Portugal entra em fase de mitigação, anuncia DGS

Portugal entrou oficialmente em fase de mitigação. As unidades de saúde do país terão, assim, de adotar medidas mais concretas para combater a pandemia.

Portugal entrou oficialmente em fase de mitigação do coronavírus, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral de Saúde (DGS). As unidades de saúde do país terão, assim, de adotar medidas mais concretas para combater esta pandemia. Isto acontece num dia em que o número de casos confirmados de coronavírus no país aumentou para um total de 331.

“Atendendo à emergência de saúde pública de âmbito internacional, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), provocada pelo vírus SARS-CoV-2 (…) e à classificação pela OMS da doença Covid-19 como pandemia (…), é necessário adotar os procedimentos que, de forma responsável e proporcional à evolução das fases de propagação desta pandemia, salvaguardem a manutenção da saúde pública, na defesa dos riscos potenciais e comprovados, segundo elevados critérios científicos e sociais, e no respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos“, refere o documento da DGS.

Assim, refere a entidade, “importa adaptar a abordagem clínica dos doentes com suspeita e infeção confirmada por SARS-CoV-2 no SNS” e, para isso, “urge aplicar medidas de mitigação que garantam a adequação e sustentabilidade do SNS”. São elas:

  • Criar “áreas dedicadas à avaliação e tratamento” de doentes com coronavírus nos centros hospitalares e centros de saúde. No meio hospitalar deve existir uma área destas em cada serviço de urgência e “enfermarias dedicadas ao tratamento” destes doentes, enquanto nos centros de cuidado de saúde primários deve haver, “pelo menos”, uma destas áreas em cada comunidade e um número adicional “conforme a densidade populacional, a dispersão geográfica e a evolução epidemiológica regional e local” deste vírus;
  • Estas áreas de avaliação e tratamento de coronavírus “devem estar bem identificadas, com sinalética apropriada, e serem do conhecimento
    das comunidades regionais e locais, para garantir a efetiva separação dos doentes com suspeita e confirmação de infeção”;
  • Durante a pandemia, “todos os profissionais de saúde devem utilizar, de forma responsável, máscara cirúrgica quando em contacto direto com doentes”,
  • “Todos os doentes com suspeita de Covid-19 (…) devem ser submetidos a testes laboratoriais para SARS-CoV-2, e registados na plataforma SINAVE (área médicos)”;
  • “Todos os doentes com suspeita de Covid-19 são submetidos à realização de testes laboratoriais, em qualquer Serviço de Urgência com capacidade para tal, por prescrição médica, sob validação do Chefe de Equipa, e sem recurso à LAM (Linha de Apoio ao Médico) da DGS”;
  • “A colheita e processamento das amostras biológicas devem cumprir os critérios de qualidade e segurança”;
  • “Os resultados de todos os testes realizados para SARS-COV-2, independentemente do seu resultado, devem ser registados na plataforma SINAVE (área laboratórios), por forma a dar conhecimento dos mesmos às equipas de saúde e às Autoridades de Saúde”;
  • Os responsáveis das unidades hospitalares e centros médicos devem garantir, “por todos os meios necessários, em articulação com os parceiros regionais e locais” o “incentivo à atitude responsável e cívica de todos os cidadãos”, “a informação adequada sobre os locais de acesso ao SNS para os doentes com suspeita e infeção confirmada por SARS-CoV-2”.

Ainda no mesmo documento, que pode ser consultado abaixo, a DGS especifica as características que estas áreas dedicadas à avaliação e tratamento de doentes com coronavírus devem ter. Nomeadamente terem, no mínimo, duas salas de observação, áreas de receção e de espera separadas das dos doentes sem suspeita e terem de serviço um médico, um enfermeiro, um assistentes operacional, um administrativo e uma equipa de limpeza.

Esta segunda-feira, de acordo com os dados revelados na atualização diária do boletim epidemiológico, o número de infetados aumentou para 331. As autoridades já alertaram que esperam uma subida expressiva do número de confirmações, à medida que a realização de mais testes vai permitindo descobrir novos casos que, até agora, não eram conhecidos.

