Subsídio de desemprego deve aumentar entre 3 euros e 7,6 euros. Máximo deve subir para 1.097 euros

O INE divulgou, esta sexta-feira, uma estimativa rápida da inflação média dos últimos 12 meses, permitindo o cálculo do novo valor do IAS e à boleia do subsídio de desemprego.

A partir do próximo ano, o valor mínimo do subsídio de desemprego deverá subir 3,04 euros para 438,8 euros, ficando o patamar máximo fixado nos 1.097 euros. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta sexta-feira, os dados necessários para calcular o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) para 2020, deixando antever a evolução dos valores do subsídio de desemprego.

O INE já tinha publicado a estimativa das contas trimestrais nacionais, o que permite apurar a taxa de crescimento médio do PIB dos últimos dois anos: 2,35%. Esta sexta-feira, foi ainda divulgada uma estimativa rápida do índice dos preços no consumidor, que em conjunto com o indicador anterior possibilita o cálculo do novo valor do IAS que estará em vigor no próximo ano.

Com um salto médio do PIB acima dos 2%, diz a lei que acresce à inflação dos últimos 12 meses e sem habitação (0,24%) um quinto dessa taxa de crescimento da economia. Tudo somado, é possível estimar que, no próximo ano, o valor do IAS será fixado nos 438,8 euros, o que compara com os 435,6 euros em vigor em 2019.

IAS calculado, é possível apurar agora os tetos do subsídio de desemprego. O mínimo (equivalente a uma vez o IAS) sobe 3,04 euros para 438,8 euros. E o máximo (equivalente a 2,5 vezes o IAS) aumenta 7,6 euros para 1.097 euros.

O subsídio de desemprego corresponde a 65% da remuneração de referência, calculado na base de 30 dias por mês.

De notar que também os tetos do subsídio social de desemprego — para os que já esgotaram o subsídio normal ou não tenham os descontos suficientes para ter a prestação inicial — vão aumentar à boleia desta atualização do IAS: o mínimo passa para 351,04 euros (80% do IAS).

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Pensões até 877,6 euros devem subir 0,7% em janeiro

As pensões até 877,6 euros deverão subir 0,7% a partir de janeiro do próximo ano. Isto de acordo com os dados provisórios divulgados, esta sexta-feira, pelo INE.

A partir de janeiro do próximo ano, as pensões mais baixas deverão beneficiar de um aumento normal de 0,7%. De acordo com a estimativa rápida divulgada, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, a variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos últimos 12 meses (e sem habitação) foi de 0,24%. A esse valor acresce um bónus de 0,5%, já que a economia portuguesa cresceu mais de 2% nos últimos dois anos.

Por lei, quando a média do crescimento do PIB nos últimos dois anos ultrapassa os 2%, soma-se 20% desse valor à inflação dos últimos 12 meses, tendo esse “bónus” um limite mínimo de 0,5 pontos percentuais (p.p). Logo, aos 0,24% de inflação provisórios acresce esses tais 0,5%, totalizando uma subida de 0,74% para as pensões mais baixas, taxa que se arredonda para 0,7%.

Os restantes pensionistas também vão ver as suas pensões engordar. Para as pensões entre 877,6 euros (duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais) e 2.632,8 euros (seis vezes o Indexante dos Apoios Sociais), a subida deverá ser de 0,24%.

Diz ainda a lei que as pensões superiores a seis vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) — ou seja, 2.633,88 euros — são atualizadas de acordo com a inflação dos últimos doze meses subtraída de 0,25 p.p.. Ora, como os dados provisórios indicam que a variação média, sem habitação, nos últimos 12 meses terá ficado nos 0,2% em novembro, ainda não é certo o que acontecerá a estas pensões.

Nos últimos anos, à subida normal das pensões acresceu ainda uma subida extraordinária determinada pelo Executivo de António Costa.

Este ano, as eleições de 6 de outubro atrasaram a apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, não sendo claro que essa subida extra (além da já garantida pela inflação e pelo crescimento da economia) se irá repetir em janeiro de 2020.

