Brexit: UE pede a britânicos que “parem com jogos” se ainda querem acordo

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

Michael Rot, ministro dos Assuntos Europeus da Alemanha, alertou os britânicos que o "tempo se está a esgotar" e que é necessário encontrar "uma base justa" para prosseguir as negociações do Brexit.

A União Europeia pediu esta terça-feira aos britânicos que “parem com jogos” se ainda querem alcançar um acordo sobre as relações futuras, reiterando que é “totalmente inaceitável” a proposta de lei que revoga certos compromissos do Acordo de Saída.

À entrada para um Conselho de Assuntos Gerais, em Bruxelas, o ministro dos Assuntos Europeus da Alemanha – país que assegura a presidência rotativa do Conselho da UE neste segundo semestre – assumiu que os 27 estão “mesmo, mesmo desapontados com os resultados das negociações até ao momento”, e designadamente com a recente proposta de lei polémica avançada pelo Governo de Boris Johnson que “viola princípios orientadores” do acordo de saída do Reino Unido do bloco europeu, celebrado entre as duas partes em 2019.

“A chamada proposta de lei do mercado interno preocupa-nos extremamente, porque viola os princípios orientadores do Acordo de Saída, e isso é totalmente inaceitável para nós”, afirmou Michael Roth.

Apontando que a reunião desta terça-feira dos 27 reiterará o “forte apoio” ao negociador-chefe da UE para as relações futuras com o Reino Unido, Michel Barnier, assim como “o forte compromisso” do bloco europeu em chegar a um “acordo justo” com Londres, “baseado na confiança”, o responsável alemão apelou então aos britânicos que parem de “jogar”, pois já não há tempo para tal.

“Por favor, caros amigos em Londres, parem com jogos. O tempo está a esgotar-se. O que precisamos é de uma base justa para prosseguir as negociações” sobre as futuras relações, afirmou Roth.

A polémica proposta de lei que reverte parcialmente certos compromissos assumidos no Acordo de Saída do Reino Unido da UE, e que o próprio Governo britânico admite que viola o direito internacional, passou a primeira votação no Parlamento britânico na semana passada, apesar da contestação de vários deputados conservadores, tendo sido aprovado por 340 votos a favor e 263 contra.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/comercio-reino-unido-ue/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”908″ slug=”comercio-reino-unido-ue” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/comercio-reino-unido-ue/thumbnail?version=1573150092076&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

Ameaçando uma ação legal, Bruxelas deu a Londres até final do mês de setembro para retirar a proposta polémica, que coloca em causa as regras aduaneiras para a Irlanda do Norte destinadas, em particular, a evitar o restabelecimento de uma fronteira física entre a República da Irlanda, membro da UE, e a província britânica.

“Prefiro ter proteções que garantam a integridade deste país e protejam contra uma potencial rutura do Reino Unido”, contrapôs Boris Johnson, que acusou a UE de falta de “boa-fé” e “senso comum” nas negociações pós-Brexit.

As duas partes continuam a tentar negociar um acordo sobre a sua futura relação comercial, mas as últimas negociações não resultaram em grandes avanços.

Meados de outubro é considerado o prazo para alcançar um entendimento, senão a ausência de um acordo resultará em tarifas aduaneiras no comércio entre o Reino Unido e o bloco europeu a partir de 01 de janeiro de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 leva poupança das famílias a níveis recorde

Impacto das medidas de confinamento sobre o consumo e a incerteza sobre o rendimento futuro sustentam o aumento da poupança das famílias na Europa no segundo trimestre do ano.

A propensão das famílias para a poupança atingiu níveis recorde no primeiro trimestre do ano, tendência que terá tido continuidade no segundo trimestre antecipa uma análise do Banco Central Europeu (BCE) divulgada esta terça-feira.

A entidade liderada por Christine Lagarde sustenta essa expectativa na construção de um indicador mensal qualitativo feito com base no inquérito ao consumidor na Comissão Europeia que se debruça sobre as expectativas das famílias relativamente às suas poupança e sobre o que antecipam para a sua situação financeira.

“O indicador atingiu níveis sem precedentes, apontando para um aumento acentuado na poupança das famílias no segundo trimestre de 2020“, refere o BCE, acrescentando que “isso também se reflete no aumento dos depósitos bancários das famílias desde março de 2020″.