(Notícia atualizada às 13h07 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem 86 novos casos de Covid-19. Total sobe para 331

A Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou que há 86 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, elevando de 245 para 331 o número de casos já confirmados pelas autoridades de saúde.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 86 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, elevando de 245 para 331 o número total de doentes que se sabe terem Covid-19. Os dados foram revelados na atualização diária do boletim epidemiológico, que inclui os números oficiais apurados até à passada meia-noite.

Estes números referem-se aos casos conhecidos pela DGS, nomeadamente de doentes que foram infetados no passado. As autoridades já alertaram que esperam uma subida expressiva do número de confirmações, à medida que a realização de mais testes vai permitindo descobrir novos casos que, até agora, não eram conhecidos. Com o passar dos dias, ainda que o número de casos reportados pela DGS acabe por subir, essa evolução não pode ser diretamente equiparada à evolução real da pandemia no país.

Boletim epidemiológico de 16 de março

Fonte: Direção-Geral da Saúde

Do total de casos confirmados 142 situam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, 138 no Porto, 31 no Centro e 13 no Algarve. Há ainda um caso confirmado nos Açores e cinco foram “exportados” para o estrangeiro. A maioria dos casos situa-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos, sendo que, total, 139 estão internados e 18 encontram-se em unidades de cuidados intensivos. Não há registo de qualquer vítima mortal.

A DGS encontrou 18 cadeias de transmissão ativas, o que significa que 18 pessoas foram responsáveis por todos os casos confirmados até ao momento. Alguns dos casos em Portugal foram “importados” de outros países, nomeadamente 16 de Espanha, 14 de Itália, nove de França, cinco da Suíça, um de Andorra, um da Bélgica e um de Alemanha/Áustria.

Os dados das autoridades de saúde apontam ainda para 2.203 casos não confirmados, 374 que aguardam resultado laboratorial e 2.908 casos suspeitos. Há ainda um total de 4.592 pessoas sob vigilância e três pessoas já recuperaram da doença.

Este boletim surgiu em simultâneo com a notícia de que a DGS elevou o estado do surto em Portugal para a “fase de mitigação”, caracterizada pela transmissão local do novo coronavírus. As autoridades vão implementar medidas de adequação e sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

(Notícia atualizada às 12h41 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT implementam atendimento à porta fechada e encerram 18 lojas

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Os CTT vão implementar o atendimento à porta fechada, sendo que é "apenas poderão permanecer na loja os clientes que estão a ser atendidos". Há ainda 18 lojas que vão ser encerradas.

Os CTT – Correios de Portugal anunciaram esta segunda-feira que vão implementar o atendimento à porta fechada, no âmbito de medidas de combate à propagação do novo coronavírus, e encerrar 18 lojas devido à ausência de colaboradores.

“Estão a ser implementadas medidas que visam minimizar os impactos na disponibilidade da sua rede de retalho e na distribuição postal, preservando a integridade dos seus trabalhadores”, referem os CTT em comunicado, a propósito das medidas de combate à pandemia do Covid-19.

As lojas CTT vão implementar o atendimento à porta fechada, de forma a minimizar a permanência de clientes em loja e para garantir o distanciamento entre cada cliente”, pelo que “apenas poderão permanecer na loja os clientes que estão a ser atendidos”, alertam.

“A fila de espera será efetuada à porta da loja, garantindo que os clientes em espera o façam num local arejado e que mantenham a distância mínima sugerida“, prosseguem.

Além disso, as lojas dos Correios de Portugal vão sofrer “uma redução de horário em função do número de trabalhadores presentes”. Os horários vão estar em permanente atualização no site dos CTT e todas as lojas em funcionamento “terão um período de encerramento à hora de almoço, das 12h30 às 14h30, permitindo a limpeza de todos os espaços de forma mais profunda”, salientam.

Os trabalhadores dos CTT vão poder usar máscara, luvas e gel desinfetante no atendimento aos clientes e será também colocada uma fita colorida no chão a sinalizar a distância de segurança que deve ser mantida entre o colaborador e o cliente.

Além disso, os CTT “vão ainda encerrar um conjunto de lojas, em função da ausência de colaboradores pertencentes a grupos de risco de saúde, e também necessidades de assistência a filhos menores de 12 anos pelo encerramento das escolas”.

