Taxa de ocupação dos hotéis no Porto disparou em junho

  • Lusa
  • 29 Agosto 2017

A taxa de ocupação hoteleira no Grande Porto, bem como outros indicadores, subiram a dois dígitos. Região liderou no mês de junho, com ajuda do festival Primavera Sound.

O Grande Porto liderou a taxa de ocupação em hotéis nacionais em junho, mês em que se registou uma subida de dois dígitos em quase todos os indicadores, segundo dados da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP).

De acordo com o AHP Tourism Monitors, ferramenta de recolha de dados da hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP, em junho houve registo para o crescimento a dois dígitos nos preços em praticamente todos os destinos (à exceção do Estoril e Madeira no preço médio por quarto ocupado).

A taxa de ocupação por quarto subiu 2,2 pontos percentuais na comparação homóloga, com a AHP a destacar o crescimento de 5.6 pontos percentuais nas unidades de três estrelas, ao conseguirem uma taxa de 80%.

Por destinos, o Grande Porto liderou a taxa de ocupação, com 90%, seguindo-se Lisboa (88%) e a Madeira (87%), com os maiores crescimentos a terem lugar no Minho (13,4 pontos percentuais), Leiria/Fátima/Templários (12 pontos percentuais) e Açores (6,6 pontos percentuais). A taxa de ocupação neste primeiro semestre foi de 67%, numa subida de 3,5 pontos percentuais.

No mesmo período, o preço médio por quarto ocupado fixou-se nos 93 euros, ou seja mais 13% que em junho de 2016, sendo os destinos com mais acréscimos o Grande Porto (19%), Coimbra (18%) e o Oeste (17%). A nível do RevPar (receita por quarto disponível), a subida foi de 16%, para 76 euros, com destaque para Lisboa (97 euros), Algarve (88 euros) e Grande Porto (83 euros).

No período analisado, a receita média por turista teve um aumento superior a 7%, fixando-se nos 131 euros, com destaque novamente para o Grande Porto, que teve um crescimento de 19%, e para a Madeira com uma receita média de 299 euros.

A presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, assinalou a “grande surpresa do mês” que o Grande Porto representou em termos de maior taxa de ocupação, recordando a “influência” do festival de música Primavera Sound e de “outros eventos de atração internacional”.

As estatísticas divulgadas esta terça-feira mostraram que as dormidas de cidadãos nacionais corresponderam a 28% do total, enquanto os estrangeiros representaram 72%. Por nacionalidade, o mercado alemão representou 15%, o britânico 14% e os franceses e espanhol 6%, cada. Em junho, lazer, recreio e férias dominaram a motivação das dormidas nos hotéis nacionais, com 78%.

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Credit Suisse investe em solução para controlo de funcionários

  • ECO
  • 29 Agosto 2017

George Orwell não podia ter adivinhado melhor. O Credit Suisse investiu numa companhia focada em controlar a atividade dos funcionários de forma a impulsionar a produtividade nas empresas.

O fundo de investimento do Credit Suisse juntou mais uma empresa ao portefólio. Desta vez foi a Sapience, uma empresa de software que tem como principal função incrementar a produtividade das empresas através da monitorização dos funcionários, nomeadamente na forma como utilizam equipamentos como computadores, tablets ou smartphones, delineando padrões de trabalho.

O investimento será levado a cabo pelo fundo da Next Investors do Credit Suisse. Segundo avançou o Financial Times, as ferramentas da Sapience poderão vir a ser utilizadas por terceiros que trabalham para o banco suíço, e não por funcionários do banco propriamente ditos. “A Sapience Analytics ajuda a resolver um grande problema fortalecendo grandes empresas a gerirem de forma eficiente o seu capital humano” refere Greg Grimaldi, gestor de portefólio na Next Investors.

O Barclays foi recentemente notícia por motivos semelhantes. O banco londrino instalou equipamentos para aferir quanto tempo os seus funcionários passavam nas suas secretárias. A presença dos funcionários era detetada através de dispositivos chamados OccupEye, com sensores de movimento e calor. Um porta-voz do banco explicou que não se trata de uma monitorização da produtividade do pessoal, mas antes de uma avaliação do espaço, com vista a fazer um uso eficiente do local de trabalho.

A Sapience foi fundada na Índia em 2000 e as suas ferramentas permitem que patrões tomem conhecimento do padrão de trabalho dos seus funcionários. Shirish Deodhar, cofundador, acredita num rápido crescimento da empresa no mercado norte-americano, e pretende mudar as suas instalações para os EUA após o investimento do Credit Suisse.

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Sindicatos da PT reúnem com Cláudia Goya por causa da ACT

Responsáveis e assessores jurídicos dos sindicatos reuniram esta terça-feira e vão pedir esclarecimentos à ACT sobre a PT. Segue-se a presidente da empresa e, eventualmente, Costa e Marcelo.

