Galp suporta bolsa de Lisboa com subida de 1%. BCP corrige das quedas

A petrolífera está a ser impulsionada pela subida dos preços da matéria-prima, puxando pelo índice português. O banco liderado por Miguel Maya respira de alívio após as fortes quedas.

A bolsa de Lisboa está em alta, suportada pelas ações da Galp Energia. A petrolífera avança 1,3% para 14,19 euros por ação, impulsionada pela subida dos preços da matéria-prima. A ajudar está também o BCP, que afundou 6% na última sessão, e segue a corrigir, com um ganho de 0,55% para 0,23 euros por ação.

O PSI-20 ganha 0,28% para 5.043,72 pontos, após terça-feira ter vivido aquela que foi a pior sessão do ano. Além da Galp e BCP, também o setor do papel segue em alta. A Navigator ganha 0,65% e tanto a Semapa como a Altri sobem 0,5%.

Em sentido contrário, o grupo EDP recua. A casa-mãe cede 0,1% para 3,31 euros e a eólica cai 0,65% para 9,15 euros, depois de terem anunciado o fecho da venda de participações em vários projetos eólicos em Espanha, Portugal, França e Bélgica, por 808 milhões de euros.

Lisboa está do lado dos vencedores na Europa, onde o sentimento é misto e os investidores estão em modo de espera. Termina esta quarta-feira a reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana e a expectativa é que o presidente Jerome Powell anuncie um corte nos juros de referência entre 25 e 50 pontos base, face ao atual intervalo entre 2,25% e 2,50% para estimular a economia, apesar de nem todos os decisores de política monetária dos EUA concordarem na estratégia.

Neste cenário de espera, o Stoxx 600 perde 0,1%, tal como o britânico FTSE 100. Tanto o espanhol IBEX 35 como o italiano FTSE MIB seguem a ganhar 0,1%, enquanto o francês CAC 40 e o alemão DAX estão praticamente inalterados.

A antecipação da decisão sobre o custo do dinheiro nos EUA, a par da quebra nos stocks de petróleo no país, têm influenciado igualmente o mercado petrolífero. Os preços da matéria-prima sobem pelo quinto dia consecutivo, com o Brent em Londres a avançar 0,70% para 65,17 dólares por barril e o crude WTI a ganhar 0,62% para 58,39 dólares.

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Hoje nas notícias: Golas, férias de Marcelo e pré-escolar

  • ECO
  • 31 Julho 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há mais dois casos de familiares de ministros do atual Governo que fazem negócios com o Estado, enquanto os fundos comunitários em Portugal poderão estar em risco como resultado do caso. As férias de Marcelo Rebelo de Sousa poderão ficar comprometidas pela quantidade de diplomas por promulgar e, depois do verão, os pais vão ter mais 550 novas vagas públicas no pré-escolar em Lisboa. O leilão de energia solar fechado terça-feira deixou de fora os pesos-pesados EDP e Galp.

Familiares de dois ministros de Costa fazem negócios com o Estado

Além do filho do secretário de Estado da Proteção Civil, há familiares de ministros que têm contratos com o setor público. É o caso do pai de Pedro Nuno Santos, mas também do marido de Francisca Van Dunem. O pai do ministro das Infraestruturas e da Habitação tem duas empresas que mantêm negócios com o Estado há vários anos — desde 2009 –, sendo que estas não terminaram quando Pedro Nuno Santos assumiu o cargo. Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Portugal arrisca perder fundos comunitários dos kits de incêndio

O ajuste direto feito pelo filho do secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, com a empresa que forneceu os kits de proteção contra incêndios no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” viola o Código dos Contratos Públicos e poderá levar o país a perder fundos europeus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar a compra de equipamento, após pedido de parecer do primeiro-ministro António Costa. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Marcelo leva para as férias quase 100 diplomas por promulgar

O Presidente da República tem dezenas de diplomas aprovados pelo Parlamento por promulgar. Marcelo Rebelo de Sousa vai estar na Alemanha entre 7 e 9 de agosto e depois tinha planos para ir à praia. No entanto, os prazos de análise podem trocar-lhe as voltas. Como “não dá jeito nenhum levar leis para analisar na praia”, o Presidente ainda está a pensar como vai organizar as férias, de acordo com fonte oficial de Belém. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Lisboa vai ter 550 novas vagas públicas para crianças no pré-escolar

