EDP produz menos energia no trimestre

  • Lusa e ECO
  • 20 Abril 2017

Os menores recursos hídricos na península ibérica levaram à queda da produção total da EDP em 9%. A produção de eletricidade na Península Ibérica recuou 15%.

A produção total da EDP caiu 9% no primeiro trimestre do ano quando comparado com igual período do ano anterior, segundo os dados operacionais previsionais divulgados pela elétrica.

A EDP imputa este recuo da produção “em resultados de por menores recursos hídricos na Península Ibérica (em Portugal, volume hídricos ficaram 36% abaixo da média contra 45% acima da média no primeiro trimestre de 2016), e maior produção eólica resultante do aumento de capacidade”. A capacidade instalada da EDP aumentou 5% nos últimos 12 meses para 25,9 gigawatts.

Paralelamente, houve uma “maior produção eólica resultante da capacidade”, assinalou a EDP, revelando que a produção hídrica e eólica representou 63% da produção total no primeiro trimestre deste ano face a 76% em igual período do ano passado.

Ao nível da distribuição de eletricidade e gás na Península Ibérica, houve um aumento de 0,4% no primeiro trimestre de 2017, enquanto no gás distribuído houve uma subida homóloga de 14%, “reflexo de um aumento de 17% do gás distribuído em Espanha, fruto de um aumento dos volumes tanto nos clientes industriais, no norte de Espanha, como nos clientes residenciais em resultado das baixas temperaturas durante o primeiro trimestre do ano face a igual período de 2016”.

Na EDP Brasil, houve um crescimento de 0,2% da eletricidade distribuída resultante “da menor procura do setor industrial (-10%)”, que foi “mais que mitigado pelo aumento na procura em mercado livre (20%)”. A produção de eletricidade caiu 19% face ao período homólogo, devido à diminuição da produção hídrica e térmica.

Quanto à EDP Renováveis, a produção eólica cresceu 2% nos primeiros três meses do ano devido a um aumento na capacidade instalada, “mitigando os menores recursos eólicos face ao período homólogo”, sublinhou a EDP (que controla a maioria do capital da EDP Renováveis, sobre quem lançou recentemente uma oferta pública de aquisição [OPA] para ficar com a totalidade do capital).

A produção da eletricidade no mercado ibérico, por seu turno, caiu 15% quando comparada com os três primeiros meses do ano anterior “reflexo dos menores recursos hídricos”.

Já a comercialização de eletricidade e gás no mercado ibérico sofreu uma diminuição homóloga de 5% entre o primeiro trimestre deste ano e o de 2016, que é explicada em grande parte pela queda de 15% dos volumes em Espanha, especialmente no setor industrial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mexia: Renováveis são principal foco de crescimento da EDP

  • Lusa
  • 19 Abril 2017

O presidente executivo da EDP diz que a OPA recentemente lançada sobre a EDP Renováveis reforça a aposta no segmento das energias renováveis.

O presidente executivo da EDP, António Mexia, diz que as energias renováveis são o principal motor de crescimento da empresa e que a OPA recentemente lançada sobre a EDP Renováveis reforça a aposta nesse segmento.

“Essa operação vai acentuar o principal foco de crescimento da companhia”, afirmou aos jornalistas António Mexia, no final da assembleia geral anual de acionistas da EDP, na qual foram aprovados todos os pontos que constavam na ordem de trabalhos, entre os quais as contas de 2016, com mais de 99% dos votos do capital representado.

Mexia salientou por diversas vezes que, uma vez que está em curso a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, não pode fazer comentários sobre a operação além dos que já foram apresentados ao mercado.

“É uma fase de silêncio”, afirmou o gestor, depois de ter dito que neste momento a EDP aguarda a aprovação da operação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Questionado sobre se a OPA foi um tema discutido na reunião magna, Mexia revelou que o negócio foi abordado e que foram apresentadas “as condições que são conhecidas do mercado”.

Segundo o responsável, a EDP “entrou no momento certo” no negócio das renováveis, há cerca de uma década, e a intenção de passar a controlar a totalidade do capital da EDP Renováveis “mantém o perfil” da EDP.

Quanto às vendas anunciadas recentemente pela EDP no segmento do gás (Portgas e Naturgas, em Espanha), Mexia sublinhou que “o ‘timing’ faz todo o sentido”, explicando que são ativos que não eram considerados estratégicos para a atividade da EDP.

