Combustíveis vão subir. Gasóleo sobe mais

Depois da descida, uma nova subida dos preços dos combustíveis. A valorização do petróleo vai fazer com que os valores de venda da gasolina e do gasóleo fiquem mais caros na próxima semana.

Se aproveitou a descida dos preços dos combustíveis esta semana, ótimo. Se não, acelere. É que a partir da próxima semana os valores de venda da gasolina e do gasóleo vão ficar mais mais caros, fruto da recuperação das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O barril está novamente perto dos 50 dólares.

Perante a perspetiva de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros aliados estejam a preparar-se para reverem os planos para travarem o excesso de oferta no mercado, as cotações da matéria-prima estão a subir. O Brent, em Londres, está nos 49,29 dólares, uma subida que está a puxar pelas cotações da gasolina e do diesel.

A cotação média semanal de ambos os combustíveis, que é a utilizada pelas petrolíferas na atualização semanal dos preços de venda ao público, subiu. No caso da gasolina, e já em euros, o preço da tonelada métrica aumentou em 1,6%, tendo avançado 2,15% no caso do gasóleo. O resultado são aumentos nos preços para os automobilistas.

De acordo com os cálculos do ECO, com base nas cotações da Bloomberg, a gasolina tem margem para aumentar em meio cêntimo durante a próxima semana. Já o gasóleo deverá subir mais. Aquele que é o combustível mais utilizado no mercado nacional pode sofrer um agravamento de um cêntimo.

Estas subidas seguem-se às descidas registadas esta semana, período em que o diesel registou uma queda mais expressiva do que a gasolina. A atualização dos preços vai anular a redução recente, devendo levar o preço médio da gasolina simples de 95 octanas novamente para 1,42 euros. O diesel deverá voltar para os 1,195 euros.

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Pedrógão Grande: Há 25 milhões de euros para ajudar empresas e autarquias

  • ECO
  • 21 Julho 2017

O Governo vai canalizar 25 milhões de euros do Programa Operacional Centro para ajudar empresas e autarquias a reconstruir o que foi destruído pelo fogo de Pedrógão Grande.

São 25 milhões de euros. Esta é a verba proveniente do Programa Operacional Centro, do Portugal 2020, que será canalizada para Pedrógão Grande e outras regiões afetadas pelo grande incêndio que matou 64 pessoas em meados de junho. O objetivo é ajudar empresas e autarquias a voltar às condições que tinham antes do fogo. A informação foi avançada por Nelson Sousa, secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, à rádio TSF.

“Ao todo serão 25 milhões de euros que se destinam a apoiar projetos com uma taxa alta de incentivos, com 85% do apoio a fundo perdido, do qual 25% pode ser adiantado com a aprovação”, explicou Nelson Sousa. O objetivo deste apoio é, sobretudo, ajudar à reconstrução de instalações de empresas e de infraestruturas públicas municipais, bem como à recuperação de equipamentos que tenham sido danificados pelas chamas.

Segundo a rádio, as estimativas do Governo apontam para que os primeiros apoios, dados ao abrigo deste tipo de fundos comunitários, comecem a chegar dentro de duas a três semanas, numa altura em que já passou mais de um mês desde o fogo.

As entidades afetadas podem candidatar-se para “renovar ou reparar os equipamentos e instalações para repor as condições que tinham antes dos incêndios”, acrescentou o secretário de Estado, citado pela TSF. “Podem candidatar-se as empresas de todos os setores, com exclusão da Agricultura”, que terá um apoio específico, indicou Nelson Sousa.

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Todos querem a Abertis: agora é a ACS

A construtora espanhola confirmou que quer fazer uma oferta acima dos 16,50 euros por ação avançados pela Atlantia.

A ACS foi um dos acionistas de referência da Abertis até 2012 e quer voltar aos “velhos hábitos”. Confirmou ao regulador da bolsa espanhola que está interessada em lançar uma proposta superior à da Atlantia. É o terceiro grupo a manifestar interesse, embora a Aena tenha desistido da corrida.

