“É verdade” que há carências nos hospitais, diz António Costa

  • Lusa e ECO
  • 29 Junho 2019

António Costa reconheceu este sábado que "é verdade" que existem "carências de pessoal neste e naquele hospital", uma realidade que "não podemos ignorar essa realidade".

O secretário-geral do PS criticou este sábado os cortes aplicados pelo anterior Governo PSD/CDS-PP no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Destacando que o atual executivo investiu no setor, que é “prioritário”, e criou emprego, António Costa lembrou que “na legislatura anterior foram cortados cerca 1.300 milhões de euros ao financiamento do SNS”.

“Não só já repusemos esse corte como já aumentámos para 1.600 milhões de euros o aumento da despesa em saúde”, afirmou o líder do PS, numa videoconferência, a partir da sede do partido em Lisboa, com militantes e simpatizantes do PS em Portalegre, onde decorre a terceira de quatro convenções temáticas que os socialistas estão a promover para a construção do programa eleitoral para as legislativas.

Tendo como palco a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre e perante um auditório totalmente preenchido, o líder socialista recordou que o investimento que foi feito pelo atual Governo no SNS permitiu aumentar o número de profissionais nesta área, nomeadamente “mais 11 mil” profissionais.

“Bem sei que todos os dias ouvimos que há carências de pessoal neste e naquele hospital, e não podemos ignorar essa realidade, é verdade. Agora, há uma outra verdade que é preciso dizer, é que se tivéssemos prosseguido a política do anterior Governo faltariam ainda mais médicos, ainda mais enfermeiros, ainda mais técnicos de diagnóstico, ainda mais profissionais de saúde em todos os hospitais”, disse.

Com um discurso baseado no setor da saúde, natalidade, precariedade, licença parental, habitação, sustentabilidade da segurança social, entre outros temas, António Costa deixou algumas críticas ao anterior Governo.

Nos temas relacionados com a segurança social e a saúde, António Costa contou no decorrer da sua intervenção com o apoio dos ministros destas duas pastas que aproveitaram a ocasião para fazer um balanço daquilo que foi feito nestes setores, lançando ainda algumas bases para o futuro.

A criação de emprego também marcou presença no discurso do secretário-geral do PS, que recordou ao auditório que foram criados “350 mil novos empregos” ao longo dos últimos quatro anos.

“O dado talvez mais importante é que 89% destes novos empregos são empregos sem termo, contratos sem ser a prazo, contratos definitivos, contratos que dão segurança no emprego”, disse.

Sobre as políticas de migração, António Costa mostrou-se também satisfeito com os resultados obtidos nos últimos anos.

“Entre 2011 e 2016, tivemos sistematicamente saldos migratórios negativos. Em 2011, 2012 e 2013, sobretudo, e depois progressivamente reduzindo, houve sempre mais pessoas a sair do que mais pessoas a entrar em Portugal. Foi a inversão de políticas em 2015, o termos permitido virar a página da austeridade, termos mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade que nós conseguimos criar um clima de confiança”, sublinhou.

O “clima de confiança” originou, segundo o líder do PS “menos jovens a partir, menos não jovens a partir e, sobretudo, mais pessoas a regressarem” ou, pela primeira vez, a trabalhar em Portugal.

“Quer em 2017, quer em 2016, nós tivemos pela primeira vez saldos migratórios positivos, como não tínhamos desde 2011 e este é um dos grandes resultados da ação governativa que importa valorizar”, disse.

Depois da quarta e última convenção temática, a 6 de julho em Braga, está marcada para 20 de julho uma convenção nacional onde António Costa espera “aprovar o programa” eleitoral para as legislativas de 6 de Outubro e lembrou que não poderá haver falsas promessas.

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Porque é que a bitcoin fez “pop” outra vez? Estas 5 razões ajudam a explicar

A bitcoin disparou novamente, depois da ascensão e queda entre 2017 e 2018. O ECO reuniu cinco razões que ajudam a explicar porque é que a bitcoin voltou a fazer "pop", como as pipocas.

Naquela sexta-feira, os fãs de criptomoedas viram a bitcoin tocar um novo mínimo, abaixo dos 3.400 dólares. O calendário marcava 6 de fevereiro de 2019, mais de um ano depois da euforia que levou a moeda virtual ao patamar dos 20 mil dólares. O sabor era amargo para quem investiu após esse máximo e não vendeu antes da queda. Mas nada fazia prever o que estava para vir.

