que alegavam que a empresa lhes tinha interrompido o fornecimento de energia elétrica e de gás natural em casos “não excecionados ou permitidos na lei”.

O regulador do setor da energia diz que a empresa apresentou uma proposta de compensação em julho de 2019, “reconhecendo parcialmente os factos que lhe eram imputados, assumindo por estes a responsabilidade negligente pelos mesmos“. Diz ainda ter aceitado a proposta da EDP para compensar os clientes, mas, mesmo assim, avançou com a multa, reduzindo-a para metade do valor inicialmente previsto.

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Centeno “obviamente” satisfeito por trabalhar com comissária Elisa Ferreira

  • Lusa e ECO
  • 13 Setembro 2019

Líder do Eurogrupo está satisfeito por trabalhar com Elisa Ferreira na implementação do orçamento para o euro. Valdis Dombrovskis realça competência e capacidade de trabalho da comissária portuguesa.

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, afirmou esta sexta-feira estar “obviamente” satisfeito por a comissária Elisa Ferreira ser responsável pela implementação do orçamento para a zona euro, o que significa que ambos trabalharão em conjunto “para concretizar um instrumento muito ambicioso”.

São boas notícias, obviamente, que a comissária Elisa Ferreira, quando for confirmada pelo Parlamento Europeu, possa ter essa pasta. Iremos com certeza trabalhar em conjunto para concretizar um instrumento muito ambicioso para a zona euro”, disse, à chegada à reunião informal de ministros das Finanças em Helsínquia.

O presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro comentava o facto de a presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter atribuído à comissária designada por Portugal a pasta da Coesão e Reformas, contando-se entre as suas missões a implementação do futuro instrumento orçamental para a competitividade e convergência na zona euro.

Além de Centeno, também o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, Valdis Dombrovskis, que integrará igualmente o futuro executivo comunitário, comentou à margem da reunião, estar “desejoso” de trabalhar com Elisa Ferreira, reconhecida em Bruxelas como “muito competente e trabalhadora”.

“Relativamente a Elisa Ferreira, antes de mais gostaria de a felicitar pela designação para comissária da Coesão e Reformas. Trabalhámos de perto com a Elisa Ferreira quando ela era coordenadora do S&D (Socialistas e Democratas) na comissão de economia (do Parlamento Europeu) e, mais tarde, também tivemos reuniões quando estava (como vice-governadora) no Banco de Portugal. Claro que a conhecemos como alguém com grandes conhecimentos, muito competente e muito trabalhadora”, apontou o comissário letão.

Entre as missões atribuídas por Von der Leyen a Elisa Ferreira enquanto comissária da Coesão e Reformas conta-se a implementação do futuro instrumento orçamental para a competitividade e convergência na zona euro, tendo Dombrovskis comentado a esse propósito que a comissária portuguesa irá certamente “trabalhar arduamente para que se concretize” enfim essa nova capacidade orçamental.

Na agenda da reunião desta sexta-feira do Eurogrupo, no formato ‘inclusivo’ (alargado aos Estados-membros que não fazem parte da zona euro), conta-se precisamente uma nova discussão sobre o instrumento orçamental, para ultimar aspetos ainda em aberto em torno da proposta a ser apresentada ao Conselho Europeu em outubro, mas Centeno observou que este é um trabalho que certamente prosseguirá, pelo que terá oportunidade de trabalhar no desenvolvimento dessa capacidade orçamental em conjunto com Elisa Ferreira, que deverá entrar em funções em 1 de novembro.

Devo dizer que, feliz ou infelizmente, os trabalhos não vão concluir-se em outubro por uma razão muito simples: este instrumento orçamental é uma peça importantíssima no novo quadro institucional na União Europeia e eu vejo-a como, do ponto de vista intertemporal, um dos aspetos mais relevantes que vamos ter que continuar a desenvolver no futuro para a zona euro, e espero que ele ganhe uma importância crescente no financiamento daquilo que são as prioridades da zona euro em termos orçamentais. Portanto é um trabalho que vai continuar”, disse.

