Contra a pandemia, 300 economistas dizem ao Conselho Europeu que “é tempo de eurobonds”

Grupo defende que, em vez de cada Estado-membro emitir a sua própria dívida pública para manter as economias a funcionar, a Zona Euro deveria adotar uma solução de partilha de risco.

“É tempo de solidariedade. É tempo de Eurobonds”. O apelo é feito por 300 economistas europeus, numa carta aberta ao Conselho Europeu, que consideram que a emissão de dívida pública comum aos países da Zona Euro é uma solução eficaz para financiar as medidas de travão ao impacto da pandemia de Covid-19.

“A crise do Covid-19 pode destruir a Zona Euro”, pode ler-se na carta, que Francisco Louçã (um dos economistas que assinou o manifesto) partilhou na sua página de Facebook. “Nenhum Estado membro deveria ter que recorrer a um bail-out ou assinar um novo memorando para acesso a fundos de emergência. Isto é uma crise europeia, exige uma solução europeia”.

O grupo defende que, em vez de cada Estado-membro emitir a sua própria dívida pública para manter as economias a funcionar, a Zona Euro deveria adotar uma solução de partilha de risco. E é isso que pede ao Conselho Europeu. “Precisamos de um instrumento comum de dívida para mutualizar os custos orçamentais no combate à crise. Agora é tempo de ação. É tempo de solidariedade. É tempo de Eurobonds”, defendem.

A ideia das Eurobonds tem mais de 30 anos, mas nunca avançou devido à oposição de países como a Alemanha. O tema voltou a estar em cima da mesa na reunião do Conselho Europeu extraordinário, realizado na terça-feira por videoconferência. Segundo a Bloomberg, foi lançado pelo italiano Giuseppe Conte, primeiro-ministro daquele que está a ser o país mais fustigado pela pandemia do Covid-19.

Mas pela primeira vez, houve abertura por parte da Alemanha. Aos jornalistas, a chancelar alemã Angela Merkel mostrou abertura para a hipótese, que durante a crise da dívida soberana tinha sido vista como uma linha vermelha pela Alemanha. Merkel solicitou ao ministro das Finanças alemão que analise a situação para que a Alemanha possa fazer parte desta potencial operação de emissão de dívida de vários países do euro. E remeteu o tema para a “reunião dos ministros das finanças”.

O grupo de economistas que defende a hipótese alguns dos mais reconhecidos especialistas europeus e norte-americanos. É o caso de Mark Blyth, Thomas Piketty, Gabriel Zucman, Giovanni Dosi, Alan Kirman ou Jean Paul Fitoussi. Inclui também dois portugueses, além de Francisco Louçã: Marina Costa Lobo e Amílcar Moreira.

Além destes, também o governador do Banco de Portugal é favorável à ideia. Carlos Costa considera que a Zona Euro deve utilizar a emissão de títulos de dívida comunitários para ultrapassar a crise provocada pelo impacto económico do coronavírus, argumentando que “não existe risco moral e o interesse é comum” a todos os países, num artigo de opinião publicado esta sexta-feira, no Jornal Económico.

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Iberdrola. Clientes podem pagar faturas de luz e gás de março e abril até ao final de julho

A empresa vai também flexibilizar o pagamento das faturas, mediante fracionamento dos valores faturados até 12 meses, sem cobrança de juros de mora.

Depois das recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e dos planos de contingência já avançados pela EDP, Endesa e Goldenergy, agora foi a vez da espanhola Iberdrola lançar um novo conjunto de ações com o objetivo de atenuar o impacto do coronavírus na vida dos seus clientes. Para isso, a elétrica suspende os cortes de energia e garante a continuidade do fornecimento de eletricidade e gás, reforça os canais de apoio digitais e implementa um plano de apoio ao pagamento das faturas.