De acordo com a lista, ao todo são 18 lojas encerradas: Buarcos (Vila), Boavista (Oaz), Cesar, Espargo, Travessa (São João da Madeira), Arcozelo (Vila Nova de Gaia), Mesão Frio, São Pedro da Cova (Gondomar), Vila Nova Foz Côa, Cantarias (Bragança), Santa Tecla (Braga), Caxinas (Vila do Conde), Parque (Matosinhos), Praia (Póvoa de Varzim), Gil Eanes (Portimão), Olhos de Água, Sines e Santo António dos Cavaleiros.

Os CTT referem ainda que, “por determinação dos Governos Regionais dos Açores e Madeira, encontra-se inibido o pagamento do subsídio social de mobilidade nas lojas destas regiões autónomas no período inferior a 15 dias da efetivação da viagem”.

Sobre os pontos CTT (postos de correio), a empresa informa que “poderão existir alterações nos horários de funcionamento ou o encerramento dos mesmos, por decisão dos parceiros dos CTT na prestação deste serviço”.

Adiantam também que, “no âmbito das operações, tendo em vista a segurança dos clientes e dos cerca de 5.000 carteiros dos CTT, a assinatura nos terminais dos carteiros durante o processo de entrega de produtos de Correio, Expresso e Carga será suspenso”.

Esta medida “será aplicada a todos os serviços exceto nas citações ou notificações via postal e nos serviços ‘entrega ao próprio’, estando ainda em análise cenários de ajustamento da atividade tendo em conta a eventual ausência de colaboradores que pertencem a grupos de risco de saúde”.

Os carteiros “vão adotar procedimentos específicos no exercício das suas funções durante os giros, na interação com a população e no manuseamento de objetos, para reduzir o risco de contágio”.

Nos edifícios onde estão os principais centros operacionais, os CTT vão avançar com a “medição diária da temperatura corporal, estando a tentar assegurar a expedição de luvas, máscaras de proteção e gel desinfetante e o reforço da frequência de limpeza de todos os locais de trabalho”.

Os Correios de Portugal sublinham que “serão ainda ajustados os horários dos turnos, evitando sobreposições e acomodando situações de ausência de colaboradores de risco, como medida cautelar de proteção”. Além disso, a empresa decidiu promover o trabalho à distância em todas os serviços em que tal é possível.

“Nos últimos dias começaram a ser aplicadas medidas de redução de contacto para os colaboradores cuja presença física na empresa é imprescindível, respeitando uma lógica de rotação mínima de referência de 14 dias de calendário para os serviços que tiverem de permanecer nas instalações”, adiantam.

“A empresa vai continuar a acompanhar diariamente as orientações da Direção-Geral da Saúde e a evolução dos factos, de modo a adaptar os procedimentos internos de minimização de eventuais contágios, sempre que se justifique”, concluem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadora da Portway no Porto infetada com o Covid-19

A Portway adianta que foi confirmado o terceiro caso de coronavírus. A trabalhadora em causa "já estava em casa em situação de isolamento antes de ter confirmado positivo", garante a empresa.

A Portway, empresa de assistência em terra nos aeroportos, informou esta segunda-feira que mais uma funcionária da companhia, que trabalhava no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, testou positivo para o novo coronavírus. A funcionária está em casa e a ser acompanhada pelas autoridades de saúde, informa a empresa em comunicado.

“A Portway informa que foi confirmado um caso positivo de Covid-19 numa trabalhadora que operava no Aeroporto Francisco Sá Carneiro“, adianta.

A empresa acrescenta que a trabalhadora em causa “já estava em casa em situação de isolamento antes de ter confirmado positivo“. Face ao exposto, a empresa acionou um plano de contingência, acrescentando que “a situação está a ser acompanhada em permanência”, e em colaboração com as autoridades de saúde.

Este é o terceiro caso confirmado de infeção por Covid-19 na Portway. Antes disso, dois candidatos à formação inicial na unidade do Porto tinham testado positivo, o que levou ao encerramento e desinfeção imediata do edifício, onde decorria a formação.

Este edifício, que fica separado do aeroporto Sá Carneiro, “vai manter-se fechado até novas indicações”, aponta a empresa. Além disso, todos os formandos e trabalhadores foram colocados em quarentena profilática. A Portway esclarece ainda que está a avaliar os impactos que a situação possa vir a ter na operação da companhia e remete mais esclarecimentos para “logo que possível”.

