Suspensão de linha do metro de Lisboa é “enorme prejuízo”, diz Casais

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Para a construtora Casais, a suspensão da construção da linha circular do metro de Lisboa -- aprovada pelos deputados no Orçamento do Estado

A suspensão da construção da linha circular do metro de Lisboa é um “enorme prejuízo”, tanto para as empresas como para o país, disse à agência Lusa o presidente executivo da Casais, empresa que integra um consórcio.

“Estamos a fazer a nossa parte, a responder a um concurso e aguardamos que haja um desfecho formal. Para nós, o que é muito penalizante é o tempo e esforço que temos que fazer, porque são processos complexos, que exigem tecnicamente um envolvimento de bastantes recursos e meios”, lamentou António Carlos Fernandes Rodrigues.

O líder da construtora disse que este esforço, “multiplicado pelos concorrentes, significa muito dinheiro, e quando uma empreitada como esta não vai para a frente é um enorme prejuízo para todas as empresas”. António Carlos Fernandes Rodrigues sublinhou que “quando se concorre tem que se ter noção da reserva de equipa, o que faz com que tenha que se tomar decisões e é sempre mau quando o processo não avança”. “Quando ninguém ganha, é um prejuízo para o país”, afirmou.

Além disso, o presidente da Casais acredita que se levantam questões de concorrência “porque sendo esta uma proposta com componente técnica elevada, a partir do momento em que foi entregue, foi desvendada a vantagem técnica”.

“Ou seja, há quebra de confidencialidade que não sei como vai ser reposta, ou se é que é possível repor”, alertou. “Vê-se pela diferença de valores que há abordagens técnicas diferentes e isso é uma vantagem das empresas que ficou muito devassada, e mesmo outros concorrentes que não concorreram poderão ter trabalho facilitado”, caso haja um novo concurso no futuro, considerou.

Questionado sobre a possibilidade de avançar com uma ação judicial pela suspensão do procedimento, António Carlos Fernandes Rodrigues disse apenas que a Casais não gosta “de perder tempo com o que não dá valor”.

Ainda assim, o presidente da construtora defendeu que “há um efeito que é importante” e que implica que quem tome uma decisão “suporte as consequências das mesmas”. “Todas [as decisões] são aceitáveis tem é que haver consequências”, defendeu.

Durante a votação do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), no Parlamento, foi votada a suspensão da construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa, ao serem aprovadas duas propostas do PCP e do PAN que defendiam esse objetivo.

Em conferência de imprensa, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, considerou “irresponsável” a suspensão do projeto, alertando para a perda de 83 milhões de euros de fundos comunitários destinados a esta obra.

O ministro salientou que a decisão tomada na Assembleia da República “adia por três anos” qualquer obra essencial para Lisboa. Além de se perderem os fundos comunitários, o ministro do Ambiente e da Ação Climática avisou que se “corre o risco” de serem pagas indemnizações quer aos empreiteiros que já apresentaram propostas aos concursos realizados, bem como a quem foi expropriado.

Para a empreitada entre a estação do Rato e a de Santos (Lote 1) foram apresentadas quatro propostas, pela Mota-Engil, SA / Spie Batignolles International, sucursal em Portugal, num valor de 49,6 milhões euros, Casais, Engenharia e Construção, SA / Acciona Construcion, SA (47,6 milhões de euros), Zagope, Construção e Engenharia, SA (48,6 milhões de euros) e também pela Teixeira Duarte, Engenharia e Construções, SA / Alves Ribeiro, SA / HCI – Construções, SA / Tecnovia, Sociedade de Empreitadas, SA, num montante de 77 milhões de euros.

Para o Lote 2, entre a estação Santos e o término da estação Cais do Sodré foram apresentadas duas propostas, pela Mota-Engil e Teixeira Duarte. A Casais encerrou o ano de 2019 com uma faturação de perto de 520 milhões de euros, um aumento de 12% face a 2018, com 70% do negócio a estar localizado no estrangeiro, de acordo com o presidente da construtora.

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Apple vendeu mais relógios do que… a Suíça. Diferença foi de dez milhões de unidades

A Apple vendeu mais dez milhões de relógios do que toda a indústria de relojoaria da Suíça. Vendas do Apple Watch cresceram a dois dígitos, enquanto a quota suíça caiu.

