Plataforma de Media Privados defendem “medidas urgentes” para setor

  • ECO
  • 20 Março 2020

A Plataforma de Media Privados manifestou a sua preocupação perante a ausência de um programa de ação dirigido aos media, face aos impactos do novo coronavírus, e defendeu "medida urgentes".

O Governo apresentou um conjunto de medidas para mitigar o impacto económico do novo coronavírus nos diversos setores em Portugal. No entanto, apesar de encarar positivamente as medidas anunciadas pelo Executivo, a Plataforma de Media Privados (PMP), que reúne cinco grupos de média privados, apela para a criação de um programa dedicado aos media.

A Plataforma, que representa os grupos Cofina (que detém o Jornal de Negócios e a Correio da Manhã, entre outras publicações), Global Media (dono da TSF, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Dinheiro Vivo, entre outros), Media Capital (TVI, Rádio Comercial, entre outros), Público e Renascença considera que a atual crise “terá fortes impactos negativos em todo o tecido económico e social”, nomeadamente na queda de receitas, “os fortes acréscimos de custos, as dificuldades na produção, logística e distribuição de publicações”, aponta em comunicado.

Nesse sentido, a PMP considera que “se nada for feito” para apoiar os grupos de media, que pretendem “manter-se ao serviço de todos”, poderá estar comprometida a sobrevivência dos mesmos.

Perante isto, a plataforma pede “medidas urgentes” ao Governo, apontando que “não pode deixar de exprimir a sua surpresa e preocupação face à ausência de um programa de ação dirigido aos media“. E adianta: “Pelos profundos impactos da atual crise sobre o setor, não esperamos menos do que o previsto para os setores do turismo e da cultura”.

Apesar de encarar positivamente as medidas anunciadas pelo Governo no tocante à flexibilização das contribuições tributárias, registamos que nada é avançado para eliminar a situação de imoralidade fiscal de que beneficiam as plataformas e outros concorrentes globais instalados no nosso território“, aponta a PMP.

“A introdução de obrigações sobre estes atores permitiria, a um tempo, mitigar os efeitos orçamentais negativos da crise e introduzir decência no mercado, agora especialmente fragilizado”, prossegue ainda a Plataforma de Media Privados.

A plataforma refere ainda que o estado de emergência decretado pelo Presidente da República e em vigor até dois de abril “não deve colocar entraves ao funcionamento da cadeia de valor informativa, da produção à distribuição, incluindo a manutenção dos pontos de venda”, pois “não teremos forma de cumprir a nossa missão se tal não se verificar, e todos ficaríamos a perder“, alerta.

Por fim, a PMP “manifesta o seu total empenho na ultrapassagem da grave crise sanitária provocada pelo vírus covid-19”, referindo que os media portugueses “têm demonstrado uma abnegação sem reservas, não se furtando a riscos e sacrifícios no exercício da sua missão”.

Na quinta-feira, o Dinheiro Vivo noticiou que a PMP, constituída pelos grupos editoriais Cofina, Global Media, Impresa, Media Capital, Público e Renascença, vai pedir um plano de resgate para os media em Portugal para mitigar o impacto da pandemia do novo coronavírus.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM recomenda AG à distância. Pede cuidado às auditoras

Supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias emitiu esta sexta-feira uma série de recomendações para limitar o risco gerado pelo surto de coronavírus.

A pandemia de Covid-19 está a obrigar a mudanças nos mercados financeiros e levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a emitir recomendações sobre o que devem cotadas, auditoras e gestores fazer. Avisa os supervisionados que têm de continuar a comunicar informação relevante ao mercado (nomeadamente sobre o impacto do vírus), pede que as assembleias gerais de acionistas se realizem por teleconferência e que as auditoras tenham especial cuidado.

“A CMVM está a acompanhar em permanência e atentamente os desenvolvimentos decorrentes da pandemia do novo coronavírus (designado por Covid-19), em particular os seus efeitos sobre a evolução dos mercados nacional e internacional, e da atividade das entidades que operam no sistema financeiro, em particular as sujeitas à nossa supervisão, bem como os riscos para os investidores”, começa por explicar o supervisor, apelando a comportamentos “serenos, ponderados e informados”.

