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Delta Q entra na Polónia através da cadeia polaca Biedronka da Jerónimo Martins

  • Lusa
  • 7 Junho 2019

Esta entrada, através da cadeia polaca Biedronka, vai permitir à Delta Q passar a estar presente em 1.100 localidades na Polónia.

A Delta Q vai passar a estar disponível nas 2.900 lojas da polaca Biedronka, cadeia de supermercados da Jerónimo Martins, alargando a sua presença no mercado externo, anunciou esta sexta-feira a marca de café em cápsulas do grupo Delta.

Em comunicado, a Delta Q refere que vai assim passar a estar presente em 1.100 localidades na Polónia. “É com muita satisfação que entramos no mercado polaco, em parceria com a Biedronka, líder no retalho na Polónia. O acordo estabelecido prevê a entrada das marcas Delta Cafés e Delta Q, mas outras oportunidades estão a ser avaliadas de acordo com as nossas prioridades estratégicas e potencial de mercado”, refere Rui Miguel Nabeiro, administrador do grupo Nabeiro Delta Cafés, citado em comunicado.

“Esta entrada vem confirmar a importância e o peso das exportações no Grupo — que já representam mais de 30% da faturação”, acrescenta o responsável. “Estamos muito satisfeitos por disponibilizar o sistema de cápsulas da Delta Q na oferta exclusiva da Biedronka. A oferta Delta Q estará disponível em todas as nossas lojas distribuídas por 1.100 cidades e vilas polacas, permitindo uma grande rede de distribuição do produto”, salienta, por sua vez, o diretor de vendas da Jerónimo Martins Polska, Michal Gontarz.

Em 2017, o grupo Nabeiro Delta Cafés tinha adiantado a meta de duplicar a faturação da Delta Q em cinco anos, para 150 milhões de euros. O crescimento da Delta Q assenta em dois pilares: internacionalização e inovação.

Com mais de 50 anos de história, o grupo Nabeiro está presente em mais de 35 países, estando diretamente em Espanha, França, Luxemburgo, Suíça, Angola, Brasil e China. Nos restantes países, o modelo de negócio assenta em parcerias com distribuidores locais.

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Facebook também suspende relações com a Huawei

A Huawei está impedida de instalar de origem as aplicações do Facebook nos novos aparelhos que ainda não estejam no mercado. Medida não afeta os atuais utilizadores nem os telemóveis à venda.

O Facebook cortou relações com a Huawei e vai impedir que a tecnológica chinesa instale de origem as aplicações da rede social nos novos smartphones da marca. A notícia foi avançada pela Reuters, que cita fonte oficial da empresa norte-americana.

A medida não vai afetar os atuais utilizadores de dispositivos Huawei. A rede social promete continuar a fornecer o serviço e as atualizações de software aos atuais utilizadores. Mesmo os utilizadores que venham a adquiram telemóveis Huawei nos próximos tempos poderão descarregar o Facebook da loja de aplicações Play Store. Ou seja, a decisão só vai abranger os modelos que a Huawei ainda não colocou no mercado.

O grupo Facebook, que detém também a rede social Instagram e a popular aplicação de mensagens WhatsApp, torna-se assim a última empresa a suspender negócios em curso com a fabricante Huawei, depois de a Administração Trump ter colocado esta última na lista negra das exportações.

Outras gigantes norte-americanas, como a Google, anunciaram decisões semelhantes na semana passada, uma vez que a medida de Washington torna praticamente impossível às fornecedoras dos EUA manterem relações comerciais com a empresa chinesa. A decisão, que surgiu em plena guerra comercial sino-americana, foi entretanto suspensa até agosto por Donald Trump.

A medida da Google vai impedir que a Huawei aceda à versão comercial do sistema operativo móvel Android, uma decisão que poderá levar à queda do negócio da Huawei na Europa. A empresa já admitiu estar a trabalhar num sistema operativo alternativo.

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CDS quer caso no Ministério Público se se provar que Constâncio mentiu

  • Lusa
  • 7 Junho 2019

“As pessoas não podem vir mentir às comissões de inquérito”, defendeu a vice-presidente do partido e da bancada Cecília Meireles, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O CDS-PP defendeu que, caso se comprove que o antigo governador do Banco de Portugal mentiu à comissão parlamentar de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o caso deve ser entregue ao Ministério Público porque “tem contornos criminais”.