Assim, a empresa informa que vai alargar o prazo de pagamento das faturas emitidas nos meses de março e abril de 2020 a um período de 90 dias (até fim de junho e julho, respetivamente), em substituição dos habituais 30 dias, para clientes residenciais. Vai também flexibilizar o pagamento das faturas, mediante fracionamento dos valores faturados até 12 meses, sem cobrança de juros de mora, aos clientes residenciais que o solicitem.

E vai ainda estender dos prazos de liquidação de montantes em dívida que cessariam em março até ao final do mês de abril, sem penalização de mora no atraso do pagamento, também para clientes residenciais.

Outra medida passa pela suspensão das já programadas interrupções de fornecimento de energia elétrica e de gás natural para clientes em Baixa Tensão Normal e Baixa Pressão (≤ 10.000 m3), de 13 de Março a 12 de abril de 2020.

“A satisfação dos clientes é o principal foco do trabalho da Iberdrola. No momento de emergência em que vivemos, a Iberdrola assume a responsabilidade de zelar pelo bem-estar, e segurança dos seus clientes. Para isso, sensíveis às dificuldades que as famílias portuguesas enfrentarão, a Iberdrola assume o compromisso de atenuar o impacto que possa advir do consumo de energia nas suas vidas, durante os próximos meses“, explicou a empresa em comunicado, acrescentando: “De acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde e da Direção Geral da Saúde em Portugal, a Iberdrola lança um plano de ações, onde, além de seguir as indicações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, ativa medidas extraordinárias, com vista à minimização do impacto financeiro que pode resultar do atual panorama nas vidas dos seus clientes“.

No apoio ao cliente, todos os pedidos de informação ou solicitações deverão privilegiar os canais online, que foram reforçados. Já nos serviços de instalação e manutenção qualquer deslocação ficará restringida a situações consideradas urgentes.

“Todas as atividades de manutenção, visitas técnicas e instalações no âmbito de serviços prestados pela Iberdrola encontram-se suspensas por data indeterminada e serão realizadas em data futura. As inspeções às instalações de gás natural apenas se realizarão a clientes sem energia, com exceção de algumas zonas onde a inspeção apenas se realizará a clientes que viram o seu abastecimento interrompido”, refere o mesmo comunicado”.

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Salário do patrão do Pingo Doce subiu em 2019. Voltou a ganhar mais de dois milhões de euros

O total recebido subiu 8,8% face aos 1,9 milhões que Pedro Soares dos Santos tinha recebido em 2018. O salário médio dos trabalhadores do grupo aumentou 3%.

O salário do CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, aumentou no ano passado. O patrão da retalhista, que inclui a cadeia Pingo Doce, voltou ao restrito grupo de gestores que ganharam mais de dois milhões de euros. Entre remunerações fixas e variáveis, Soares dos Santos recebeu 2,07 milhões de euros.

O salário fixo do gestor fixou-se em 685 mil euros no ano passado, segundo revela o relatório e contas divulgado esta sexta-feira. Dividindo por 14 meses, o montante equivale a cerca 49 mil euros por mês. A este valor, acrescem ainda 1,08 milhões de euros de componente variável — atribuída e paga em 2019, na sequência da avaliação de desempenho no exercício de 2018 –, bem como 306.395,81 para o plano de pensões de reforma.

Feitas as contas, o salário fixo do líder do dono do Pingo Doce pagou 33% dos ganhos totais do gestor, com a remuneração variável e o contributo para o PPR a pagarem os restantes 67%. O total de 2,07 milhões de euros representa uma subida de 8,8% face aos 1,9 milhões que Pedro Soares dos Santos tinha recebido em 2018. O salário médio dos trabalhadores do grupo aumentaram 3% no mesmo período.

Este crescimento aconteceu num ano em que a Jerónimo Martins lucrou 433 milhões de euros, um aumento de 7,9% face ao alcançado no ano anterior. Além do CEO, também os trabalhadores receberam prémios graças a este resultado.