Nesse sentido, o supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias diz estar a monitorizar os planos de continuidade de negócio dos supervisionados na adaptação ao teletrabalho, bem como a comunicação imediata da ativação de planos de emergência. “Esclarecer que os planos de continuidade de negócio devem assegurar a capacidade de cumprimento de todos os deveres legais e regulatórios, nomeadamente de reporte de informação e de salvaguarda dos direitos dos investidores”, sublinha.

Explica que situações de dificuldades de cumprimento dos reportes legais serão avaliadas individualmente. E avisa as empresas que têm de comunicar ao mercado o impacto atual e potencial da Covid-19.

“Os emitentes devem (…) divulgar logo que possível toda a informação relevante sobre os impactos do Covid-19 no seu negócio, situação financeira e desempenho económico“, avisa a CMVM, dizendo que este reporte pode ser feito no relatório financeiro anual de 2019. “A existência de informação de qualidade é essencial à boa formação de preços no mercado e mercados abertos são importantes para que os investidores possam continuar a investir, ter acesso a liquidez, reequilibrar carteiras e cumprir as suas obrigações”.

Acionistas em teleconferência e shortselling limitado

As recomendações sobre informação não passam só pela comunicação ao mercado, mas também pela auditoria. A CMVM pede aos auditores que implementem procedimentos e práticas que garantam a qualidade da auditoria. “Num período de apresentação de contas por essas empresas e entidades, importa assegurar que os auditores desempenham as suas atividades tendo em conta todas as circunstâncias relevantes e no cumprimento das normas aplicáveis”, alerta.

Numa altura de apresentação de resultados do ano passado, a CMVM recomenda que as assembleias gerais de acionistas decorram “recorrendo a meios telemáticos e que as interações preparatórias assentem na utilização de meios de comunicação eletrónicos e à distância, com vista a compatibilizar o exercício dos direitos dos acionistas com elevados padrões de segurança, saúde e bem-estar de todos os envolvidos”.

Do lado dos investidores, a CMVM já tinha comunicado que o supervisor europeu limitou o shortselling por considerar que as posições curtas poderão exacerbar a situação de crise. Fica agora aberta a porta a que este seja totalmente proibido, tal como já aconteceu noutros países. A CMVM diz estar a “avaliar numa base permanente a possibilidade de introduzir proibições temporárias de constituição ou de reforço de posições curtas sobre ações transacionadas no mercado nacional”.

Já no que diz respeito a grandes investidores, o supervisor quer ter mais informação dos gestores de ativos. Quer reforçar as obrigações de reporte de informação que seja vital à avaliação das consequências das circunstâncias decorrentes do Covid-19, nomeadamente aumentando a frequência do reporte de algumas obrigações, em especial no âmbito da gestão de ativos, sendo nestes casos requerida informação diária.

“Em linha com a posição publica da ESMA de 18 de março, [a CMVM vai flexibilizar] as obrigações de reporte das empresas de investimento e outras entidades obrigadas à comunicação aos repositórios de transações das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização, adotando uma abordagem baseada no risco e proporcional”, aponta a CMVM.

(Notícia atualizada às 12h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lidl Portugal contrata 500 pessoas para responder à procura devido ao coronavírus

Face ao aumento exponencial da procura de bens essenciais devido ao coronavírus, a cadeia de supermercados alemã em Portugal, quer reforçar as equipas nas 258 lojas em todo o país.

O Lidl Portugal está a contratar 500 pessoas para responder ao aumento da procura e afluência nas lojas devido à progressão do novo coronavírus. O grupo quer aumentar as equipas nas 258 lojas e nos quatro entrepostos, de norte a sul do país.

Na mesma nota, o Lidl Portugal refere ainda que está em contacto com fornecedores para garantir o fornecimento de bens essenciais aos portugueses e está a reforçar as medidas de higiene e segurança em todas as lojas para minimizar os riscos de contágio.