Os sindicatos afetos à PT Portugal vão reunir com a nova presidente executiva da companhia, Cláudia Goya, acerca do relatório da inspeção do trabalho que, como o ECO avançou em primeira mão, aponta para 150 infrações na dona da Meo entre janeiro e julho, incluindo a existência de empregados sem funções e algumas situações de assédio moral.

O encontro está marcado para dia 6 de setembro, quarta-feira da próxima semana, apurou o ECO junto de duas fontes sindicais.

Responsáveis dos vários sindicatos reuniram esta terça-feira com os assessores jurídicos para analisarem o relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) pedido pelo Governo. Momentos depois do fim do encontro, Eduardo Colaço, coordenador para a área das telecomunicações do Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco), explicou ao ECO o que ficou decidido.

“Vamos pedir esclarecimentos à ACT sobre algumas matérias. Nomeadamente, sobre a transmissão [de trabalhadores], porque eles dizem que não há, da parte deles, matéria para fazer a análise”, disse o responsável. E acrescentou: “Há aqui uma clara falta de informação às entidades, não pela PT, mas pelas empresas que receberam as pessoas. Não houve qualquer tipo de reunião [com os trabalhadores transferidos] nem qualquer tipo de informação dessas empresas. Só da parte da PT.”

Em causa estão as queixas dos sindicatos de que a PT Portugal estaria a recorrer “à figura da transmissão de estabelecimento [para empresas da Altice e da Visabeira] como forma encapotada de promover um despedimento coletivo na empresa”, lê-se no relatório. Este foi o ponto menos favorável à posição dos trabalhadores, uma vez que a ACT não conseguiu reunir “matéria de facto” capaz de sustentar procedimentos contraordenacionais.

"Vamos pedir esclarecimentos à ACT sobre algumas matérias.”

Eduardo Colaço

Coordenador para a área das telecomunicações do Sindetelco

Em contrapartida, a ACT acabou por penalizar as empresas que receberam os trabalhadores por falta de cumprimento de algumas obrigações. Enfrentam coimas entre 4.080 e 6.528 euros. Os sindicatos vão também abordar a ACT acerca de questões relacionadas com a perda do “direito à CGA [Caixa Geral de Aposentações]” por parte de alguns dos trabalhadores transferidos, entre outras.

Sindicatos voltam-se para Governo e PR

Os sindicatos querem ainda esclarecer em que altura do processo é que se podem constituir assistentes e vão tentar reunir novamente com o primeiro-ministro, António Costa. “Queremos ter uma reunião com o primeiro-ministro para perceber o que é que o Governo pensa”, referiu Eduardo Colaço. O Governo já estará na posse do documento.

Por fim, os advogados dos sindicatos afetos à PT Portugal, em conjunto com os responsáveis sindicais, vão tentar “perceber se existe matéria de facto” para reunir com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem como “fazer chegar” alguma informação à Procuradoria-Geral da República.

O relatório da ACT sobre a PT assentou em 77 visitas a 35 locais de trabalho da PT de norte a sul do país, bem como em análises “caso a caso”. A inspeção encontrou 150 infrações, que resultaram em 124 autos de notícia e que podem obrigar a PT a desembolsar entre 1,57 milhões e 4,84 milhões de euros para pagar coimas. Foi ainda feita uma participação crime.

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PSI-20 cai pela terceira sessão consecutiva. BCP também

O míssil da Coreia do Norte assustou os mercados. A Europa contagiou Lisboa: o PSI-20 desvalorizou pela terceira sessão consecutiva, assim como o BCP, que já perdeu 500 milhões desde máximos do ano.

A desvalorização das ações do BCP tem levado o PSI-20 a registar três sucessivas quedas. Nem as valorizações da Jerónimo Martins e da Galp Energia foram capazes de aguentar o contágio das pares europeias. O míssil da Coreia do Norte assustou os investidores em todo o mundo, levando-os para ativos mais seguros como o ouro. Esta terça-feira as bolsas europeias pintaram-se de vermelho.

O susto aconteceu esta segunda-feira à noite quando foi dada a notícia de que a Coreia do Norte tinha disparado um míssil em direção ao mar do Japão. As sirenes de alarme tocaram e, ao início desta terça-feira, nos EUA, Donald Trump deixou um aviso: “Todas as opções estão em cima da mesa“. Os investidores não reagiram bem, afastando-se dos ativos com maior risco, como são as ações. Na Europa, o principal índice, o Stoxx 600, caiu 1,02%. O PSI-20 acompanhou a tendência com uma queda de 0,35% para os 5.111,37 pontos.

