Cisco cai 6% com “profit warning”. Wall Street recua

As bolsas norte-americanas estão a recuar dos níveis recorde da sessão anterior. Um crescimento expressivo nos casos de coronavírus instalou novamente o receio nos mercados.

As bolsas norte-americanas estão a ceder face aos ganhos registados nas três sessões anteriores, negociando em baixa perante novos receios em torno da epidemia do coronavírus.

As pouco mais de 2.000 novas infeções que tinham sido confirmadas na quarta-feira passaram a 14.840 novos casos esta quinta-feira, graças a um novo método de diagnóstico na China, travando o otimismo prévio de que o surto esteja próximo da contenção.

Depois de uma sessão em que os três principais índices de Wall Street atingiram recordes, as bolsas recuam. O S&P 500 cai 0,52%, para 3.361,89 pontos. O industrial Dow Jones derrapa 0,60%, para 29.373,72 pontos. O tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,74%, para 9.653,66 pontos.

Os receios do impacto do coronavírus na cadeia de fornecedores da Apple estão a pressionar as ações da tecnológica. A fabricante do iPhone desvaloriza 0,53%, para 325,48 dólares.

A somar ao pessimismo generalizado está um profit warning emitido pela Cisco. A empresa californiana revelou esperar uma queda de entre 1,5% a 3,5% nas receitas do terceiro trimestre fiscal, fruto de um contexto macroeconómico adverso para o negócio, o que atirou as ações da tecnológica para uma queda de 6,15%, para 46,87 dólares por título.

Também a Tesla está sob pressão vendedora. A fabricante automóvel anunciou um plano para aumento de capital em dois mil milhões de dólares. Depois de desvalorizar quase 6% nas negociações antes da abertura dos mercados, os títulos recuam 0,35%, para 765 dólares.

No mercado das matérias-primas, o destaque é o ouro. Este ativo continua a somar ganhos à medida que os investidores procuram refúgio fora do mercado acionista. O preço da onça valoriza perto de 0,5%, para quase 1.573 dólares a onça.

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Administração Trump “preocupada” com chineses na EDP

O secretário de Estado da Energia da Administração Trump não nega que gostava de ver mais capital de empresas norte-americanas na estrutura acionista da EDP.

O secretário da Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette, reconheceu que a Administração do presidente norte-americano Donald Trump está a olhar com bastante preocupação para a presença do acionista chinês China Three Gorges na estrutura de capital da EDP, tendo em conta o crescimento da elétrica portuguesa no mercado norte-americano, sobretudo ao nível das energias renováveis.

É uma empresa fantástica. A preocupação é de que à medida que a EDP continua a crescer nos Estados Unidos, o que esperamos que aconteça, a presença de um acionista chinês possa trazer problemas à medida que o crescimento continue. É isso que vamos avaliar muito diretamente”, garantiu o secretário de Estado da Energia de Trump aos jornalistas em Lisboa, um dia depois de ter visitado o Porto de Sines e ter confirmado o interesse dos Estados Unidos em exportarem gás para a Europa, via Portugal.

O responsável pela Energia no Governo de Trump não esconde também o desejo de ver mais capital americano na EDP, para contrabalançar a presença chinesa. “Espero que as empresas americanas invistam na EDP. São líderes na indústria das renováveis. Queremos vê-los tornaram-se uma parte ainda maior do mercado americano. A estratégia energética do Presidente Trump baseia-se em vários cenários, que incluem não só o combustíveis fósseis, como o petróleo e o gás natural, mas também as energias solar e eólica, onde a EDP é uma grande empresa. No que diz respeito ao investimento chinês na EDP, de facto surge como um problema para nós nos EUA, tendo em conta a abordagem dos chineses em relação ao roubo de propriedade intelectual. Sabemos bem disso, outras nações também sabem, e as minhas conversas aqui em Portugal refletem e reconhecem isso, que os chineses têm sido muito agressivos no roubo de propriedade intelectual, até ao ponto de isso constituir um risco para a rede elétrica americana ou para a defensa nacional. Vamos abordar essas questões de forma direta e agressiva”, disse Brouillette, que antes de falar aos jornalistas portugueses este reunido com altos quadros de empresas que operam em Portugal, como o CEO da REN, Rodrigo Costa, o presidente da Endesa Nuno Ribeiro da Silva, além de responsáveis da EDP, Galp e da Confederação Empresarial de Portugal.