A Apple vendeu mais relógios durante o ano passado do que toda a indústria relojoeira suíça, conhecida por marcas conceituadas como a Omega ou a Rolex. A diferença não é marginal: foram mais de dez milhões de unidades que a Apple vendeu face às marcas suíças de relógios tradicionais, estimam os analistas da Strategy Analytics.

No ano passado, os fãs da marca da maçã compraram 30,7 milhões de unidades do Apple Watch em todo o mundo, o relógio inteligente da Apple, que se liga ao iPhone. O número representa um crescimento de 36% comparativamente com o ano anterior. Já a indústria relojoeira da Suíça, uma das mais luxuosas e famosas do mundo, vendeu 21,1 milhões de unidades no mesmo período, uma quebra homóloga de 13%.

“As fabricantes de relógios tradicionais, como a Swatch e a Tissot, estão a perder a ‘batalha’ dos relógios. O Apple Watch é um melhor produto e está a ser distribuído por canais de retalho mais profundos, apelando a consumidores mais jovens que, cada vez mais, querem relógios digitais. A janela de oportunidade para as relojoeiras suíças terem impacto nos smartwatches está a fechar-se”, considera Steven Waltzer, analista sénior da consultora.

A Apple obteve lucros recorde em 2019, de 4,99 dólares por ação, batendo as estimativas dos analistas. As receitas atingiram um pico de 91,82 mil milhões de dólares no período, impulsionadas por acessórios como o Apple Watch e os AirPods.

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CTT vai buscar chairman à McKinsey. Raúl Galamba de Oliveira substitui António Gomes Mota

António Gomes da Mota vai sair da presidência do Conselho de Administração dos CTT. Face a isso, a Manuel Champalimaud convidou Raúl Galamba de Oliveira para assumir o cargo.

Raúl Galamba de Oliveira foi convidado para assumir a presidência do Conselho de Administração dos CTT, substituindo António Gomes da Mota, que está indisponível “para o exercício de funções num novo mandato a ter início em 2020”. O nome do substituto foi proposto pelo principal acionista dos CTT, a Manuel Champalimaud SGPS (antiga Gestmin).

Os CTT revelaram que houve a “manifestação de indisponibilidade do atual presidente do Conselho de Administração dos CTT, professor António Gomes Mota, para o exercício de funções num novo mandato a ter início em 2020″.

Neste sentido, “a acionista Manuel Champalimaud, informou a sociedade que, em conjunto com outros acionistas, endereçou um convite ao engenheiro Raúl Galamba de Oliveira, por este aceite”, lê-se num comunicado enviado pela empresa à CMVM.

A nota da empresa de correios indica que Galamba de Oliveira foi sócio sénior da McKinsey, no setor de serviços financeiros. “Foi managing partner dos escritórios de Portugal e de Espanha, responsável global da prática de gestão de risco e membro do Conselho de Administração Global”. Atualmente, segundo os CTT, o gestor é “consultor e administrador de diversas empresas em Portugal e Espanha”.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informações)

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Calendário de Marcelo para o OE aponta para aumento extraordinário das pensões em abril

O Parlamento aprovou as propostas do PCP e BE que ditam que o aumento extra das pensões chegará no mês seguinte à entrada em vigor do OE, lei que Marcelo quer ver aplicada "o mais rapidamente viável".

Orçamento do Estado aprovado, o Presidente da República quer agora que tal lei seja aplicada “o mais rapidamente viável”. Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que a redação final deverá ficar pronta no final de fevereiro, tendo o chefe de Estado, depois, 20 dias para dizer “sim” ou “não” a esse documento. Contas feitas, o Orçamento poderá mesmo entrar em vigor em março. Assim, o aumento extraordinário das pensões pode chegar em abril.

O Parlamento aprovou as propostas de alteração do PCP e do Bloco de Esquerda que determinam que, além do aumento decorrente da inflação e do crescimento económico, as pensões mais baixas deverão beneficiar de um aumento extraordinário de dez euros, à semelhança do que aconteceu em 2017, 2018 e 2019.

Ao contrário do que aconteceu no último ano (que chegou em janeiro), esse reforço adicional deverá chegar, contudo, no “mês seguinte à entrada em vigor” do Orçamento do Estado para 2020, que foi aprovado esta quinta-feira, com o voto favorável do PS, a abstenção do BE, PCP e PAN e os votos desfavoráveis do CDS-PP, PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

Em declarações transmitidas pela RTP 3, o chefe de Estado explicou que a redação final da lei em causa “estará pronta a 26 de fevereiro”, seguindo para Belém. “Depois, o Presidente [da República] tem 20 dias para promulgar ou não a lei“, afirmou.