Vão abrir 550 novas vagas para o pré-escolar em jardins-de-infância públicos de Lisboa, já no próximo ano letivo. No total, o número de salas vão aumentar em 22, em vários agrupamentos escolares, incluindo cinco que não tinham pré-escolar. Apesar de Governo ter prometido tornar a oferta universal até 2019, ainda é difícil aos país encontrarem jardins-de-infância públicos na Grande Lisboa, onde nascem cerca de 30 mil crianças todos os anos. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

EDP e Galp ficaram de fora do leilão de solar

O leilão de energia solar, que contou com 64 concorrentes e em que a procura foi nove vezes superior à oferta, deixou de fora os pesos-pesados do setor em Portugal, como a EDP e a Galp. Dados conhecidos esta terça-feira indicam que o valor médio de 20 euros por megawatt por hora, a bater recordes. O ministro do Ambiente e da Transição Energética João Pedro Matos Fernandes considera que a exclusão da EDP e Galp foi um resultado do “mercado a funcionar”. Acrescentou: “Não conseguiram arriscar nos leilões. Foi o mercado a funcionar”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Limite à pesca da sardinha encolhe. Capturas reduzidas a menos de metade

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

A pesca da sardinha com limite total de capturas até 5.000 toneladas termina esta quarta-feira. A partir de agosto só podem ser capturadas 2.181 toneladas.

A pesca da sardinha com limite total de capturas até 5.000 toneladas termina esta quarta-feira, sendo que a partir de agosto só podem ser capturadas 2.181 toneladas, de modo a assegurar a recuperação do ‘stock’.

No final de maio, o secretário de Estado das Pescas indicou, em declarações à Lusa, que, até ao final de julho, o limite de capturas fixava-se em 5.000 toneladas e a partir de agosto passava para 2.181 toneladas, perfazendo um total de 7.181 toneladas, valor acordado entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia para garantir a sustentabilidade do ‘stock’ de sardinhas.

“As estimativas que existem [apontam] para uma ligeira recuperação da biomassa, mas é necessário continuar os esforços. Reconhecemos que esta ligeira recuperação se deve muito aos esforços que o setor tem vindo a desenvolver […], mas essa recuperação tem que ser visualizada e consolidada com base nos dados científicos”, afirmou, na altura, José Apolinário.

A pesca da sardinha esteve interdita entre setembro de 2018 e 03 de junho deste ano.

Porém, mantêm-se algumas restrições, sendo proibido capturar este pescado aos fins de semana, feriados e às quartas-feiras.

De acordo com um diploma publicada em Diário da República na quinta-feira, os limites diários de captura para embarcações com comprimento igual ou inferior a nove metros é de 1.012 (45 cabazes), para barcos com comprimento superior a nove metros e inferior ou igual a 16 metros de 2.124 (90 cabazes) e para embarcações com comprimento superior a 16 metros de 3.036 (135 cabazes).

Por outro lado, o “máximo diário de capturas de sardinha calibrada como T4 é de 450 kg […], não podendo ser descarregadas e/ou colocadas à venda às quartas-feiras, para além do fim de semana e dias de feriado nacional”.

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EDP conclui venda de ativos eólicos por 808 milhões

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

EDP anuncia a conclusão da a venda da sua participação acionista total e dos empréstimos acionistas em vários projetos eólicos por 808 milhões de euros.

A EDP Renováveis (EDPR) concluiu a venda da sua “participação acionista total e dos empréstimos acionistas” em vários projetos eólicos por 808 milhões de euros, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na mesma nota, o grupo adiantou que, “no seguimento da informação anunciada a 23 de abril de 2019, foi concluída a venda da sua participação acionista total e dos empréstimos acionistas, a investidores institucionais aconselhados por J. P. Morgan Asset Management, por 808 milhões de euros”.

O portfólio em causa “é constituído por ativos de energia eólica ‘onshore’ [em terra] em operação, com capacidade instalada de 997 MW [megawatts]”, sendo que, destes 491 MW são líquidos para a EDPR, com uma “participação de 51% na maioria dos parques eólicos, em Espanha, Portugal, França e Bélgica”, lembrou a empresa.

