EY vai distinguir o empreendedor do ano. As candidaturas já estão abertas

As candidaturas para o prémio Entrepreneur Of The Year estão abertas até 31 de dezembro. O vencedor será conhecido em março do próximo ano.

A EY Portugal vai voltar a distinguir o empreendedor do ano, naquela que é a oitava edição da iniciativa. O vencedor irá depois disputar o prémio global com os vencedores do galardão de outros 60 países. As candidaturas são gratuitas e estão abertas até ao final do ano.

Quem quiser concorrer ao prémio “Entrepreneur Of The Year” deverá apresentar “casos de empreendedorismo de sucesso, ilustrados através de boas práticas de inovação e de capacidade de gestão”, explica a EY, em comunicado. As candidaturas podem ser submetidas com o máximo de três elementos, que mantenham uma participação ativa na gestão da empresa e com um capital social de, pelo menos, 10% cada.

Para além disso, a organização tem de estar estabelecida em Portugal há, pelo menos, três anos, apresentar um volume anual de negócios superior a 2,5 milhões de euros, bem como um capital maioritariamente nacional, e possuir um mínimo de dez colaboradores.

As candidaturas podem ser feitas online, até 31 de dezembro. O júri, presidido por António Gomes Mota, irá avaliar as candidaturas “pelo perfil empreendedor dos candidatos e pela performance estratégica, de inovação e financeira das empresas que lideram”, aponta João Alves, Country Managing Partner da EY Portugal, citado em comunicado.

Ainda assim, será feita “uma valorização especial dos casos em que o sucesso empresarial resulta na partilha de valor com a comunidade, por exemplo através de iniciativas de responsabilidade social”. Os finalistas serão anunciados em fevereiro de 2020, e o vencedor será conhecido um mês depois. Em junho, irá decorrer a final mundial do prémio, no Mónaco.

Na última edição desta iniciativa, o grupo de finalistas incluía empresários como Manuel Rui Nabeiro e Rui Miguel Nabeiro da Delta Cafés, Nuno Sebastião, da Feedzai, João Miranda, da Frulact e Mário Ferreira, do Grupo Mystic Invest. Mas a coroa acabou por ir para António Rios Amorim, da Corticeira Amorim.

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Altice renova patrocínio ao Altice Arena por mais dez anos

O Altice Arena vai manter o nome por mais dez anos. A dona da Meo renovou o contrato com o consórcio Arena Atlântico, de Luís Montez, mas não revela o montante envolvido.

A Altice renovou com o Arena Atlântico o contrato de patrocínio do nome do pavilhão multiúsos do Parque das Nações, pelo que este vai continuar a chamar-se Altice Arena por mais dez anos. Num evento em Lisboa, a dona da Meo anunciou ainda também a instalação de uma célula 5G no local onde começa esta segunda-feira o Web Summit.

“Celebramos o continuar desta parceria. Vão ser mais dez anos que vamos continuar ao lado desta equipa. Mais dez anos de Altice Arena”, afirmou o presidente executivo da empresa, Alexandre Fonseca. Questionado pelo ECO, o líder da Altice Portugal não quis revelar o montante envolvido na renovação.

O Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico, é a maior sala de espetáculos do país e é controlada pela Arena Atlântico, do consórcio liderado por Luís Montez. O pavilhão serve esta semana de palco principal ao Web Summit, a maior feira de tecnologia, inovação e empreendedorismo da Europa.

A Altice Portugal anunciou também a “cobertura integral” da Altice Arena com 5G, rede móvel de quinta geração. “A partir deste momento, a Altice Arena está servida por uma célula macro 5G, já durante o Web Summit, mas que depois vai permitir a todos os que já têm telemóveis 5G poderem desfrutar desta tecnologia”, afirmou Alexandre Fonseca.

