Confiança dos consumidores cai em março na zona euro e na UE

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Confiança dos consumidores recuou este mês no espaço da Zona Euro, assim como em toda a União Europeia.

A confiança dos consumidores caiu em março na zona euro e na União Europeia (UE), ficando nos países da moeda única nos -11,6 pontos, abaixo da média de longo prazo, segundo a Comissão Europeia.

De acordo com dados divulgados pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, na zona euro, a confiança dos consumidores recuou cinco pontos, face a fevereiro, para os -11,6, abaixo da média de longo prazo de -11,0.

Na UE, o indicador caiu 4,5 pontos para os -10,4 pontos, em linha com a média de longo prazo.

O executivo comunitário ressalva, no boletim, que dada a pandemia de Covid-19, o período de recolha de dados foi mais curto do que o habitual na maioria dos Estados-membros, tendo sido recolhidas 15% das respostas de consumidores devido às medidas de confinamento adotadas em diversos países.

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Não é só papel higiénico. Com o vírus, aumenta procura por informática, gaming e sofás

  • Lusa e ECO
  • 23 Março 2020

O isolamento decretado na sequência do coronavírus não fez só aumentar a procura por papel higiénico. Os portugueses estão a comprar mais informática, gaming e sofás. E online.

O comércio online tem registado um aumento devido à pandemia Covid-19, adaptando-se as entregas e a distribuição, que podem demorar mais, e registando-se um crescimento nas vendas de material informático, gaming e até mesmo sofás.

Numa resposta à Lusa, fonte oficial dos CTT explicou que, neste momento, estão a verificar-se comportamento distintos nos diversos setores, havendo um “forte crescimento nos produtos essenciais – higiene, saúde e alimentação – e em consumíveis, material informático e livros, muito alavancado pela oferta de e-commerce já existente”. “Por outro lado, verifica-se uma redução no retalho, devido ao encerramento das lojas, e no setor automóvel, pela diminuição da procura”, refere a mesma fonte.

De acordo com a fonte, os CTT estão a “acompanhar a situação e a adaptar a distribuição e os recursos em permanência, conforme as necessidades, conscientes do papel decisivo que desempenham para manter a economia em funcionamento”.

Para já, a empresa refere ter capacidade para responder ao volume de tráfego atual “e, caso se venha a verificar um aumento desse mesmo tráfego, os CTT ajustarão a sua capacidade operacional em conformidade”. “Estão a ser cumpridos os níveis de serviço ao cliente e estamos em permanente avaliação da nossa rede, no que diz respeito à ‘última milha’ [last mile], uma vez que existem alterações nos pontos de recolha, devido ao encerramento de algumas (poucas) lojas CTT e lojas da rede de parceiros e pontos de recolha”, pode ler-se na resposta.

Também questionada pela Lusa, a diretora de e-commerce da Fnac Portugal, Paula Alves, disse que o volume de encomendas “aumentou significativamente, comparativamente com o habitual funcionamento deste serviço (antes do fecho de loja)”.

Em termos de produtos, os clientes procuram “mais por hardware, gaming e livros” porque, por um lado, querem equipar-se da melhor forma para o teletrabalho e para os trabalhos escolares dos filhos, e, por outro, procuram artigos que possam ajudar a aproveitar os tempos livres, atendendo a que as saídas de casa estão limitadas”.

Paula Alves relembrou a experiência da loja online já com 20 anos de atividade, acrescentando que irá manter-se “enquanto for possível funcionar e servir os clientes em segurança”, sem esquecer os colaboradores que estão ao serviço, mantendo o número habitual, apesar de uma parte ter requerido “assistência à família devido ao encerramento das escolas”.

“Acima de tudo, a nossa preocupação é a de garantir a segurança e a saúde de todos os nossos colaboradores e clientes, tendo sido essa a principal razão que nos levou a decidir pelo encerramento das nossas lojas”, refere. Em termos de distribuição, a única informação que a cadeia adiantou foi o facto de algumas encomendas poderem estar a ter “um atraso de mais um dia útil do que o normal”.