“O Lidl quer fazer a sua parte para salvaguardar a economia, a criação de emprego em momentos como estes é fundamental. As equipas têm feito a diferença ao trabalharem arduamente para garantir que os portugueses encontram nas nossas lojas tudo o que procuram, mas esta é uma época sem precedentes e, por isso, precisam de mais ajuda”, sublinha Maria Román, diretora-geral de recursos humanos do Lidl Portugal.

Para reforçar as medidas de higiene e segurança, o Lidl disponibiliza gel desinfetante em todas as lojas e entrepostos, a limpeza de materiais e equipamentos e criou uma estrutura acrílica nas caixas de pagamento para reduzir o contacto físico entre os trabalhadores e os clientes. O Lidl colocou marcas no chão para assinalar a distância de segurança, na linha de caixa, e está a sensibilizar os clientes a optar pelo pagamento com cartão, através do sistema contacless ou MB Way, em vez de dinheiro.

“A empresa, consciente do seu papel na garantia do bem-estar social, está empenhada em unir esforços para não falhar com os portugueses“, sublinha o grupo em nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa distribuidora do Pingo Doce está a contratar entre 200 a 300 pessoas

  • ECO
  • 20 Março 2020

A pandemia do Covid-19 provocou um aumento da procura nos sites de retalho. A empresa distribuidora do Pingo Doce está a contratar entre 200 a 300 pessoas.

Após ser decretado o estado de emergência como forma de contenção do Covid-19, os portugueses viram restringidas as suas saídas ao exterior. Apesar das idas aos supermercados continuarem a ser possível, a empresas de retalho tem verificado um aumento das compras nos sites online. A distribuidora do Pingo Doce procura entre 200 a 300 pessoas para responder procura, segundo avançou a TSF.

Face a este aumento, as empresas não têm mãos a medir e já ponderam contratar mais mão de obra. A Mercadão, que assegura as entregas ao domicílio do Pingo Doce, revelou que os pedidos “triplicaram” e assegura que vão reforçar a equipa com mais 200 a 300 pessoas, segundo a TSF.

“A nossa equipa tem cerca de 150 pessoas, contudo não é suficiente para fazer face aquilo que tem sido a procura extraordinário que estamos a registar”, referiu Gonçalo Soares da Costa, diretor executivo da Mercadão, à TSF. A Mercadão pondera ainda assegurar a distribuição dos pedidos através de plataformas como a Uber. Superfícies comerciais como Auchan e Continente também estão a sentir o impacto do Covid-19 nas suas plataformas online.

No Continente Online, o surto de coronavírus fez a procura quadruplicar e já só é possível agendar entregas para meados de abril. No Auchan, entrar no próprio site é complicado, já que 70 mil pessoas, em média, têm tentado fazer compras ao mesmo tempo. De notar que, mesmo em estado de emergência, os supermercados (físicos) mantém-se abertos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Bicicletas partilhadas deixam de rolar por Lisboa. Câmara põe rede GIRA fora de circulação

No início da semana, a CML garantiu que "a adoção de medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA" permitiria manter o sistema em funcionamento.

A Câmara Municipal de Lisboa anunciou que a operação da Rede de Bicicletas Partilhadas de Lisboa – GIRA está “provisoriamente suspensa”. Os motivos para esta decisão são dois: a declaração de Estado de Emergência pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na quarta-feira, e também “tendo em conta a quebra de utilização verificada“.

Quanto aos passes GIRA ativos, a autarquia diz que será dada a prorrogação da vigência dos mesmos, “pelo período equivalente ao que durar esta suspensão”.

Esta decisão anula o que a Câmara Municipal de Lisboa tinha afirmado no início desta semana, quando garantiu que “a adoção de medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA” permitiria manter o sistema em funcionamento, “recomendando-se o estrito cumprimento das regras de higiene individual”.