A empresa exemplificou o potencial da tecnologia com uma chamada em tempo real da sede da Altice, em Picoas, para a Altice Arena, no Parque das Nações. No entanto, esta tecnologia é apenas um teste e a empresa ainda não pode comercializar a rede ao público. Assim, neste momento, mesmo quem tenha um smartphone com suporte 5G ainda não pode usar esta rede criada pela Altice Portugal.

A rede 5G da Altice Portugal tem um débito teórico de 2 Gbps, mas depende das condições de propagação. Em Lisboa, a Altice testou o débito desta rede 5G e conseguiu ultrapassar os 400 Mbps, uma velocidade muito superior à das atuais redes 4G.

Esta ação da Altice Portugal coincide com o dia em que também a operadora concorrente Nos anunciou cobertura 5G no Web Summit. “Após a cobertura integral da cidade de Matosinhos com a quinta geração de comunicações móveis, a Nos disponibiliza também 5G em todo o espaço em que se realiza esta edição do Web Summit”, avançou a operadora liderada por Miguel Almeida, em comunicado.

Segundo a Nos, “a FIL e o Pavilhão Atlântico, assim como áreas adjacentes, estão cobertas por uma rede 5G integralmente operacional para pilotos”. Ou seja, ainda não está disponível ao público.

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Bancos querem começar a cobrar comissões nos depósitos das empresas públicas

Pablo Forero revelou que banco está a apoiar "totalmente" a ação da APB junto do Banco de Portugal para começar a cobrar comissão pelos depósitos de multinacionais e de empresas públicas.

O BPI já começou a aplicar uma comissão pelos depósitos de grandes clientes financeiros para compensar os juros negativos do Banco Central Europeu (BCE). Mas também quer cobrar pelos depósitos de multinacionais e das empresas públicas. Está só a aguardar uma decisão do Banco de Portugal em relação a um pedido feito por parte da associação que representa o setor para começar a fazê-lo.

“Gostaríamos, se for possível, quando o Banco de Portugal considerar oportuno, cobrar uma comissão pelos depósitos às grandes empresas multinacionais e às empresas institucionais, a empresas públicas, fundamentalmente. Isso seria o que nós gostaríamos”, referiu Pablo Forero, presidente executivo do BPI, na conferência de apresentação de resultados. O BPI registou lucros de 253,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. É uma quebra de mais de 50% face ao período homólogo em que os resultados líquidos dispararam à conta de ganhos extraordinários.

“Naturalmente, estamos a apoiar a ação da Associação Portuguesa de Bancos (APB) junto do Banco de Portugal nesse sentido. Apoiamos totalmente”, sublinhou Pablo Forero, sinalizando que todos os bancos do sistema pretendem avançar com essa comissão numa altura em que sentem o impacto das taxas negativas do BCE.

Para já, o BPI está a cobrar uma comissão de 0,3% aos grandes clientes institucionais, como fundos de pensões e seguradoras. Foi o suficiente para o banco ter conseguido reduzir o stock de depósitos destes clientes em quase 600 milhões de euros desde o início do ano, para 350 milhões de euros no final de setembro. Forero adiantou esta segunda-feira que o BPI já está a avisar estes clientes que vai agravar a comissão para 0,5% no início do próximo ano e espera, por isso, que o stock continue a cair.

“Os depósitos das instituições financeiras estão a custar-nos dinheiro e a penalizar a nossa conta de resultados. As instituições financeiras são profissionais como os bancos, têm acesso às repos e aos bilhetes do Tesouro, mas fazem os depósitos nos bancos porque conseguem 0%, enquanto no mercado de repos e de bilhetes do Tesouro têm rendimentos negativos. Se o saldo continuar a cair, é bem-vindo”, referiu o líder do BPI.

Gostaríamos, se for possível, quando o Banco de Portugal considerar oportuno, cobrar uma comissão pelos depósitos às grandes empresas multinacionais e às empresas institucionais, a empresas públicas, fundamentalmente.

