IFRRU 2020 atinge os 538 milhões de investimento com 176 projetos

O programa de incentivo à reabilitação urbana já financiou 176 projetos em mais de 60 municípios espalhados pelo país. Foi recentemente distinguido pela Comissão Europeia.

Arrancou há cerca de dois anos e, desde então, já bateu os 538 milhões de euros de investimento. O IFFRU 2020 é um programa de incentivo à reabilitação urbana com apoios comunitários e, desde a sua criação, já financiou 176 projetos em mais de 60 municípios, revelou o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

Na altura do lançamento do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU), em novembro de 2017, criado no âmbito do Portugal 2020, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, afirmou que o objetivo do Governo era “criar as condições para que a reabilitação” fosse “a principal forma de intervenção ao nível do edificado e do desenvolvimento urbano”.

E o caminho tem sido trilhado desde então. O IFRRU 2020 disponibiliza 1,4 mil milhões de euros para intervenções que se destinem à reabilitação integral de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos, de espaços e unidades industriais abandonadas e ainda a intervenções em frações privadas inseridas em edifícios de habitação social, que sejam alvo de reabilitação integral.

Nas palavras do ministro, o IFRRU 2020 permite “empréstimos em condições excecionalmente vantajosas” face às existentes no mercado (em termos de taxas de juro, maturidades e períodos de carência), com verbas vindas de diversas fontes, em que 700 milhões são fundos públicos e comunitários e os outros 700 milhões colocados por quatro bancos.

O programa destina-se a financiar projetos em áreas de reabilitação urbana definidas pelas autarquias, “que de forma simplificada são os centros históricos, zonas industriais abandonadas e zonas ribeirinhas”.

Em dezembro, o IFRRU 2020 foi distinguido como um case study (caso de estudo) de sucesso pela Comissão Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), anunciou esta quarta-feira o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Famílias portuguesas gastaram quase 19 mil milhões de euros com transportes. Superam média europeia

Mais de 13% das despesas totais das famílias da União Europeia foram canalizadas para os transportes. Em Portugal, foram gastos 18,9 mil milhões de euros.

Os transportes canalizam 13,2% das despesas totais das famílias da União Europeia (UE) e, em 2018, totalizaram mais de um bilião de euros, de acordo com dados do Eurostat. Em território nacional, este setor representou 13,4% das despesas, num total de 18,9 mil milhões de euros.

Em 2018, as famílias gastaram 13,2% das suas despesas totais de consumo em transportes, num total de mais de 1,1 biliões de euros, o equivalente a 7,2% do PIB da UE ou a 2.200 euros por habitante, refere o Eurostat. Em termos de categorias, os transportes representaram a segunda maior despesa doméstica, atrás da habitação (24% do total) e dos alimentos e bebidas não alcoólicas (12,1%).

Em Portugal, os gastos com transportes pesam ligeiramente mais no orçamento familiar — 13,4% –, num total de 18,9 mil milhões de euros, o que coloca Portugal em décimo lugar no ranking europeu, ligeiramente acima da média comunitária. Isto equivale a uma despesa de 1.830 euros por pessoa. Comparando com 2017, esta despesa tinha sido de 17,8 mil milhões de euros e representava 13,3% do total. Mas recuando até 2008, Portugal tinha uma despesa de 17,4 mil milhões de euros com este setor (14,5%).

É na Eslovénia que os gastos com transportes mais pesam nos orçamentos das famílias, representando uma fatia de 16,9%, num total de 4,28 mil milhões de euros. Atrás aparece a Lituânia (15,8% e 4,42 mil milhões de euros) e o Luxemburgo (15,8% e 3,17 mil milhões de euros).

Pelo contrário, é na Eslováquia onde pesam menos (6,6% e 3,27 mil milhões de euros), à frente da Croácia (9,7% e 3,62 mil milhões de euros) e da República Checa (10,4% e 10,5 mil milhões de euros). Estes indicadores mostram que, embora o peso seja maior num determinado país, o custo varia de Estado-membro para Estado-membro: na Alemanha foi onde os transportes mais dinheiro canalizaram: 230 mil milhões de euros (13,8% do total).