Os dados provisórios da inflação publicados pelo INE, esta sexta-feira, permitem ainda calcular a atualização dos tetos mínimo e máximo do subsídio de desemprego: sobem entre 3,04 e 7,6 euros para 438,8 euros e 1.097 euros.

(Notícia atualizada às 09h58)

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Verbund desiste da compra das barragens da EDP

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

A empresa austríaca Verbund não deverá avançar com uma proposta vinculativa para a compra das quatro barragens da EDP no Douro.

Os austríacos da Verbund já não estão interessados em comprar os ativos hidroelétricos da EDP EDP 1,05% . Depois de ter confirmado em setembro que estava a analisar as barragens que a EDP pôs à venda no mercado, a empresa terá pesado os riscos e as oportunidades da operação, acabando por decidir não avançar com uma proposta.

A notícia foi avançada pela Reuters, que recorda que a equipa da EDP liderada por António Mexia já tinha uma lista de cinco empresas interessas na aquisição destes ativos e que terão enviado propostas não vinculativas à elétrica nacional. Nessa lista estaria a Verbund, mas também a Iberdrola, a Engie e a norueguesa Stratkraft, tal como revelou o ECO Insider.

Este é um processo que está a ser conduzido pelos bancos Morgan Stanley e UBS. Outras empresas que estiveram de olho nos ativos da EDP foram a Enel, a Macquarie e a Brookfield, mas não é certo que estas entrem na corrida às barragens, situadas no Douro.

Como revelou o ECO Insider, António Mexia pretende encaixar mais de seis mil milhões de euros com a venda de ativos não estratégicos para o grupo. No caso concreto das barragens, estarão avaliadas em cerca de dois mil milhões.

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Alunos do ensino profissional vão poder entrar no ensino superior sem exames

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

O Governo quer reduzir as desigualdades no acesso ao ensino superior e, a partir do próximo ano, algumas escolas do profissional vão poder enviar alunos para o superior sem exames nacionais.

Os diplomados dos cursos profissionais vão poder candidatar-se ao ensino superior sem terem de fazer exames nacionais, como acontece com os estudantes do ensino secundário. Trata-se de uma nova via de acesso, através da ponderação da nota final do curso profissional e da prova de aptidão profissional, avançou o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

A medida faz parte do Contrato para a Legislatura até 2023, que é assinado esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelos reitores e presidentes dos politécnicos. O objetivo passa por alargar a base social do ensino superior, numa altura em que o Governo já deixou claro que ergueu a bandeira da redução das desigualdades no ensino superior.

Contudo, de acordo com o mesmo jornal, a medida é limitada e pressupõe uma adesão voluntária por parte das instituições de ensino profissional. Por isso, segundo o ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, só fará “sentido ocorrer onde há mais proximidade com as escolas profissionais”.

Entre os outros assuntos do Contrato para a Legislatura está a exigência das universidades de um acesso mais facilitado a fundos comunitários. O documento reforça ainda a verba para o ensino superior em 2% em 2020, ou mais 55 milhões de euros.

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Patrão de Mário Lino detido após negócios suspeitos de venda de pernil à Venezuela

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

Administradores da Iguarivarius são suspeitos de fuga ao Fisco em negócio milionário de venda de carne de porco à Venezuela. Cavalleri, patrão da empresa, terá sido apanhado com arma de fogo.

Alexandre Cavalleri, líder da empresa alimentar Iguarivarius, foi detido esta quarta-feira por posse de arma de fogo ilegal na sequência da Operação Navidad, uma investigação das autoridades a negócios de venda de pernil de porco a uma empresa estatal da Venezuela. A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã (acesso pago).

Em causa, dez buscas domiciliárias e não domiciliárias levadas a cabo pela Polícia Judiciária, através da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais e da Unidade Nacional de Combate à Corrupção. Sob suspeita estão negócios entre a Iguarivarius e o Comité Local de Abastecimentos e Produção da Venezuela, no valor de 60 milhões de euros, que levaram à constituição como arguidos de outros dois administradores da empresa e de três sociedades instrumentais, segundo o mesmo jornal.

As autoridades suspeitam de uma fraude fiscal de sete milhões de euros em comissões avultadas recebidas pelos arguidos e que foram enviadas para sociedades offshore, prejudicando o Estado em sede de IRC e IRS.