Pablo Forero

Presidente do BPI

“Damos sempre um pré-aviso de várias semanas para poderem fazer o que quiserem ao dinheiro. Calculamos que os depósitos destes clientes vão continuar a descer”, explicou ainda, frisando que o banco não tem a intenção de cobrar pelos depósitos de particulares ou PME.

O que acontece atualmente é que por causa da ação de política monetária BCE, o excesso de liquidez das instituições financeiras, que fica depositado na conta do banco central, é penalizado com uma taxa negativa que pode ir até -0,5%.

Em Portugal, ao contrário de outros países, não é permitido aplicar uma taxa de juro negativa nos depósitos, razão pela qual vários banqueiros vieram reclamar há duas semanas uma mudança na lei portuguesa para “jogarem” com as mesmas regras dos bancos europeus. No entanto, ao ECO, fonte oficial do Ministério das Finanças rejeitou qualquer alteração ao quadro em vigor.

Para contornar esta impossibilidade, os bancos estão a aplicar uma comissão nos depósitos de instituições financeiras (em vez de uma taxa de juro negativa), como já acontece no BCP e no BPI. Mas está em cima da mesa a possibilidade de alargar o âmbito desta comissão a empresas do setor público e grandes multinacionais.

(Notícia atualizada às 13h07)

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WalliD capta 600 mil euros. Armilar e Casa da Moeda investem

A WalliD anunciou que concluiu uma ronda de financiamento de 600 mil euros. Investimento é liderado pela Armilar Venture Partners e conta com co-financiamento da Casa da Moeda.

No dia em que arranca o Web Summit, a WalliD, startup portuguesa que oferece soluções de autenticação e identificação online, anunciou a captação de 600 mil euros numa ronda de investimento liderada pela Armilar Venture Partners e com o coinvestimento da Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM).

Com este financiamento, a WalliD, que irá marcar presença no Web Summit, pretende obter os fundos necessários para conseguir “alcançar utilizadores e developers de todo o mundo”. E permitir-lhe-á, também, avançar com a “execução da estratégia de desenvolvimento internacional”, refere o comunicado que revela a conclusão da operação.

Apesar de a intenção a longo prazo ser de expandir o projeto a nível internacional, o fundador e CEO da WalliD, Filipe Veiga, sublinha que “os primeiros use cases vão acontecer em Portugal”. Nesse sentido, a startup portuguesa decidiu realizar uma parceria com o INCM, emissor do cartão de cidadão português, que também investiu nesta ronda.

A solução da WalliD consiste no armazenamento dos dados dos utilizadores numa wallet [carteira] recorrendo à tecnologia blockchain e com garantia criptográfica de autoridades credenciadas, como Governos, associações, empresas ou clubes desportivos. Além disso, as empresas podem ainda integrar estes serviços nos seus processos internos de certificação de identidade.

A ideia é permitir que os utilizadores tenham “controlo total sobre a informação”, respeitando as leis da proteção de dados da União Europeia e com “vista a solucionar questões como violações de dados massivas e fraudes de identidade”, refere a nota de imprensa.

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Gulbenkian fecha venda da Partex aos tailandeses PTTEP por 555 milhões

Fundação Calouste Gulbenkian concluiu o processo de venda da Partex por 555 milhões de euros.

A Fundação Calouste Gulbenkian concluiu o processo de venda da Partex à PTTEP, uma empresa tailandesa, cotada em Bolsa, que integra os índices Dow Jones Sustainability. Negócio rendeu 622 milhões de dólares, cerca de 555 milhões de euros.

Este anúncio fecha em definitivo o processo de alienação da Partex à PTT Exploration and Production (PTTEP), empresa pública tailandesa de exploração e produção de petróleo, mais de quatro meses após a assinatura do contrato de compra e venda.