A análise do BCE atribui o disparo dos níveis de poupança dos europeus à combinação de dois fatores. Em primeiro lugar, as medidas de confinamento impostas no combate ao novo coronavírus que ditaram a uma travagem a fundo do consumo das famílias e das suas despesas habituais, levando a “poupanças forçadas, ou por outras palavras, involuntárias”. Em segundo lugar, o BCE refere a incerteza quanto aos rendimentos futuros, e em particular ao risco relativamente ao emprego, o que estará a ditar “poupanças por precaução“.

“A taxa de desemprego esperada explica grande parte da variação histórica da taxa de poupança” refere o BCE, acrescentando ainda que “a poupança forçada parece ser o principal motor do recente aumento na poupança das famílias”.

Em linha com um grande contributo da poupança forçada, o aumento da poupança acaba por refletir-se principalmente no aumento dos depósitos bancários, explica ainda o estudo do BCE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há 463 novos casos de Covid-19. Morreram mais cinco pessoas

  • ECO
  • 22 Setembro 2020

O número de pessoas infetadas com coronavírus continua a aumentar e, nas últimas 24 horas, registaram-se 463 novos casos. A maioria continua a concentrar-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Foram encontrados 463 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 69.663 o número total de pessoas infetadas com a doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 43% do total. Morreram mais cinco pessoas desde esta segunda-feira.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 546 estão internados em unidades hospitalares, dos quais 70 nos cuidados intensivos. Há mais de 40 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que foi detetado em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte a 1.925 pessoas, cinco das quais nas últimas 24 horas. O número de recuperados está atualmente nos 45.974.

Tal como se tem observado nos últimos tempos, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 463 novos casos registados nas últimas 24 horas, 198 foram nesta região: 42,76% do total do país.

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (35.641 casos de infeção e 734 mortes), à frente do Norte (25.099 casos e 877 mortes), do Centro (5.687 casos e 257 mortes), do Algarve (1.422 casos e 19 mortes) e do Alentejo (1.352 casos e 23 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 254 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 208 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 14h16 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Afinal, salários no novo lay-off devem ser calculados com base horária

Afinal, o ordenado dos trabalhadores abrangidos pelo "novo lay-off" deve ser calculado com base na retribuição horária. A DGERT e a Segurança Social atualizaram as explicações.

Está desfeita a confusão em torno do cálculo das remunerações no âmbito apoio à retoma progressiva. A Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) e a Segurança Social tinham explicado que deveria ser pago ao trabalhador o valor diretamente proporcional à percentagem do horário mantida, mas vieram agora corrigir a mão e esclarecer que o vencimento deve ser apurado com base na retribuição horária.

A escolha entre estas duas formas de cálculo da retribuição a pagar aos trabalhadores é relevante porque significa mais ou menos euros no final do mês.

De acordo com o diploma que veio fixar as regras do apoio à retoma progressiva, os trabalhadores abrangidos por este regime excecional têm direito à retribuição correspondente às horas de trabalho prestadas, além de uma compensação retributiva referente a uma fatia do vencimento correspondente às horas não trabalhadas.

A legislação indica que a retribuição pelas horas trabalhadas deve ser calculada nos termos do artigo 271º do Código do Trabalho, ou seja, com base no valor da retribuição horária do trabalhador.

Tal significaria, em princípio, que para determinar o salário a levar para casa pelo trabalhador seria preciso determinar a retribuição horária, multiplicá-la pelas horas prestadas e somar esse montante à compensação devida pelas horas não trabalhadas.

Nos esclarecimentos divulgados em agosto pela DGERT e pela Segurança Social, não era esse, contudo, cálculo defendido. Nessa ocasião, era indicado que devia ser aplicada uma lógica de proporção direta, tanto na retribuição pelas horas trabalhadas, como na compensação pelas horas não trabalhadas. Ou seja, em vez de multiplicar a retribuição horária pelas horas prestadas, deveria ser aplicada a percentagem do horário mantida à remuneração total ilíquida.

Esta segunda-feira, a DGERT atualizou as explicações presentes no seu site, tendo passado a sinalizar que deve ser usada, afinal, a fórmula indicada no tal artigo 271º do Código do Trabalho, isto é, a retribuição horária.