Entre 2008 e 2018, a fatia das despesas com os transportes nos orçamentos das famílias diminuíram ou mantiveram-se estáveis na maioria dos Estados-membros, diz o Eurostat. A maior queda nestes dez anos foi observada na Roménia, passando de 15,1% em 2008 para 11,2% em 2018.

No mesmo período, as despesas com os transportes aumentaram em nove Estados-membros da UE, com destaque para a Polónia, que passou de 11,7% em 2008 para 12,9% em 2018.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas reduzem conselho de administração da Pharol e “despedem” dois administradores

À segunda e última tentativa, os acionistas da Pharol aprovaram as duas propostas da Real Vida Seguros numa AG ainda menos participada do que a anterior.

O tamanho do conselho de administração da Pharol PHR 0,00% foi reduzido, depois de os acionistas da empresa terem aprovado uma proposta nesse sentido. Foram ainda destituídos os administradores Jorge das Neves e Aristóteles Drummond.

Os acionistas estiveram reunidos esta quarta-feira em assembleia-geral extraordinária, numa segunda e última tentativa de votar duas propostas da Real Vida Seguros, que controla 4,34% da Pharol. Ao que o ECO apurou, a reunião teve ainda menos participação do que a primeira tentativa, a 18 de dezembro, adiada por falta de quórum.

As duas propostas foram aprovadas por “unanimidade”, disse ao ECO fonte próxima da empresa, o que ditou a redução dos números mínimo e máximo de membros do board da Pharol para três e sete, contra os nove e onze que estavam previstos anteriormente, e a destituição dos dois administradores mencionados.

A diminuição efetiva do tamanho do conselho de administração era uma medida necessária porque, na perspetiva da Real Vida Seguros, os limites anteriores foram fixados “num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade”. Ora, atualmente, a Pharol limita-se “à gestão da participação social” que tem na operadora brasileira Oi.

Esta reunião, agendada em novembro, também tinha sido marcada para tentar destituir o empresário brasileiro Nelson Tanure, que acabou por abandonar a Pharol pelo próprio pé a 10 de dezembro. Na altura, Tanure, que chegou a controlar direta e indiretamente mais de 18% da empresa (apesar de os estatutos estarem blindados a 10%), disse ao ECO sair com “dezenas de milhões de euros de prejuízo”.

A Real Vida Seguros é controlada pela Patris, de Gonçalo Pereira Coutinho. A empresa tornou-se acionista qualificado da Pharol a 9 de outubro. A antiga holding da Portugal Telecom é ainda controlada em 10% pela Telemar Norte Leste, em 9,56% pelo Novo Banco, em 4,88% pela High Bridge (associada a Tanure mas que está sob controlo do BCP). A empresa é cotada na bolsa de Lisboa e faz parte do PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zona franca da Madeira cresce 3% para para 2.300 entidades

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

O Centro Internacional de Negócios da Madeira cresceu 3% em 2019, isto apesar de Bruxelas estar a investigar os apoios concedidos às empresas registadas na zona franca madeirense.

O Centro Internacional de Negócios da Madeira registou um crescimento de 3%, ultrapassando as 2.300 entidades em 2019, apesar de decorrer uma investigação da Comissão Europeia aos apoios concedidos às empresas instaladas naquela zona franca.

“Os dados apontam para mais empresas e navios registados em todas as áreas”, diz a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) num balanço da atividade de 2019 enviado à agência Lusa.

A SDM salienta que “o número de entidades licenciadas nas três áreas de atividade do Centro Internacional de Negócios da Madeira cresceu mais de 3%, em 2019, atingindo 2.307 entidades”.

A concessionária da Zona Franca da Madeira considera que esta é uma resposta às iniciativas promocionais desenvolvidas para “captar mis empresas e mais navios para a Região Autónoma da Madeira” a nível nacional e internacional.

Em 31 de dezembro de 2019, estavam licenciadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira, 2.307 entidades, sendo 1.579 no setor dos Serviços Internacionais, 48 na Zona Franca Industrial e 680 no Registo Internacional de Navios da Madeira – MAR.

