Sonae Capital compra ginásios da Urban Fit. Já tem 35 clubes

Com a aquisição da cadeia Urban Fit, a Sonae Capital Fitness ficará com 35 ginásios. O objetivo da empresa é ser líder no mercado de fitness em Portugal.

A Sonae Capital Fitness continua às compras. Agora, assinou um acordo para comprar quatro ginásios da rede Urban Fit, localizados no grande Porto, nomeadamente em Gaia, Maia, Foz do Porto e Ermesinde. A aquisição da cadeia de fitness, cujo valor não foi revelado, deverá ficar concluída ainda no primeiro semestre deste ano.

A empresa continua assim a reforçar a sua posição competitiva no mercado do fitness, tendo como objetivo afirmar-se como referência e líder no mercado de fitness em Portugal. Em 2018 comprou a compra da Cadeia Pump, na altura com 7 Clubes em Lisboa e 1 no Algarve, bem como a aquisição de uma unidade no Lagoas Park, entretanto transformada na marca ONE.

O portefólio da unidade de Fitness da Sonae Capital é atualmente constituído pelas marcas Solinca (segmento Value for Money), Pump (segmento Premium Low Cost) e ONE (segmento Premium), cada uma apresentando posicionamentos distintos no mercado.

“Temos vindo a desenvolver a nossa atividade na área do fitness de forma consistente. Através das marcas Solinca, Pump e ONE estamos a construir uma oferta de valor adequada aos diferentes segmentos de cliente que pretendemos trabalhar, acreditando que a consistência de resultados nos permite encarar com otimismo o desenvolvimento de cada marca”, diz o CEO da SC Fitness.

No final do primeiro trimestre de 2019, período em que o volume de negócios os 10 milhões de euros, a SC Fitness operava um total de 30 clubes, tendo entretanto aberto um ginásio Pump no Seixal, sendo que com a aquisição da cadeia Urban Fit o seu portefólio aumentará para um total de 35 clubes, com cobertura nacional.

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Combustíveis voltam a subir na próxima semana. Gasolina aumenta 2 cêntimos e o gasóleo sobe 1

Os preços dos combustíveis vão regressar às subidas na próxima semana. A gasolina aumenta dois cêntimos. O gasóleo também sobe, mas menos. Serão os valores mais elevados em seis meses.

Não espere pela próxima semana para atestar o depósito do seu carro. Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima segunda-feira. A gasolina vai aumentar dois cêntimos. O gasóleo também sobe: um cêntimo por litro.

Depois de um ligeiro alívio nos preços dos combustíveis no início desta semana, que interrompeu um ciclo de 13 semanas a subir no caso da gasolina, a próxima segunda-feira volta a trazer agravamentos, adiantou fonte do setor ao ECO.

Confirmando-se a subida de dois cêntimos na gasolina, cada litro vai passar a custar 1,583 euros, de acordo com as estatísticas da Direção-Geral de Energia. Será o valor mais elevado desde outubro.

O diesel, o combustível mais usado pelos portugueses, também se prepara para agravar de preço. Vem aí uma subida de um cêntimo por litro, que vai passar a custar 1,402 euros, o valor mais alto em seis meses.

A evolução dos preços dos combustíveis reflete o comportamento da cotação do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais na última semana e ainda da cotação do euro, tendo em conta que as matérias-primas são geralmente transacionadas em dólares e a apreciação/depreciação da divisa americana torna as exportações para o euro mais caras/baratas.

O Brent, negociado em Londres, apresenta esta semana uma valorização de 3,6%, estando a cotar nos 73,15 dólares por barril. Também o crude acumula ganhos de 3,11% esta semana.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Mais de 19.500 pessoas pediram para votar antecipadamente nas europeias

  • Lusa
  • 17 Maio 2019

Num ano em que o voto antecipado foi alargado a todos os eleitores recenseados em território nacional, o número de pedidos para ir às urnas mais cedo ascendeu aos 19.500.

Mais de 19.500 pessoas pediram, entre 12 e 16 de maio, para votar antecipadamente nas eleições europeias, sendo Lisboa o distrito com mais pedidos, segundo dados fornecidos esta sexta-feira à Lusa pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, o número total de eleitores que solicitaram o voto antecipado em Portugal continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores é de 19.562.