Até final de 2018, a empresa teve como administradores o ex-chefe de gabinete de Paulo Portas quando este era ministro da Defesa de Durão Barroso, Manuel Mendes Brandão, e também Mário Lino, que foi ministro do Equipamento num dos governos de José Sócrates, e que integrou a missão empresarial à Venezuela onde foi iniciada a venda de pernil, no âmbito do acordo entre o Estado português e a Venezuela — a Galp comprava petróleo à PDVSA, o dinheiro era colocado numa conta caucionada da CGD e servia para pagar as empresas portuguesas que vendiam os seus produtos às empresas venezuelanas, de modo a evitar atrasos nos pagamentos. Mário Lino, contactado pelo Correio da Manhã, garantiu nunca ter suspeitado “de nada”.

A Iguarivarius foi uma das empresas envolvidas no incidente do pernil de porco em 2017. Nesse ano, Nicolás Maduro reclamou que as milhares de toneladas de pernil de porco importado de Portugal não chegaram antes do Natal, como era suposto, tendo acusado Portugal de “sabotagem”. Nessa altura, as empresas portuguesas exportadoras de pernil, entre as quais a Iguarivarius, tinham créditos de cerca de 40 milhões junto do Estado venezuelano.

O pernil de porco assado é uma das iguarias apreciadas pelos venezuelanos na época natalícia. No regime de Nicolás Maduro, cada família venezuelana tem direito a cinco quilos de carne por ocasião desta quadra, apesar da grave crise política, social e financeira a que o país tem estado sujeito.

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Lisboa arranca no vermelho. BCP e Navigator pressionam

O BCP prolonga as perdas da última sessão, devido à perspetiva de que não receba dividendos relativos a 2019 da subsidiária polaca. A pressionar o índice português está também a Navigator.

A bolsa nacional arranca a última sessão da semana com perdas, pressionada pelo setor papeleiro, bem como pela EDP Renováveis e pelo BCP, a afundar desta quinta-feira devido à perspetiva de que não receba dividendos relativos a 2019 da subsidiária polaca. A praça lisboeta acompanha assim as perdas sentidas pela Europa.

O PSI-20 perde 0,22% para 5.140,81 pontos, depois de ter encerrado no vermelho na sessão anterior. De entre as 18 cotadas nacionais, a maioria negoceia em “terreno” verde, uma está ainda inalterada e quatro seguem a valorizar.

Entre as perdas, o destaque vai para o BCP, que recua 1,20% para os 0,1974 euros. Isto depois de ser conhecido que o regulador do mercado na Polónia, o KNF, deverá manter os requisitos chave para a distribuição de dividendos nos bancos com maior volume de empréstimos em moeda estrangeira, continuando a limitar o pagamento de lucros aos acionistas. Um dos mais expostos é o Bank Millennium, detido a 50,1% pelo BCP.

O setor da pasta do papel também pesa no PSI-20 no início desta sessão. A Navigator cai 2,08% para os 3,48 euros, enquanto a Altri perde 0,44% para os 5,69 e a Semapa recua 0,29% para os 13,66 euros. Nota ainda para a Jerónimo Martins, cujos títulos cedem 0,07% para os 14,61 euros. Na última sessão, a retalhista foi negativamente influenciada pela decisão dos analistas da UBS de cortarem o preço-alvo das ações para 15,50 euros (contra os anteriores 16,00 euros).

Já nos ganhos o destaque vai para a Sonae Capita, que avança 1% para os 0,806 euros, e para a Corticeira Amorim, que segue a somar 0,19% para os 10,82 euros.

Pela Europa, a tendência também é negativa. O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o projeto de lei que apoia os manifestantes em Hong Kong, algo que fez ressurgir as tensões comerciais entre os EUA e a China, o que penalizou o sentimento, apesar de a decisão já ser esperada pelos investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,4%, enquanto o alemão DAX perde 0,5% e o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 deslizam 0,3%.

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Operação Marquês: Santos Silva diz que cofre em nome do advogado era seu

  • Lusa
  • 29 Novembro 2019

No segundo de três dias de interrogatório, que durou cerca de seis horas, o engenheiro da Covilhã disse que não conhecia o banqueiro Ricardo Salgado, também arguido no processo.

