Altice Portugal lança programa de saídas voluntárias. Paga pelo menos 80% do salário

A dona da Meo lançou um programa para trabalhadores com mais de 50 anos, em que paga pelo menos 80% do salário mensal até à reforma. Promete que as saídas são voluntárias no chamado "Programa Pessoa".

Os cerca de 2.000 trabalhadores da Altice Portugal com 50 ou mais anos de idade vão poder candidatar-se a um programa de saídas voluntárias, através do qual a empresa se compromete a pagar até à reforma pelo menos 80% da remuneração mensal do trabalhador em questão.

A empresa diz que não tem objetivos definidos, pretendendo apenas abrir espaço para a contratação de outros profissionais mais jovens, que têm enviado o currículo para o departamento de recursos humanos da companhia.

O “Programa Pessoa”, apresentado esta quarta-feira aos funcionários e aos jornalistas, divide-se em duas vertentes:

  • Trabalhadores com idade entre 50 e 55 anos até 28 de fevereiro vão poder candidatar-se à suspensão de contrato de trabalho. Se a empresa aceitar, continuarão a receber a totalidade do vencimento base e 50% das remunerações variáveis até à reforma.
  • Trabalhadores que tenham mais de 55 anos de idade até ao final de fevereiro vão poder candidatar-se à pré-reforma, com a empresa a prometer pagar “80% do valor correspondente à prestação da suspensão do contrato de trabalho” até à reforma.

A empresa admite ainda, mediante candidatura voluntária, celebrar rescisões de contrato de trabalho, mas as condições terão de ser “analisadas caso a caso”. As candidaturas arrancam já esta quinta-feira e decorrerão até 4 de fevereiro, sendo que a Altice Portugal pode rejeitar uma candidatura se entender que a saída do candidato vai prejudicar as operações da dona da Meo.

Existem atualmente cerca de 2.000 trabalhadores elegíveis, num universo de 8.500 trabalhadores diretos da telecom portuguesa e 11.000 indiretos, sendo que estes últimos não são abrangidos por este programa.

Os trabalhadores diretos que se encontrem em “dispensa de assiduidade” — isto é, que são empregados da Meo mas que estão há meses sem funções –, e que a empresa estima serem cerca de uma centena, poderão concorrer ao “Programa Pessoa”.

“Não há qualquer mecanismo que se aproxime sequer da palavra despedimento”

O ano de 2017 foi conturbado para a Altice Portugal, altura em que a empresa acabou por assistir a protestos por parte dos milhares de trabalhadores. Não havia “paz social”. E foi por isso que, numa altura de acalmia na relação entre administração executiva e os funcionários, após a assinatura do novo acordo de trabalho por todos os sindicatos, a empresa geriu a apresentação do “Programa Pessoa” com máxima cautela.

A empresa começou por apresentar o programa em detalhe à comissão de trabalhadores e depois aos jornalistas, num evento que decorreu esta quarta-feira à tarde, na sede da empresa, em Lisboa, e que contou com a presença do presidente executivo da dona da Meo, Alexandre Fonseca. O arranque do programa foi oficializado pelas 17h00, num email enviado aos funcionários.

“Não há qualquer mecanismo que se aproxime sequer da palavra despedimento”, disse o gestor. “Não há listas. O que existe são condições de elegibilidade”, reforçou, garantindo que “a Altice Portugal continua a contar com todos os colaboradores que estejam empenhados, motivados e disponíveis para trabalhar”. “Se este programa tiver zero candidatos voluntários, serão zero candidatos voluntários”, atirou.

Enaltecendo aquilo que considerou serem “condições extraordinariamente vantajosas” para os trabalhadores elegíveis, acima até dos valores de referência “no mercado nacional e internacional”, Alexandre Fonseca disse que o “Programa Pessoa” visa dar resposta ao “novo fenómeno de atratividade” da Altice Portugal no mercado laboral. “Começámos a receber centenas de currículos espontâneos em diversas áreas”, afirmou o gestor.

Administração e comunicação de braço dado

No mesmo encontro com jornalistas em Lisboa, Alexandre Fonseca anunciou que o departamento de comunicação da Altice Portugal irá aproximar-se da administração da empresa. “Tomámos a decisão de juntar o meu gabinete, o do presidente e assuntos corporativos, com a direção de comunicação. A partir de 1 de fevereiro, as duas unidades serão uma só”, revelou.

A nova unidade vai ser chefiada por André Figueiredo, ex-secretário nacional do Partido Socialista e atual chefe de gabinete do líder da Meo. Na sequência desta decisão, Alexandre Fonseca prometeu “maior proximidade entre a administração da Altice Portugal e a comunicação social”.