Também a cadeia sueca Ikea sofreu uma reestruturação desde o encerramento temporário das lojas físicas, o que levou a “um natural aumento da procura” das encomendas online. “As pessoas estão em casa e preocupam-se mais com a funcionalidade e conforto das diferentes áreas”, sendo que os sofás são “um dos artigos que os portugueses mais procuram, uma vez que a sala tem sido um dos locais onde os portugueses têm passado mais tempo durante esta quarentena”, disse fonte da empresa.

Segundo a mesma fonte, a Ikea está a “reorganizar o fluxo de trabalho de forma a potenciar ainda mais o funcionamento da loja online”, adiantando que “as operações internas foram reforçadas, assim como a dos parceiros”.

Tendo em conta a nova estratégia de serviços, a empresa referiu ter “uma rede cada vez mais alargada e diversificada de parceiros que ajudam a dar maior flexibilidade aos serviços e aumentar a capacidade”.

A nível de entregas, a cadeia sueca explicou estar a conseguir assegurar, o tempo médio de dois dias, nas zonas do Porto e de Lisboa, podendo o cliente optar pelo método de recolha da encomenda em loja, um serviço que se tornou “temporariamente gratuito e encontrando-se com um prazo de cerca de três horas”.

Com o objetivo de proporcionar a máxima segurança possível aos clientes, colaboradores e parceiros, o serviço de entregas em casa da empresa foi readaptado, com as encomendas “a ser entregues apenas à porta e os serviços de instalação e montagem suspensos temporariamente”.

Além dos métodos de recolha em loja e entrega em casa, a Ikea também dispõe de 10 Pontos de Recolha, localizados em Aveiro, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Madeira, Palmela, Vila Real e Viseu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram. Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde. Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

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EY Portugal conclui o primeiro processo de recrutamento 100% digital

A campanha Experience the Yellow, da EY Portugal, arrancou em janeiro com o objetivo de recrutar 200 jovens este ano. A segunda fase de recrutamento já terminou e foi feita integralmente online.

A EY Portugal está à procura de jovens talentos e a adaptar-se às limitações impostas pelas medidas de contingência para combater o novo coronavírus. A segunda fase de recrutamento da campanha “Experience the Yellow”, o EY Summit, foi o primeiro processo de recrutamento totalmente digital pela consultora. Nesta fase, foram entrevistados 75 candidatos à distância, através de uma plataforma online.

O evento de recrutamento decorreu numa plataforma digital, através de entrevistas online, com a duração máxima de 10 minutos cada uma, explica a EY. Cada candidato teve a oportunidade de ser entrevistado por cinco responsáveis da EY nas áreas de assurance, tax, advisory, transaction advisory services e financial services.

“A EY Portugal não se encontra indiferente à situação que o país e o mundo atravessam atualmente, decorrente do Covid-19. Neste sentido, tomámos a decisão de manter o recrutamento de jovens talentos, tendo sempre em conta as limitações a que estamos impostos, mas também considerando a transformação digital em que nos encontramos. Foi nesse âmbito que considerámos uma oportunidade interessante e inovadora alinhar o recrutamento à realidade digital”, assegura Teresa Freitas, diretora de recursos humanos da EY Portugal.

Os jovens selecionados passam para a terceira e última fase de recrutamento, onde serão entrevistados por um especialista de uma dessas quatro áreas, também através de uma plataforma digital.

“O processo de recrutamento da EY tem como finalidade conhecer um conjunto alargado de candidatos, de uma forma eficaz, mas sem abdicar do rigor, profundidade e exigência dessa avaliação. Através da adaptação da consultora à situação em que nos encontramos atualmente pretendemos de igual forma chegar a esses talentos, definidos ao longo deste processo que teve como foco predominante o sucesso académico dos candidatos, aliado a um set robusto de competências pessoais que configuram exatamente o perfil que pretendemos”, conclui a responsável.

A campanha Experience the Yellow arrancou em janeiro e deverá estar concluída a 30 de abril. A EY está à procura de jovens formados nas áreas de economia, gestão, ciências, tecnologias, engenharias, matemáticas e direito, e o objetivo é recrutar 200 pessoas até ao final deste ano.