A concessionária da Zona Franca da Madeira realça que “apesar da conjuntura desfavorável”, na sequência do procedimento de investigação em curso desencadeado pela Comissão Europeia sobre o Regime III, no final de 2019 “todos os setores de atividade do Centro Internacional de Negócios da Madeira registaram um aumento de entidades licenciadas”.

No caso do Registo Internacional de Navios-MAR há “um acréscimo de cerca de 10% em termos de navios registados” tendo aumentado de 622 embarcações para 680 entre 2018 e 2019.

Também a Zona Franca Industrial tem vindo a “crescer continuamente” e tem mais uma empresa, enquanto os Serviços Internacionais, “segmento mais suscetível à conjuntura adversa gerada em redor do Centro Internacional de Negócios da Madeira, foram contabilizadas mais 10 empresas do que no final de 2018”.

O presidente do Conselho de Administração da SDM, Paulo Prada, que substituiu Francisco Costa em março de 2019, considera que “estes resultados surpreendem positivamente e contrariam o cenário idealizado por alguns setores que previam uma debandada de entidades licenciadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira”.

O responsável adianta que “pela dinâmica promocional imprimida pela SDM, ao longo de 2019” está convicto que será possível “ultrapassar, com sucesso, algumas indefinições que pairaram sobre o Centro Internacional de Negócios da Madeira”.

Perspetivando 2020, declara que “a SDM tudo está a fazer para manter os níveis de crescimento, em todos os setores de atividade desta praça internacional, de forma a continuar a atrair investimento direto externo e, deste modo, prosseguir a internacionalização, modernização e diversificação da economia regional”.

Paulo Prada conclui que o Centro Internacional de Negócios da Madeira é “um fator decisivo para o crescimento sustentável, inteligente e inclusivo da Região Autónoma da Madeira”.

De acordo com os últimos dados da Autoridade Tributária, o Centro Internacional de Negócios da Madeira tem um contributo de 15% no total da receita fiscal da Madeira e representa 3.000 postos de trabalho diretos, excluindo os tripulantes dos navios registados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Build Brighter Futures cria “maior talent hunt” em Portugal

A 1.ª edição do Build Brighter Futures, organizado pela Ativar Portugal, vai juntar especialistas num evento dedicado à transformação digital na educação e na tecnologia. A entrada é gratuita.

O Build Brighter Futures (BBF), um evento dedicado à educação para quem ainda está a aprender, para quem ensina e para quem investiga, vai reunir especialistas em Lisboa para falar sobre as competências no mundo digital. Este é o momento para construir competências do mundo digital, explorar ferramentas que potenciam novas formas de ensino e criar pontes entre profissionais e estudantes.

O BBF vai acolher debates, workshops e showcases, sobre o futuro do trabalho no mundo digital, reskilling e upskilling, novas formas de trabalhar, de pensar e de ensinar, e até sobre o LinkedIn. Ao longo do dia, os encontros serão divididos em vários temas, sempre a pensar na construção de visão, competência. O evento é organizado pela Ativar Portugal, um projeto da Microsoft Portugal para estimular a inovação, melhorar as competências digitais e gerar novas oportunidades de negócio através da transformação digital nas organizações.

Entre os convidados estão o dean da Nova SBE, Daniel Traça, Rita Patrício, country transformation lead na Microsoft, Pedro Caramez, especialista em estratégia do LinkedIn, Inês Veloso, diretora de marketing da Randstad e Gonçalo Gaiolas, vice-presidente da OutSystems, entre outros.

O BBF pretende criar pontes entre estudantes e profissionais, por isso quer promover o “maior talent hunt de Portugal” com job pitch challenge. Neste desafio, 12 estudantes ou profissionais à procura do um novo desafio, serão escolhidos para ter uma entrevista com o CEO ou o top manager de uma empresa à escolha, dentro de um Mini. O prémio? Acompanhar o CEO durante um dia. No BBF também há espaço para as startups, com o NOS Startup World, uma oportunidade para conectar empreendedores, aceleradores e investidores.

O encontro está marcado para 30 de janeiro, no Pavilhão Carlos Lopes. A entrada é gratuita mas é preciso fazer um registo prévio no site oficial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paulo Pinto de Albuquerque distinguido com medalha de honra da Ordem dos Advogados

A Ordem dos Advogados vai entregar a medalha de honra ao juiz do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, Paulo Pinto de Albuquerque, no próximo dia 9 de janeiro.