O ECO questionou o Ministério do Trabalho sobre este alteração — uma vez que, na altura, a Segurança Social matinha a explicação baseada na proporção direta –, tendo o gabinete de Ana Mendes Godinho explicado que a versão mais recente é a que deve ser a considerada.

“As FAQ publicadas pela DGERT foram articuladas e consensualizadas com o Instituto da Segurança Social (ISS), incluindo no ponto referido, relativo ao cálculo da retribuição horária. É essa, assim, a versão que deve ser considerada, e que vai ser atualizada a muito breve prazo no portal do ISS“, garante o Governo.

Entretanto, também a Segurança Social já atualizou a informação disponível no site, tendo eliminado a referência à proporção direta e indicando agora que deve ser usada a fórmula da retribuição horária para calcular o vencimento devido aos trabalhadores abrangidos pelo apoio à retoma progressiva.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, já aderiram ao apoio à retoma progressiva 6,9 mil empregadores, significativamente menos do que aqueles que se candidataram no primeiro mês ao lay-off simplificado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Didimo fecha ronda de investimento de um milhão durante a pandemia

Com esta ronda de financiamento, a startup portuguesa quer alargar a equipa e apostar no desenvolvimento de produto, numa altura que se prepara para lançar nova versão da app para iOS e Android.

A Didimo, startup portuguesa que cria avatares, fechou uma ronda de investimentos no valor de um milhão de euros durante a pandemia, anunciou a empresa em comunicado. A ronda de financiamento foi liderada pela Armilar Venture Partners, com a participação da Bright Pixel e da PME Investimentos, e soma-se assim aos sete milhões de euros angariados pela empresa no final do ano passado.

Voltar a atrair capital representa um enorme incentivo para a equipa e prova que a nossa missão de derrubar as barreiras entre os mundos físico e digital é relevante para o mercado. Vamos continuar a trabalhar para devolver a humanidade às interações digitais”, destaca a fundadora e CEO, Veronica Orvalho, citada em comunicado.

Com este investimento, a startup portuguesa quer apostar no desenvolvimento de produto e expandir a equipa. Num momento que se prepara para lançar no mercado a nova versão da sua plataforma e da aplicação para iOS e Android, a empresa — que conta com 27 colaboradores — revela que quer chegar ao final do ano com 35.

A Didimo, palavra que significa “gémeo” em grego, possibilita que qualquer pessoa crie, de forma fácil e rápida, modelos digitais realistas que as empresas e os indivíduos podem utilizar para interagir e fornecer serviços online. E foi esta facilidade que impressionou a Armilar Venture Partners.

“Ficámos impressionados com a tecnologia de Didimo, mais especificamente pela capacidade de criar avatares realistas a partir de inputs simples, como uma fotografia tirada com um telemóvel, e compactar em poucos minutos o que tradicionalmente leva vários dias de estúdio, o trabalho de vários artistas e diferentes componentes de software. Esta solução abre novas oportunidades em setores cuja digitalização tem vindo a ser acelerada pela pandemia, como o entretenimento, gaming e retalho online”, explica Pedro Ribeiro Santos, partner da Armilar Venture Partners.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deutsche Bank vai fechar 20% dos balcões na Alemanha

  • ECO
  • 22 Setembro 2020

Maior banco alemão prevê encerrar cerca de 100 balcões depois de a pandemia ter acelerado mudanças nos hábitos dos clientes.

O Deutsche Bank está a preparar-se para eliminar uma em cada cinco agências na Alemanha, em virtude do impacto da pandemia de Covid-19 que fez desencadear um “salto de digitalização” nos clientes bancários.

O maior banco na Alemanha, que procurar regressar aos lucros, anunciou esta terça-feira que deverá encerrar cerca de 100 balcões no país, num processo no final do qual passará a ter aproximadamente 400 balcões.

“No que diz respeito a oferecer conselhos [aos nossos clientes], a agência não é mais o único nem o local-chave [hoje em dia]. Assim, iremos otimizar ainda mais nossa rede de agências”, explicou o diretor de negócio de retalho do banco, Philipp Gossow, num e-amil enviado aos trabalhadores e citado pelo Financial Times (conteúdo em inglês/acesso pago).

O rival Commerzbank já tinha anunciado durante o verão passado que não iria reabrir cerca de 200 balcões que foram encerrados durante a pandemia.

