Lay-off simplificado. Segurança Social espera começar a reembolsar empresas a partir de abril

O Governo diz esperar que, já a partir do início de abril, a Segurança Social esteja pronta para reembolsar aos patrões a parte dos salários garantida pelo Estado ao abrigo do novo lay-off.

O novo lay-off simplificado já entrou em vigor há uma semana, mas os patrões ainda não estão a conseguir aceder a este regime. De acordo com o secretário de Estado da Segurança Social, o formulário ainda está a ser “ultimado”, devendo ser disponibilizado em breve. À saída da reunião da Concertação Social desta segunda-feira, Gabriel Bastos adiantou, por outro lado, que os empregadores deverão começar a receber já a partir do próximo mês a parte da remuneração dos trabalhadores que, neste novo regime, passa a ser garantida pelo Estado.

Estamos neste momento a ultimar a construção do formulário para requerimento das entidades empregadoras, na plataforma online da Segurança Social Direta, para que possamos ter, tanto quando possível, todo o procedimento automatizado, a fim de podermos tratar com maior celeridade o conjunto de requerimentos que serão apresentados”, explicou o responsável, em declarações aos jornalistas.

Gabriel Bastos acrescentou ainda que a Segurança Social está a trabalhar para que os pagamentos às empresas que acedam a este novo regime comecem já a ser feitos a partir do mês de abril.

Tal como acontece no lay-off tradicional já previsto no Código do Trabalho, os trabalhadores das empresas que acedam a este regime recebem, no mínimo, dois terços da remuneração atual, sendo esse valor pago em 70% pela Segurança Social e 30% pelo empregador.

Num primeiro momento, é o empregador que tem, contudo, de assegurar o pagamento desses dois terços, reembolsando depois a Segurança Social os tais 70%. Aos jornalistas, Gabriel Bastos garantiu, no entanto, que de acordo com o planeamento do acordo esses pagamentos devem começar a ser feitos já a partir do mês de abril. O ministra da Economia frisou ainda o Executivo espera que no início do mês o sistema esteja preparado para reembolsar os patrões.

Podem aceder a este regime de lay-off criado para dar resposta à pandemia de coronavírus, as empresas em “crise empresarial” que se enquadre em um dos três seguintes cenários: paragem total resultante de rutura no abastecimento ou da suspensão ou cancelamento das encomendas; quebra “abrupta e acentuada” de, pelo menos, 40% da faturação nos 60 dias anteriores ao pedido face ao período homólogo (para quem tenha iniciado a atividade há menos de 12 meses, a referência é a média desse período); ou “o encerramento total ou parcial da empresa ou estabelecimento, decorrente do dever de encerramento de instalações e estabelecimentos” previsto nos decretos que executam a declaração de estado de emergência.

Esse último cenário não estava incluído na portaria original, mas foi acrescentado agora pelo Governo, conforme avançou o ECO.

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Lay-off vai custar mil milhões de euros por mês, diz António Costa

"Pedidos de autorização para despedimentos coletivos é ainda um número muito limitado", revelou António Costa. "A pior coisa que pode acontecer é um aumento massivo do desemprego", disse.

António Costa revelou que, por mês o lay-off vai custar mil milhões de euros aos cofres do Estado, nomeadamente à Segurança Social. Neste novo regime, a que também podem aceder as empresas que foram obrigadas a fechar, aos trabalhadores é garantido o pagamento de, pelo menos, dois terços da sua remuneração, sendo tal valor pago em 70% pela Segurança Social e 30% pelo próprio empregador.

Em entrevista à TVI, o primeiro-ministro explicou que é “essencial recorrer a esta medida”, apesar do seu custo, porque o objetivo é salvar o maior número de postos de trabalho possível. “A pior coisa que pode acontecer é um aumento massivo do desemprego“, frisou.

António Costa admitiu que “há várias empresas que já estão a sinalizar o recurso a despedimentos”. “Pedidos de autorização para despedimentos coletivos é ainda um número muito limitado”, revelou o chefe do Executivo, lembrando contudo que “é fundamental que os empresário tenham a confiança necessária para perceberem que este não é o momento para fazerem despedimentos, mas antes pelo contrário, de se baterem pelas suas empresas e pelos seus trabalhadores”.