Sindicatos tinham pedido este programa

No rescaldo da apresentação do programa, o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), um dos principais sindicatos da Altice Portugal, emitiu um comunicado onde enaltece esta medida.

“Finalmente o comité executivo apresentou um programa de saídas da vida ativa da empresa, há muito solicitado por muitos trabalhadores e várias vezes aconselhado pelos sindicatos”, indica o STPT, num comunicado divulgado esta quinta-feira.

Para o sindicato liderado por Jorge Félix, o “Programa Pessoa” evita “medidas agressivas de redução de efetivos” e vai permitir “o refrescamento dos recursos humanos ao serviço da empresa, abrindo a porta a novas admissões de jovens à procura do primeiro emprego”, conclui.

(Notícia atualizada a 17 de janeiro, às 12h07, com posição do STPT)

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Menu das boxes de TV da Meo passa a mostrar publicidade

Os menus interativos das boxes de televisão da operadora Meo passaram a incluir anúncios publicitários. E o Continente é a primeira marca portuguesa a experimentar esta nova solução.

Agora, os menus das boxes de televisão da Meo também mostram publicidade. Em causa está um novo formato de anúncio que está a ser testado desde dezembro pela Continente e que foi desenvolvido pela operadora, em parceria com o SAPO. A novidade foi comunicada esta sexta-feira pela marca da Sonae.

Numa altura em que o consumo de televisão é cada vez menos linear, em que os espetadores podem avançar e recuar na emissão e saltar a publicidade, a Altice tem tentado explorar novas formas de impactar o público com anúncios publicitários. Esta nova solução passa por mostrar banners de publicidade nos menus interativos das boxes de TV paga, nomeadamente na área de gravações.

Nesse sentido, o Continente tornou-se a primeira marca a explorar este novo conceito de anúncio, que “pretende ir de encontro às novas tendências de consumo de televisão, onde os acessos aos serviços on-demand [serviços não lineares, a pedido] ganham cada vez maior relevância, e em paralelo, representa uma aposta numa comunicação cada vez mais próxima dos clientes”, lê-se num comunicado da cadeia de retalho.

A primeira campanha nos menus interativos das boxes da Meo decorreu em dezembro: “O cliente, ao aceder à área de gravações da Meo, era impactado com um banner publicitário do Continente, e caso optasse por clicar no mesmo, era remetido para o vídeo da campanha”.

Exemplo de um anúncio do Continente no menu de uma box da Meo.Continente

“Esta é uma estratégia pioneira e impulsionadora de uma nova tendência relativamente à qual a Meo se orgulha de disponibilizar o acesso, abrindo o caminho para novos desenvolvimentos no setor”, afirmou o diretor de produtos e serviços comerciais da Meo, Tiago Silva Lopes, citado em comunicado. Já Filipa Martins, diretora-geral do SAPO, garante que foi um “desafio” criar esta nova solução.

Do lado do Continente, Tiago Simões, diretor de marketing da Sonae, disse que a marca “pretende explorar todas as tendências do mercado de consumo” no que toca a publicidade.

A Altice tem vindo a reiterar que quer desenvolver uma estratégia não só assente no setor das telecomunicações como também os conteúdos e a publicidade. Em Portugal, o SAPO já está a explorar as soluções desenvolvidas pela Teads, uma startup que aplica a inteligência virtual ao negócio da publicidade, e que foi adquirida pela dona da Meo em março de 2017, por 308 milhões de dólares.

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Anacom pede fim das cabines telefónicas públicas. Há menos três milhões de chamadas do que se pensava

A Anacom reforçou a recomendação de que não se justifica ter um serviço público de cabines telefónicas em Portugal. Isto porque há menos três milhões de chamadas por ano do que o que se pensava.

Em média, cada cabine telefónica do serviço universal é usada uma vez por dia, num total de 3,1 milhões de chamadas por ano, revelou esta quinta-feira a Anacom. O valor é metade do que era inicialmente reportado pela Meo, a prestadora do serviço, que estava a contabilizar para o total as “chamadas automáticas de rotina” geradas pelos próprios telefones, segundo o regulador.

“No total, os postos públicos [nome técnico dado às cabines telefónicas] registam, de acordo com os novos dados da Meo, um total de 3,1 milhões de chamadas, cerca de metade do valor reportado anteriormente, seis milhões de chamadas”, lê-se numa nota publicada no site da Anacom.

A informação surge numa altura em que o Governo está a analisar uma recomendação da Anacom para pôr fim ao serviço universal de cabines telefónicas, por “não se justificar” face à utilização “muitíssimo reduzida”. Anteriormente, a Meo garantia que eram feitas duas chamadas por dia por cada cabine telefónica, de acordo com uma nota do regulador.

