Novo Banco: como funcionará a “garantia” dada ao Lone Star?

O Fundo de Resolução pode decidir vender a participação no Novo Banco. Mas, acionista ou não, fica sempre obrigado a capitalizar o banco caso os rácios caiam abaixo do nível acordado com o Lone Star.

Foi uma das condições a que o Governo teve de ceder para que o Lone Star aceitasse ficar com o Novo Banco: a criação de um mecanismo de capital contingente, no valor de 3,89 mil milhões de euros. Um mecanismo suportado pelo Fundo de Resolução, que entra em ação se os rácios de capital do banco caírem abaixo de um determinado valor.

Para que o mecanismo seja ativado, é preciso que se reúnam, cumulativamente, duas condições:

  1. Que os ativos considerados tóxicos do Novo Banco sofram uma desvalorização face ao seu valor de referência, que será determinado no momento da conclusão da venda;
  2. Que os rácios de capital do Novo Banco baixem de um determinado nível, acordado no contrato de compra e venda, ou seja, não obrigatoriamente os rácios exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE). Inicialmente, António Costa tinha dado como valor de referência um rácio de 12,5% — não é exatamente esse, contudo, o valor acordado no contrato. Fonte ligada ao processo refere que é um pouco mais baixo, mas não especifica qual é.

Se ambas as condições se verificarem, o mecanismo de capital é ativado. No entanto, qualquer dinheiro injetado terá como objetivo repor o rácio de capital ao nível previsto no contrato, e não compensar o Lone Star por quaisquer perdas com os ativos.

Há ainda outra condição a proteger os bancos que suportam o Fundo de Resolução e, em última análise, o Estado (que terá de financiar os bancos se for necessária uma injeção). Se, por exemplo, houver uma violação de 100 milhões de euros no rácio de capital, e uma desvalorização de 500 milhões de euros nos ativos do Novo Banco, o Fundo de Resolução terá de injetar 100 milhões. Contudo, se houver uma violação de 500 milhões de euros no rácio de capital, e uma desvalorização de 100 milhões nos ativos do Novo Banco, o Fundo de Resolução só é chamado a cobrir os 100 milhões. Ou seja, o Fundo de Resolução cobre sempre o valor mais baixo.

Este é apenas o rácio acordado no contrato de compra e venda, que está definido para três anos, e que passará a ter o referencial comum a partir do quarto ano. O banco está ainda obrigado a cumprir o rácio mínimo exigido pelo Banco Central Europeu (BCE). Se a quebra nos rácios de capital for tão acentuada que o banco acabe por apresentar um rácio abaixo do mínimo regulamentado, é o Lone Star que fica obrigado a repor o capital do Novo Banco.

Acompanhar o Lone Star nesta reposição é uma decisão que o Fundo de Resolução pode, ou não, fazer. E, se decidir não acompanhar, essa é uma das formas de que dispõe para reduzir a sua participação no Novo Banco, atualmente de 25%. No entanto, se o Fundo de Resolução for mesmo chamado a injetar capital para repor os rácios acima do acordado, isso nunca poderá levar a que sua participação aumente para mais de um quarto do capital do Novo Banco.

O que pode acontecer é a diluição desta participação. O Fundo de Resolução pode, a qualquer momento, decidir vender a sua posição — incluindo ao próprio Lone Star. Isto é, o Fundo de Resolução tem o direito potestativo de vender a sua participação de 25% no Novo Banco ao Lone Star, ficando o fundo norte-americano obrigado a comprá-la; o Fundo de Resolução, por seu lado, transforma a sua participação num benefício económico. Ou seja, o Fundo de Resolução deixa de ser acionista do banco, mas fica com direito a 25% de todos os benefícios económicos a que o Lone Star tenha direito.

Mas, independentemente de se manter, ou não, como acionista do Novo Banco, o Fundo de Resolução está sempre obrigado a injetar capital no banco se se verificarem aquelas duas condições.