“Os trabalhadores também estão a fazer um esforço muito grande e um sacrifício grande porque para muitas pessoas, perder um terço do vencimento, significa um corte brutal na sua capacidade de solvabilidade. É por isso que os bancos têm de responder também com moratórias relativamente aos créditos e por isso é que o Estado decidiu tornar automáticas as renovações de todas as prestações sociais“, afirmou António Costa.

São já vários os bancos que já se mostraram disponíveis para avançar com uma moratória aos créditos para famílias e empresas. O pontapé de saída foi dado pela Caixa Geral de Depósitos ao anunciar uma moratória de seis meses para os créditos pessoais, da casa e também nos financiamentos concedidos às empresas. Depois foi o BPI e o Santander a anunciaram que também estão disponíveis, mas aguardam ainda as diretrizes das autoridades europeias, porque não querem que esta solução lhes seja penalizadora em termos de rácios de capital.

“Nestes três meses temos todos em conjunto fazer um esforço para sustentar empresas, emprego e rendimento de forma a que o país não afunde. O país não pode parar”, conclui.

(Notícia atualizada)

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“Não vamos atingir o ponto de ruptura do SNS”, garante o primeiro-ministro

António Costa garante que não falta material de proteção e que o Serviço Nacional de Saúde não vai atingir o ponto de rutura.

Não vamos atingir o ponto de rutura e é para isso que estamos a trabalhar”, afirma o primeiro-ministro quando questionado sobre qual o momento a partir de qual o Serviço Nacional de Saúde atingirá o seu limite, à semelhança do que já aconteceu em Itália. Em entrevista à TVI, António Costa garante que não falta material de proteção no país e que ainda não há recurso à reserva estratégica do país.

“Pelos estudos que temos, no pior dos cenários, nunca vamos perder o controlo da situação”, disse António Costa, evitando responder diretamente à insistência dos jornalistas para que apontasse o número de casos e de internamentos a partir do qual o SNS entraria em rutura.

Recusando adotar um discurso otimista, António Costa frisou que “seria um erro diminuir a dimensão da emergência“. “Mas é preciso ter calma para não entrar em pânico”, alertou. Portugal contava esta segunda-feira com 2.060 casos confirmados e 23 vítimas mortais.

António Costa elencou os vários meios que estão ao dispor do SNS para travar a pandemia, nomeadamente, o reforço dos profissionais de saúde (mais mil médicos e mais 1.800 enfermeiros), a existência de 1.142 ventiladores, com uma “margem muito significativa” tendo em conta os que estão em utilização, e o reforço da linha SNS24 para “diminuir a pressão sobre o conjunto do sistema”.

“E estamos a adquirir. Pagámos dez milhões de dólares por 500 ventiladores da China que chegam até 14 de abril”, disse António Costa. Esta é a data agora prevista para o pico da pandemia em Portugal, de acordo com os mais recentes estudos epidemiológicos. Mas, esta terça-feira, vão ser apresentados novos resultados ao Executivo, Presidente da República, partidos, etc., por isso o primeiro-ministro esquivou-se a dar um número exato para a possibilidade de rutura do SNS.

Em termos de disponibilidade de camas, Costa disse ainda que segunda-feira abre um piso do hospital militar da Ajuda onde estão a ser feitas obras para que esta infraestrutura se junte à resposta pública à doença. Ao nível das Forças Aramadas existe uma reserva de cerca de duas mil camas.

Recordado das afirmações de Marcelo Rebelo de Sousa de que nesta crise não haveria mentiras para responder se há ou não falta de material para proteger os profissionais de saúde, António Costa começou por dizer que a reserva estratégica estava “a ser disponibilizada”, mas depois garantiu que ainda não se está a recorrer a essa reserva. Mas perante a forte procura destes materiais, o primeiro-ministro disse que a Direção Geral de Saúde vai publicar normas para a utilização de proteções adequadas às diferentes funções que cada um exerce. Além disso, garantiu que está em curso um “processo de compra gigantesca para reforçar os recursos existentes, para profissionais de saúde”.

Quanto à política levada a cabo em termos de testes, António Costa recusou responder se vai alargar o critério para testar pessoas e remeteu essa decisão para a Direção-Geral de Saúde. “Os protocolos clínicos devem ser seguidos pelos clínicos. A pior coisa que podemos fazer neste cenário é politizar aquilo que é a decisão técnica“, disse. Ainda assim, avançou que Portugal comprou “280 mil testes rápidos”, que chegarão ao longo dos próximos dias. “Esta semana chegarão 80 mil”, precisou. Por outro lado, está uma empresa nacional a “testar outra modalidade de testes e começará a testá-los no Hospital da Cruz Vermelha no final da semana”, acrescentou.