O número de mortes registadas no mundo devido ao novo coronavírus ultrapassou já as 6.000, além de quase 160.000 pessoas infetadas, de acordo com uma avaliação da AFP a partir de fontes oficiais. Em Portugal, há 245 casos confirmados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ação dos bancos centrais lança pânico nos mercados. Dólar, bolsas e petróleo afundam

Bancos centrais anunciaram uma ação concertada para manter a liquidez da moeda norte-americana, mas os investidores encaram a decisão com alarmismo.

Jerome Powell reforçou o arsenal para combater o impacto do coronavírus na economia, mas lançou o pânico entre os investidores. O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciou, este domingo, um pacote extraordinário de medidas que inclui um corte de juros, compra de dívida e uma ação concertada com outros bancos centrais (incluindo o Banco Central Europeu) para manter a liquidez do dólar. A reação está a ser expressiva, com o dólar, as bolsas globais, o petróleo e os juros das dívidas em queda.

“A Fed tomou quase todas as ações possíveis dentro do mandato legal que tem, um sinal de que a circunstância é extremamente séria”, alerta Wen-Wen Lindroth, analista sénior da Fidelity, lembrando que a última vez que a instituição atirou inesperadamente os juros para próximo de zero foi aquando da falência do Lehman Brothers. “Se compararmos com as medidas que a Fed usou durante a grande crise financeira, o único componente que falta é o programa de Commercial Paper Funding Facility (CPFF)“.

As medidas têm, segundo Powell, como objetivo estabilizar o sistema financeiro e apoiar os fluxos de liquidez que espera seja repassada para ajudar empresas e trabalhadores afetados pelo surto de coronavírus. No entanto, o impacto está a ser, esta segunda-feira negativo nos mercados financeiros.

Dados da Reuters indicam que o stress nos mercados monetários ainda não está nos níveis da crise financeira (quando os bancos se fecharam ao financiamento entre si), mas está a aumentar e a procura por dólar a aumentar. Após a decisão de seis bancos centrais de criarem uma rede de segurança para manter a liquidez da moeda norte-americana, esta deprecia-se quase 2% contra o iene japonês e 0,7% contra o euro.

Os mercados têm estado muito voláteis e a reação inicial ao anúncio da Fed foi negativa“, sublinha Wen-Wen Lindroth, apontando para o sentimento negativo generalizado. O petróleo afunda — o Brent de referência europeia tomba 8,5% para 30,96 dólares por barril e o crude WTI 5,6% para 29,94 dólares — e os futuros de Wall Street sinalizam quedas superiores a 5%.

Na Europa, as ações acompanham as perdas. O Stoxx 600 perde mais de 8% para o valor mais baixo desde 2012 e as bolsas de França e Espanha a liderarem as perdas após os dois países terem seguido Itália nas medidas de combate ao coronavírus. Em Portugal, o PSI-20 perde 6% para 3.605,42 pontos, com o BCP a afundar mais de 10% para 0,1008 euros (o valor mais baixo de sempre), a Galp Energia a perder mais de 5% para 8,098 euros e a EDP a recuar 7% para 3,311 euros.

As perdas nas ações devem-se à incerteza sobre o impacto económico do surto, que é exacerbado pela ideia de que as medidas de emergência poderão indicar que este será ainda maior que o esperado. O Credit Suisse espera novas revisões em baixa das perspetivas de crescimento económico global, mas considera que os estímulos monetários irão dar um “contributo significativo” para uma recuperação.

A questão agora é se os mercados irão conseguir ultrapassar a inversão e não aprofundar o pânico se o número de infeções e a taxa de mortalidade agravar“, diz Michael Strobaek, Global Chief Investment Officer do Credit Suisse. “Acredito que nas próximas três a cinco semanas será um grande desafio. A escala da pandemia poderá penalizar ainda mais a confiança dos investidores. Os meus colegas e eu não estamos plenamente convencidos que a tempestade nos mercados esteja a passar. De facto, ainda vemos distorções nos mercados pela simples razão que o pior da pandemia ainda está para chegar em parte da Europa e dos EUA”, acrescenta.

Esse pânico está a levar os investidores para ativos refúgio, como a dívida da Alemanha ou dos EUA. A yield das Bunds alemãs a dez anos recua para -0,546%, enquanto a das Treasuries com a mesma maturidade cai para 0,768%. Em sentido, o juro da dívida portuguesa a dez anos sobe para 0,94%, no valor mais elevado desde maio de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Supervisor europeu aperta regras de shortselling por três meses

Vai passar a ser obrigatório reporte às autoridades nacionais de posições líquidas curtas a partir de limiar de 0,1%. Não está excluída a hipótese de limitar de todo o shortselling.

A Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários (ESMA, na sigla em inglês) reforçou o controlo do shortselling devido ao momento de incerteza que se vive nos mercados. Vai passar a ser obrigatório reporte às autoridades nacionais de posições líquidas curtas a partir de limiar de 0,1%. A medida estará em vigor durante três meses, sendo que não está excluída a hipótese de limitar de todo o shortselling.

“A decisão da ESMA obriga a que pessoas individuais e coletivas que tenham posições curtas líquidas em relação a ações admitidas à negociação nos mercados regulados notifiquem as autoridades competentes dessas posições caso atinjam ou excedam os 0,1% do capital”, explica o supervisor em comunicado.

“As medidas impostas pela decisão da ESMA dizem respeito à necessidade das autoridades competentes e da ESMA de estarem atentas às posições curtas líquidas que os participantes do mercado abriram em relação às ações admitidas à negociação nos mercados regulados, dados os desenvolvimentos excecionais recentes nos mercados financeiros“, sublinha. Desde 20 de fevereiro, as bolsas europeias desvalorizaram 30% com a disseminação do coronavírus a gerar receios sobre a quebra na atividade económica.

Como em qualquer situação de crise, há investidores a apostarem na queda das ações e estão a aproveitar o momento para reforçarem o shortselling. Assim, a ESMA considera que as condições adversas constituem “uma ameaça séria ao funcionamento ordenado e para a integridade” dos mercados financeiros. “Há um claro risco que esta tendência negativa continue nos próximos dias ou semanas“, alerta o supervisor.

Países como Espanha e Itália tinham já anunciado medidas semelhantes para limitar o shortselling e o supervisor europeu aponta a necessidade de alinhamento entre as autoridades nacionais devido ao potencial efeito contágio. “A ESMA considera que, sem a implementação destas medidas neste momento, as autoridades nacionais competentes e a ESMA não terão capacidade de monitorizar adequadamente o atual ambiente de mercado, em que a substancial pressão vendedora e a invulgar volatilidade nos preços pode ser amplificada pelas posições curtas”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 12h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

França multa Apple em mil milhões. Violou regras da concorrência

  • ECO
  • 16 Março 2020

A Autoridade da Concorrência de França multou a Apple em mil milhões de euros. Considerou que a marca violou as regras da concorrência na sua rede de distribuição.

A Apple foi multada em mil milhões de euros pela Autoridade da Concorrência de França, na sequência de práticas anticoncorrenciais na sua rede de distribuição e de abuso da dependência económica dos seus revendedores. A notícia foi avançada pela Reuters.

“A Apple e dois dos seus parceiros grossistas acordaram em não competir uns com os outros e impedir que outros distribuidores competissem entre si, esterilizando o mercado grossista de produtos da marca”, referem as autoridades francesas num comunicado citado pela mesma agência.

Esses dois revendedores envolvidos no processo também foram multados pela mesma autoridade. A Tech Data foi alvo de uma multa de 63 milhões de euros e a Ingram Micro de 76 milhões de euros, por concordarem com os preços de forma ilegal, considerou o regulador da concorrência em França.

Esta não é a primeira vez que a gigante norte-americana é multada em território francês. Em 2008, num processo que também envolveu a rede de distribuição de produtos da marca, as autoridades exigiram que a Orange perdesse a exclusividade de vender iPhones naquele país. Já em fevereiro passado, a Apple foi multada em 25 milhões por tentar deteriorar o desempenho de iPhones que tivessem a bateria degradada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como ajudar o seu vizinho em tempos de coronavírus

O país está de quarentena e a sociedade civil não fica indiferente. Um pouco por todo o país começam a surgir projetos de voluntariado para ajudar a população isolada ou em maior risco de contágio.

Ir às compras, à farmácia ou dar ajuda no que for necessário aos vizinhos idoso, isolados, ou que fazem parte de um grupo de maior risco de contágio do novo coronavírus. Nos últimos dias, com a ajuda das redes sociais, a sociedade civil mobilizou-se para ajudar, de forma segura, quem mais precisa, um pouco por todo o país.