Em Lisboa, o BCP acumulou mais um dia de perdas ao cair 0,9% para os 22 cêntimos. Chegou a perder 5% esta manhã, mas a pressão sobre os títulos acabou por se dissipar ao início da tarde. A cotada tinha desvalorizado sete sessões, depois recuperou e voltou agora a cair. Ao todo, o banco já perdeu 580 milhões de euros em valorização bolsista desde que tocou máximos do ano no mês passado. Esta desvalorização é vista como um movimento de correção, mas também reflete o receio do mercado quanto ao impacto financeiro que a eventual compra da unidade polaca do Deutsche Bank possa ter nas contas, dizem os analistas.

Além do BCP, também a Navigator, a Sonae e a EDP registaram perdas nesta sessão. As ações da Nos desvalorizaram 0,21% para os 5,31 euros, um dia depois de o ECO revelar que a empresa de telecomunicações, parceira da Huawei, convidou e pagou as viagens a altos cargos do Estado à China. A contrariar a tendência estiveram as cotadas Jerónimo Martins e Galp Energia com subidas entre 0,6% e 0,8%.

A aversão ao risco levou os investidores a refugiarem-se no ouro. O metal precioso está a subir mais de 0,5%, tendo já atingido o valor mais alto deste ano. Além disso, o euro também valorizou mais de 0,4%, superando a fasquia dos 1,20 dólares.

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Huawei diz que visitas à China foram “exclusivamente de trabalho”

O objetivo das viagens, esclarece a tecnológica, foi a "partilha de conhecimentos". E reitera que "não pagou qualquer viagem à China".

A Huawei garante, esta terça-feira, que as viagens que envolvem vários políticos e dirigentes da Administração Pública, que visitaram a sede da empresa na China, foram “exclusivamente de trabalho” e tiveram como objetivo a “partilha de conhecimento”.

A Huawei não pagou qualquer viagem à China“, começa por reiterar a empresa, em comunicado enviado às redações. A Huawei não esclarece, contudo, se pagou o alojamento, alimentação e outras despesas dos políticos e responsáveis de empresas públicas que viajaram à China a seu convite. Quando diz “viagens”, a Huawei pode estar a referir-se aos bilhetes de avião, que, segundo noticiou o ECO na segunda-feira, a NOS pagou a cinco altos quadros da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

A tecnológica reconhece, ainda assim, que “recebe entidades públicas e privadas oriundas de todo o mundo, com quem partilha os mais recentes desenvolvimentos na indústria das Tecnologias de Informação e Comunicação”. Essas visitas, acrescenta, são “exclusivamente de trabalho”. Ao mesmo tempo, “têm como único objetivo a partilha de conhecimento, o que constitui uma prática empresarial comum, também em Portugal e na Europa”.

“O nosso foco é, sempre foi e continuará a ser a inovação, o desenvolvimento tecnológico, bem como a partilha de conhecimento e experiência na área das TIC“, conclui o comunicado.

O esclarecimento da Huawei surge depois de novos desenvolvimentos relativamente às viagens que tem oferecido a vários políticos. As primeiras notícias foram avançadas no final do mês passado pelo Observador, que deu conta de que Paulo Vistas, presidente da Câmara de Oeiras, Sérgio Azevedo, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Ângelo Pereira, vereador do PSD na Câmara de Oeiras, e Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, viajaram à China em fevereiro de 2015, todos a convite da Huawei.

Mais tarde, o Observador noticiou também que Nuno Barreto, adjunto do secretário de Estado das Comunidades entretanto já afastado, também foi convidado pela tecnológica, em janeiro deste ano.

Já este fim de semana, o Expresso avançou que seis altos quadros do Estado (cinco da SPMS e um da Autoridade Tributária) também viajaram à China, para visitar a sede da Huawei, em junho de 2015. As viagens dos cinco funcionários do Ministério da Saúde, apurou o ECO, foram pagas pela NOS, que já confirmou ter suportado esses custos.

Notícia atualizada às 16h54 com mais informação.

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Uber oferece seguros de vida e acidente na Índia

  • ECO
  • 29 Agosto 2017

A conhecida empresa de transporte privado estende à Índia uma oferta já disponível em países como Indonésia e Myanmar.

Os motoristas da Uber na Índia vão beneficiar de seguros de vida e acidente gratuitos, oferecidos pela empresa de transporte. Os seguros são apenas válidos durante a condução dos veículos da empresa e surgem numa altura em que a companhia tenta limpar a sua imagem após uma sucessão de escândalos na casa-mãe nos Estados Unidos.

“Estamos cientes da responsabilidade que temos em fazer o nosso melhor para os condutores que usam a aplicação para a sua subsistência”, disse Pradeep Parameswaran, diretor de operações da Uber na Índia, citado pelo Financial Times [acesso condicionado].

Esta oferta surge na sequência das acusações de imposição de uma cultura empresarial agressiva na Uber e também pela forma como a empresa lida com os motoristas. Segundo o jornal britânico, estes foram encorajados a pedir empréstimos avultados para comprar automóveis, assim como lhes foram prometidos salários irrealistas: enquanto a empresa prometia remunerações mensais de 100.000 rupias (cerca de 1.310 euros), os condutores recebiam entre as 70.000 ou 85.000 rupias por mês.