(Notícia atualizada)

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Linhas de crédito de três mil milhões vão ter um spread entre 1% e 1,5% e um prazo até quatro anos

António Costa revelou que a Comissão Europeia obrigou a que a garantia de Estado fosse de 80 a 90% para que os bancos tivessem algum risco. Linhas não vão poder refinanciar créditos antigos.

Os empresários que quiserem aceder às linhas de crédito de três mil milhões de euros anunciadas pelo Executivo a semana passada vão ter de pagar um spread que varia entre 1% e 1,5% consoante a maturidade do empréstimo que pode ir até quatro anos. E consoante o montante do empréstimo poderá beneficiar de uma garantia de Estado entre 80 a 90%, revelou António Costa em entrevista à TVI.

“A Comissão Europeia impôs que houvesse uma parte que não podia ser garantida pelo Estado. Tinha de se risco do banco para que o banco não utilize aquelas verbas para refinanciar crédito malparado que lá tem. Não pode fazê-lo”, disse António Costa. Estas verbas têm de ser para novos créditos, explicou ainda o primeiro-ministro.

Esta condicionante e Bruxelas fez com que o pacote de medidas de incentivos só tivesse luz verde este domingo.

Em causa estão as linhas de crédito anunciadas a semana passada pelo Executivo e cujo acesso às mesmas passou a estar condicionado à manutenção dos postos de trabalho. As empresas da restauração e similares têm uma linha de crédito de 600 milhões de euros, dos quais 270 milhões são destinados a micro e pequenas empresas; as empresas do turismo, nomeadamente agências de viagem, animação e organização de eventos, têm uma linha de crédito de 200 milhões de euros, dos quais 75 milhões são destinados a micro e pequenas empresas; as outras companhias no setor turístico, incluindo empreendimentos turísticos e alojamento turístico, têm uma linha de crédito de 900 milhões de euros, dos quais 300 milhões destinam-se a micro e pequenas empresas. E, para a indústria (têxtil, vestuário, calçado, indústrias extrativas e madeira), há uma linha de crédito de 1.300 milhões de euros, dos quais 400 milhões são especificamente para micro e pequenas empresas. Posteriormente, António Costa revelou que o resto do comércio também pode aceder a apoios, sem dar mais detalhes.

“Estas linhas têm um período de carência de um ano, com até quatro anos para se poder fazer o pagamento e de uma forma que vai ser bastante ágil”, acrescentou o primeiro-ministro, explicando que o processo “ainda está a ser fechado com os bancos”.

Estas linhas apresentam condições mais vantajosas face à linha de tesouraria de 200 milhões de euros anunciadas há cerca de três semanas. Neste caso as empresas têm de suportar um spread que oscila entre 1,9% e 3,2%, que varia de acordo com o grau de risco das empresas, a garantia de capital em dívida é de 80% e o montante máximo de financiamento por empresa é de 1,5 milhões de euros. Se as empresas recorrerem à linha de fundo de maneio podem pedir o crédito por quatro anos, com um ano de período de carência; se for para tesouraria a operação pode ser até três anos, não se aplicando o período de carência. Os empresários já criticaram as condições desta linha, assim como o excesso de burocracia para aceder à mesma.

Para além das linhas de crédito, António Costa elencou as outras medidas que estão a ser preparadas a moratória dos créditos que já estão contraídos, o lay-off para manter emprego com o apoio da Segurança Social e a moratória do pagamento das contribuições da Segurança Social, do IVA, do IRS e do IRC.

António Costa lembrou ainda que quem recorrer ao lay off não pode fazer despedimentos coletivos nem extinguir postos de trabalho e que quem quiser aceder às linhas de crédito não pode promover despedimentos, “porque estas medidas são criadas para gerir os próximos três meses”.

O primeiro-ministro lembrou em jeito de conclusão: Não há boias que nos ajudem num tsumani”.

(Notícia atualizada)

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Reino Unido entra em quarentena para travar surto do coronavírus

  • ECO
  • 23 Março 2020

Reino Unido vai enfrentar uma quarentena de três semanas a partir desta meia-noite. Boris Jonhson anunciou medidas mais restritivas para impedir que britânicos saiam à rua.