Sobre a REN, que é dona das infraestruturas de Sines, e também é detida em cerca de um quarto por acionistas chineses, Dan Brouillette, disse que cabe ao Governo português avaliar se isso apresenta ameaças críticas ao porto de águas profundas. Já sobre eventuais e potenciais ameaças às infraestruturas americanas, o secretário de Estado garantiu que “se for esse o caso, vamos abordá-las de forma direta”.

Questionado sobre se o Governo Trump tinha ficado aliviado com a rejeição da OPA chinesa à EDP, em 2019, o responsável do Executivo de Trump não comenta se “foi ou não um mau negócio”. “Nos EUA avaliamos se este tipo de investimentos representa riscos para a rede elétrica nacional ou infraestruturas. Mesmo com a manutenção de uma posição de 25% da China Three Gorges na EDP vamos avaliar de perto os riscos”. E se OPA tivesse ido avante isso, o futuro da EDP no mercado americano estaria em risco? “Potencialmente poderia estar, dependendo dos detalhes do negócio”.

Dan Brouillette disse também que vai em breve reunir com os responsáveis franceses e espanhóis para tentar desbloquear a construção de um gasoduto que atravesse os Pirinéus e ligue a Península Ibérica a França, para escoar o gás vindo do outro lado do Atlântico. Os Estados Unidos vão também tirar satisfações a Bruxelas pelo facto da construção deste gasoduto não ter sido considerada pela UE como um projeto de interesse comum, com acesso facilitado ao financiamento comunitário.

(Notícia atualizada às 15h00 com mais informação)

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Governo avança com concurso para nova PPP no Hospital de Cascais

Vai ser lançado novo concurso para a PPP do Hospital de Cascais. Ao mesmo tempo, Saúde prepara a internalização da gestão do Hospital de Vila Franca de Xira.

O Governo vai avançar com um concurso para a gestão clínica do Hospital de Cascais, para celebrar uma nova Parceria Público-Privada (PPP). Os pressupostos para o lançamento do novo contrato foram definidos em resolução de Conselho de Ministros, aprovada esta quinta-feira.

A resolução “estabelece os pressupostos de lançamento e adjudicação de um novo contrato de parceria para a gestão e prestação de cuidados de saúde no Hospital de Cascais, assegurando que os atos praticados anteriormente se encontram salvaguardados”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Quanto ao calendário para o lançamento da nova PPP, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, adiantou apenas que, “muito brevemente”, será possível ter as peças para continuar o processo para o concurso, em conferência de imprensa.

O Hospital de Cascais ainda é gerido pela Lusíadas Saúde, em regime de PPP, já que o contrato de gestão terminava em 2018 mas foi prorrogado por até três anos, para dar tempo para preparar o novo concurso.

Ricardo Mourinho Félix apontou que se está a dar seguimento ao que o Governo se propôs, reiterando que “as PPP não são uma obsessão, não são um dogma”. “São um instrumento de gestão e de partilha de riscos entre aquilo que é o setor público e o setor privado”, continuou. “É sempre necessária uma avaliação em cada um dos casos para perceber qual é a solução melhor que protege o erário público, mas para ser sustentável tem de ter benefícios para as duas partes”, disse.

Hospital de Vila Franca de Xira volta para esfera do Estado

O Governo confirmou também que o Hospital de Vila Franca de Xira, que ainda é gerido em regime de PPP, vai passar para a esfera pública. O grupo José de Mello Saúde abandona a gestão do Hospital de Vila Franca de Xira em 31 de maio de 2021, data em que termina o contrato.