Semanas depois, a 2 de abril, o valor da bitcoin disparou de 4.130 dólares para quase 5.200 dólares no dia seguinte. Alguns jornais noticiaram a subida e muitos fãs voltaram a provar do mesmo mel que escorreu em dezembro de 2017, altura em que era relativamente comum o preço da bitcoin fazer um “pop” de 20% em poucas horas (ou cair na mesma medida).

Essa data marcou o início do segundo reinado da bitcoin, que culminou esta semana com o preço da criptomoeda a regressar a valores vertiginosos, acima dos 13.680 dólares. Ninguém sabe ao certo porquê, mas é possível atribuir a valorização a um conjunto de razões, que o ECO resume nos próximos tópicos.

A montanha russa da bitcoin

Fonte: CoinDesk

1. O nascimento da Libra

Um dos principais motivos para a recuperação da bitcoin é o nascimento da Libra, que promete ser a nova moeda virtual universal e que está a ser lançada por uma associação liderada pelo Facebook. Na perspetiva dos investidores, a Libra vai atrair mais gente para o mundo das criptomoedas, dado o público potencial de quase dois mil milhões de utilizadores da rede social, que passarão a ter contacto com o dinheiro virtual e com o potencial da blockchain.

Durante semanas, alguns jornais especializados foram avançando mais e mais informações sobre o novo projeto de Mark Zuckerberg, que vai ter a Visa e a MasterCard como parceiras, além da luso-britânica Farfetch. Ora, em A Random Walk Down Wall Street, Burton Malkiel escreveu que, se o mercado souber que uma ação vai valorizar 3% amanhã, ela valoriza 3% já hoje. Foi o que aconteceu com a bitcoin: de cada vez que os investidores foram sabendo mais informações sobre a Libra, a bitcoin também foi ganhando com o clima mais favorável que se foi formando.

O ponto alto deu-se em meados deste mês, quando o Facebook oficializou o lançamento da Libra, que deverá nascer em 2020. Foi na terça-feira de 18 de junho, mas os investidores já sabiam quase tudo o que aí vinha, através de informações do The Wall Street Journal publicadas na sexta-feira anterior. Durante o fim de semana e a segunda-feira, o valor da bitcoin aumentou de 8.200 dólares para cerca de 9.400.

2. O medo de ficar de fora

É bem real e até tem direito a ser tratado pela sigla: o “FOMO”, ou fearofmissingout, é outro dos fatores que ajuda a explicar a nova escalada da bitcoin nos mercados.

No campo da especulação, a bitcoin tinha poucas provas dadas antes do boom de 2017. Mas, após este período, tornou-se evidente que o preço de uma moeda virtual pode subir — e subir muito. Afinal, dificilmente existirá outro ativo capaz de “render” quase 1.200% num ano. E cujas mais-valias, em Portugal, nem sequer são tributáveis.

É mais do que sabido. Promessas de “dinheiro fácil” atraem muita gente. Por isso, alguns investidores, com receio de serem deixados para trás, investiram em bitcoin e noutras criptomoedas — ou seja, “entraram no comboio”, leia-se.

À medida que a bitcoin foi ganhando popularidade, o passa-a-palavra e o acesso à informação resultaram num ciclo que atraiu mais e mais investidores, continuando a impulsionar o valor da moeda virtual. Pelo meio, alguns dos detentores mais antigos foram aproveitando a escalada para vender e concretizar as respetivas mais-valias — o chamado exit.

Os investidores regressaram à bitcoin com receio de ficar de fora de um novo rally.Pixabay

3. A manipulação dos preços

Os reguladores têm repetido até à exaustão os riscos associados às criptomoedas, um dos fatores que ficou associado à pressão vendedora que pairou sobre a bitcoin em 2018. Este ano, a moeda parece estar novamente na berra, mas a escalada tem uma tonalidade diferente do rally de 2017.

Segundo a Bloomberg (acesso condicionado), são cada vez mais os episódios de manipulação do preço da moeda. Um exemplo são as publicações que, por vezes, aparecem, dando como oficial a aprovação de produtos derivados da bitcoin que, na verdade, não passam de fake news.

Um dos episódios mais recentes envolveu um tweet a indicar que um fundo ETF de bitcoin tinha sido aprovado pelos reguladores. A informação era falsa, mas tornou-se viral, alcançando mais de 1.600 “gostos” (a aprovação do fundo ETF de bitcoin tem sido amplamente esperada pelos fãs das criptomoedas, mas a ideia não tem merecido luz verde das autoridades).