Alguns segmentos da população já podiam votar antecipadamente, mas uma das novidades introduzidas neste ato eleitoral é o alargamento dessa possibilidade a todos os portugueses recenseados em território nacional, os quais não precisam de justificar o motivo.

De acordo com a informação disponível no site da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o sufrágio antecipado em mobilidade pode ser feito neste domingo, dia 19, em “qualquer capital de distrito no continente ou de cada uma das ilhas das Regiões Autónomas”.

Lisboa é o distrito com mais pedidos de voto antecipado em mobilidade (8.851), seguido pelo Porto (3.014) e Coimbra (1.114). O distrito em Portugal continental onde menos pessoas solicitaram o voto antecipado foi Bragança, com 97 pedidos.

Em relação às regiões autónomas, a ilha da Madeira foi a que registou mais pedidos de votação antecipada (515), seguida pela ilha de São Miguel (316), nos Açores. A ilha do Corvo, também no arquipélago dos Açores, foi a que registou menos pedidos, apenas quatro.

As pessoas que pediram para votar antecipadamente em mobilidade representam 0,21% dos portugueses recenseados em território nacional, de um total de 9.329.331 eleitores.

Uma pessoa que se tenha inscrito para votar antecipadamente, mas que não consiga votar este domingo, ainda pode exercer o direito de voto no próprio dia das eleições europeias, 26, “na assembleia ou secção de voto onde se encontra recenseada”.

Os eleitores com capacidade eleitoral ativa são 10.761.156 – em Portugal e no estrangeiro -, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481.

O número de eleitores residentes no estrangeiro passou de menos de 300 mil nas eleições de 2014 para 1.431.825, resultado do processo de recenseamento automático, explicou na semana passada o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Deste total de cerca 1,4 milhões, 583.680 são residentes fora da Europa e 848.145 estão inscritos como residentes na Europa, segundo os dados publicados no ‘site’ da Secretaria Geral da Administração Interna.

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João Moreira Rato será o novo chairman do Banco CTT

  • ECO
  • 17 Maio 2019

Antigo presidente do IGCP vai substituir Francisco Lacerda na presidência do conselho de administração do Banco CTT, enquanto Luís Pereira Coutinho será reconduzido no cargo de CEO até 2021.

João Moreira Rato, antigo presidente do IGCP, vai ser o novo presidente do conselho de administração do Banco CTT, para o triénio 2019-2021, substituindo Francisco Lacerda no cargo de chairman do banco postal. Luís Pereira Coutinho vai manter-se como CEO, sendo reconduzido para um novo mandato.

A informação é avançada esta sexta-feira pelo Jornal Económico (acesso pago). A mudança surge na sequência da renúncia de Francisco Lacerda aos cargos que exercia no grupo CTT CTT 0,00% , como o ECO avançou em primeira mão. Além de CEO dos CTT, Francisco Lacerda também exercia as funções de chairman do banco.

Questionado pelo jornal, João Moreira Rato não quis prestar declarações. De acordo com a sua conta no LinkedIn, depois de ter passado pela liderança da agência que gere a dívida pública durante o período da troika, João Moreira Rato é atualmente conselheiro do banco internacional Morgan Stanley e da Oliver Wyman, a auditora que foi selecionada como agente de verificação das injeções de capital no Novo Banco por parte do Fundo de Resolução.

O mandato dos atuais membros da administração do Banco CTT terminou em 2018.

Na liderança dos CTT, Francisco Lacerda vai dar lugar a João Bento, como o novo CEO a tomar posse na próxima semana, no dia 22 de maio.

No primeiro trimestre do ano, os CTT registaram uma queda de 40% dos lucros para 3,7 milhões de euros. As ações acumulam uma desvalorização de 25% desde o início do ano, estando a cotar nos 2,2 euros, o que confere uma avaliação bolsista de 330 milhões de euros.