A resolução aprovada em Conselho de Ministros esta quinta-feira “mandata a área governativa da Saúde para a elaboração do enquadramento jurídico relativo à internalização do Hospital de Vila Franca“. Este hospital segue assim o mesmo caminho que o Hospital de Braga, que já voltou para a esfera pública.

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, adiantou, em conferência de imprensa, que “não há nenhum indicador” de que o contrato com o grupo José de Mello Saúde será interrompido, sendo que a passagem “só acontece mesmo no fim do contrato da PPP”.

“À semelhança do que aconteceu em Braga inicia-se a constituição de uma nova EPE e iniciam-se sinergias entre entidades”, para arrancar o “processo para transferência de pastas e procedimentos”, explica a secretária de Estado Adjunta e da Saúde.

Desta forma, das quatro PPP na Saúde que existiam, para Braga e Vila Franca de Xira a decisão do Governo foi de internalização. Para o Hospital de Cascais será lançado um novo contrato, restando apenas saber a decisão oficial quanto ao Hospital de Loures.

O Governo já anunciou que não queria renovar o contrato no Hospital Beatriz Ângelo com o grupo Luz Saúde, mas Luís Marques Mendes adiantou, no seu espaço de comentário na SIC, que seria lançada uma nova PPP para o estabelecimento.

(Notícia atualizada às 14h55)

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Moura da Costa Pinheiro, ex-CGD, entra na administração da Mota-Engil

A construtora de António Mota anunciou que Moura da Costa Pinheiro vai substituir António Martinho Ferreira de Oliveira no cargo de vogal da sua administração.

Há mudanças na administração da Mota-Engil. A construtora de António Mota anunciou que António Martinho Ferreira de Oliveira deixa o cargo de vogal do conselho de administração e que irá ser substituído por Emídio José Bebiano e Moura da Costa Pinheiro.

O anúncio foi feito através de um comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, nesta quinta-feira, onde é dado conta que “o Sr. Eng.º António Martinho Ferreira de Oliveira apresentou, em 31 de janeiro, a renúncia ao cargo de vogal do Conselho de Administração desta sociedade”.

O mesmo comunicado informa ainda que “em reunião de 12 de fevereiro do referido Conselho, foi deliberado cooptar para vogal, e para o mandato em curso (2018-2021), o Sr. Dr. Emídio José Bebiano e Moura da Costa Pinheiro”.

No seu percurso profissional, Moura da Costa Pinheiro fez, por exemplo, parte da administração de António Domingos quando este assumiu a presidência da Caixa Geral de Depósitos. Saiu do banco público no final de 2016 quando António Domingos renunciou ao cargo de presidente executivo.

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Já há mais de cem mil portugueses com contas “low cost”

Existiam 103.628 mil contas de serviços mínimos bancários no final de 2019. Trata-se de um aumento de 75,1% face ao final do ano anterior.

Há cada vez mais adeptos das contas “low cost” em Portugal. No final do ano passado já eram mais de cem mil os clientes bancários que detinham contas de serviços mínimos bancários (SMB). Face ao ano anterior houve um crescimento de 75,1%, com os portugueses a apostaram em força neste tipo de contas que têm associados custos baixos.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta quinta-feira, no final do ano passado existiam 103.628 contas de SMB, número que corresponde a um crescimento de 75,1% em relação ao fim de 2018, e de 31,6% comparativamente com o primeiro semestre de 2019.

No espaço de um ano, o saldo de contas “low cost” cresceu assim em 44.453, resultado do surgimento de 47.587 novas contas e do encerramento de outras 3.132.

Evolução do número de contas de SMB

Segundo a entidade liderada por Carlos Costa, o grosso das novas contas — 80% — resultou de conversões de contas à ordem. Trata-se de uma aceleração da adesão a este serviço que todos os bancos são obrigados a disponibilizar aos seus clientes e que visam a promoção da inclusão financeira em Portugal. Em 2018, das novas contas de SMB a proporção que teve origem em conversões de contas foi de 59,6%.