Side bank já não existe

Os ativos tóxicos em causa vão ser geridos durante oito anos pelo Fundo de Resolução, em conjunto como Lone Star. Durante este prazo, o que ficou acordado com Direção Geral de Concorrência foi um plano de desinvestimento que prevê que, dentro de cinco anos, 75% dos ativos têm ser alienados. Em cada um dos três anos seguintes, a meta vai aumentando em 5%, até aos 90%. Os 10% remanescentes podem, ou não, ser vendidos — não é obrigatório.

O valor destes ativos ainda não está definido. Inicialmente, a referência era de 9,7 mil milhões de euros, o valor do chamado side bank, apurado no final de setembro de 2016. Mas este side bank já não existe. Por um lado, houve ativos que eram considerados tóxicos e que deixaram de o ser, como a operação em Espanha. Por outro, há novos ativos que estão no balanço do Novo Banco e que passaram a ser considerados tóxicos.

Fonte próxima do próximo refere apenas que o montante total está abaixo destes 9,7 mil milhões. Quem escolheu os ativos que são agora considerados “perigosos” foi o Lone Star.

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Novo Banco: Bruxelas satisfeita com fim de “longa saga”

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

A comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Verstagher, disse hoje estar “satisfeita” com a venda do Novo Banco, esperando por detalhes da operação “nas próximas semanas”.

A comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Verstagher, disse hoje estar “satisfeita” com a venda do Novo Banco, uma “longa saga” que se arrastou por mais de três anos, esperando por detalhes da operação “nas próximas semanas”.

“Foi bom termos visto o acordo de compra e venda e que conheceremos com mais detalhe nas próximas semanas”, disse Margrethe Verstagher, em conferência de imprensa. A comissária adiantou ser “muito positivo que esta longa saga – que começou com o Banco Espírito Santo [BES] a necessitar de ajuda, passou pela solução temporária do Novo Banco e os acordos e compromissos então assumidos pelo Governo português para vender, num rasto que vai até 2014 – esteja num processo de finalização”.

“É bom que a venda esteja concluída e terminado um processo que durou mais do que três anos”, salientou. Reiterando que “compete às autoridades portuguesas decidirem a quem querem vender o Novo Banco”, a responsável pela pasta da Concorrência no executivo comunitário disse que a venda do banco contribui para “assegurar que Portugal tem um sistema bancário competitivo, que beneficie toda a economia”.

A venda do Novo Banco ao fundo de investimento norte-americano Lone Star foi anunciada na passada sexta-feira. O grupo norte-americano vai realizar injeções de capital no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.

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Centeno: Reestruturar carreiras da Função Pública “não está em cima da mesa”

  • Marta Santos Silva
  • 5 Abril 2017

Questionado sobre as notícias de que o Governo prepara mudanças à forma como os funcionários públicos progridem na carreira, o ministro das Finanças rejeitou que haja propostas nesse sentido.

“Não há um plano de restruturação das carreiras em cima da mesa”, afirmou esta quarta-feira Mário Centeno, sobre o modelo de progressão na carreira na Administração Pública. Questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, na Comissão de Trabalho e Segurança Social, o ministro pôs de parte alterações profundas, “no sentido estruturante”, nas carreiras da Função Pública.

A deputada bloquista questionava o ministro com base numa notícia avançada pelo Público, jornal a que uma fonte governamental falara numa intenção de pôr fim às progressões automáticas na Função Pública quando os funcionários acumulam os requisitos necessários, mudando para uma “nova lógica” associada aos prémios e promoções. Ao ECO, Joana Mortágua já se manifestara contra uma tal mudança, dizendo que o Governo não pode “mudar as regras a meio do jogo” e violar as expectativas dos funcionários públicos. Uma alteração que Mário Centeno pôs agora de parte.

Também na área da integração dos precários nos quadros do Estado Mário Centeno tentou descansar as preocupações dos deputados, embora sublinhando várias vezes que a integração vai depender de uma identificação rigorosa de quem cumpre necessidades permanentes das Administrações Públicas.

Precisamos de um processo aberto e muito transparente na Administração Pública, e é por isso que as comissões que vão fazer a avaliação [de quem é ou não um trabalhador precário] são comissões bipartidas, onde estão os representantes das organizações sindicais. Pretende-se que [o processo] reflita o ambiente de cooperação e de transparência que existe”, continuou.