Tudo somado, Marcelo Rebelo de Sousa deverá dizer “sim” ao primeiro Orçamento do Estado desta legislatura até 17 de março, tendo o mesmo indicado que quer que a lei em causa seja aplicada o “mais rapidamente viável”. O OE seguirá, assim, para publicação em Diário da República, podendo entrar em vigor ainda em março.

Se tal se concretizar, o aumento extraordinário das pensões chegará às carteiras dos pensionistas em abril, isto é, três meses antes do que os socialistas tinham defendido e do que aconteceu em 2017 e 2018.

Este reforço adicional abrange as pensões até 1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (658,2 euros mensais), somando-se à subida já registada em janeiro à boleia da inflação e do crescimento económico (0,7%).

Por exemplo, uma pensão de 600 euros subiu 4,2 euros em janeiro à boleia da inflação e do crescimento económico. A partir de abril (concretizando-se o prazo referido), subirá mais 5,80 euros, perfazendo o total de dez euros.

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Marcelo sobre polémica na Justiça: “Se for preciso responder a 200 ou 300 perguntas sobre Tancos, respondo”

Marcelo Rebelo de Sousa está disponível para responder a todas as questões necessárias para apurar "a verdade de alto a baixo" sobre o caso Tancos.

O Presidente da República não quer comentar a recente polémica sobre a hierarquia no Ministério Público porque este é autónomo e os tribunais são independentes, mas no que se refere ao caso específico de Tancos, que esteve na génese do pedido de parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República, Marcelo Rebelo de Sousa reitera que “se deve apurar a verdade de alto a baixo” e que se ao primeiro-ministro o juiz Carlos Alexandre colocou 100 perguntas, o Chefe de Estado está disponível para respondera 200 ou 300.

“Se for preciso responder a 200 ou 300 perguntas, respondo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em declarações transmitidas pelas televisões esta sexta-feira.

Se for preciso responder a 200 ou 300 perguntas, respondo.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

O Presidente da República não deve dizer quais das duas interpretações em debate sobre a hierarquia do Ministério Público defende, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa, “ainda mas quando há recurso a tribunal, porque a última palavra cabe ao tribunal”. Mas, “como esta questão nasceu a propósito de um caso concreto, em que o diretor do Departamento Central de Ação Penal entendeu que iniciativas de procuradores para ouvir o Presidente da República e o primeiro-ministro não fazia sentido, o máximo que posso dizer para não me imiscuir na vida do Ministério Público, que é autónomo, no que me respeito, desde há dois anos e meio tenho siso o primeiro a dizer que é preciso apurar a verdade de alto a baixo, doa a quem doer sobre a questão de Tancos. Portanto tudo o que me perguntarem agora, ou no futuro, eu respondo. “Se for preciso responder a 200 ou 300 perguntas, respondo”, concluiu.

No que diz respeito à polémica em torno da impugnação da diretiva de Lucília Gago por parte do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) Marcelo considera que “se trata do normal funcionamento das instituições”, tendo em conta que “existe no Ministério Público um debate sobre a sua organização interna” — “se existe ou não hierarquia e havendo qual o tipo de poderes que devem ter determinados estruturas relativamente aos procuradores que têm a ser cargo os seus processos” — já que esta data do anterior procurador geral da República Cunha Rodrigues.

O Conselho consultivo fez uma leitura da lei e o SMMP tem outra diferente, por isso agora caberá aos tribunais pronunciarem-se sobre qual a leitura correta da lei, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, justificando assim a razão pela qual não se pronuncia sobre o processo. “O Ministério Público é autónomo e os tribunais são independentes”, concluiu.

(Notícia atualizada)

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Dados do emprego tiram entusiasmo a Wall Street

Wall Street está no vermelho, seguindo a tendência das praças europeias. Relatório sobre a criação de emprego prejudica as bolsas norte-americanas.

Os principais índices norte-americanos estão em queda, depois de quarto sessões consecutivas a subir em que tocaram novos máximos históricos. Seguem a tendência dos mercados europeus, mas, neste caso, a serem prejudicados pelos dados relativos à criação de emprego na maior economia do mundo.

O Departamento do Trabalho norte-americano reviu em baixa os números relativos ao mercado laboral dos Estados Unidos da América. Apesar de o emprego ter acelerado em janeiro, o relatório divulgado esta sexta-feira revela que a maior economia do mundo criou menos 5.140 postos de trabalho do que o que se tem registado nos meses anteriores.