Em 14 de junho passado, no Luxemburgo, os ministros das Finanças acordaram as principais linhas de um orçamento para a zona euro, deixando, contudo, em aberto questões fundamentais, tais como a sua dimensão e financiamento.

Uma semana mais tarde, numa cimeira do Euro em Bruxelas, os chefes de Estado e de Governo saudaram “os progressos alcançados no Eurogrupo sobre o reforço da União Económica e Monetária”, mas instaram os ministros das Finanças a concluir os trabalhos com alguma celeridade, de modo a ser possível ‘fechar’ um compromisso global este ano.

Especificamente sobre o instrumento orçamental, os líderes solicitaram ao Eurogrupo “que informe rapidamente sobre as soluções adequadas para o financiamento”, apontando que “estes elementos devem ser acordados como uma questão prioritária, de modo a que se possa definir a dimensão do instrumento orçamental no contexto do próximo quadro financeiro plurianual” (2021-2027).

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Operadores do alojamento local em Lisboa ponderam “migrar” para arrendamento habitacional

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

Vários operadores de unidades de Alojamento Local ponderam "migrar" para o arrendamento habitacional, pressionados pela prestação de serviços "muito exigente".

Centenas de operadores do alojamento local em Lisboa estão a ponderar “migrar” para o arrendamento habitacional, porque perceberam que a prestação de serviços é “muito exigente”, avançou esta sexta-feira a associação do setor, destacando a “grande flexibilidade” desta atividade económica.

“Temos aqui um potencial, se calhar mais de mil casas, para de uma forma natural, imediata, no dia seguinte, se criarmos as condições, poder migrar e fazer um trabalho que nem sequer a Câmara consegue de, de um ano para o outro, apresentar 2.000 casas para o arrendamento“, afirmou o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, em declarações à Lusa.

No seu entender, a transição destes estabelecimentos para o arrendamento permanente “é uma oportunidade enorme” para fazer aumentar a oferta de habitação.

Dos cerca de 18.000 estabelecimentos de alojamento local em Lisboa, “há sempre qualquer coisa como 10% a 15% que são de mais baixo desempenho, portanto não estão a atingir os níveis mínimos de desempenho”, indicou Eduardo Miranda, explicando que estas situações se localizam sobretudo nas zonas de contenção dos bairros do centro histórico lisboeta, onde os operadores começaram a explorar outras formas de arrendamento, mas mantêm o mesmo registo de atividade. “Não dão baixa do seu registo, porque sabem que se derem baixa nunca mais vão conseguir voltar ao alojamento local nestas zonas”.

Os operadores “não são obrigados, quando iniciam um arrendamento, a abandonar de vez o alojamento local”, o que lhes permite experimentar outras vertentes antes de decidir como explorar o ativo imobiliário. “Estamos a falar de registos que existem, são vários, são legais, mas que, na prática, não estão a ser dedicados hoje ao alojamento local, mas sim a outras atividades”, apontou Eduardo Miranda, defendendo que é positivo haver um “experimentalismo” em vez de uma “transição imediata” de uma atividade para outra.

O presidente da ALEP disse que a flexibilidade do alojamento local “é fundamental para a cidade”, permitindo que a função dos imóveis seja alterada de acordo com a necessidade e a procura.

Além de o alojamento local ser uma atividade de prestação de serviços “muito exigente”, que “dá muito trabalho” e que “não dá o rendimento que tinham vendido”, um dos fatores de motivação para que haja “uma migração natural” é a questão dos incentivos fiscais na celebração de contratos de arrendamento habitacional, nomeadamente a isenção total de impostos no Programa de Arrendamento Acessível.

Questionado sobre o equilíbrio entre turismo e habitação, Eduardo Miranda advogou que “há muito para se fazer na oferta de habitação”, uma vez que se trata de “um problema estrutural”, em que, durante décadas, a dinâmica do mercado sempre foi direcionada para a aquisição de casa própria e “nunca foi pensada para o arrendamento”.