Perante as queixas, a empresa de transporte de passageiros tem defendido que as remunerações dos condutores são “atrativas”, admitindo, no entanto, que estas têm vindo a cair. Enquanto mercado emergente, a Índia tem vindo a tornar-se um ponto de grande relevância para o crescimento da Uber, dado o aumento demográfico e a inadequação dos transportes públicos no país. No país, a plataforma conta já com 450.000 condutores, embora alguns também trabalhem para a concorrente local Ola.

De referir que Portugal está entre os poucos países onde a Uber tem um programa de benefícios para os motoristas. Face às polémicas, a empresa lançou em março o programa Momentum Rewards, que dá aos motoristas a possibilidade de “usufruir de descontos e condições especiais em produtos e serviços importantes para as suas operações”.

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Operação Marquês deverá ficar concluída até 20 de novembro

José Sócrates deverá conhecer o despacho final da investigação do Ministério Público até ao dia 20 de novembro. As cartas rogatórias chegaram a Portugal a 22 de agosto, restando 90 dias ao DCIAP.

Em abril, o Ministério Público tinha dado mais três meses à equipa de investigação da Operação Marquês. Contudo, esse prazo só iria começar a contar quando a última carga rogatória chegasse a Portugal. Essa condição concretizou-se a 22 de agosto — uma informação avançada pela SIC Notícias e confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ECO.

“As referidas cartas rogatórias – uma dirigida às autoridades angolanas e duas dirigidas à Suíça – já se encontram cumpridas e foram devolvidas”, esclareceu fonte oficial do Ministério Público (MP), assinalando que “a última a ser devolvida foi junta aos autos no dia 22 de agosto“. Ou seja, o prazo já está a contar.

Até 20 de novembro, José Sócrates ficará a saber se é acusado ou não no processo que começou em julho de 2013. O ex-primeiro-ministro é suspeito de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. Em março deste ano, o DN revelou que o MP imputa seis crimes ao ex-governante socialista: corrupção passiva para a prática de atos contrários aos deveres do cargo, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsificação, recebimento indevido de vantagem e tráfico de influências.

No comunicado de abril, a PGR considerava “adequado que o inquérito seja encerrado no prazo de três meses a contar da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória a ser devolvida”. Por isso, decidiu “prorrogar por três meses, contados da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória ser devolvida, o prazo para encerramento do inquérito”.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, tendo cumprido 288 dias de prisão preventiva, dado que o ex-primeiro-ministro foi depois libertado a 16 de outubro de 2015. A 21 de novembro de 2017 passam três anos da detenção.

(Atualizado pela última vez às 15h48)

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Portugal tenta recomprar dívida. Oferece títulos a cinco anos

Tem sido habitual nos últimos anos. O IGCP vai voltar ao mercado para recomprar obrigações que vencem nos próximos três anos. Oferece em troca títulos com maturidade de cinco anos.

O IGCP vai avançar esta quarta-feira com um plano para recomprar obrigações do Tesouro que vencem nos próximos três anos, oferecendo em troca aos investidores títulos com maturidade de cinco anos. Com isso, a agência liderada por Cristina Casalinho tenta aliviar necessidades de reembolso de dívida até 2020, colocando no mercado novas obrigações que vencem mais tarde, em 2022.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 30 de agosto pelas 10h00 horas uma oferta de troca recomprando as obrigações do Tesouro com maturidade em 2018, 2019 e 2020”, adianta o IGCP em comunicado.

Por contrapartida, o IGCP vai vender aos investidores títulos com maturidade em 17 de outubro de 2022. Para cada uma das linhas de obrigações que tenta comprar, a agência que gere a dívida pública diz que esta operação (compra de títulos no mercado e venda de novas obrigações) terá um impacto “neutro”. Ou seja, não haverá perdas ou ganhos para os investidores nem para o IGCP.

"O IGCP vai realizar no próximo dia 30 de agosto pelas 10h00 horas uma oferta de troca recomprando as obrigações do Tesouro com maturidade em 2018, 2019 e 2020.”

IGCP

Comunicado

As obrigações em vista foram emitidas entre 2008 e 2010, ou seja, têm todas maturidades de 10 anos, vencendo em 2018, 2019 e 2020.

Na prática, ao trocar estes títulos por outros que vencem em 2022, o IGCP tenta alongar a maturidade da dívida pública, num esforço para alisar os montantes que vai ter reembolsar ao mercado nos próximos três anos. E a fatura é elevada. Cerca de sete mil milhões em obrigações de médio de longo prazo têm de ser devolvidos em 2018, com os montantes a subirem para aproximadamente dez mil milhões e 11 mil milhões em 2019 e 2020, respetivamente.