A crescente adesão dos portugueses às contas “low cost” insere-se num contexto de maior promoção da disponibilidade deste serviço que é obrigatória pelos bancos, mas também da maior flexibilização do seu acesso que veio “abrir a porta” a mais clientes.

O Banco de Portugal dá nota que, no final do ano passado, do total de contas de SMB, 4.493 contas tinham titulares com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60% e eram co-tituladas por detentores de outras contas de depósito à ordem. Existiam também 1.006 cujos titulares eram contitulares de outras contas SMB (detidas por pessoas com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60%). A abertura destas contas apenas foi possível em resultado da flexibilização do acesso aos SMB.

Tal insere-se ainda num contexto em que os bancos agravam cada vez mais os custos associados à detenção de contas bancárias, com os portugueses a apostarem cada vez mais em soluções que ficam mais em conta como é o caso dos SMB.

Este serviço tem um custo anual que no limite pode chegar a 4,38 euros por ano, valor correspondente a 1% do Indexante de Apoios Sociais (IAS). Este custo inclui os encargos para a manutenção de uma conta de depósito à ordem – a conta de serviços mínimos bancários –, a disponibilização do respetivo cartão de débito e o acesso ao homebanking, bem como a possibilidade de realizar levantamentos ao balcão, débitos diretos, transferências intrabancárias nacionais e 24 transferências para outros bancos, através do homebanking.

(Notícia atualizada às 13h53 com mais informação)

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Jeff Bezos paga 165 milhões por mansão de luxo em Los Angeles

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, gastou 165 milhões de dólares numa mansão de luxo em Los Angeles, naquela que é considerada a transação residencial mais cara da zona.

Já é considerada a casa mais cara a ser vendida em Los Angeles, na Califórnia. O CEO da Amazon, Jeff Bezos, pagou 165 milhões de dólares por uma mansão de luxo inserida num terreno com cerca de 360.000 metros quadrados em Beverly Hills, de acordo com o The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês). Como se não bastassem os campos de ténis e de golfe, aquele que é considerado o homem mais rico do mundo ainda desembolsou 90 milhões de dólares por um lote de terreno na mesma área.

Estas centenas de milhões não foram aplicadas numa propriedade qualquer. Tanto a propriedade como o lote de terreno pertenceram a grandes nomes de Hollywood. O negócio mais recente, de acordo com fontes citadas pelo WTS, foi a propriedade Warner Estate, que pertencia ao magnata e produtor de filmes David Geffen.

Propriedade comprada por Jeff Bezos, em Los AngelesDaily Mail UK

Embora não sejam conhecidos detalhes exatos da propriedade, o mesmo jornal avança que esta tem uma área total de cerca de 360.000 metros quadrados, onde está instalada a tal mansão de luxo com mais de 1.260 metros quadrados. A propriedade tem ainda uma casa de hóspedes, piscina, estufas, jardins, um campo de ténis e outro de golfe e foi projetada em 1930 pelo magnata e fundador da Warner Bros, Jack Warner. A mansão conta ainda com várias pinturas de famosos artistas norte-americanos e até inclui um soalho que já pertenceu a Napoleão.

David Geffen adquiriu esta propriedade em 1990 por 47,5 milhões de dólares (43,6 milhões de euros), na altura um valor considerado recorde naquela zona. Agora, os 165 milhões de dólares (151 milhões de euros) pagos por Jeff Bezos voltam a trazer um recorde para o mercado residencial de Los Angeles. O anterior recorde tinha sido batido por Lachlan Murdoch, empresário de media, com a compra de uma propriedade no bairro de Bel-Air por 150 milhões de dólares (137,6 milhões de euros).

Mas os investimentos de Bezos não ficaram por aqui. De acordo com as mesmas fontes citadas pelo WSJ, o CEO da Amazon desembolsou ainda 90 milhões de dólares (82,6 milhões de euros) por um lote de terreno, que pertenceu outrora ao fundador da Microsoft, Paul Allen. Este lote deverá ser usado para fins comerciais da Amazon, uma vez que foi adquirido como “um investimento”.