O professor catedrático e juiz do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, Paulo Pinto de Albuquerque, vai receber esta quinta-feira, 9 de janeiro, pelas 18 horas, uma medalha de honra pela Ordem dos Advogados (OA). A sessão será presidida pelo bastonário Guilherme Figueiredo Dias e decorrerá no Salão Nobre da Ordem dos Advogados.

A distinção deliberada pelo Conselho Geral da OA surge “pela importância que teve enquanto juiz representante de Portugal no Tribunal Europeu de Direitos Humanos” e ainda no papel que assumiu na defesa de várias causas, nota a OA na página oficial.

Entre as causas defendidas pelo juiz, encontra-se a defesa da separação de poderes e da independência dos juízes, do estatuto dos advogados, dos direitos das mulheres e combate à violência doméstica, ao trabalho forçado e tráfico de pessoas, a promoção do direito à saúde, aos serviços médicos e a medicamentos, a promoção do direito de acesso à justiça e aos tribunais e do direito à justa compensação das vítimas de violações de direitos humanos, a proteção dos direitos dos trabalhadores, a defesa do ambiente, a defesa da família e das famílias mais pobres e a melhoria da situação dos presos.

O Conselho Geral da OA deliberou a atribuição a Paulo Pinto Albuquerque da medalha de honra numa reunião que decorreu nos dias 18 e 19 de outubro do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Goldman Sachs recomenda “vender” REN. Ações cedem mais de 3%

Banco de investimento americano diz que a gestora da rede elétrica enfrentará um ano de 2020 "desafiante" devido às mudanças regulatórias que vai cortar 10% dos lucros.

As ações da REN RENE 0,00% estão sob pressão vendedora na bolsa de Lisboa, isto depois de o banco de investimento Goldman Sachs ter cortado em 10% a avaliação da companhia liderada por Rodrigo Costa, recomendando agora a “venda” dos títulos, devido ao ano de “2020 desafiante” que enfrenta.

Depois de terem estado a recuar mais de 3,5% esta manhã, as ações da gestora da rede elétrica nacional perdem cerca de 1,50% para 2,68 euros. O PSI-20 também cede: o principal índice recua 0,60% para 5.198,87 pontos.

O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo da REN dos 2,75 euros para os 2,45 euros, uma avaliação que incorpora uma potencial desvalorização de 9,9% nos próximos 12 meses. Por esta razão, o banco também baixou a recomendação do título de “neutral” para “vender”.

Segundo os analistas, 2020 será um ano desafiante para a REN. “Esperamos que as mudanças regulatórias no transporte e distribuição de gás em Portugal contribuam para um corte de cerca de 10% dos resultados num ano em que o setor se prepara para crescer mais de 10%”, explica o banco de investimento numa nota de research a que o ECO teve acesso. “Assim que as alterações regulatórias entrarem em vigor, esperamos que os retornos da REN recuem de forma significativa à luz do contexto de baixas taxas de juro”, acrescentam.

A REN deverá ser uma das principais beneficiárias do Green Deal na Europa, que deverá implicar investimentos de 500 mil milhões de euros em redes de transmissão para conectar melhor os mercados de energias, digitalizar a infraestrutura e explorar a complementaridade da energia eólica/solar nas diferentes regiões, diz o Goldman Sachs.

Porém, para a REN, o banco espera que o aumento dos investimentos seja em grande parte de back-end, “dada a flexibilidade limitada do balanço da empresa no médio prazo”. “Como resultado, prevemos que a base de ativos da REN ficará flat até meados da década de 2020 e só começará a se expandir no final da década”, dizem os analistas.

A REN terá fechado 2019 com um EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — de 473,6 milhões de euros, uma queda de 4% face ao resultado operacional de 2018. O EBITDA deverá cair em 2020, segundo as atuais projeções do Goldman Sachs.

REN em queda

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desemprego subiu para 6,7% em novembro. Taxa deixou de melhorar face ao ano anterior

O INE divulgou esta quarta-feira a taxa provisória de desemprego para novembro. Mercado de trabalho perdeu gás. Governo acredita que a taxa de desemprego tenha fechado 2019 em 6,4%.