“Há escolhas a fazer. A reação do mercado mostra a qualidade destes movimentos e das operações. Podendo falar só da venda, os comparáveis dão mérito a estas operações”, assinalou.

Já Eduardo Catroga, chairman da EDP, destacou que o que está em causa é a venda de “ativos infraestruturais” e que “não há venda do negócio” do gás da companhia, que vai continuar com uma oferta ‘dual’ [no gás e na eletricidade] em Portugal e Espanha.

Catroga aproveitou para destacar a aprovação na reunião magna de todas as propostas por mais de 99% dos votos presentes (o quórum foi de 70%), considerando que tal indica “satisfação dos acionistas com os resultados da empresa”.

E salientou: “Há uma grande estabilidade relativamente aos grandes investidores. Temos 300 mil acionistas, mas temos também um núcleo duro que dá estabilidade acionista, dá estabilidade à gestão e dá estabilidade à estratégia da empresa”.

De acordo com Catroga, “há uma sintonia [entre os acionistas e a equipa de gestão] que é um ponto forte para a EDP”.

Sobre a continuidade dos atuais membros dos órgãos sociais da EDP, quer Mexia, quer Catroga, consideraram que é uma matéria da competência dos acionistas e que ainda é cedo para falar sobre a mesma.

“É uma questão prematura. Estamos focados em alcançar os objetivos estratégicos que constam do plano 2016-2020”, vincou Catroga.

“A minha tarefa é diária. Se os acionistas quiserem [que Mexia continue a liderar a empresa], querem. Se não quiserem, não querem”, lançou Mexia, depois de já ter admitido vontade de continuar no setor energético e na EDP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

S&P: Venda da Naturgas vai aumentar risco da EDP

A agência de notação afirma que a venda da operação em Espanha vai "enfraquecer" o perfil de risco da EDP. Sobre a OPA à EDP Renováveis, defende que vai simplificar a estrutura do grupo.

A venda da Naturgas, a operação que a EDP tinha em Espanha, vai “enfraquecer ligeiramente” o perfil de risco empresarial da energética portuguesa, nota a agência de notação Standard & Poor’s, depois de ter mantido o rating da empresa liderada por António Mexia. Ou seja, a venda aumenta o risco da EDP. Este desinvestimento vai, segundo a agência, diminuir a contribuição do EBTIDA nas operações reguladas na Península Ibérica.

“No seguimento do recente anúncio da EDP de que aceitou uma oferta para vender a rede de distribuição de gás em Espanha, a Naturgas, e a venda planeada da Portgas, assumimos que o perfil de risco empresarial da EDP vai enfraquecer ligeiramente, uma vez que a contribuição do EBITDA nas atividades reguladas na Península Ibérica vai diminuir em 2018 para perto de 21%, em comparação com 27% em 2016″, refere a S&P numa nota revelada pela Bloomberg.

"No seguimento do recente anúncio da EDP de que aceitou uma oferta para vender a rede de distribuição de gás em Espanha, a Naturgas, e a venda planeada da Portgas, assumimos que o perfil de risco empresarial da EDP vai enfraquecer ligeiramente, uma vez que a contribuição do EBITDA nas atividades reguladas na Península Ibérica vai diminuir em 2018 para perto de 21%, em comparação com 27% em 2016.”

Standard & Poor's

A EDP vendeu a Naturgas por 2.591 milhões de euros. Além de ajudar a reduzir a dívida, o montante arrecadado com esta venda vai servir para financiar a OPA à Renováveis, que poderá custar 1,3 mil milhões de euros à casa-mãe. Sobre a compra dos restantes 22,5% que a EDP ainda não detém na subsidiária, a S&P afirma que esta operação pode simplificar ainda mais a estrutura do grupo, caso seja bem-sucedida.

“Vamos continuar a monitorizar o desempenho operacional durante a primeira metade de 2017 e o custo total da compra da participação na EDP Renováveis”, refere a agência de notação, acrescentando que estes poderão ser os dois principais motivos de uma melhoria dos indicadores financeiros da EDP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa avança há seis sessões no maior ciclo de ganhos desde agosto

EDP e EDP Renováveis continuam a alimentar o apetite dos investidores na bolsa portuguesa, que alcança esta quinta-feira máximos desde junho do ano passado.

A bolsa de Lisboa continua o seu rally esta quinta-feira. Avança pela sexta sessão consecutiva, naquele que é o mais prolongado ciclo de ganhos na praça nacional desde agosto de 2016, num ambiente de apetite comprador que está a ser marcado pelos negócios da EDP.