O Reino Unido vai entrar em quarentena a partir desta segunda-feira à noite, depois de o primeiro-ministro Boris Johnson ter anunciado na televisão medidas mais restritivas para travar a propagação do coronavírus.

Os britânicos deverão ficar em casa durante as próximas três semanas, podendo apenas sair à rua para compras de bens essenciais — como idas à mercearia, farmácia, etc –, para a realização de exercício físico, prestação de apoio a idosos ou nas deslocações de e para o trabalho.

Os estabelecimentos comerciais que vendem bens não essenciais também terão de encerrar as portas e as reuniões em público de mais de duas pessoas que não moram juntas são proibidas. Caso contrário, as autoridades poderão intervir e aplicar multas a quem violar a lei.

Também serão imediatamente encerrados locais de culto, livrarias e ginásios ao ar livre.

os parques vão manter-se abertos para que as pessoas possam fazer exercícios físicos, embora ajuntamentos estejam proibidos.

Eventos sociais, incluindo casamentos, batismos ou outras cerimónias terão de ser canceladas, sendo permitidos funerais.

Estas medidas surgem numa altura em que o Reino Unido contabiliza já mais de 300 vítimas mortais por causa da Covid-19. Vão ser revistas dentro de três semanas.

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Benfica sugere que fugas de informação sobre OPA têm origem na CMVM

Benfica comunica ao mercado que vai responder no prazo de dez dias ao chumbo da OPA, uma decisão preliminar da CMVM. E critica as fugas de informação sobre os contactos que manteve com o supervisor.

A CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários) chumbou, de forma preliminar, a OPA parcial da Benfica SGPS sobre a Benfica SAD, por causa dos negócios cruzados entre as sociedades do grupo que permitiram financiar a oferta, no valor global de 32 milhões de euros. Agora, em comunicado, a SAD do Benfica explica que ainda não tem comentários à decisão da CMVM, que serão divulgados no prazo legal de dez dias. E garante que é alheio às fugas de informação sobre o negócio e, embora sem o referir, deixa implícito que podem ter origem no próprio supervisor do mercado.

Em comunicado ao mercado, a SAD do Benfica “declina toda e qualquer responsabilidade do Grupo Sport Lisboa e Benfica pela divulgação de informações que alimentaram os referidos rumores e notícias na comunicação social e afirma, com veemência, ser totalmente alheia à divulgação de informação de natureza confidencial de qualquer tipo sobre a Oferta à margem dos canais oficiais estabelecidos com a CMVM, o que aliás deplora“.

O ECO sabe que a CMVM notificou o clube sobre esta decisão preliminar às 12h51 desta segunda-feira, por considerar que a oferta do clube seria, na prática, financiada pela própria SAD alvo da OPA e isso teria de ser anunciado ao mercado e aos investidores. E poucos minutos depois, a TVI revelou a notícia em primeira mão, com os detalhes da decisão. A CMVM invocou, nessa comunicação, que os contratos entre a SAD do Benfica e a Benfica Estádio (empresa controlada pela Benfica SGPS, a sociedade que lança a OPA) foram todos feitos numa lógica única, o financiamento da operação de oferta pública.

Outra fonte contactada pelo ECO que conhece a operação revela que a notícia revela pelo Jornal Económico na passada sexta-feira sobre a possibilidade do clube desistir da operação surpreendeu os gestores do Benfica. Na verdade, nos dias anteriores, o Benfica tinha aberto discussões com a CMVM para avaliar a possibilidade de desistir da oferta por causa da crise associada ao novo coronavírus. “Há duas semanas, a SGPS do Benfica analisou as consequências do Covid 19 na OPA sobre a SAD e concluiu que o seu valor poderia ter sofrido uma degradação que estava fora do seu controlo. Desde essa altura, encetou conversações com a CMVM visando a revogação da oferta”, diz ao ECO.

Agora, em comunicado, a administração da SAD do Benfica garante que vai divulgar ao mercado, “logo que lhe seja possível nas atuais circunstâncias”, as informações exigidas pela CMVM sobre os negócios que permitiram o financiamento da OPA e, no prazo de dez dias, vai responder a este chumbo preliminar.