No início desta semana, a EMEL, empresa municipal de estacionamento de Lisboa, tinha já a anunciado que vai deixar de cobrar parquímetros durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados até ao próximo dia 9 de abril. Além da suspensão do pagamento de estacionamento na via pública, a empresa decidiu também pelo estacionamento gratuito para residentes em parques da EMEL. Suspenso está também o bloqueamento de veículos, “mas será reforçada a fiscalização e remoção de veículos em infração”.

“Considerando que: uma maior imobilização dos cidadãos na cidade de Lisboa, conduz a um maior número de veículos estacionados, que em condições normais sairiam do local de residência, junto a casa dos residentes, e que muitos destes veículos de residentes não terão dístico; se regista uma quebra de procura o transporte público, não existindo, portanto, pressões significativas de estacionamento na envolvente do transporte público pesado em zonas residenciais […] A Câmara Municipal de Lisboa toma as seguintes medidas: suspensão do pagamento na via pública; estacionamento gratuito nos parques da EMEL dos veículos com dístico de residente válido; alargamento de todas as avenças noturnas de residente existentes nas concessões Empark para avenças 24h, ou seja, passa a ser possível ao titular dessa avença o estacionamento 24h sem custo acrescido”, explicou a autarquia em comunicado.

Nas ruas, as equipas de fiscalização da EMEL e a divisão de trânsito da Polícia Municipal continuarão, no entanto, a assegurar a fiscalização do estacionamento da cidade. “Os meios serão reforçados e alocados na manutenção de canais de circulação livres, incluindo veículos que limitem a circulação de outros veículos, em particular de emergência, acessos a propriedades incluindo garagens, ou qualquer infração que ponha em causa a segurança ou a livre circulação de pessoas e veículos”, acrescenta ainda o mesmo comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governador do Banco de Portugal defende emissão de eurobonds para responder à crise

O governador do Banco de Portugal considera que "não existe risco moral e o interesse é comum" pelo que a Zona Euro tem de avançar com a emissão de eurobonds.

O governador do Banco de Portugal considera que a Zona Euro deve utilizar a emissão de títulos de dívida comunitários, apelidadas de eurobonds, para ultrapassar a crise provocada pelo impacto económico do coronavírus. Num artigo de opinião publicado esta sexta-feira, no Jornal Económico, Carlos Costa argumenta que “não existe risco moral e o interesse é comum” a todos os países.

Perante a (quase) paralisação da economia a nível mundial, incluindo Portugal e a Zona Euro, os economistas já antecipam uma forte “pancada” no PIB, apesar de a incerteza limitar a capacidade de fazer previsões. Há várias instituições (Comissão Europeia ou bancos de investimentos) que dão como certo que haverá, no mínimo, uma recessão que terá impacto nas empresas e nos trabalhadores.

Assim, o governador do Banco de Portugal considera que é essencial que se atue tanto na procura como na oferta “por forma a salvaguardar os rendimentos e o potencial produtivo durante a duração da pandemia, garantindo que os empregos ainda estão disponíveis quando os trabalhadores regressarem do isolamento profilático e se iniciar a recuperação deste choque”.

Na Zona Euro, tal passa pela ação do Banco Central Europeu (BCE) mas também dos Estados-membros. “A política monetária está já proativamente em campo“, considera Carlos Costa, que faz parte do Conselho do BCE e na tomada de decisões, referindo-se ao novo programa pandémico de 750 mil milhões de euros. No total, tendo em conta as compras que já estavam ativas, o banco central fará aquisições de mais de um bilião de euros até ao final de 2020.

Mas os Estados também têm de utilizar a política orçamental e em força, como tem pedido a presidente do BCE, Christine Lagarde, nomeadamente dando garantias públicas aos financiamentos da banca à economia para “evitar o aumento do risco” e o “consumo de capital resultante de incumprimentos” no balanço dos bancos, considera o governador do Banco de Portugal, garantindo que “está a acompanhar o evoluir da situação em articulação com as autoridades competentes”.