E os trabalhadores que não tiverem sido avaliados?

Os sindicatos da Função Pública denunciaram, numa notícia do Público, que havia funcionários públicos a serem chamados para “simularem” a avaliação de desempenho, ou SIADAP, que nos últimos anos não tem sido feita. Tanto Joana Mortágua do Bloco como o centrista António Carlos Monteiro questionaram o ministro sobre esta notícia. “Existem hoje ou não existem trabalhadores aos quais não foi aplicado o SIADAP?”, perguntou Joana Mortágua.

Sobre a notícia, a secretária de Estado da Administração Pública Carolina Ferra disse não ter conhecimento da situação. “Notícias são notícias, factos são factos, dos factos não temos conhecimento”, já que a aplicação da avaliação aos diferentes trabalhadores é da responsabilidade de cada serviço. A avaliação de desempenho é essencial para os funcionários públicos poderem progredir na carreira, já que só o podem fazer se tiverem um certo número de avaliações positivas.

Mário Centeno, por sua vez, admitiu que “é sempre possível que existam” alguns “eventuais casos” deste tipo, caso em que “é evidente que (…) vão ter de se criar mecanismos” para os trabalhadores que não tenham sido submetidos a avaliação. “Quando tivermos a resposta ao questionário que vamos submeter a cada um dos dirigentes” dos serviços, vai ser conhecido se existiram de facto funcionários que não foram avaliados, acrescentou o ministro.

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Paulo Trigo Pereira: “É quase impossível mexer nos escalões de IRS”

  • ECO
  • 5 Abril 2017

Segundo Paulo Trigo Pereira não é possível reduzir os escalões mais baixos do IRS sem impactar negativamente na receita e Portugal ainda não tem margem para aliviar a carga fiscal.

“É quase impossível mexer nos escalões de IRS”. Quem o diz é o deputado socialista Paulo Trigo Pereira, em declarações ao jornal i, um dia depois de o primeiro-ministro ter anunciado que o Executivo está a trabalhar nesse sentido e dias depois do ministro das Finanças ter anunciado que, no próximo ano, haverá um alívio fiscal para os portugueses com rendimentos mais baixos.

“A cada escalão não corresponde apenas uma taxa. As pessoas pagam até cada nível de vencimento a taxa que se aplica a esse montante, há uma progressão em escada”, esclarece o professor universitário. “Quando se desce o valor de um escalão, todos pagam um pouco menos, mesmo que isso se sinta pouco no caso de quem ganha mais”, explica o deputado que foi um dos autores do cenário macroeconómico do PS, justificando assim a dificuldade de aumentar a progressividade do imposto.

Contudo, em entrevista à Rádio Renascença, António Costa tinha reiterado essa promessa. “Estamos a trabalhar para no próximo ano se iniciar o processo de revisão de escalões de IRS”. O objetivo é “aumentar a progressividade”, explicou.

Segundo Paulo Trigo Pereira não é possível reduzir os escalões mais baixos do IRS sem impactar negativamente na receita e Portugal ainda não tem margem para aliviar a carga fiscal.

Não é possível, nas condições atuais, reduzir o défice e reduzir a fiscalidade. Nem é desejável, pois só o seria com cortes nos salários ou pensões, o que para esta maioria é, e bem, inaceitável”, escreveu, a semana passada, o deputado num artigo de opinião no “Observador”.

Esta opinião contraria também as afirmações do ministro das Finanças. Mário Centeno, na entrevista ao Público (acesso condicionado) disse que, no próximo ano, o Executivo estará em condições de dar algum alívio às famílias portuguesas com menores rendimentos através do IRS.

A mensagem foi também repetida pelo secretário de Estado do Orçamento. “É possível que, ao nível do IRS, haja uma redução para 2018”, disse João Leão, em entrevista ao Expresso (acesso pago).