A última operação de troca de dívida aconteceu em fevereiro de 2016, tendo o IGCP recomprado na altura pouco mais de mil milhões de euros em obrigações que venciam em 2017, 2018 e 2019.

Este plano de recompra de dívida surge numa altura em que o IGCP tenta aliviar o custo da dívida do Estado com pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Ainda esta segunda-feira, a agência informou que reembolsou mais 800 milhões de euros ao Fundo, tendo completado o objetivo de devolver à instituição liderada por Christine Lagarde 2.600 milhões de euros em dois meses.

Preços em linha com mercado

Para recomprar estes títulos, o IGCP vai propor preços que estão em linha com o mercado secundário. Nas obrigações que vencem em 2018, o instituto pretende comprar os títulos por 103,77 euros por cada 100 euros de valor nominal. Estas obrigações negoceiam nos 103,794 euros.

O mesmo sucede nas outras duas linhas. Nas obrigações que vencem em 2019, o IGCP oferece 108,46 euros por cada 100 euros de valor nominal — perto dos 108,587 euros que transacionam atualmente. E nas obrigações com maturidade em 2020, que negoceiam no mercado secundário nos 113,08 euros por cada 100 euros de valor nominal, o IGCP propõe um preço de 112,88 euros.

(Notícia atualizada às 16h30 com preços do mercado)

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Míssil de Pyongyang não afeta EUA, mas chega a Wall Street

Kim Jong-Un decidiu lançar um míssil que sobrevoou o mar do Japão esta segunda-feira. Em reação, os mercados tremeram de Sydney a Londres. Wall Street abriu em terreno negativo.

“Todas as opções estão em cima da mesa”. A frase é do Presidente dos Estados Unidos da América em reação ao míssil balístico lançado pela Coreia do Norte esta segunda-feira à noite. O Dow Jones abriu a cair mais de 100 pontos, acompanhado por quedas no S&P 500 e no Nasdaq.

Ações ameaçadoras e destabilizadoras só irão aumentar o isolamento do regime norte-coreano na região e entre as restantes nações do mundo“, afirmou Donald Trump num comunicado onde assinala que “todas as opções estão em cima da mesa”. Momentos depois, Wall Street abria em queda.

O Dow Jones está a cair 0,46% para os 21.708,85 pontos. O Goldman Sachs é uma das cotadas que mais desvaloriza com uma queda de 1,58% para os 216 dólares. O Nasdaq abriu a desvalorizar 0,51% para os 6.250,82 pontos e o S&P 500 desliza 0,45% para os 2.433,32 pontos.

Já os preços do barril do petróleo estão a cair ligeiramente nos dois lados do Atlântico. Segundo a Bloomberg, o preço da gasolina continua a aumentar pelo sexto dia consecutivo, depois das energéticas terem sido afetadas pela tempestade tropical Harvey.

A Reuters avança esta terça-feira que as chuvas intensas podem atingir ainda mais refinarias, para além das que já fecharam. As ações da Exxon Mobil, uma das principais empresas do setor energético, estão a desvalorizar 0,33% para os 76,21 dólares.

Na Europa, as ações afundam. O euro, por outro lado, está a valorizar face ao dólar, tendo já atingido a fasquia de 1,20 dólares. O destaque vai para o ouro, considerado o ativo de refúgio dos investidores. O metal precioso superou o patamar dos 1.300 dólares por onça, atingindo o valor mais alto desde o início do ano.

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Mapa transmontano com componentes automóveis, azeite e cogumelos

  • Filipe S. Fernandes
  • 29 Agosto 2017

Portugal tem o maior produtor de cogumelos frescos da Europa e fornece marcas como a Audi e a BMW. Conheças as empresas em destaque em Trás-os-Montes e Alto Douro.

A indústria de componentes automóveis tem vários cachos regionais como Braga, Aveiro, Mangualde, Lisboa-Setúbal mas também salpica um pouco por outras regiões como Guarda, Bragança e Vila Real. Nesta cidade destaca-se Kathrein Automotive, fábrica de antenas para automóveis que produz 25.000 por dia e sete milhões por ano. Em 2017, “queremos chegar aos nove milhões de antenas e, em 2018, queremos alcançar os 14, 15 milhões”, revelou o diretor-geral da empresa alemã, Miguel Pinto. Até 2011 fez parte do Grupo Bosch e fornece marcas como a Audi e a BMW.