O Deutsche Bank tem em curso um processo de reestruturação desde o ano passado, que envolve a redução parcial das atividades de banca de investimento. Mais de 18 mil postos de trabalho serão eliminados até 2022.

A nova vaga de fecho de balcões vai implicar a eliminação de um número indeterminado de postos de trabalho que irão contribuir para a meta do banco nos próximos dois anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Moedas não acredita que turismo venha a ter apoio especifico

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

"Não acredito que haja um programa de apoio específico para o turismo" ao nível da União Europeia, disse Carlos Moedas, ex-comissário europeu.

O ex-comissário europeu Carlos Moedas, na cimeira do turismo português, disse esta terça-feira não acreditar que as instituições europeias criem uma linha específica de apoio ao turismo, um dos setores económicos mais afetados pela pandemia.

Alguns países [da União Europeia] não querem. Não acredito que haja um programa de apoio específico para o turismo“, afirmou o social-democrata, antigo comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, defendendo que os projetos portugueses candidatos a apoios europeus devem apostar no digital e no ambiente.

Convidado da conferência ‘online’ da V Cimeira do Turismo Português – ‘Turismo pós-covid’ -, Carlos Moedas, atualmente administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, considerou que “a Europa continua a comunicar muito mal” com as populações e que “devia comunicar mais diretamente com as pessoas”, até porque os Estados-membros, normalmente os intermediários da informação, “anunciam os apoios como se fossem deles”.

O ex-comissário europeu falou ainda sobre a saída do Reino Unido da União Europeia: “Parece que a probabilidade de sair sem acordo é maior do que sair com acordo. Vivemos um período muito difícil“, disse, defendendo que, sem acordo, a Europa vai ter de impor tarifas e quotas, e o Reino Unido vai reagir também com quotas e tarifas, o que considerou “um regresso ao passado”.

O Governo britânico rejeitou o ultimato da União Europeia (UE) para retirar uma proposta de lei que invalida algumas cláusulas do Acordo de Saída da UE e do Protocolo relativo à Irlanda do Norte.

A proposta de lei para o “Mercado Interno” contraria partes do Acordo de Saída, deixando de aplicar a lei da UE no caso de as negociações para um acordo de comércio pós-Brexit falharem, em temas como declarações de exportação, apoios estatais e controlos aduaneiros que envolvam a Irlanda do Norte.

A Comissão Europeia ameaçou o Reino Unido com uma ação judicial, avisando que “a violação dos termos do Acordo de Saída violaria o direito internacional, minaria a confiança e poria em risco as futuras negociações em curso sobre as relações”.

As medidas para combater a pandemia de covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a prever uma queda da economia mundial de 4,9%, em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro, e de 5,8% no Japão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Responsáveis do CaixaBank ouvidos pela justiça por alegadas irregularidades na aquisição do BPI

  • Lusa
  • 22 Setembro 2020

O representante legal do espanhol CaixaBank e um antigo presidente vão ser ouvidos em tribunal como arguidos no caso de alegadas irregularidades na aquisição do BPI.

O atual representante legal do espanhol CaixaBank e um antigo presidente da instituição vão ser ouvidos na próxima segunda-feira em tribunal como arguidos no caso de alegadas irregularidades na aquisição do banco português BPI.

O tribunal que trata este tipo de casos, a Audiência Nacional, vai ouvir no mesmo dia a empresa holding Criteria, enquanto na quarta-feira, 30 de setembro, será a vez do atual presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar. A queixa, apresentada por dois acionistas, começou a ser processada há quase dois anos, em outubro de 2018, e investiga alegados delitos administrativos, abuso de posição de mercado e administração desleal na compra do BPI.

O CaixaBank, que detinha uma participação minoritária no banco português desde 1995, concluiu com sucesso a sua Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BPI em 2017 e ganhou o controlo de 84,5 % do seu capital, graças a um pagamento de 644,5 milhões de euros.

Segundo a queixa, o CaixaBank realizou uma troca de ações com o Bank of East Asia (BEA), a fim de se tornar acionista do BPI, o que teria acabado por causar ao banco um prejuízo de 687 milhões de euros, embora na altura os diretores apenas tivessem reconhecido um impacto negativo de 14 milhões de euros. Além disso, as contas anuais de 2017 incluíam uma perda de 102 milhões de euros, justificadas pela “tomada de controlo do BPI”.