A ACS precisa de fundos para superar a oferta da Atlantia, mas a intenção é essa mesmo, avança o Expansión. A proposta está a ser trabalhada há semanas, confirmou esta sexta-feira em comunicado à CNMV, o regulador da bolsa em Espanha. Esta aquisição daria origem a um novo gigante mundial de infraestruturas. A soma do valor de mercado de ambas ascende aos 27 mil milhões de euros.

A Atlantia foi a primeira empresa a apresentar uma proposta que valorizou a Abertis em 16,3 mil milhões, aos quais se soma a dívida de 15 mil milhões da empresa de infraestruturas espanhola. Contas feitas, a ACS precisa de desembolsar mais de 32 mil milhões para passar à frente da atual corrente na compra.

Já no início desta semana, outra empresa espanhola, a gestora de aeroportos Aena, tinha manifestado interesse. Contudo, assumiu desde logo que a operação era “ambiciosa” e já veio comunicar que não iria avançar com uma proposta concreta.

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Há nove radares sem funcionar, mas ninguém quer pagar

  • ECO
  • 21 Julho 2017

As penalizações previstas em contrato contam mais de um milhão de euros, mas o consórcio responsável pelos radares das estradas portuguesas não estão a pagar a conta.

O consórcio deveria ter 30 radares em funcionamento até ao início de 2017, mas em julho, só há nove que ainda estão a funcionar. O Ministério da Administração Interna assume a falha nos equipamentos mas diz que não pode responsabilizar o consórcio, apesar do estipulado no contrato indicar o contrário.

O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade deveria contar com 50 cabinas fixas pelas quais 30 radares deveriam rodar. Este sistema deveria estar operacional até ao final de janeiro de 2017, caso contrário, os primeiros 20 dias penalizariam o consórcio em 1.000 euros por dia, valor que ascenderia aos 2.000 mil euros se o incumprimento se mantivesse nos 60 dias seguintes. Ambos os prazos já passaram e só aqui, já se somam cerca de 1,26 milhões em penalizações. O concurso foi ganho pelo consórcio Eyssa-Tesis/Micotec por 3,2 milhões de euros.

Quando contactado pelo Público, o Ministério da Administração Interna (MAI) confirma que os radares estão em “fase de ligação à rede elétrica de baixa tensão” e acrescenta que “a execução de cada uma das 50 ligações de locais de controlo de velocidade à rede elétrica não está no âmbito do referido contrato”. Contudo, no contrato lê-se “A segunda outorgante [o consórcio] obriga-se a requisitar e a ativar junto do operador de rede todos os ramais de ligação entre a rede elétrica e os pontos de entrega de energia dos locais de controlo de velocidade”.

O consórcio remeteu as questões para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Esta esclareceu que em alguns casos a instalação está ainda a aguardar a autorização de municípios e outras entidades. Porém, mantém-se a observação de que existe motivo para penalizações e estas não estão a ser aplicadas.

Este sistema vem reforçar a rede de radares que já são utilizados pela PSP, pela GNR e pela ANSR. O objetivo é reduzir o nível de sinistralidades por excesso de velocidade num país em que esta é a infração mais comum ao Código da Estrada — em 2016 registaram-se mais de 238 mil infrações deste tipo.

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Nos sintoniza ganhos na bolsa de Lisboa

A bolsa nacional volta a valorizar. Destaca-se das praças europeias num dia em que as atenções estão viradas para a empresa liderada por Miguel Almeida.

A bolsa nacional arrancou a valorizar na última sessão da semana. O índice de referência português destaca-se das restantes praças europeias, beneficiando do bom desempenho dos títulos da Nos que está a reagir positivamente ao forte crescimento dos resultados.

O PSI-20 abriu a valorizar 0,17% para 5.323,55 pontos, seguindo a tendência da última sessão. Encaminha-se, assim, para a segunda semana consecutiva de ganhos, isto num dia calmo na Europa. Os mercados do Velho Continente registam desde perdas de 0,01% a ganhos de 0,02%.

Para esta subida da bolsa estão a contribuir várias cotadas, sendo de destacar o comportamento positivo dos títulos da empresa liderada por Miguel Almeida que avançam 1,09% para 5,48 euros. Os investidores estão a reagir ao crescimento de 41% dos lucros, para 71,8 milhões de euros, no primeiro semestre.