Estes dados aquém do esperado, reavivam os receios em torno do crescimento dos EUA, isto no mesmo dia em que a S&P veio cortar a previsão de crescimento para a segunda maior economia do mundo, a China, por causa do coronavírus. Vê um crescimento de 5%.

As perspetivas menos positivas para a economia estão a pesar nas cotações do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, de referência para a Europa, desvaloriza 0,86% para 54,46 dólares por barril. Já o WTI, de referência para os mercados norte-americanos, cai 1,33% para 50,27 dólares, pesando nas cotadas do setor.

Nesse contexto, o S&P 500 desvaloriza 0,37% para 3.333,40 pontos, ao mesmo tempo, que o industrial Dow Jones recua 0,45% para 29.246,82 pontos. Já o Nasdaq cai 0,49%, para os 9.525,22 pontos.

Entre as empresas, além das petrolíferas, que recuam com a queda da matéria-prima, está também em destaque a Uber, neste caso pela positiva.

A plataforma de transporte segue a valorizar 5,88% para 39,23 dólares, isto depois de ter apresentado resultados que superaram as expectativas do mercado. No quarto trimestre de 2019 as receitas atingiram os 4,07 mil milhões de euros, superando os 3,73 mil milhões antecipados pelos analistas.

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Portugal é o país europeu que sente mais insegurança na internet

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Um estudo da Intrum concluiu que os portugueses são os cidadãos europeus que mais inseguros se sentem na internet.

Portugal é o país europeu que sente mais insegurança na internet e são os jovens dos 18 aos 21 anos que menos se preocupam com os seus dados pessoais, concluiu um estudo europeu divulgado esta sexta-feira.

No âmbito do Dia da Internet Segura, que se assinala na terça-feira, a Intrum, especialista na indústria de serviços de gestão de crédito, divulgou o Relatório de Pagamentos do Consumidor Europeu, que recolheu dados de 24.398 consumidores em 24 países europeus, tendo sido feitas em Portugal 1.000 entrevistas.

O relatório coloca Portugal no primeiro lugar da tabela dos países europeus mais preocupados com a possibilidade dos seus dados pessoais poderem cair nas mãos erradas quando fazem compras online. Este sentimento é partilhado por 76% dos inquiridos portugueses, valor superior à média europeia que se situa nos 50%, enquanto o país que se sente mais seguro na Internet é a República Checa com uma percentagem de 35%.

No entanto, 85% dos portugueses inquiridos afirma nunca ter sido vítima de fraude com o cartão de crédito no último ano, o que demonstra que, apesar de os portugueses estarem bastante preocupados com os seus dados, grande parte nunca sofreu recentemente qualquer tipo de fraude online, refere o relatório.

Os dados mostram também que os portugueses com idades entre os 18 e os 21 anos preocupam-se menos com o uso indevido dos seus dados pessoais na internet (68%) comparativamente com as restantes faixas etárias. Na Europa verifica-se a mesma tendência, apesar de os valores serem significativamente mais baixos, rondando os 45% e os 57%.

No que diz respeito aos homens e mulheres, o relatório sublinha que, tanto em Portugal como na Europa, são as mulheres que revelam uma maior preocupação com o tema, com uma percentagem de 79% para as portuguesas e 52% para a média das mulheres europeias. Segundo o documento, os homens revelam uma percentagem de 73% em Portugal e de 49% na Europa.

A Intrum, que está presente em 24 países europeus, destaca que os resultados deste relatório são reforçados pelo recente estudo do Observatório de Cibersegurança, que revela que os utilizadores em Portugal estão preocupados com o uso indevido dos dados pessoais, sendo que 73% evitam revelar informação pessoal online e 75% estão preocupados com software malicioso.

O relatório europeu foi divulgado a propósito do Dia da Internet Segura, uma iniciativa anual que promove a consciencialização em torno do uso seguro, ético e responsável da Internet. A Intrum refere ainda que o uso da internet é utilizado cada vez mais no dia-a-dia, com tarefas que para muitos já são automáticas, como o comprar online.

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Luanda Leaks. Endiama perdeu 3 mil milhões de dólares com vendas abaixo do preço de mercado

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

A diamantífera angolana perdeu três mil milhões de dólares na última década com vendas abaixo do preço de mercado a três entidades, uma delas de Isabel dos Santos.