Lote de terreno comprado por Jeff Bezos, em Los Angeles.Daily Mail UK

De acordo com a Forbes, Jeff Bezos é atualmente a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em 131 mil milhões de dólares (120 mil milhões de euros). No início deste ano, o CEO da Amazon comprou três apartamentos em Nova Iorque por cerca de 80 milhões de dólares (73,4 milhões de euros).

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Procura de petróleo “duramente atingida” pelo coronavírus

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2020

Procura pela matéria-prima vai contrair-se pela primeira vez em mais de uma década no primeiro trimestre.

A Agência Internacional da Energia (AIE) assegurou hoje que a procura global de petróleo foi “duramente atingida” pela propagação do coronavírus e adiantou que a mesma se contrairá pela primeira vez em mais de uma década no primeiro trimestre.

No relatório mensal, a AIE calcula que a procura de petróleo vai cair no primeiro trimestre em 435.000 barris por dia face ao mesmo período do ano passado e estimou que o crescimento em 2020 será de apenas 825.000 barris por dia (menos 365.000 que o previsto), o menor aumento desde 2011.

O organismo dependente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reconhece que ainda é difícil precisar qual será o impacto do covid-19 sobre o mercado do petróleo, ainda que as estimativas pressuponham um progressivo regresso à normalidade no segundo trimestre.

Desde o início da epidemia registou-se “uma significativa desaceleração do consumo de petróleo e da economia chinesa”, segundo a AIE, levando a organização a prever que as repercussões do coronavírus sobre a procura serão “significativas”.

“As consequências vão variar segundo o passar do tempo, com um impacto inicial nos transportes e nos serviços, provavelmente seguido pela indústria chinesa e finalmente pelas exportações e a economia no seu conjunto”, defende a AIE.

Depois da contração da procura prevista para o primeiro trimestre, a primeira desde a segunda metade de 2009, em plena crise financeira global, espera-se uma normalização no terceiro trimestre do ano, “provavelmente beneficiada pelas medidas de estímulo económico da China”.

A AIE parte de um cenário baseado no surto do SARS em 2003, em que a epidemia possa ser controlada antes do verão no hemisfério norte, se bem que alerte que “há poucas dúvidas de que o vírus terá um impacto maior sobre a economia e o petróleo que o SARS”, devido ao maior impacto global de uma desaceleração na China.

A AIE também sublinha as consequências do covid-19 sobre o transporte aéreo, especialmente na China, cujo tráfego de voos internacionais recuou 70% e de voos nacionais 50% nas primeiras fases da emergência sanitária, com os consequentes efeitos no consumo de petróleo.

As previsões negativas da AIE juntam-se ao relatório da OPEP divulgado na quarta-feira que prevê que o consumo de petróleo em 2020 seja 19% inferior ao calculado até agora.

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PCP exige explicações ao Governo sobre novo contrato “a um sábado” para linha circular do metro de Lisboa

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2020

PCP pediu explicações ao Governo sobre contrato "especificamente alterado" para incluir a linha circular do metropolitano de Lisboa, assinado num sábado e dois dias após o Orçamento a ter suspendido.

O PCP exigiu esta quinta-feira explicações ao Governo sobre um contrato “especificamente alterado” para incluir a linha circular do metropolitano de Lisboa, assinado num sábado e dois dias depois de o Orçamento a ter suspendido.

Esta pergunta subscrita pelos deputados comunistas Bruno Dias, Duarte Alves e Alma Rivera foi dirigida ao ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno. “Como explica o Governo que, dois dias depois de a Assembleia da República ter aprovado no Orçamento do Estado dar prioridade de investimento à ligação a Loures e a Alcântara/Zona Ocidental de Lisboa, suspendendo e limitando compromissos financeiros relativos a linha circular, seja assinado um contrato especificamente alterado para incluir essa mesma linha?“, questionou o PCP.