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easyJet fecha primeiro semestre com perdas de 315 milhões de euros

Companhia transportou mais 13,3% passageiros no semestre terminado em março. Receitas cresceram 7,3%, mas preço do combustível, perdas cambiais e paralisação de Gatwick à conta de drones puxaram custo

A easyJet fechou as contas do primeiro semestre com perdas antes de impostos de 275 milhões de libras (315 milhões de euros), valor que compara com os 18 milhões de libras (20,6 milhões de euros) de prejuízo registado no período homólogo.

“O custo por lugar cresceu 3,9% para 56,66 libras (contra 54,53 libras no primeiro semestre 2018) em resultado do aumento do preço dos combustíveis, o impacto do câmbio, a inflação, investimento em resiliência bem como do impacto dos drones em Gatwick em dezembro“, avança a companhia aérea irlandesa no comunicado sobre os resultados. “O custo por lugar excluindo o impacto do combustível e sem impacto do câmbio teria aumentado 1,3%”, salienta a empresa.

Apesar dos resultados negativos, em termos operacionais a easyJet conseguiu um aumento de 4,9 milhões de passageiros no período, ou 13,3%, tendo transportado 41,6 milhões de passageiros nos seis meses terminados em março. A low cost conseguiu um load factor de 90,1% no semestre, contra os anteriores 91,1%, e aumentou as receitas em 7,3%, para 2,34 mil milhões de libras (2,68 mil milhões de euros).

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Mesmo com o agravar das perdas no primeiro semestre, a easyJet mantém inalteradas as expectativas para os resultados para o ano fiscal de 2019, prevendo um crescimento de 7% na operação nos seis meses até setembro e recordando que ao contrário do ano passado, em 2019 o “efeito Páscoa” reflete-se nas contas do segundo semestre e não do primeiro.

A easyJet recorda a este respeito que as contas das companhias aéreas são altamente sazonais, sendo que “a receita e a rentabilidade” são sempre mais elevadas no segundo semestre. “Historicamente a easyJet reporta perdas ou lucros baixos no primeiro semestre do ano fiscal e lucros no segundo semestre”.

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“É fundamental que portugueses saibam o que aconteceu em termos de decisões de crédito na CGD”, defende Horta Osório

O CEO do Lloyds Bank estima que a injeção de capital no banco público custou cerca de 2.000 euros a cada família e, por isso, os portugueses têm o direito de saber o que aconteceu.

A polémica em torno de Joe Berardo e a dívida à Caixa Geral de Depósitos (CGD) é uma “questão essencial em termos de transparência e confiança dos portugueses” no banco público, defendeu esta sexta-feira António Horta Osório. Para o CEO do Lloyds Bank, é “fundamental” que os portugueses saibam “o que é que aconteceu” e se as decisões foram tomadas de forma adequada, ou não.

Recusando fazer “comentários em particular personalizados”, Horta Osório sublinhou que, tal como tem vindo a referir há vários anos, “a questão da CGD é uma questão essencial em termos de transparência e de confiança dos portugueses, porque o banco pertence aos portugueses“.

Em declarações aos jornalistas à margem da conferência “Exportações e Investimento” da AICEP, o banqueiro tocou no assunto da “injeção massiva de capitais do Estado”. “Dado o valor que foi injetado na CGD, eu estimo que isso tenha custado cerca de 2.000 euros a cada família portuguesa”.

Neste sentido, o CEO do Lloyds Bank defende ser “fundamental que os portugueses saibam o que é que aconteceu em termos de decisões de crédito da CGD, o que foi feito e com quem foi feito e se foi feito adequada ou inadequadamente”. Isto porque, explicou, “não só a CGD é pública”, mas porque o banco “pediu um enorme esforço enorme de recapitalização aos portugueses”.

“Penso que é um princípio fundamental de transparência e justiça saber exatamente o que se passou com os grandes problemas que originaram essa injeção de capitais dos portugueses. E as audições do Parlamento, obviamente, vão nessa direção e é positivo”, rematou.

(Notícia atualizada às 10h50 com mais informação)

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Joe Berardo não é o único grande devedor da Caixa condecorado

O Conselho das Ordens Nacionais discute hoje se retira as condecorações a Joe Berardo. Mas o madeirense não é o único condecorado que deve milhões à CGD. Manuel Fino e Hélder Bataglia surgem na lista.