O segundo trimestre do ano foi positivo para a operadora de telecomunicações, que conseguiu abater as estimativas dos analistas fruto dos resultados satisfatórios fruto do “contributo positivo das empresas participadas”, nomeadamente da Zap em Angola.

Nota positiva também para a EDP, enquanto a EDP Renováveis recua 0,72% para 6,85 euros. A Galp Energia soma 0,18% para 13,71 euros num dia calmo no mercado petrolífero. Os preços da matéria-prima estão estáveis, com o Brent a transacionar perto dos 50 dólares por barril, nos 49,29 dólares.

O BCP segue a perder 0,24% para 25,04 cêntimos por ação, depois da subida de mais de 1% na sessão anterior. Uma descida ligeira num dia em que os juros da dívida nacional voltam a deslizar. A taxa das obrigações do Tesouro a dez anos está novamente abaixo da fasquia dos 3%, negociando assim no nível mais baixo em duas semanas.

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Cristas: “Vemos um Governo sem rumo, liderança e autoridade”

  • ECO
  • 21 Julho 2017

Assunção Cristas acusa António Costa de apenas "surfar a onda boa" que "vem de trás". E lembra que os "bons resultados" surgiram graças a um "modelo económico que o PS sempre rejeitou".

Assunção Cristas é líder do CDS-PP e candidata à Câmara Municipal de Lisboa.Paula Nunes/ECO

Assunção Cristas considera que Portugal tem “um Governo sem rumo, sem liderança e sem autoridade” e garante que o primeiro-ministro “não tem estatuto para ser primeiro-ministro quando as coisas são mais difíceis”. Em entrevista ao Jornal Económico (ligação indisponível), a líder do CDS-PP diz continuar convicta de que António Costa irá completar os quatro anos da legislatura.

“Sempre entendi que quem chega ao poder desta forma, tendo claramente sido rejeitado pelo povo como primeiro-ministro, tendo claramente perdido as eleições legislativas por seis pontos percentuais e, no entanto, consegue encontrar uma fórmula constitucionalmente conforme para poder governar, é alguém que não vai desistir de exercer o poder à primeira dificuldade”, disse Cristas.

A antiga ministra do Governo de Pedro Passos Coelho critica ainda a “ironia das políticas” de António Costa, que diz limitar-se “a surfar a onda boa que muitas vezes não tem nada a ver com ele, que vem de trás, que tem a ver com a iniciativa das empresas, com a resiliência e o esforço do setor privado que fez investimento e aposta nas exportações”.

Para Cristas, o país apresentou bons resultados económicos, sim, mas “curiosamente” recorrendo a “um modelo económico que o PS sempre rejeitou”. “Esta é a ironia das políticas. Os bons resultados têm a ver com um modelo que nunca foi defendido pelos socialistas, pelo contrário foi sempre rejeitado”, acrescentou a centrista.

A também candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa considera ainda que, não tendo demitido os ministros Azeredo Lopes e Constança Urbano de Sousa, respetivamente com as pastas da Defesa e da Administração Interna, o próprio primeiro-ministro será doravante diretamente responsável por novos problemas que eventualmente se verifiquem nessas áreas.

Cristas confirmou por fim que, para já, estará afastada a hipótese e o CDS-PP apresentar uma moção de censura ao Governo no Parlamento.

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Marcelo reúne conselhos de Estado e Defesa após Pedrógão e Tancos

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

O Presidente da República reúne esta sexta-feira o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa, após a tragédia de Pedrógão Grande e o furto de armamento em Tancos.

O chefe do Estado preside esta sexta-feira, no Palácio de Belém, em Lisboa, às reuniões do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa Nacional. Esta é a sexta reunião do órgão político de consulta presidencial convocada por Marcelo Rebelo de Sousa desde que tomou posse, em 2016, e acontece após um período político mais conturbado sobre as responsabilidades pelos incêndios na região Centro e pelo furto de material de guerra em Tancos.

As duas reuniões estavam previstas para junho, mas foram adiadas devido aos incêndios que atingiram o centro do país nessa altura. “São adiamentos, com as mesmas agendas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em 7 de julho, descrevendo o que vai ser discutido.