A taxa de desemprego terá subido para 6,7% em novembro do ano passado, de acordo com os dados provisórios revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de uma subida de duas décimas face ao mês anterior, o que coloca a taxa num patamar igual ao registado há um ano.

Esta evolução, que ainda terá de ser confirmada pelo INE quando fechar a taxa de desemprego referente a novembro, aponta para o que pode ser uma inversão de tendência no mercado de trabalho. Isto porque, desde agosto de 2013 que a taxa de desemprego melhorava face ao mês homólogo. Ou seja, mesmo quando existiam agravamentos face ao mês anterior, a comparação com o que se passava um ano antes indicava sempre melhorias no mercado de trabalho.

Evolução da taxa de desemprego

Foi isto que deixou de acontecer. Depois de ter estabilizado em outubro em 6,5%, a taxa de desemprego em novembro saltou duas décimas para 6,7%. Em novembro de 2018, tinha sido este o valor da taxa de desemprego.

População desempregada aumentou face a novembro de 2018. Mas emprego ainda subiu

Um olhar mais detalhado sobre o que se passou em novembro permite ver que foi do lado do desemprego que a situação se agravou com a criação de postos de trabalho a evitar uma evolução pior.

“Em novembro de 2019, a população desempregada – cuja estimativa provisória foi de 347,4 mil pessoas – teve um acréscimo de 2,7% (9,0 mil) em relação ao mês anterior (outubro de 2019), de 4,7% (15,6 mil) relativamente a três meses antes (agosto de 2019) e de 0,8% (2,6 mil) por comparação com o mês homólogo de 2018″, adianta o instituto estatístico.

Ao nível do emprego ainda existem progressos em relação ao que aconteceu um ano antes. “Em novembro de 2019, a estimativa provisória da população empregada, que correspondeu a 4.850,7 mil pessoas, verificou um decréscimo de 0,3% (16,0 mil) em relação ao mês anterior e de 0,2% (9,0 mil) relativamente a três meses antes (agosto de 2019), tendo aumentado 0,6% (26,9 mil) em comparação com o mesmo mês de 2018“.

No Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o Governo incluiu uma previsão de taxa de desemprego de 6,4% em 2019, antecipando uma redução para 6,1% este ano.

(Notícia atualizada)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo contrata para Presidência Portuguesa da UE. Há 32 vagas

Executivo abriu esta quarta-feira o concurso para o recrutamento de trabalhadores na Presidência Portuguesa da União Europeia, em 2021. Há 32 vagas disponíveis.

O governo publicou, esta quarta-feira em Diário da República, o anúncio de recrutamento para trabalhadores que queiram candidatar-se aos lugares disponíveis no âmbito “da Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia em 2021“.

Disponíveis estão um total de 32 vagas. Para o núcleo da Secretaria-geral do Ministério dos Negócios estrangeiros, existem nove lugares disponíveis em áreas como a administração e assuntos consulares (2), vistos e circulação de pessoas (1), apoio às atividades do Camões I.P. (3), serviços de protocolo (1), informação e imprensa (1), cifra e informática (1). Já no núcleo da direção-geral de Política Externa da Unidade de Coordenação e Acompanhamento Técnico Diplomático, existem 15 lugares a concurso. Todos os lugares disponíveis são de “apoio especializado à preparação e exercício da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia em 2021”.

Todas as vagas são para o exercício de funções da carreira/categoria de técnico superior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações em 2020 vão continuar a aumentar apesar da “incerteza” ser o grande desafio, diz AICEP

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

Apesar de admitir que a incerteza será um desafio para as empresas neste ano, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo está confiante de que as exportações vão continuar a subir.

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) disse à Lusa estar “convencido” de que este ano as exportações portuguesas vão continuar a aumentar, apesar da “incerteza” ser o grande desafio. “O principal desafio para as empresas é simples: incerteza”, afirmou Luís Castro Henriques.