Em abril, a EDPR anunciou que tinha chegado a acordo com vários investidores institucionais para “a venda da participação acionista total” da empresa “e dos empréstimos acionistas” de projetos eólicos avaliados em 800 milhões de euros, dando cumprimento ao plano de rotação de ativos.

Nessa altura, a empresa revelou que o valor da venda estava “sujeito a ajustes aquando da sua conclusão”.

Apesar de alienar estes ativos, a EDPR estabeleceu um acordo de prestação de serviços, segundo o qual prestará “serviços operacionais e de manutenção no portfólio” em causa, disse o grupo em abril.

O perímetro da transação abrange 388 MW em operação em França, 348 MW em operação em Espanha, 191 MW em operação em Portugal (parte dos ativos da ex-ENEOP) e 71 MW em operação na Bélgica”, precisava, nessa altura, a empresa liderada por Manso Neto, referindo que estes ativos iniciaram, em média, operação há sete anos.

A EDPR recordou que já tinha vendido “no passado, participações minoritárias nestes parques eólicos, nomeadamente em 2013, 2014 e 2016, e chega agora a um acordo para vender as restantes participações que detinha nestes projetos”, segundo a mesma nota.

A empresa revelou ainda que tendo em conta o preço da transação e a dívida líquida externa, o valor total de 100% dos ativos ascendia “a 1,6 mil milhões de euros, o que representa um múltiplo total unitário implícito de 1,6 milhões de euros/MW”.

Em março, o presidente da EDP anunciou aos investidores a intenção de proceder à rotação de ativos, que deverá render cerca de 4.000 milhões de euros nos próximos quatro anos.

António Mexia adiantou então que a estratégia será mais arrojada do que nos últimos anos, uma vez que a empresa passará da venda “só de posições minoritárias para vendas de participações maioritárias, o que reduz o risco, permite acelerar o crescimento, fazer mais projetos ao mesmo tempo”.

O gestor adiantou ainda que a alienação de ativos pretende “começar pela redução de tecnologias mais poluentes”.

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Familiares de ministros de Costa fazem negócios com o Estado

  • ECO
  • 31 Julho 2019

Não foi só o filho do secretário de Estado da Proteção Civil que fez negócios com o Estado. Familiares de Pedro Nuno Santos, Graça Fonseca e Van Dunem também têm contratos com o setor público.

Além do filho do secretário de Estado da Proteção Civil, há familiares de ministros que têm contratos com o setor público. É o caso do pai de Pedro Nuno Santos, mas também do marido de Francisca Van Dunem, revela o Observador (acesso pago).

O pai do ministro das Infraestruturas e da Habitação tem duas empresas que mantêm negócios com o Estado há vários anos — desde 2009 –, sendo que estas não terminaram quando Pedro Nuno Santos assumiu o cargo. Os negócios do pais, diz a publicação, estão avaliados em mais de um milhão de euros.

Além de Pedro Nuno Santos, o Observador lembra o caso do marido de Van Dunem, Eduardo Paz Ferreira, que tem contratos com o Estado. Recorde-se que esta ligação foi assumida, tendo Paz Ferreira afirmado, em abril, que não abdicava desta área de negócio pelo facto de a mulher ter funções governativas.

O Público avança esta quarta-feira que além de Pedro Nuno Santos e de Van Dunem, também o pai da ministra da Cultura, Graça Fonseca, terá prestado serviços a entidades públicas.

Estes casos juntam-se ao de José Artur Neves, cujo filho celebrou pelo menos três contratos com o Estado. António Costa pediu ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República um parecer sobre se o secretário de Estado violou ou não a lei da transparência.

Além da polémica dos contratos do filho, que levou o secretário de Estado da Proteção Civil a vir a público dizer que não se demite por causa destes negócios que desconhece, Artur Neves viu-se envolto noutra polémica, a das golas antifumo que são inflamáveis.

(Notícia atualizada às 10h07 com a informação do Público sobre os contratos do pai de Graça Fonseca)

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5 coisas que vão marcar o dia

Todos os olhos vão estar postos na Fed, no dia em que muitos economistas antecipam que Jerome Powell anuncie uma descida dos juros. O dia também ficará marcado pelos resultados da Meo.