Por sua vez, em Bragança, a multinacional francesa Faurecia, um dos maiores fabricantes mundiais de equipamento automóvel, abriu uma segunda fábrica com mais 400 trabalhadores. A nova unidade de componentes para automóveis junta-se à já existente, desde 2001, em Bragança, atualmente com 850 trabalhadores, e produz sistemas de escape para as fábricas das marcas Jaguar Land Rover, Skoda, Daimler, PSA, Renault, Nissan ou Ford em que as tecnologias de controlo de emissões são fundamentais. Na sua inauguração, em junho passado, o então secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, falava da proximidade da unidade. “Esta fábrica aqui está mais perto dos seus clientes, que são o resto da Península Ibérica, do que se estivesse noutras zonas de Portugal”, sublinhou, acrescentando que se trata de uma das unidades “mais sofisticadas de Portugal” com “tecnologias de Indústria 4.0, digitalização das fábricas, muito raro de encontrar, não só em Portugal, mesmo em toda a Europa”.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, falava de criar um “cluster” automóvel em Bragança, através da atração de outras empresas que passarão a fornecer a Faurecia. “Há empresas italianas que já estão a laborar em Bragança diretamente neste setor, há outras que estão com vontade de se instalar, e o objetivo é que efetivamente consigamos criar as condições para que se instalem”. Para o efeito, o município aposta nas duas zonas industriais do concelho, a de Mós, e a ampliação das Cantarias.

As escolhas estão relacionadas com o facto de haver mão-de-obra qualificada, a localização privilegiada relativamente aos pontos de venda e a partilha dos recursos que já têm em Bragança, as parcerias com o Instituto Politécnico de Bragança.

A indústria extrativa tem uma grande importância no Alto Tâmega em que pontificam empresas como a Real Granitos e Arte Betão, Vértice da Primavera (unidade de extração, transformação e comercialização de ardósia, Granitender – Granitos e Empreitadas, Granitos da Ginjeira, Irmãos Queirós, extração e produção de britas, Transgranitos, Sociedade de Mármores Central Transmontana.

O granito é essencialmente explorado com duas finalidades: como rocha ornamental e como industrial. O primeiro tipo de granito apresenta diferentes características de cor e de textura, centrando-se, contudo, no granito cinzento (Pedras Salgadas), no amarelo e no cinzento porfiroide (ambos de Vila Pouca de Aguiar).

No município de Vila Pouca de Aguiar, a produção de granito ornamental apresenta uma forte concentração: 73% das explorações de granito estão licenciadas para esta produção, segundo dados relativos a 2005. A qualidade do granito deste concelho será responsável por este dinamismo, nomeadamente os granitos cinzentos e os granitos amarelo e beges da serra da Falperra.

No que concerne as argilas, Chaves destaca-se, não só por possuir o maior número de explorações licenciadas, como pela quantidade de recursos de que dispõe. A extração de areias e de saibros concentra-se especialmente nos municípios de Chaves, Boticas e Ribeira de Pena. Existem ainda empresas que exploram águas minerais como a VMPS do Grupo Unicer em Pedras Salgadas ou a Frize do Grupo Sumol-Compal em Vila Flor.

Produtos rurais com mercado global

A empresa Sapientia Romana de Chaves juntou o ouro comestível de 23,5 quilates à flor de sal do Algarve que, como referiu à Lusa, Ricardo Correia, era o ouro branco na época romana e cujos vestígios são bem visíveis na então Aquae Flaviae como a ponte de Trajano e as termas. A primeira edição constituída por lote com 500 unidades de flor de sal com ouro, de 90 gramas cada, foi vendida antes de chegar ao mercado. “Grande parte das encomendas veio do Dubai onde existe um fascínio por produtos que tenham ouro. A pesquisa de mercado revelou que é a região onde existem mais produtos com ouro”, disse à Lusa Ricardo Correia. A empresa Sapientia Romana entrou no mercado há quatro anos, com o mel com ouro. A Casa Aragão (Alfandega da Fé) lançou, em 2012, um azeite com folhas de ouro comestível de 23 quilates. O Complexo Mineiro Romano de Tresminas criou também um bombom de chocolate negro com ouro e mel de urze que junta “o melhor” de concelho de Vila Pouca de Aguiar.

Hoje, as plataformas digitais de comércio online permitem que ações como esta tenham uma clientela global e liguem regiões do interior ao comércio global. Qualquer uma das regiões tem produtos agroindustriais ou pecuários com certificação e denominação de origem ou indicação geográfica. Esta fileira de produtos endógenos poderá ser potenciada através da criação de uma marca única de promoção territorial e criação de produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), que poderão igualmente servir como alavancas à internacionalização da região.

Catarina Martins foi considerada a melhor jovem agricultora de Portugal em 2016 num prémio da CAP e do BPI e tem o seu negócio de produtora de hortícolas no Vale Vilariça. Filha de agricultores, estuda no Instituto Politécnico de Bragança e trabalha a terra de 10 hectares com produtos que se destinam ao mercado externo nomeadamente em Inglaterra e França tendo, para isso, investido num armazém de frio e logístico. Enquanto o seu pai é fornecedor de cadeias nacionais de distribuição, Catarina Martins preferiu arriscar em mercados mais exigentes. Enquanto isso sonha com a criação de uma organização de produtores no Vale da Vilariça, para ganhar escala e ganhar mercados.