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Função Pública em greve: trabalhadores querem aumentos e 35 horas semanais

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

Os sindicatos da Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais marcaram greve nacional para 26 de maio. Querem aumentos salariais e horário de 35 horas semanais.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) anunciou esta quarta-feira uma greve nacional de 24 horas para o dia 26 de maio, para reivindicar aumentos salariais e 35 horas de trabalho semanais.

Em conferência de imprensa, a dirigente da FNTSFPS, Ana Avoila, explicou que a ação de protesto pretende reivindicar aumento de salários e do pagamento de horas extraordinárias e a aplicação para todos os trabalhadores das 35 horas.

A sindicalista notou que as maiores participações nas greves costumam ser dos setores da saúde e educação, “mas o sentimento que existe é comum a todos” os 350 mil funcionários da administração central.

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Centeno desconhece dados da UTAO: despesas com pessoal caem

  • Marta Santos Silva e Margarida Peixoto
  • 5 Abril 2017

O ministro das Finanças não quis comentar o alerta da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, apoiando-se antes nos números da síntese da Direção-Geral do Orçamento.

O ministro das Finanças disse esta quarta-feira desconhecer o alerta da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) acerca do aumento das despesas com pessoal nas Administrações Públicas, a que o ECO teve acesso. Mário Centeno, inquirido na Comissão de Trabalho e Segurança Social, preferiu referir que, na síntese de execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), “as despesas com pessoal no subsetor Estado caem 5,5%” nos primeiros dois meses de 2017 e “até março continuam a cair muito significativamente”.

Carla Barros foi quem confrontou o ministro com o aviso da UTAO que, disse a deputada do PSD na sua intervenção, alertou para “o aumento das despesas de pessoal em 3,6% relativamente aos meses homólogos de janeiro e fevereiro de 2016”. No relatório da UTAO a que o ECO teve acesso, lê-se que a evolução de 3,6% se deve ao setor do “ensino básico e secundário e administração escolar”, principalmente.

“Não comento obviamente exercícios da UTAO que não conheço, nem o poderia fazer”, respondeu Mário Centeno, que abanara a cabeça quando a deputada falou num aumento de 3,6%, e destacou então os dados da DGO. “No conjunto das administrações públicas, as despesas com pessoal caem. Na execução orçamental de 2017, com dados conhecidos, são estes os números que lhe estou a referir” que aparecem, sublinhou.

“Não me parece que haja nenhuma dúvida sobre essa matéria”, completou o ministro, repetindo: “Há uma queda com as despesas com pessoal”.

O relatório da UTAO referia que as despesas com pessoal evidenciam “um grau de execução superior ao verificado no mesmo período do ano anterior”. O Orçamento do Estado para 2017 tem prevista uma verba de 19.798 milhões de euros para pagar aos funcionários públicos, o que representaria uma subida de 0,9%. Segundo a UTAO, em janeiro e fevereiro essa rubrica registou uma evolução bastante mais acentuada.

O que explica a diferença dos números?

O relatório da UTAO parte dos números da Direção-Geral do Orçamento, tal como o ministro das Finanças. Contudo, os peritos do Parlamento aplicam ajustamentos aos valores apurados pela DGO, de forma a permitir a comparabilidade de um ano para o outro. É isso que explica a diferença dos números apresentados por Centeno e pela UTAO.

No caso das despesas com pessoal, a UTAO explica que os ajustamentos decorrem do “diferente perfil de pagamento” do subsídio de Natal. Em 2016, os funcionários públicos recebiam o subsídio de Natal todo em duodécimos. Mas este ano vão receber apenas metade do subsídio em duodécimos e a outra metade será paga em novembro. Isto quer dizer que ao longo de 2017 o rendimento mensal dos funcionários públicos será inferior, mas em novembro os trabalhadores recebem o diferencial.

Para fazer a comparação entre os dois anos, é preciso ajustar este diferente perfil de pagamento. Fazendo o ajustamento, as despesas com pessoal sobem 103 milhões de euros, enquanto sem aplicar esta correção, os gastos caem 17 milhões face ao período homólogo, clarificam ainda os peritos.