No caso do Conselho Superior de Defesa “são vários temas políticos e militares que estavam já na agenda anterior” e “é essencialmente a situação económica e financeira internacional e nacional, no Conselho de Estado”.

Marcelo reúne após período conturbado

Estas duas reuniões acontecem após um período político conturbado em que o CDS-PP pediu a demissão de dois ministros — da Administração Interna, na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande, e da Defesa Nacional, após o furto de armamento do paiol de Tancos, do Exército. Os democratas-cristãos chegaram até a pedir uma audiência ao Presidente da República para abordar o assunto.

No debate sobre o Estado da Nação, no parlamento, em 12 de julho, o primeiro-ministro, António Costa, recusou liminarmente a demissão de Constança Urbano de Sousa, com a pasta da Administração Interna, e de Azeredo Lopes, da Defesa.

Desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse, em 9 de março de 2016, realizaram-se já cinco reuniões do Conselho Superior de Defesa Nacional, a primeira logo no mês em que assumiu funções, no dia 24.

Em 2016 houve outras três reuniões, em 12 de julho, em 06 de outubro – a bordo do navio-escola “Sagres”, na Base Naval de Lisboa – e em 06 de dezembro, no Porto. Este ano, houve uma reunião, no dia 13 de março. O Presidente da República reuniu também já cinco vezes o Conselho de Estado: em 4 de abril, 11 de julho, 29 de setembro e 20 de dezembro de 2016 e em 31 de março deste ano.

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Costa: “Lesados Banif confiaram num sistema que os aldrabou”

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

O primeiro-ministro afirma que o Governo quer ver a situação resolvida mas não se pode substituir as instâncias próprias.

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje, no Funchal, que os lesados do Banif confiaram num sistema que os aldrabou e reafirmou que há vontade política do Governo em resolver a situação.

Há vontade política de responder a uma situação gravíssima, que é um conjunto de pessoas honestas que fizeram confiança num sistema que as aldrabou, como é evidente”, disse o primeiro-ministro. António Costa deslocou-se à Madeira na qualidade de secretário-geral do PS para participar na apresentação da coligação Confiança (PS, JPP, BE, PDR e Nós Cidadãos) à Câmara Municipal do Funchal, que decorreu no Largo do Município, onde se deparou com uma manifestação de lesados do Banif.

“Eu percebo obviamente a ansiedade das pessoas. A ansiedade dos lesados do Banif não é menor do que a ansiedade dos lesados do outro processo (BES). A situação está é ainda numa fase processual distinta“, afirmou, realçando que até ao momento não há nenhuma decisão da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nem qualquer recomendação da Assembleia da República sobre o caso.

O primeiro-ministro, que esteve a conversar com o presidente da Associação de Lesados do Banif, Jacinto Silva, disse que o Governo tentou mediar uma solução de entendimento entre as partes, que não foi possível. “Mas num regime onde há separação de poderes, o Governo não se pode substituir às instâncias próprias que têm competência para tomar estas decisões”, vincou Costa, realçando que o executivo está a “aguardar que haja estes passos”. A CMVM está a analisar mais de 800 queixas apresentadas pelos lesados do Banif, ao passo que na Assembleia da República foi apresentada uma petição pelos mesmos.

O Santander Totta adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu. Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados, em grande parte oriundos da Região Autónoma da Madeira, perderam 263 milhões de euros.

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Nova ajuda à Grécia? O FMI autorizou

  • Lusa e ECO
  • 21 Julho 2017

O FMI autorizou um novo empréstimo de 1,6 mil milhões de euros à Grécia, com a condição de todos os credores concederem um alívio de dívida.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) autorizou na quinta-feira o relançamento do plano de ajuda à Grécia, indicou a organização, em comunicado. Esta luz verde materializa-se através de um acordo de princípio de 1,6 mil milhões de euros, atribuídos à Grécia a título de crédito “de precaução”.