O projeto SOS Vizinho foi criado durante um fim de semana, remotamente, depois do desafio lançado por Henrique Paranhos, fundador da empresa portuguesa 100% remota WEBrand Agency, no seu LinkedIn. O objetivo desta plataforma é identificar os grupos de risco e os doentes em cada região e criar uma rede de voluntários a nível nacional. Só precisa de se inscrever na página oficial.

O projeto conta com mais de 50 especialistas de várias pontos do país, entre juristas, enfermeiros, profissionais das áreas de logística, jurídica e compliance, web developers, etc..

O movimento de voluntários Vizinho Amigo também surgiu na passada sexta-feira e já tem mais de 3.500 voluntários inscritos. O objetivo da plataforma é agregar voluntários e ser uma base de dados de voluntários em todo o país que possa servir entidades como juntas de freguesia.

 

Ao inscrever-se na plataforma, recebe um cartaz editável que pode colar no seu prédio.

Juntas de freguesia criam soluções, de norte a sul

A Junta de Freguesia de Campolide, em Lisboa, mobilizou-se para ajudar os 16.000 habitantes da freguesia — entre eles 8.000 com mais de 65 anos — e criou o movimento de assistência com voluntários para ajudar quem faz parte de grupos de maior risco de contágio. Além disso, prestam serviços aos animais de estimação, para quem não pode levá-los à rua em tempos em que o isolamento social é recomendado. Para se inscrever como voluntário, pode aceder à linha telefónica criada para o efeito através do 938 934 090.

Já tivemos pedidos e estamos a preparar esta linha telefónica, acima de tudo, para fases subsequentes que sejam mais duras e em que este serviço se torne ainda mais imprescindível

André Couto

Presidente da Junta de Freguesia de Campolide

“Já tivemos pedidos e estamos a preparar esta linha telefónica, acima de tudo, para fases subsequentes que sejam mais duras e em que este serviço se torne ainda mais imprescindível”, sublinha André Couto, presidente da Junta de Freguesia de Campolide.

A partir desta terça-feira, 17 de março, a Junta de Freguesia de Benfica também tem disponível um serviço de entrega de compras ao domicílio para doentes crónicos, utentes do atendimento social e pessoas com mais de 60 anos.

A Impac’tu, associação de jovens universitário do Porto, criou o Porta de Impacto, para garantir que os bens essenciais chegam à população em maior risco de contágio naquela região.

A Sul, em Portimão, a junta de freguesia criou o movimento “Nós Vamos Por Si”, para ajudar a população residente na freguesia com mais de 65 anos.

A partir da linha telefónica, pode inscrever-se como voluntário e ir à farmácia, ao supermercado ou ao mercado comprar os bens essenciais para os residentes que não podem sair de casa.

Esta segunda-feira, a deputada do PSD e candidata à liderança da JSD, Sofia Matos, lançou a plataforma “Ajudar é Contigo, que quer cumprir o mesmo propósito e abranger todo o continente e ilhas. Se precisa de ajuda, ou quer ser voluntário, deve preencher o formulário disponível na página oficial.

Em Portugal, há 245 casos confirmados do novo coronavírus, segundo os dados divulgados este domingo pelas autoridades de saúde.

Notícia atualizada às 14h40 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cinemas NOS encerram salas em todo o país

  • Lusa
  • 16 Março 2020

NOS Cinemas decidiu encerrar os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país. A medida entra em vigor hoje e "será aplicada pelo tempo que se justificar", explica a NOS.

A NOS Cinemas, líder do mercado português da exibição, o Cinema Ideal, em Lisboa, e o Cinema Nimas, da Medeia Filmes, também na capital, estão encerrados por “motivos de saúde e segurança“, em resposta à pandemia de Covid-19.

“Face à situação da pandemia Covid-19, a NOS Cinemas decidiu encerrar os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país”, lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira pela exibidora.

Os Cinemas NOS representam cerca de 40% do mercado português de exibição, de acordo com os números do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

“Apesar de já estarem em vigor medidas de prevenção que acautelavam a proteção de clientes e colaboradores como, por exemplo, a redução da capacidade das salas em 50% até um máximo de 150 pessoas por sala, a realização de sessões sem lugares marcados e o reforço da limpeza e higienização, a empresa decidiu que o cancelamento é a medida adequada numa fase em que é crítica a permanência em casa das pessoas e das famílias portuguesas“, prossegue o comunicado.