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Bruxelas quer vias verdes nas fronteiras para transporte de mercadorias

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Vários países fecharam as fronteiras terrestres com vizinhos. Comissão Europeia recomendou que Estados-membros criem vias verdes nas fronteiras para garantir o transporte de mercadorias.

A Comissão Europeia recomendou aos Estados-membros a criação de vias verdes nas fronteiras comunitárias para garantir o transporte de mercadorias, com trajetos que não demorem mais de 15 minutos, apesar das restrições adotadas devido à pandemia de Covid-19.

Numa altura em que existem várias restrições à circulação dentro da União Europeia (UE), no seguimento de medidas adotadas pelos Estados-membros para tentar conter o surto do novo coronavírus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresenta aos países orientações práticas para garantir o transporte contínuo de mercadorias através de vias verdes.

Reconhecendo que “o surto tem um impacto tremendo” no fluxo de bens a nível europeu, a responsável recomenda que “cruzar uma fronteira numa via verde deve demorar, no máximo, 15 minutos”, ideias defendidas num vídeo publicado esta tarde.

De acordo com Ursula von der Leyen, no passado fim de semana verificaram-se problemas em algumas fronteiras da UE e, em alguns pontos transfronteiriços, registaram-se inclusive “mais de 40 quilómetros de fila e esperas de até 18 horas”.

“Isto tem de parar”, vincou, defendendo que, “especialmente em tempos de crise, […] os mantimentos devem estar disponíveis para a população e os medicamentos, equipamentos de proteção e outros bens necessários têm de chegar aos hospitais e aos profissionais de saúde“.

A ideia, segundo Ursula von der Leyen, é que estas vias verdes estejam “disponíveis para veículos que transportem todo o tipo de bens”, visando “garantir a livre circulação de bens” e evitar “atrasos e problemas de escassez”.

“As medidas que estamos a adotar para conter a propagação do vírus estão a abrandar ou até impedir a circulação”, aponta.

No vídeo, Ursula von der Leyen argumenta, ainda, que “os governos nacionais devem suspender restrições como limitações na circulação durante o fim de semana ou à noite” e ainda “reduzir a burocracia para os condutores de mercadorias”.

“Os testes médicos nas fronteiras podem ser úteis e usados como medida complementar contra o vírus, mas devem ter em conta a livre circulação de bens”, adianta.

Nesta mensagem, a líder do executivo comunitário afirma ainda que “o combate ao vírus vai demorar algum tempo”, pelo que apela à proteção do mercado único europeu como forma de “vencer essa batalha”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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Aumento extraordinário das pensões chega em maio

Com o Orçamento do Estado promulgado, já é certo que o aumento extraordinário das pensões deverá chegar às carteiras dos beneficiários em maio.

O Presidente da República deu “luz verde” ao Orçamento do Estado para 2020, sendo já certo que o aumento extraordinário das pensões chegará às carteiras dos beneficiários em maio. Em conjunto com a atualização normal já atribuída em janeiro, a subida totalizará dez euros.

No início deste ano, as pensões mais baixas (até 877,62 euros mensais) beneficiaram de um aumento de 0,7%, ditado pela inflação registada até novembro de 2019 e pelo crescimento económico verificado nos últimos dois anos.

Para as pensões entre 877,62 euros e os 2.632,86 euros, o reforço foi de 0,2%, ou seja, igual à variação dos preços registada no ano passado. Já as pensões acima desse valor ficaram estagnadas.

À semelhança do que aconteceu nos últimos anos, em 2020 as pensões mais baixas (até 658,2 euros ou 1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais) serão alvo não só da referida atualização normal, mas também de uma subida extraordinária, totalizando um reforço de dez euros.

Na proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Executivo em dezembro, não constava esse aumento extraordinário, mas tal acabou, contudo, por ser incluído durante a discussão na especialidade.