“Como dissemos muitas vezes, mesmo com a implementação completa do programa, a Grécia não vai ser capaz de restaurar a sustentabilidade da dívida e precisa de futuro alívio de dívida dos seus parceiros europeus,” constatou Christine Lagarde no comunicado. “Tem de ser acordada uma estratégia para a dívida ancorada em suposições mais realísticas. Espero que seja acordado entre a Grécia e os seus parceiros europeus um plano que restaure a sustentabilidade da dívida.”

Assim, o FMI não vai desembolsar o dinheiro imediatamente, impondo-se a contingência dos países da Zona Euro concederem à Grécia uma alívio da dívida. Os bancos gregos terão também de passar por uma avaliação de qualidade dos seus ativos e por testes de stress para assegurar que estão devidamente capitalizados antes de o plano ser concluído, estabeleceu Lagarde.

Os responsáveis do FMI estimam que, mesmo que as reformas prometidas sejam cumpridas, a dívida soberana vá atingir o patamar dos 150% do PIB do país até 2030, tornando-se “explosiva”. A solução estará na adoção de medidas como a extensão dos períodos de graça, o aumento da maturidade da dívida e o adiamento de pagamentos de juros. Para além disto, o FMI reservou 10 mil milhões de euros para um potencial apoio à banca, um valor que, segundo a instituição, “pode não ser suficiente”.

A decisão de relançar o plano de ajuda reflete o compromisso firmado em junho entre todos os ministros das Finanças da Zona Euro, que se afirmavam relutantes com a possibilidade de serem mais permissivos em relação à situação da Grécia. Em resposta a esta, Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, afirmou que a decisão “assegura um alinhamento total do pacote de medidas para a Grécia”.

O empréstimo do FMI corresponde a 55% da quota que a Grécia possui neste organismo internacional.

(Notícia atualizada às 12h10 com mais informações e as declarações de Christine Lagarde)

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Ronaldo compra Thing Pink do Porto e investe nas apps

Internacional português comprou participação maioritária na agência portuguesa Thing Pink, responsável pela tecnologia no museu CR7. E vai lançar um novo projeto na área digital: a 7egend.

Cristiano Ronaldo é o mais recente investidor em startups do ecossistema nacional. O internacional português acaba de investir na startup Thing Pink, com escritórios em Lisboa e no Porto, sabe o ECO. A empresa foi responsável pela instalação de toda a componente tecnológica e digital do novo museu CR7, inaugurado na Praça do Mar, no Funchal. O valor do investimento não é conhecido.

Em conjunto com aquele que é considerado o melhor jogador do mundo, a empresa prepara-se para lançar o projeto 7egend [deve ler-se Legend] — o sete é o número usado por Cristiano Ronaldo — cujo slogan é “Digital Transformers”.

Ao ECO, fonte próxima de Cristiano Ronaldo confirmou a criação da 7egend, “uma aposta do Cristiano Ronaldo num setor cada vez mais presente no quotidiano das pessoas, tendo escolhido parceiros que lhe dão as maiores garantias de qualidade e criatividade.” O CEO da empresa é Luís Parafita, CEO da Thing Pink desde 2007, segundo o perfil de LinkedIn do empreendedor.

As primeiras pistas sobre a nova aventura de Cristiano Ronaldo nos negócios tech foram dadas pelo próprio, sua página oficial do Facebook, a 7 de julho.

Parceiros com garantias

De acordo com o site da Thing Pink, parceira fundadora da 7egend, a empresa trabalha com “estrategas, designers, produtores, piratas e geeks orgulhosos”, focados sobretudo nas características dos utilizadores. Além deste tipo de soluções tecnológicas, a empresa desenvolve aplicações móveis em Android para empresas como a McDonald’s ou a Fnac.

Esta não é a primeira vez que Cristiano Ronaldo investe numa startup portuguesa. Em dezembro de 2012, o internacional português anunciou via Twitter e Facebook que tinha investido na startup Mobitto, empresa fundada em 2011 por Diogo Teles e José Simões. Além do investimento, o jogador de futebol aceitou ser embaixador da marca. Na altura, Diogo Teles, dizia: “A verdade é que foi mesmo assim. Pensámos em nomes e o de Cristiano Ronaldo surgiu naturalmente. Depois de tentarmos o contacto, apresentámos o projeto e o road map que queremos para a empresa”.