“As pessoas não podem vir mentir às comissões de inquérito”, defendeu a vice-presidente do partido e da bancada Cecília Meireles, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Tal como PSD, BE e PCP, o CDS considera que Constâncio deve ser novamente ouvido pelo parlamento e deve ser exigido o acesso às atas do Banco de Portugal para se analisar a veracidade do seu primeiro depoimento.

“Caso se comprove que mentiu, deve enviar-se imediatamente para o Ministério Público, porque o caso tem contornos criminais”, afirmou, acrescentando que “quase todas as contas” que os portugueses andam hoje a pagar relativas aos bancos “têm a sua raiz na supervisão Vítor Constâncio”.

PSD, BE e PCP anunciaram esta sexta-feira que vão pedir uma nova audição de Vítor Constâncio na comissão de inquérito sobre a Caixa, depois de notícias que contrariam o seu depoimento sobre a concessão de crédito a José Berardo em 2007.

O jornal Público noticia que Vítor Constâncio omitiu do parlamento que, em 2007, quando era governador do Banco de Portugal autorizou o investidor José Berardo a levantar 350 milhões da CGD para comprar ações do BCP.

De acordo com o Público, esta omissão coloca em causa o depoimento de 28 de março, na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, ocasião em que o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu disse que o supervisor não podia saber que a CGD ia financiar Berardo, antes de o crédito ser dado.

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CMVM conclui supervisão ao Banif. E confirma que não detetou vendas irregulares generalizadas no banco

A CMVM já terminou a ação de supervisão ao Banif. Concluiu ter encontrado evidências de "mis-selling" generalizado em 2% das reclamações. Mas não foi uma prática "generalizada", diz regulador.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já terminou a ação de supervisão ao Banif e concluiu não ter detetado práticas de venda irregulares (mis-selling) generalizadas de produtos financeiros no banco que foi resolvido no final de 2015. Aliás, afirma que só em 2% das 1.000 reclamações que recebeu é que encontrou irregularidades.

“Os elementos e documentos analisados não permitiram identificar evidências de mis-selling generalizadas”, concluiu o regulador liderado por Gabriela Figueiredo Dias, confirmando uma ideia que a própria presidente já tinha deixado há um ano no Parlamento.

Num documento de Perguntas e Respostas, onde dá conta das conclusões da ação de supervisão, a CMVM adianta que, além da supervisão presencial, também concluiu a análise às 1.002 reclamações de lesados do Banif que recebeu desde a resolução há quatro anos. E revela que apenas em 17 reclamações (2% do total) é que “foi possível encontrar evidência de irregularidades na comercialização dos produtos objeto de reclamação, tendo seguido os respetivos processos para apuramento de eventual responsabilidade contraordenacional”.

Por outro lado, em 34% das reclamações o “Banif não disponibilizou e não foi, por outros meios, possível obter elementos que permitissem aferir” da regularidade, ou irregularidade, da sua atuação”.

“Nas restantes reclamações, ou não se identificaram evidências de irregularidades na atuação do Banif (34%) ou os processos foram concluídos com a prestação de esclarecimentos aos reclamantes (30%)”, revela.

Face a isto, “da análise das declarações prestadas à CMVM por investidores e ex-colaboradores do Banif, e da informação recolhida na ação de supervisão, não foi possível apurar evidências, além de qualquer dúvida razoável, da existência de práticas generalizadas de violação de deveres legais de comercialização de instrumentos financeiros pelo Banif“.

Estas conclusões já foram comunicadas ao Governo, Parlamento e Banco de Portugal, assim como à comissão liquidatária do banco e à Associação de Lesados do Banif.

O Banif foi alvo de uma medida de resolução em dezembro de 2015, tendo sido posteriormente vendido ao Santander por 150 milhões de euros. Desde então, investidores do banco têm lutado por uma solução que os compense pelas perdas, sobretudo os obrigacionistas. Em causa estão cerca de 3.500 investidores que perderam 263 milhões de euros, segundo a Alboa, que representa os lesados do Banif.