A região do Douro tem uma extensa área de produção agrícola e hortofrutícola de gama variada, como a maçã, a uva, a cereja, a batata, a castanha, a amêndoa e a azeitona, bem como outros produtos. Na atividade pecuária destaca-se a produção de gado caprino e bovino. A região do Alto Tâmega viu a superfície agrícola utilizada (SAU) aumentar cerca de 17.000 hectares, num período de 10 anos. Nestas regiões existem na pecuária, carnes como a barrosã, a maronesa e a mirandesa de raças autóctones, vinhos, produção de mel, castanha, amêndoa, batata, fumeiro e floresta.

A Sortegel nasceu no coração da Terra Fria e da castanha pois de Bragança e Vinhais sai 80% da castanha produzida no país embora hoje compre matéria-prima no Minho, Marvão (Alentejo) e Viseu. Tem cerca de 300 hectares de produção própria Hoje transforma cerca de cerca de 10.000 toneladas. Hoje, a Sortegel congela e comercializa nomeadamente amoras silvestres, figo, morango, melão, framboesa assim como a cereja mas que representam ainda 10%. A empresa passou de uma capacidade de embalamento de congelados de 800 quilos por hora para 5.000 quilos. No embalamento em fresco, a passagem de duas para quatro máquinas, triplicou a capacidade. “Neste momento, estamos a vender para os mercados tradicionais da Europa. Alemanha, Suíça e Áustria são bons mercados, assim como o Brasil, mas também conseguimos entrar nos Estados Unidos da América (EUA) e Canadá, para onde começámos a vender há 15 anos. Agora, estamos a reforçar a nossa posição e queremos aumentar. No Japão, estamos a começar a entrar “, referiu Vasco Veiga, administrador desde 2002, ao Jornal de Notícias.

Mas não é só na castanha que surgem novos projetos ou se tornam mais sólidos. Neste concelho do distrito de Bragança está instalada uma empresa espanhola, a Almendras Morales, da área dos frutos secos que queria exportar para o Brasil. Juntaram-se os dois e vão começar a exportar, o que “vai dar lugar a um investimento dessa empresa espanhol para transformar a amêndoa em maior quantidade e embalamento”. As amêndoas são exportadas com a marca “Terras de Alfândega”, como indicou. Que em 2014 se instalou depois de um investimento de 1,4 milhões de euros.

A cultura da oliveira e a produção de azeite é um setor de especial importância para a região, objeto de vários investimentos nos últimos anos e do reconhecimento da sua qualidade, tendo sido atribuídos já alguns prémios a azeites do Alto Tâmega e de Terras de Trás-os-Montes. Mas neste setor surgiram também projetos para criar grandes áreas de produção como é o caso da empresa Sá Morais Castro.

José Maria Sá Morais Castro, que fundou a empresa Sotecnsol, e a mulher Maria Luísa Sá Morais Cabral Castro herdaram, nos anos 1950, olivais, terras de campo, pastagens, vinhas e hortas na zona de Macedo de Cavaleiros e Mirandela. Inicialmente apostaram na pecuária com bovinos, ovinos e caprinos. Mais tarde, compraram mais terras para plantação de olivais e amendoais. Os três irmãos, que hoje detêm a Sá Morais Castro – SMC, decidiram fazer a conversão do olival de sequeiro em regadio, no aumento da produtividade pela introdução de técnicas de tratamento novas na região, e plantação de mais olival e amendoal. Atualmente, a Sá Morais Castro detém cerca de 600 hectares de terras nos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Mirandela, sendo 300 hectares de olival (a maioria já em regadio), 40 hectares de amendoal, 80 hectares de floresta, 44 hectares de montado, 25 hectares de pastagens permanentes e 60 hectares de terras de campo. Investiu igualmente numa nova adega com vista a, dentro de pouco tempo, colocar no mercado vinhos de grande qualidade. Em 2014 produziu vinho tinto e branco, em 2015 produziu igualmente vinho rosé, estando apostada em produzir vinho espumante no próximo ano.

Em outubro, com o tempo húmido, começam a surgir os cogumelos silvestres em Trás-os-Montes, e ainda hoje inicia-se a apanha para consumo e para venda, tanto mais que são também atração turística, cultural e gastronómica com caminhadas com apanha e identificação de cogumelos, encontros micológicos ou mostras gastronómicas. A aposta de organizações privadas ou municípios vem no sentido de atrair visitantes mas a importância dos cogumelos está no facto de destacar na economia da região, nomeadamente em Boticas, Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Alfândega da Fé, Moncorvo.