“Do parque total de postos públicos que existem em Portugal, apenas 42% estão afetos ao serviço universal correspondendo a 8.222 postos, e destes em 5% não foi feita qualquer chamada”, indica a entidade presidida por João Cadete de Matos, que vai ainda mais além: assume que “o custo de financiar novas designações de prestadores para o serviço universal” é “desproporcional e injustificado” e que “não traz nenhum benefício relevante” aos consumidores e ao mercado.

A Anacom argumenta ainda que “a maioria dos países da União Europeia” já não designam prestador de serviço universal para as cabines telefónicas, e garante que não está a pôr em causa “que os postos públicos continuem a existir”, pois existem cabines telefónicas que são operadas pelas próprias operadoras, fora da rede do serviço universal.

Meo acusa Anacom de “insensibilidade social”

Na sequência do reforço da recomendação por parte da Anacom, a Altice Portugal reagiu esta sexta-feira, acusando o regulador de “insensibilidade social”. A dona da Meo voltou a opor-se ao regulador, considerando que o fim do serviço público de cabines telefónicas “apenas prejudicaria os portugueses”.

“A Anacom volta a minimizar aquela que é a real procura dos postos públicos, vulgo cabines telefónicas ou telefones públicos, que originam vários milhões de chamadas por ano, o que ainda corresponde a uma utilização significativa dos mesmos, incluindo chamadas de emergência (mais de 250 por dia). Telefonemas feitos pela população mais fragilizada, em situação de urgência e aflição, que muitas vezes não possui outros meios de comunicação”, lê-se numa nota remetida ao ECO pela operadora.

A Altice Portugal explica que as cabines estão instaladas “em diversos locais, da maior importância social”. “Reconhecendo a este serviço uma verdadeira dimensão de serviço social e de proximidade, já que está presente em todas as freguesias deste país, a Altice Portugal só pode, por isso mesmo, rejeitar frontalmente a afirmação do regulador”, aponta a empresa liderada por Alexandre Fonseca.

A empresa garante ainda que o custo médio de cada cabine telefónica é de 25 euros por mês, um valor que, garante a Altice Portugal, “é amplamente suportado pela Meo, já que a empresa, além das elevadas obrigações em termos de produção e manutenção do serviço dos postos públicos, contribui com mais de 43% para o fundo do serviço universal”, indica a mesma nota (o fundo é suportado pelas operadoras com contribuições em função da quota de mercado das diferentes operadoras).

(Notícia atualizada às 17h52 com reação da Altice Portugal)

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Altice dispara 15% após venda em França de 1,8 mil milhões

A Altice Europe vendeu 49,99% do seu negócio de fibra ótica em França por 1,8 mil milhões de euros, levando as ações a disparar 15% na quinta sessão de ganhos.

A Altice Europe, dona da Meo em Portugal, está a brilhar na bolsa holandesa esta sexta-feira, isto depois de o grupo multinacional ter anunciado a venda de 49,99% do seu negócio de fibra ótica a três fundos de investimento por 1,8 mil milhões de euros.

As ações da companhia de telecomunicações subiam mais de 15% esta manhã, estando há momentos a valorizar 9,19% para 2,02 euros. Trata-se da quinta sessão de ganhos seguida, período durante o qual a Altice Europe já acumula um ganho de 32%.

De acordo com a agência Reuters, a Altice Europe alienou aquela participação na SFR a um grupo de investidores que inclui a Allianz Capital Partners, a AXA Investment Managers e a Omers Infrastructure, numa operação que avalia a unidade de fibra ótica francesa em 3,6 mil milhões de euros.

“Com estas transações, a Altice France e a Altice Europe vão reduzir a sua dívida e vão ter acesso a nova e mais barata liquidez para investir na sua infraestrutura de fibra”, disse Patrick Drahi, fundador do grupo, num comunicado citado pela agência.

A Altice procura reconquistar a confiança dos mercados, depois de há um ano ter entrado no olho do furacão com os investidores bastante preocupados com a capacidade da companhia para pagar a sua dívida de 30 mil milhões de euros.

"Com estas transações, a Altice France e a Altice Europe vão reduzir a sua dívida e vão ter acesso a nova e mais barata liquidez para investir na sua infraestrutura de fibra.”

Patrick Drahi

Patrick Drahi

Este ano, a Altice já conseguiu arrecadar quatro mil milhões de euros com a venda dos seus negócios de torres de telecomunicações em França e Portugal, dinheiro que vai servir para reduzir o seu endividamento enquanto o mercado começa a dar sinais positivos em relação à estratégia que está a ser implementada pelo grupo.

