Autotestes admitidos para acesso a grandes eventos

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

A DGS anunciou que o acesso a eventos de grande dimensão poderá ser feito mediante a apresentação de um teste negativo, ou a realização de um autoteste à entrada sob supervisão dos responsáveis.

O acesso a eventos de grande dimensão (desportivos, culturais ou corporativos) está dependente da apresentação de um teste negativo à covid-19, que, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), poderá ser um autoteste realizado à entrada.

Na semana passada, o primeiro-ministro anunciou, em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, que a partir desta segunda-feira passava a ser exigido teste negativo obrigatório para acesso a grandes eventos a quem não tem dose de reforço há mais de 14 dias.

Na orientação relativa a eventos de grande dimensão (desportivos, culturais, corporativos e outros), atualizada no domingo, a DGS define que o acesso a estes eventos está dependente da apresentação de teste ou autoteste, “realizado no momento, à porta do estabelecimento que se pretende frequentar, sob supervisão e verificação dos trabalhadores responsáveis pelo acesso a estes espaços”.

Há exceções: como se lê na orientação 014/2021, fica dispensado de apresentar um teste negativo para o acesso a grandes eventos quem apresentar certificado digital covid da União Europeia na modalidade de certificado de recuperação, quem demonstrar ter sido vacinado há pelo menos 14 dias com uma dose de reforço e quem tiver menos de 12 anos.

A orientação da DGS define como eventos de grande dimensão “aqueles que reúnam ou possam reunir a partir de cinco mil pessoas em local aberto ou de mil pessoas em local fechado”.

Neste tipo de eventos, “é fortemente recomendado a não ingestão de quaisquer alimentos ou bebidas no interior das salas”.

Na semana passada, o Governo anunciou também que, a partir desta segunda-feira, o acesso a espetáculos culturais e eventos com lugares marcados voltaria a estar dependente da apresentação de certificado digital ou teste negativo.

A orientação 028/2020 da DGS, referente aos eventos culturais, atualizada no domingo, estabelece que o acesso a eventos culturais depende da apresentação de certificado digital covid da União Europeia, comprovativo de vacinação “que ateste o esquema vacinal completo, há pelo menos 14 dias”, comprovativo da realização de teste com resultado negativo ou autoteste, “realizado no momento, à porta do estabelecimento que se pretende frequentar, sob supervisão e verificação dos trabalhadores responsáveis pelo acesso a estes espaços”.

Também aqui, “é fortemente recomendado a não ingestão de quaisquer alimentos ou bebidas no interior das salas sendo obrigatória a utilização de máscara facial”, o que significa que é permitida a venda de pipocas nas salas de cinema.

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Presidente do Parlamento Europeu hospitalizado há vários dias com “complicações graves”

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

David Sassoli está internado desde 26 de dezembro devido a uma "disfunção do sistema imunitário". Novo presidente da Eurocâmara deve ser escolhido na próxima semana.

O presidente do Parlamento Europeu encontra-se hospitalizado em Itália, dado sofrer de “complicações graves” devido a uma “disfunção do sistema imunitário”, tendo todas as suas atividades oficiais sido canceladas, informou esta segunda-feira o seu gabinete.

Em comunicado, o porta-voz de Sassoli precisou que o presidente do Parlamento Europeu está internado desde 26 de dezembro, indicando que “esta hospitalização foi necessária face a complicações graves devidas a uma disfunção do sistema imunitário”.

“Como resultado, todas as atividades oficiais do presidente do Parlamento Europeu foram canceladas“, concluiu o curto comunicado.

Sassoli, de 65 anos, contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do Parlamento, regressando no final do ano.

Na próxima semana, na primeira sessão plenária do ano, o Parlamento Europeu deverá precisamente eleger um(a) presidente da assembleia, algo que já estava previsto a meio da atual legislatura, e não relacionado com o estado de saúde de Sassoli.

A maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu (PEE), é a favorita para suceder ao dirigente socialista italiano, que assumiu o cargo no verão de 2019.