Os queixosos alegam que o CaixaBank concedeu um empréstimo de 400 milhões de euros ao Banco de Fomento de Angola (BFA) para que Isabel Dos Santos, filha do presidente na altura do país, e que controlava quase 10% do BPI, apoiasse a entrada da instituição financeira espanhola no banco português.

O magistrado investiga se os suspeitos usaram “mecanismos económico-financeiros ou regulamentação do mercado especializada para realizarem as suas intenções, que tinham uma grande importância económica para a instituição, especialmente num momento de crise bancária aguda”. Os crimes investigados são os de falsificação das contas anuais ou documentos que devem refletir a situação jurídica e económica da entidade bancária, assim como a imposição de acordos abusivos na assembleia-geral de acionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE passa a aceitar dívida sustentável a partir de 2021

Além de aumentar o colateral que os bancos podem apresentar para operações com o banco central, o BCE também admite a inclusão destes ativos nos programas de compra de dívida.

A dívida sustentável vai passar a integrar os ativos elegíveis pelo Banco Central Europeu (BCE) a partir do próximo ano. O anúncio foi feito esta terça-feira pela instituição liderada por Christine Lagarde, numa altura em que a Comissão Europeia se prepara para ir ao mercado emitir obrigações verdes para financiar a recuperação da economia.

“O BCE decidiu que obrigações com cupões associados a certos objetivos de desempenho sustentável passarão a ser elegíveis como colateral para operações de crédito no Eurosystema bem como operações de cedência de liquidez para propósitos de política monetária”, refere, em comunicado.

Em causa estão obrigações associadas a metas ambientais da taxonomia europeia ou a um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas relacionados com clima. “Isto alarga o universo de ativos de mercado elegíveis no Eurossistema e sinaliza o apoio do Eurossistema à inovação na área das finanças sustentáveis“.

Além de aumentar o colateral que os bancos podem apresentar para estas operações, o BCE acrescenta que “a possível elegibilidade também para a compra de ativos no âmbito do APP [programa de compra de dívida pública] e do PEPP [programa de emergência pandémica] estão sujeitos aos critérios específicos de cada programa“.

A decisão, que tem efeito a partir de 2021, é anunciada numa altura de emergência das finanças sustentáveis. A dívida verde, em especial, tem ganho destaque entre emitentes privados e públicos. A Alemanha financiou-se recentemente 6,5 mil milhões de euros em green bonds, enquanto a Comissão Europeia prepara-se para financiar 30% do Fundo de Recuperação europeu da mesma forma.

A emissão de dívida verde da UE que está a ser preparada faz parte dos planos conjuntos de retoma da economia, cujo pacote total tem 1,8 biliões de euros. Na última reunião do Conselho de Governadores, Christine Lagarde já tinha anunciado que o BCE irá comprar estes títulos. “É mais uma forma de ajudarmos”, disse a francesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dinheiro “para salvar empregos na Europa” chega “em breve” aos países, garante Ursula von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia adianta que o SURE já está ativo e que o dinheiro requerido pelos países europeus ficará disponível em breve.

A verba reservada por Bruxelas, ao abrigo do SURE, para apoiar o emprego chegará “em breve” aos 16 Estados-membros que aderiram a este instrumento, assegurou esta terça-feira a presidente da Comissão Europeia. Portugal pediu um empréstimo de 5,9 mil milhões de euros, nesse âmbito.

Numa mensagem divulgada no Twitter, Ursula von Der Leyen sublinhou que o SURE, instrumento desenhado para apoiar o emprego face à pandemia de coronavírus, está agora em prática, devendo o dinheiro requerido pelos Estados-membros ficar disponível “em breve”. “Juntos podemos conseguir tanto para os nossos cidadãos”, escreveu a líder do Executivo comunitário, na rede social referida.

No final de agosto, a Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu que aprovasse um empréstimo de 5,9 mil milhões de euros, ao abrigo do SURE, a Portugal. Esse tinha sido, de resto, o valor pedido pelo Ministério das Finanças a Bruxelas para financiar nomeadamente as despesas com o lay-off simplificado e com o seu sucedâneo, o apoio à retoma progressiva.