O PSI-20, o principal índice português, avança 0,15% para 4.895,8 pontos, negociando em máximos de junho do ano passado, com 15 cotadas a negociar em terreno positivo no arranque da sessão. Notas de destaque: EDP e EDP Renováveis voltam aos ganhos depois de na segunda-feira a primeira ter lançado uma oferta para comprar as ações que ainda não detém na sua subsidiária de energias limpas.

O Haitong reviu esta quinta-feira a avaliação da EDP, em detrimento da EDP Renováveis, considerando que a oferta que a elétrica lançou é “oportunista” dado que permite tirar partido do recente mau desempenho da cotada liderada por Manso Neto. Além disso, com a possibilidade de sair da bolsa, a EDP Renováveis apresenta-se com maior risco de liquidez, tendo em conta que a EDP já detém 77,5% da subsidiária.

EDP é a preferida do Haitong

Ainda no setor energético, as ações da Galp estão também a dar um forte impulso em Lisboa. Avançam 1,52% para 14,03 euros. O outro peso pesado da bolsa portuguesa, a Jerónimo Martins soma 0,28% para 16,28 euros.

A travar maiores ganhos estão sobretudo Navigator, CTT e REN, embora as perdas não sejam superiores a 0,5%. No caso da gestora da rede elétrica nacional, apresenta contas depois do fecho da bolsa. O lucro deverá ter recuado 13%.

No plano internacional, a evolução dos principais índices europeus faz-se de forma menos definida. O índice de referência Stoxx 600 apresenta-se em alta de 0,04% para 378,67 pontos. E se o IBEX-35 de Madrid perde 0,04%, nas praças de Frankfurt, Paris e Milão os ganhos eram tímidos, entre 0,04% e 0,1%.

(Notícia atualizada às 8h21)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPA traz novo brilho a Lisboa

A empresa de energias verdes subiu com a OPA. Já a casa mãe beneficiou não só com a operação mas também com a venda da Naturgas por 2,5 mil milhões de euros.

A EDP fez mexer a bolsa lisboeta esta terça-feira. A OPA sobre a EDP Renováveis fez o PSI-20 atingir máximos de 10 meses. As ações das duas empresas subiram esta sessão, de tal forma que os títulos da EDP Renováveis ultrapassaram o preço oferecido pela EDP, 6,80 euros. Com esta operação em vista, a EDP acabou por iluminar o resto das cotadas do PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mexia: “É um bom negócio para os acionistas das duas empresas”

António Mexia, presidente da EDP, diz que OPA sobre a Renováveis surge num 'timing' adequado, representando um "bom negócio para os acionistas das duas empresas".

Os analistas têm opinião diferente, mas António Mexia considera que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da EDP sobre a EDP Renováveis “é um bom negócio para os acionistas das duas empresas” e surge num “timing adequado” para a elétrica nacional. Operação deverá ficar concluída até final do terceiro trimestre.

A EDP anunciou esta segunda-feira o lançamento de uma oferta para adquirir as ações que ainda não detém na sua subsidiária de energias limpas. Paga uma contrapartida de 6,80 euros por ação, o que representa um prémio de 10,5% face à média diária dos últimos seis meses. Ao mesmo tempo, anunciava a venda da espanhola Naturgas por 2.591 milhões de euros, que servirá para financiar a OPA e abater a dívida do grupo.

Mas se os analistas consideram que proposta da EDP é baixa, António Mexia está convencido de que se trata de um bom negócio para os acionistas da EDP Renováveis.

“Está alinhado com o mercado”, referiu esta terça-feira o presidente da EDP em conference call com os analistas. “Acreditamos que é um bom negócio para os acionistas das duas empresas. Faz sentido para os acionistas de ambas as empresas”, declarou Mexia, sem adiantar muitos pormenores sobre a proposta de aquisição da EDP Renováveis devido a questões regulatórias. Não avançou com cenários hipotéticos para os acionistas no caso de a EDP conseguir mais de 90% dos direitos de voto da EDP Renováveis.

Mexia considerou que o timing da operação é adequado, apesar de os analistas assumirem alguma surpresa com o momento adotado pela EDP para avançar sobre a sua subsidiária. O gestor português fala em “oportunidade interessante” para a recomposição do portefólio da empresa portuguesa. “No curto prazo, permite cristalizar o valor dos ativos. A médio prazo, reforça os objetivos do nosso plano estratégico. E melhora a posição da EDP no setor das utilities a longo prazo”, argumentou.