O empresário Carlos Santos Silva, arguido na Operação Marquês, disse quinta-feira em tribunal que o cofre com 200 mil euros alugado em nome do seu advogado e também arguido, Gonçalo Trindade Ferreira, era seu, disse fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, o amigo do antigo primeiro-ministro, José Sócrates e que o Ministério Público crê ter sido “testa de ferro” do ex-governante em vários milhões de euros, explicou no interrogatório da fase de instrução que os 200 mil euros em dinheiro serviam facilitar negócios no estrangeiro.

Segundo o MP, a partir de 2014 tanto Sócrates como Santos Silva redobraram os cuidados nas transferências de dinheiro e isso refletiu-se no uso de cofres, nomeadamente um alugado em nome do advogado Trindade Ferreira numa agência do Millenium BCP e no qual as autoridades encontraram 200 mil euros.

No segundo de três dias de interrogatório, que durou cerca de seis horas, o engenheiro da Covilhã disse ainda que não conhecia o banqueiro Ricardo Salgado, também arguido no processo, e insistiu que a casa de Paris, onde José Sócrates viveu dois anos para estudar, lhe pertencia e que tinha emprestado ao amigo.

Entende a acusação que, através do Grupo Espírito Santo e por determinação de Ricardo Salgado, em 2010 e 2011, Santos Silva “terá montado um esquema, em conjunto com Joaquim Barroca e Helder Bataglia, com vista à atribuição de nova quantia a favor de Sócrates”. Este esquema passava, acrescenta, “pela produção de um contrato promessa de compra e venda de um edifício em Angola”.

A fonte disse ainda que Carlos Santos Silva confirmou que conhece muito bem José Paulo Pinto de Sousa [primo de José Sócrates e também arguido] e que chegou a fazer negócios com ele.

Nem Carlos Santos Silva nem a sua advogada Paula Lourenço prestarem declarações aos jornalistas.

Para o Ministério Público, Carlos Santos Silva foi “testa-de-ferro” de Sócrates e colocou nas suas contas bancárias, nomeadamente na Suíça, dinheiro do antigo primeiro-ministro a quem depois devolvia em parcelas e em numerário.

O empresário é acusado por 33 crimes: corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais (17 crimes), falsificação de documentos (10), fraude fiscal e fraude fiscal qualificada (3).

A Operação Marquês teve início a 19 de julho de 2013 e terminou com a acusação de 28 arguidos – 19 pessoas e nove empresas – pela prática de quase duas centenas de crimes económico-financeiros, entre os quais corrupção.

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Hoje nas notícias: Berardo, Orçamento e pernil

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Já se sabe o destino provável das condecorações do empresário português José Berardo. O parecer da Comissão de Ordens Honoríficas permite que o comendador mantenha os títulos, apesar de poder ser repreendido pessoalmente ou por escrito. Também em destaque esta sexta-feira está a pressão em torno do Orçamento do Estado para 2020: há cisões no Executivo de António Costa, poucas garantias de que o documento passe no Parlamento e coligações negativas que poderão trocar as voltas ao Governo.

Joe Berardo mantém condecorações

Joe Berardo deverá manter as condecorações atribuídas pela República Portuguesa, depois de lhe ter sido aberto um processo por causa da polémica postura assumida pelo empresário português no Parlamento durante uma audição à comissão que avaliou as dívidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em vez da retirada das condecorações ao comendador, o parecer da Comissão das Ordens Honoríficas propõe uma repreensão que poderá ser feita pessoalmente ou por escrito. Esta é a sanção mais leve que pode ser aplicada por este organismo. A justificação foi o pedido público de desculpas do empresário e o facto de não existir condenação. Berardo é acusado de ter dado uma “golpada” à banca, acumulando dívidas diretas ou indiretas de cerca de 1.000 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (ligação indisponível).