Na tarde desta segunda-feira, antes deste comunicado, a agência Lusa noticiou que o Benfica discordava do chumbo preliminar da OPA parcial lançada sobre a SAD do clube decidido pela CMVM. “Há diferentes interpretações sobre o método de financiamento da OPA”, revelou à agência Lusa uma fonte do Benfica, avançando que o departamento jurídico dos ‘encarnados’ tem opinião diferente daquele que lhe foi apresentado pela CMVM e que está preparado para a defender.

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Nem a Fed salvou Wall Street da maré vermelha

Nem os estímulos anunciados pela Fed deram ânimo a Wall Street. Os investidores continuam receosos e as praças norte-americanas fecharam a sessão no vermelho.

As bolsas norte-americanas fecharam a sessão em queda, no dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que a recessão da economia mundial poderá pior do que a da crise financeira em 2009 e a Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciou novas medidas de estímulos.

O S&P 500 recuou para 2,34% para 2. 256.32 pontos, ao mesmo tempo, o Dow Jones caiu 2,19% para 18,753.92 pontos. Já o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,23% para 66,860,67 pontos.

Os receios do investidores quanto ao impacto do novo coronavírus na economia mundial continuam e nem a injeção de estímulos da Fed deu ânimo a Wall Street. O banco central norte-americano anunciou esta segunda-feira que retirou os limites para comprar dívida pública e privada do país, com o intuito de ajudar a estimular os fluxos financeiros na economia.

Estes esforços, por si só, não farão nada contra o vírus, esse é o grande problema. Ajudarão, mas ainda precisamos de políticas viradas para as pessoas que estão realmente a sofrer com o vírus“, disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, citado pela Reuters. Também esta segunda-feira, o FMI fez um aviso à navegação alertando que a recessão provocada pelo coronavírus será tão má como a da crise financeira de 2008, “ou pior”.

Várias têm sido os esforços de governos e instituições mundiais, por forma a travar o impacto do novo coronavírus na economia. Esta segunda-feira, o Senado voltou a falhar a aprovação de um projeto-lei que previa mobilizar cerca de dois biliões de dólares na primeira economia do mundo, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A contrariar a tendência de perdas esteve a Boeing, depois de o Goldman Sachs ter referido que “o medo substancial” foi ultrapassado e elevando a recomendação da fabricante para “comprar”. A empresa somou 11,18% com as ações a valerem 105,62 dólares.

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Coronavírus pode custar a Portugal 4,5% do PIB, segundo estudo da IESE Business School

Se as medidas contenção do vírus se prolongarem até meados de junho, Portugal terá uma contração do PIB de 7%. Já se as medidas se prolongarem até ao final de julho, a recessão será de -10,7%.

O coronavírus terá impacto na economia portuguesa e isso é um dado adquirido por esta altura, no entanto, falta saber qual a dimensão do impacto — da recessão, de acordo com as várias previsões que vão sendo divulgadas. Segundo um novo estudo de Nuno Fernandes, professor de economia na IESE Business School, esta crise poderá custar ao país cerca de 4,5% do PIB.

Em comparação com crises passadas, o mundo está “a enfrentar um choque combinado de procura e oferta” que irá aprofundar os efeitos negativos da pandemia na economia mundial. O estudo refere ainda que o Covid-19 surgiu numa altura em que “as taxas de juro iniciais são baixas, e os instrumentos económicos para combater a crise limitados“. Além disso, “os bancos centrais esgotaram o seu poder de fogo durante os bons tempos“, defende o estudo.

O estudo sublinha que países como a Grécia, Portugal e Espanha, mais dependentes do turismo, serão mais afetados por esta crise. No caso de um cenário moderado (paragem da atividade económica durante mês e meio) é esperado que “Portugal entre em recessão, com um decréscimo no PIB de cerca de 2,9%. A crise é expectável que custe aproximadamente 4,5% do seu PIB”.

Contudo, se as medidas contenção do vírus se prolongarem até meados de junho de 2020, Portugal registará uma contração do PIB de 7%. Já se as medidas se prolongarem até ao final de julho, a recessão da economia será de -10,7%.

Quanto aos restantes países europeus, o estudo refere que na sua maioria sentirão “recessões significativas, com contrações do PIB de -2% a -3%. Neste cenário, quase todos os países analisados irão ter um crescimento negativo do PIB”.

Impacto do coronavírus num cenário moderado.