“Depois do acordo de venda, assinado a 17 de junho deste ano, e obtidas todas as autorizações necessárias, foram hoje assinados os documentos finais que permitem a esta prestigiada empresa tailandesa de exploração e produção de petróleo assumir o controlo da Partex, valorizando a sua história, a elevada qualidade do seu portefólio e a solidez da sua gestão e dos seus colaboradores”, dá conta a Fundação Calouste Gulbenkian em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Relativamente a este negócio, o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian diz “que permitirá o crescimento e expansão da Partex e a sua entrada num novo ciclo de desenvolvimento“. De salientar que o comprador opera desde 1985, tendo mais de 40 projetos petrolíferos em 15 países espalhados pelo mundo.

Do ponto de vista do vendedor, esta alienação representa um desinvestimento num ativo que representava cerca de 18% dos seus investimentos totais, permitindo agora “alinhar a Fundação com a visão de futuro sustentável que partilha com outras grandes fundações internacionais”, é dado ainda nota.

A mudança de mãos dos ativos do setor do petróleo detidos até agora pela fundação criada por Calouste Gulbenkian prevê a manutenção da gestão e os colaboradores da empresa, bem como o escritório em Lisboa e a marca Partex.

(Notícia atualizada às 12h17)

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Pequim acusa EUA de “semearem a discórdia” entre China e sudeste asiático

  • Lusa
  • 4 Novembro 2019

A administração norte-americana denunciou o regime comunista por "intimidação" em disputas territoriais no Mar do Sul. A China respondeu pedindo aos EUA para parar de "alimentar problemas na região".

Pequim acusou esta segunda-feira Washington de “semear a discórdia” entre China e países do Sudeste Asiático, depois de um membro da administração norte-americana denunciar o regime comunista por “intimidação” em disputas territoriais no Mar do Sul.

“Os Estados Unidos não são diretamente afetados na questão do Mar do Sul da China, devem respeitar os esforços dos países da região na busca pela paz e estabilidade”, disse o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang. O porta-voz exigiu que Washington “pare de alimentar problemas na região e fazer declarações irresponsáveis”.

Geng respondeu assim às acusações do assistente do Presidente norte-americano, Donald Trump, para os Assuntos de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, que acusou esta segunda-feira “Pequim de usar a intimidação para impedir que os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) pudessem explorar os seus recursos naturais”.

O’Brien afirmou ainda que a “região não tem interesse em regressar a uma era imperial”. O representante norte-americano fez estas acusações durante a cimeira entre a ASEAN e países parceiros, que decorre em Banguecoque, e onde a China esteve representada pelo primeiro-ministro, Li Keqiang.

“Os líderes da ASEAN concordaram que o seu relacionamento com a China está entre os mais dinâmicos. Acho que é uma resposta firme às tentativas dos EUA de semear a discórdia entre os dois lados”, apontou Geng. Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações do Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei, países membros da ASEAN.

Durante a cimeira, O’Brien leu uma declaração de Trump, na qual este destacou que os EUA e os países do bloco regional “compartilham os mesmos valores” e convidou os seus líderes a visitarem os EUA para uma cimeira, a ser organizada no primeiro trimestre do próximo ano. A China é já o principal parceiro comercial de todos os países da região.

Um dos temas centrais da cimeira em Banguecoque é a negociação da Associação Económica Integral Regional (RCEP), um acordo de livre comércio promovido pela China e que abrange quase um terço da economia mundial. Os EUA não estão incluídos no RCEP, que além da China inclui Austrália, Coreia do Sul, Japão, Índia, Nova Zelândia e os dez membros da ASEAN, que anunciaram hoje estarem dispostos a integrar o acordo em 2020.

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Dívida pública aumenta para 252,3 mil milhões de euros em setembro

O Tesouro acumulou depósitos em setembro, levando a um novo aumento da dívida pública. Dívida cresceu mais 231 milhões, mas ainda está longe dos quase 257 mil milhões de agosto.

A dívida pública aumentou para 252,3 mil milhões de euros em setembro, mais 231 milhões de euros que no mês passado, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, com o tesouro português a acumular um maior volume de depósitos.