Alta pressão no Orçamento do Estado

O Governo está sob alta pressão por causa do Orçamento do Estado. Por um lado, o primeiro-ministro, António Costa, tem no horizonte algumas coligações negativas que poderão trocar as voltas às intenções do Governo. Entre elas, a descida do IVA da energia para todas as potências contratadas. Mas existem divisões dentro do próprio Executivo por causa dos orçamentos dos vários ministérios. A aprovação do BE e do PCP ao documento está longe de garantida, mas o Jornal de Negócios sugere mesmo que não está afastada a hipótese de “haver ministros a bater com a porta”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“PME terão acesso mais facilitado” ao fundos europeus

Com o Portugal 2020 a apresentar uma taxa de execução de 40%, no final do terceiro trimestre, ou seja, dos mais de 25 mil milhões de euros já foram executados 10,5 mil milhões, o presidente do Iapmei, em entrevista à Vida Económica, sublinhou que as pequenas e médias empresas (PME) vão ter “acesso mais facilitado e fiável aos fundos”. As PME são as principais beneficiários dos fundos. De acordo com os dados do Sistema de Incentivos, até 31 de outubro, as PME beneficiaram de 79,9% dos apoios aprovados paras as empresas.

Leia a entrevista completa no Vida Económica (ligação indisponível).

Patrão de Mário Lino detido em investigação a negócio suspeito com a Venezuela

Alexandre Cavalleri, líder da empresa Iguarivarius, foi detido no âmbito da Operação Navidad, que investiga crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais num negócio de venda de pernil de porco a uma empresa estatal da Venezuela. Cavalleri foi detido por posse de arma de fogo ilegal e as autoridades também constituíram arguidos dois outros administradores da empresa e três sociedades instrumentais. A investigação foca-se em comissões avultadas alegadamente recebidas pelos arguidos, que as enviaram para empresas offshore, lesando o Fisco em sede de IRC e IRS em mais de sete milhões de euros. Mário Lino, ex-ministro num Governo de José Sócrates, foi até 2018 presidente do Conselho de Administração da Iguarivarius, mas garante que nunca suspeitou de nada.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Resolução do BES foi “péssima solução”

Artur Santos Silva, curador da Fundação La Caixa Portugal e fundador do banco BPI, considera que a resolução “apressada” do Banco Espírito Santo (BES) em agosto de 2014 foi uma “péssima solução” para o problema: “O modelo da resolução que foi aplicado ao BES foi um modelo que nunca tinha sido aplicado antes, a um banco com importância sistémica. Acho que foi uma péssima solução. A solução que devia ter sido tomada era uma decisão no sentido de o Estado assumir o banco”, disse. Santos Silva recorda que o banco bom, agora Novo Banco, que recebeu muitos dos ativos não tóxicos do BES, “não para de ter prejuízos sérios”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

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Resolução “apressada” do BES foi uma “péssima decisão”, diz Artur Santos Silva

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

Para o curador da Fundação La Caixa Portugal, a solução que devia ter sido tomada no caso BES "era uma decisão no sentido de o Estado assumir o banco".

Artur Santos Silva, curador da Fundação La Caixa Portugal e fundador do banco BPI, considera que a resolução “apressada” do Banco Espírito Santo (BES) em agosto de 2014 foi uma “péssima solução” para o problema. Aponta ainda que os atuais prejuízos do banco “bom” são “um problema por resolver”.

“O modelo da resolução que foi aplicado ao BES foi um modelo que nunca tinha sido aplicado antes, a um banco com importância sistémica. Acho que foi uma péssima solução. A solução que devia ter sido tomada era uma decisão no sentido de o Estado assumir o banco”, disse, em entrevista ao Observador (acesso pago).

Santos Silva recorda que o banco bom, agora Novo Banco, que recebeu muitos dos ativos não tóxicos do BES, “não pára de ter prejuízos sérios”. “Há um problema que resta por resolver e quanto mais tempo ele se arrastar mais peso pode existir sobre todo o sistema bancário“, defende.

Para o fundador do banco BPI, identificar a situação e “saber o que é que são ativos tóxicos” é o primeiro passo para melhorar o desempenho do Novo Banco. No entanto, não se mostra muito otimista, apontando que, pelo que vê acontecer, “trimestre após trimestre”, tem “apreensões”.