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Caso Constâncio “coloca em causa credibilidade do sistema”, afirma Mariana Mortágua

  • ECO
  • 7 Junho 2019

O caso Vítor Constâncio, "que não se lembra de nada, quando sabemos, meses depois, que conhecia", é uma prova que põe em causa a credibilidade do sistema, diz deputada bloquista.

Não podemos mais ouvir Vítor Constâncio dizer que não se lembra de nada, quando sabemos, meses depois, que conhecia”, disse Mariana Mortágua esta manhã de sexta-feira, no Parlamento, acrescentando que “é isto que coloca em causa a credibilidade do sistema financeiro”.

De acordo com o Expresso (acesso livre), a deputada do Bloco de Esquerda referia-se à notícia que dava conta que o ex-governador do Banco de Portugal (BdP) e antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) deu luz verde a que Joe Berardo investisse no Banco Comercial Português através de um crédito da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Para Mortágua, este é um dos casos que coloca a credibilidade do sistema em causa. A reforma da supervisão, promovida pelo Governo, tem de combater a ideia de que o lugar do governador do Banco de Portugal não pode estar acima de quaisquer críticas, continuou a deputada. As declarações da bloquista aconteceram durante o debate sobre a reforma da supervisão financeira.

De acordo com o jornal Público (acesso condicionado), as declarações de Vítor Constâncio na comissão de inquérito à CGD, onde afirmou que não sabia nada sobre o financiamento do banco ao empresário madeirense, são contrariadas por documentação que mostram que a decisão foi levada ao conhecimento e mereceu o aval do conselho de administração do supervisor, por si liderado em 2007 e 2008.

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FC Porto condenado a pagar dois milhões de euros por divulgar emails do Benfica

  • Lusa
  • 7 Junho 2019

No processo movido pela SAD do Benfica, que reclamava 17,7 milhões de indemnização, foram condenados a SAD azul e branca e o diretor de comunicação do FC Porto.

A SAD do FC Porto foi condenada a pagar cerca de dois milhões de euros pela divulgação dos emails do Benfica, de acordo com a sentença esta sexta-feira lida pelo juiz José António Rodrigues da Cunha.

No processo movido pela SAD do Benfica, que reclamava 17,7 milhões de indemnização, foram condenados a SAD azul e branca e o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco Marques, ao pagamento de 523 mil euros por danos patrimoniais emergentes e 1,4 milhões de euros por danos não emergentes, pela divulgação da correspondência. O presidente do clube, Pinto da Costa, os administradores dos dragões Fernando Gomes e Adelino Caldeira e o Porto Canal foram absolvidos.

Em causa está a divulgação de correio eletrónico por Francisco Marques no programa televisivo Universo Porto da Bancada, do Porto Canal, entre abril de 2017 e fevereiro de 2018.

No processo, a SAD encarnada corresponsabilizava por “danos de imagem” causados pela divulgação dos emails a homóloga do FC Porto, o presidente da SAD e do clube, Pinto da Costa, os administradores Fernando Gomes e Adelino Caldeira e o diretor de comunicação, Francisco Marques, além da FCP Media, empresa detentora da estação televisiva Porto Canal.

O Benfica alegava que a divulgação dos emails lhe afetou a credibilidade, prejudicando os seus interesses comerciais e chegando a provocar a queda de cotação das ações da Sociedade Anónima Desportiva. Já o FC Porto defendeu ter-se limitado a divulgar informação de interesse público, alegando o correio eletrónico divulgado revelou práticas deturpadoras da verdade desportiva.

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Google alerta para riscos de segurança nos EUA ao banir Huawei

As restrições aplicadas à Huawei nos Estados Unidos poderão prejudicar a empresa a curto prazo. Mas, a longo prazo, as implicações negativas serão para as empresas norte-americanas.

A Google alertou a Casa Branca para os riscos que as restrições aplicadas à Huawei poderão ter para a segurança nacional dos Estados Unidos. Embora estas sanções devam prejudicar a empresa chinesa a curto prazo, há especialistas que defendem que isso poderia forçar a Huawei a tornar-se autossuficiente, o que, a longo prazo, poderá prejudicar o domínio das empresas norte-americanas.