De acordo com o PCP, este polémico contrato assinado a um sábado, que envolveu a empresa Metropolitano de Lisboa, “acabou por ser alterado para passar a incluir as duas novas estações (Estrela e Santos) que integram a nova linha circular”, mudando o valor base de 127,2 milhões de euros para 136,5 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Bruno Dias afirmou que “é diferente fazer um concurso público e fazer uma abordagem técnica sobre diversas propostas, ou realizar ao sábado uma assinatura de um contrato para adjudicação relativamente a um momento concreto em que a Assembleia da República aprova a suspensão do financiamento para aquela obra”. “Objetivamente, temos de observar o momento em que as decisões são tomadas e em que os compromissos são assumidos. Neste caso, estamos perante um compromisso a um sábado, dois dias depois da votação final global do OE2020“.

Interrogado se há uma intenção de acelerar contratos antes de o OE2020 entrar em vigor, o deputado do PCP preferiu antes recomendar que “não se precipitem ou agravem problemas que devem ser evitados“. “Por parte do PCP não estamos a fazer processos de intenções, estamos a pedir esclarecimentos. Há uma decisão que levou a uma assinatura de um contrato, num sábado, com situações que até do ponto de vista judicial levantam preocupações, perplexidades ou, pelo menos, perguntas. Relativamente a essas perguntas, o Governo tem de esclarecer”, frisou Bruno Dias.

Perante os jornalistas, o deputado do PCP salientou que, inicialmente, este contrato previa o fornecimento de novo material circulante para o metropolitano. Também de acordo com esta versão, em matéria de sinalização, “inicialmente estava previsto que esse serviço iria ser destinado a duas linhas do metropolitano, as linhas amarelas e verde”.

“Mas houve uma alteração desse contrato para que se passasse a incluir duas novas estações da linha circular. Ora, num contexto em que a AR aprova a suspensão de um financiamento do ponto de vista orçamental — relativamente a um projeto que é tecnicamente e estrategicamente uma aberração –, acontece que dois dias depois faz-se a um sábado uma adjudicação de um contrato desse tipo. Ainda para mais, há uma impugnação judicial que não terá sido tida em conta na correria deste processo“, afirmou Bruno Dias.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o deputado do PCP foi ainda mais longe nas advertências que deixou em relação a este processo, dizendo mesmo que se pode estar perante “prejuízos evitáveis, mas que alguém está a fazer com que aconteçam”.

“Voltamos a chamar a atenção para a questão das expropriações. Até à data não há uma única expropriação realizada, mas será que vai haver agora expropriações realizadas depois da decisão tomada no sentido de se suspender o financiamento? Tem de haver seriedade no debate político e responsabilidade nas decisões“, acentuou Bruno Dias.

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Boris Johnson faz remodelação. Sunak fica com as Finanças

Boris Johnson está a fazer remodelações dentro do Executivo. O ministro das Finanças demitiu-se por não aceitar as condições exigidas para se manter no cargo. Já há substituto.

Menos de dois meses depois de ter sido reeleito, Boris Johnson avança com uma remodelação governamental. O primeiro-ministro decidiu substituir os titulares de várias pastas, mas não queria mexer na das Finanças. Contudo, à luz das novas exigências, o ministro anunciou a demissão, tendo sido nomeado para o lugar Rishi Sunak.

O ministro das Finanças britânico, Sajid Javid, não estaria no lote das baixas previstas por Boris para a remodelação governativa, contudo, demitiu-se depois de não aceitar as condições avançadas pelo primeiro-ministro para se manter no cargo. O ministro teria que dispensar todos os seus conselheiros, devido a divergências entre estes e a equipa do primeiro-ministro, condição que não aceitou, avança a BBC News (acesso livre, conteúdo em inglês).

“O primeiro-ministro disse que [Javid] tinha de demitir todos os seus conselheiros especiais e substitui-los por conselheiros do número 10 [de Downing Street]”, disse uma fonte próxima à BBC, acrescentando que “nenhum ministro que se preze” poderia aceitar tal condição.