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TAP tem bilhetes a 59 euros ida e volta para a Madeira e Açores

  • ECO
  • 10 Janeiro 2022

Campanha é válida até 15 de janeiro, para viagens a realizar entre 15 de janeiro e 31 de março. São 10 mil lugares desde Lisboa/Porto para o Funchal, Ponta Delgada e Terceira.

A TAP acaba de lançar uma promoção para as ilhas portuguesas. A companhia aérea nacional anunciou esta segunda-feira que tem 10 mil lugares para a Madeira e para os Açores por 59 euros ida e volta. A promoção é válida até 15 de janeiro.

A companhia de bandeira lançou esta segunda-feira uma campanha promocional de dez mil lugares nas rotas da Madeira e dos Açores por apenas 59 euros, preço válido para viagens de ida e volta, com todas as taxas incluídas.

Esta campanha vigora até 15 de janeiro e é válida para viagens a realizar entre 15 de janeiro e 31 de março. Compreende os voos nas rotas entre Lisboa e Porto e o Funchal, Ponta Delgada e Terceira, refere a TAP, em comunicado. A partida pode ser no Continente ou numa das ilhas em questão.

Ao reservar uma destas viagens, a TAP oferece alterações de reserva gratuitas, transporte gratuito na cabine de um item pessoal e bagagem de mão e o cumprimento de todas as normas de higiene e segurança. A promoção não é válida para reservas com milhas do programa TAP Miles&Go.

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GreenVolt entra no mercado americano com nova aquisição

Empresa de energias renováveis liderada por Manso Neto soma e segue em aquisições. Desta vez, a GreenVolt adquiriu os recursos de uma empresa californiana que lhe abre a porta do mercado americano.

A GreenVolt GVOLT 0,00% anunciou esta segunda-feira a entrada no mercado americano, isto depois de a sua subsidiária V-Ridium Power Group ter concretizado a aquisição de recursos da Oak Creek Energy Systems (OCES), com sede na Califórnia e projetos de energia renovável nos EUA e México.

Em comunicado, a empresa de energias renováveis liderada por João Manso Neto adianta que a compra se materializa na criação da empresa V-Ridium Oak Creek Renewables (VOCR), que será liderada pela equipa de gestão da OCES e absorverá a restante equipa. Não são referidos valores da transação.

O negócio vai permitir à GreenVolt entrar no mercado de promoção e desenvolvimento de projetos de energia renovável no mercado dos EUA, “sozinha ou em parceria com outros operadores”. A empresa portuguesa salienta ainda que a recém-criada VOCR contará com uma “equipa muito experiente e com um vasto track record no desenvolvimento de projetos de energia naqueles mercados”.

O CEO da GreenVolt considera que se trata de “uma enorme oportunidade” a entrada no mercado norte-americano. O negócio, “além de permitir criar novas avenidas de crescimento para a empresa, é realizado através de uma equipa muito experiente no desenvolvimento de projetos bem-sucedidos de energias renováveis”, afirma Manso Neto no comunicado enviado às redações.

Este é o último negócio da GreenVolt, depois de ter realizado várias aquisições ao longo do ano passado, nomeadamente a britânica Tilbury Green Park, a polaca V-Ridium (no âmbito do IPO realizado no verão), a portuguesa Profit Energy e a espanhola Perfecta Energia.

Atualmente, a GreenVolt está presente em vários mercados e negócios de produção de energia renovável. Opera em Portugal com cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa residual florestal, com cerca de 98 MW de potência instalada, e uma central de produção de energia elétrica através de biomassa residual urbana de no Reino Unido, com cerca de 42 MW.

Através da sua subsidiária V-Ridium, a GreenVolt desenvolve projetos de energia eólica e solar fotovoltaica, contando um pipeline de cerca de 3,6 GW, dos quais cerca de 1,5 GW estão em fase avançada ou Ready to Build, estando presente na Polónia, Grécia, Itália, França, Roménia e Bulgária, entre outros.