Audição do Comendador José Manuel Rodrigues Berardo perante a II COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO À RECAPITALIZAÇÃO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS E À GESTÃO DO BANCO - 10MAI19
O investidor madeirense esteve há uma semana na comissão de inquérito da Caixa. A audição foi polémica.Hugo Amaral/ECO

O Conselho das Ordens Nacionais foi convocado para uma reunião extraordinária esta sexta para discutir a eventual abertura de um processo para a retirada das condecorações atribuídas a Joe Berardo. O próprio Presidente da República, segundo fonte de Belém citada pelo Jornal de Negócios, terá dado indicações de que não se opõe a que o investidor madeirense possa perder as condecorações.

Berardo recebeu o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a 13 de março de 1985 pelo mão do Presidente da República Ramalho Eanes. A 4 de outubro de 2004, com Jorge Sampaio, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

A discussão pública sobre a possibilidade de lhe serem retiradas as condecorações surgiu depois da audição de Joe Berardo na passada sexta-feira no âmbito da II Comissão de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco.

A comissão parlamentar de inquérito à CGD deu esta quinta-feira parecer positivo à proposta do CDS-PP de propor a retirada das comendas ao empresário Joe Berardo. Este parecer já foi enviado por Ferro Rodrigues à chanceler das Ordens Nacionais, a ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite.

O também comendador Fino ficou a dever 259 milhões

Joe Berardo, que ficou a dever mais de 300 milhões de euros à CGD, não é o único grande devedor do banco público que recebeu uma condecoração. Manuel Fino, que tem uma dívida por pagar de 259 milhões de euros à Caixa, também recebeu o grau de comendador da Ordem de Mérito Industrial, ainda antes do 25 de abril.

Manuel Fino observa o depoimento dos filhos, José e Francisco, na comissão de inquérito à CGD.ECO

O empresário, de 94 anos, esteve esta semana no Parlamento na comissão de inquérito, mas foi o filho quem explicou aos deputados os negócios da família e a dívida por pagar ao banco público. E qual é a expectativa de pagar a dívida à Caixa? “Não tenho. Todo o património que existia foi dado como garantia nos empréstimos”, garantiu José Manuel Fino.

Outro negócio ruinoso para a Caixa foi Vale do Lobo. O banco público teve uma exposição de 200 milhões de euros e registou imparidades de cerca de 80 milhões de euros. Hélder Bataglia, um dos sócios do Vale do Lobo, também é, desde 2007, comendador da Ordem Infante D. Henrique.

Não é claro quais serão os critérios que vão ser usados pelo Conselho das Ordens Nacionais para reavaliar as condecorações a Joe Berardo e se essa reavaliação poderá vir a “apanhar” outros condecorados envolvidos nos créditos ruinosos da Caixa. Foi isto que sugeriu esta semana o líder do PSD, Rui Rio, que veio dizer que acha “muito bem” que se retirem as condecorações a Joe Berardo, deixando uma sugestão adicional: “Já agora, podiam olhar para a lista e de certeza que há lá mais alguns [a quem podem ser retiradas condecorações]”.

Devedores comendadores e credores comendadores

Se do lado dos grandes devedores da Caixa há comendadores, do lado dos administradores da Caixa que deram esses créditos também não faltam comendas.

No top 25 das operações mais ruinosas para a Caixa identificadas na auditoria da EY, a pior de todas em termos patrimoniais foi o projeto Artlant (do grupo La Seda), tendo o banco público no final de 2015 uma exposição de 351 milhões e perdas registadas por imparidades de 211 milhões. Este crédito foi dado quando o banco era comandado por Faria de Oliveira, agraciado em 2014 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Faria de Oliveira é atualmente presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

A administração onde se concentram mais operações ruinosas para a Caixa foi aquela que juntou Carlos Santos Ferreira e Armando Vara. O Conselho das Ordens Nacionais decidiu retirar a Ordem do Infante que Vara recebeu em 2005 pelas mãos do então Presidente Jorge Sampaio depois do ex-secretário de Estado e administrador da CGD ter sido condenado a cinco anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência, no âmbito do processo Face Oculta.