É aqui que entra a emissão de eurobonds dada a necessidade de os Estados se endividarem para financiar os défices orçamentais. Para Carlos Costa, neste caso, “não existe risco moral e o interesse é comum”. Mais: “A causa não é idiossincrática, é transversal a todas as economias, e não tem origem em desequilíbrios da política económica“.

Já ontem o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, sinalizava que poderia vir a caminho algo novo: “Os países estão a tomar decisões fortes e estamos a explorar vias para intensificar a resposta política conjunta na UE”. Este sinal poderá estar relacionado com as apelidadas “coronabonds” (ou “eurobonds”, obrigações ao nível da Zona Euro com partilha de risco entre os países) que são admitidas pela primeira vez pelo Governo alemão.

Segundo a Bloomberg, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao seu ministro das Finanças, Olaf Scholz, para avaliar o tema, remetendo a discussão para o Eurogrupo. Ontem a agência de informação financeira também noticiou que o Governo alemão deverá deixar cair o travão constitucional à dívida pública no início da próxima semana, também algo inédito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Walmart quer contratar mais 150 mil trabalhadores até maio

Para responder ao aumento da procura, o grupo de distribuição norte-americano vai reforçar a equipa nos centros de abastecimento e distribuição. Os contratos serão em regime de trabalho temporário.

O grupo de distribuição norte-americano Walmart quer contratar 150.000 pessoas em regime part-time, até ao final de maio, para responder ao aumento da procura devido ao coronavírus. A empresa está à procura de profissionais para trabalhar nas lojas e nos centros de abastecimento e distribuição, avança a CNN (conteúdo em inglês, acesso gratuito).

Numa nota publicada na página oficial, a Walmart explica que, numa fase inicial, os contratos serão em regime temporário, mas podem vir a converter-se em contratos permanentes. Para conseguir contratar rapidamente, a empresa vai reduzir o tempo do processo de recrutamento de duas semanas para 24 horas.

“Sabemos que milhões de americanos, que normalmente estão empregados, estão temporariamente sem trabalho nesta fase e, ao mesmo tempo, sentimos uma forte procura nas nossas lojas. Queremos que as pessoas considerem a Walmart como uma forma de ganhar um dinheiro extra e prestar um serviço vital à comunidade“, sublinha na mesma nota o CEO da Walmart, Doug McMillon.

Mais de 500 milhões em bónus

A empresa adiantou ainda que, para premiar a “dedicação” e o “trabalho árduo” em tempo de crise, tem mais 500 milhões de dólares para distribuir pelos 2,2 milhões de trabalhadores que emprega em todo o mundo. Para os trabalhadores a full-time, o bónus será de 300 dólares — o equivalente a 277 euros –, e quem tem contrato a part-time vai receber 150 dólares, cerca de 140 euros, já no início do próximo mês.

Esta semana, a empresa de e-commerce Amazon anunciou que está a planear contratar mais 100 mil funcionários para os armazéns e entregas, numa altura em que regista um aumento no número de encomendas devido ao coronavírus. Por cá, também a Multipessoal anunciou que está à procura de trabalhadores para assegurar os serviços mínimos em cadeias de distribuição. Esta sexta-feira, o Lidl anunciou a contratação de mais 500 pessoas para reforçar as equipas das suas lojas e entrepostos, de norte a sul, de forma a “dar a melhor resposta possível aos cidadãos no atual contexto do país”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ainda não é este mês que funcionários públicos recebem salários com aumento

Os funcionários públicos ainda não vão receber este mês os salários aumentados. O diploma foi promulgado, na quinta-feira, mas não deverá chegar a tempo do processamento das remunerações.

Os aumentos de dez euros para os salários mais baixos de 0,3% para todos os outros ainda não serão sentidos este mês na carteira dos funcionários públicos. O diploma que fixa essas atualizações foi promulgado, na quinta-feira, pelo Presidente da República, de acordo com o Ministério de Alexandra Leitão. Não deverá chegar, contudo, a tempo do processamento das remunerações deste mês.