A medida entra em vigor esta segunda-feira, e “será aplicada pelo tempo que se justificar”, conclui a NOS Cinemas.

A exibidora Medeia Filmes anunciou igualmente o encerramento do Cinema Nimas, em Lisboa, desta segunda-feira a 15 de abril, e o Cinema Ideal, um dos primeiros a anunciar planos de contingência, na semana passada, manter-se-á encerrado até 02 de abril.

Na passada quinta-feira metade das 535 salas de cinema da rede de exibição comercial estava em funcionamento, com reforço de higienização e regras de distanciamento entre espetadores, como revelaram então à Lusa as maiores exibidoras portuguesas. Os Cinemas NOS representam cerca de 40% do mercado português de exibição.

O Cinema Trindade, no Porto, fechou as portas na semana passada, assim como o Cineclube de Viseu, que também cancelou todas as sessões até ao final de março, e o cineclube do Porto, que cancelou na altura “todas as atividades” para a Casa das Artes.

De acordo com os dados mais recentes do ICA, a rede portuguesa de exibição comercial de cinema integra 535 salas, com cerca de 99 mil lugares.

Segundo o ICA, a NOS Cinemas é a maior exibidora nacional, com 219 salas em todo o país, o que representa 40,9% do total de ecrãs. Seguem-se Cineplace (85 salas), NLC Cinema City (46 salas), UCI (45 salas) e Socorama (31 salas).

Na semana passada, as diferentes distribuidoras anunciaram planos de contingência, com restrições à venda de bilhetes e higienização das instalações, mantendo a avaliação da situação.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para quarta-feira para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência, enquanto o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que Portugal e Espanha vão, além de todas as outras medidas já adotadas, limitar a circulação na fronteira a mercadorias e trabalhadores transfronteiriços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o terceiro país europeu com menos empregos disponíveis

No último trimestre de 2019, a taxa de vagas de emprego manteve-se estável tanto na União Europeia, bem como na Zona Euro. Portugal foi o terceiro país com menos empregos disponíveis.

De outubro a dezembro, a taxa de vagas de emprego manteve-se estável tanto na União Europeia como na Zona Euro, face ao trimestre anterior, segundo os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Eurostat. Entre os Estados-membros europeus, Portugal foi o terceiro país com menos empregos disponíveis (0,9%), sendo ultrapassado apenas pela Grécia (0,5%) e pela Bulgária (0,8%).

“A taxa de vagas de emprego na Zona Euro fixou-se em 2,2% no quarto trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e abaixo dos 2,3% registados no quarto trimestre de 2018. Na União Europeia (UE), a taxa de vagas de emprego também ficou nos 2,2% no quarto trimestre de 2019, estável em comparação com o trimestre anterior e com o quarto trimestre de 2018″, lê-se na nota conhecida esta segunda-feira.

Entre outubro e dezembro, a taxa de vagas de emprego na Zona Euro foi de 1,9% na indústria e construção e de 2,5% nos serviços. Já na UE, a taxa em causa foi também de 1,9% na indústria e construção, mas ligeiramente abaixo nos serviços, situando-se nos 2,4,%, aponta o gabinete de estatísticas europeu.

No último trimestre de 2019, foi na República Checa (5,9%), na Bélgica (3,4%), na Alemanha (3,3%) e na Holanda (3,2%) que se registaram as taxas de vagas de emprego mais elevadas entre os Estados-membros europeus. Em sentido inverso, a Grécia (0,5%) e a Bulgária (0,8%) foram os países com menor percentagem de postos disponíveis.

Em terceiro lugar surge Portugal, assim como Irlanda e Espanha, onde a taxa de vagas de emprego ficou em 0,9%. Na comparação com o trimestre anterior, Portugal ficou 0,1 pontos percentuais abaixo do valor registado anteriormente e estável face ao mesmo período de 2018.

Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, a taxa de vagas de emprego no quarto trimestre de 2019 aumentou na Grécia, Espanha, Chipre, Letónia e Holanda, manteve-se estável em oito países e recuou em catorze. “As maiores subidas foram registadas na Letónia (+0,7 pontos percentuais), Chipre e Holanda (ambos com +0,3 pontos percentuais). Os maiores recuos foram registados em Malta (-0,4 pontos percentuais) e na Hungria e Eslováquia (ambas com -0,3 pontos percentuais)”, sublinha o Eurostat.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Nova videoconferência de líderes europeus na terça-feira

  • Lusa
  • 16 Março 2020

“Conter a propagação do vírus, fornecer suficiente equipamento médico, impulsionar a investigação e limitar as consequências económicas” são algumas das “chaves” na resposta da UE.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão voltar a reunir-se, por videoconferência, na terça-feira, para continuar a discutir a resposta ao surto de Covid-19, anunciou esta segunda-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“Decidi convocar uma videoconferência com os membros do Conselho Europeu para terça-feira 17 de março, para dar seguimento às nossas ações a nível do Conselho relativamente ao Covid-19”, escreveu Charles Michel na sua conta oficial na rede social Twitter.

O presidente do Conselho Europeu acrescenta que “conter a propagação do vírus, fornecer suficiente equipamento médico, impulsionar a investigação e limitar as consequências económicas” são algumas das “chaves” na resposta da UE a esta crise de saúde pública.

Esta segunda-feira realizam-se, igualmente por videoconferência, uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), alargada aos países que não têm a moeda única, centrada na resposta económica ao surto, que ameaça mergulhar a Europa na recessão, e também dos ministros do Interior e da Saúde dos 27, mais focada na gestão das fronteiras.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, detetado em dezembro passado na China, já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o epicentro da pandemia deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.

O número de infetados a nível mundial ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uber Eats entrega almoços “sem contacto” nem taxa de entrega

A Uber Eats deixou de cobrar taxa de entrega até ao fim do mês nas encomendas de refeições acima de cinco euros em dias úteis. Proporciona também uma experiência "sem contacto" para conter o vírus.

A Uber Eats vai deixar de cobrar a taxa de entrega nos almoços até 31 de março, anunciou a empresa aos clientes deste serviço de entrega de refeições ao domicílio. Este “bónus” acontece em plena pandemia do coronavírus e numa altura em que muitos portugueses trabalham a partir de casa para evitarem o contágio.

“Vamos eliminar a taxa de entrega em todos os pedidos superiores a cinco euros, durante o período do almoço (das 11h às 15h) nos dias da semana (segunda a sexta-feira), desde dia 16 até 31 de março”, informa a Uber Eats num email enviado aos utilizadores. Ou seja, na prática, os clientes pagarão apenas o valor da refeição que for estipulado pelo restaurante, sendo removida a taxa de entrega que costuma rondar os dois euros, aproximadamente.

No entanto, o desconto não é automático: antes de submeter a encomenda na aplicação, os clientes terão de aceder ao separador “Conta”, selecionar a opção “Promoções” e adicionar o código “ALMOCO”, seguido do dia e mês correspondentes. Ou seja, esta segunda-feira o cupão deverá ser “ALMOCO1603”, esta terça-feira será “ALMOCO1703” e por aí em diante.

“Ao remover a taxa de entrega, estamos a tornar a entrega de refeições ainda mais acessível. Acreditamos que temos um papel a cumprir e queremos apoiar todos os que estão a trabalhar em casa em Portugal. A entrega de refeições também pode ajudar num apoio melhor aos restaurantes face a uma possível queda de atividade nas próximas semanas”, disse ao ECO a diretora de comunicação da Uber em Portugal, Mariana Ascenção.

De forma a evitar o contacto social e a evitar a propagação do Covid-19, a Uber Eats disponibiliza uma experiência sem contacto. “Para isso apenas tem de deixar uma nota de entrega, pedindo para deixar o seu pedido à porta ou na entrada. Basta que no checkout verifique os detalhes da entrega e clique em ‘Adicionar nota de entrega’. Pode escrever, por exemplo: ‘Deixe o pedido à porta, por favor.’ Acompanhe o pedido para o poder recolher assim que for entregue”, explica ainda a Uber na nota enviada aos clientes.

Assim, a Uber deverá assumir a despesa de pagar o serviço aos estafetas, apesar de a nota enviada aos clientes não ser clara nesse aspeto. Além disso, esta medida surge numa altura em que o Governo tem pedido aos portugueses para que fiquem em casa, pelo que a própria oferta de refeições na aplicação é muito mais reduzida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.