“Criámos 6.868 postos de trabalho, o que representa um aumento líquido de 6,3% comparativamente a 2018. Proporcionámos ainda 757 estágios em contexto real de trabalho nas diferentes companhias do grupo. Foram atribuídos 137 milhões de euros em prémios aos colaboradores, um aumento de 24% face a 2018, e 13.663 colaboradores foram promovidos, representando um aumento de 14% face a 2018″, refere ainda o relatório e contas.

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Graça Freitas recomenda 14 dias de quarentena a quem entrar em Portugal

A diretora-geral de Saúde anunciou que, a partir da próxima semana, "quem entrar em Portugal poderá ter de ficar em isolamento profilático durante 14 dias".

A diretora-geral da Saúde Graças Freitas recomenda uma quarentena a quem chegar ao país. No dia em que a Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou que o número de casos confirmados no país aumentou para 1.020, Graças Freitas referiu que, a partir da próxima semana, quem entrar em Portugal poderá ter de ficar em isolamento profilático durante 14 dias.

“Vamos lançar uma norma nova para os serviços se orientarem e a indicação genérica é que, quem entra em Portugal, deve ficar — ou vai ter de ficar — em isolamento profilático durante 14 dias”, anunciou a diretora-geral da Saúde. “Essa vai ser a indicação genérica. Dito isto, as autoridades de saúde competentes da região para onde as pessoas vão podem fazer uma avaliação mais fina do risco e tomar medidas que excecionem esta regra“.

Graças Freitas deixou, no entanto, em aberto se esta quarentena será ou não obrigatória, dizendo apenas que a regra será para entrar em vigor na próxima semana e que as autoridades de saúde terão liberdade para fazer a avaliação do risco, nomeadamente pelo destino de onde chega cada pessoa.

Portugal adotou medidas de controlo sanitário reforçado nos aeroportos, após uma reunião de ministros da Administração Interna da União Europeia, na segunda-feira. Divulgação de folhetos informativos, inquéritos epidemiológicos e observação visual dos passageiros que chegam a Portugal foram as medidas então anunciadas e que poderão ser reforçadas na próxima semana.

Foram cancelados voos (em especial de Espanha, Itália e China), mas as fronteiras aéreas portuguesas continuam abertas. O mesmo não acontece com as fronteiras terrestres e marítimas. Na mesma reunião de ministros ficou definido que os Estados membros podem decidir reintroduzir mecanismos de controlo de fronteira nas fronteiras internas da União Europeia, ou seja, no Espaço Schengen. Foi essa a decisão tomada por Portugal e Espanha com a reintrodução dos controlos terrestres nas fronteiras, onde existem agora apenas nove pontos de passagem terrestre.

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S&P corta rating da TAP em três níveis devido à Covid-19

Agência atribuiu um rating de B, ou seja, no "lixo", à companhia aérea portuguesa por causa do coronavírus.

A Standard & Poor’s cortou o rating da TAP em três níveis devido ao impacto da pandemia de Covid-19. É a segunda agência de notação financeira a fazê-lo, depois de a Moody’s ter anunciado também um downgrade esta quinta-feira. Em ambos os casos está no nível de investimento especulativo.

A agência atribuiu um rating de longo prazo — que avalia a probabilidade de incumprimento da TAP — de B, com credit watch negativo — estava em BB-. Simultaneamente, a S&P reviu em baixa o rating da emissão de obrigações senior unsecured (375 milhões de euros com maturidade em 2024) para B, três degraus abaixo do rating atribuído em novembro.

“Esta revisão de rating insere-se num contexto sem precedentes de imposição de restrições governamentais à mobilidade das populações e rápida deterioração da conjuntura económica a nível mundial, em resultado da pandemia do vírus Covid-19, que afeta de forma particular todo o setor do transporte aéreo”, explica a TAP, em comunicado.

A operação da companhia aérea tem sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19. Restringiu as operações a apenas 15 destinos, deixando de operar nos restantes 75 em que operava até agora devido às restrições que os países estão a impor para travar a expansão do coronavírus. A decisão, que tem início a 23 de março, pode ser revista a qualquer momento e deverá durar até 19 de abril de 2020.