O aumento dos gastos com pessoal, verificado desta forma, reflete “a ausência de reduções remuneratórias no setor público durante todo o ano, o que compara com uma reversão gradual trimestral ao longo do ano 2016”, adianta ainda a UTAO.

(Notícia atualizada às 12h00 com mais informação)

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Bancos a favor da intervenção do Estado brasileiro na Oi

Nos últimos dias alguns credores e investidores começaram a defender que a intervenção do governo brasileiro é preferível ao plano de recuperação aprovado pela a telefónica.

Os bancos credores da Oi, assim como os detentores de títulos de dívida externa, não concordam com o plano de recuperação aprovado pelo conselho de administração da operadora Oi, participada da Pharol. A informação é avançada na edição de hoje do Valor Econômico (acesso pago) que falou com uma fonte do setor financeiro.

Se a Oi não se reposicionar, todos nós, credores – ‘bondholders‘ e bancos brasileiros -, seremos a favor da intervenção“, disse um alto executivo da banca ao jornal brasileiro. Esta posição surge numa altura em que vários credores da Oi e alguns investidores passaram a acreditar que o melhor caminho para salvar a Oi seja uma intervenção que afaste os atuais controladores da empresa e coloque o Governo no comando do processo de recuperação judicial.

Nesta quarta-feira, é aguardada a publicação no Brasil de uma medida provisória com regras para a intervenção nas concessões que permita uma resposta direta à difícil situação financeira da operadora Oi, que está em recuperação judicial. Ou seja, uma alteração que permita precisamente uma eventual uma intervenção por parte do Estado brasileiro na empresa onde a Pharol detém uma participação de 27%.

A medida provisória que está sendo finalizada pelo Governo federal deverá dar segurança jurídica a uma eventual intervenção na Oi mesmo durante a recuperação judicial do grupo de telecomunicações e poderá também incluir dispositivos que permitam a conversão de multas em investimentos, disseram à Reuters duas fontes governamentais que acompanham o assunto.

A banca mostra assim a sua oposição ao plano de recuperação aprovado pelo conselho de administração da telefónica brasileira, onde para além da Pharol também tem assento o empresário Nelson Tanure.

Enquanto se mantém o impasse relativamente ao futuro da Oi, houve entretanto uma mexida na liderança desse processo. A consultora BDO comunicou esta terça-feira ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que aceitou o cargo de administradora judicial da operadora em substituição da PwC, de acordo com uma fonte próxima do processo também citada pelo Valor Econômico.

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BCE autoriza dois bancos italianos a receber ajudas estatais no total de 6,4 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

O Banca Popolare di Vicenza e o Veneto Banca já têm a autorização do Banco Central Europeu para receber ajudas estatais. Mas ainda falta a decisão da Direção-geral da Concorrência da Comissão.

O Banco Central Europeu autorizou esta quarta-feira o Banca Popolare di Vicenza e o Veneto Banca a receberem ajudas estatais no âmbito da denominada recapitalização preventiva e confirmou que as necessidades de capital conjuntas ascendem a 6,4 mil milhões de euros.

Segundo a agência Dow Jones, citada pela Efe, os dois bancos italianos informaram em comunicados que o Banco Central Europeu (BCE) comunicou ao ministro da Economia italiano que ambos preenchem os requisitos mínimos de capital estabelecido para poder aplicar a ajuda do Estado, apesar de não respeitarem os requisitos de ‘Pilar 2’ e o ‘buffer’ (reserva) combinado de capital.

Assim, os dois bancos, que estão em processo de fusão, podem optar pela recapitalização preventiva, que permite que os governos nacionais da zona euro possam injetar capital em bancos com problemas.

O Veneto Banca afirmou que precisa de 3.100 milhões de euros e o Banca Popolare di Vicenza requereu 3.300 milhões de euros, de acordo com os respetivos cenários adversos dos testes de ‘stress’ (resistência).

Depois da aprovação do BCE, os bancos terão de esperar pela decisão da Direção-geral da Concorrência da Comissão Europeia, que deverá verificar a compatibilidade da intervenção com as normas europeias.