No final de fevereiro, o Ministério da Administração Pública deu por encerradas as negociações com sindicatos, tendo ficado fechado um aumento de dez euros para os salários até 683,13 euros e de 0,3% para todas as remunerações mais elevadas, com efeitos retroativos a janeiro de 2020.

Na nota distribuída pelos jornalistas na primeira reunião dessa ronda negocial, o Governo adiantava que esperava proceder a esses acerto com o vencimento de março, mas, a dez dias do fim do mês, o diploma que estabelece essas atualizações ainda não foi publicado em Diário da República. Resultado: o processamento regular das remunerações já deverá ter acontecido (em circunstâncias normais acontece a meio do mês) e não incluiu esse reforço.

Por exemplo, no último ano, o decreto-lei que determinou o aumento do “salário mínimo” do Estado para 635 euros entrou em vigor a 21 de fevereiro, chegando demasiado tarde para ser tido em conta nos salários desse mês. “Quando o diploma entrou em vigor, a generalidade dos serviços já tinha terminado o seu processamento ordinário”, garantiu a então secretária de Estado da Administração e do Emprego Público.

Nessa altura, o Executivo deu, então, indicações para que se realizasse um processamento extraordinário, que acabou por abranger só os salários processados pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (cerca de 55 mil dos 680 mil funcionários públicos).

Face à pandemia de coronavírus que Portugal atualmente enfrenta, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) salienta, contudo, que as suas preocupações estão, neste momento, relacionadas com os direitos dos trabalhadores face a este vírus e não ligadas a esse assunto. “[Os aumentos] hão de vir quando vierem”, diz José Abraão. “A nossa luta sindical é contra o vírus”, frisa.

(Notícia atualizada às 12h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CDS quer que empresas com quebra de 15% na faturação possam aceder ao “novo lay-off”

O CDS enviou ao Ministério de Siza Vieira 16 perguntas, entre as quais estão questões relacionadas com o novo lay-off. Os centristas defendem que o acesso a esse regime deve ser "menos exigente".

O novo regime de lay-off criado para apoiar as empresas face à pandemia de coronavírus está disponível apenas para aquelas que estejam em paragem total por rutura do abastecimento ou das encomendas ou para aquelas que registem uma quebra na faturação de 40% nos 60 dias anteriores ao pedido em comparação com período homólogo. Para o CDS-PP, esse critério é demasiado restritivo. O grupo parlamentar centrista propõe baixar essa redução para 15% na comparação trimestral ou para 20% na comparação com o mês homólogo.

“Na proposta apresentada pelo Governo referente ao lay-off simplificado consta um requisito obrigatório para a demonstração de 40% de quebra de faturação e muitas empresas não poderão cumprir este critério a curto prazo, podendo assim não ter recursos suficientes para manter a sua atividade e trabalhadores e gerando com isso mais insolvências e desemprego”, considera o CDS-PP, num documento enviado ao Ministério da Economia.

O grupo parlamentar sugere, assim, que o critério de acesso ao novo lay-off não seja a tal quebra “abrupta e acentuada” de 40%, nos 60 dias anteriores ao pedido por comparação ao mesmo período de 2019, mas uma redução de 15% por comparação com o trimestre homólogo ou uma redução de 20% por comparação com o mês homólogo.

O CDS-PP envia, consequentemente, a seguinte pergunta ao Governo: “Compreende o Governo que, atendendo à situação em curso, devem ser definidos critérios menos exigentes ao nível da aplicação do regime extraordinário do lay-off, nomeadamente ao nível da quebra da faturação (em valor inferior a 40%)?”

Na lista de 16 questões colocadas ao Ministério da Economia, o CDS-PP pergunta ainda ao Executivo se está a ponderar alargar este novo regime às empresas que minimizem a sua atividade porque têm “muitos trabalhadores em casa em isolamento profilático“.

Os centristas aproveitam também para questionar o Governo sobre as respostas que estão a ser pensadas para o comércio e serviços, depois da confederação que representa esse setor ter acusado o Executivo de “profundo desprezo” e de ter “aconselhado” os empresários a despedirem trabalhadores para reduzir custos, durante a pandemia.