Pela mesma razão, esta quinta-feira, a Moody’s baixou igualmente vários ratings e a perspetiva da TAP, incluindo o de probabilidade de incumprimento, citando a exposição ao Brasil, Estados Unidos e Europa como agravante em pleno surto de Covid-19.

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Meo, Nos e Vodafone preparadas para “horas de pico”, mas apelam à “utilização responsável” da internet

Num comunicado conjunto, as três principais telecoms portuguesas apela a uma "utilização responsável" da internet, mas dizem estar preparadas para "suportar as horas de pico".

As três principais operadoras de telecomunicações portuguesas — Meo, Nos e Vodafone — apresentaram ao Governo um plano para mitigar os impactos da pandemia do coronavírus. Num comunicado conjunto, apelam também à “utilização responsável da internet” para garantir o bom funcionamento das redes, ainda que garantam que estas “já estão dimensionadas para suportar as horas de pico” de tráfego.

“Os operadores têm vindo a reforçar a capacidade das suas redes, de modo a orientar essa capacidade para a geografia onde os utilizadores passam a estar, mais nas suas residências e menos nos centros de escritórios e empresariais”, salientam estas empresas. “As operadoras têm ainda tomado várias medidas no sentido de garantir que as suas equipas estão disponíveis, remotamente sempre que possível, e fisicamente quando estritamente essencial e viável, para assegurar a continuidade das operações”, referem.

Portugal está em estado de emergência e a generalidade da população é recomendada a permanecer em casa. Com milhões de portugueses a trabalharem remotamente, as empresas de telecomunicações “têm uma especial responsabilidade em garantir, na medida do possível, as condições de bom funcionamento dos serviços de comunicações, em particular a clientes e entidades críticas, bem como a proteção das operações em infraestruturas cruciais”, reconhecem as telecoms nacionais.

Além destas medidas e orientações, Meo, Nos e Vodafone comprometem-se a “assegurar que as funções críticas do Estado mantêm total conectividade”. Com efeito, garantem o reforço da rede “onde ele seja mais necessário”, mantendo para isso um “diálogo próximo com o Governo”.

Mas o plano apresentado pelas operadoras não se foca somente na integridade e na manutenção das redes de comunicações no país. As empresas instam o Governo à adoção de medidas que promovam a “contenção da expansão” do novo coronavírus. E avançam com um conjunto de seis propostas que vão da “suspensão de toda a atividade comercial presencial” à “promoção de uma maior racionalização da rede de lojas sujeitas à obrigatoriedade de abertura”, entre outras.

Na nota conjunta, estas empresas avançam ainda que “adotaram desde a primeira hora” práticas de “incentivo ao teletrabalho nas empresas”. Recordam que está em vigor uma oferta de 10 GB de tráfego de dados móveis a todos os clientes, particulares ou empresariais, que pode ser pedida até ao fim do mês e que se mantém em vigor por 30 dias contínuos.

No sexto e último eixo do plano remetido ao Executivo, Meo, Nos e Vodafone comprometem-se a “apoiar a comunidade”, assegurando “a manutenção de níveis de conectividade à comunidade”. “Os operadores têm também, através dos canais digitais de contacto, como o SMS e o email, informado e sensibilizando os clientes para que privilegiem a utilização dos canais digitais em detrimento dos canais presenciais”, apontam.

As telecoms concluem, indicando que, “dependendo da evolução” da pandemia do novo coronavírus, “estão ainda a articular medidas de reforço que possam contribuir para que o isolamento social permita, numa fase posterior, o mais rápido regresso à normalidade”.

Com Europa em teletrabalho, Netflix reduz qualidade

Milhões de cidadãos estão em modo teletrabalho na União Europeia, isolados nas respetivas casas, pelo que as redes de comunicações registam mais tráfego do que o habitual. A Comissão Europeia está atenta a esta questão, na pessoa de Thierry Breton, o comissário europeu para o mercado único.