Nessa administração do banco público tinham assento outros administradores que também foram agraciados com ordens honoríficas: são os casos de Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal (Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique), Celeste Cardona (também distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique) ou Francisco Bandeira, comendador da mesma Ordem.

Armando Vara na Comissão de inquérito à CGD.Paula Nunes/ECO

O que diz a lei

No caso de Armando Vara, o processo de erradicação foi quase automático já que a alínea g) do artigo 45º da lei das Ordens Honoríficas Portuguesas diz que os membros das Ordens são expulsos casos tenham sido condenados “pela prática de crime doloso punido com pena de prisão superior a 3 anos”.

No caso da análise que será feita a Joe Berardo esta sexta-feira, não se aplica o artigo 45º já que o investidor não foi condenado. Nesse caso, o que estará em causa é saber se Berardo violou o que está previsto nos artigos 54º e 55º da Lei das Ordens Honoríficas Portuguesas. Este artigos preveem processos disciplinares caso os membros das ordens violem os seus deveres, nomeadamente aquele que diz que devem “defender e prestigiar Portugal em todas as circunstâncias” e que “os membros honorários têm o dever de não prejudicar, de modo algum, os interesses de Portugal”.

Sabia que…

As Ordens Honoríficas Portuguesas destinam-se a galardoar ou a distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos nacionais que se notabilizem por méritos pessoais, por feitos militares ou cívicos, por atos excecionais ou por serviços relevantes prestados ao País. Quando a condecoração se destine a galardoar feitos heroicos em campanha é concedida com palma.

A Lei das Ordens Honoríficas Portuguesas estabelece nove Ordens Honoríficas, que se agrupam em três grupos: as Antigas Ordens Militares, as Ordens Nacionais e as Ordens de Mérito Civil.

As Antigas Ordens Militares são:

Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito;
Ordem Militar de Cristo;
Ordem Militar de Avis;
Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

As Ordens Nacionais são:

Ordem do Infante D. Henrique
Ordem da Liberdade

As Ordens de Mérito Civil são:

Ordem do Mérito;
Ordem da Instrução Pública;
Ordem do Mérito Empresarial.

A Ordem do Infante D. Henrique, a mais comum entre os gestores e clientes da Caixa que aparecem este artigo, tem vários graus:

  • Grande-Colar
  • Grã-Cruz
  • Grande-Oficial
  • Comendador
  • Oficial
  • Cavaleiro/Dama

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Segurados querem cobertura de riscos emergentes

  • ECO Seguros
  • 17 Maio 2019

Os segurados estão preocupados com a possibilidade das suas coberturas serem insuficientes para acautelar riscos emergentes, como a cibersegurança e as ameaças ambientais.

As seguradoras deverão responder as preocupações dos consumidores quanto à cobertura de riscos emergentes, esta a principal conclusão da edição deste ano do World Insurance Report, publicado pela Capdemini e pela Efma.
De acordo com as recomendações do documento, há que responder à procura pelos clientes de novos produtos de seguros personalizados que cubram o ‘gap’ que existe entre as políticas atualmente seguidas e os riscos emergentes, desde a cibersegurança às ameaças ambientais. As seguradoras mostram-se menos preparadas para a mudança do que os consumidores, considerando os autores do documento que têm uma “significativa oportunidade” para passar para um patamar mais elevado quanto a tecnologia e parcerias, conseguindo assim acompanhar as grandes tendências e tornando-se parceiras dos seus clientes mais proativas.
O relatório identifica cinco grandes tendências que estão a gerar riscos emergentes para os segurados, individuais e corporativos: padrões ambientais disruptivos, avanços tecnológicos, evolução social e demográfica, novas preocupações com a saúde e alterações no ambiente de negócios.
Ora, as seguradoras têm sido lentas na resposta a estas tendências, o que cria a convicção, junto dos clientes, que estão expostos a novos riscos. De acordo com o documento, menos de 25% dos clientes corporativos em todas as geografias e menos de 15% de altos responsáveis e proprietários sentem ter suficiente cobertura por parte dos seguros que contratam para fazer face aos riscos emergentes decorrentes das tendências enunciadas.
O estudo estima ainda que 83% dos segurados individuais possuem uma média ou mesmo alta exposição a ciberataques e ao risco de exceder as suas poupanças. Entre os clientes corporativos o estudo indica que 81% estão expostos à escalada dos custos com a saúde dos empregados, 87% podem enfrentar um ciberataque, sendo menos de 18% os que estão munidos de coberturas para tal eventualidade, e quase 75% encontram-se sob a ameaça de catástrofes naturais cada vez mais correntes, para as quais apenas 22% dispõe de cobertura.
Neste panorama, cerca de 55% dos clientes de seguradoras mostram-se dispostos a explorar novos modelos de seguros, mas apenas 26% já aplica neles o seu dinheiro.
Segundo o relatório, o progresso tecnológico deverá ser acompanhado por uma mudança nas atitudes. As seguradoras, que se veem tradicionalmente como “um pagador”, deverão envolver-se noutros papeis, como o de parceiro e “preventor”, trabalhando mais estreitamente com os clientes para mitigar riscos e fornecer serviços por medida.
A Capgemini faz consultoria e fornece serviços no plano tecnológico e da transformação digital a nível internacional. A Efma é uma organização global sem fins lucrativos criada em 1971 por bancos e seguradoras