As fortes restrições que Donald Trump aplicou à Huawei, numa “guerra” que começou devido ao 5G, começaram a preocupar as empresas do setor. De acordo com fontes ao Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), vários administradores da Google já pressionaram a Administração do Presidente norte-americano para excluir a empresa da proibição de importar equipamentos da Huawei.

Em particular, a empresa de Silicon Valley está preocupada com o facto de não ser permitido atualizar o sistema Android nos smartphones da Huawei, o que poderá levar a chinesa a desenvolver o seu próprio sistema operativo. A Google argumenta ainda que uma versão modificada do software da Huawei poderia ser mais suscetível de ser pirateado e que a própria Huawei é capaz de desenvolver a sua própria versão “muito rapidamente”.

De acordo com uma fonte próxima do processo ao FT, a “Google tem defendido que, ao ficar impedida de colaborar com a Huawei, os Estados Unidos correm o risco de criar dois tipos de sistema operativo Android: a versão original e a combinada. A combinada provavelmente vai ter mais bugs do que a da Google, o que poderá colocar os smartphones da Huawei em maior risco de serem pirateados”.

No mês passado, Donald Trump anunciou um novo conjunto de medidas contra a Huawei, onde se incluiu dar ao Departamento do Comércio o poder de proibir a empresa chinesa de vender equipamentos 5G nos Estados Unidos, bem como de proibir todas as empresas norte-americanas de venderem os seus produtos à Huawei. Depois destas proibições, a Google suspendeu os negócios com a Huawei, impedindo-a de atualizar os sistemas Android.

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PSD acusa Constâncio de mentir na comissão de inquérito à Caixa. Pela segunda vez

  • ECO
  • 7 Junho 2019

Constâncio disse no Parlamento que era "impossível" o Banco de Portugal ter conhecimento prévio dos créditos. Mas Berardo deu informações sobre financiamento de 350 milhões para comprar ações do BCP.

Não é a primeira vez que o PSD acusa Vítor Constâncio de ter mentido na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Desta vez a acusação vem do deputado Duarte Pacheco, que não tem dúvidas de que o antigo governador do Banco de Portugal não disse a verdade no Parlamento ao omitir informação sobre o seu conhecimento prévio em relação ao financiamento a Joe Berardo para comprar ações do BCP.

“Não temos qualquer dúvida que o dr. Vítor Constâncio não disse a verdade na primeira comissão de inquérito. Queremos dar-lhe oportunidade para poder refrescar a memória e dizer a verdade ao Parlamento e ao país“, disse Duarte Pacheco em declarações à TSF (acesso livre).

“Bem sabemos que no seu primeiro depoimento o dr. Vítor Constâncio estava a sofrer um ataque de amnésia e que, portanto, não se recordava de coisa nenhuma. Neste caso é muito mais do que isso. Estamos a falar de autorizações que foram dadas expressamente para que o assalto ao BCP se verificasse”, prosseguiu o deputado social-democrata.

Para Duarte Pacheco, está claro que o “assalto ao BCP teve o ok do Banco de Portugal e do dr. Vítor Constâncio — não só pela concessão deste empréstimo a Joe Berardo, como também pelas reuniões que foram promovidas pelo próprio governador do Banco de Portugal com potenciais acionistas”.

As declarações do deputado do PSD surgem depois de o jornal Público (acesso pago) ter noticiado esta sexta-feira que Vítor Constâncio omitiu aos deputados ao dizer que o Banco de Portugal não tinha conhecimento prévio das operações de financiamento da CGD. Porém, o próprio supervisor bancário soube dos detalhes do crédito de 350 milhões de euros que ia ser concedido à Fundação Berardo para adquirir ações do BCP. E deu aval à operação.

Esta é a segunda vez que o PSD acusa o antigo governador de mentir na comissão da CGD. Anteriormente, o deputado Duarte Marques também tinha acusado Vítor Constâncio de ter mentido no caso das cartas enviadas por Almerindo Marques, onde este denunciava operações irregulares no banco.