Esta quinta-feira, Breton escreveu no Twitter que esteve à conversa por telefone com o líder da Netflix, Reed Hastings, sensibilizando-o para esta problemática. Considerando que as infraestruturas de telecomunicações “podem estar no limite”, o comissário recomendou todos os cidadãos a reduzirem a qualidade dos streamings de filmes e séries para o nível inferior, de forma a poupar largura de banda.

Ao final desta quinta-feira, a maior plataforma de streaming de conteúdos do mundo deu o braço a torcer, anunciando que vai baixar a qualidade do serviço na Europa por um período de 30 dias, de acordo com a BBC.

“Na sequência das conversações entre o comissário Thierry Breton e Reed Hastings, e tendo em conta os desafios extraordinários levantados pelo coronavírus, a Netflix decidiu começar a reduzir os bitrates em todos os streamings na Europa por 30 dias”, informou fonte oficial da empresa norte-americana.

Em linhas gerais, num streaming na internet, o bitrate influencia quão nítidos e fluidos são os vídeos. Ora, depois destas informações, também a Google adotou uma decisão semelhante para o serviço de vídeos YouTube.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h34)

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Comissão Europeia aumenta limite de ajudas estatais para 800 mil euros

A Comissão Europeia decidiu aumentar o limite das ajudas diretas dadas pelos Estados às empresas de 500 mil euros para 800 mil euros.

A Comissão Europeia decidiu esta sexta-feira, 20 de março, aumentar o limite das ajudas diretas dadas pelos Estados às empresas de 500 mil euros para 800 mil euros, por companhia. A medida foi anunciada pela vice-presidente executiva responsável pela concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager.

Em causa estão as regras temporárias definidas que vão permitir ajudas de Estado — normalmente proibidas ou limitadas pelas regras europeias da concorrência — que estejam relacionadas com o impacto do coronavírus. O objetivo da Comissão Europeia é permitir que os Estados-membros assegurem “a disponibilidade de liquidez suficiente para todos os tipos de empresas e preservar a continuidade da atividade económica”.

Com as economias (quase) paralisadas, muitas empresas não estarão em funcionamento ou irão operar de forma limitada, o que poderá comprometer a sua capacidade para pagar dívida e salários, entre outras despesas, apesar de a sua situação financeira numa situação normal ser saudável.

As medidas de liquidez — em Portugal vão até aos 9,2 mil milhões de euros, cerca de 4% a 5% do PIB, tendo já sido pedida autorização a Bruxelas — deverão permitir as empresas “sobreviver” a este período sem entrar em falência. “O auxílio deve, por conseguinte, ajudar as empresas a resistir à contração e preparar uma recuperação sustentável”, escreve a Comissão Europeia.

“O impacto económico do surto de COVID-19 é grave. Precisamos de agir rapidamente para gerir o impacto no máximo das nossas possibilidades. E precisamos de agir de forma coordenada. Este novo Quadro Temporário permite aos Estados-Membros utilizar toda a flexibilidade prevista nas regras em matéria de auxílios estatais para apoiar a economia neste momento difícil“, afirmou Vestager.

Os cinco tipos de auxílios estatais permitidos

Este quadro temporário — que durará até ao final deste ano, mas poderá ser prorrogado — “reconhece que toda a economia da UE está a atravessar uma perturbação grave”. Contudo, “dada a dimensão limitada do orçamento da UE, a principal resposta provirá dos orçamentos nacionais dos Estados-Membros“. Assim, define cinco tipos de auxílios que os países podem dar às empresas:

1) Subvenções diretas, benefícios fiscais seletivos e adiantamentos: os Estados-Membros poderão criar regimes de subvenções que poderão ir até 800 mil euros para ajudar uma empresa a fazer face a necessidades urgentes de liquidez.