Após ter atingido um máximo de 256,7 mil milhões de euros em maio, a dívida pública contabilizada na ótica de Maastricht — a que conta para Bruxelas, e é contabilizada na ótica dos compromissos — diminuiu de forma pronunciada até agosto.

A subida que se verificou nos últimos dois meses foi acompanhada por um aumento do valor dos depósitos acumulados pelo Estado.

Esta almofada financeira aumentou de 17,5 para 19,9 mil milhões de euros entre junho e setembro, o que pode significar que o Estado poderia estar a acumular recursos para amortizar divida de longo prazo.

Entre esses pagamentos estará o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), o primeiro fundo de resgate criado pelos países da Zona Euro para responder ao resgate da Grécia e que viria também a financiar um terço do envelope financeiro do resgate a Portugal e outra parte do empréstimo dado à Irlanda.

Portugal fez o primeiro pagamento em outubro, o que ainda não se reflete nos dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, mas terá certamente impacto nos números que o banco central vai dar a conhecer o início de de dezembro, com a dívida pública relativa a outubro.

A estratégia do Governo passa por pagar antecipadamente estes empréstimos do resgate e substituí-los por financiamento no mercado, que nesta altura oferece condições mais vantajosas, apesar de os empréstimos europeus já terem condições significativamente mais vantajosas do que, por exemplo, têm os empréstimos do Fundo Monetário Internacional (que Portugal amortizou por completo antes do prazo).

O Governo conta terminar este ano com a dívida pública abaixo dos 120% do PIB e que ao longo da próxima legislatura a dívida pública diminua progressivamente até baixar a fasquia dos 100% em 2023.

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Santander compra maioria da fintech Ebury por 400 milhões de euros

Negócio implica aumento de capital de 80 milhões de euros para financiar expansão da Ebury na América do Sul e Ásia. Banco espera retorno do investimento superior a 25% em cinco anos.

O Santander comprou a fintech especializada em câmbio Ebury. No negócio, divulgado esta segunda-feira, o banco pagou 350 milhões de libras esterlinas (cerca de 400 milhões de euros) para controlar 50,1% da empresa britânica. O Santander refere que o investimento tem como objetivo reforçar a oferta a pequenas e médias empresas (PME).

“O investimento, que faz parte da estratégia digital do Santander para acelerar o crescimento através de novos empreendimentos, irá reforçar os seus serviços de comércio global e continuará consolidando a posição do Santander como banco preferencial para PME que já têm ou aspiram a ter relações comerciais a nível internacionalmente nos seus mercados na Europa e nas Américas, bem como posteriormente na Ásia”, anunciou o banco em comunicado.

Do total de investimento, 70 milhões de libras (80 milhões de euros) servirão para um aumento de capital através de novas ações primárias, para financiar a expansão da Ebury para novos mercados na América Latina e Ásia. O banco espera um retorno superior a 25% do capital investido em 2024.

Com sede no Reino Unido, a Ebury opera atualmente em 19 países e 140 moedas, sendo que tem crescido 40% ao ano nos últimos três anos. “A parceria fará com que a Ebury possa aperfeiçoar a sua proposta de valor com o suporte de uma instituição financeira líder”, acrescentou o Santander.

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Depósitos de clientes institucionais do BPI caem 63% após criação de comissão

Desde fim de julho que o BPI aplica comissão sobre depósitos dos clientes institucionais, visando contornar proibição a juros negativos. "O que está a acontecer é o objetivo que tínhamos", diz Forero.

A aplicação de uma comissão sobre os depósitos dos grandes clientes, com vista a minimizar o impacto dos juros negativos do BCE, já está a surtir efeitos no BPI. Desde o início do ano que o banco liderado por Pablo Forero já conseguiu baixar em mais de 60% o montante aplicado pelos investidores institucionais e financeiros nos seus depósitos.

“Os depósitos de investidores institucionais e financeiros diminuem 63% desde o início do ano, o que resulta de uma política ativa do BPI de redução destes depósitos com o objetivo de otimizar os rácios de liquidez”, diz esta segunda-feira o BPI no comunicado de apresentação de contas relativas ao último trimestre.