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Eficiência das organizações não depende só de tecnologia

  • Ricardo Vieira
  • 7 Junho 2019

Estudo revela preocupação dos trabalhadores em serem substituídos por máquina. Analistas dizem que é prova de que a tecnologia não está a ser integrada corretamente.

O estudo “Adaptable Business”, feito pela Oracle e pela escola de negócios alemã, WHU – Otto Beisheim School of Management, revela que o nível de eficiência das empresas aumenta mais de 60% quando a tecnologia certa é implementada em conjunto com sete fatores chave: tomada de decisões baseada em dados, flexibilidade e abraçar a mudança, cultura empresarial, uma visão digital partilhada, pensamento crítico e capacidade de questionar, cultura de formação, uma comunicação aberta e colaboração. Mas na ausência destes fatores, mesmo a tecnologia correta, a eficiência cresce na ordem dos 20%.

A mesma análise indica ainda quem “um em cada três líderes empresariais em todo o mundo tem dúvidas sobre se as suas empresas estão atualmente a atuar de forma a atrair ou/e a competir pelo talento. Este valor aumenta para metade dos líderes empresariais de organizações que atuam em mercados tais como: a Índia, o Brasil ou o Chile”. Segundo Wilhelm Frost, do department for industrial organization and microeconomics da WHU – Otto Beisheim School of Management é “muito importante para qualquer empresa ser capaz de atrair e reter os talentos com as competências adequadas para promoverem a evolução do seu negócio. As empresas que não estiverem preparadas para lidar com o ritmo inexorável da mudança, não irão ser capazes de captar talentos no mercado digital dos nossos dias.”

Outras das preocupações levantadas pelo estudo, que inquiriu 850 diretores de RH e como 5.600 empregados sobre a forma como a sua empresa se está a adaptar à era digital, prende-se com a automatização. Um em cada quatro trabalhadores está preocupado com a possibilidade de ver as suas funções a serem realizadas por máquinas. Sobre este tópico, Joachim Skura, strategy director HCM applications, da Oracle, diz que “muitas empresas estão a implementar tecnologia, mas não estão a integrá-la corretamente no seu negócio”, o que faz com que os colaboradores temam a possibilidade de serem substituídos por máquinas, “quando na verdade o crescimento nas empresas só pode resultar de uma conjugação do trabalho humano com a utilização das máquinas. A cada implementação tecnológica deve corresponder uma mudança de cultura e uma requalificação do pessoal para trabalhar com máquinas e com tecnologia. São estas competências digitais que compõem os sete fatores necessários para se alcançarem os verdadeiros benefícios de qualquer tecnologia e para a empresa ser capaz de se adaptar”, diz.

O estudo revela igualmente que é essencial para as empresas alcançarem níveis de eficiência que lhes permitam tornarem-se organizações ágeis e capazes de lidarem com o ritmo da mudança, com 42% das empresas a afirmar terem alcançado um aumento dos níveis de desempenho a partir do momento em que se tornaram mais eficientes.

“O ritmo da mudança nunca foi tão importante para as empresas como agora,” afirma Wilhelm Frost. “A capacidade de adaptação e a agilidade são muito importantes para as empresas se manterem competitivas e para serem capazes de oferecer propostas de valor atraentes aos seus clientes. Ter capacidade de adaptação significa ser capaz de suportar melhor os clientes e assim responder às suas necessidades”.

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“Não há equipas secretas. Não queremos que a Autoridade Tributária seja a polícia fiscal”, diz secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

O secretário de Estado diz que não existem "equipas secretas" no Fisco, mas admite que há uma auditoria em curso. "A minha expectativa é que a atuação tenha sido de acordo com a lei".

“Não há equipas secretas” no Fisco para vigiar, seguir e fotografar os contribuintes suspeitos de crimes fiscais, assegurou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Em declarações à TSF, António Mendonça Mendes referiu que as equipas, que estão previstas na lei, “devem continuar”, mas frisou que devem atuar de acordo com o que está na lei. Por isso, admitiu que está em curso uma auditoria ao funcionamento de uma dessas equipas, ainda que acredite que a atuação da mesma tenha sido de acordo com a lei.