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Berardo vai manter condecorações

  • ECO
  • 29 Novembro 2019

O relatório final, elaborado por Mota Amaral, propõe uma repreensão para o empresário madeirense Joe Berardo, não retirando as condecorações.

O empresário madeirense Joe Berardo deverá mesmo manter as condecorações, depois de lhe ter sido aberto um processo por causa da polémica postura assumida pelo empresário português no Parlamento durante uma audição à comissão que avaliou as dívidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O cenário proposto no relatório final do processo disciplinar prevê, ainda assim, uma repreensão, pessoalmente ou por escrito, adianta o Jornal Económico (acesso pago). Esta é a sanção mais leve que pode ser aplicada por este organismo. A decisão final será tomada a 20 de dezembro, na reunião do Conselho das Ordens Honoríficas.

No relatório elaborado pelo antigo presidente da Assembleia da República João Mota Amaral, que foi escolhido para instrutor do processo disciplinar, o pedido público de desculpas de Berardo e o facto de este não ter sido condenado são apresentadas como a justificação para a decisão,

O Conselho das Ordens, presidido por Manuela Ferreira Leite, irá então decidir, na semana antes do Natal, se retira as condecorações da Ordem do Infante D. Henrique e da Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que Joe Berardo recebeu das mãos de Ramalho Eanes e Jorge Sampaio, com base no relatório. Entretanto foi enviada ao ainda comendador uma nota de culpa que foi escrita por Mota Amaral.

A defesa respondeu a essa nota de culpa recusando que seja aplicada qualquer sanção ao investidor madeirense por considerar que Mota Amaral não especifica que normas ou leis foram violadas por Joe Berardo, apenas remetendo o arguido para o vídeo de cinco horas da audição feita no âmbito da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, a 10 de maio.

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Lucro da Teixeira Duarte quase triplica no terceiro trimestre para 20,1 milhões

  • Lusa
  • 29 Novembro 2019

"Todos os setores tiveram bons desempenhos de atividade, sendo que os crescimentos registados na construção, em Portugal e no Brasil, foram os que mais contribuíram", explica a Teixeira Duarte.

O lucro da Teixeira Duarte quase triplica (182,6%) no terceiro trimestre, face a igual período de 2018, para 20,1 milhões de euros, anunciou quinta-feira a construtora.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Teixeira Duarte refere que os resultados líquidos atribuíveis a detentores de capital ascenderam a 20,1 milhões de euros no terceiro trimestre, o que compara com os 7,09 milhões de euros registados em igual período do passado.

Os proveitos operacionais aumentaram 8% para 764 milhões de euros.

Todos os setores tiveram bons desempenhos de atividade, sendo que os crescimentos registados na construção, em Portugal e no Brasil, foram os que mais contribuíram para o aumento deste indicador”, explicou a Teixeira Duarte.

O volume de negócios atingiu 652 milhões de euros, “o que reflete um aumento 2,6% face ao período homólogo”, ou seja, mais 16,7 milhões de euros.

“Os mercados externos passaram a representar 75,4% do total do volume de negócios do grupo Teixeira Duarte, face a 74,6% verificados no período homólogo”, adiantou.

A construtora refere que, “globalmente, destaca-se a diminuição da atividade em Angola e na Argélia, bem como a redução” do volume de negócios “no setor da imobiliária, ainda que neste último caso tal não resulte do decréscimo das operações, mas sim ao ciclo dos empreendimentos em Portugal e à alteração dos normativos contabilísticos aplicáveis aos empreendimentos desenvolvidos no Brasil”.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda) cresceu 32,8% para 146 milhões de euros.

A Teixeira Duarte prevê atingir no final deste ano proveitos operacionais consolidados de “cerca de 1.000 milhões de euros”, refere o grupo relativamente às perspetivas.

“Tendo presente a relevância da construção nos proveitos operacionais do grupo, recorda-se que a carteira de encomendas da construção se fixou em 30 de setembro de 2019 no valor global de 1.223.542 milhares de euros”, salienta a empresa.

Na nota, a este propósito, remata-se que, “em 23 de outubro de 2019, foram assinados dois contratos para realização de subempreitadas no Estado do Kuwait no montante global de 177,9 milhões de euros, o qual acresce ao da carteira de encomendas” registado em final de setembro.