Altice avança na bolsa de Amesterdão

(Notícia atualizada às 10h19)

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Contas da Meo estabilizam no trimestre. Receitas com queda marginal para 525 milhões

As receitas da Altice Portugal ainda caem, mas caem menos. A empresa fala em trimestre de "inflexão", depois de ver as receitas recuarem apenas 0,3% para 525 milhões de euros no terceiro trimestre.

As receitas da Altice Portugal no terceiro trimestre recuaram para 525 milhões de euros, uma queda de 0,3% em termos homólogos. No entanto, a empresa garante que este foi o trimestre da “inflexão”, um período no qual viu as receitas melhorarem em cadeia, com uma subida de 1,8% face ao segundo trimestre.

A estabilização das contas é explicada com o aumento da receita média por cada novo cliente e a estabilização deste indicador nos clientes já existentes. Com a expansão da rede de fibra, muitos dos atuais clientes deixaram o satélite e o cabo e optaram pela fibra ótica. Tendo em conta a maior oferta de serviços e velocidades mais rápidas de internet, os clientes tendem a gastar mais.

“A Altice Portugal continuou a beneficiar do acelerado investimento na expansão da cobertura de fibra ótica no país, tendo adicionado à sua base de clientes de 44 mil clientes em fibra, o que representa um crescimento de 25% face ao mesmo período de 2017. Do total de clientes em fibra, cerca de 53% são servidos por ofertas convergentes, traduzindo-se num aumento da base de clientes de maior valor”, reconhece a Altice Portugal num comunicado.

“Também no negócio móvel, a performance foi claramente positiva. No terceiro trimestre de 2018, as adições líquidas nos tarifários pós-pagos foram de 37 mil, não abrandando em comparação com o trimestre anterior, e 2,4 vezes mais que no trimestre homólogo de 2017”, refere a Altice Portugal. Já no negócio fixo, a “base de clientes únicos” voltou a crescer, com a empresa a registar uma adição líquida de 8.000 clientes. “Em igual trimestre do ano anterior, a Meo tinha registado uma perda de 11 mil clientes”, recorda a empresa.

Em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da Altice Portugal caiu 5,2% face ao trimestre homólogo, para 226 milhões de euros, tendo já em conta os novos critérios de IFRS, que entraram em vigor no início deste ano. O indicador melhorou 1,8% em cadeia.

No que toca ao investimento, a empresa registou um capex de 92 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, em linha com o trimestre homólogo. A maioria do investimento foi aplicado na expansão da rede de fibra ótica, com a empresa liderada por Alexandre Fonseca a dar conta de um investimento total de 303 milhões de euros até setembro deste ano.

Receitas do grupo recuam 6%. Dívida cai

Ao nível internacional, as receitas do grupo Altice recuaram 6,3%, para 3,44 mil milhões de euros. O EBITDA ajustado da empresa caiu 10,6%, para quase 1,3 mil milhões de euros. No entanto, a empresa garante que a maior captação de clientes em França e em Portugal vão “contribuir para um melhor desempenho financeiro em 2019”, indica a empresa liderada a nível internacional pelo francês Alain Weill.

Em relação à dívida da Altice Europe, a empresa reduziu o passivo de 31,85 mil milhões de euros para 29,99 mil milhões de euros em setembro. “A redução da dívida continua a ser a nossa principal prioridade”, afirmou Dennis Okhuijsen, ex-administrador financeiro da Altice Europe e atual senior advisor do grupo, numa conferência telefónica com analistas esta quarta-feira. A maior parte da dívida do grupo vence em 2026.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h05)

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Falhada a compra da TVI, “é uma questão de tempo” até Altice Portugal deter conteúdos

Mais de cinco meses depois de ter falhado a compra da Media Capital, Alexandre Fonseca não desiste de erguer o pilar dos conteúdos em Portugal: "É uma questão de tempo", afirmou esta segunda-feira.

O presidente executivo da Altice Portugal afirmou que “é uma questão de tempo” até a empresa conseguir implementar em Portugal um dos três pilares da estratégia internacional, que é o pilar dos conteúdos. As palavras de Alexandre Fonseca surgem mais de um ano depois de a empresa ter proposto comprar a dona da TVI, operação que mereceu o chumbo da Autoridade da Concorrência (AdC).

Numa intervenção num almoço protocolar da Câmara de Comércio Americana em Portugal, que decorreu em Lisboa esta segunda-feira, Alexandre Fonseca insistiu que foi a Altice quem decidiu encerrar o dossiê, depois de 11 meses à espera do parecer do regulador da concorrência. “Fomos nós que retirámos voluntariamente o bid [oferta] sobre a Media Capital, por incapacidade do regulador de se pronunciar. Podiam ter entrado 450 milhões de euros de capital estrangeiro em Portugal”, disse o líder da dona da Meo.