Os deputados aprovaram as propostas que ditaram a repetição do modelo seguido nos anos anteriores — os tais dez euros até aos 1,5 IAS — fixando o mês seguinte à entrada do Orçamento do Estado como momento de arranque do pagamento deste reforço. Ou seja, com a promulgação de Marcelo Rebelo de Sousa a indicar que o OE deverá entrar em vigor a partir de 1 de abril, fica agora certo que o aumento extra passará a ser pago a partir de maio.

Por exemplo, uma pensão de 600 euros subiu 4,2 euros em janeiro à boleia dos tais 0,7% e deverá agora subir mais 5,8 euros, totalizando um reforço de dez euros. Para as pensões que tenham sido atualizadas entre 2011 e 2015, o aumento extraordinário é de apenas seis euros.

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Porto anula concurso de concessão de mobiliário urbano

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Câmara do Porto decidiu anular o concurso público de concessão de mobiliário urbano e publicidade, no valor de 13,8 milhões de euros.

A Câmara do Porto decidiu esta segunda-feira que vai anular o concurso público de concessão de mobiliário urbano e publicidade, no valor de 13,8 milhões de euros, face à crise já instalada no mercado publicitário devido à pandemia da covid-19.

Numa nota publicada esta segunda-feira na sua página oficial na Internet, a autarquia revela que a decisão foi comunicada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na reunião privada do executivo que se realizou por videoconferência, em circuito interno.

Segundo a autarquia, na agenda da reunião estava uma proposta de alargamento do período de perguntas e respostas do concurso, ato proposto pelo júri do concurso e que necessitava da ratificação formal do executivo.

Contudo, durante a reunião, Rui Moreira informou que, face à crise internacional já instalada no mercado publicitário devido à pandemia da covid-19, levará a uma próxima reunião a decisão de anular o concurso.

O autarca, citado naquela nota, entende que “apenas com a revisão do estudo económico elaborado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP)” e apenas depois de consolidado o quadro que resultar da crise económica e financeira que se seguirá à pandemia, “será possível lançar um concurso realista em condições vantajosas para o município”.

“Com efeito, o exigente caderno de encargos que a Câmara do Porto colocou a concurso, nomeadamente quanto à tecnologia que exigia aos concorrentes em abrigos de transporte público e ‘mupis’, pedia avultados investimentos aos concorrentes que, no quadro de incerteza económica atual e com a volatilidade que apresenta o mercado publicitário, não estariam em condições de fazer”, acrescenta o comunicado.

Após a crise pandémica e uma vez estabilizado o mercado, será lançado novo concurso, já tendo em conta o novo quadro económico nacional e internacional.

O executivo municipal reuniu esta segunda-feira por videoconferência, modelo que será adotado nas próximas reuniões, para debater a situação de crise causada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O concurso público de concessão do mobiliário urbano da cidade do Porto foi publicado em Diário da República, no dia 24 de fevereiro, com o valor base de 13,8 milhões de euros.

De acordo com o aviso do concurso, a concessão do mobiliário urbano prevê a instalação, manutenção e exploração de publicidade, com vista a reduzir e substituir todos os suportes publicitários existentes no Porto, incluindo o dos abrigos das paragens de autocarros.

O prazo para a apresentação de propostas decorria até meados de abril (45 dias a contar do anúncio), sendo que os concorrentes estariam obrigados a manter as suas propostas durante 120 dias.

A concurso estão dois lotes de maiores dimensões, cuja duração do contrato será de 15 anos, e dois lotes mais pequenos, com uma duração de 5 anos, sendo que o município “espera arrecadar pelo menos um milhão de euros por ano”, valor que resulta das conclusões de um estudo encomendado à Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).

Na reunião do executivo, realizada no dia 10, a proposta do lançamento do concurso foi aprovada por maioria, com cinco votos contra dos vereadores do PS e da CDU e com a abstenção do PSD.

Também na reunião da Assembleia Municipal do Porto, no dia 17 de fevereiro, a proposta foi aprovada, com os votos contra do PS e CDU, e a abstenção do BE, PSD e PAN.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde.

Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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Marcelo afasta recurso ao Tribunal Constitucional por causa do metro de Lisboa

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Depois de o Parlamento ter suspendido a construção da linha circular, o grupo parlamentar do PS disse que ia recorrer ao Tribunal Constitucional. Mas, para Marcelo, isso não se justifica.

O Presidente da República defendeu esta segunda-feira que não se justifica um recurso ao Tribunal Constitucional (TC) por causa da linha circular do metro de Lisboa, argumentando que o Parlamento apenas formulou uma recomendação, sem suspender qualquer decisão administrativa.

Em causa está a aprovação de uma alteração ao Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), na especialidade, que motivou protestos do PS e do Governo, para a suspensão da linha circular do Metropolitano de Lisboa. Numa nota divulgada sobre a promulgação do OE2020, o Presidente da República considerou que “nenhuma das dúvidas levantadas, em termos de constitucionalidade, se afigura justificar o pedido de fiscalização preventiva ao TC”.

“Nem mesmo aquela que maior debate motivou, a saber, a da eventual violação do princípio da separação e interdependência dos poderes do Estado, na sua dimensão de respeito da reserva de administração, no caso de alegada deliberação parlamentar suspendendo decisão administrativa sobre a concretização de linha circular do metro de Lisboa”, acrescentou.

Segundo o chefe de Estado, “em rigor, a Assembleia da República não suspendeu qualquer decisão administrativa, limitando-se a formular recomendação política, dirigida ao Governo e à Administração Pública em geral, sobre a aludida matéria”.

Durante o processo de debate orçamental, o grupo parlamentar do PS fez saber que iria pedir ao TC a fiscalização sucessiva da referida norma para a suspensão da construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa, por entender que a adjudicação e outorga de contratos administrativos é domínio próprio da atividade executiva.

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No cenário otimista, PIB encolhe 4% e desemprego sobe para os 8,5% em 2020, prevê Católica

A previsão central dos economistas da Católica é que a economia encolha 10%, mas no cenário otimista a contração poderá ser de 4%. No cenário pessimista poderá chegar aos 20%.

É inevitável: a economia portuguesa vai entrar em recessão em 2020, só não se sabe de quanto será a queda. A contração poderá variar entre 4% (cenário otimista) a 20% (cenário pessimista), sendo que o cenário central prevê que o PIB encolha 10%. As previsões são do NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab e foram divulgadas esta segunda-feira na folha trimestral de conjuntura relativa ao primeiro trimestre deste ano.

“A pandemia da doença Covid-19 criou uma disrupção generalizada na economia mundial”, assumem os economistas da Universidade Católica, admitindo que o cenário “mais plausível” é um “colapso abrupto das economias desenvolvidas”, apesar de continuar a haver uma “elevada incerteza sobre a dimensão e a duração da contração”. “É que se está perante uma crise de características ímpares, marcada por um duplo choque do lado da oferta e do lado da procura”, explica o NECEP.

Dito isto, o núcleo decidiu divulgar a sua nova estimativa de crescimento económico para Portugal em 2020 ao longo de três cenários:

  1. Um cenário central em que a fase crítica da epidemia dura cerca de três meses: PIB encolhe 10% e a taxa de desemprego sobe para os 10,4%;
  2. Um cenário pessimista em que o controlo da epidemia se prolonga por seis meses: PIB encolhe 20% e a taxa de desemprego sobe para os 13,5%;
  3. Um cenário otimista em que essa fase crítica não se prolonga muito para além de abril: PIB encolhe 4% e a taxa de desemprego sobe para os 8,5%.

“Este último cenário toma, ainda, em consideração medidas adicionais e mais incisivas para além daquelas já anunciadas pelo Governo”, explicam os economistas, assinalando, no entanto, que qualquer destes cenários “corresponderá a um agravamento significativo do desemprego e em termos de perda do rendimento das famílias”.