Na última semana, Nouriel Roubini, um influente economista que ficou conhecido por ter previsto a crise do subprime, escreveu no Twitter que “95% das transações com bitcoin em corretoras típicas são falsas”, citando um estudo internacional. “A única coisa real no universo das criptomoedas é a manipulação e os esquemas de pump ‘n dump [grupos que se juntam para comprar um ativo em simultâneo, aproveitando a escalada artificial do preço para vender com mais-valia]”, apontou.

4. O trabalho dos mineiros

Nunca foi tão difícil minerar uma moeda de bitcoin. É o que se deduz a partir do gráfico de hash rate da rede bitcoin, que, em linhas gerais, resume a velocidade a que os computadores que suportam a criptomoeda estão a tentar resolver as equações que resultam no fecho de transações e em novas bitcoins a circular (é assim que funciona a blockchain da bitcoin, através de um mecanismo chamado proof of work).

A taxa de cálculo está em máximos históricos, o que mostra que nunca tantos sistemas estiveram ligados à rede como agora, mesmo em 2017, quando se deu o primeiro boom da moeda virtual. Embora este fator não esteja diretamente relacionado com o preço da bitcoin, tem sido um dos argumentos usados pelos evangelistas da moeda para mostrar que a bitcoin está viva e recomenda-se.

Hash rate da bitcoin está em máximos de sempre

Fonte: Blockchain (estimativa)

5. A nova era das ICO

É outro fator que, apesar de não ligar diretamente à valorização da bitcoin, mostra que o mercado das criptomoedas está a ganhar dinâmica outra vez. O The Wall Street Journal (acesso pago) noticiou no início deste mês que as startups estão novamente a angariar capital através das criptomoedas… mas com uma ligeira diferença.

Em 2017 e nos primeiros meses de 2018, muitas startups lançaram criptomoedas próprias para angariar fundos para projetos. O método ficou conhecido por ICO — initial coin offering –, uma clara alusão ao termo IPO (oferta pública inicial) muito usado no mercado de capitais regulado.

O novo método é diferente porque já não são as próprias ICO a lançarem novas criptomoedas — como fez a portuguesa Aptoide, a partir de Singapura. Agora, as startups estão a recorrer às novas IEO, initialexchangeofferings. Essencialmente, a diferença é que as novas moedas (tokens) já não são vendidas diretamente pelas startups, mas sim por corretoras intermediárias. Segundo o jornal, até maio deste ano foram angariados 518 milhões de dólares em 63 operações deste género.

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Há cada vez mais funcionários públicos à beira da reforma

No último ano, a idade média da Função Pública aumentou quase quatro anos face a 2011 e o número de trabalhadores com 65 anos ou mais atingiu o nível mais alto desta série estatística.

As Administrações Públicas estão cada vez mais envelhecidas. No último ano, a idade média estimada para o total dos trabalhadores do Estado subiu quase quatro anos para 47,4 anos, quando comparada com o final de 2011. Estes dados constam do Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP) publicado pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), na sexta-feira. Segundo este relatório, o número de funcionário públicos com 65 anos ou mais e, portanto, à beira da reforma atingiu, no ano passado, os 16.203, o nível mais elevado desde o início da série estatística.

No final de 2018, o emprego nas Administrações Públicas situava-se nos 683.591 postos de trabalho, valor que reflete um recuo de 6,1% face ao final de 2011 (ou seja, menos 44.194 postos de trabalho). Em comparação ao período homólogo, registou-se, contudo, uma subida de 2,1% (ou seja, 14.270 postos de trabalho), evolução para a qual “contribuiu essencialmente o subsetor da Administração Central, o qual representa 75,6% do emprego” do Estado, nota a DGAEP.

Numa análise mais focada no perfil etário da Função Pública, é importante notar que, a 31 de dezembro de 2018, 32,7% dos trabalhadores (223.629) tinha entre 45 e 54 anos e 28,8% tinha idades (196.953) superiores aos 54 anos. Deste último grupo, 16.203 trabalhadores tinham 65 anos ou mais, valor que compara com os 5.111 verificados no final de 2011 e representa o número mais elevado de toda esta série estatística. Ou seja, há cada vez mais funcionários públicos à beira da reforma, já que a idade legal de acesso à pensão está fixada, atualmente, nos 66 anos e cinco meses.

Número de funcionários públicos com 65 anos ou mais atinge novo recorde

Fonte: DGAEP

“A idade média estimada para o total dos trabalhadores das Administrações Públicas é de 47,4 anos, tendo aumentado 3,8 anos em comparação com o final de 2011”, explica ainda o boletim, divulgado na sexta-feira.