Apesar da decisão da Altice Portugal, na altura, a AdC já se preparava para chumbar a operação, como ficou revelado num parecer divulgado após a retirada da oferta por parte da empresa compradora em meados de junho, uma decisão que seria vinculativa. Agora, mais de cinco meses depois de o processo ter sido encerrado, Alexandre Fonseca ainda aponta o dedo ao regulador presidido por Margarida Matos Rosa, indicando que a entidade “inviabilizou um bom negócio para a economia, até do ponto de vista de alguns governantes”.

“[A AdC] inviabilizou a nossa estratégia de ter os três pilares em Portugal [telecomunicações, publicidade e conteúdos]. Mas é uma questão de tempo”, sublinhou ainda o presidente executivo da Altice Portugal. Declarações que mostram que a empresa não vai desistir tão cedo da estratégia internacional de deter operações nos setores das telecomunicações, da publicidade e também dos conteúdos.

Altice Portugal quer assinar contrato proposto pelo criador da web

A Altice Portugal quer assinar o contrato proposto no Web Summit por Tim Berners-Lee, criador do protocolo World Wide Web, que veio permitir aceder a páginas na internet e, mais tarde, viabilizar o surgimento de gigantes como a Google e o Facebook. E já fez contactos formais para esse efeito.

Tim Berners-Lee, muitas vezes apelidado de “pai da web“, disse este mês, em Lisboa, que vai lançar uma campanha para promover a integridade da web e garantir que todos os cidadãos têm acesso à rede. Os principais pontos do contrato podem ser consultados aqui.

Depois de ter anunciado também no Web Summit que quer fazer parte deste projeto, Alexandre Fonseca avançou ao ECO que a Altice Portugal já fez contactos para poder estar entre os primeiros signatários do contrato. “[A Altice Portugal] está disponível, desde já, para assinar esse contrato”, disse, acrescentando que a empresa já fez chegar “formalmente” essa vontade “a quem de direito”.

“A nossa estratégia alinha perfeitamente com o objetivo de Tim Berners-Lee. Estamos disponíveis para [assinar o contrato], quando se quiser criar esse contrato e assiná-lo. Certamente seremos signatários”, disse o gestor.

(Notícia atualizada às 16h11 com mais informações)

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Nos já não é líder de mercado no triple play. Foi ultrapassada pela Meo

A Meo e a Vodafone ganharam clientes no primeiro semestre do ano. Mas, nesse período, a Nos deixou de ser líder de mercado dos pacotes "triple play".

A Nos NOS 0,81% já não é líder de mercado nas ofertas convergentes em triple play (“3P”, ou seja, televisão, internet e telefone, por exemplo). A quota de subscritores da operadora ao nível dos pacotes de telecomunicações encolheu no primeiro semestre do ano, num período em que a Meo ganhou mais vantagem sobre a concorrente Nos e a quota da Vodafone cresceu ao mesmo ritmo da quota da Meo, revela um relatório publicado esta segunda-feira pela Anacom. Já a quota da Nowo também encolheu na primeira metade do ano, sem contar ainda com o efeito da exclusividade da Liga dos Campeões.

“Durante o primeiro semestre de 2018, a Meo ultrapassou a Nos no 3P”, lê-se no relatório semestral do regulador, que analisa as quotas de subscritores das operadoras que oferecem serviços em pacote — as chamadas ofertas convergentes. Concretamente, no que toca ao triple play, a quota de subscritores da Meo fixou-se em 34,5%, enquanto a da Nos se cifrou em 34%.

Analisando as ofertas de forma detalhada, a Meo consegue assim o feito de liderar o mercado das ofertas convergentes em todas as modalidades. “No primeiro semestre de 2018, o nível de concentração aumentou. (…) De acordo com a informação disponível, e atendendo à quota de subscritores, a Meo liderava em todos os tipos de oferta”, sublinha a Anacom no mesmo relatório. Foi, neste período, “o prestador que captou mais subscritores em termos líquidos”, conseguindo 111 mil novos clientes.

Quotas de subscritores de serviços em pacote, por modalidade

Fonte: AnacomFonte: Anacom

Meo e Vodafone “roubam” mercado à Nos

No geral, tendo em conta todas as modalidades (do “2P” ao “5P”), a Meo e a Vodafone “roubaram” quota de mercado à Nos durante o primeiro semestre. As duas operadoras melhoraram as respetivas quotas de subscritores de serviços prestados em pacote, enquanto a quota da Nos encolheu no mesmo período, quando comparada com o período homólogo.