“É preferível decidir apoiar as empresas logo num primeiro momento, mesmo que isso justifique um aumento de despesa para o Estado – porque isso evitará insolvências e desemprego – evitando uma despesa galopante em subsídios de desemprego“, remata o CDS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

O coronavírus poderá custar 4.000 milhões à banca espanhola este ano. Já a Domino’s planeia contratar cerca de 10.000 trabalhadores para responder à pandemia.

A pandemia do coronavírus afeta vários setores, nomeadamente a banca. A fatura para os bancos espanhóis poderá chegar aos quatro mil milhões de euros, este ano. Por outro lado, há empresas que acabam por ver um aumento na atividade. É o caso da Domino’s, que tem nos planos contratar dez mil funcionários para lidar com a procura. Os efeitos desta pandemia na economia também preocuparam dois senadores norte-americanos, que, quando confrontados com informação sobre o vírus, decidiram vender ações. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

Dois senadores norte-americanos venderam ações depois de receber informação sobre coronavírus

Dois senadores republicanos venderam milhões de dólares em ações pouco antes dos mercados dos EUA caírem em resposta à pandemia de coronavírus. Richard Burr, presidente republicano do comité de inteligência do Senado, e a esposa, venderam 1,7 milhões de dólares em ações a 13 de fevereiro, de acordo com divulgações do congresso. Kelly Loeffler, ex-executivo da Intercontinental Exchange que entrou no Senado este ano, vendeu até 3,1 milhões em ações durante três semanas até 14 de fevereiro.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Expansión

Coronavírus vai custar 4.000 milhões à banca espanhola este ano

A desaceleração da economia europeia devido à pandemia vai passar uma fatura pesada nas instituições financeiras, de acordo com uma análise realizada pelo Bank of America. Para todos os bancos europeus incluídos no relatório, o lucro bruto para 2020 pode ser de 91.423 milhões de euros, valor que compara com os 125.431 milhões esperados antes do início do surto, uma queda de 27%. No caso dos seis bancos espanhóis analisados (Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia, Sabadell e Bankinter), o resultado bruto deste ano poderá cair quase 4.000 milhões de euros, de 25.112 milhões para 21.143 milhões, 16% a menos.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Le Figaro

Estado francês convida empresas a pagar bónus de 1000 euros a quem continuar a trabalhar

O ministro da Economia e Finanças francês colocou em cima da mesa a possibilidade de as empresas poderem pagar um bónus de mil euros não tributável, algo que poderá ser feito até 30 de junho. “Convido todas as federações, todas as empresas que têm um acordo de participação nos lucros, em particular nos setores vitais, a pagar este prémio de 1.000 euros, que é totalmente isento de impostos”, disse Bruno Le Maire.

Leia a notícia completa no Le Figaro (acesso livre, conteúdo em francês).

Reuters

Alemanha planeia fundo de meio bilião de apoio a empresas atingidas pelo coronavírus

A Alemanha está a planear um fundo de meio bilião de euros para apoiar as empresas em dificuldades de pagamento devido à crise do coronavírus, que poderá até injetar capital quando necessário. O fundo de cerca de 500 mil milhões de euros é feito à imagem do Fundo Especial de Estabilização de Mercado, criado pelo Governo alemão para apoiar bancos na época da crise financeira. O Governo está preparado para voltar a recorrer a esse fundo também se os bancos tiverem dificuldades.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

CNBC

Domino’s espera contratar cerca de 10.000 trabalhadores para responder à pandemia

A Domino’s está a planear contratar dez mil trabalhadores, numa altura em que mais pessoas recorrem à entrega de comida. A cadeia de pizarias procura motoristas de entrega, cozinheiros, representantes de serviço ao cliente, gerentes e motoristas de camião licenciados para os centros de cadeia de fornecimento. A necessidade varia de acordo com as lojas individuais. As entregas representam cerca de 55% do total de pedidos da cadeia.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autarca de Paços de Ferreira anuncia a primeira morte no concelho. Vítimas mortais do coronavírus sobem para 5

Há oficialmente três mortes confirmadas com coronavírus, mas os autarcas de Ovar e Paços de Ferreira já anunciaram mais duas. Aumenta, assim, para cinco o número de vítimas mortais.