Classificando como “gigantesco” o trabalho que é necessário fazer na habitação, o presidente da ALEP sublinhou que o problema estrutural não se resolve num curto espaço de tempo, pelo que “o alojamento local foi usado, às vezes, como bode expiatório”.

“Como não havia saída, luz ao fundo do túnel, a curto prazo, num problema destes tão estrutural — ninguém investe dez ou 20 mil casas de uma hora para outra –, era preciso encontrar aqui, às vezes, um alvo mais fácil”, sustentou Eduardo Miranda, reforçando que o alojamento local pode ter feito parte do processo de transformação da cidade de Lisboa, “mas de longe não foi o culpado pela questão da habitação”.

Segundo o representante do setor, o alojamento local em Lisboa concentrou-se “essencialmente no centro histórico, que era justamente a zona que tinha pouco perfil habitacional”, mas que voltou a ser atrativa, pelo que foi restringida a abertura de novos estabelecimentos, através de intervenção da Câmara Municipal.

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Justiça já arrestou 2.200 obras de arte de Berardo

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

Maioria das obras estavam no jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral e na Aliança Underground Museum, em Aveiro. Mas 862 obras integram o acordo do empresário com o Estado e estão no CCB.

A Justiça já arrestou 2.200 obras de arte e quadros do empresário Joe Berardo, até ao final de agosto, na sequência do processo interposto pela Caixa, BCP e Novo Banco, avança o Jornal Económico (acesso pago)

Em causa está a tentativa destas instituições bancárias recuperarem uma dívida de 962 milhões de euros e por isso deram entrada com um processo que resultou no arresto de 862 obras, que integram o acordo do empresário com o Estado e que se encontram no Centro Cultural de Belém. Mas também de outras 1.200 obras que se encontravam no jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral e na Aliança Underground Museum, museu nas caves Aliança-Vinhos de Portugal, em Aveiro.

De acordo com o Jornal Económico, a Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte do empresário madeirense, foi notificada da totalidade do arresto a semana passada, a 4 de setembro, e prepara agora oposição à mesma até ao final da próxima semana.

A ministra da Cultura já tinha dado a garantia de que o arresto de obras não põe em causa o Museu Coleção Berardo, isto depois de agentes de execução terem sido vistos no final de julho no museu. Recorde-se que a este propósito ex-titulares da Cultura defenderam ao ECO que deveria ser feito um acordo entre o Estado e a banca relativamente à coleção.

As obras de arte não são o único bem que Berardo que os bancos pretendem ver arrestados. O arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, tal como o ECO avançou em primeira mão, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário, são outros exemplos.

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Proprietários e inquilinos de Lisboa rejeitam controlo do valor das renda

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

Os proprietários e inquilinos consideram que a limitação do preço das rendas provocaria, “um agravamento da retração da oferta” e acusam o Governo de ter responsabilidade na subida de preços.

Proprietários e inquilinos de Lisboa são contra a ideia de limitar o valor das rendas como resposta à crise no setor da habitação, posição apoiada pelos mediadores imobiliários, que sublinham que a medida teria “implicações trágicas”.

Lembrando o histórico de 100 anos de congelamento das rendas em Portugal, em que “tudo subia e as casas ficavam com valores perfeitamente irrisórios”, o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Luís Menezes Leitão, defende que a aplicação de medidas de controlo dos preços provocaria, “mais uma vez, um agravamento da retração da oferta”.

Em declarações à Lusa, o representante dos proprietários considerou ser “incomparável” a situação de Lisboa com a de outras cidades — como Berlim, onde foi aprovado o congelamento das rendas durante cinco anos para travar o aumento dos preços da habitação –, e desvalorizou o impacto da “pressão turística” na crise habitacional que se vive na capital portuguesa.