“Não há equipas secretas. Temos um enquadramento legal que permite criar equipas para os mais diversos fins e é importante que se saiba que a Autoridade Tributária (AT) participa e acompanha as investigações criminais sob a direção do Ministério Público. Nunca aceitámos transformar a AT num órgão de polícia criminal, não é essa a nossa visão. Não queremos que a AT seja a polícia fiscal“, começou por dizer.

"Não está em causa a atividade de investigação criminal da AT, mas sim que a sua atuação é de acordo com a lei. E a minha expectativa é que tenha tido uma atuação de acordo com a lei.”

António Mendonça Mendes

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Questionado que equipas foram estas, explicou: “Na Direção do Porto consideraram que era adequado fazer uma equipa que reportava a área de inspeção e que se dedicasse apenas à investigação criminal. Há vantagens e desvantagens identificadas por quem fez essa proposta, mas que concluiu que haveria vantagens de se fazer uma equipa de investigação criminal”.

Confirmando que está a decorrer uma investigação a uma destas equipas, tal como tinha sido noticiado pelo Jornal Económico (acesso pago), Mendonça Mendes explicou que “não está em causa a atividade de investigação criminal da AT, mas sim que a sua atuação é de acordo com a lei”. “E a minha expectativa é que tenha tido uma atuação de acordo com a lei”, referiu.

O secretário de Estado sublinhou ainda que “entre uma denúncia e uma suspeita vai uma grande diferença” — dado que a auditoria arrancou após uma denúncia de um sindicato — e, nestes casos, a obrigação da AT é verificar a veracidade das mesmas. “A equipa não é suspeita de nada. Houve uma denúncia relativamente às práticas que poderão não estar a ser corretas”, disse.

Na sequência disso, prosseguiu-se com uma auditoria, que “está na fase final” e, para Mendonça Mendes, é importante deixá-la funcionar para serem retidas as conclusões “de maneira fundamentada”. “Isto não é desvalorizar as denúncias — que, a serem verdade, são graves –, mas sim garantir que aqueles que têm obrigação de verificar, verifiquem”, sublinhou.

"É fácil não gostar daqueles que cobram impostos. Tenho muita confiança na AT, nos dirigentes e nos trabalhadores.”

António Mendonça Mendes

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Do lado do secretário de Estado, há confiança no universo da AT: “Não sejamos tão rápidos a colocar em causa uma instituição e pessoas que têm uma missão muito importante, que é garantir os direitos dos contribuintes. É fácil não gostar daqueles que cobram impostos. Tenho muita confiança na AT, nos dirigentes e nos trabalhadores”.

“Não podemos fazer inspeções com prejuízo de outros valores”

Questionado sobre os acontecimentos recentes — as operações stop nas estradas e as fiscalizações nos casamentos –, António Mendonça Mendes começou por explicar que há setores de atividade identificados como potenciais contribuintes que fogem à economia. “As ações inspetivas têm de ser feitas com a proporcionalidade de meios, com a menor intrusão possível. Não podemos deixar de verificar os festivais de verão, a restauração e a organização de eventos”.

Contudo, “não podemos fazer inspeções com prejuízo de outros valores que são importantes salvaguardar, como a tranquilidade de um casamento. E todos os inspetores do Fisco estão muito conscientes disso e eu tenho de confiar”, sublinhou.

Para o secretário de Estado houve “evoluções muito significativas” na AT. “Há muitos que hoje criticam a AT, mas também há o reverso da medalha. Quando querem cobrar dívidas pedem para a AT entrar no processo”, disse, explicando que nunca deve ser esquecida a responsabilidade dos dirigentes do Fisco que fazem um “esforço muito grande todos os dias” para cumprir a sua missão.

CDS quer Governo na AR a explicar equipa de vigilância

O CDS-PP pediu esta sexta-feira a audição no Parlamento, “com caráter de urgência”, do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a atuação da AT com operações stop e até com “uma equipa de vigilância no terreno para investigação avulsa de contribuintes”.

O CDS quer ouvir António Mendonça Mendes sobre as “operações de fiscalização de trânsito” em vários pontos do país, “em que as autoridades policiais”, com a AT, fizeram a “cobrança de dívidas fiscais, numa atuação claramente abusiva e desproporcionada”, além de operações de fiscalização tributária de casamentos, entretanto canceladas.