Jerome Powell, presidente da Fed, poderá anunciar esta quarta-feira uma descida dos juros — pelo menos é o que esperam os economistas. Na Europa, a Altice, dona da Meo, apresenta resultados do último trimestre. E, em Portugal, também o Santander Totta. No plano dos indicadores económicos, o INE atualizará o nível da inflação e o Eurostat divulgará estimativas do crescimento do PIB na UE e na Zona Euro.

Fed vai cortar os juros?

Termina esta quarta-feira a reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) e o banco central dos EUA deverá lançar pistas sobre as medidas a tomar nos próximos tempos. Vários economistas estão a antecipar que a entidade liderada por Jerome Powell anuncie já um corte nos juros para estimular a economia, o primeiro numa década. No entanto, essa redução da taxa diretora já em agosto está longe de ser garantida.

Dona da Meo mostra contas do semestre

O grupo Altice, que detém a Meo em Portugal, apresenta hoje os resultados financeiros do primeiro semestre. Os analistas estimam que a empresa tenha gerado receitas de 517 milhões em Portugal, um aumento residual de 0,1% face ao trimestre homólogo, com um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) de 210 milhões de euros, uma queda de 1,2% face ao mesmo período do ano passado. A empresa poderá aproveitar a ocasião para fazer um ponto de situação sobre o processo da venda da fibra ótica, depois de ter prometido que daria novidades até ao fim primeiro semestre.

Santander Totta mantém subida nos lucros?

Há um ano, o Santander Totta revelava que os lucros do semestre tinham subido 15,2% face ao mesmo período de 2017, fixando-se em 263,6 milhões de euros. Esta quarta-feira, o banco volta a apresentar resultados, por volta do meio-dia. Os lucros do Totta têm vindo a aumentar e os dados que vão ser divulgados permitirão aos investidores perceber se a tendência se manteve na primeira metade deste ano.

Como evoluiu a economia da UE?

O Eurostat, gabinete oficial de estatística da UE, publica hoje uma estimativa rápida do crescimento económico na Zona Euro e dos países do bloco durante o segundo trimestre do ano. Os dados permitirão comparar Portugal com os pares sendo que, nos primeiros três meses do ano, 13 países europeus cresceram a um ritmo superior ao português, período em que a economia portuguesa cresceu 1,8%.

INE estima nível da inflação

Como evoluíram os preços este mês? O Instituto Nacional de Estatística responde hoje a essa pergunta. Pelas 9h30, vai divulgar uma estimativa rápida da taxa de inflação referente a julho. Para comparação, no mês anterior (junho), a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 0,4%, em linha com o ritmo registado em maio. Em simultâneo, o Eurostat atualiza o IPC para a Zona Euro.

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Atenção, trabalhadores independentes. Prazo para entregar declaração de rendimentos termina hoje

Acaba esta quarta-feira o prazo para os trabalhadores independentes entregarem à Segurança Social a declaração de rendimentos referente aos meses de abril, maio e junho.

O prazo para os trabalhadores independentes entregarem à Segurança Social a declaração trimestral de rendimentos relativa aos meses de abril, maio e junho termina, esta quarta-feira. A apresentação é obrigatória mesmo para os trabalhadores que não tenham auferido quaisquer rendimentos, nestes três meses.

Em janeiro, as regras dos trabalhadores que passam recibos verdes mudaram. Uma das principais alterações foi a substituição da declaração anual de rendimentos por quatro declarações trimestrais, a serem entregues até ao final de janeiro, abril, julho e outubro. Esta mudança serviu para aproximar o rendimento relevante do rendimento efetivo, já que, à luz das regras anteriores, as contribuições eram calculadas com base nos rendimentos do ano anterior, sendo “insensíveis” às variações sentidas ao longo desse período.

A apresentação das declarações trimestrais é obrigatória para todos os trabalhadores independentes, exceto aqueles que estejam isentos de contribuições para a Segurança Social (por exemplo, os pensionistas) e aqueles que tenham contabilidade organizada (neste caso, os trabalhadores tiveram de escolher entre entregar uma única declaração anual ou adotar o novo regime e as quatro declarações).