No segundo semestre do último ano e face ao final de 2015, regista-se ainda uma quebra acentuado do número de trabalhadores entre os 25 anos e os 34 anos e um aumento do número de trabalhadores nas faixa etárias superiores aos 55 anos, o que reflete “essencialmente o reduzido número de novas admissões nas Administrações Públicas, particularmente entre 2012 e 2015”.

De notar, por outro lado, que em todos os subsetores das administrações públicas a idade média é superior à da população ativa (43,3 anos), com especial foco nos Fundos da Segurança Social (51 anos) e na Administração Local (48,9 anos).

“Todos os subsetores das Administrações Públicas apresentam um índice de juventude inferior a 100, isto é, o número de trabalhadores com menos de 40 anos é inferior ao número de trabalhadores com 40 e mais anos de idade, situação que se tem vindo a agravar desde 2011″, salienta-se ainda no boletim. Assim, diz a DGAEP, no final de 2018, por cada 100 trabalhadores na Administração Local com mais de 40 anos, apenas havia 21,3 trabalhadores com menos de 40 anos de idade.

Recibos verdes aumentam na Administração Central

Outro dos capítulos do BOEP é dedicado às prestações de serviços em entidades da Administração Direta e Indireta do Estado. Na edição do boletim que foi conhecida esta sexta-feira, está indicada uma diminuição de 8% do número de trabalhadores a recibos verdes em organismos públicos, no final do último ano face ao mesmo período de 2017. Para tal terá contribuído “em grande parte” o programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública, salienta a DGAEP.

Apesar deste recuo das prestações de serviço no Estado central, na Administração Central o cenário é o inverso. Aí este tipo de vínculos aumentou de 7,2%, de 7.382 em 31 de dezembro de 2017 para 7.910 em dezembro de 2018, o que fica por explicar na DGAEP.

Este aumento nota-se sobretudo no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (que passou a contar com mais 1.404 prestadores de serviços), no Ministério da Economia (mais 97 prestadores de serviços) e no Ministério da Justiça (mais 63 prestadores de serviços).

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Deutsche Bank planeia cortar até 20 mil empregos

O alemão Deustche Bank está a ponderar cortar entre 15 mil e 20 mil empregos como parte do plano de reestruturação profunda. A banca de investimento deverá ser a mais afetada.

O Deutsche Bank está a ponderar cortar entre 15 mil e 20 mil empregos, avança o Financial Times (acesso pago), este sábado. Tal medida faz parte do plano de reestruturação do líder executivo do banco, Christian Sewing, devendo ser a banca de investimento a mais afetada.

De acordo com uma fonte próxima do processo, os cortes nos recursos humanos deverão ser equivalentes a metade dos empregos envolvidos na banca de investimento, não sendo ainda claro se as outras “alas” do banco alemão serão afetadas. A avançar, tal perda de pessoal representará um corte de um quinto da capacidade humana total do Deutsche Bank. Isto um ano depois do banco ter cortado sete mil empregos.

“Tem havido progressos significativos na última semana, mas o pacote total ainda não está pronto”, explica uma segunda fonte citada pela FT. Questionado sobre a matéria, o banco germânico rejeitou comentar os potenciais cortes de empregos, dizendo apenas: “O banco está a trabalhar em medidas para acelerar a sua transformação e melhorar a sustentabilidade da sua rentabilidade”.

Fontes citadas pelo The Wall Street Journal (acesso pago) acrescentam que este plano deverá ser executado durante cerca de um ano e deverá afetar todas as geografias em que a instituição está presente.

No início de junho, o FT avançou que o Deutsche Bank vai avançar com uma reestruturação profunda, ao abrigo da qual se irá afastar do negócio da banca de investimento, criando um “banco mau” para o qual irá transferir ativos no valor de várias dezenas de milhares de milhões de euros. De acordo com o jornal britânico, serão transferidos para este banco os ativos que o alemão pretende alienar, avaliados entre 40 e 50 mil milhões de euros.

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João Soares anuncia “decisão pessoal” de não integrar listas do PS às legislativas

  • Lusa
  • 29 Junho 2019

João Soares adiantou, este sábado, que não irá integrar as listas do PS às legislativas de outubro. Foi uma "decisão pessoal", escreveu o antigo ministro da Cultura, no Facebook.

O socialista João Soares anunciou, este sábado, que não integrará as listas do PS às eleições legislativas de outubro, numa “decisão pessoal” que comunicou antes das eleições europeias, dizendo esperar que a “solução política de esquerda” possa continuar.