Com a Profit Energy e a Perfecta Energia, a GreenVolt opera no setor da produção descentralizada na Península Ibérica.

A GreenVolt, que se estreou na bolsa portuguesa no verão passado, tendo entrado para o PSI-20 em setembro, registou lucros de 7,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, uma redução de quase 27% em termos homólogos.

A empresa é detida em 58,72% pela Altri, que tem planos para autonomizar a sua participação e entregá-la diretamente aos seus acionistas. A V-Ridium Europe é o segundo maior acionista, com 9,23% das ações.

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Mais 20.212 casos e 20 mortes por Covid-19. Internamentos disparam

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Janeiro 2022

Os números da pandemia referentes às últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela DGS, revelam mais 20.212 casos e 20 mortes por Covid-19. O total de recuperados sobe para 1.361.273.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 20.212 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.660.058. O boletim desta segunda-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 20 pessoas com a doença, num total de 19.133 óbitos. Os internamentos voltaram a aumentar.

Já a incidência média no território nacional subiu para 3204,4 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,24.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas o número de pessoas hospitalizadas com a doença disparou. Atualmente, 1.588 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 139 nas últimas 24 horas), dos quais 161 em unidades de cuidados intensivos (mais 11).

O boletim dá conta de um total de 1.361.273 recuperados, mais 14.501 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 279.652 casos ativos em Portugal, mais 5.691 face a domingo.

Há ainda 227.973 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 3.300 em relação ao balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 10 de janeiro de 2022:

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registou a maioria dos novos casos das últimas 24 horas – um total de 8.349 –, logo seguida da região Norte, que contabilizou mais 7.744 novas infeções por Covid-19. A zona Centro confirmou mais 1.614 casos, enquanto o Algarve somou 652 infeções e o Alentejo outras 452. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 216 e 1.185 novos casos.

Do total de 20 mortes, metade ocorreu em LVT. Na zona Centro, morreram mais cinco pessoas infetadas com Covid-19 e no Alentejo outras duas. As regiões do Norte e do Algarve e a Madeira somaram, cada uma, mais uma morte.

Incidência continua a subir, mas R(t) desce

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do R(t), que indica quantas pessoas cada infetado contagia em média, desceu para 1,24 quer a nível nacional, quer no continente, quando, no último balanço, estes valores eram de 1,32 a nível nacional e no continente.

Já a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a disparar, estando agora em 3.204,4 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 3.209,1 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização, estes valores eram 2.438,8 casos por 100 mil habitantes e 2.444,5 casos por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 15h17)

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Receios com a subida da inflação abalam Wall Street

Nova Iorque abriu a primeira sessão da semana com perdas, numa altura em que os investidores estão preocupados com uma possível subida da inflação.

Os principais índices de Wall Street abriram a primeira sessão da semana com perdas, numa altura em que os investidores estão receosos quanto a um possível aumento dos Estados Unidos. A abalar ainda os mercados estão as preocupações quanto a uma potencial retirada rápida dos estímulos por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a desvalorizar 0,78% para 4.631,50 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que recua 0,5% para 36.049,72 pontos. Pelo mesmo caminho segue o tecnológico Nasdaq ao perder 1,67% para 14.687 pontos.

Os mercados globais têm uma semana agitada pela frente, com os dados mais recentes da inflação norte-americana a serem um ponto-chave, diz a CNBC (conteúdo em inglês). Os preços ao consumidor subiram na Europa e nos Estados Unidos nos últimos meses e, na sexta-feira, a inflação na Zona Euro atingiu um novo recorde em dezembro. O índice de preços no consumidor nos Estados Unidos será conhecido quarta-feira.

Além disso, os investidores estão ainda à espera de mais comentários sobre o momento em que acontecerão os próximos aumentos das taxas de juros de Jerome Powell, já que o presidente da Fed deverá testemunhar esta terça-feira, na sua audiência de nomeação perante o Senado. A Fed sinalizou que poderia desacelerar a política monetária mais rapidamente do que alguns esperavam.