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Muito tempo sentado ao computador? Veja como vai ficar o seu corpo daqui a 20 anos

A "trabalhadora do futuro", Emma, mostra-lhe como será o corpo dos trabalhadores de escritório daqui a 20 anos se continuarem com uma vida sedentária.

Está sentado na sua secretária a trabalhar? A Emma quer que se levante agora mesmo! Ela é a sua “colega de trabalho do futuro” e vem mostrar-lhe como ficará se continuar com um estilo de vida sedentário.

A “trabalhadora do futuro”, Emma, é uma previsão em tamanho real de como será o corpo dos trabalhadores de escritório daqui a 20 anos. Este robô mostra quais serão os efeitos a longo prazo que o aumento do tempo passado ao ecrã do computador a trabalhar terá no nosso corpo, sendo visível na Emma esse impacto físico e psicológico.

Daqui a 20 anos poderemos estar como a Emma, com uma pele mais pálida — devido aos anos de exposição a luz artificial — e com um eczema — relacionado com a pressão que fazemos nos braços. Mas não fica por aqui: a má qualidade do ar causará seios inchados, no caso das mulheres, e o possível aparecimento de mais pêlos nasais e nos ouvidos. Além disso, os olhos vermelhos e inchados serão uma constante. A má postura e o tempo passado sentado à sua secretária levá-lo-ão a ficar permanentemente corcunda como a Emma.

Emma a “trabalhadora do futuro”Fellowes

A “trabalhadora do futuro” faz parte de uma pesquisa deste ano, encomendada pela empresa de equipamentos de escritório Fellowes Brands (cuja principal preocupação é a ergonomia) que, numa parceria com o futurista comportamental William Higham e outros especialistas, tinha como objetivo determinar os reais efeitos para a saúde que a má postura constante e as poucas alterações no local de trabalho terão para os trabalhadores.

Segundo o The Huffington Post, Higham, que explicou como a Emma poderia realmente ser, chamou-a de “pior cenário“. Para o investigador, a Emma é o exemplo do que poderia acontecer com alguém “caso tudo corresse mal”. Para Higham, este robô conseguiu fazer com que as pessoas percebessem os riscos de saúde com mais clareza, pelo impacto visual e pela proximidade com que estavam a essa realidade. “Quando se começa a dizer ‘isto pode ser consigo’, ‘no futuro pode ficar assim’, acho que as pessoas se identificam mais facilmente com o problema”, explicou ao Huffpost.

Trabalhadores corcundas

Apesar de não estar completamente curvado, continuar sentado incorretamente tantas horas é prejudicial. É verdade que a Emma não representa todos os trabalhadores de escritório. Não somos todos morenos ou mulheres caucasianas, por exemplo. Mas ela não deixa de ser uma representação de um estilo de vida extremamente sedentário e stressante.

Assim, é importante pensar nas alterações que tanto trabalhadores como empresas deviam começar a fazer imediatamente. A boa qualidade do ar e a exposição à luz natural seria um bom início, visto que aumentam a produtividade e a capacidade de trabalhar sem fadiga ocular ou dores de cabeça.

Uma análise do comportamento sedentário constatou que, independentemente do exercício que os trabalhadores fazem, estar sentado por longos períodos de tempo estará sempre associado a resultados pouco benéficos para a saúde. Além disso, um estudo realizado há três anos (publicado na WebMD) verificou que pessoas que não tenham pelo menos 150 minutos de atividade por semana apresentam maior risco de mortalidade. Uma vida inteira de má postura pode ser prejudicial, contribuindo não só para ter costas curvadas (cifose), mas também para o envelhecimento precoce e a osteoporose.

O investigador comportamental William Higham afirmou ao Huffpost que a Emma o fez pensar. Por isso, atualmente, faz mais pausas, levanta-se mais vezes da secretária (pelo menos uma por hora) e tenta garantir que não permanece na mesma posição durante longos períodos de tempo, fazendo intervalos de modo a não estar sempre a olhar para o ecrã.

A Emma é uma previsão futurista caso não intervenha na sua postura, no seu estilo de vida e no ambiente do seu escritório. Pode ser tarde demais para Emma, mas não para si.

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