“Recebemos autorização do Banco de Portugal para utilizar esta comissão no final do ano passado e aqui está o resultado”, disse Pablo Forero relativamente a essa redução durante a apresentação de resultados trimestrais do BPI. “O que está a acontecer é o objetivo que tínhamos: reduzir os depósitos de investidores institucionais”, acrescentou.

Segundo as contas do BPI, no final de 2018, os investidores institucionais e financeiros tinham depositados nos cofres do banco 945 milhões de euros, correspondentes a 4,48% dos depósitos totais de clientes. No seguimento da quebra observada, esse valor encolheu para 350 milhões de euros no final de setembro, passando a representar 1,56% do total dos depósitos de clientes, que até cresceram 5,8%, para 22.336 milhões de euros.

A redução das quantias aplicadas por grandes clientes insere-se no âmbito de uma estratégia do BPI que pretende minimizar os efeitos negativos sobre as suas contas resultante dos juros negativos do BCE. A aplicação de uma comissão sobre os depósitos desses clientes foi a medida mais recente adotada pelo banco.

No final de julho, o banco liderado por Pablo Forero começou a taxas as quantias depositadas pelos investidores institucionais. Mais em concreto, a aplicação de uma comissão de 0,3% por ano nas contas de clientes institucionais de natureza financeira, à qual acresce o Imposto do Selo (IS) de 4%. As empresas do setor financeiro e segurador, bem como os fundos de pensões são o alvo deste custo.

Também o BCP começou a avisar alguns clientes institucionais de que pretendia começar a cobrar-lhes a taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE), sobre a forma de uma comissão.

O que acontece atualmente é que, por causa da política monetária do BCE, o excesso de liquidez das instituições financeiras que fica depositado na conta do banco central é penalizado com uma taxa negativa que pode ir até -0,5%. E quem paga a fatura é o banco. Ao contrário de outros países, em Portugal é proibido aplicar taxas negativas nos depósitos.

Os banqueiros têm revelado preocupações quanto ao impacto de não poderem aplicar taxas de juro negativas nos depósitos bancários. Recentemente, os maiores bancos portugueses disseram pretender pedir ao Governo que mudasse a lei com vista a poderem cobrar taxas de juros negativas nos depósitos bancários dos grandes clientes institucionais.

Entretanto, o Governo já veio negar essa possibilidade. Ao ECO, fonte oficial do Ministério das Finanças rejeitou qualquer alteração no quadro em vigor, porque isso poderia minar a confiança dos aforradores. “O atual quadro jurídico não permite a cobrança de taxas de juro nos depósitos. O Governo não pondera nenhuma alteração legislativa que modifique este quadro”, salientou.

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Pedro Siza Vieira: “Não posso pensar num melhor lugar do que Lisboa” para o Web Summit

O ministro da Economia esteve na abertura do Venture, um evento de um dia que junta, em Lisboa, centenas de investidores de todo o mundo.

Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, na abertura do Venture a 4 de novembro, no Convento do Beato, em Lisboa.Harry Murphy/Web Summit via Sportsfile

Pedro Siza Vieira considera Lisboa o melhor lugar para acolher eventos como o Web Summit e o Venture, que arrancam esta segunda-feira na capital portuguesa. O ministro da Economia revisitou a história nacional para justificar essa convicção, assinalando que Portugal sempre foi país que acolheu influências e que viveu com a presença de “comunidades muito díspares”.

“Lisboa foi uma cidade global durante séculos. No século XV era a cidade cosmopolita onde podíamos encontrar pessoas de todo o mundo e de todos os continentes, que vinham cá fazer negócio, com a garantia de que estavam num ambiente onde as ideias podem ser concretizadas. (…) Quando colocamos, no mesmo lugar, empreendedores e investidores, não posso pensar num melhor lugar do que Lisboa para o fazer”, disse o ministro da Economia na abertura do Ventures, evento paralelo ao Web Summit que decorre esta segunda-feira no Convento do Beato.