Além de Portugal, requereram empréstimos ao abrigo deste instrumento a Bélgica, Bulgária, República Checa, Grécia, Espanha, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Roménia. A estes 15 países, o Executivo comunitário propôs conceder um apoio financeiro total no valor de 81,4 mil milhões. No total, o SURE poderá disponibilizar até 100 mil milhões de euros aos Estados-membros.

De acordo com a cronologia divulgada pela Comissão Europeia, esta segunda-feira o SURE passa a estar ativo, daí que Ursula von der Leyen tenha referido que esse instrumento está, a partir de agora, em prática. As garantias para os empréstimos em causa estão também já assinadas e aprovadas por todos Estados-membros, abrindo caminho à disponibilização do dinheiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Estreia” de Cristina Ferreira na TVI vista por 660 mil pessoas

A Media Capital já está a colher frutos da contratação de Cristina Ferreira à SIC. A estação registou um share de 34,1% esta segunda-feira com um "Você na TV" diferente do habitual.

O regresso de Cristina Ferreira à antena da TVI já está a dar frutos para a estação de Queluz de Baixo. Esta segunda-feira, a apresentadora marcou presença no seu antigo programa das manhãs, o Você na TV, ao lado de Manuel Luís Goucha, levando o canal a disparar em audiências, para um share de 34,1% no decorrer do programa, contra 18,4% registados pela SIC na mesma altura, segundo dados cedidos ao ECO pela Media Capital.

Fonte oficial da empresa destacou que a diferença entre os dois canais generalistas rivais foi de 15,7 pontos percentuais. A audiência do programa alcançou as cerca de 660 mil pessoas, contra as 357 mil que viram o canal de Paço d’Arcos. Para comparação, a estreia de Cristina Ferreira na antena da SIC em janeiro de 2019 levou o canal da Impresa a registar um share de 40,1% com o “Programa da Cristina” e uma audiência média de cerca de 653,2 mil indivíduos.

Estes resultados surgem depois de Cristina Ferreira ter decidido voltar à Media Capital, um ano depois de ter sido contratada ao grupo pela concorrente Impresa. A apresentadora esteve na base da conquista da SIC do título de líder de audiências no ano completo de 2019. Surpreendidos com nova transferência ao fim de um ano, os telespectadores portugueses sintonizaram a TVI para ver a apresentadora novamente lado a lado com o seu antigo parceiro do pequeno ecrã nas manhãs.

Cristina Ferreira vai ter o seu próprio programa na TVI, chamado “Dia de Cristina”. A Impresa reclama à apresentadora uma indemnização de 20 milhões de euros pela quebra do contrato, algo que a apresentadora rejeita. Além de rosto da televisão, Cristina Ferreira é também diretora de ficção e entretenimento, e também acionista: vai comprar 2,5% da Media Capital aos espanhóis da Prisa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos britânicos estão a encerrar contas de residentes na UE

  • ECO
  • 22 Setembro 2020

Na falta de se alcançar um acordo comercial, os bancos britânicos perderão o direito de oferecer serviços bancários a cidadãos que vivam fora do Reino Unido.

À medida que o Brexit se aproxima, vários bancos do Reino Unido estão a começar a encerrar contas de britânicos a viver na União Europeia (UE). De acordo com a Bloomberg, estas contas bancárias serão fechadas até ao final do ano.

Bancos como o Lloyds e o Barclays já enviaram cartas aos seus clientes a avisar de que as suas contas bancárias seriam encerradas. Na falta de um acordo com a UE, estes bancos britânicos perderão os direitos para oferecer serviços bancários nestes países.

“As contas serão encerradas e os cartões de débito e crédito anulados”, disse Nigel Green, fundador do Grupo deVere, afirmando que sem um acordo comercial torna-se ilegal para os bancos do Reino Unido atender clientes britânicos que vivam na UE sem pedir novas licenças bancárias.

O Lloyds avisou os clientes em países como a Holanda, Alemanha e Portugal, explicando que não está mais autorizado a oferecer serviços e que estes devem procurar alternativas. “Escrevemos para um pequeno número de clientes que vivem em países da UE para os informar de que, devido à saída do Reino Unido da UE, infelizmente não seremos mais capazes de lhes fornecer alguns serviços bancários”, escreveu o banco num comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.