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Governo e CTT assinam “acordo de transição” que assegura serviço postal até novo contrato

Executivo queria já ter assinado contrato com CTT, mas o processo derrapou para janeiro. Acordo temporário acautela o serviço enquanto se espera publicação da nova lei postal.

O Governo e os CTT CTT 0,00% alcançaram um acordo para estender temporariamente, e a curto prazo, a concessão do serviço postal universal que deveria ter terminado a 31 de dezembro de 2021, disseram ao ECO duas fontes familiarizadas com o processo. A informação também foi confirmada por fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

A intenção de Pedro Nuno Santos era a de concluir as negociações com a empresa postal a tempo de o novo contrato, com novas condições, vigorar a partir do dia 1 de janeiro. Mas tal não aconteceu e, no início desta semana, o ajuste direto entre o Estado e os CTT ainda não estava assinado.

Não foi possível apurar os termos concretos em que este acordo terá sido celebrado, nem por quanto tempo. No entanto, fonte oficial do Ministério da tutela confirmou ao ECO, esta segunda-feira, que “a prestação do serviço postal universal está neste momento assegurada por via de um acordo de transição que vigora até que um novo contrato possa ser estabelecido”. Outra fonte referiu-se ao mesmo como sendo um “período de transição”, uma formalidade para “acautelar” que o serviço postal universal não acabava à meia-noite da passagem do ano.

O ECO sabe que, neste momento, está em falta a publicação no Diário da República do diploma que altera a lei postal, aprovado pelo Governo em 23 de dezembro, para dar execução ao disposto na Resolução do Conselho de Ministros nº 144/2021. “A conclusão do processo legislativo em curso relativamente à lei postal permitirá dar lugar a um novo contrato de concessão válido entre o Estado e os CTT relativamente à prestação do referido serviço [postal]”, confirmou também o Governo.

A alteração determina que os CTT têm de ter, pelo menos, uma estação de correio em cada concelho, obrigação que a empresa já cumpre desde o final do ano passado. Além disso, como noticiou o ECO, o diploma retira à Anacom, o regulador do setor, a competência de estipular os indicadores de qualidade que têm de ser cumpridos anualmente pela empresa, passando-a para a esfera do Governo. Assim, na próxima concessão, a Anacom faz uma proposta e o Executivo toma de decisão final. O gabinete de Pedro Nuno Santos justificou a decisão por entender que essa competência “devia ser sua”, sem detalhar.

A publicação da nova lei postal é essencial à assinatura do contrato, na medida em que a administração dos CTT tinha avisado que só aceitaria ficar com a concessão se, entre outras coisas, os critérios de qualidade fossem menos apertados. Após a decisão do Conselho de Ministros, João Bento, presidente executivo da empresa, disse aos investidores que as alterações eram uma “boa notícia”.

Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, o responsável avançou que, na futura concessão, o mecanismo de compensação pelo incumprimento dos critérios de qualidade fica assente em “novas obrigações de investimento, em vez de penalizações de preço”. Até aqui, se os CTT não cumprissem os critérios de qualidade, eram forçados a baixar os preços do correio, algo que aconteceu várias vezes até à pandemia. A empresa entende que os objetivos traçados pela Anacom são “impossíveis de cumprir”.

Com as alterações decididas pelo Governo, estão reunidas as condições para uma nova concessão financeiramente mais sustentável, confirmou o gestor em novembro. O ECO apurou que a expectativa do lado do Governo e dos CTT continua a ser a de que a assinatura do contrato esteja por dias.

O ECO também contactou os CTT, mas a empresa não quis comentar estas informações, remetendo declarações para mais tarde.

Dossiê difícil de selar

O futuro do serviço postal universal é um dossiê que está por fechar há vários anos. A concessão atual deveria ter terminado no final de 2020, mas a gestão da crise pandémica impediu o Governo de definir que rumo queria para o serviço público do correio. Em dezembro desse ano, o Executivo anunciou ter aprovado um decreto-lei a prolongar a concessão dos CTT até setembro de 2021. Quando o documento chegou a Diário da República, a extensão era ainda maior: 31 de dezembro de 2021.