O deputado, que foi o primeiro ministro da Cultura do Governo de António Costa, escreveu na rede social Facebook que não integrar as listas foi uma “decisão pessoal comunicada ao secretário-geral do PS, presidente do partido, e à secretária-geral adjunta, ainda antes das eleições para o Parlamento Europeu”.

Decisão que não resulta de nenhum cansaço especial, de vontade de reforma, ou muito menos de afastamento dos meus ideais de sempre, ou do partido político a que orgulhosamente pertenço, o PS. Pelo contrário, continuo firmemente apostado nos combates políticos do PS. Determinado a participar ativamente na próxima campanha eleitoral legislativa”, sustentou, sublinhando o “apoio firme ao Governo”, em que teve “o prazer de participar”.

João Soares frisou o seu apoio à “solução política de esquerda” que deu “solidez parlamentar e tempero político”: “Apoiante antes mesmo de ter existido, espero que possa continuar no futuro”. “Estarei empenhado nas frentes de combate onde julgar, ou julgarem, que posso ser útil. E for oportuno. Com a determinação, entusiasmo, e alegria de sempre”, escreveu João Soares.

O até agora deputado socialista foi ministro da Cultura durante quatro meses, no início do governo de António Costa, pedindo a demissão depois de uma polémica envolvendo os colunistas Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente. Na altura, João Soares escreveu na sua página da rede social Facebook que devia “duas bofetadas salutares” a Augusto M. Seabra e a Vasco Pulido Valente.

João Soares foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1995 e 2002, em coligação com o PCP, assumindo o mandato depois de Jorge Sampaio deixar a autarquia da capital rumo à Presidência da República. Com Sampaio na liderança da autarquia lisboeta, Soares foi vice-presidente e vereador da Cultura entre 1990 e 1994, altura em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura (1994), e em que foi criada Casa Fernando Pessoa (1993), entre outros equipamentos da Câmara.

Em 2001, venceu as eleições para a presidência da Câmara de Lisboa, sem alcançar maioria absoluta. Durante a sua presidência de Câmara, realizaram-se as demolições dos bairros de barracas da capital, nomeadamente o da Curraleira, junto às Olaias, e o do Casal Ventoso, em Campo de Ourique, no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER).

De 1994 a 1995, João Soares foi também deputado ao Parlamento Europeu e foi membro do Conselho de Estado, de 1999 a 2002.

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Acordo comercial no horizonte? EUA e China vão retomar conversações

Washington e Pequim vão retomar as negociações para tentar por termo à guerra comercial. A retoma das conversações foi anunciada este sábado.

Os Estados Unidos e a China vão retomar as negociações para tentar por fim à guerra comercial entre estas duas potências, avança a Reuters (acesso livre), este sábado. “Veremos o que vai acontecer”, disse Donald Trump aos jornalistas, à margem da cimeira do G20. Isto depois de ter estado mais de uma hora reunido com o Presidente chinês, Xi Jinping.

O arranque da cimeira do G20 tinha ficado marcado pelas ameaças do Presidente norte-americano. Donald Trump sinalizou estar a ponderar aplicar novas tarifas aduaneiras sobre os restantes bens chineses, que até agora escaparam às taxas aplicadas pelos Estados Unidos às importações chinesas.

Poucos dias depois, o líder americano parece, contudo, ter mudado de ideias; Ou pelo menos, adiou esses planos. É que, à saída de uma reunião de 80 minutos com o Presidente chinês, Donald Trump anunciou que as negociações entre Washington e Pequim serão retomadas para que, mais uma vez, se tente chegar a um acordo comercial entre estas potências. “Estamos de volta e veremos o que vai acontecer”, sublinhou Trump, em declarações aos jornalistas.

O Presidente norte-americano adiantou que não irá suspender as tarifas aduaneiras já aplicadas aos bens chineses, mas garantiu que não irá avançar com as referidas novas taxas, que iriam abranger 300 mil milhões de dólares de artigos chineses. Em troca, a China irá adquirir bens agrícolas produzidos nos Estados Unidos.

“Se chegarmos a acordo, será um evento histórico”, acrescentou Trump, que não avançou a data em que serão retomadas as negociações entre as duas maiores economias do mundo.

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China já dura há mais de um ano e envolve, neste momento, milhares de milhões de dólares em importações de ambos os países, afetando o comércio e o crescimento económico global.

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“PS já teve sete posições” sobre Lei de Bases da Saúde, BE “não muda”

  • Lusa
  • 29 Junho 2019

Catarina Martins criticou, este sábado, o PS por já ter assumido "sete posições diferente" sobre a nova Lei de Bases da Saúde. O BE "manteve a sua versão", disse.