Além de ser o jogador mais bem pago do mundo, Cristiano Ronaldo tem investimentos e negócios em áreas como o têxtil e calçado, e parcerias com marcas que vão desde a relojoaria à alimentação e à hotelaria.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Lucro da Nos superou largamente as estimativas dos analistas e as ações deverão reagir. Investidores vão estar atentos ao euro depois das declarações de Draghi.

Resultados empresariais, Banco Central Europeu (BCE), ratings, moeda e petróleo. Muitos temas para acompanhar ao longo desta sexta-feira. A Nos, por exemplo, apresentou um lucro acima do esperado e as ações deverão reagir. No plano internacional, depois das declarações do presidente do BCE, o euro disparou e há quem aponte para uma valorização até aos 1,17 euros. Também há ratings em Espanha, Alemanha e Grécia. E, nos EUA, a contagem da Baker Hughes vai ajudar a avaliar as condições da oferta de petróleo do outro lado do Atlântico.

Lucro da Nos acelera. E as ações?

Início de temporada de resultados bastante positivo em Lisboa. Coube à Nos essa estreia. E com resultados que superaram as estimativas dos analistas. Os lucros da operadora situaram-se nos 40,4 milhões de euros, uma performance impulsionada pelo negócio em Angola e pela Sport TV. Como vão reagir as ações em bolsa?

Draghi puxa pelo euro. Vai até aos 1,17 dólares?

Para os analistas, Draghi voltou a deixar a porta aberta a um redimensionamento dos estímulos monetários, depois de ter adiado para depois do verão uma discussão em torno do programa de estímulos. Para o ABN Amro Bank, a moeda do bloco único pode continuar a valorizar para um nível superior a 1,17 dólares, o que representaria a fasquia mais elevada em dois anos e meio. Ontem o euro esteve a acelerar mais de 1%.

Chuva de ratings na Zona Euro

É sexta-feira, dia habitual de revisões de rating. Com especial enfoque na Zona Euro, onde a Fitch atualiza a notação da dívida de Espanha, a DBRS revê o rating da Alemanha e a Standard & Poor’s publica a sua análise acerca da dívida da Grécia.

Temporada de resultados continua em Wall Street

Em Wall Street, prossegue a temporada de resultados empresariais. Desta feita, é a vez da General Electric prestar contas ao mercado. Os analistas esperam lucros acima de 2,1 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano. Também a Honeywell International anuncia contas esta sexta-feira.

Contagem de Baker Hughes

A Baker Hughes atualiza a sua contagem de explorações petrolíferas iniciadas na última semana. É um indicador importante porque permite avaliar as condições da produção de petróleo nos EUA, um dos grandes responsáveis pelos resultados menos positivos do acordo da OPEP para retirar o excesso de barris no mercado internacional. Brent continua abaixo dos 50 dólares.

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Blackout ou nem tanto: O que acontece quando há greve na PT?

A PT está em greve. Mas um dia de protesto na dona da Meo não é como um dia de paralisação no metro de Lisboa. O que implicará, para os clientes, este protesto na operadora? Fomos descobrir.

Telemóveis sem rede. Televisões pintadas de negro. Os telefones não tocam, a internet não funciona e inúmeros serviços sofrem um blackout. Em Lisboa, os escritórios da PT/Meo estão vazios. É 21 de julho de 2017, dia de greve geral nesta operadora de telecomunicações. E o cenário é apocalíptico. Será realmente assim esta sexta-feira? Não. Claro que não.

É certo que uma greve desta natureza não acontecia há mais de uma década. Também ficou claro que os sindicatos anteveem uma “forte adesão” e que a empresa já ativou diversos planos de contingência para mitigar as consequências. Mas, para os clientes, esta greve significa muito pouco. Os efeitos deverão ser limitados, nada comparáveis com o verdadeiro caos que as próximas greves dos trabalhadores do metro deverão provocar em Lisboa.

“Uma empresa como a nossa está bastante automatizada felizmente”, diz Jorge Félix ao ECO. É o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT). Garante que, na dona da Meo, “a maior parte das coisas funcionam por si”. “Dada a automatização da rede, independentemente dos serviços mínimos, a maior parte das coisas em termos de telecomunicações vai funcionar”, prevê.