A propósito, a isenção contributiva dos trabalhadores dependentes que acumulam funções independentes chegou ao fim, este ano. Ou melhor, só se mantêm isentos (da obrigação contributiva e da obrigação declarativa) os trabalhadores com rendimento relevante mensal resultante da atividade independente inferior a quatro Indexantes dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, 1.743,04 euros. Nos restantes casos, é aplicada a tal taxa dos 21,4% à diferença entre o rendimento e os quatro IAS.

De notar que, mesmo que não tenha recebido qualquer rendimento durante o período a que se refere a declaração, o trabalhador independente tem de cumprir esta obrigação declarativa, sendo obrigado a pagar sempre a contribuição mínima (que passou a estar fixada nos 20 euros mensais).

A entrega do documento em causa deve ser feita até esta quarta-feira através da Segurança Social Direta, podendo o trabalhador enviar, no prazo de 15 dias, uma nova declaração (desta vez, retificativa).

Ao ECO, a secretária de Estado da Segurança Social garantiu que os trabalhadores independentes que não entregarem estas declarações vão escapar, por enquanto, às coimas (que poderiam chegar aos 250 euros). Cláudia Joaquim adiantou que, face à novidade do regime, está a ser estudada a substituição dessa penalização por uma admoestação (um mero aviso), até porque, no final do ano, haverá um acerto das contribuições a pagar, quando a Segurança Social cruzar com a Autoridade Tributária (AT) os dados sobre os rendimentos.

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Bancos deram 549 créditos para a casa sem garantia dos imóveis

Num total de 88 mil novos créditos para a casa, o imóvel foi dado como garantia aos bancos em quase todos. Mas em mais de 500 destes créditos não houve lugar a hipoteca.

Há cada vez mais portugueses a comprar casa. E, regra geral, com recurso a financiamento junto da banca. O número de novos empréstimos com este fim deu um salto no ano passado, registando-se quase 88 mil novos contratos. Em praticamente todos o imóvel foi dado como garantia à instituição financeira, mas não houve regra sem exceção. Em mais de 500 destes créditos a casa não ficou hipotecada.

De acordo com o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, o número de contratos de crédito à habitação celebrados em 2018 ascendeu a 87.906, um aumento de 13,4% face ao ano anterior. No total, estes novos financiamentos ascenderam a mais de 9,5 mil milhões de euros.

O grosso desse número — 99,3% — foi disponibilizado partindo do pressuposto habitual da hipoteca do imóvel. Ou seja, perante situações de incumprimento no pagamento das prestações pelo devedor, o banco pode socorrer-se dessa garantia, ficando com a possibilidade de exigir a entrega do imóvel como forma de saldar o montante em dívida.

Contudo, nem todos os financiamentos concedidos seguiram este modelo de contrato. No ano passado, foram celebrados 549 créditos à habitação sem garantia hipotecária, envolvendo um montante global de 59 milhões de euros, revela o relatório do supervisor referente ao ano passado. Nos dois relatórios dos anos anteriores não era feita qualquer referência a estes contratos.

Questionado pelo ECO face à existência de contratos com essas características, o Banco de Portugal começou por destacar a sua pequena representatividade face ao total celebrado. Os 549 novos créditos para casa sem a garantia do imóvel concedidos no ano passado representam perto de 8% do total de 7.255 financiamentos com estas características existentes em Portugal. A dívida associada a estes empréstimos ascende a 256 milhões de euros.

"Para além da garantia geral que sempre recai sobre o património do mutuário, as instituições podem exigir a constituição de outras garantias especiais que não a hipoteca, designadamente a fiança, o aval ou o penhor de bens móveis.”

Banco de Portugal

“Apenas uma proporção muito reduzida (0,6% do número de contratos e do montante de crédito concedido) não tem esta garantia”, diz a entidade liderada por Carlos Costa, que desvaloriza o risco que possa, eventualmente, resultar para os bancos em caso de incumprimento nestes contratos. Lembra que há outras formas de as instituições se protegerem.

“A avaliação do risco associado a um contrato de crédito à habitação tem por base a avaliação da capacidade financeira do mutuário (avaliação de solvabilidade) e o conjunto de garantias prestadas por esse mutuário“, começa por dizer aquela entidade, acrescentando que “a ausência de garantia hipotecária não significa que aos contratos de crédito não estejam associadas outras garantias”.