Neste período, a Meo distanciou-se da concorrente Nos e viu a quota de mercado melhorar 0,9 pontos percentuais em termos homólogos, tendo fechado o mês de junho com uma quota de subscritores de ofertas em pacote de 40,5%. Em contrapartida, a quota de mercado da Nos encolheu 1,4 pontos percentuais face ao mesmo semestre de 2017, para 37,7%.

A quota de mercado da Vodafone também cresceu ao mesmo ritmo da quota da Meo: os clientes de ofertas em pacote da operadora liderada por Miguel Almeida aumentaram 0,9 pontos percentuais em termos homólogos, com a empresa a registar uma quota de mercado de 17,3%.

Já o grupo Apax, que detém a operadora Nowo, também perdeu clientes na primeira metade de 2018: a quota recuou 0,5 pontos percentuais, para 4,5%. Apesar de a Nowo estar na ribalta por ter a exclusividade da ElevenSports — é a única plataforma de TV por subscrição a transmitir os jogos da Liga dos Campeões –, os resultados deste primeiro semestre ainda não incorporam os efeitos que esta exclusividade poderá ter tido na adição de clientes para o portefólio da empresa presidida por Miguel Venâncio.

Quotas de subscritores de serviços prestados em pacote

Fonte: Anacom

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Oni/Nowo paga mais de metade da dívida à Meo. Altice retira pedido de insolvência

A Oni, detida pelo grupo Nowo, aceitou pagar mais de metade da dívida à Altice Portugal e desenhou um plano para pagar o que ainda falta. Em troca, a dona da Meo retirou o pedido de insolvência.

A Oni já pagou mais de metade da dívida que tinha para com a Altice Portugal e desenhou um plano de pagamentos para regularizar o valor remanescente, apurou o ECO junto de fontes do mercado. Em troca, a dona da Meo vai retirar o pedido de insolvência que instaurou contra a companhia de telecomunicações detida pelo grupo Nowo, no âmbito de um acordo que foi assinado pelas duas empresas esta terça-feira.

A polémica foi noticiada pelo ECO a 20 de setembro. Nessa altura, a Oni/Nowo devia ao grupo Altice Portugal cerca de seis milhões de euros. Atualmente, ao que o ECO apurou, a dívida total já rondava os oito milhões de euros, sendo que agora metade foi pago.

Mediante este acordo, a Oni/Nowo comprometeu-se a pagar mais de metade do montante em dívida e a fazer um plano de pagamentos relativo ao valor remanescente. Simultaneamente, a Altice Portugal comprometeu-se a retirar o pedido de insolvência que tinha interposto contra a concorrente, que detém a exclusividade da transmissão dos canais da Eleven Sports em Portugal e, consequentemente, da Liga dos Campeões.

No entanto, o ECO sabe que este acordo não está relacionado com qualquer partilha de conteúdos nem sequer é um primeiro passo de entendimento nesse sentido. O compromisso assinado esta terça-feira diz apenas respeito à dívida que a Oni/Nowo tinha contraído junto da dona da Meo. Já a transmissão dos canais da Eleven Sports é outro dossiê, que ainda parece longe de estar fechado. A Nowo ainda está, por isso, a negociar com as várias operadoras.

A Nowo e a Oni, apesar de empresas distintas e com existência jurídica própria, são na verdade um grupo de telecomunicações com o mesmo presidente executivo, Miguel Venâncio. Em setembro, quando o ECO publicou a primeira notícia sobre o choque entre as duas telecoms, os capitais próprios da Oni eram negativos, na ordem dos 25 milhões de euros. E o pedido de insolvência ameaçava também a estabilidade da própria Nowo, que saltou para a ribalta no verão, quando anunciou o acordo exclusivo com a Eleven Sports.

Após a divulgação, a Oni emitiu a 21 de setembro um comunicado onde reforçava ter “uma situação líquida positiva” graças a “um aumento de capital efetuado no primeiro semestre de 2018”. “Em mais de 20 anos de atuação no mercado português e internacional, o grupo Nowo/Oni nunca se deparou com uma atuação semelhante, de cariz atentatório da sua credibilidade comercial, por parte de um outro operador do mercado ou parceiro de negócios”, sublinhava a mesma nota.

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Altice Portugal confirmou o acordo, mas não quis avançar mais detalhes. O ECO contactou fonte oficial da Nowo no sentido de obter um comentário, mas tal ainda não foi possível.

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Altice Portugal continua a contar com Cristiano Ronaldo como embaixador da empresa

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

As acusações de violação de que Cristiano Ronaldo está a ser alvo não assustam a Altice. Alexandre Fonseca enalteceu o trabalho do jogador e disse que Ronaldo continuará a ser embaixador da empresa.