Esta saída não era, no entanto, expectável. Ainda assim, segundo a mesma publicação, Boris Johnson prepara-se para criar uma equipa de conselheiros conjunta, que trabalhe em simultâneo para si e para o ministério das Finanças.

Entretanto, Rishi Sunak, atual secretário de Estado do Tesouro, já foi anunciado para substituir Sajid Javid, na pasta das Finanças, conforme avançado pelo The Guardian (acesso livre, conteúdo livre).

Para já há ainda mais quatro baixas de peso a caírem são elas: Theresa Villiers, ministra do Ambiente, Andrea Leadsom, ministra da Economia, e Julian Smith, ministro para a Irlanda do Norte, bem como Geoffrey Cox, procurador-geral.

Contudo, esta remodelação não afeta apenas as altas figuras do Estado. Esther McVey, secretária de Estado da Habitação e do Planeamento, foi das primeiras a cair, juntando-se Nusrat Ghani, secretária de Estado dos Transportes, e Chris Skidmore, responsável pela Educação. Também George Freeman deixa de ser secretário de Estado.

Com esta remodelação, o primeiro-ministro pretende promover uma geração de talentos” que continuará a ser promovida nos próximos anos. Ao mesmo tempo que “recompensará os parlamentares que trabalharam duro para cumprir as prioridades deste governo”, refere uma fonte de Downing Street, ao The Guardian.

(Notícia atualizada às 13h26)

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Bancos estão focados em negócios mais rentáveis mas com mais risco

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2020

Moody's diz que banca portuguesa está hoje numa melhor situação. Mas notou que está a apostar em segmentos mais rentáveis como crédito ao consumo e PME, que têm mais risco.

A Moody’s considerou que os bancos portugueses estão hoje numa melhor situação, desde logo pela redução de crédito malparado, enquanto no negócio têm apostado em segmentos mais rentáveis, mas também mais arriscados, como crédito ao consumo.

Na conferência anual hoje em Lisboa, Maria Cabanyes, analista do setor financeiro da agência de rating, considerou que os bancos portugueses estão hoje numa melhor situação, com redução do crédito malparado e ativos problemáticos e melhoria da cobertura, e espera que haja convergência com a média europeia.

Contudo, ainda persistem problemas, entre os quais a menor eficiência dos bancos portugueses (analisada pelo rácio de custos face a receitas) e as pressões sobre a rentabilidade, que os bancos têm compensado com o foco em mais negócio em segmentos mais rentáveis.

“O que vemos é em linha com outros bancos da Europa. Estão focados em segmentos de mais rentabilidade, mas de maior risco, consumo e pequenas e médias empresas“, afirmou Maria Cabanyes.

Já Maria Jose Mori, analista que também acompanha o sistema financeiro, considerou ainda que os bancos portugueses estão “muito vulneráveis” às baixas taxas de juro, que são uma pressão sobre os lucros.

Analisando alguns bancos, considerou que a Caixa Geral de Depósitos e o BCP têm beneficiado dos planos de reestruturação levados a cabo.

Já o Santander Totta, referiu, é o banco com melhor desempenho na rentabilidade, destacando a integração que este fez do Banif e do Banco Popular Portugal.

Em novembro passado, a Moody’s diminuiu a perspetiva da banca portuguesa de ‘positiva’ para ‘estável’ devido ao abrandamento do crescimento económico no país e na zona euro.

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16 países da UE crescem mais que Portugal. Maiores parceiros comerciais estão pior

As novas previsões da Comissão Europeia colocam Portugal na 17.ª posição na lista dos países da UE. Motores do euro e principais parceiros comerciais crescem menos que Portugal.

A economia portuguesa avança mais que a média da União Europeia (UE) este ano, mas quando ordenada a lista dos estados-membros do que mais cresce para o que menos cresce, Portugal ocupa a 17.ª posição no ranking de 27 países que formam o bloco europeu.