Sobre a venda da Naturgas, por um valor acima do que o mercado esperava, Mexia recebeu os “parabéns” dos analistas, a quem frisou tratar-se uma “boa venda”, incluindo do ponto de vista do momento da operação. Em relação à Portgas, cujas negociações estão já na fase final, haverá uma decisão final “muito em breve”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem são os melhores gestores portugueses?

Há gestores portugueses entre os melhores da Europa. Manso Neto (EDP Renováveis) e Carlos Tavares (Peugeot) foram distinguidos pelos analistas e investidores. E entre cotadas portuguesas?

Os prémios da Institutional Investor voltaram a premiar os gestores portugueses em 2017, colocando João Manso Neto (EDP Renováveis/Espanha) e Carlos Tavares (Peugeot/França) entre os melhores CEO de empresas europeias. Também Carlos Gomes da Silva (Galp) obteve a melhor classificação entre empresas com sede em Portugal.

Tanto Manso Neto como Tavares foram considerados pelos analistas, casas de investimento e investidores os terceiros melhores presidentes executivos nos setores das utilities e fabricantes automóveis, respetivamente.

No caso do CEO da EDP Renováveis, Manso Neto apenas foi ultrapassado por Jose Sanchez Galán (Iberdrola/Espanha) e Francesco Starare (Enel/Itália). Quanto ao líder da Peugeot Citröen, Tavares foi terceiro atrás de Jacques Aschenbroich (Valeo/França) e Dieter Zetsche (Daimler/Alemanha).

Já Carlos Gomes da Silva, CEO da petrolífera Galp, foi distinguido pelo mercado como o melhor presidente executivo de uma empresa com sede em Portugal. Gomes da Silva obteve uma melhor classificação do que António Mexia (EDP) e Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins), que ficaram em segundo e terceiro lugar no ranking da Institutional Investor.

A lista até ao oitavo lugar inclui ainda Miguel Almeida (NOS), Francisco Lacerda (CTT), Diogo da Silveira (Navigator), Rodrigo Costa (REN) e Gonçalo Moura Martins (Mota-Engil).

Entre outras distinções atribuídas a responsáveis portugueses, Nuno Alves, administrador financeiro da EDP, foi considerado o segundo melhor no respetivo setor entre os pares europeus, atrás do seu “homólogo” da Iberdrola, José Sáinz Armada. E Ricardo Mendes Ferreira, da Altri, destacou-se no segundo lugar entre os melhores responsáveis pelas relações com os investidores no setor de papel.

Os prémios de melhores gestores foram atribuídos com base num inquérito a cerca de 2.600 profissionais de investimento, entre analistas e gestores de ativos, e a cerca de 800 empresas de serviços financeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PERES dá poupança de 20 milhões à EDP

  • ECO
  • 20 Março 2017

A elétrica portuguesa aumentou os lucros em 2016, também por ter conseguido fazer uma poupança de 20 milhões que teria de pagar ao Fisco. Em causa está o programa criado pelo atual Governo.

A elétrica detida pelos chineses da China Three Gorges poupou 19,4 milhões de euros graças ao Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES). A empresa já tinha anunciado que o tinha feito, mas o valor da operação foi divulgado (acesso pago) esta segunda-feira pelo Diário de Notícias. Este programa permitiu à EDP poupar este valor em juros compensatórios e de mora por dívidas fiscais, dado que o Estado perdoou esse valor às empresas ou famílias que aderissem. A empresa apresentou uma subida de 5% dos lucros para 961 milhões de euros em 2016.

“Paguei mais este ano, significativamente mais, mais de 100 milhões de euros do que o normal em Portugal, ao abrigo de algumas medidas do Governo, nomeadamente o PERES, em que as empresas pagavam esses montantes à cabeça, podendo ser revertidos mais tarde, caso a via judicial assim decida”, tinha referido no início do mês o administrador financeiro do grupo, Nuno Alves. Isto significa ainda que a EDP não desistiu dos contenciosos que mantém com o Estado.

“Fomos ao PERES, porque achámos que não perdemos a capacidade de litigar esses dossiês. Se ganharmos, o Estado tem que nos ressarcir mais os juros corridos”, acrescentou Nuno Alves. Ou seja, o valor pago pode ainda ser devolvido caso a EDP vença em tribunal. A empresa aderiu ainda ao programa de reavaliação de ativos, outro mecanismo lançado pelo atual Governo. Os resultados da empresa permitiram que aumentasse o dividendo para 0,19 euros.