Pedro Siza Vieira acredita que, “quando projetamos a humanidade do próximo século (…), e isso significa que construímos um planeta e um ambiente juntos, Lisboa é o sítio ideal para fazê-lo”.

Minutos antes, Paddy Cosgrave, CEO e cofundador do evento, deu as boas-vindas às centenas de investidores que, durante os próximos quatro dias, estarão em Lisboa a conhecer startups que, no Web Summit, encontram um palco para mostrar aquilo que fazem. “Um ano em venture, um ano em startups, demora muito muito tempo. Sinto que há muito para discutir durante o dia de hoje”, disse o irlandês.

Durante esta segunda-feira, no Venture há quatro programas paralelos em diferentes palcos. A falar para centenas de investidores estarão, entre outros oradores, mais de 200 fundadores de startups de várias indústrias. “20 a 25% do capital que é investido no ano seguinte vem de startups que estiveram no Web Summit”, disse o fundador do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo. De acordo com os dados mais recentes revelados pela organização, as empresas portuguesas que participaram na primeira edição do Web Summit em Lisboa, em 2016, já arrecadaram financiamentos de 60 milhões de euros.

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Sem motoristas, Cabify põe fim ao serviço para empresas em Portugal

O serviço corporativo da Cabify em Lisboa e no Porto vai acabar a 30 de novembro. A empresa está em dificuldades e admite que não conseguiu "encontrar a melhor forma para gerar o impacto" que queria.

A Cabify vai deixar de operar o serviço para empresas em Portugal, mais um sinal das dificuldades que a empresa enfrenta no país e da reestruturação que está a ser levada a cabo no negócio. Ao que o ECO apurou, 30 de novembro é a data para o fim do serviço de transporte corporativo da plataforma em Lisboa e no Porto.

“Tendo em conta que não conseguimos encontrar a melhor forma para gerar o impacto que gostaríamos, a partir de 30 de novembro vamos deixar de operar em Lisboa e no Porto com o nosso serviço para empresas”, informou a empresa espanhola numa mensagem enviada aos gestores de frotas a 31 de outubro, à qual o ECO teve acesso. Apesar do fim do serviço em Portugal, a Cabify aponta que continuará a explorar este negócio noutras cidades fora do país, como é o caso de Barcelona e Madrid (Espanha).

Como o ECO avançou em setembro, a Cabify não está a conseguir atrair motoristas para a plataforma. Face a este problema, os elevados tempos de espera e até a impossibilidade de intermediar algumas viagens levaram a que muitos clientes optassem por serviços concorrentes, como a Uber, a Bolt e a Kapten. A empresa espanhola já assumiu que 2019 “tem sido desafiante”, mas também garantiu que continua empenhada em dar a volta ao negócio em Portugal.

O serviço corporativo da Cabify permitia às empresas terem uma conta business, com facilidades ao nível da contabilidade e da emissão de faturas. Além disso, as empresas clientes da Cabify podiam solicitar transporte para vários colaboradores em simultâneo. Ora, o fim anunciado da Cabify para empresas é indicativo de que a plataforma eletrónica não estará a conseguir dar resposta a esta responsabilidade.

A plataforma para empresas da Cabify tinha sido renovada em abril do ano passado, altura em que a empresa comunicou que o novo serviço iria permitir “o aumento dos níveis de produtividade e de eficiência das empresas”. A 24 de abril, a Cabify revelava ter um portefólio de clientes composto por “mais de 50 mil empresas em todo o mundo”. Desconhecem-se quantas empresas usam o serviço em Portugal atualmente.

O fim do serviço para empresas em Portugal não implica o fim da operação da Cabify em Portugal, até porque a empresa tem estado a ser alvo de uma reestruturação significativa em todo o mundo, comandada por Daniel Bedoya. No entanto, as dificuldades que levaram ao fim do serviço corporativo são as mesmas que afetam o serviço para utilizadores comuns.