2) Garantias estatais para empréstimos contraídos por empresas junto de bancos: os Estados-Membros poderão fornecer garantias estatais para garantir que os bancos continuem a conceder empréstimos aos clientes que deles necessitem.

3) Empréstimos públicos subvencionados às empresas: os Estados-Membros poderão conceder às empresas empréstimos com taxas de juro bonificadas. Estes empréstimos podem ajudar as empresas a cobrir as necessidades imediatas para fundo de maneio e investimento.

4) Salvaguardas para os bancos que canalizam os auxílios estatais para a economia real: alguns Estados-Membros tencionam desenvolver as capacidades de concessão de crédito atuais dos bancos e utilizá-las como canal de apoio às empresas, em especial pequenas e médias empresas. O quadro deixa claro que esses auxílios são considerados auxílios diretos aos clientes dos bancos, não aos próprios bancos, e dá orientações sobre a forma de assegurar uma distorção mínima da concorrência entre os bancos.

5) Seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo: o quadro introduz uma maior flexibilidade quanto à forma de demonstrar que determinados países não são riscos negociáveis, permitindo assim que o Estado forneça um seguro de crédito à exportação a curto prazo, sempre que necessário.

Além destas ajudas de Estado, a Comissão Europeia relembra que os países podem “introduzir alterações de aplicação geral a favor das empresas (diferimento de impostos, concessão de subvenções ao trabalho reduzido em todos os setores, etc.), que não são abrangidas pelas regras em matéria de auxílios estatais”. No caso de Portugal, as medidas referidas já estão a ser implementadas.

Podem igualmente conceder indemnizações às empresas pelos danos sofridos e diretamente causados pelo surto de COVID-19″, acrescenta Bruxelas, argumentando que “esta medida pode ser útil para apoiar setores particularmente afetados, como os transportes, o turismo, a hotelaria e o comércio retalhista”.

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Seguradoras vão acelerar pagamentos de indemnizações

  • ECO Seguros
  • 20 Março 2020

Hospitais públicos e privados são prioritários na aceleração de pagamentos, afirma associação das seguradoras. Companhias estão abertas a serem flexíveis com segurados e prestadores de serviços.

Disponibilização das linhas de assistência a clientes, aceleração no pagamento de sinistros e disponibilidade para estudar dificuldades financeiras de clientes e prestadores de serviços são medidas que as empresas de seguros a adotar no seu contributo para a mitigação de alguns dos inconvenientes derivados da situação resultante do estado de emergência declarado pelo Presidente da República na passada quarta-feira, em consequência da pandemia Covid-19.

“As companhias estão a acelerar os pagamentos em caso de sinistro, em especial aos Hospitais, públicos e privados, contribuindo, assim, para a disponibilização de recursos financeiros necessários ao enfrentamento de previsíveis acréscimos de custos ou para fazer face a redução de receita”, diz a APS – Associação Portuguesa de Seguradoras, que representa 99% das companhias de seguros a atuar em Portugal.

As associadas garantem ainda a “disponibilidade para estudar, caso a caso, situações de dificuldade dos prestadores que regularmente colaboram com o setor e se vêm fortemente limitados na sua capacidade de trabalho, assim como de clientes relativamente ao pagamento dos prémios de seguro, adotando medidas flexíveis sempre que as circunstâncias o justifiquem e possibilitem.”

Realidade já notada, desde a última semana, é a mobilização das linhas de assistência das seguradoras aos clientes para esclarecimento de dúvidas e no apoio ao diagnóstico. A APS salienta ainda a disponibilidade das seguradoras para pagar os custos dos testes de Covid-19 no âmbito dos seguros de saúde, sempre que haja a necessária prescrição médica.

Companhias simplificam processos. “Cartas verdes” enviadas por email

A APS revela que estão a ser avaliadas neste momento, junto do Governo e do regulador, a “adoção de medidas legislativas ou regulatórias que assegurem a simplificação e flexibilidade de alguns procedimentos, em benefício dos clientes e beneficiários dos seguros, nomeadamente a simplificação do processo de emissão e envio das denominadas ‘cartas verdes’, associadas ao seguro obrigatório automóvel, permitindo o seu envio por meio eletrónico e a preto e branco”.