O número oficial de mortes confirmadas por coronavírus está em três, mas já dois concelhos se anteciparam à atualização diária da Direção-Geral da Saúde (DGS) e anunciaram mais duas vítimas mortais. Horas depois da autarquia de Ovar, foi a vez da autarquia de Paços de Ferreira.

Esta sexta-feira, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira anunciou no Facebook que o concelho regista a primeira morte. “Com quatro registos positivos, faleceu ontem à noite no nosso concelho a primeira pessoa com diagnóstico de Covid-19. Expresso os meus sentimentos à família enlutada”, escreveu o autarca.

Ao ECO, uma fonte da Câmara de Paços de Ferreira adiantou que se trata de um homem de 64 anos, desconhecendo-se mais informações, inclusive sobre a freguesia onde morava. A mesma fonte explicou que esta manhã o autarca foi informado pelas autoridades de saúde de que faleceu uma pessoa oriunda de Paços de Ferreira.

Esta quinta-feira à tarde, o presidente da Câmara de Ovar também um anúncio semelhante. Foi através do Facebook que Salvador Malheiro deu a notícia. “É a primeira vítima em Ovar. Tive essa confirmação por parte da delegada de saúde”, disse o autarca, momentos depois, em declarações à RTP3. Ainda segundo o mesmo, a vítima era uma senhora entre os 80 e 90 anos e estava internada no Hospital de São Sebastião.

Com estes dois anúncios, aumenta, assim, para cinco o número de vítimas mortais com coronavírus no país. Até ao momento registavam-se três casos, dois na zona de Lisboa e um no centro do país.

Desde que apareceu, em meados de dezembro, o coronavírus já infetou mais de 245.000 pessoas em todo o mundo e o número de mortos ultrapassa já os 10 mil. Em Portugal contavam-se, esta quinta-feira, 785 casos confirmados, um número que deverá aumentar esta sexta-feira. Declarado como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no início deste mês, o vírus já se espalhou para mais de 170 países e territórios pelo globo.

(Notícia atualizada às 10h54 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas têxteis fabricam batas para o SNS

  • ECO
  • 20 Março 2020

Grupo de empresas de vestuário e confeção avançou para a produção de batas para os profissionais de saúde. Esta sexta são oferecidas as primeiras 200 ao Hospital de Guimarães.

Esta é a primeira bata de um conjunto de 200 produzidas por um grupo de cinco empresas de vestuário e confeção que vão ser entregues ao Hospital de Guimarães esta sexta-feira. É a resposta da Polopique, da Calvelex, da Lameirinho, da Riopele e da Paulo de Oliveira, cinco empresas que, entre elas, detêm valências de toda a fileira, dos fios aos têxteis-lar, passando pelos tecidos e confeção de vestuário, na luta à propagação do novo coronavírus Covid-19.

Estas empresas aceitaram o desafio da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção para que as empresas da fileira têxtil e do vestuário colocassem os seus ativos e a sua capacidade instalada à disposição do Serviço Nacional de Saúde, disse ao ECO o presidente da Calvelex (e da Anivec), César Araújo.

As cinco empresas já alocaram os seus recursos técnicos, produtivos e também financeiros para produzir equipamentos de proteção individual, que serão disponibilizados aos hospitais do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Além dos recursos tecnológicos e humanos, vem já a seguir uma nova produção de batas para outros hospitais públicos, nomeadamente em Lisboa.

Estas empresas estão igualmente a criar um fundo monetário para ser usado na aquisição das matérias-primas necessárias à produção destes equipamentos de proteção individual. “Estas empresas foram as primeiras a responder positivamente a este desafio mas outras estarão em condições também de o fazer. Esperamos que com o esforço de todos seja possível reduzir o impacto desta pandemia na nossa sociedade”, afirma César Araújo ao ECO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.