A coordenadora do BE acusou, este sábado, o PS de já ter assumido “sete posições diferentes” sobre a nova Lei de Bases da Saúde no último ano e meio, enquanto os bloquistas mantiveram a sua versão de sempre.

O PS, neste ano e meio, já teve, pelo menos, sete posições diferentes sobre esta matéria. O BE não muda. Fez uma proposta clara para ultrapassar os impasses na Assembleia da República há duas semanas a que o PS nunca respondeu. O BE vai continuar as votações na especialidade que estão a decorrer com o mesmo objetivo – uma lei de bases que salve o SNS. Não me cabe a mim explicar os ziguezagues do PS”, disse Catarina Martins. A líder do BE respondia a questões dos jornalistas durante uma concentração popular contra o despejo da papelaria “Eduardo dos Livros”, em Campo de Ourique, Lisboa.

Eu, às vezes, pergunto-me se o facto de o PS já ter tido sete versões do que quer da Lei de Bases da Saúde significa que não quer nenhuma e deixar tudo como está. O BE não quer, quer mesmo salvar o SNS e vamos continuar a fazer esse trabalho na especialidade com a mesma tranquilidade e objetivos com que trabalhámos até agora”, afirmou.

O PS anunciou sexta-feira que não chegou a acordo com o PSD sobre a revisão da Lei de Bases da Saúde e pediu o apoio dos “partidos que não se revêm na atual lei que incentiva as PPP”, dirigindo-se aos seus parceiros parlamentares à esquerda, enquanto o presidente social-democrata, Rui Rio, afirmou não querer ser uma “muleta da ‘geringonça'”.

“O BE diz a mesma coisa há um ano e meio: precisamos de uma Lei de Bases da Saúde que salve o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que pare com esta sangria de recursos públicos para os grandes grupos económicos que vivem do negócio da doença. Fizemos várias propostas sempre na mesma direção, com o mesmo objetivo“, continuou Catarina Martins.

Em conferência de imprensa no parlamento, a vice-presidente da bancada do PS Jamila Madeira disse sexta-feira que o PS esteve sempre disponível para melhorar o atual texto em alguns aspetos, “mas não está disponível para reverter as suas posições centrais nesta matéria e alterar todo o trabalho que releva como muito positivo no respeito pela memória e pelo legado do PS na área da saúde“.

“Do nosso ponto de vista, as Parcerias Público-Privadas (PPP) nunca deveriam ter estado inscritas em nenhuma lei porque tem tanto sentido entregar um hospital público à gestão privada como uma universidade pública a uma privada ou uma esquadra da polícia a uma empresa de segurança. Somos contra. Se os hospitais são públicos são uma responsabilidade do Estado”, defendeu a coordenadora bloquista.

Em 18 de junho, as propostas de alteração à Lei de Bases da Saúde sobre as parcerias público-privadas (PPP) foram rejeitadas no parlamento em votação indiciária. Todas as propostas sobre o enquadramento a dar às PPP na nova Lei de Bases da Saúde foram chumbadas em reunião do grupo de trabalho sobre a revisão do diploma.

As votações terão, agora, de ser confirmadas na especialidade – na comissão parlamentar de Saúde – e em plenário, para efeitos de votação final global. Neste momento, caso o processo legislativo fechasse, a nova Lei de Bases da Saúde não teria qualquer referência à forma de gestão das PPP, algo que o BE não aceita, alegando que seria uma passadeira para a gestão privada dos estabelecimentos do Serviço Nacional da Saúde.

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Onda de calor atinge Europa e provoca dois mortos em Espanha

  • ECO e Lusa
  • 29 Junho 2019

A Europa está a ser afetada por uma onda de calor, que já provocou dois mortos em Espanha. Em França, as altas temperaturas levaram ao fecho de quatro mil escolas. Portugal é exceção.

A onda de calor que está a afetar a Europa já provocou dois mortos em Espanha e levou ao fecho de cerca de quatro mil escolas na França, onde pela primeira vez foi ultrapassada a barreira dos 45ºC.

Em Espanha, um jovem de 17 anos morreu, na manhã de sexta-feira, num hospital em Córdoba, no sul do país, por causa de um golpe de calor que sofreu quando estava a trabalhar no campo, segundo a autoridade regional de saúde da Andaluzia.

A segunda vítima mortal registada foi um homem, de 93 anos, que desmaiou na noite de quinta-feira quando caminhava no centro de Valladolid, acabando por morrer “por causa de insolação”, indicou um porta-voz da polícia local à agência de notícias France-Presse.