O presidente executivo da Altice Portugal disse esta sexta-feira à Lusa que a operadora “continua a contar” com Cristiano Ronaldo como seu “embaixador para reforçar a ligação dos portugueses à Meo/Altice”, salientando que o jogador simboliza “atitude” e “caráter”.

Questionado pela Lusa se a Altice Portugal vai manter Cristiano Ronaldo como rosto da Altice nas campanhas publicitárias e o apoio ao jogador, Alexandre Fonseca afirmou: “A Meo é uma marca portuguesa e é a marca líder no seu segmento e continua a contar com o Cristiano como seu embaixador para reforçar a ligação dos portugueses à Meo/Altice”. “Na Altice sabemos que o Cristiano é um grande profissional, uma marca de qualidade e de excelência”, acrescentou ainda o presidente da empresa dona da Meo.

O presidente da Altice Portugal sublinhou que, “em comum com Cristiano Ronaldo, a Altice Portugal tem o orgulho em Portugal e nos portugueses, apostando no país como um todo”. “Temos memória e não esquecemos que Cristiano Ronaldo é um símbolo para lá do futebol, transversal nas diferentes gerações. Cristiano Ronaldo é um símbolo nacional com reconhecimento Mundial” e é “uma figura indiscutível e incontornável do desporto mundial”.

Para Alexandre Fonseca, o futebolista da Juventus “não simboliza apenas golos, antes simboliza atitude, caráter, discernimento e muita solidariedade e humanismo”. É um jogador “disciplinado e foi demonstrando ao longo da sua carreira um fair play e uma postura em campo exemplares que muito o dignificou, mas não só a ele, também as equipas que representou, aos treinadores, à massa associativa e à própria modalidade desportiva”, concluiu o gestor.

Kathryn Mayorga, agora professora, com 34 anos, apresentou queixa contra o avançado internacional português num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, alegando que, em 2009, foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A alegada vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal — no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro. O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso – a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks. Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325.000 euros (375.000 dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.

No início da semana, Cristiano Ronaldo disse estar “feliz”, mas não respondeu a questões sobre o caso da alegada violação, afirmando que os advogados “estão confiantes”. “Estou feliz. Fizemos um comunicado há duas semanas. Estou feliz, mas não vou mentir sobre a situação. Os meus advogados estão confiantes e eu também. O mais importante é eu desfrutar do futebol”, afirmou o jogador português, em conferência de imprensa de antevisão da visita ao Manchester United, seu antigo clube, em jogo da Liga dos Campeões.

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Altice Portugal negoceia com dois bancos para lançar serviços financeiros

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, disse à Reuters que a empresa está em negociações com dois bancos para lançar uma oferta de serviços financeiros de nova geração.

A Altice Portugal está a “discutir ativamente” com dois bancos nacionais para avançar com a oferta de serviços financeiros já em 2019, adiantou o presidente executivo Alexandre Fonseca, em entrevista à Reuters.

A Altice Portugal está a falar com duas instituições financeiras nacionais sobre a possibilidade de expandir a sua oferta para a área de serviços financeiros. É natural que no próximo ano talvez possamos assistir de facto ao continuar do alargamento do nosso portefólio de produtos e serviços também à área financeira”, afirmou o gestor.

Desde 2017 que é conhecida a intenção do grupo Altice de lançar o Altice Bank, um banco digital. Em julho deste ano, fonte oficial da Altice Portugal reforçou a ambição: “A entrada da Altice em Portugal no negócio financeiro continua a merecer a nossa atenção e temos projetos em curso nesse sentido”, disse. Nessa altura, já admitia recorrer aos “parceiros adequados” para lançar o Altice Bank.

Em entrevista à Reuters, Alexandre Fonseca assume o alargamento do portefólio do grupo no país. “Vamos continuar a trabalhar na lógica de melhorarmos os nossos serviços e sermos disruptivos, não apenas naquilo que oferecemos na área tradicional, mas também aparecermos em áreas que não seriam tão suspeitas”, disse.

O líder da empresa que detém a Meo revelou também que o grupo não está a trabalhar neste projeto com a banca tradicional. Ou seja, os contactos estão a ser mantidos “não com a banca de retalho tradicional, mas com os seus canais digitais de serviços de nova geração na área financeira, que em Portugal ainda estão pouco evoluídos e podem ser exponenciados com sinergias com uma entidade como uma telecom“.

Por isso, para Alexandre Fonseca, “estas parcerias ou sinergias com o setor financeiro terão de ser feitas com instituições financeiras com credibilidade, com espaço firmado, de preferência instituições nacionais, que são as que conhecem melhor o mercado”.