A nível mundial, se as medidas durarem até o final de julho 2020, a queda média do PIB irá situar-se perto de 8%. Em média, cada mês adicional de crise custará 2% a 2,5% do PIB global. O professor Nuno Fernandes avisa que “se a crise atual durar até o final do verão, a economia global enfrenta a mais grave ameaça vista nos últimos dois séculos”.

Um cenário que é também partilhado pelo FMI. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, avisou esta segunda-feira os países do G20 que esta recessão provocada pelo coronavírus será tão má como a da crise financeira de 2008, “ou pior”. Porém, o organismo realça ainda que as economias avançadas estão, em geral, numa posição melhor para responder à crise, “mas muitos países de mercados emergentes e de baixo rendimento enfrentam desafios significativos”.

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Tráfego nas autoestradas diminuiu 75% nos últimos dias com estado de emergência

A circulação nas autoestradas portuguesas sofreu uma quebra de 75% nos últimos dias, informou esta segunda-feira o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

Na sequência da declaração de estado de emergência, por forma a mitigar o contágio do novo coronavírus em Portugal, há menos pessoas a circularem nas ruas e este menor afluxo já se faz sentir nas autoestradas nacionais. Nos últimos dias, o tráfego nas autoestradas portuguesas sofreu uma quebra “na ordem dos 75% em média, a nível nacional”, informou o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em comunicado.

Segundo a nota do Executivo, A1, a A2, a A4, a A23 e a A25 são algumas das autoestradas, onde essa redução mais se faz sentir, “o que reflete que os portugueses estão a cumprir as medidas adotadas pelo Governo e os conselhos da Direção-Geral de Saúde” (DGS), lê-se.

O gabinete liderado por Pedro Nuno Santos aponta ainda que esta quebra é comprovada através da comparação “entre os dados de procura registados na semana que terminou a 14 de março e os dados registados na semana que terminou a 22 de março”.

Muita da circulação nas autoestradas é dos camiões de transporte de mercadorias que, esta segunda-feira, reclamavam medidas de apoio e proteção, enquanto trabalham para abastecer a população durante a pandemia, alertando que são potenciais propagadores da doença devido às “constantes deslocações” pelo país e Europa”.

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CA Vida está a trabalhar 100% à distância

  • ECO Seguros
  • 23 Março 2020

A seguradora estava preparada para se colocar totalmente em teletrabalho e tem assegurado o contacto permanente com clientes e com a rede de agências do grupo Crédito Agrícola.

Todos os colaboradores da CA Vida estão em teletrabalho “De alguma forma, já tínhamos capacidade instalada e várias pessoas com acesso a VPN, pelo que agora foi necessário adquirir apenas mais umas quantas para que todas as pessoas que precisassem de VPN as pudessem ter”, afirma António Castanho, CEO da seguradora do ramo Vida pertencente ao Grupo Crédito Agrícola.

António Castanho, CEO da CA Vida: “Tudo faremos para continuar operacionais e garantir o melhor serviço possível à Rede Comercial do Grupo Crédito Agrícola e aos nossos clientes”.

Com acesso às aplicações e sistemas necessários à execução das suas funções, os 50 colaboradores, muitos deles habitualmente a trabalhar em ambiente open space, recomendam que os clientes evitem deslocações desnecessárias às Agências CA, informando que qualquer assunto relacionado com os seguros de vida poderá e deverá ser feito por contacto direto com a Companhia, através do e-mail: vida@cavida.pt.

A Seguradora assegura em comunicado que os e-mails serão reencaminhados para as áreas responsáveis com vista a garantir uma resposta célere e eficiente.

“Acreditamos que esta é uma medida preventiva, que visa salvaguardar a saúde e bem-estar dos nossos colaboradores e conter a proliferação desta pandemia”, diz António Castanho, “com a certeza de que tudo faremos para continuar operacionais e garantir o melhor serviço possível à Rede Comercial do Grupo Crédito Agrícola e aos nossos clientes”, conclui.

A CA Vida terminou 2019 com prémios de seguro direto de cerca de 58 milhões de euros e recebeu Prémio ECSI – European Consumer Satisfaction Index, pela satisfação dos seus clientes na categoria de seguros ramo Vida.

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Está sempre a lavar as mãos? Quercus lança novo simulador para ajudar a poupar água

  • ECO e Lusa
  • 23 Março 2020

A ferramenta online, disponível em www.ecocasa.pt e associada ao Dia Mundial da Água, que se assinalou no domingo, permite aos cidadãos medirem os seus consumos domésticos de água.