O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa antecipa que “as autoridades estatísticas terão dificuldades em calcular o crescimento económico do primeiro e segundo trimestres do ano“. Assim, dado que apenas março será afetado significativamente, os economistas da Católica admitem que os dados do primeiro trimestre — que serão divulgados em maio — “podem vir a transmitir, ainda, uma ideia de normalidade ou de uma quebra relativamente pequena face aos desenvolvimentos dramáticos dos últimos dias”.

O impacto económico deverá ser transversal a todos os setores, existindo apenas “alguma proteção de emprego e rendimento” no Estado, “as franjas da sociedade delas dependentes e os setores considerados estratégicos no abastecimento de bens e serviços essenciais e a sua logística”, como é o caso do retalho alimentar que tem verificado um aumento da procura nas últimas semanas.

Contudo, “mesmo esses setores estão sujeitos a um risco de contração de atividade já que parte da procura produzida pode vir a não ser vendida nem paga por dificuldades de tesouraria por parte dos seus clientes diretos“, avisa o NECEP.

Economistas pedem ação à Alemanha

“Neste contexto, as decisões governamentais e dos bancos centrais influenciarão significativamente a atividade económica no curto prazo“, considera os economistas da Católica, liderados por João Borges de Assunção, assinalando que tanto o Governo português como o Banco Central Europeu já tomaram algumas medidas.

Para o NECEP, da Católica, “o Governo português tem a obrigação de compreender a necessidade de adotar medidas substantivas, estruturantes e credíveis que acalmem os agentes económicos e assegurem a necessária liquidez, sob pena de se deixar ultrapassar pelos acontecimentos históricos em curso”.

Porém, na situação atual, “o papel de liderança da Alemanha na União Europeia é agora mais necessário do que nunca“, consideram. Neste momento cresce a pressão para que sejam emitidas “coronabonds”, isto é, a emissão de títulos de dívida comunitários especificamente para ajudar os países europeus a ultrapassar esta crise.

(Notícia atualizada às 14h45 com mais informação)

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Regime para moratórias de crédito avança ainda esta semana, diz Centeno

Mário Centeno, diz que diploma que vai reger a atribuição de moratórias de crédito para famílias com dificuldade em pagar as prestações dos créditos devido ao coronavírus será publicado esta semana.

O regime que se irá aplicar às moratórias de crédito para apoiar as empresas e famílias com dificuldades em fazer face ao pagamento das prestações dos seus financiamentos será publicado ainda esta semana. A garantia foi dada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, nesta segunda-feira.

Referindo-se em concreto ao sistema bancário, e às aguardadas moratórias, Mário Centeno diz que são “medidas que já começaram a ser tomadas e que ganharão corpo ao longo desta semana com a publicação do diploma que enquadra as moratórias bancárias a créditos que tenham a sua materialização ao longo do próximo trimestre”.

O ministro das Finanças explicou que o Banco Central Europeu (BCE) tomou decisões sobre essa matéria na última sexta-feira e anunciou-as, referindo que o Governo já nessa altura estava a “trabalhar num diploma legislativo para enquadrar uma possível ação nessa matéria”.

De recordar que na passada sexta-feira, o BCE lançou novas medidas de emergência para incentivar a banca a ajudar a economia real a recuperar do impacto da Covid-19. Nomeadamente, a flexibilização das regras de supervisão que serão aplicadas aos empréstimos concedidos pela banca, com garantias estatais, para combater o surto.

“No decorrer desta semana vamos saber mais dos detalhes dessas decisões e a transposição para Portugal das decisões nessa matéria“, enquadrou ainda o governante, defendendo que esta medida “vai ser atempada, efetiva e vai ter um impacto de estabilização da economia portuguesa neste período muito difícil”.

Enquanto se espera pelo diploma que irá reger a atribuição destas moratórias de crédito, já há bancos que se disponibilizaram a a atuar nesse âmbito. Nomeadamente, a Caixa Geral de Depósitos que na passada semana anunciou pretender avaliar a eventual carência de capital até seis meses a famílias com dificuldade em cumprir com o pagamento das prestações devido à crise do coronavírus. Também o BPI se mostrou disponível a uma moratória que, no caso das famílias, consiste na “concessão de uma carência de capital, acompanhada de prorrogação do prazo da operação, até seis meses, para operações de crédito regulares que se encontrem em período de reembolso, ou iniciem esse período em 2020”.