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Uma app para poupar combustível e internet por satélite. Conheça os vencedores do Altice International Innovation Award

Já se conhecem os vencedores do Altice International Innovation Award: uma aplicação de inteligência artificial para camionistas e um projeto de internet por satélite. Ambos são portugueses.

A Altice premiou dois projetos portugueses na segunda edição do Altice Internacional Innovation Award, uma iniciativa que visa distinguir projetos inovadores do universo da tecnologia. A aplicação Fuel Save venceu o prémio de 50 mil euros na categoria “Startup”, enquanto o projeto Towards 5G: Tb/s speed Telecom Payloads ganhou o prémio de 25 mil euros na categoria “Academia”. Existiam finalistas de outros países, mas ambos os vencedores são portugueses.

Além do prémio de 50 mil euros da categoria “Startup”, a Fuel Save terá a oportunidade de concretizar um piloto com o grupo Altice. Trata-se de uma aplicação para camionistas que recolhe dados em tempo real e recorre à inteligência artificial para melhorar a condução destes profissionais.

Num comunicado, a Altice garante que a solução pode permitir “poupar até 20% de combustível”. A Fuel Save foi fundada este ano e encontra-se a testar a tecnologia em duas dezenas de camiões de “diferentes empresas transportadoras”.

Na categoria “Academia”, o projeto Towards 5G: Tb/s speed Telecom Payloads, da investigadora de Aveiro Vanessa Duarte, recebe um prémio de 25 mil euros e foi também escolhido pela Agência Nacional de Inovação (ANI) para a atribuição da distinção Born from Knowledge Awards, que se traduz num segundo prémio no valor de 5.000 euros.

Na base do projeto está a ideia de que, com a evolução das telecomunicações, não vai ser possível fazer chegar internet a todo o globo através da rede de fibra ótica. Desta forma, a investigadora estudou uma tecnologia para satélites com vista a alcançar um débito total de 1 Tb/s (um terabyte por segundo).

A entrega dos prémios decorreu esta quinta-feira à noite, no Capitólio, em Lisboa. A distinção foi atribuída por um júri, do qual fizeram parte altos responsáveis da dona da Meo a nível nacional e internacional, mas também Simon Schaefer, presidente da Startup Portugal, e António Bob Santos, administrador da ANI.

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Altice International Innovation Award: já se sabe quem vai avaliar os nove finalistas

Foram escolhidos seis finalistas da categoria de Startups, e três da Academia, projetos de alunos de mestrado ou doutoramento. Alexandre Fonseca e António Bob Santos fazem parte do júri.

Já são conhecidos o júri e os finalistas para uma iniciativa da empresa de telecomunicações Altice que premeia inovação. O Altice International Innovation Award recebeu 82 candidaturas, e daí foram escolhidos os nove melhores trabalhos. Simon Schaefer, da Startup Portugal, e António Bob Santos são alguns dos profissionais do júri.

Dos nove finalistas escolhidos pelo júri, seis são da categoria “Startups” e três de “Academia”. Estes incluem projetos como uma app para a descoberta lúdica da cidade, uma solução de carregamento de veículos elétricos, ou a capacidade de broadcast de vídeo HD através também do smartphone. Estas ideias vão ser defendidas na reta final da iniciativa.

O vencedor da categoria “Startups” vai receber um prémio de 50 mil euros e a possibilidade de concretização de um piloto com o grupo Altice, com a duração mínima de seis meses. Já o prémio para o melhor projeto entre os finalistas de mestrado ou doutoramento, da categoria “Academia”, é de 25 mil euros. A ANI também vai atribuir, pelo segundo ano, a distinção Born from Knowledge Awards, no valor de cinco mil euros, a um dos finalistas portugueses, entre ambas as categorias. Os vencedores são conhecidos no dia 10 de outubro de 2018.

O Grande Júri é composto por Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal; Alcino Lavrador, Diretor da Altice Labs; António Bob Santos, Administrador da Agência Nacional de Inovação (ANI); Céline Abecassis-Moedas, Professora Associada e Diretora Académica do Centro de Inovação Tecnológica & Empreendedorismo da Universidade Católica Portuguesa; Pedro Oliveira, Diretor da Exame Informática; Simon Schaefer, Presidente da Startup Portugal; Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro; François Vauthier, CFO da Altice France; Mirna Eusebio, SVP Product Management & Marketing of Altice USA; e Xavier Darche, Senior VP Engineering of Altice.

Para Alexandre Fonseca, citado em comunicado, esta iniciativa é uma “evidência sólida da valorização da inovação como prioridade estratégica, não só para o desenvolvimento de um ecossistema de stakeholders fundamentais, mas também para o do próprio país, cujas economia e capacidade competitiva dependem diretamente do investimento em inovação tecnológica”.

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