“Quando vejo querer comparar Lisboa a Berlim, Barcelona, Paris ou Amesterdão, vejam a pressão turística que essas cidades têm. Nós estamos a ter turismo que nunca tínhamos, mas não tem nada a ver com esses números“, reforçou Luís Menezes Leitão, atribuindo a responsabilidade pela subida dos preços e diminuição da oferta de casas no mercado de arrendamento ao Governo, devido aos impostos que incidem sobre a propriedade, inclusive a criação do Adicional ao Imposto Municipal de Imóveis (AIMI).

Com uma posição semelhante, o presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, recusou a aplicação de limites ao valor das rendas, advogando que “a propriedade privada tem o direito de, segundo as leis que existem — a lei a partir do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), a partir de 1990 –, arrendar ao preço que muito bem entender“.

“Não estamos de acordo com essa limitação. Isso é completamente voltar a um passado que não queremos, portanto a limitação das rendas não se deve colocar”, declarou, apontando como “solução possível” para a crise no setor da habitação o aumento da propriedade pública. Esse aumento da oferta pública de habitação, sublinhou, pode ajudar a combater os preços especulativos e a reduzir o valor das rendas no mercado de arrendamento.

Admitindo receio quanto à aplicação de medidas restritivas no setor da habitação em Portugal, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, lembrou a repercussão que teve uma notícia sobre essa possibilidade e que levou o Governo a pronunciar-se rapidamente, dizendo que não era verdade. “Isso poderia ter implicações trágicas”, afirmou.

Na sua opinião, a intervenção tem de passar, antes, pelo Estado, uma vez que “tem capacidade para isso e tem dinheiro”, incluindo com o aumento da oferta habitacional. “A receita fiscal sob o imobiliário é mais do que uma ‘árvore das patacas’, a receita dos últimos anos do crescimento do IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis], do IMT [Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis], é estrondosa”, destacou o presidente da APEMIP, propondo que essa receita fiscal seja para “criar casa para os cidadãos nacionais”.

Em junho, a secretária de Estado da Habitação rejeitou a aplicação de limites administrativos ao valor das rendas em Portugal, devido à reduzida oferta no parque habitacional público e à atual dinâmica de perda de casas no mercado de arrendamento. “Não podendo cobrir isto com oferta pública, se, neste momento, em vez de tornar mais atrativo o arrendamento, ainda lhe colocamos restrições demasiado onerosas. O que pode acontecer é que […] aumentamos a crise habitacional e perdemos casas”, afirmou Ana Pinho, em entrevista à Lusa.

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BCP negoceia venda de carteira de 200 milhões com britânicos

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

O banco está a negociar com o fundo AnaCap Financial Partners a venda de uma carteira de imóveis avaliada em 210 milhões de euros.

O BCP continua a alienar carteiras de imóveis, desta vez as negociações são com um fundo britânico. O “Project Pumas” inclui imóveis que estavam hipotecados e que foram executados pelo próprio banco, avaliados em mais de 200 milhões de euros.

De acordo com a agência Debtwire, citada pelo Jornal de Negócios (acesso pago), a venda desta carteira está a ser discutida em exclusivo com o fundo AnaCap Financial Partners e as negociações estão mesmo já numa fase avançada. Estes britânicos foram os mesmos que compraram no ano passado o portefólio “Project Pacific” à Caixa Geral de Depósitos.

Estes imóveis estão avaliados em 210 milhões de euros e vão juntar-se a outros já alienados este ano. No primeiro semestre, o banco vendeu carteiras no valor total de 217 milhões de euros, o que contribuiu para uma “redução significativa de 1,7 mil milhões de euros de NPE [Non-Performing Exposure, onde está incluído o crédito malparado]”.

Os bancos estão a tentar reduzir as carteiras de crédito malparado, sendo o Novo Banco aquele que mais se destaca. Depois de ter alienado quase 400 milhões de euros com o projeto “Sertorius”, a instituição financeira vendeu o “Nata 2”, o maior portefólio de sempre no país, ao fundo norte-americano Davidson Kempner.

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