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Covid-19: Livrarias jurídicas disponibilizam obras gratuitamente

Face à pandemia do Covid-19, as editoras jurídicas também adotaram medidas excecionais. A AAFDL Editora e a Almedina são exemplo disso e disponibilizaram as suas obras gratuitamente.

A pandemia do Covid-19 está a assolar o mundo, contabilizando em Portugal já 2.060 casos confirmados e 14 mortes. O setor jurídico também está a ser afetado pelo vírus: advogados em regime de teletrabalho, sociedades cancelam eventos e reuniões e prazos processuais suspensos. As editoras jurídicas também fecharam as suas portas, mas encontraram soluções para fazer chegar aos juristas as suas obras.

Na AAFDL Editora, editora jurídica da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, foram disponibilizadas todas as obras do catálogo, em formato e-book, gratuitamente. Inicialmente o intuito era de apenas disponibilizar as obras aos estudantes, mas a editora decidiu estender a medida a todos os leitores.

Todas as obras, teses, legislações e revistas podem ser consultadas numa plataforma online. Segundo o o responsável editorial da AAFDL Editora, Tomé Baptista Cardoso, esta plataforma vai permitir “chegar a todos os clientes de forma fácil e gratuita” e também “dar um passo no futuro da internacionalização da editora”.

Também a Almedina, editora jurídica, deu acesso gratuito à BDJUR, o seu serviço digital jurídico, que é assegurado por uma equipa de juristas e documentalistas especializados.

“Perante a declaração do Estado de Emergência devido ao Covid-19, em que as publicações legislativas e o debate jurídico tomam particular relevância, e na procura permanente em apoiar profissionais e particulares num momento de tantas incertezas e de trabalho remoto ao domicílio, o Grupo Almedina decidiu disponibilizar gratuitamente o acesso aos serviços da BDJUR“, referiu a empresa em comunicado.

Neste serviços os leitores podem consultar gratuitamente legislação; jurisprudência com acórdãos completos mais relevantes; formulários, minutas e procedimentos; dicionário jurídico; e um fórum jurídico, em parceira com a Abreu Advogados.

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Nem os estímulos da Fed acalmam os investidores. Wall Street em queda

Na primeira sessão da semana, as bolsas norte-americanas voltam a abrir em queda e nem as medidas anunciadas pela Fed salvaram Wall Street.

As praças norte-americanas abriram a sessão com perdas, depois de terem vivido a pior semana desde a crise financeira desde 2008 e apesar das novas medidas anunciadas pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O S&P 500 recua 1,96% para 2.265,95 pontos, ao mesmo tempo, Dow Jones cai 1,84% para 18.821,47 pontos. Já o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,73% para 6.829,53 pontos.

Os investidores reagem, assim, negativamente às novas medidas de emergência anunciadas esta segunda-feira pelo Banco central norte-americano, que retirou os limites para comprar dívida pública e privada do país, com o intuito de ajudar a estimular os fluxos financeiros na economia.

Este anúncio chegou a fazer disparar os preços de petróleo, que têm tido fortes quedas face à diminuição da procura nos últimos dias, já que os futuros chegaram a valorizar 3%, de acordo com a Reuters. Ainda assim e dado a volatilidade do mercado, o Brent, que serve de referência para a Europa, recua 2,97% para 26,17 dólares, ao mesmo tempo, o crude WTI, em Nova Iorque, soma 0,18%.

Estes esforços, por si só, não farão nada contra o vírus, esse é o grande problema. Ajudarão, mas ainda precisamos de políticas viradas para as pessoas que estão realmente a sofrer com ele“, disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, citado pela Reuters.

Nesse sentido, o Senado volta esta segunda-feira a discutir um pacote de estímulos na ordem de 1 bilião de dólares, por forma a mitigar o impacto do novo coronavírus na maior economia do mundo, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A medida inclui ajuda financeira para americanos, pequenas empresas e indústrias afetadas, incluindo companhias aéreas, sendo que tanto republicanos como democratas continuam confiantes num acordo. No domingo, os democratas fizeram cair um plano de estímulos de quase dois biliões de dólares, por considerarem excessivamente generoso para as grandes empresas.