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Employee Experience – Em busca da felicidade

  • Conteúdo Patrocinado
  • 4 Novembro 2019

Patrícia Vicente, EY Manager, People Advisory Services, fala sobre a busca da felicidade nas organizações.

As pessoas são a peça-chave do sucesso das empresas, sendo fundamental garantir que são criadas condições essenciais para que não ocorram perdas inesperadas e necessidade de novos investimentos não previstos.

A capacidade de atração e retenção de talento nunca teve um papel tão decisivo para as Organizações. A implementação de uma estratégica de retenção de pessoas, é actualmente um investimento essencial, que para além de minimizar situações de risco e promover a construção de equipas de elevada performance, posiciona e distingue as empresas num mercado concorrente e cada vez mais desafiante.

A transformação das Organizações com vista a garantir uma experiência positiva aos colaboradores tem sucedido em diferentes dimensões: seja no ambiente físico, através de espaços acolhedores e estimulantes que potenciam o desempenho, a concentração, a produtividade, a criatividade ou o bem-estar; seja na cultura organizacional, diretamente relacionada com o sentimento de pertença e bem-estar que os colaboradores nutrem em relação à empresa que representam – sendo esta é uma dimensão mais emocional e mais difícil de manipular ou simular.

Estes desafios fazem da Employee Experience uma necessidade imperativamente presente nas empresas, nomeadamente naquelas em que a captação de talento é essencial, num mercado competitivo e em alguns casos com escassez de competências. A empolyee experience não é mais do que o ciclo de vida do Colaborador na Organização e a experiência que esta proporciona, desde o seu primeiro dia até ao último. Uma experiência mais positiva é uma vantagem competitiva para assegurar a retenção.

Nos últimos anos têm surgido mudanças nas empresas com a abertura de espaço para os estudos sobre a felicidade, e principalmente sobre a felicidade no trabalho. Este é um movimento que as empresas cada vez mais tornam público e que tem vindo a crescer exponencialmente, com a crença de que a felicidade tem um impacto direto na produtividade e retenção. Há claramente uma tendência para a implementação de estratégias que potenciem a motivação e o engagement, com vista a promover a felicidade das pessoas nas e para com as empresas, e por sua vez a retenção.

Contudo, uma reflexão mais profunda sobre estes temas leva muitas vezes a questionar a forma genérica como as organizações ainda olham para as suas pessoas – criam políticas globais que acabam por não corresponder às reais necessidades. É a felicidade um estado que se atinge de forma global numa empresa? Consegue a empolyee experience detetar necessidades individuais ao longo da jornada do colaborador e actuar atempadamente?

A felicidade é subjectiva – o que faz feliz o colaborador A pode não fazer feliz o colaborador B. As empresas criam programas de felicidade, mobilidade, benefícios, escritórios atraentes, actividades de team building, experiências diferenciadoras, mas muitas vezes um feedback oportuno ou uma atenção especial na altura certa podem ter um valor e impacto superior a iniciativas estratégicas e estruturadas, e obviamente um custo muito menor.

É fundamental que as empresas invistam no employee experience sem esquecer a necessidade das oportunidades de crescimento, autonomia, reconhecimento, acompanhamento e de criar relacionamentos positivos, mostrando atenção e cuidado perante as necessidades e preocupações pessoais, pois são eles que criam um sentimento de valorização individual que transformam os colaboradores em verdadeiros entusiastas e embaixadores da sua empresa.

Investir nas pessoas é essencial, assim como estimular a produtividade, mas o verdadeiro factor diferenciador está em humanizar os processos, a estratégia e a relação, nomeadamente naquelas pessoas que têm responsabilidade de gerir equipas – em estar atento aos sinais e às necessidades das pessoas que lideram – Estimular uma melhor employee experience é promover a felicidade.

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