A associação ambientalista Quercus lançou esta segunda-feira um novo simulador online para medir o consumo da água em casa e adotar medidas de poupança, num momento em que o combate à Covid-19 exige uma maior utilização deste recurso.

O simulador, disponível em www.ecocasa.pt e associado ao Dia Mundial da Água, que se assinalou no domingo, permite aos cidadãos medirem os consumos e perceberem se gastam água acima da média do seu distrito ou, se por outro lado, “são eficientes” e consomem abaixo da média, indicou a Quercus, em comunicado.

“No caso de se sentirem ineficientes, poderão contactar a equipa do projeto que lhes sugerirá medidas de melhoria que depois de implementadas, pretendem representar poupanças significativas deste recurso“, acrescentou aassociação.

A Quercus sublinhou também que “a poupança de água está diretamente relacionada com boas práticas que depois de interiorizadas se tornam um hábito comum em casa de cada um de nós. Recordando uma vez mais a fase que vivemos, convém reforçar que sem água não há vida e por isso, temos um papel fundamental na sua proteção e valorização. Com pequenos gestos poderemos ainda ir a tempo de salvar este bem tão precioso”.

Este simulador foi desenvolvido pelo projeto ECOCASA com a colaboração das empresas: MakeItDigital, Zypho e Heaboo.

“Comemorou-se [no domingo, 22 de março] o Dia Mundial da Água. Numa fase em que é a água que nos está a salvar a vida, a Quercus vem lembrar a importância da sua preservação e lança simulador online dirigido à poupança. Nesta fase do combate ao contágio por COVID-19, o recurso “água” ganha uma importância acrescida, é um facto que neste estado de Emergência de Saúde Publica de Âmbito Internacional, conseguimos facilmente apercebermo-nos de que a água é a nossa maior protetora, já que muitos os gestos de prevenção, como lavar bem as mãos com frequência e desinfetá-las convenientemente, sem água não seriam possíveis“, frisa a Quercus.

A associação ambientalista cita dados da Organização das Nações Unidas (ONU): mais de 2,7 mil milhões de pessoas deverão sofrer com a falta de água em 2025, se o consumo global continuar nos níveis atuais. Já segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas metade dos países possui um sistema de referência clínica para a COVID-19, como o programa nacional de prevenção e controle de infeções e padrões WASH (água, saneamento e higiene) em todas as unidades de saúde.

“Fica claro que controlar o uso da água significa deter poder, ou não estivéssemos a viver uma das maiores pandemias causadas por um vírus, que não sobrevive se estivermos continuamente a lavar as mãos e a limpar e desinfetar superfícies impedindo a sua propagação“, diz a associação de defesa da natureza, acrescentando: “Mas a água não tem impacte só no setor da saúde. É necessária para a produção de alimentos, energia, abastecimento doméstico e sanitário, indústria e para a toda sustentabilidade ambiental do Planeta Terra. É, portanto, cada vez mais imprescindível uma gestão adequada deste recurso. E, lembrando uma vez mais que a água ajuda no combate contra o contágio por COVID-19, não nos devemos esquecer da sua escassez. Nunca é demais recordar como se deve agir para racionalizar e poupar um recurso precioso e essencial à vida”.

A Quercus analisou a utilização de água em Portugal através de um inquérito online, realizado entre 21 de fevereiro e 21 de março e reuniu 1.075 respostas completas, concluindo que a maioria dos participantes já deixou de tomar banho de imersão – 82% revelou que nunca tomam banho de imersão e apenas 18% diz tomar uma média de quatro banhos de imersão por ano.

“Já sobre o custo da água, a maioria dos portugueses considera que a água é um recurso caro (67%)“, revelou o inquérito.

“Neste inquérito também se verificou que, no universo de inquiridos que se preocupam com a poupança de água, a maioria não possui autoclismos de dupla descarga, o que é hoje em dia um acessório muito comum e ainda há quem não saiba do que se trata. Convém lembrar que cada descarga de autoclismo comum gasta entre 10 a 15 litros de água“, lê-se no documento

O estudo revelou que quase todos os portugueses que responderam ao inquérito (99,3%) tem noção de que a água é um bem escasso e destes, 92% diz preocupar-se diariamente em poupar água. Quase metade dos portugueses (44%), demora menos de oito minutos no duche.