Das 50 províncias de Espanha, 34 estão em alerta, incluindo a Catalunha, onde os bombeiros estão a combater um incêndio que já destruiu 6.500 hectares e permanece fora de controlo.

O fogo, que deflagrou em plena onda de calor na Europa, começou na quarta-feira perto da cidade de Torre del Espanol, na Catalunha, e tem estado a ser combatido por centenas de bombeiros, além de meios aéreos, mas sem que se consiga controlar qualquer frente.

A onda de calor “excecional” que afeta a França e, em particular, o sudeste do país, levou ao fecho de cerca de quatro mil escolas, uma vez que podiam não estar garantidas as condições de segurança, segundo o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe. Pela primeira vez, a França ultrapassou a barreira dos 45ºC, com a comuna de Villevieille, no departamento de Gard (sul), a registar 45,1ºC.

“A França junta-se ao clube dos países europeus que têm o seu recorde nacional pelo menos igual a 45ºC (Bulgária, Portugal, Itália, Espanha, Grécia, Macedónia do Norte)”, escreveu o meteorologista francês François Jobard, da Météo-France, na rede social Twitter.

Na quinta-feira, o serviço meteorológico francês ativou pela primeira vez o alerta de calor extremo, com quatro departamentos no sul colocados no nível vermelho de vigilância devido às previsões de temperaturas de 42 a 45 graus nos próximos dias. O resto do país permanece em alerta laranja e as previsões mostram que esta onda de calor só vai abrandar a partir de domingo.

A Europa está a ser afetada por uma onda de calor, com temperaturas de cerca de 40 graus centígrados na maior parte dos países, com exceção de Portugal, levando as autoridades a lançar alertas à população. A vaga de calor tem origem no deserto do Saara e estará associado ao aquecimento global e a gases com efeito de estufa, segundo cientistas consultados pela agência de notícias francesa AFP.

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Rússia e Arábia Saudita apoiam prolongamento no corte da produção de petróleo

  • Lusa
  • 29 Junho 2019

Vladimir Putin diz que combinou com a Arábia Saudita prolongar o acordo de corte da produção de petróleo. Isto para suster as cotações do crude da OPEP.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou este sábado que combinou com a Arábia Saudita prolongar o acordo de corte da produção de petróleo, para suster as cotações do crude da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

“Colocamo-nos de acordo. Vamos prolongar este acordo, a Rússia como a Arábia Saudita. Durante que período? Vamos refletir. Por seis ou nove meses. É possível que vá até aos nove meses“, declarou Putin aos jornalistas, à margem da cimeira do G20 em Osaka, Japão.

O prolongamento deverá ser oficializado na terça-feira em Viena, durante uma reunião entre os ministros dos 14 Estados membros da OPEP, incluindo a Arábia Saudita, e os outros dez parceiros liderados pela Rússia, que assinaram o acordo para cortar a produção de petróleo, para suster as cotações do barril de crude no mercado internacional.

A OPEP e os dez aliados, que representam metade da produção mundial de petróleo, decidiram em dezembro cortar a atividade em 1,2 milhões de barris por dia e a estratégia funcionou, já que o preço do barril subiu cerca de 30% no primeiro trimestre, antes de estabilizar.

“Acreditamos que os nossos acordos de estabilização da oferta (…) tiveram um efeito positivo”, afirmou Putin numa entrevista ao Financial Times publicada esta semana, assegurando que os países produtores iriam procurar em Viena manter a “estabilidade” do mercado, confrontado com um excesso de oferta e uma baixa procura.

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Timmermans sucede a Juncker na Comissão Europeia? Merkel deixa porta aberta

À margem da cimeira do G20, Angela Merkel reconheceu Timmermans e Weber como dois únicos candidatos à liderança da Comissão Europeia, deixando de fora Vestager.

Ainda que não os tenha mencionado diretamente, Angela Merkel considerou que Manfred Weber e Frans Timmermans são os dois únicos candidatos restantes na corrida à presidência da Comissão Europeia, deixando Margrethe Vestager de fora. À margem da cimeira do G20, a chanceler alemã disse que o alemão de centro-direita (Weber) e o holandês de centro-esquerda (Timmermans) são os dois únicos nomes possíveis para substituir Jean-Claude Juncker, avança a Bloomberg (acesso condicionado).

Timmermans, atual vice-presidente da Comissão Europeia e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Executivo holandês, tem sido considerado o candidato favorito à liderança do braço executivo da União Europeia, até porque vários líderes europeus já rejeitaram Weber.