“Desde há um ano, dois anos, há cada vez mais ‘poeira’ no ar: desde as guerras comerciais, o ‘brexit’ [saída do Reino Unido da União Europeia], o enquadramento global – geografias que mudam enquadramento em termos de paz social muito rapidamente”, apontou. “Veja-se o que tem acontecido nestes últimos meses na América do Sul em alguns países”, referiu.

O responsável disse que o que considera “mais importante em 2020 é conseguir separar o que é conjuntural do que vai ser mais permanente, duradouro”.

Por exemplo, em janeiro será o momento em que se vai perceber “o que vai sair do acordo comercial” entre os Estados Unidos e a China, sendo que no final do mês ou início de fevereiro será conhecido de forma mais clara o processo do ‘brexit’ e os seus desafios.

“Vamos também ver como é o desenrolar de toda esta situação no Médio Oriente”, acrescentou o presidente da AICEP, elencando alguns pontos de incerteza a nível internacional.

“Em 2019, as empresas conseguiram diversificar mais e o número países que cada empresa tem para exportar, em média, aumentou”, disse, salientando que a palavra de ordem em 2020 continua a ser diversificação. “Temos de continuar a trabalhar nessa frente”, sublinhou o presidente da AICEP.

Relativamente às exportações, “estou convencido de que em 2020” vão continuar a crescer. “Não vejo motivo nenhum para não continuarem a aumentar”, acrescentou, embora reconhecendo que com toda “esta incerteza” poderá haver mudanças até de apostas estratégicas de algumas empresas, “como é natural”, e isso poderá levar a que o crescimento “não seja tão grande” como o desejado, continuou Luís Castro Henriques.

“Acho que 2020 é um ano de desafio, devemos continuar a crescer, mas acima de tudo a minha antecipação é que em 2021, com esta nova capacidade produtiva, vantagem competitiva que muitas empresas trarão, voltemos a taxas de crescimento ainda maiores”, considerou.

Sobre o conflito entre os Estados Unidos e o Irão, Luís Castro Henriques salientou que se trata de uma região – Médio Oriente – “onde a exposição das empresas portuguesas é baixa”.

No entanto, “como é óbvio, qualquer acontecimento numa geografia que afete também os nossos parceiros comerciais – e há parceiros comerciais que estão muito expostos” naquela região – isso terá algum impacto, disse. Acima de tudo, “é fundamental separar entre aquilo que vai ser temporário e conjuntural do que será mais permanente”, reiterou.

Sobre Angola, o presidente da AICEP garantiu que é um mercado onde as empresas portuguesas estão para ficar. “É um país particularmente importante para as nossas empresas, pela ligação histórica, pela presença no território, e nós temos feito um trabalho para identificar oportunidades de diversificação”, salientou.

Angola, tal como Portugal, tem os seus ciclos económicos, “estou convencido de que, dado o relacionamento histórico e a presença de longo prazo das empresas portuguesas, no final, estas irão aproveitar novas oportunidades e continuar de forma positiva” no mercado angolano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Por Espanha vão sendo conhecidos alguns nomes do novo Gpeuyoverno. Na Alemanha, os dados sobre a produção industrial mostram uma queda inesperada.

Depois de conseguir assegurar a investidura, Pedro Sánchez tem agora de formar Governo. Depois dos acordos que firmou, vão sendo conhecidos alguns nomes que irão formar o gabinete de ministros. Na Alemanha, os receios de um abrandamento voltam a surgir, com a queda inesperada da produção industrial. Pelo Reino Unido, um estudo alerta para que o controlo sobre as empresas que não aplicam o salário mínimo tem de ser apertado. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Expansión

Primeiros nomes do novo Governo espanhol conhecidos antes de anúncio na próxima semana

Depois de conseguir a investidura, Pedro Sánchez vai formar a equipa de ministros, que será anunciada na próxima semana. Entre os membros do Governo que serão propostos a Felipe VI, quatro estão reservados para os políticos do Unidas Podemos, e alguns nomes já estarão definidos. Nacho Álvarez deverá ser nomeado secretário de Estado da Economia Social, e Manuel Castells ministro de Universidades. Quanto ao PSOE, Carmen Calvo deverá repetir a vice-presidência, desta vez de Assuntos Políticos, e Nadia Calviño, até agora ministra da Economia, deverá assumir a pasta dos Assuntos Económicos.