No verão do ano que passou, os CTT expressaram publicamente a intenção de pedir compensações ao Estado, uma de 23 milhões de euros pelo impacto da pandemia no correio e outra, de 44 milhões, pelo prolongamento unilateral da concessão até ao final do ano. O processo foi remetido para discussão em sede de arbitragem.

Em setembro do ano que passou, o Público noticiou que o Governo queria o novo contrato de concessão em vigor a 1 de janeiro. O jornal referia que a intenção do Executivo era a de encontrar um novo prestador do serviço postal, eventualmente por concurso público internacional, e citava fonte oficial do Ministério da tutela a referir que o procedimento deveria “ficar concluído até ao final do ano”.

Em novembro, depois de ter aprovado em Conselho de Ministros a decisão de designar os CTT como “único prestador” do serviço postal “em todo o território nacional”, a Resolução caiu no Diário da República com estrondo: o Governo retirava à Anacom o poder de estipular os indicadores de qualidade do correio, poucas semanas depois de o primeiro-ministro António Costa ter criticado a administração do regulador no Parlamento, face à demora no leilão do 5G.

A referida Resolução determina também que, “a partir de 1 de janeiro de 2022, a prestação do serviço postal universal é assegurada através do mecanismo de designação do prestador de serviços postais (…), sendo assegurada através de um único operador em todo o território nacional”. O diploma indica ainda que “o contrato de concessão é celebrado ao abrigo de ajuste direto”, “convidando-se a apresentar proposta a CTT – Correios de Portugal, S. A.”, para vigorar por sete anos (até 2028).

Chegada a segunda semana de janeiro, continua por se conhecer o contrato de concessão a assinar com os CTT. Em 25 de dezembro, João Sousa, administrador executivo dos CTT com os pelouros do e-commerce, disse à TSF que “o processo está a seguir os trâmites normais e as novidades serão comunicadas pelos CTT e o Governo quando for altura”.

Enquanto isso, a esquerda continua a exigir o controlo público dos CTT, privatizados em 2014. Tal chegou a ser discutido entre Governo e PCP por ocasião das negociações do Orçamento do Estado para 2021, confirmou ao ECO, na altura, o então vice-presidente da bancada parlamentar do PS, João Paulo Correia. Mais de um ano depois, não se conhecem quaisquer avanços nesta matéria.

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Abreu Advogados assessora impactMarket em ronda de investimento e IDO

A equipa da Abreu Advogados envolvida nestas operações foi coordenada pelos sócios contratados Diogo Pereira Duarte e Hugo Teixeira.

A Abreu Advogados assessorou a impactMarket na IDO (Initial Decentralized Offering) de $PACT utility tokens na plataforma “Polkastarter” e na ronda de investimento semente (seed) com o valor de 1,15 milhões de euros, na qual esta empresa web 3.0 foi avaliada em 13,2 milhões de euros.

A impactMarket é um protocolo de combate à pobreza que possibilita a implementação de mecanismos de inclusão financeira, como o rendimento básico incondicional (RBI), em comunidades vulneráveis. Baseado na tecnologia Blockchain, este protocolo é gerido por uma rede descentralizada, aberta e transparente que apoia sociedades desfavorecidas através de donativos. “Através da associação entre o RBI e a tecnologia Blockchain, a impactMarket permite aos doadores uma monitorização do real impacto das suas doações e aos beneficiários o acesso a uma fonte de financiamento sem recurso a intermediários“, explicou a firma.

Até ao momento, a impactMarket já distribuiu um montante superior a um milhão de euros junto de 135 comunidades em todo o mundo, com doações de cerca de 600 financiadores, contribuindo para retirar da pobreza extrema cerca de 23 mil pessoas de 25 diferentes países.