O programa de recapitalização preventiva é uma exceção da normativa europeia sobre resolução bancária, mas estabelece um plano de reestruturação e uma partilha dos custos, que neste caso limita aos acionistas e detentores de dívida subordinada a assunção de perdas para contribuir para o resgate, ainda que sem a fixação de quotas concretas.

Segundo o jornal financeiro italiano Il Sole 24 ore, o Veneto Banca tem 750 milhões de euros em obrigações subordinadas, dos quais 550 milhões de euros são ‘Tier 2’, e os restantes 200 milhões de euros ‘Tier 1’, enquanto o Vicenza Banca tem em circulação 547 milhões de euros ‘Tier 2’.

No total, segundo as normas europeias, 1.200 milhões de obrigações terão de ser convertidas em ações, mas que na maioria estão em mãos de investidores institucionais e não nas de pequenos investidores, adiantou o jornal italiano.

A recapitalização preventiva também foi a opção solicitada pelo banco italiano Monte dei Paschi di Siena, que está à espera da autorização das autoridades europeias.

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Grupo André Jordan investe 100 milhões em novo projeto na região de Lisboa

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

É uma nova fase do Belas Clube de Campo, no concelho de Sintra. Vão ser construídas 200 unidades, que incluem moradias, uma escola, uma unidade de saúde e um projeto para um centro hípico.

O grupo André Jordan anunciou hoje o investimento de 100 milhões de euros na construção das primeiras 200 unidades do projeto Lisbon Green Valley, que inclui moradias, uma escola, uma unidade de saúde e um projeto para um centro hípico.

Em declarações à Lusa, à margem da apresentação do projeto, o presidente do Conselho de Administração do grupo, Gilberto Jordan, disse que o empreendimento é uma nova fase do Belas Clube de Campo, no concelho de Sintra – onde atualmente vivem cerca de 750 famílias – e aposta num espaço para quem procura qualidade de vida, segurança e ligação à natureza, a 15 minutos do centro de Lisboa.

“Pessoas que gostam da qualidade de vida próxima do centro urbano. Estamos em Lisboa a dez minutos do centro. Pensamos que a oferta é o perfeito dos dois mundos, a natureza e a tranquilidade, com grande qualidade de construção a 15 minutos do Marquês de Pombal”, disse o responsável.

A aposta no mercado nacional é uma prioridade, mas dada a crescente procura internacional, o Lisbon Green Valley tem em curso uma estratégia específica para promoção do empreendimento a nível internacional, cuja procura se prevê atinja os 30/40%.

“As vendas vão arrancar agora, no mês que vem, fizemos um lançamento no Brasil com bastante recetividade e estamos muito satisfeitos”, disse Gilberto Jordan.

"As vendas vão arrancar agora, no mês que vem, fizemos um lançamento no Brasil com bastante recetividade e estamos muito satisfeitos.”

Gilberto Jordan

Presidente do Conselho de Administração do grupo André Jordan

A campanha internacional deverá ser posteriormente alargada a outros mercados, como o Reino Unido e a França, Escandinávia, Turquia e mercados orientais, dado o crescente interesse dos mesmos por Portugal.

Questionado sobre os planos do Grupo André Jordan, o responsável disse estarem “completamente focados” em Lisboa (Belas) e que no Algarve – onde têm o projeto Vilamoura XXI e Quinta do Lago – estão neste momento “quietos”, mas admitem realizar novos investimentos no futuro.

“O Belas é o maior conjunto residencial em Portugal, é muita gente junta que nos ocupa e gostamos de estar muito focados naquilo que sabemos fazer que é o setor residencial em volta de condomínios, golfe e lazer”, disse.

Temos 350 unidades para desenvolver, temos as mãos cheias”, acrescentou.

Inaugurado há cerca de duas décadas, o Belas Clube de Campo conta com aproximadamente cerca de 2.500 residentes. Os portugueses representam 90% da ocupação do empreendimento, mas neste momento residem no local famílias de 26 nacionalidades distintas.

O Lisbon Green Valley apresenta uma oferta que inclui lotes para construção de moradias, onde os proprietários podem desenvolver os seus próprios projetos.