Da fiança à aplicações financeiras para garantir créditos

Segundo o Banco de Portugal, “para além da garantia geral que sempre recai sobre o património do mutuário, as instituições podem exigir a constituição de outras garantias especiais que não a hipoteca, designadamente a fiança, o aval ou o penhor de bens móveis“.

A fiança é uma das garantias mais comuns requeridas pelos bancos quando dão empréstimos para a compra de casa, sendo muitas vezes exigida ao mesmo tempo que a hipoteca do imóvel como forma de garantir os valores devidos. Ou seja, perante o incumprimento, o banco pode exigir ao fiador a substituição no pagamento das prestações devidas. O aval funciona de uma forma semelhante à fiança.

“O normal num crédito à habitação é que a garantia seja o imóvel — ou seja a sua hipoteca — mas isto não é obrigatório, nem exclusivo”, diz Nuno Rico, especialista da Deco. “Se o cliente tiver outras garantias a apresentar, nomeadamente, um património financeiro que exceda em muito o financiamento que está a ser concedido e que seja comprovável, ou valores de rendimento que superem em muito a prestação a suportar, o banco poderá aceitar outras garantias”, explica o economista.

"Se o cliente tiver outras garantias a apresentar, nomeadamente, um património financeiro que exceda em muito o financiamento que está a ser concedido e que seja comprovável, ou valores de rendimento que superem em muito a prestação a suportar, o banco poderá aceitar outras garantias.”

Nuno Rico

Deco

O que é comum em muitos destes casos é a penhora de aplicações financeiras, como depósitos a prazo, por exemplo. No caso destas, “ficam cativas, pelo que o consumidor não pode utilizá-las enquanto tiver o crédito” já que são o garante do valor do financiamento, contextualiza.

Imóvel (sempre) na mira, mas numa fase posterior

Nuno Rico vê algumas explicações para o crescimento dos financiamentos para a casa sem a garantia do imóvel, do lado de quem solicita à banca estes créditos. Aponta, nomeadamente, a questão dos custos das hipotecas, mas também a flexibilidade para quem vê no imobiliário uma opção de investimento.

Não entregar o imóvel como garantia do financiamento não significa, contudo, que este não possa vir a ser “chamado” a pagar o empréstimo junto do banco, ainda que só numa fase posterior. O imóvel não é dado como primeira garantia para o pagamento do crédito, mas “de forma indireta acaba por estar também a garantir aquele financiamento em conjunto com todo o património do consumidor”, nota o economista da Deco.

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Queda nas vendas penaliza resultados da Apple. Lucros recuam 8,45%

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

De outubro a junho, as receitas a empresa dirigida por Tim Cook recuaram para 196.134 milhões de dólares face aos 202.695 milhões registados em igual período de 2018.

A multinacional norte-americana Apple anunciou esta terça-feira resultados líquidos de 41.570 milhões de dólares (37.263 milhões de euros) nos primeiros nove meses do exercício fiscal de 2019, menos 8,45% que no mesmo período de 2018.

Entre outubro e junho, a empresa dirigida por Tim Cook obteve receitas de 196.134 milhões de dólares, contra 202.695 milhões de dólares nos primeiros nove meses do exercício fiscal de 2018, com uma diminuição significativa da venda de produtos (telefones iPhone, ‘tablets’ iPad, computadores Mac, entre outros), mas um aumento dos serviços (App Store e subscrições, por exemplo).

Os analistas já se tinham mostrado preocupados antes da apresentação dos resultados, tendo em conta o ritmo mostrado pela empresa nos últimos tempos, com as vendas do “produto estrela”, o iPhone, em baixa ou estagnadas em todo o mundo.

No terceiro trimestre, de abril a junho, o volume de negócios da Apple cifrou-se em 53,8 mil milhões de dólares, um resultado líquido de 10 mil milhões de dólares, menos 13% que no mesmo trimestre de 2018, mas acima das expectativas do mercado, apesar da diminuição das vendas do iPhone.

As vendas do smartphone da Apple passaram de 29,4 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2018 para quase 26 mil milhões de dólares no mesmo período deste ano, um número inferior às previsões dos analistas.