(Notícia atualizada às 11h48 com mais informação)

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Importações crescem três vezes mais que as exportações em abril. Défice comercial volta a agravar-se

As exportações voltaram a abrandar em abril, a um ritmo mais forte que o abrandamento verificado nas importações, e o défice comercial cresceu 516 milhões de euros.

As exportações voltaram a abrandar em abril, crescendo apenas 3,2% face ao verificado há um ano. As importações também abrandaram, mas menos, e continuaram a crescer a um ritmo superior a 10% em termos homólogos, levando a um novo agravamento do défice comercial da economia portuguesa, que ultrapassou os 1.800 milhões de euros em abril. A chegada dos novos aviões da TAP, contratualizada através de uma locação operacional, aumentou o valor das importações, mas mesmo sem estes o défice comercial continuaria a agravar-se.

Segundo Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta sexta-feira os dados sobre o comércio internacional de bens (faltam ainda os serviços), as importações cresceram 10,9% em abril — menos 0,4 pontos percentuais que há um ano –, sobretudo devido a um aumento das importações oriundas de países da União Europeia, os principais parceiros comerciais de Portugal, em especial de um aumento das importações de material de transportes, onde se incluem os novos aviões da TAP feitos pela francesa Airbus, comprados por um locador (nos Estados Unidos e Alemanha) e depois alugados pela companhia aérea nacional, revelou ao ECO fonte próxima do processo.

Esta é a categoria de importações que mais cresce, em termos relativos, (24,7%), influenciada pelo crescimento do ‘outro material de transporte’ que aumenta 129,6%. Deste aumento de 204 milhões de euros, 185 milhões de euros têm como destino a indústria, onde estarão incluídos os aviões da TAP — que apesar de serem registados como importações de bens, não têm em pacto no crescimento económico uma vez que a o regime de locação operacional determina que o proprietário económico destes aviões não é a TAP, mas as empresas locadoras.

Em abril, Portugal importou mais de países da União Europeia, em destaque da Alemanha, o segundo maior parceiro comercial para as importadoras portuguesas. As importações de bens da Alemanha aumentaram 20,3% em abril (173 milhões de euros), seguido de Espanha — o maior parceiro comercial de Portugal –, de onde as importações aumentaram 7,4% (137 milhões de euros). As importações de bens de França foi apenas o quarto país do qual as importações portuguesas de bens mais aumentaram em abril, em igual valor que a Rússia.

Destaque ainda para o crescimento das importações de bens oriundas dos Estados Unidos. Em termos relativos, as importações da maior economia do mundo para Portugal cresceram 245% (mais 132 milhões de euros), mais do que triplicaram, numa altura em que a economia norte-americana impõe diversas restrições no comércio com os maiores blocos económicos do mundo, inclusivamente com a União Europeia. E aqui a responsabilidade recai sobre os aviões que a TAP está a alugar para renovar a sua frota.

Já as exportações voltaram a abrandar no mês de abril, com os países da União Europeia a reduzirem a compra de bens fabricados em Portugal, fruto do abrandamento que se tem verificado na economia europeia. França e Reino Unido, segundo e quartos maiores parceiros comerciais para as empresas portuguesas, importaram menos produtos portugueses. Espanha e Alemanha, primeiro e terceiro maiores mercados para as exportações portuguesas, aumentaram as suas importações, mas de forma muito ligeira (Espanha comprou mais 11 milhões de euros de bens, a Alemanha apenas 1 milhão).

Destaque ainda para Angola e Brasil, que voltaram a reduzir a compra de produtos das empresas portuguesas, menos 16,3% e 11,9%, respetivamente.

Este balanço ditou um novo agravamento da balança comercial, que em comparação com o mesmo período do ano passado foi superior em 516 milhões de euros. Em março, o défice da balança comercial em termos homólogos também era de 1.802 milhões de euros, tal como o foi agora em abril, mas a melhoria que se verificou entre março e abril do ano passado não se está a verificar agora, o que demonstra um agravamento das condições para as empresas portuguesas.

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