Além disso, uma das empresas que mais recupera é a Boeing, depois de o Goldman Sachs ter referido que “o medo substancial” foi ultrapassado e elevando a recomendação da fabricante para “comprar”. A empresa soma 3,63% com as ações a valerem 98,45 dólares.

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Covid-19: Portugal ainda não pediu apoio a Bruxelas para repatriamentos ou equipamentos

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Ainda não chegou à Comissão Europeia qualquer pedido de Portugal para o cofinanciamento de ações de repatriamento ou para mobilizar equipamentos de proteção devido à pandemia de Covid-19.

A Comissão Europeia disse esta segunda-feira não ter recebido, até ao momento, nenhum pedido de Portugal para cofinanciamento de ações de repatriamento ou para mobilizar equipamentos de proteção devido à pandemia de Covid-19.

“Até ao momento, e durante esta crise de saúde, não recebemos qualquer pedido de Portugal”, afirma à agência Lusa o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič.

Numa entrevista dada hoje por escrito à Lusa em Bruxelas, dadas as medidas de confinamento adotadas pelas autoridades belgas devido à pandemia, o responsável explica que alguns Estados-membros já ativaram o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para pedirem assistência logística da Comissão nos repatriamentos, bem como um cofinanciamento de até 75% dos custos de transporte, nos casos em que, por exemplo, trazem cidadãos de outros países da União Europeia (UE).

Apesar de ainda não ter pedido tal apoio financeiro a Bruxelas, Portugal tem feito algumas ações de repatriamento de cidadãos portugueses que querem regressar ao país e estão impossibilitados de o fazer devido à suspensão de viagens pelo surto de covid-19, por exemplo em Marrocos.

Entretanto, Portugal vai também realizar ações de repatriamento de portugueses em países como Cabo Verde, Bissau e São Tomé.

Ainda ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, os Estados-membros podem requerer ajuda para equipamentos de proteção, caso os que tenham no país se demonstrem insuficientes, o que já se verificou em Itália (que pediu ajuda a Bruxelas no final de fevereiro) e em Espanha (que o fez na semana passada).

Após tais solicitações, cabe à Comissão Europeia apelar à mobilização dos Estados-membros, para, neste caso, facultarem materiais como máscaras faciais de proteção.

Itália (com 5.476 mortos em 59.138 casos) e Espanha (com 2.182 mortos em 33.089 infeções) são, de momento, os dois Estados-membros mais afetados pela Covid-19, situação que difere da de Portugal, país onde existem para já 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.

Janez Lenarčič garante que a Comissão Europeia está a “acompanhar de perto a situação em todos os Estados-membros”, entre os quais Portugal.

Apesar de não se referir às medidas já adotadas pelas autoridades portuguesas, o comissário europeu para a Gestão de Crises aconselha todos os países da UE “a seguirem as diretrizes e as recomendações sobre medidas comunitárias, nomeadamente no que toca ao distanciamento social e às estratégias de teste”.

“O objetivo principal de todos, neste momento, deve ser proteger a saúde pública no sentido mais amplo possível, num espírito de solidariedade global. Ninguém está imune a este vírus que, claramente, não conhece fronteiras”, diz Janez Lenarčič.

Ainda assim, o comissário europeu considera que “fechar completamente as fronteiras também não ajudará nenhum país”, razão pela qual apela a que “todos cooperem” em questões como a circulação de bens e mercadorias, incluindo dispositivos médicos.

“A força deste novo coronavírus e a velocidade com que se propaga são enormes e esta situação incrivelmente complexa surpreendeu, claramente, quase todos os países do mundo. Estamos a lidar com uma pandemia e isso exige um alto grau de coordenação em todos os níveis, desde as comunidades locais até aos Estados, regiões e a nível internacional”, adianta Janez Lenarčič.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

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