Leia a notícia aqui no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Quebra na produção industrial na Alemanha agrava-se

A recessão de dois anos na indústria da Alemanha está a aprofundar-se, com os pedidos no setor industrial do país a registar quedas acima do esperado em novembro, contrariando as expectativas de recuperação. As novas encomendas de manufatura alemãs caíram 1,3% em novembro, em comparação com o mês anterior, sendo que os economistas tinham previsto um aumento de 0,2%.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Reino Unido alertado para apertar cerco a empresas que não pagam salário mínimo

O Governo do Reino Unido não será capaz de cumprir a promessa de acabar com os salários baixos, a menos que aperte o controlo à aplicação do salário mínimo legal, alerta um estudo do think tank da Resolution Foundation que mostra que as empresas que não o instauram têm vindo a aumentar. As probabilidades das empresas serem apanhadas são muito baixas e o risco de sanções contra os responsáveis é mínimo, aponta a Resolution Foundation.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Banco suíço Julius Bär vai começar a cobrar 0,50% pelos depósitos

O banco suíço Julius Bär está a informar os clientes internacionais que irá começar a cobrar 0,5% pelos depósitos superiores a 100 mil euros a partir de 1 de fevereiro. Esta medida já foi implementada por outros bancos europeus, no entanto o valor que o banco suíço pretende cobrar com base na ligação do cliente com o banco, 100 mil euros, é mais baixo do que o que tem sido imposto no setor.

Leia a notícia aqui no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Les Echos

Incertezas em torno da futura linha de montagem do Airbus A321

A escolha de Toulouse para acolher a nova linha de montagem do A321 de um só corredor ainda não é certa porque é necessário conjugar a necessidade de aumentar a produção e manter o equilíbrio entre as instalações francesas e as equivalentes alemãs em Hamburgo. Será nos próximos dias que será anunciada a escolha final para a localização da segunda linha de montagem do A321, o novo best seller da Airbus, que representa hoje metade das encomendas deste tipo de aparelhos. “A escolha de Toulouse é lógica, porque permitirá utilizar as instalações concebidas para o A380”, disse o representante sindical da Airbus em Toulouse.

Leia a notícia completa nos Les Echos (acesso condicionado, conteúdo em francês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA/Irão: UE apela ao fim da “espiral de violência” e oferece-se para promover diálogo

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

A Comissão Europeia mostrou-se disponível para promover um diálogo entre os dois países, numa tentativa de resolver este conflito.

A presidente da Comissão Europeia defendeu esta quarta-feira que o uso de armas deve dar lugar ao diálogo no Médio Oriente e argumentou que “a União Europeia (UE) tem muito para oferecer”, já que “a sua voz é ouvida na região”.

À saída de uma reunião especial do colégio de comissários em Bruxelas para analisar os mais recentes desenvolvimentos da tensão entre Estados Unidos e Irão, que se tem materializado em incidentes violentos no Iraque, Ursula von der Leyen e o Alto Representante da UE para a Política Externa (e vice-presidente da Comissão), Josep Borrell, sublinharam a importância de tentar pôr cobro à escalada na violência, enfatizando o papel que a UE pode desempenhar nesse sentido.

“A crise atual afeta profundamente não só a região, mas todos nós, e o uso de armas deve parar agora para dar espaço ao diálogo. Exortamos todas as partes para fazerem todos os possíveis para retomar as conversações. A UE, à sua própria maneira, tem muito para oferecer. Temos relações estabelecidas e comprovadas pelo tempo com muitos atores na região para ajudar a travar a escalada (…) A UE está muito empenhada nesta área, pelo que a sua voz é ouvida”, declarou Von der Leyen.

O chefe da diplomacia europeia, por seu lado, sublinhou que “os recentes desenvolvimentos são extremamente preocupantes” e apontou que “os últimos ataques [da passada madrugada] contra bases no Iraque usados pelos Estados Unidos e por forças da coligação [contra o autodenominado Estado Islâmico], entre as quais forças europeias, é mais um exemplo da escalada e confrontação crescente”.

“Não é do interesse de ninguém levar esta espiral de violência ainda mais longe”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.