Em contrapartida, as receitas do negócio dos serviços da Apple (Apple pay, App Store, iTunes, Apple Music ou iCloud) subiram 15% face ao mesmo período de 2018, ao atingirem 11,5 mil milhões de dólares entre abril e junho deste ano, refere a empresa num comunicado.

“Fizemos o nosso melhor terceiro trimestre desde sempre, graças a receitas recorde dos serviços, uma aceleração do crescimento dos dispositivos conectados, bons desempenhos dos iPad e dos Mac e uma melhoria significativa das tendências para o iPhone”, declarou Tim Cook citado no comunicado.

Financeiramente dependente do iPhone – que ainda representa cerca de metade das receitas -, o gigante das tecnologias empreendeu uma diversificação para serviços digitais.

O grupo anunciou em março, entre outros, o lançamento de uma plataforma de vídeo em ‘streaming’ e uma assinatura de imprensa.

Para o quarto trimestre, entre julho e setembro, a Apple prevê um volume de negócios entre 61 e 64 mil milhões de dólares.

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Rio deixa cair porta-voz das Finanças do PSD. Conselho Nacional aprova listas

Joaquim Miranda Sarmento é porta-voz do PSD para as finanças e foi chave no programa eleitoral, mas fica fora das listas às legislativas. Álvaro Almeida entra em 8º no Porto. As listas foram aprovadas

Álvaro Almeida entra em oitavo lugar na lista pelo Porto, Joaquim Miranda Sarmento fica fora das listas em Lisboa. Este é o destino dos dois economistas, respetivamente coordenador e porta-voz para as finanças, que nos últimos meses estiveram a preparar o cenário macroeconómico e as medidas de política fiscal e orçamental do PSD. A surpresa é mesmo a ausência de Miranda Sarmento, que tinha já discutido com o líder do partido a entrada num lugar elegível, até à 10ª posição e acaba por não ir a votos nas legislativas de outubro. Na noite das “facas longas”, o Conselho Nacional do partido aprovou as listas por 74% dos votos, com 80 votos a favor, 18 contra e 10 abstenções.

A noite em Guimarães foi longa, e terminou já de madrugada, mas à saída da encontro do Conselho Nacional que aprovou as linhas gerais do programa eleitoral e as listas para as legislativas de 6 de outubro, Rui Rio parece ter saído aliviado. “Foi um bom resultado”, disse o presidente do PSD, acrescentado que até terá sido “razoavelmente pacífico”. Entre discussões e abstenções, o maior confronto foi mesmo com o úncio até agora deputado e oficialmente vetado pelo presidente do PSD, Hugo Soares. O antigo presidente da bancada parlamentar do PSD disse mesmo, na sua intervenção, que aquele veto era uma “medalha” que carregava ao peito.

Outra das surpresas da noite, além da já citada ausência de Joaquim Miranda Sarmento das listas de candidatos a deputados, foi o ressuscitar político, ainda que por umas horas, de Luís Filipe Menezes, antigo arqui-rival de Rio, agora transformado no seu surpreendente aliado. No Conselho Nacional, defendeu que ainda é possível ao PSD disputar as legislativas, e cá fora, não resistiu a mandar recados a Pedro Passos Coelho. “Se tivéssemos continuado com o Diabo estaríamos melhor ou pior?”, afirmou o antigo presidente do PSD.

A “limpeza”, essa, confirmou-se, como já estava pré-anunciada há alguns dias. Miguel Pinto Luz e Maria Luís Albuqerque são talvez os nomes ausentes mais presentes nas discussões dos social-democratas. Até porque militantes como Marco António Costa, Pedro Duarte ou Luís Montenegro já tinham anunciado publicamente que não estariam disponíveis para fazer parte das listas às legislativas de outubro.

Da “limpeza” ao “banho de ética”: Algins dos nomes que entram nas listas agora aprovadas no Conselho Nacional estão arguidos em diferentes casos, mas, como o líder do partido já tinha referido, só uma condenação em primeira instância os obrigará a suspender mandato. E a demissão só com sentença transitada em julgado. Quem são? Emília Cerqueira, por causa das assinaturas de presenças no Parlamento por outros deputados, Rui Silva, acusado de corrupção por causa de um caso em Vila Verde e, o mais mediático, Carlos Reis, que entra num lugar elegível por Braga (4º), envolvido no caso Tuti-Fruti.