Bruxelas publicou esta quinta-feira as previsões intervalares de inverno onde atualiza as projeções apresentadas no outono passado. Nas contas do executivo comunitário, o PIB português sobe este ano 1,7%, acima dos 1,4% previstos para a UE e dos 1,2% na Zona Euro.

À frente de Portugal, na comparação entre todos os países, estão Malta, com uma previsão de crescimento económico de 4%, ocupando assim o primeiro lugar no ranking dos estados-membros. Para a Irlanda, Chipre e Grécia – que atravessaram processos de ajustamento -, Bruxelas antecipa aumentos do PIB de 3,6%, 2,8% e 2,4%, respetivamente.

Apesar de Portugal estar a crescer acima das médias comunitárias (tanto UE como Zona Euro), a comparação com os principais parceiros comerciais é desfavorável. A Comissão vê Espanha a crescer 1,6%, menos uma décima que Portugal, a Alemanha e a França a crescer apenas 1,1%. A estes países junta-se a Itália — outro dos países com maior peso no conjunto da UE e da Zona Euro — que deverá ver o PIB a subir apenas 0,3%.

Embora na UE e na ZE, as previsões da Comissão apontem para uma estabilização entre 2019 e 2020 — com crescimentos de 1,4% e 1,2% em cada um dos blocos para cada um dos anos –, são 20 os países onde se regista um abrandamento (entre eles Portugal), cinco aqueles onde este ano será melhor que o anterior e dois onde se manterá igual.

 

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Lucro da Nissan afunda. Fabricante admite nova reestruturação

  • Lusa e ECO
  • 13 Fevereiro 2020

“Lamento dizer que os resultados são piores que o esperado”, diz Makoto Uchida. Admite, por isso, avançar com mais reestruturações do que aquelas inicialmente previstas para evitar prejuízos.

A Nissan indicou registou uma quebra de 87,6% nos lucros entre abril e dezembro do ano passado, para 329 milhões de euros, face a igual período do ano fiscal de 2018. Perante estes resultados, num contexto de quebra nas vendas de veículos nas várias geografias, a empresa admite avançar com uma nova vaga de reestruturações.

“Lamento dizer que os resultados são piores que o esperado”, disse o responsável máximo da administração da Nissan Motor, Makoto Uchida, na apresentação dos resultados realizada na sede da multinacional, na cidade de Yokohama, a sul de Tóquio. Teve lucros nos primeiros nove meses do calendário fiscal, mas no terceiro trimestre (entre setembro e dezembro) registou prejuízos de 218 milhões de euros.

A Nissan Motor referiu ainda que, nos nove primeiros meses terminados em dezembro do ano passado, as vendas globais caíram 8,1%, para 3,7 milhões de veículos — caindo 18% no terceiro trimestre — e que as receitas diminuíram 12,5%, para 62.850 milhões de euros, na comparação com idêntico período do ano fiscal de 2018.

No Japão as vendas de veículos recuaram 6,9% nos primeiros nove meses, na China cederam 0,4%, na América do Norte reduziram-se em 10,2% e na Europa afundaram 16,2%. O resultado operacional, por sua vez, caiu 82,7% para 455 milhões de euros.

A Nissan Motor calcula que vai encerrar o ano fiscal de 2019 com 5,05 milhões de veículos vendidos, menos 3,6% que o cálculo feito em novembro passado e menos 8,4% que o número de carros vendidos no exercício de 2018. Assim, reviu em baixa os cálculos iniciais em termos de perspetivas das vendas, apontando para uma quebra de 8,4%, contra uma queda de 3,6% prevista em novembro.

O acentuado declínio dos lucros da Nissan já levou ao corte de alguns postos de trabalho, colocou em perspetiva o fecho de fábricas, bem como a diminuição da oferta de produtos. Face aos resultados apresentados, Makoto Uchida admite uma nova reestruturação “Estamos a fazer progressos, mas o volume de vendas tem sido fraco, por isso, precisamos de fazer mais reestruturações do que aquelas inicialmente previstas“, aponta o responsável máximo da administração da Nissan Motor, sem adiantar mais pormenores, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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