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Governo garante que há verba para manuais escolares gratuitos

O TdC adianta que a distribuição gratuita de manuais escolares vai custar o triplo do orçamentado pelo Executivo. Em resposta, o Governo diz que há "verba" disponível para responder aos custos.

O Ministério de Tiago Brandão Rodrigues garante que já houve um reforço orçamental para fazer face aos custos da entrega gratuita de manuais escolares, existindo também “verba disponível na reserva do programa orçamental do Ministério das Finanças” para esse efeito. O Executivo responde assim ao Tribunal de Contas (TdC), que adiantou que, em 2019, esta medida — uma das mais emblemáticas do Governo de António Costa — custará não os 47,3 milhões previstos no Orçamento do Estado, mas 144,6 milhões de euros.

“No que respeita à orçamentação da medida, já houve um reforço do orçamento para manuais, existindo também, para fazer face a este custo, verba disponível na reserva do programa orçamental do Ministério das Finanças para o efeito“, explica o Ministério da Educação, em comunicado.

Esta é a reação do Executivo de António Costa à auditoria do TdC aos resultados da gratuidade dos manuais escolares, que adianta que a medida deverá custar este ano aos cofres do Estado o triplo do orçamentado. Isto porque foi inscrita uma dotação de 47,3 milhões de euros para a aquisição de manuais escolares do 1.º e do 2º ciclo, não abrangendo os manuais escolares do 3-º ciclo e do ensino secundário, quando esse alargamento ficou estabelecido no Orçamento do Estado para este ano.

Ao TdC, o Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) disse mesmo estimar que a execução da globalidade desta medida venha a custar 144,6 milhões, com os manuais do 3-º ciclo e do secundário a representar um acréscimo de 108,5 milhões dos gastos.

“Ora, face à estimativa do IGeFE, I.P., de 144,6 milhões de euros para a execução da ‘Gratuitidade de manuais escolares’ em 2019, não se compreende uma insuficiência orçamental de tal dimensão, ou seja três vezes inferior ao estimado (menos cerca de 100 milhões de euros), em desconformidade com o estabelecido na LOE 2019″, diz o TdC, explicando que o reforço da dotação durante o decorrer da execução já estava previsto no OE19.

O Ministério da Educação frisa, além disso, que o valor das dívidas às livrarias é atualmente “residual” e sublinha que já foram transferidos todos os montantes requisitados pelas escolas ao IGeFE.

Incentivo à reutilização é prioridade do Governo

Outras das conclusões da auditoria do TdC conhecida esta sexta-feira é a de que as escolas só aproveitaram 3,9% dos manuais escolares, no ano letivo 2018/ 2019, frisando ainda que se esta fraca reutilização se mantiver haverá um “reforço acrescido do Orçamento do Estado no financiamento da medida e comprometerá a sua sustentabilidade”.

“A necessidade de reforçar as ações tendentes ao incentivo da reutilização, apontado pelo Tribunal de Contas como essencial para o equilíbrio orçamental da medida, é também uma prioridade deste Governo”, defende-se o Ministério de Tiago Brandão Rodrigues.