O presidente da Endiama, a diamantífera nacional de Angola, disse, esta sexta-feira, que perdeu 300 milhões de dólares (270 milhões de euros) por ano na última década por vender diamantes abaixo do preço a três entidades, uma delas detida por Isabel dos Santos.

“Através da nossa avaliação, concluímos que estávamos a perder 30% a 40% do valor das gemas” por vender abaixo do preço de mercado, disse José Manuel Ganga Júnior numa entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, à margem da sua participação no Indaba Mining, uma feira mineira que decorreu na Cidade do Cabo, na África do Sul.

“Não vai acontecer outra vez”, garantiu o presidente da Endiama, salientando que as pedras preciosas foram vendidas a três companhias, uma delas pertencente à empresária Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África e filha do antigo Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou no dia 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks’, que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.

Isabel dos Santos foi constituída arguida pelo Ministério Público de Angola, acusada de má gestão e desvio de fundos da companhia petrolífera estatal Sonangol, disse estar a ser vítima de um ataque político. A empresária já refutou o que descreveu como “alegações infundadas e falsas afirmações” e anunciou que vai avançar com ações em tribunal contra o consórcio de jornalistas que divulgou a investigação “Luanda Leaks”.

Para além disso, Isabel dos Santos reafirmou que os investimentos que fez em Portugal tiveram uma origem lícita. De acordo com a investigação do consórcio, do qual fazem parte o Expresso e a SIC, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai.

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S&P revê em baixa crescimento económico da China para 5% em 2020

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

A epidemia de coronavírus levou a agência S&P a rever em baixa o crescimento económico da China. Prevê agora que PIB sínico aumente 5% em 2020.

A agência de rating S&P Global Ratings prevê que o surto de coronavírus registado na China reduza o ritmo de crescimento da economia para 5% em 2020, contra os 5,7% previstos anteriormente.

A S&P estima que o maior impacto do coronavírus na economia chinesa ocorra no primeiro trimestre deste ano e que o ritmo de crescimento se recupere plenamente no terceiro trimestre. A agência de rating acredita que o surto do coronavírus estará controlado em março e que as restrições impostas na China, por exemplo no transporte, se poderão levantar no segundo trimestre.

A S&P Global Ratings é mais otimista sobre a evolução da economia chinesa em 2021, já que prevê que o país cresça 6,4%, acima do crescimento de 5,6% que tinha calculado anteriormente.

A China elevou, esta sexta-feira, para 636 mortos e mais de 31 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

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Lucília Gago considera que figura da PGR não está comprometida

A Procuradora Geral da República sublinha que ainda não teve notícia da impugnação, apenas o "anúncio" da mesma e quando esta chegar será analisada em sede própria.

A procuradora-geral da República, Lucília Gago, considera que a figura que representa não está comprometida na sequência da impugnação pelos magistrados da diretiva sobre hierarquia no Ministério Público.

No final de um encontro com magistrados em Coimbra, a procuradora foi questionada se considerava que a sua permanência em funções estava comprometida: “Não creio que haja qualquer preocupação a esse nível, nem vejo que haja, tão pouco, qualquer colocação em crise da figura do procurador geral”, disse em declarações transmitidas pela RTP3.

Nem vejo que haja, tão pouco, qualquer colocação em crise da figura do procurador geral.

Lucília Gago

Procuradora Geral da República

Lucília Gago reiterou que na sequência do parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República e da diretiva por ela emitida, não houve qualquer alteração na relação hierárquica e que a “interação do Ministério Público se mantém como no passado”. Estas foram as ideias que a PGR já tinha frisado esta manhã em comunicado. E justificou a necessidade de emitir a diretiva com o facto de “a matéria ter sido alvo de debate no seio do Conselho superior do Ministério público” e que Lucília Gago entendeu “submeter a parecer do Conselho Consultivo”.

“Não sinto qualquer compromisso. Em termos de relação hierárquica nada se alterou por força quer do parecer do Conselho Consultivo, quer da diretiva que a propósito dele emiti. A relação hierárquica mantém como sempre no passado, ao longo de décadas”, sublinhou. “Não creio que haja qualquer compromisso do que quer que seja”

Em termos de autonomia dos magistrados, a procuradora considera que esta está intacta: “as investigações prosseguem, as investigações do Ministério Público mantém-se como sempre aconteceu no passado, portanto não creio que haja qualquer preocupação a esse nível, nem vejo que haja, tão pouco, qualquer colocação em crise da figura do procurador geral”.