O comunicado refere igualmente que “as empresas de seguros vão respeitar e dar execução, de modo rigoroso e tempestivo, a todas as medidas adotadas no quadro do estado de emergência declarado e que tudo estão a fazer para manter a maior normalidade na área de subscrição, gestão de sinistros e na necessária assistência aos seus clientes, segurados e beneficiários.

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Continental em Vila Real reduz força de trabalho para cerca de um terço por causa do vírus

A unidade industrial da Continental, em Vila Real, vai reduzir para cerca de um terço o número de colaboradores, a partir de segunda-feira. Capacidade de produção encolhe para 60%.

Depois de a Continental Mabor em Famalicão ter decidido suspender a produção, agora é a unidade industrial da Continental, em Vila Real, que vai reduzir a força de trabalho para cerca de um terço. A medida, que surge como resposta à pandemia, entra em vigor a partir da próxima segunda-feira por um período entre quinze dias a um mês, diz o diretor geral da Continental Advanced Antenna Portugal, Miguel Pinto, ao ECO.

“É uma medida temporária e integrada no plano de contingência da empresa. Vamos reduzir para 60% a nossa capacidade e estarão a trabalhar apenas um terço dos funcionários, como forma de minimizar o impacto e ao mesmo tempo garantir que a produção não pára. Temos que manter asseguradas as necessidades mínimas dos nossos clientes, porque existem fábricas que continuam a operar fora da Europa e nós temos que continuar a fornecer”, explica Miguel Pinto.

A Continental Advanced Antenna Portugal, que produz componentes para automóveis, é uma das maiores empregadoras privadas no distrito de Vila Real. Ao todo, a empresa conta com cerca de 570 funcionários.

Face à situação atual, Miguel Pinto, refere que neste momento a empresa já mandou alguns trabalhadores para casa em regime de teletrabalho e que vão enviar mais alguns de forma a evitar a propagação do vírus que já infetou mais de mil pessoas, em Portugal.

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Mesmo antes do vírus, FMI já previa recessão em Itália

O FMI divulgou uma análise que fez à economia italiana antes do vírus e já antecipava uma recessão. O problema é ainda maior agora que o país é o mais afetado pelo coronavírus em todo o mundo.

A prioridade em Itália é resolver o problema de saúde pública, mas os italianos têm de se preparar para a recessão económica que vem aí. Segundo uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada esta sexta-feira, a economia italiana já iria entrar em recessão em 2020 mesmo antes do surto do vírus ter tornado o país no mais afetado neste momento.

O relatório (Country Report) foi preparado com a informação disponível até 28 de janeiro e, por isso, não tem em conta a (quase) paralisação da economia italiana cujo objetivo é conter a propagação do vírus para não sobrecarregar o sistema de saúde, o que já está a verificar-se. Esta é a “correta prioridade de curto prazo” que conta com a solidariedade do FMI que “expressa a sua simpatia aos italianos e às autoridades pelo elevado custo humano e económico da pandemia“.

No entanto, é possível concluir que — mesmo sem aquele que se espera que seja um grande impacto na economia — Itália já ia entrar em recessão em 2020 com uma contração de 0,6% do PIB, segundo as previsões do FMI. De igual forma, a taxa de desemprego, o défice orçamental e a dívida pública já iriam subir.

Numa nota técnica noticiada pela Bloomberg há duas semanas, também os técnicos da Comissão Europeia antecipavam uma recessão em Itália, a já a contar com o impacto do vírus. Segundo a Lusa, o instituto de investigação italiano REF Ricerche prevê que a economia vá contrair 8% no primeiro semestre do ano. E no Ministério das Finanças italianos já se trabalha com um novo número: uma contração anual de 3%, de acordo com a Reuters.