A equipa da Abreu Advogados envolvida nestas operações foi coordenada por Diogo Pereira Duarte, sócio contratado e coordenador da área de prática de FinTech, e Hugo Teixeira, sócio contratado da área de prática de M&A e coordenador do setor de Start-ups.

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Conversas sobre propriedade intelectual: a força das marcas para as empresas nacionais

  • ECO
  • 10 Janeiro 2022

Como é que as empresas portuguesas pensam, constroem e protegem as suas marcas? É este o mote para a 2ª sessão do ciclo "À Conversa sobre Propriedade Intelectual".

Depois de um primeiro debate sobre o papel da inovação na retoma da economia, a Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI) e a Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Intelectual (ACPI) dinamizam uma nova sessão no âmbito do ciclo “À Conversa sobre Propriedade Intelectual”, em parceria com o ECO, com objetivo de debater a temática da propriedade intelectual e as várias áreas do quotidiano a que se aplica.

Esta 2ª conversa tem como tema “A força das marcas para as empresas nacionais”, a qual pode assistir aqui

As empresas portuguesas preocupam-se com as suas marcas? Têm políticas de proteção e promoção das suas marcas? Quando pensam nas suas marcas, têm horizontes de longo prazo e de internacionalização? Qual a força das marcas portuguesas? Como se constrói, consolida e afirma uma marca? Serão as marcas ativos intangíveis das empresas? Estas e outras questões são abordadas no debate, que conta com a participação de Carlos Coelho, da Ivity, Nuno Fernandes Thomaz, da Centromarca, António Trigueiros de Aragão, da AIPP, e Ana de Sampaio, da ACPI. A moderação é de André Veríssimo, redator principal do ECO.

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SRS Advogados assessora grupo JP Sá Couto

A equipa da SRS Advogados foi liderada por Nuno Miguel Prata, sócio do departamento de Corporate Finance, e contou ainda com a colaboração de outros departamentos.

A SRS Advogados assessorou o grupo JP Sá Couto na alienação do negócio da distribuição de computadores e outros equipamentos informáticos à empresa cotada suíça ALSO Holding AG.

“Trata-se de um asset deal, sendo ainda necessária a respetiva aprovação por parte da Autoridade da Concorrência, bem como a verificação de um conjunto de outras conditions precedent“, refere a firma.

Com esta alienação do negócio da distribuição, o Grupo JP Sá Couto mantém o negócio da educação. Devido à complexidade da operação, a equipa da SRS Advogados foi liderada por Nuno Miguel Prata, sócio do departamento de Corporate Finance, e contou ainda com a colaboração de outros departamentos.

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Cerca de 220 mil docentes e não docentes vão ser testados

O ministro da Educação não se compromete com regresso ao ensino online, mas assegura que o reforço da vacinação e testagem cria “mais condições para que resto do ano letivo seja presencial”.

O ministro da Educação revelou esta segunda-feira que a ronda de testagem nas escolas para marcar o arranque do 2.º período letivo vai abranger cerca de 220 mil docentes e não docentes e não se compromete com uma nova ronda de testes nas escolas.

“Juntamente com as direções das escolas também muitas vezes em colaboração com as autarquias pudemos, no início do ano, fazer um varrimento a toda a unidade educativa e a DGS em função dos tempos de vacinação disse-nos que era importante testarmos agora”, começou por explicar Tiago Brandão Rodrigues, numa visita a uma escola de Felgueiras, em declarações transmitidas pela RTP3. Assim, durante as próximas duas semanas, cerca de de 220 mil docentes e não docentes serão testados “um pouco por todo o país”.

Não obstante, o ministro da Educação não se compromete com uma nova ronda de testes nas escolas, referindo que, atualmente, há um programa de testagem que permite a realização de quatro testes gratuitos por utente por mês. “Nunca nos podemos esquecer que temos quatro testes gratuitos nas farmácias locais, um pouco por todo o país. E dessa articulação podem também os pais, as escolas e as autarquias fazerem parcerias com as farmácias, para aumentarem a testagem”, afirmou.