Segundo o mesmo relatório de contas relativo ao ano de 2016, o presidente da EDP recebeu uma remuneração fixa de 983 mil euros, acrescida de uma remuneração variável de 395,9 mil euros, relativa ao desempenho de 2015. Adicionalmente, António Mexia arrecadou um prémio de 656,2 mil euros relativo ao desempenho de 2013, perfazendo um total de mais de dois milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP: Mexia recebeu dois milhões em 2016

  • Lusa e ECO
  • 16 Março 2017

O presidente da EDP acumulou à sua remuneração fixa e ao prémio do desempenho de 2015 um outro prémio relacionado com a atividade da empresa em 2013.

O presidente executivo da EDP EDP 0,00% , António Mexia, recebeu, o ano passado, 2,03 milhões de euros brutos relativos à remuneração fixa e variável, de acordo com o relatório e contas divulgado hoje ao mercado.

Segundo o documento, o presidente da EDP recebeu uma remuneração fixa de 983 mil euros, acrescida de uma remuneração variável de 395,9 mil euros, relativa ao desempenho de 2015. Adicionalmente, foi-lhe atribuído um prémio de 656,2 mil euros relativo ao desempenho de 2013, perfazendo um total de mais de dois milhões.

O montante global bruto, pago pela EDP, aos membros do conselho de administração executivo em 2016 foi de 10,87 milhões de euros, sendo a remuneração variável anual relativa à avaliação de desempenho em 2015. Já o administrador financeiro (CFO) da EDP, Nuno Alves, auferiu em 2016 um total de 1,5 milhões de euros, entre remuneração fixa e a variável, relativa a 2015 e 2013.

O administrador Manso Neto, que preside à EDP Renováveis, recebeu por sua vez cerca de 1,5 milhões de euros.

Os acionistas da EDP reúnem-se em assembleia-geral em 19 de abril, pelas 15:00, para aprovação das contas relativas a 2016 bem como da proposta de distribuição de dividendos.

A EDP fechou 2016 com lucros atribuíveis aos acionistas de 961 milhões de euros, um acréscimo de 5% face aos 913 milhões de euros em 2015. Os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiram os 3.759 milhões de euros em 2016, uma redução de 4% em termos homólogos, que teria aumentado 6% excluindo os efeitos não recorrentes.

“2016 foi um bom ano para o grupo EDP”, afirmou António Mexia, em conferência de imprensa, em Lisboa, aquando da divulgação dos resultados, realçando o aumento dos proveitos regulados em Espanha, a produção hídrica acima da média e as melhorias de eficiência.

A EDP vai propor aos acionistas um dividendo de 19 cêntimos por ação relativo ao exercício de 2016, um acréscimo de 3% face à remuneração do ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP prepara emissão de dívida em dólares

Nuno Alves, administrador financeiro da EDP, adiantou esta quarta-feira que a elétrica pretende tirar partido do ambiente de juros baixos para obter financiamento de pelo menos 500 milhões de dólares.

A EDP EDP 0,00% está a preparar uma emissão de obrigações denominadas em dólares, revelou esta quarta-feira o administrador financeiro da elétrica nacional, Nuno Alves, em declarações à agência Bloomberg.

Em vista está uma operação de financiamento de pelo menos 500 milhões de dólares em títulos a sete ou dez anos e vai permitir à EDP financiar dívida anterior e alongar as maturidades das suas responsabilidades.

“Estamos a emitir dívida de longo prazo neste momento e, apesar de não precisarmos de dinheiro, estamos a refinanciar algumas das obrigações já existentes e estendendo as maturidades”, declarou o administrador. “Para ter dinheiro hoje em dia é um pesadelo porque os bancos não pagam nada”, disse ainda.

Esta operação surge num contexto em que as empresas estão a procurar fechar contratos de financiamento num ambiente de baixas taxas de juro, quando os bancos centrais quer na Europa quer nos EUA se preparam para retirar do terreno algumas medidas mais expansionistas que tem permitido às empresas financiarem-se a custos mais reduzidos. No caso da Reserva Federal norte-americana, por exemplo, deverá ser anunciado esta quarta-feira uma subida da taxa diretora, a primeira subida de três que o mercado espera que aconteça este ano.

Desde novembro, a EDP já arrecadou 600 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2023 e recomprou obrigações num montante 500 milhões de dólares que tinham maturidade em 2019, juntamente com 250 milhões de euros em títulos com taxa variável com maturidade em 2018.