É contudo, em Vila Flor, que fica hoje o maior produtor de cogumelos frescos da Europa. O grupo Sousacamp iniciou a sua a atividade em 1989 na freguesia de Benlhevai, concelho de Vila Flor, fazendo da interioridade uma das suas bandeiras. A empresa dedica-se à produção, comercialização e distribuição de cogumelos, e hoje tem sete unidades produtivas: cinco em Portugal (Vila Flor, Mirandela, Vila Real, Sabrosa e Paredes) e duas em Espanha, que movimentam 20 mil toneladas anuais de cogumelos.

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Oceanário de Lisboa, o melhor aquário do mundo

  • ECO
  • 29 Agosto 2017

Foi considerado o "Melhor aquário do mundo" pelos utilizadores do TripAdvisor. Lisboa está no top, também na lista de aquários do mundo inteiro.

Oceanário de Lisboa foi eleito em 2017 o melhor aquário do mundo pelo TripAdvisor.D.R.

Lisboa está, cada vez mais, nos tops mundiais. Uma das melhores cidades para startups, para férias, melhores restaurantes e, agora, pelo melhor aquário do mundo. Os utilizadores do TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo, escolheram o Oceanário de Lisboa como a atração número 1 da cidade e o sítio preferido dos galardões Travelers’Choice do portal, com 28.471 avaliações, das quais mais de 18.000 consideram o ponto da capital portuguesa “Excelente” e mais de 7.700, “Muito Bom”.

Em comunicado, o Oceanário cita alguns dos comentários feitos pelos utilizadores do site: “Excelente“, “Must see in Lisbon”, “fabuloso”, “Most memorable during my stay in Lisbon”, “sensacional” e ”The best aquarium we ever visited” são alguns dos elogios feitos ao aquário construídos a propósito da exposição mundial da Expo 98. Desde essa altura, o aquário de Lisboa foi visitado por 22 milhões de pessoas.

“Estamos muito orgulhosos por recebermos esta distinção. Com visitantes que nos chegam de todo o mundo, este é o verdadeiro reconhecimento de que vale a pena continuar o nosso trabalho em prol da conservação dos Oceanos. A equipa que tenho o privilégio de liderar está realmente de parabéns!”, assegura João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa, citado em comunicado.

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Portugueses vão mais aos hipers para aproveitar promoções

  • Juliana Nogueira Santos
  • 29 Agosto 2017

No primeiro semestre do ano, os supermercados continuaram a ser os favoritos dos portugueses. Mas as promoções dos hipers continuam a dar luta, roubando alguma quota de mercado.

Os portugueses estão a deixar os supermercados para irem mais aos hipermercados, onde as promoções continuam a reinar. A conclusão retira-se dos dados da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que divulgou o seu barómetro de preços relativo ao primeiro semestre de 2017.

As vendas a retalho aumentaram 3,8% nos primeiros seis meses do ano, relativamente ao mesmo período de 2016, com as vendas do setor não alimentar a terem um maior impacto. Ainda assim, dos 8.967 milhões de euros faturados pelos retalhistas neste primeiro semestre, 45,5% são provenientes de vendas com promoções — um aumento de um ponto percentual (p.p.) — relativamente ao período homólogo.

E se no primeiros seis meses de 2016, mais de 50% das vendas foram registadas em supermercados, nos primeiros seis meses deste ano, este canal de proximidade perdeu terreno — -0,6 p.p. — para os hipermercados (25,8%) e para os discounters (15,1%). Mesmo com este deslize, os supermercados continuam a ser os retalhistas favoritos dos portugueses, com uma quota de mercado de 49,8%.

A registar uma perda de terreno semelhante estão as marcas de fabricantes, que caíram 0,5 p.p, uma variação absorvida pelas marcas da distribuição — ou seja, as marcas brancas –, contudo isto não é suficiente para ganhar a preferência dos portugueses. Os consumidores continuam a comprar mais produtos da marca de fabricante, com a quota de mercado destes a localizar-se nos 66%.

No setor alimentar, a venda de bebidas foi a mais cresceu o primeiro semestre, tendo aumentado 10% relativamente ao período homólogo de 2016, seguindo-se a de congelados, que aumentou 5,4%, e a venda de perecíveis, que subiu 4,4%.

Mais eletrodomésticos

No setor não alimentar, o destaque vai para os equipamento de telecomunicações, cujas vendas aumentaram 17,1%. E se a primeira categoria que se pensa quando se fala em telecomunicações é a dos smartphones, esta não foi a que mais contribuiu para este aumento, com os auriculares e os acessórios, incluindo os wearables, a reunirem a maioria do volume de vendas.

Os dados da APED permitem também dar destaque aos eletrodomésticos cujas vendas aumentaram perto de 16%, por entre grande e pequenos equipamentos. Na primeira categoria, registou-se um aumento de 21,1% do volume de vendas dos frigoríficos e de 12,1% das máquinas de lavar louça.

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