Onde esta greve poderá ter efeitos é, precisamente, onde a empresa funciona única e exclusivamente à base de pessoas: no atendimento ao cliente. Ainda não há robôs muito avançados para resolverem problemas de forma personalizada, à exceção daquela voz que nos diz os números a carregar quando ligamos para a operadora. Por isso, nesta vertente sim, a greve dos trabalhadores da PT poderá ter efeitos para quem é cliente.

É o próprio presidente do sindicato quem o reconhece. “A greve poderá ter [efeitos] na questão do atendimento ao cliente, por exemplo. Desde que não seja uma situação de emergência, poderá vir a não funcionar o atendimento. Poderá ter algumas situações menos correspondentes às necessidades. Mas uma greve numa empresa como a nossa, de um dia, não tem repercussões grandes para os clientes e para as pessoas em termos gerais”, assume Jorge Félix. O ECO questionou também a PT acerca deste assunto mas, oficialmente, a empresa preferiu não comentar.

Dada a automatização da rede, independentemente dos serviços mínimos, a maior parte das coisas em termos de telecomunicações vai funcionar.

Jorge Félix

Presidente do STPT

PT ativa planos de contingência

Em relação à greve, a reação da empresa surgiu na quinta-feira: “A PT ativou os devidos planos de contingência e de redundância que nos permitirão assegurar técnica e humanamente todos os serviços que prestamos aos nossos clientes”, disse fonte oficial à agência Lusa. A PT estará a fazer os possíveis por garantir serviços mínimos previstos por lei nesta paralisação.

“Em princípio os trabalhadores que estarão obrigados aos serviços mínimos serão aqueles que estão abrangidos pelo regime de prevenção, que trabalham 24 horas por dia por turnos. É isto que é obrigatório por lei relativamente aos serviços mínimos”, esclarece o presidente do sindicato da PT.

No entanto, a CGTP já veio acusar a dona da Meo de estar a recrutar pessoas para trabalhar em desacordo com o estipulado pela lei. Sobre isso, Jorge Félix acrescenta: “A empresa nem sequer tem de exigir ou deixar de exigir e perguntar quem faz greve. Ainda não havia despacho do Ministério do Trabalho e já a empresa andava localmente a falar com pessoas a perguntar se faziam greve e a convocá-las para virem trabalhar. O plano de contingência que eles falam só se for, naturalmente, uma obrigatoriedade fora da lei”, acusa.

A PT ativou os devidos planos de contingência e de redundância que nos permitirão assegurar técnica e humanamente todos os serviços que prestamos aos nossos clientes.

PT Portugal

Fonte oficial

Então, para que serve a greve?

As características tecnológicas de uma empresa como a PT evitam, assim, que uma greve de um só dia provoque uma disrupção significativa nos serviços prestados pela operadora. Mas nem esse era o principal objetivo desta paragem. Como explica Jorge Félix, “o objetivo é marcar posição”. “Essencialmente, queremos é que haja uma resposta imediata [as reivindicações dos trabalhadores], se possível. E marcar simbolicamente um dia de greve, nomeadamente quando há dez anos que, na PT, as relações laborais nunca levaram a fazer mais uma greve”, sublinha o sindicalista.

Os trabalhadores da PT queixam-se de assédio moral no trabalho e acusam a empresa de estar a fazer um despedimento coletivo, acusações que a administração já veio rejeitar. A PT tem vindo a transferir trabalhadores para outras empresas às quais está ligada e a aceitar rescisões por mútuo acordo para “tornara empresa mais ágil”, como disse o chairman Paulo Neves no dia da apresentação do negócio da compra da TVI.

Em suma: “A greve não é no sentido de prejudicar, de pôr em causa as próprias comunicações no nosso país, mas é principalmente chamar a atenção. É uma marcação de posição dos trabalhadores e das suas organizações perante o poder legislativo, governativo e também perante o descontentamento da administração”, resume Jorge Félix. E conclui: “Efeitos negativos para a sociedade, em princípio, não terá.”

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