Questionado sobre um eventual regresso ao ensino online, o responsável afirma que “ninguém arrisca dizer o que quer que seja sobre o futuro”, mas sublinha que o reforço da testagem e da vacinação para docentes e não docentes, bem como a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos cria “mais condições para o que resto do ano letivo seja presencial”. “A escola presencial é aquela que conta”, sublinha Tiago Brandão Rodrigues.

Quanto ao protocolo que será seguido para as crianças vacinadas e não vacinadas, o ministro da Educação salienta que esta é uma decisão que cabe à Direção-Geral da Saúde (DGS), mas sublinha que o que ficou definido é que “agora quem irá para casa serão os casos positivos e os possíveis coabitantes”, independentemente do “nível de vacinação dos alunos ou dos adultos”. ” Todos os outros farão as testagens que as autoridades de saúde decidirem, mas isto muda completamente o paradigma”, conclui.

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Ómicron deixa sistemas de saúde europeus sob pressão

Apesar da menor severidade da doença provocada pela Ómicron, o aumento de casos e o número de profissionais em isolamento gera dificuldades nos sistemas de saúde europeus.

Com a rápida disseminação da nova variante do coronavírus, nomeadamente durante o período das festas, os sistemas de saúde europeus estão de novo sob pressão. E Portugal não é exceção apesar da menor gravidade da Ómicron. Apesar de ainda não ter sido atingido o pico de infeções, o Reino Unido, por exemplo, está a celebrar acordos com os privados.

 

A nova variante tem apresentado um risco menor de doença grave ou hospitalização, segundo mostram os estudos, mas mesmo assim continuam a existir mais doentes com Covid-19 e menos profissionais para os tratar, devido aos períodos de isolamento da doença. Face a este cenário, os sistemas de saúde em países como Espanha, Reino Unido e Itália estão a enfrentar dificuldades, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Em Espanha, a pressão sobre o sistema de saúde fez com que, no penúltimo dia de 2021, as autoridades da região nordeste de Aragão autorizassem a reincorporação de médicos e enfermeiros reformados (uma medida que também chegou a ser implementada em Portugal). “O aumento exponencial de casos significa que a atenção primária não pode realizar as tarefas de rastreamento de contactos e campanha de vacinação de forma adequada, nem as atividades normais”, disseram as autoridades em comunicado.

Já por Inglaterra, começaram a ser enviados militares para apoiar hospitais que enfrentam falta de pessoal e pressões extremas. Além disso, o serviço nacional de saúde britânico (NHS, na sigla em inlgês) fez um acordo de três meses com os privados que possibilita que os hospitais usem meios privados, para evitar atrasos no tratamento de pacientes com doenças como o cancro, segundo o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

O problema da falta de profissionais de saúde, por estarem infetados, é agravado em Itália devido às regras que ditam a suspensão de médicos, enfermeiras e pessoal administrativo que não está vacinado contra a Covid-19. Pelos Países Baixos, os hospitais estarão a ponderar mudar as regras de quarentena para que funcionários infetados que não têm sintomas possam ir trabalhar.

Em Portugal, as regras do isolamento já mudaram, também para fazer face aos constrangimentos que causava (nomeadamente tendo em conta a ida às urnas a 30 de janeiro) mas também perante a menor severidade da doença. Agora, o isolamento passa a ser obrigatório apenas para quem esteja positivo à Covid-19 ou no caso de coabitantes.

Quanto ao Serviço Nacional de Saúde, ainda não soaram os alertas em Portugal, mas já se anteveem sinais de pressão, segundo o último relatório da DGS e do INSA com a monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19. “A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados, com tendência crescente nas hospitalizações”, lê-se no documento, que acrescenta ainda que, “dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a menor gravidade da variante Ómicron, é provável um aumento de pressão sobre o todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço”.

De acordo com o mais recente boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS), há 1.449 internados com Covid-19 em Portugal, dos quais 150 em unidades de cuidados intensivos.

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