A nova fase vai ainda receber uma escola – a Escola João de Deus -, uma unidade de saúde e um projeto para um Centro Hípico.

O público-alvo do empreendimento será, de acordo com Gilberto Jordan, a classe média alta, “casais com crianças, mas também já sem crianças, ou jovens que planeiam família”, afirmou.

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Montepio e Santa Casa: Vieira da Silva ouvido de urgência

  • Marta Santos Silva
  • 5 Abril 2017

Os deputados da Comissão do Trabalho e Segurança Social aprovaram por unanimidade a audição do ministro sobre a possível entrada da Santa Casa para o capital do Montepio Geral.

Os deputados da Comissão do Trabalho e Segurança Social vão chamar o ministro Vieira da Silva a ser ouvido de urgência sobre a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia entrar para o capital do Montepio Geral.

O deputado do CDS-PP Filipe Anacoreta Correia afirmou que o assunto deve “merecer toda a atenção” dos deputados, apelando assim a que o ministro com a tutela fosse chamado “para dar as explicações que os portugueses querem nesta altura”. O requerimento foi aprovado por unanimidade esta quarta-feira, e vai ser escolhida uma data e hora para esta audição.

Vieira da Silva, questionado pelo Diário de Notícias, afirmara que veria “com bons olhos a associação da Santa Casa da Misericórdia e de outras instituições da área social à Caixa Económica Montepio Geral”. A Santa Casa da Misericórdia é liderada por Pedro Santana Lopes, que também mostrou abertura à ideia no Twitter.

Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista, disse que o projeto tem “pernas para andar”, mas que há investidores além da Santa Casa interessados em entrar para o capital social da Caixa Económica Montepio. “Precisa de ser trabalhado, vai ser trabalhado e vai ser uma alavanca decisiva para o país e para as instituições da economia social”, disse Tomás Correia ao DN.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 5 Abril 2017

A Grécia está em contra relógio para um acordo no Eurogrupo, a Rússia acusa os rebeldes do ataque químico na Síria, o Brasil tenta regulamentar a Uber, e outras três notícias que marcam a atualidade.

Os dias estão contados até ao Eurogrupo de sexta-feira e a Grécia não para de correr para tentar desbloquear um acordo até lá, apesar de desentendimentos profundos na área das pensões. Na Síria, um ataque com armas químicas chocou o mundo, mas a Rússia acusa os rebeldes, que detém a cidade atacada, de serem responsáveis. Uma tentativa de legalizar a Uber no Brasil está a deixar os taxistas felizes e a startup descontente. Leia aqui as cinco notícias que marcam a atualidade mundial esta quarta-feira.

Financial Times

Grécia em contra relógio para fechar acordo para corte de pensões

A Grécia e os credores internacionais estão numa corrida contra o relógio para fechar um acordo que desbloqueia a próxima tranche do pacote de ajuda a Atenas de 86 mil milhões de euros. Em causa estão reformas no mercado de trabalho e, sobretudo, um acordo sobre cortes nas pensões. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, revelou no Twitter que nas negociações de terça-feira à noite — que terminaram já na madrugada de quarta — foram “alcançados bons progressos”. Mas as negociações vão prosseguir hoje por teleconferência. A Grécia tem de pagar em julho 66 mil milhões em reembolsos o que justifica esta urgência. Leia a notícia completa no Financial Times (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

BBC

Rússia acusa rebeldes de serem responsáveis por ataque na Síria

O ataque com armas químicas que ontem matou dezenas de civis numa cidade controlada por opositores do presidente Bashar al-Assad, no norte da Síria, foi provocado pelos próprios rebeldes, defende a Rússia. O Ministério da Defesa russo alega que os químicos estavam guardados pelos rebeldes num armazém que foi atingido por um bombardeamento dos aviões do regime sírio, sendo que o regime não usou armas químicas. A Rússia tem sido a grande aliada de Assad no plano internacional. Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros britânicos, já ripostou: “Todas as provas sugerem que o regime de Assad (…) usou armas ilegais sobre o seu próprio povo”. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Expansión