Nuno Alves acrescentou que a EDP poderá mudar de ideias e emitir dívida em euro, “se for muito mais barato” emitir na moeda única. “Será o que for mais barato mas temos de estar preparados para testar o mercado em dólares”, frisou o responsável.

As ações da EDP avançam pelo terceiro dia, seguindo em alta de 0,11% para 2,83 euros.

EDP em alta

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador dá “luz verde” ao plano da EDP Distribuição mas propõe corte no investimento

  • Lusa
  • 13 Março 2017

O regulador propõe uma redução em cerca de 10% do plano de investimentos para não ter impacto nas tarifas.

O regulador da energia dá “luz verde” ao plano de investimento da EDP Distribuição para os próximos cinco anos, num montante de 511 milhões de euros, mas propõe uma redução em cerca de 10% para não ter impacto nas tarifas.

No parecer hoje divulgado, “a ERSE considera que o operador da rede nacional de distribuição de eletricidade deve reformular a proposta no sentido de reduzir o total do investimento proposto em cerca de 10% […] num montante da ordem dos de 50 milhões de euros (a custos primários)”.

Nesse sentido, a EDP Distribuição deverá adiar “em um ou dois anos a calendarização da entrada em exploração de um conjunto de projetos de investimento que não sejam urgentes”, propõe o regulador da energia como forma de conseguir que não tenha qualquer impacto nos preços finais pagos pelos consumidores na conta da eletricidade.

No parecer que agora será remetido ao Governo, a ERSE elenca os investimentos propostos que podem ser adiados, como o aumento da resiliência de linhas aéreas, cujo montante de investimento é de 7,5 milhões de euros, o acesso a novo serviços – com um montante previsto de 34 milhões de euros -, o programa de renovação e reabilitação de ativos de média e alta tensão – orçado em 83 milhões de euros – ou o vetor de investimento ‘outros’, com um investimento de 53 milhões de euros, deixando inalterados os programas de “investimento obrigatório”, “investimento corrente urgente” e “promoção ambiental”.

“Esta redução do investimento em, pelo menos, 50 milhões de euros do total proposto permitirá que a concretização dos projetos previstos na Proposta de Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Distribuição de Eletricidade (PDIRD-E 2016) não contribua para o agravamento das tarifas de acesso às redes em cenários mais conservadores de evolução da procura”, defende o regulador da energia.

Entre os 511 milhões de euros de investimento proposto, 280 milhões de euros correspondem a projetos e programas de investimento que já constavam do PDIRD-E 2014, que foi aprovado pelo Governo em 22 de abril de 2015, através da secretaria de Estado da Energia, que abrangia projetos para o período de 2015 a 2019.

A segurança do abastecimento representa um investimento de 104 milhões de euros, isto é, cerca de 20% do total do plano, o que corresponde a uma média anual de 21 milhões de euros, ligeiramente inferior aos 22 milhões de euros de investimento médio verificado no período 2014-2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Venda da Portgas deverá render mais de 500 milhões à EDP

António Mexia adiantou esta segunda-feira que a alienação da Portgas deverá ficar concluída até final de abril e deverá representar um encaixe superior a 500 milhões de euros para a EDP.

A venda da Portgas, empresa de produção e distribuição de gás, deve ficar concluída até final de abril e deverá representar um encaixe superior a 500 milhões de euros para a EDP EDP 0,00% , adiantou António Mexia, presidente da elétrica portuguesa, em entrevista à Bloomberg.

António Mexia revelou que o negócio deverá estar avaliado “acima dos 500 milhões de euros”, acrescentando que as negociações estão na fase final.

O responsável não quis adiantar quem surge na corrida pela Portgas. Ainda assim, de acordo com o Jornal Económico (acesso livre), a REN poderá ser um dos interessados na empresa que detém a concessão de distribuição de gás natural em 29 municípios do Norte de Portugal.

Mexia disse ainda que não foi tomada qualquer decisão quanto à possível venda da Naturgas. Segundo os jornais espanhóis, a companhia da gás natural espanhola estaria à venda pela EDP, num negócio avaliado em mais de 2.000 milhões de euros.

“Hoje, não temos qualquer decisão tomada. Estamos a acompanhar com muito interesse o que se está a passar no mercado espanhol. Estamos sempre abertos a oportunidades de remodelação dos ativos”, disse Mexia à Bloomberg.

As ações da EDP estão a valorizar 0,21% para 2,833 euros.

EDP com subida tímida

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.