O Fundo elogia as respostas “resolutas” das autoridades, incluindo as “mais recentes medidas decisivas”, mas pede que haja ação “coordenada” a nível regional (Zona Euro) e internacional para combater os efeitos adversos da pandemia. Certo é que “o surto amplificou muito as incertezas e os riscos descendentes relativos às perspetivas futuras” da economia italiana.

Quando passar o problema de saúde pública, o Fundo considera ser necessário implementar um “pacote de medidas amplo para aumentar o crescimento potencial e melhorar a resiliência”, o que deverá incluir reformas estruturais para subir a produtividade e o investimento, uma consolidação orçamental “credível” a médio prazo para baixar a dívida pública e medidas para ajudar o setor da saúde a nível financeiro.

A equipa do FMI está a monitorizar a crise de saúde e irá continuar a trabalhar para avaliar o impacto e as respostas políticas em Itália e a nível mundial.

(Notícia atualizada às 14h26 com mais previsões)

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Covid-19 dita o fim da edição impressa da Playboy

Playboy não resistiu ao surto do covid-19 e anunciou que a revista vai deixar de ser editada em versão papel. A edição da primavera será a última do ano nos EUA.

 

O coronavírus ditou o fim da edição impressa da revista fundada há 66 anos por Hugh Hefner. A Playboy anunciou esta quinta-feira que a edição da revista vai passar a ser exclusivamente em versão digital.

“Face aos condicionamentos decidimos que a edição da primavera 2020, que chegará aos quiosques norte-americanos e em formato digital na próxima semana, será a nossa última edição impressa”, explica o CEO da Playboy Enterprises, Ben Koh.

“Na semana passada, à medida que se tornava cada vez mais clara a disrupção que o a pandemia do coronavírus causaria à nossa produção de conteúdos e à cadeia de distribuição, fomos forçados a acelerar uma conversa que andávamos a ter internamente”, escreveu Ben Koh, CEO da empresa Playboy Enterprises, numa carta aberta publicada na plataforma Medium.

O ano passado, a revista norte-americana deixou de ter uma periodicidade mensal nos EUA para passar a ser trimestral. Com a queda nas vendas e com esta pandemia que já infetou mais de 245.000 pessoas em todo o mundo, a revista fundada por Hugh Hefner passa a ser exclusivamente um conteúdo digital.

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Casos de coronavírus sobem para 1.020. Há seis mortos

  • ECO
  • 20 Março 2020

O número de infetados com coronavírus aumentou para 1.020, mais 235 do que esta quinta-feira. As vítimas mortais duplicaram para seis, anunciou a Direção-Geral de Saúde.

O número de pessoas infetadas com coronavírus passou para 1.020, um aumento de 235 face a esta quinta-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Até ao momento estão confirmadas seis vítimas mortais, mais três face aos últimos dados avançados.

De acordo com a informação oficial, dos 1.020 casos confirmados, 506 situam-se no norte do país, 361 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 106 no centro, 29 no Algarve e dois na zona do Alentejo. No que diz respeito às regiões autónomas, há um caso confirmado na Madeira e três nos Açores, tal como esta quinta-feira. Do total de casos “importados”, a maioria foram cidadãos que vieram de Espanha (31), seguindo-se França (24) e Itália (20).

O boletim epidemiológico divulgado esta sexta-feira aponta ainda para 7.732 casos suspeitos e 850 pessoas à espera de resultado laboratorial. Há 9.008 pessoas sob vigilância, nomeadamente por terem estado em contacto com pessoas infetadas pelo novo coronavírus. Contam-se ainda 126 internados, dos quais 26 estão nos cuidados intensivos. De todos os infetados até ao momento, cinco já recuperaram.

No que diz respeito às vítimas mortais, estas aumentaram para seis, o dobro das anunciadas pelas DGS esta quinta-feira. O autarca de Ovar anunciou esta quinta-feira um caso no concelho, seguido do autarca de Paços de Ferreira esta manhã, que anunciou outro.

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