O Governo encontra-se, deste modo, perfeitamente alinhado com as recomendações do Tribunal de Contas, quer no que respeita à distribuição gratuita de manuais escolares pelo Estado, quer no que diz respeito ao reforço e incentivo de reutilização, num reforço convergente para assegurar a eficácia e economia da medida”, remata o Executivo.

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Brexit: Trabalhistas e conservadores terminam negociações sem acordo

Theresa May e Jeremy Corbyn vão, agora, apresentar uma série de opções aos deputados britânicos, com vista em alcançar o consenso e, tentar finalmente, fazer avanços.

Ainda não foi desta que Theresa May e Jeremy Corbyn chegaram a um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. As negociações entre trabalhistas e conservadores chegaram ao fim, esta sexta-feira, não tendo sido possível chegar a um consenso. Numa carta enviada aos deputados trabalhistas citada pela BBC News, Corbyn atribui mais este insucesso à crescente “fraqueza e instabilidade” do Executivo Tory e diz que as conversações foram “o mais longe que podiam ter ido”. De Downing Street, ainda não há uma reação.

Face a este resultado, o próximo passo será dado pela primeira-ministra britânica e pelo líder trabalhista, que vão apresentar uma série de opções aos deputados britânicos, com o objetivo de tentar encontrar um consenso parlamentar e conseguir, finalmente, fazer alguns avanços nas negociações. Tudo isto depois do prazo para o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia ter sido alargado para o dia 31 de outubro, face aos chumbos consecutivos dos termos negociados entre Londres e Bruxelas.

Ainda sem acordo à vista, Theresa May já garantiu que irá fixar uma data para sair da liderança do Executivo Tory, após a próxima votação parlamentar sobre os termos do Brexit, que está marcada para junho. Assim que a primeira-ministra britânica deixe esse cargo, Boris Johnson deverá avançar, confirmou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, na quinta-feira.

Num discurso numa conferência em Manchester, citado pela Bloomberg, o antigo governante sublinhou que o lugar em causa não está, atualmente, disponível, mas frisou que, quando estiver, estará interessado em disputar a liderança dos conservadores, entrando na corrida para substituir Theresa May.

Na carta enviada aos deputados, Jeremy Corbyn considera que este processo de escolha de um novo líder conservador trouxe “instabilidade” ao Governo de Theresa May e provocou a “erosão” da sua autoridade. As negociações foram “detalhadas” e “construtivas”, mas “fomos incapazes de fazer a ponte em fossos políticos importantes entre nós”, disse também o líder parlamentar.

Corbyn frisou ainda que o seu partido irá considerar as propostas, mas deixou claro que, “sem mudanças significativas”, o sentido de voto dos trabalhistas manter-se-á.

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Banca portuguesa “está claramente a ir em boa direção”, diz Horta Osório

Para o CEO do Lloyds Bank, os bancos portugueses "estão a apresentar resultados positivos", mas não devemos ser "complacentes" porque ainda há muito para recuperar.

Para António Horta Osório, os bancos nacionais “estão a apresentar resultados positivos” e estão “no bom caminho”. Contudo, o CEO do Lloyds Bank reconhece que o país “não pode ser complacente” porque ainda há muito para fazer e, essencialmente, para recuperar.

“O setor bancário está, claramente, a ir em boa direção. Temos que ter em conta que em muito contribuiu a capitalização que fizeram na Caixa Geral de Depósitos. Isso não contribuiu só para a estabilização da CGD, mas também de todo o sistema“, começou por dizer o banqueiro, em declarações durante a conferência “Exportações e Investimento” da AICEP, que decorre esta sexta-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos.

Os níveis de crédito malparado são um dos três principais problemas apontados por Horta Osório na economia portuguesa. “Ainda há muito para fazer”, continuou, referindo que este estava em cerca de 15% e, neste momento, está em cerca de 10%. “Tem vindo a ser reduzido. Há que continuar. Continua a ser um valor bastante elevado, mas há que continuar a reduzi-lo”.