A maioria dos inquiridos que se preocupam em poupar água em casa não faz ideia de quanto gasta uma torneira: se aberta durante um minuto pode consumir 12 litros de água. “E se pensarmos que se cada português mantiver a torneira aberta desnecessariamente, durante um minuto, tal representa um desperdício de 120 milhões de litros de água; estes 120 milhões de litros de água garantem as necessidades básicas diárias de um milhão de pessoas“, remata a Quercus.

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Depois da Caixa e BPI, Santander também vai dar moratórias nos empréstimos às famílias e PME

Santander vai permitir que famílias com crédito à habitação ou consumo e também pequenas e médias empresas possam adiar por vários meses os reembolsos dos seus empréstimos junto do banco.

Também o Santander Portugal vai permitir que famílias e pequenas e médias empresas possam beneficiar de moratórias nos empréstimos contraídos junto do banco. “Situações excecionais exigem medidas excecionais”, refere a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida, que se junta assim à Caixa Geral de Depósitos e ao BPI.

Foram várias as medidas que o Santander anunciou esta segunda-feira para ajudar os seus clientes a superarem a crise provocada pelo surto do coronavírus no país.

Em relação às moratórias de crédito, o banco diz apenas estar à espera que seja clarificado o enquadramento legal em Portugal, algo que o ministro das Finanças, Mário Centeno, revelou que estará pronto até final desta semana.

As 250 mil famílias portuguesas que têm o seu crédito à habitação junto do Santander poderão solicitar a renegociação do seu empréstimo com carência imediata de amortização de capital durante seis meses. Isto é válido para operações de crédito que se encontrem em situação regular. Assim, quem pretender adiar as prestações mensais poderá fazê-lo nos canais digitais do Santander — homebanking e app — “de uma forma simples e prática”, assegura o banco.

Com esta medida, o banco permite que as famílias portuguesas não amortizem neste período quase mil milhões de euros de capital“, adianta o Santander.

O banco diz ainda que esta possibilidade será estendida aos créditos ao consumo que não registem qualquer atraso até agora.

“Estas renegociações estarão isentas de comissões de alteração das características do crédito”, garante o Santander, adiantando que suspenderá igualmente a perda de bonificação de spread por clientes que venham a incumprir as condições de cross-selling que estão incluídas nos seus contratos.

Também as pequenas e médias empresas poderão beneficiar das novas medidas anunciadas pelo Santander, que se disponibiliza para renegociar “as características dos créditos que se encontrem em situação regular e cujos créditos estão em período de reembolso [que já tenham pago os juros inicialmente] que mais de 67 mil empresas têm junto do banco oferecendo uma carência de capital prazo de até 12 meses”.

Esta possibilidade poderá ser solicitada a partir de quinta-feira. Também nesta renegociação o Santander não fará qualquer alteração do spread das operações e não vai cobrar qualquer comissão de alteração do contrato.

O banco também vai manter todos os limites de crédito contratualizados quer com caráter revogável, quer com caráter irrevogável. As empresas poderão assim aceder “de forma simples e imediata” a cerca de quatro mil milhões de euros de crédito adicional “sem qualquer alteração das condições”.

Em relação às linhas de apoio anunciadas pelo Governo na semana passada, no valor de mais de 3.000 milhões de euros, o Santander está dinamizar estes apoios junto das empresas e diz-se preparado para disponibilizar o dinheiro logo que as instituições nacionais o permitam.

Se também for autorizado, o Santander “está disponível para proceder desde já a adiantamentos de 20% o montante aprovado pelo banco aos seus clientes ao abrigo destas linhas para que os seus clientes possam receber de imediato injeções de liquidez sem ter de esperar pela aprovação pelas entidades públicas”.

Isenção de mensalidade dos POS para comerciantes

O Santander já tinha anunciado algumas medidas na semana passada, como a suspensão da cobrança dos terminais de pagamento por cartão de débito ou créditoos chamados POS — junto dos comerciantes. Também isentará a aplicação de um valor mínimo sobre as transações efetuadas.

Para apoiar as transações sem contacto, o Santander também anunciou que vai suspender a cobrança de todas as comissões de serviço MBWay no POS. “Esta medida tem a duração de 30 dias e será reavaliada atempadamente”, diz o banco.

Por outro lado, o banco também está a disponibilizar serviço médico gratuito aos seus clientes.

(Notícia atualizada às 20h12)

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