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou mesmo a sublinhar que o próximo presidente da Comissão Europeia terá de ter “credibilidade” e “experiência governativa”. Ora, Weber numa esteve num Governo alemão, faltando-lhe portanto currículo para suceder a Juncker.

Também o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu a escolha de um candidato com “forte experiência executiva”, tendo reiterado o seu apoio ao socialista Timmersmans.

Fontes citadas pela Bloomberg garantem que Angela Merkel já aceitou que Weber não chegará à liderança da Comissão Europeia, sendo provável que o alemão fique então com as rédeas do Parlamento Europeu. A escolha para o cargo que será deixado por Juncker poderá, de resto, desbloquear o impasse atualmente vivido no que diz respeito à substituição de Mario Draghi, no Banco Central Europeu.

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Pedro Soares dos Santos diz que Geringonça foi “nefasta” para o país

  • ECO
  • 29 Junho 2019

Pedro Soares dos Santos considera que a experiência da Geringonça foi uma "nefasta para o país" e deixou "alguma frustação" nos portugueses por não se ter atingido "tudo como se previa".

A experiência da Geringonça foi “nefasta para o país”. Quem o diz é Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins, em entrevista ao Observador (acesso pago). O CEO da dona do Pingo Doce justifica esta sua posição, dizendo: “Gostava de ter visto a reposição dos salários, mas também gostava que o Serviço Nacional de Saúde não tivesse problemas, que a Justiça não protestasse tanto, que as greves tivessem baixado, que as pessoas tivessem transporte de um lado para o outro“.

A pouco menos de quatro meses das eleições legislativas, Pedro Soares dos Santos é claro: a Geringonça não é uma experiência para repetir. Porquê? “Porque não se fizeram as reformas, não se abordaram as coisas, verdadeiramente, sobre o ponto de visto do que é que temos de fazer”, diz.

Ainda que considere positiva a estratégia de reposição de rendimentos assumida pelo Executivo de António Costa, o gestor afirma que “não basta repor” é preciso saber “onde é que se vai buscar”. “Acho que se fez bem ir ao encontro das necessidades dessas pessoas. Mas não houve outras medidas para compensar a redução da dívida. E nós, goste-se ou não se goste, começamos a ver que essa fatura vai pesar no fim deste tempo”, salienta.

Pedro Soares dos Santos diz ainda que, além da reposição de rendimentos, deveria ter havido uma aposta na Saúde, na Justiça e nos Transportes, tendo sido “prejudicial” a ideia de que a austeridade tinha acabado. “As pessoas começam a sentir que hoje realmente a austeridade não terminou tanto como eles pensavam”, afirma, referindo que os portugueses sentem “alguma frustração por não se ter atingido tudo como se previa”. ” Mas… quando um país faliu, sair dessa falência, as coisas demoram muito mais tempo”, remata.

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Atenção, contribuintes. Prazo para entregar IRS termina amanhã

O prazo para entregar a declaração de IRS termina no domingo. Este ano, os contribuintes tiveram não dois, mas três meses para apresentarem esta declaração de rendimentos.

Termina este domingo o prazo para entregar a declaração de IRS. Este ano, e pela primeira vez, os contribuintes tiveram três meses para apresentarem a declaração anual de rendimentos à Autoridade Tributária (AT), daí que o prazo acabe no final de junho e não, como tem sido tradição, no final de maio.

De acordo com os dados disponíveis no Portal das Finanças, já foram validadas até ao momento 5.432.657 declarações de IRS. No último ano e em relação aos rendimentos auferidos em 2017, foram apresentadas na totalidade 5.722.885 declarações.

É importante notar, contudo, que esses valores não são diretamente comparáveis, uma vez que incluem declarações relativas a anos anteriores que estavam em falta e cujos beneficiários decidiram, este ano, regularizar a situação, bem como eventuais declarações de substituição. Pesa ainda sobre esse total as escolhas dos casais, já que a declaração conjunta implica uma diminuição do números de declarações entregues.

Este ano, os contribuintes tiveram até ao final de junho (e não de maio, como tem sido costume) para apresentar a declaração de IRS. Além disso, registou-se um alargamento do número de contribuintes abrangidos pelo IRS Automático, que passou a estar disponível também para os subscritores de Planos Poupança Reforma (PPR) e para os contribuintes que fizeram donativos.

E este ano, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais adiantou que a expectativa era a de devolver aos contribuintes os reembolsos no prazo de 11, para o IRS Automático, e de 16 dias, para as restantes declarações, daí que se tenha verificado, logo no início deste período, uma corrida à entrega do IRS, o que acabou por causar alguns problemas no Portal das Finanças.

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