Lucília Gago não esclarece se estaria disponível a revogar a diretiva por emitida perante a decisão de impugnação judicial do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. “Neste momento, não tenho notícia que haja uma impugnação. Há um anúncio de que tal ocorrerá, mas isso será analisado em sede própria”, frisou a procuradora.

Neste momento, não tenho notícia que haja uma impugnação. Há um anúncio de que tal ocorrerá, mas isso será analisado em sede própria.

Lucília Gago

Procuradora Geral da República

“Esta matéria preocupa-me tanto como qualquer outra que venha a lume, mas são problemas que se colocam e que serão certamente ultrapassados. Não é o momento agora de estar a escalpelizar essa matéria”, sublinhou ainda Lucília Gago. “A seu tempo e no momento próprio será feito”, prometeu.

(Artigo atualizado)

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Tesouro volta à dívida de longo prazo. Vai emitir até 1.250 milhões a 14 anos

O IGCP realiza na próxima semana um duplo leilão de dívida. Quer até 1.250 milhões em obrigações do Tesouro com maturidade em 2026 e 2034.

O IGCP regressa ao mercado na próxima semana para realizar um duplo leilão de dívida de longo prazo, após a operação sindicada realizada no arranque deste ano. Quer até 1.250 milhões em obrigações do Tesouro (OT) com maturidade em 2026 e 2034.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 12 de fevereiro pelas 10h30 dois leilões das OT com maturidade em 21 de julho de 2026 e 18 de abril de 2034, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões”, diz a entidade liderada por Cristina Casalinho em comunicado.

Em causa está uma emissão de OT com um prazo de seis anos e outra com maturidade daqui a 14 anos.

Trata-se da primeira vez, em 2020, que o Tesouro vai ao mercado com um leilão dívida de longo prazo. Isto depois de, em janeiro, ter angariado quatro mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a dez anos, mas através de uma operação que contou com o apoio de um sindicato bancário.

O valor angariado nessa ocasião permitiu ao IGCP assegurar quase um quarto do total previsto para todo o ano de 2020. As necessidades de financiamento previstas pela entidade liderada por Cristina Casalinho para a totalidade do ano são 16,7 mil milhões de euros.

A ida ao mercado na próxima semana acontece num contexto em que as yields da dívida pública portuguesa se encontram próximos de mínimos históricos. A taxa de juro a dez anos fixa-se esta sexta-feira nos 0,287%, sendo os dados da Reuters. Já na maturidade a 15 anos, a mais próxima da maturidade mais alargada prevista na operação que se realiza na próxima quarta-feira, a yield portuguesa está nos 0,608%.

(Notícia atualizada às 13h27)

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Messi volta a superar Cristiano Ronaldo como futebolista mais bem pago do mundo

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

O avançado do FC Barcelona aufere um salário bruto de 8,3 milhões de euros por mês, face ao 4,5 milhões que Cristiano Ronaldo recebe na Juventus.

O argentino Lionel Messi volta a ser o futebolista mais bem pago do mundo, à frente ao internacional português Cristiano Ronaldo, de acordo com a classificação salarial publicada esta sexta-feira pelo jornal francês L’Équipe.

Segundo aquele diário francês, o avançado dos espanhóis do FC Barcelona aufere um salário bruto de 8,3 milhões de euros por mês, face aos 4,5 milhões que Cristiano Ronaldo recebe nos italianos da Juventus, clube que representa há duas temporadas.

Messi e Ronaldo superam o brasileiro Neymar, dos franceses do Paris Saint-German, o mais bem pago em solo gaulês com um salário a rondar os três milhões de euros, à frente do colega de equipa Kylian Mbappé, que não chega a auferir dois milhões ao final do mês.

O francês Antoine Griezmann e o uruguaio Luis Suarez, ambos com pouco menos de três milhões mensais, são os mais bem pagos do clube “blaugrana” a seguir a Messi, enquanto nos também espanhóis do Real Madrid os avançados Gareth Bale e Eden Hazard ganham 2,5 milhões.

No que diz respeito a treinadores, o argentino Diego Simeone, do Atlético de Madrid, encabeça o topo da lista dos mais bem pagos, com 3,6 milhões de euros brutos por mês, à frente do espanhol Pep Guardiola, do Manchester City (1,94 milhões), com o português José Mourinho, que chegou a meio da temporada ao Tottenham, e o alemão Jürgen Klopp, do campeão europeu Liverpool, a fecharem o pódio, ambos com 1,46 milhões.

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