Ana Botín desenha plano de sucessão

O vice presidente do Banco Santander, Bruce Carnegie-Brown, conselheiro independente e coordenador dos conselheiros externos vai substituir a presidente Ana Botín sempre que esta estiver ausente. Esta é uma das regras que o grupo Santander fixou para substituir de forma interina e circunstancial A na Botín sempre que esta se ausente, mas também em casos de impossibilidade ou doença. “A planificação da sucessão dos principais administradores é um elemento chave para o bom governo do banco”, sublinha o relatório anual de 2016 do Santander. Leia a notícia completa no Expansión (Conteúdo em espanhol / Acesso livre)

Estadão

Brasil tenta regulamentar Uber… aproximando-a dos táxis

O Parlamento brasileiro aprovou um projeto para regulamentar a atividade da Uber, mas as alterações que requerem do serviço podem inviabilizar que ele continue a ser prestado da mesma forma. Os motoristas terão de usar veículos com placas identificativas, e terão de obter autorização municipal para conduzir. Os táxis comemoraram estas mudanças, mas a Uber criticou-as como “uma lei retrógrada que não regula o Uber no Brasil, mas tenta transformá-lo em táxi, proibindo então este modelo de mobilidade”. Leia a notícia completa no Estadão. (Conteúdo em português / Acesso livre)

South China Morning Post

Imobiliários detidos após gigante especulação com nova cidade na China

Pelo menos sete pessoas foram detidas e 35 agências imobiliárias foram encerradas na zona de Xiongan, na China, após as autoridades chinesas terem anunciado o projeto de construção de uma mega-cidade nessa região até agora pouco importante. A especulação imobiliária foi tal que os preços das propriedades duplicaram em poucas horas e levaram o governo regional a congelar todas as transações do género na área. Leia a notícia completa no South China Morning Post. (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

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Haitong: chegou a hora de vender Sonaecom e focar na NOS

O banco de investimento cortou a avaliação das ações da Sonaecom para "venda", alertando que os investidores devem privilegiar a exposição à NOS que apresenta bons fundamentais.

Vender Sonaecom e focar as atenções na NOS. Este é o conselho do Haitong que acaba de rever em baixa a avaliação das ações da Sonaecom, passando a recomendar a respetiva venda, ao mesmo tempo que aconselha os investidores a aumentarem a sua exposição à NOS. O banco de investimento considera que a empresa liderada por Miguel Almeida apresenta bons fundamentais apesar do fraco preço das suas ações. Relativamente à Sonaecom, o Haitong reitera que não faz sentido a Sonae mantê-la em bolsa, apesar de não ver sinais por parte da holding Sonae nesse sentido.

Numa nota divulgada esta quarta-feira, o Haitong baixou a recomendação para as ações da Sonaecom, de “neutral” para “vender”, tendo cortado também o respetivo preço-alvo. Este passou dos 2,5 euros, por ação, para os 2,2 euros, o que atribui um potencial de queda de 12% face à cotação de fecho da última sessão (2,65 euros). “Atualizamos as nossas estimativas e avaliação após os resultados do final do ano de 2016, resultando num corte no nosso FV [valor justo] de 2,5 para 2,2 euros e baixamos as ações de ‘neutral’ para ‘venda’. Acreditamos que os investidores estão melhor servidos com uma exposição direta à NOS, uma vez que não existe a expectativa de que a Sonaecom ou a sua principal acionista Sonae façam uma oferta para o restante free float da Sonaecom”, diz o banco de investimento na nota hoje divulgada.

“Recomendamos os investidores a mudar completamente a sua exposição da Sonaecom para a NOS”, dizem assim os analistas do Haitong. Relativamente à NOS dizem que “apesar do recente fraco desempenho das ações da NOS, ainda continuamos a ver um forte valor fundamental no título“. O banco de investimento atribui uma recomendação de “comprar” às respetivas ações, com um preço-alvo de 7,60 euros. Este target corresponde a um potencial de subida de 48% face à cotação de fecho da última sessão: 5,125 euros.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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