Neste Conselho Nacional, Rui Rio garantiu também a aprovação das linhas gerais do programa eleitoral, com a apresentação de cinco reformas que, para Rui Rio, são “inadiáveis” e, entre elas, sem surpresa, estáo mudanças ao sistema eleitoral.

Consulte aqui as listas de candidatos do PSD às legislativas

(em atualização)

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Wall Street fecha em queda depois de recados de Trump

  • ECO
  • 30 Julho 2019

Principais praças norte-americanas desvalorizaram ao longo da sessão, depois de Donald Trump ter lançado mais achas para a fogueira na relação com a China através do Twitter.

A negociação ficou condicionada desde antes do seu início. Os tweets de Donald Trump a criticar duramente a atitude das autoridades chinesas pouco antes da abertura dos mercados norte-americanos “condenaram” à desvalorização as três maiores bolsas dos Estados Unidos.

Esta terça-feira, o Dow Jones recuou 0,08%, para 27.198,02 pontos, conseguindo ainda assim sustentar-se um pouco melhor que o S&P 500, que perdeu 0,26%, para 3.013,18 pontos, e o Nasdaq, que caiu 0,24%, para 8.273,18 pontos. O setor tecnológico foi o que mais sofreu com os novos sinais de que um acordo entre Pequim e Washington ainda está distante.

“As tecnológicas estiveram fracas hoje, depois de Trump ter lançado um novo ataque à China a propósito das relações comerciais”, apontou Joseph Sroka, da NovaPoint, citado pela Reuters. “As grandes multinacionais tecnológicas são bastante sensíveis às matérias das relações comerciais e de tarifas na China”, acrescentou. Ao longo da negociação, a Apple desvalorizou 0,43%.

Além das declarações de Trump, também a antecipação de uma decisão da Fed a propósito dos juros norte-americanos tem mantido os investidores na expectativa, aguardando-se para quarta-feira o anúncio oficial de um corte de 25 pontos base na taxa de juro.

Este corte irá transmitir aos mercados que a Reserva Federal está a apoiar a expansão económica“, referiu ainda Sroka. “Estão conscientes que as questões do comércio e das tarifas estão a provocar um abrandamento e que um pequeno corte amanhã [quarta-feira] irá reforçar a ideia que é mais provável que a taxa continue a descer do que subir a médio prazo.”

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Caixa vai vender 800 milhões de crédito malparado

Depois do Novo Banco e do BPI, também a Caixa prepara a venda de carteiras de créditos em situação de incumprimento. E as dívidas de grandes devedores? Macedo não descartou, mas será venda individual.

Depois do Novo Banco e do BPI, também a Caixa Geral de Depósitos (CGD) prepara a venda de crédito em situação de incumprimento. São 800 milhões de euros em malparado. Foi Paulo Macedo quem anunciou essa intenção. O presidente do banco público não descartou a venda da dívida de grandes devedores, mas frisou que nestes casos será feita de forma individual e não por atacado.

Em causa estão créditos em Portugal e também no exterior, com ou sem garantia, adiantou o presidente do banco público durante a apresentação dos resultados do semestre. A CGD registou uma subida de 45% do lucro para 283 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Macedo não excluiu a alienação das dívidas dos grandes devedores do banco. “Podem ser feitas vendas, sim, por negociação para aquele crédito” específico, acrescentou.

Os bancos portugueses têm vindo a reduzir o rácio de malparado para cumprir as metas das autoridades europeias. Uma das forma de baixar a exposição a estes ativos problemáticos passa pela venda de carteiras. O Novo Banco está a finalizar um processo de venda de um portefólio com o valor bruto superior a 3.000 milhões, que inclui “single names”, ou seja, grandes créditos faltosos. E esta segunda-feira, o BPI revelou que está a vender 200 milhões de euros de crédito malparado até final do ano.

A Caixa chegou a junho deste ano com o rácio de malparado nos 7,3%. O objetivo para todos os bancos europeus é chegar a um nível inferior a 5% nos próximos anos.

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