Questionado sobre se os bancos não estarão a adotar os comportamentos que, há anos, nos levaram à crise económica, o banqueiro mostrou-se confiante. “O setor bancário está realmente a ir no bom caminho, têm de se ver as coisas no seu conjunto: e aí as famílias portuguesas têm menos dívida em relação ao PIB, têm um esforço de ajustamento enorme nos últimos dez anos e os bancos têm um nível de capital à volta das 13,5%, o que é bastante positivo”, referiu, acrescentando que “os bancos portugueses, no seu conjunto, são bem geridos, estão sólidos e aprenderam com as lições da crise”.

Outro dos problemas é o nível de endividamento da economia portuguesa, referindo que a dívida passou de 265% para os 293% do Produto Interno Bruto (PIB). “Depois de todo o esforço que as famílias fizeram, a totalidade da dívida face ao PIB é 10% mais alta do que era há dez anos. A dívida pública dobrou, mas a dívida das empresas baixou de 110% para 100% e a das famílias de 87% para 67%”.

Questionado sobre o que pensa que deve ser feito para reduzir a dívida pública, o banqueiro explica que “as indicações do Banco Central Europeu (BCE) são de que os juros que subirão a um prazo de vários anos subirão mais tarde do que se pensava há seis meses, portanto, penso que temos a vantagem de continuar com juros à volta de zero na Europa, o que é muito positivo para economias com elevada dívida sobre o PIB, como é o caso português”.

“Estamos a ir na boa direção, mas é muito importante que continuemos nesta direção, a reduzir o peso da dívida. Porque quando os juros um dia aumentarem — e hão de aumentar dado que o objetivo do BCE é ter uma taxa de inflação à volta de 2% — os juros acompanharão essa taxa de inflação. Aí teremos menos peso do aumento dos juros sobre a economia portuguesa se continuarmos a baixar o peso da dívida sobre o PIB, que é muito alto”.

O terceiro e último problema identificado por Horta Osório é o “mais importante de resolver a prazo, num prazo de mais de dez anos, e é intergeracional e suprapartidário”: a demografia. “É um problema extraordinário comparado ao resto da Europa. As estimativas para a população portuguesa, de acordo com as Nações Unidas, dizem que daqui a 30 anos vamos voltar à população que tínhamos: cerca de nove milhões de pessoas, se nada for feito”.

(Notícia atualizada às 11h13 com mais informação)

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Nuno Melo sugere demissão de ministra da Saúde

  • Lusa
  • 17 Maio 2019

Em mais um jantar com militantes do CDS, o cabeça de lista dos centristas criticou Marta Temido, depois de ler a notícia de que os hospitais de Faro e Portimão estão a cancelar cirurgias até 21.

O cabeça de lista do CDS-PP às europeias, Nuno Melo, defendeu na noite de quinta-feira a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, devido aos problemas nos hospitais e com os doentes que morreram à espera de cirurgias.

Nuno Melo aproveitou a sua passagem pelo Algarve, para um jantar com militantes em Albufeira, Faro, para criticar Marta Temido, depois de ler a notícia de que os hospitais de Faro e Portimão estão a cancelar cirurgias até 21 de maio e de lembrar o caso do número de doentes em fila de espera para cirurgias que morreram.

“Os problemas de saúde não se resolvem com ideologia e hinos marxistas, resolvem-se com recursos. Os recursos que faltam todos os dias. Precisamos de menos hinos, menos música, mais dinheiro, mais médicos, mais pessoal hospitalar”, afirmou Melo, depois de citar Marta Temido que disse que, quando está tensa, ouve o hino da CGTP.

O eurodeputado sugeriu mesmo a substituição da governante, ao dizer: “Se calhar o que faz falta em Portugal é outro ministro da Saúde.”

E juntou mais argumentos, embora de notícias mais antigas, para justificar a demissão de Marta Temido com uma frase que os militantes algarvios gostaram e aplaudiram.

“Alguém que tutela a pasta e se permite dizer que, das pessoas que morreram necessitando de cirurgia, 30% apenas não foram operadas além do prazo, devia ter vergonha. E, no dia seguinte, houvesse um primeiro-ministro com o mínimo de sentido de Estado, já a teria retirado do cargo”, afirmou.

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